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Doenças Gastrointestinais (descrição da Fisiologia da doença) e respostas do atendimento Odontológico

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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS 
 FACULDADES INTEGRADAS DOS CAMPOS GERAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 JENIFER NAYANE GALETO DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Doenças Gastrointestinais (descrição da Fisiologia da doença) 
 
 e respostas do atendimento Odontológico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PONTA GROSSA 
 2020 
Fisiologia gastrointestinal é composta pelo tubo digestivo: boca, esôfago, 
estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus. Pelas glândulas anexas ao tubo 
digestivo: Glândulas salivares, pâncreas e o fígado. Esse processo tem a função de 
processar os nutrientes e fluídos, absorver os nutrientes necessários e eliminar os 
resíduos inutilizados. 
Os processos que ocorrem durante o processo da fisiologia gastrointestinal são: 
motilidade, secreção, digestão, absorção e excreção. 
Fisiologia dos distúrbios gastrointestinais. 
Tais doenças podem ser acompanhadas de fortes dores, resultantes da inflamação 
ou até mesmo deterioração de alguns órgãos do sistema digestivo. 
Acalasia e Megaesôfago: é uma infecção em que o esfíncter esofágico interior é 
incapaz de relaxar durante a deglutição. Como consequência, a passagem do alimento do 
esôfago para o estômago é impedida. 
Estudos patológicos constataram a ocorrência de lesão da rede neural do pleno 
mioentérico nos terços inferiores do esôfago. 
Como consequência a musculatura da porção inferior do esôfago permanece em 
contração espástica, e o plexo mioentérico perde a capacidade de transmitir sinal para 
induzir o “relaxamento receptivo” do esfíncter gastroesofágico quando o alimento se 
aproxima dele durante o processo da deglutição. 
Gastrite: Ocorre quando o revestimento do estômago fica inflamado ou inchado. 
Pode durar por pouco tempo (aguda) ou pode durar de meses à anos (crônica). 
A inflamação da gastrite pode ser apenas superficial e, portanto, não muito 
prejudicial, ou pode penetrar, profundamente, na mucosa gástrica e em muitos casos de 
longa duração, provoca atrofia quase completa da mucosa gástrica. Com escoriação 
ulcerativa da mucosa gástrica pelas próprias secreções pépticas do estômago. 
Sintomas: náuseas, perda de apetite e dor no abdômen. 
Úlcera péptica: Lesão localizada (área de escoriação) no estômago e/ou duodeno 
com destruição da mucosa da parede destes órgãos. 
Causada pela insuficiência dos mecanismos protetores da mucosa contra a acidez 
gástrica. 
Além da dor caracteriza-se pelas hemorragias contínuas dentro do trato 
gastrointestinal. 
Insuficiência Pancreática: Incapacidade do pâncreas de secretar seu suco no 
intestino delgado constitua causa grave de digestão anormal. Com frequência, ocorre 
perda da secreção pancreática. 
Pancreatite: Refere-se à inflamação do pâncreas, podendo ocorrer na forma de 
pancreatite aguda ou crônica. A causa mais comum da pancreatite é o consumo de 
álcool, enquanto a segunda causa mais frequente consiste no bloqueio da papila de Vater 
por cálculo biliar. 
Doença Celíaca (ESPRU): Patologia autoimune que afeta o intestino delgado de 
adultos e crianças geneticamente predispostos. 
Causada pela ingestão de glúten ou de proteínas similares. 
Causa atrofia das vilosidades da mucosa do intestino delgado, causando prejuízo 
na absorção de nutrientes. 
Constipação ou obstipação: Caracteriza-se pela diminuição da frequência das 
evacuações, associada à dificuldade ao evacuar (movimento lento das fezes ao longa do 
intestino grosso), pois as fezes estão ressecadas e endurecidas no cólon descendente, 
difíceis de serem eliminadas. 
Pode evoluir para diverticulose, hemorroidas, fissuras anais e cancêr no intestino. 
Doença de Crohn: É uma doença inflamatória séria do trato gastrointestinal. Ela 
afeta predominantemente a parte inferior do intestino delgado (Íleo) e intestino grosso 
(Cólon), mas pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal. Habitualmente causa 
diarreia, cólica abdominal, às vezes febre e sangramento retal. 
Doença Celíaca: É uma doença autoimune, ou seja, as próprias células de defesa 
imunológica agridem as células do organismo, causando um processo inflamatório. Na 
doença Celíaca, a inflamação é provocada pelo glúten, proteína do trigo, cevada e 
centeio. 
Esse processo inflamatório, que no caso ocorre na parede interna do intestino 
delgado, leva à atrofia das vilosidades intestinais, gerando diminuição da absorção dos 
nutrientes. 
Recolite Ulcerativa: É uma doença inflamatória intestinal crônica não contagiosa, 
em que há inflamação e ulcerações no intestino grosso (Cólon) e no reto em sua camada 
mais superficial, a mucosa. Esse processo provoca sintomas como diarreia, hemorragia, 
cólicas e febre. 
Ao contrário da doença de Crohn, a recolite ulcerativa normalmente não afeta a 
espessura completa da parede intestinal e quase nunca afeta o intestino delgado. A 
doença costuma acometer o reto e o sigmoide (fim do intestino grosso), podendo 
estender-se de forma parcial ou total pelo restante intestino grosso. 
Diarreia: Evacuação de fezes líquidas de forma frequente e sem controle. 
Provocada por: infecções por vírus, bactérias ou parasitas; alergias; alguns 
medicamentos e doenças inflamatórias intestinais. 
Uma das piores complicações é a ocorrência de desidratação, em virtude da 
redução da absorção de água pelo intestino grosso. 
Vômito: O vômito é uma ação vigorosa completada pela contração descendente e 
violenta do diafragma. Ao mesmo tempo, os músculos abdominais se apertam contra um 
estômago relaxado e com esfíncter gastresofágico aberto. O conteúdo do estômago é 
propelido para cima através do esôfago e para fora da boca. 
Resposta do atendimento Odontológico. 
Muitos dos seus sintomas se revelam na boca, como aftas, estomatites, mau hálito, 
inflamações diversas, etc. 
Por sua vez, as manifestações bucais na doença de Crohn, a Recolite Ulcerativa e 
a doença Celíaca- (DGIC), são achados clínicos comuns, podendo apresentar ulcerações 
e defeitos de desenvolvimento em esmalte, sendo aquelas, as lesões mais frequentes. 
 Em uma pesquisa foi verificado a presença de alterações bucais em pacientes com 
DGIC. Métodos: A coleta de informações foi obtida através da anamnese e de exame 
fisíco em 10 pacientes diagnosticados com DGIC. Resultados: Os pacientes com DGIC 
apresentaram líquen plano oral, língua fissurada, dente supranumerário, torus palatino, 
microdentes, agenesia dentária, disfunção da ATM, granuloma piogênico, linha Alba e 
dente rosa de Mummery. O defeito de desenvolvimento de esmalte mais frequente nos 
pacientes com doença Celíaca foi a opacidade difusa, na doença de Crohn foi a 
opacidade demarcada e na colite ulcerativa foram a hipoplasia e outros defeitos. 
 Nestes casos, são comuns as aftas ulcerativas dolorosas e de pioestomatite, que 
se caracteriza por várias pústulas com base avermelhada, inchaço dos lábios e das 
bochechas de maneira intermitente. 
 O refluxo gastresofágico é uma doença digestória crônica que ocorre quando o 
ácido do estômago sobe para o esôfago. Um sintoma comum de refluxo é azia. Outro 
sintoma muito relatado é a regurgitação, isto é, quando um ácido de gosto azedo ou 
amargo volta na garganta ou na boca. Se você apresenta algum desses sintomas de 
refluxo ácido mais do que duas vezes por semana você pode ter a doença de refluxo 
ácido, também chamada de doença do refluxo gastroesofágico. 
 Durante os episódios de refluxo ácido, pequenas quantidadesde ácido do estômago 
sobem para a boca e podem danificar o esmalte (camada externa do dente), bem como a 
dentina (camada no dente abaixo do esmalte). Além disso, o ácido do estômago muitas 
vezes irrita a mucosa do esôfago. 
Mas uma doença que está entre os grandes indícios no tratamento odontológico é 
a Úlcera péptica pode ser causada pela placa bacteriana. Desta forma, o controle da 
placa é fundamental para a cura da doença. É preciso ter cuidado ainda com os 
antibióticos para o controle da úlcera, pois podem causar infecções fúngicas na boca, 
sensação de boca seca (xerostomia). 
Conclusão 
Como podemos observar as doenças gastrointestinais são de uma relevância muito 
importante que tem um alta significativa no Brasil. Os estudos que avaliaram a 
prevalência dessas doenças, reconhecimento da associação destas patologias com a 
Odontologia, possui relevância clínica já que os seus sintomas são marcantes e 
reconhecíveis através de exame clínico para nós dentistas. 
Isso porque o paciente apresenta alterações físicas, como nos processos de 
emagrecimento, nutrição inadequada, refluxos e xerostomia (em casos odontológicos). 
 
Referências 
 Disponível em: https://abcd.org.br/sobre-a-doenca-de-crohn/. Acesso em: 15 jun. 
2020. 
Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/alimentacao/doenca-celiaca-como-
diagnosticar-e-tratar/. Acesso em: 15 jun. 2020. 
Disponível em: https://pt.slideshare.net/fonteslucas/fisiologia-dos-distrbios-
gastrointestinais#:~:text=3.,a%20anos%20(gastrite%20cr%C3%B4nica).. Acesso em: 17 
jun. 2020. 
Disponível em: https://www.santapaula.com.br/retocolite-ulcerativa-o-que-e-
sintomas-tratamentos-e 
causas/#:~:text=A%20retocolite%20ulcerativa%20(RCU)%20ou,%2C%20hemorragia%2C
%20c%C3%B3licas%20e%20febre. Acesso em: 15 jun. 2020. 
Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/rcp/article/view/7324. Acesso em: 17 jun. 
2020. 
Disponível em: 
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/medicina/fisiologia-
gastrointestinal/52531. Acesso em: 17 jun. 2020.

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