Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MARKETING DIGITAL W BA 00 80 _v 2. 0 22 Norberto Almeida de Andrade Londrina Editora e Distribuidora Educacional S.A. 2019 Marketing digital 1ª edição 33 3 2019 Editora e Distribuidora Educacional S.A. Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza CEP: 86041-100 — Londrina — PR e-mail: editora.educacional@kroton.com.br Homepage: http://www.kroton.com.br/ Presidente Rodrigo Galindo Vice-Presidente de Pós-Graduação e Educação Continuada Paulo de Tarso Pires de Moraes Conselho Acadêmico Carlos Roberto Pagani Junior Camila Braga de Oliveira Higa Carolina Yaly Giani Vendramel de Oliveira Juliana Caramigo Gennarini Nirse Ruscheinsky Breternitz Priscila Pereira Silva Tayra Carolina Nascimento Aleixo Coordenador Tayra Carolina Nascimento Aleixo Revisor Kriscia Vicente Proença Editorial Alessandra Cristina Fahl Beatriz Meloni Montefusco Daniella Fernandes Haruze Manta Hâmila Samai Franco dos Santos Mariana de Campos Barroso Paola Andressa Machado Leal Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Andrade, Norberto Almeida de A553m Marketing digital/ Norberto Almeida de Andrade, – Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A. 2019. 144 p. ISBN 978-85-522-1623-0 1. Marketing interativo. 2. Marketing de relacionamento. I. Andrade, Norberto Almeida de. Título. CDD 300 Thamiris Mantovani CRB: 8/9491 © 2019 por Editora e Distribuidora Educacional S.A. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Editora e Distribuidora Educacional S.A. 44 SUMÁRIO Apresentação da disciplina 5 Internet como ferramenta de marketing 6 Novos modelos de negócio e o marketing tecnológico 36 Planejamento de marketing e brand equity 67 Estratégias digitais e gestão do marketing 4.0 94 E-commerce e E-business 121 Geração de tráfego na web 147 Comunicação Integrada de Marketing (CIM) 178 MARKETING DIGITAL 55 5 Apresentação da disciplina A internet já dominou o mundo e isto não é novidade, mas essa nova realidade digital na qual vivemos mudou nossas relações a as formas de comunicar algo. As ações de comunicação tiveram que se adaptar e se reinventar para acompanhar o ritmo de mercado e continuar atingindo seu público alvo, que não está mais na frente da TV ou folheando jornais, mas sim diante de uma nova tela várias horas por dia. É nesse cenário que surge o marketing digital, um conjunto de ações de comunicação realizadas por meio da web, como celulares, tablets, notebooks, para divulgar e comercializar produtos e serviços de forma rápida e assertiva. Essas ações são idealizadas, estruturadas e aplicadas em canais digitais, desde sites até mensagens de aplicativos. Por isso, é importante saber que o marketing digital se trata de uma nova forma de fazer Marketing, adequando-os aos meios digitais, que, por outro lado, também se adaptaram para funcionar como meios de divulgação mesmo quando não surgiram para isso. Mudanças no comportamento do consumidor exigem que as empresas repensem suas estratégias de marketing no domínio digital. Atualmente, o envolvimento do marketing digital das empresas pode ser categorizado de acordo com os benefícios percebidos e o uso do marketing digital. Para melhorar o envolvimento do marketing digital, os profissionais de marketing devem se concentrar nas interações baseadas em relacionamentos com seus clientes. 66 Internet como ferramenta de marketing Autor: Norberto Almeida de Andrade Objetivos • Entender as principais funções do marketing. • Identificar as principais dificuldades da administração de marketing. • Compreender o composto do marketing tradicional com o viés do marketing digital. 77 7 1. Introdução A internet já dominou o mundo e isto não é novidade, mas essa nova realidade digital na qual vivemos mudou nossas relações e as formas de comunicar algo. As ações de comunicação tiveram que se adaptar e se reinventar para acompanhar o ritmo de mercado e continuar atingindo seu público-alvo, que não está mais na frente da TV ou folheando jornais, mas sim diante de uma nova tela durante várias horas por dia. É nesse cenário que surge o marketing digital, um conjunto de ações de comunicação realizadas por meio da web, como smartphones, tablets, notebooks, para divulgar e comercializar produtos e serviços de forma rápida e assertiva. Essas ações são idealizadas, estruturadas e aplicadas em canais digitais, desde sites até mensagens de aplicativos. Por isso, é importante saber que o marketing digital se trata de uma nova forma de fazer marketing, adequando-os aos meios digitais, que, por outro lado, também se adaptaram para funcionar como meios de divulgação mesmo quando não surgiram para isso. Mudanças no comportamento do consumidor exigem que as empresas repensem suas estratégias de marketing no domínio digital. Atualmente, o envolvimento do marketing digital das empresas pode ser categorizado de acordo com os benefícios percebidos e o uso do marketing digital. De outro modo, para melhorar o envolvimento do marketing digital, os profissionais de marketing devem se concentrar nas interações baseadas em relacionamentos com os clientes. PARA SABER MAIS Você sabia que em 2018 uma pesquisa realizada pelo Google e o Science Daily descobriram que o Google sabe apenas 2% sobre os consumidores? Isto porque 88 se considera apenas os dados e rastros digitais, pois a tecnologia tem limitações e não conhece cada pessoa no nível profundo comparada à vida física. ASSIMILE Para os profissionais de marketing que tentam competir nesse novo meio digital, é incrivelmente difícil destacar seu conteúdo acima do ruído competitivo. Embora a quantidade de tempo que os consumidores gastem na web e no smartphone tenha aumentado drasticamente, a quantidade de conteúdo disponível aumentou exponencialmente. Por este motivo, entender as dinâmicas de consumo, análise de dados, relacionamentos com os clientes nas plataformas digitais são imprescindíveis. 2. Internet como ferramenta de marketing O marketing digital é o ato de promover e vender produtos e serviços, aproveitando táticas de marketing online, como marketing de mídia social, marketing de pesquisa e e-mail marketing. Uma geração atrás, os consumidores estavam à mercê dos anunciantes que os enviavam mensagens de propaganda em alguns canais de mídia: impressos, outdoors, televisão, rádio (KOTLER e KELLER, 2012). Nos anos 1950, a publicidade era principalmente uma conversa de mão única com um público cativo, e os anunciantes criaram mercados, definindo e reforçando os estereótipos dos consumidores. A publicidade nas mídias tradicionais cresceu e se tornou um meio de marketing viável até então para aquele cenário. 99 9 Atualmente, com a explosão da mídia digital a partir dos anos 1990, as pessoas começaram a se envolver com as empresas com as quais negociavam de novas maneiras (GABRIEL, 2010). A relevância dos canais tradicionais de impressão e transmissão diminuiu, mudando completamente a dinâmica das empresas anunciantes. Canais digitais abriram portas para os consumidores. Eles já não são participantes passivos de uma conversa de marketing unilateral, os consumidores tornaram-se autores, cocriadores e críticos de poder (LONGO, 2018). O cenário digital é participativo, uma área em que os consumidores trocam ideias. Os profissionais de marketing não conduzem mais a discussão. Os consumidores comuns agora são empoderados e criadores de tendências. Para os profissionais de marketing que tentam competir nesse novo meio digital, é incrivelmente difícil destacar seu conteúdo acima do ruído competitivo (SOLOMON, 2016). Embora a quantidade de tempo que os consumidoresgastem na web e no smartphone tenha aumentado drasticamente, a quantidade de conteúdo disponível aumentou exponencialmente. Mais conteúdo digital é criado em um dia do que a maioria das pessoas pode consumir em um ano. Com tantas distrações e opções, seu público tem um tempo de atenção muito curto (OGDEN e CRESCITELLI, 2007). O crescimento exponencial dos canais digitais deu origem à importância do marketing digital. Mas o marketing digital não é apenas sobre o canal. É também o mecanismo pelo qual as pessoas estão criando e compartilhando conteúdo e experiências, interagindo entre si e com as empresas com as quais fazem negócios. Portanto, investir em marketing digital não significa criar um site, um blog, fazer posts ou anunciar com banners (OLIVEIRA et al., 2012). A internet é tão grande e dispersa que os investimentos isolados e sem coordenação invariavelmente significam desperdício de recursos. Por isso, deve-se primeiro entender todo o contexto de marketing digital e depois planejar ações coordenadas e eficientes que estejam ligadas 1010 umas às outras e que se realimentem, ou seja, que uma ação contribua para que a outra cresça e obtenha projeção (SOLOMON, 2016). Assim, o modelo de marketing digital centrado no consumidor e baseado em seu comportamento será eficaz e flexível, principalmente porque está baseado nos princípios corretos e naquilo que realmente importa para as empresas e paro o marketing: o consumidor (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2017). Esse modelo mostra que, embora as ações estratégicas, táticas e operacionais de uma campanha de marketing digital possam ser diferentes, dependendo da empresa e de cada cenário, as técnicas de marketing que se baseiam no comportamento do consumidor são igualmente aplicáveis ao marketing digital, desde que aplicadas corretamente a cada um dos ambientes e atividades presente naquele momento na internet (OLIVEIRA et al., 2012). Não obstante, o desenvolvimento do marketing digital é inseparável da evolução da tecnologia. O termo marketing digital foi cunhado pela primeira vez nos anos 1990. Com o lançamento da arquitetura de servidor/cliente e a popularidade dos computadores pessoais, os aplicativos de CRM (Customer Relationship Management) se tornaram uma parte significativa da tecnologia de marketing (YASUDA e OLIVEIRA, 2012). A concorrência acirrada forçou os fornecedores a incluir mais serviços em seus softwares, por exemplo, aplicativos de marketing, vendas e serviços. Os profissionais de marketing também foram capazes de possuir enormes dados de clientes online pelo software e CRM após o nascimento da internet. Nos anos 2000, com cada vez mais usuários da internet e o nascimento dos smartphones, os clientes começaram a pesquisar produtos e a tomar decisões sobre suas necessidades online primeiro, em vez de consultar um vendedor, o que criou um novo desafio para o departamento de marketing nas empresas. Observe a figura a seguir: 1111 11 Figura 1 – Jornada de clientes Fonte: McKinsey (2015). Esses desafios fizeram com que os profissionais de marketing encontrassem os caminhos digitais para o desenvolvimento do mercado (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2017). Em 2007, o conceito de automação de marketing foi levantado para resolver o problema acima. A automação de marketing ajudou as empresas a segmentar clientes, lançar campanhas de marketing multicanal e fornecer informações personalizadas para os clientes (GABRIEL, 2010). No entanto, a velocidade de sua adaptabilidade a dispositivos de consumo não foi rápida o suficiente. O marketing digital tornou-se mais sofisticado nos anos 2000 e 2010, quando a proliferação de dispositivos capazes de acessar mídia digital levou a um crescimento repentino. Com o desenvolvimento das mídias sociais nos anos 2000, os consumidores tornaram-se altamente dependentes da tecnologia digital no dia a dia (ANDRADE, 2018). 1212 Portanto, os usuários em diferentes canais esperam uma experiência relevante para pesquisar as informações de produtos e serviços. Neste sentido, a mudança de comportamento do consumidor melhorou a diversificação da tecnologia de marketing (SOLOMON, 2016). Uma parcela crescente de publicidade decorre de empresas que empregam conteúdo online para captar audiências dos usuários da internet, mas especialistas de Tecnologia da Informação suscitam preocupação com a privacidade do consumidor e a proteção de dados. Nos últimos anos, cada empresa busca implementar estratégias de marketing para atrair clientes, criar uma imagem de marca e se manter competitiva no mercado (GABRIEL, 2010). A este respeito, as ferramentas de marketing variam da mídia tradicional para as opções de alta tecnologia, tais como estratégias interativas baseadas na web e mídias sociais. Ultimamente, uma infinidade de novas táticas de mídia e de marketing tem aparecido, mas nem todas são eficazes para qualquer tipo de negócio (OGDEN e CRESCITELLI, 2007). Conforme Kotler e Keller (2012), marketing é visto como um processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos de indivíduos obtêm o que necessitam e o que desejam através da criação, oferta e troca de produtos, possuindo certo valor. Durante as últimas cinco décadas, o marketing tem evoluído através de três etapas que chamamos de Marketing de 1.0, 2.0 e 3.0. A evolução do marketing é baseada em torno de três principais disciplinas: gestão de produtos, gestão de clientes e gestão de marca (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2017). Esta mudança contínua responde à necessidade da disciplina de marketing para se adaptar a diferentes aspectos da vida humana. A nova realidade forçou uma mudança de estratégia das empresas e sua concepção do ambiente, assim como uma nova estratégia de 1313 13 marketing para a compreensão e fornecimento de soluções para os desafios que surgiram (SOLOMON, 2016). Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017) em sua mais recente obra, Marketing 4.0 – do tradicional para o digital, dizem que o conceito de marketing está centrado na área nas aspirações humanas, valores e espírito. Ainda propõem que os consumidores são seres humanos completos cujas outras necessidades e esperanças nunca devem ser negligenciadas. Na tabela a seguir são apresentadas as principais diferenças entre Marketing 1.0, 2.0, 3.0 e 4.0, conforme os autores, (2017): Tabela 1 – Evolução do marketing Marketing 1.0 centrado no produto Marketing 2.0 centrado no consumidor Marketing 3.0 centrado nos valores Marketing 4.0 centrada no humano Objetivo Vender produtos Satisfazer os clientes e fideli- dade à marca Fazer do mundo um lugar melhor Consumidores interagindo com os produtos Forças propulsoras Revolução Industrial Tecnologia da Informação Conexão dos consumidores (novas tecnologias) Era digital (Ubiquidade) Como as orga- nizações enxer- gam o mercado Compradores de massa com necessidades físicas Consumidores mais inteligentes, dotado de coração e mente Ser humano pleno, com coração, mente e espírito Conversações entre pessoas conduzidas em uma voz humana Conceito chave de marketing Desenvolvimen- to de produto Diferenciação Valores Proposição de valor e personalidade Proposi- ção de valor Funcional Funcional e emocional Funcional, emocional e espiritual Funcional, emo- cional, espiri- tual e afetivo Diretrizes de marketing da empresa Especificação do produto Posicionamento da empresa e do produto Missão, visão e valores da empresa Campos humanitários Interação com os consumidores Transação do tipo um para um Relacionamento um para um Colaboração um para muitos Conversas pessoais com os clientes Fonte: adaptado pelo autor de Kotler, Kartajaya e Setiawan (2010). 1414 Segundo Andrade (p. 349, 2018), “tecnologias não controlam pessoas. Pessoas controlam tecnologias que controlam pessoas”. Entenda que não se faz campanhas para máquinas, elas são apenas plataformas,meios para se chegar até as pessoas. Entender quem são e como se comportam é o grande desafio. Num primeiro momento, as empresas descartaram a internet como um modismo, alegando que eles não precisavam de um website (GABRIEL, 2010). Agora que as empresas estão online, dizem usar a mídia social, fazer mobile marketing e anúncios pagos no Google e acham que isto é suficiente, e que muitas vezes não tem funcionado para sua empresa. Com tantas opções em constante mudança, o marketing digital pode ser confuso (LONGO, 2018). E, de fato, muitas empresas têm escolhido enterrar a cabeça na areia em vez de aceitar os desafios do marketing digital. Por outro lado, não devemos generalizar. Empresários estão começando a reconhecer a importância e o valor de uma presença online. E enquanto uma aceitação universal de marketing digital é um enorme passo rumo a um novo modelo de fazer negócios, muitas empresas estão com tanta pressa para obter presença online que não conseguem desenvolver uma estratégia adequada para o movimento no espaço digital (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2017). Ter um site, fazer posts e escrever qualquer tipo de conteúdo não é a resposta e nem o caminho para o engajamento e posicionamento de marca. Por si mesmos e nas mãos erradas, essas coisas são muitas vezes mal utilizadas ou incorretamente implementadas (OGDEN e CRESCITELLI, 2007). A verdadeira chave para gerar um grande retorno sobre o investimento (ROI) com o marketing digital tem de ser muito bem alinhada aos objetivos de negócio para desenvolver uma estratégia adequada. Em um passado não muito distante, os consumidores 1515 15 tinham apenas opções de compra locais promovidas pela publicidade tradicional para orientar o caminho (OLIVEIRA et al., 2012). Agora, todo mundo está tentando se conectar com o consumidor em tempo real através de todos os canais e dispositivos. Dado esse cenário, as marcas precisam se preparar para o envolvimento com os consumidores em seus termos. Os consumidores conectados de hoje podem procurar rapidamente produtos e serviços e terem o poder de ser muito mais seletivos no processo de tomada de decisão. Eles não querem mais gastar dinheiro para adquirir um produto – eles querem um produto personalizado, acompanhado por um excelente serviço e aquele que melhor se adapte às suas necessidades profissionais ou pessoais (SOLOMON, 2016). Com outras palavras, os consumidores estabeleceram um padrão alto e as marcas precisam criar uma visão universal do consumidor. Esse é o processo de rastrear a jornada digital do consumidor e realizar uma análise holística de seus comportamentos nos canais e dispositivos. Ao combinar a maneira como eles interagem com os anúncios e como eles compram quando abrem e-mails, visitam sites e outros fatores, é possível aprender o que os motiva e suas preferências de comunicação (ANDRADE, 2018). Com uma compreensão completa da jornada do consumidor, pode- se criar uma experiência personalizada e útil que falará com eles no momento em que forem mais receptivos e no formato que preferirem. Quando feito corretamente, um algoritmo pessoal é mapeado e os consumidores sentem que você está realmente em sintonia com as necessidades deles (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2017). Os dados acionáveis, coletados para personalizar a experiência de compra de cada consumidor, têm implicações significativas para o lucro e a escalabilidade dos negócios. A análise dos dados pode revelar tendências, segmentos e preferências de canais significativos. Use essas informações para alcançar novos consumidores com mais eficiência (OLIVEIRA et al., 2012). 1616 Mas uma empresa precisa primeiro se preparar para a personalização, se quiser obter resultados lucrativos. As pessoas não querem mais vendedores de produtos empurrando mensagens pela garganta. Elas já tiveram o suficiente. E, graças às capacidades tecnológicas de hoje, têm o poder de abandonar, pesquisar os produtos, consumir os materiais que desejam e fazê-lo quando quiserem (YASUDA e OLIVEIRA, 2012). Pela primeira vez na história, marcas e profissionais de marketing estão realmente à mercê dos consumidores. As pessoas com poder de compra agora recorrem a colegas, especialistas e líderes de pensamento para obter sábios conselhos sobre tudo, desde oportunidades de aprimoramento de carreira até a melhor pasta de dente para comprar. Com todas essas pessoas residindo em um canal social ou outro, o poder coletivo das mídias sociais trouxe a era da sociedade em rede. A sociedade em rede é a expressão cunhada em 1991 relacionada às mudanças sociais, políticas, econômicas e culturais causadas pela disseminação de tecnologias digitais de informação e comunicação em rede (ANDRADE, 2018). O marketing de influenciadores, embora sua encarnação atual nunca tenha sido vista antes, não é novidade, pois as celebridades são vistas como “influenciadoras” desde o início da vida pública. Mas com indivíduos acumulando milhares, centenas de milhares ou mesmo milhões de seguidores em suas páginas pessoais, “influenciador” se tornou um termo mais amplamente definido (OLIVEIRA et al., 2012). Este método de propaganda utiliza essas potências sociais para promover uma marca, produto ou serviço aos seus seguidores altamente engajados. Os influenciadores geralmente sentem que é sua obrigação fornecer à sua rede as informações mais relevantes e úteis, que ajudarão seu público a ter uma existência mais gratificante (OGDEN e CRESCITELLI, 2007). Se eles não conseguirem fazer isso, as pessoas se afastarão deles, assim como muitas marcas antes deles; autenticidade e transparência 1717 17 são fundamentais na era digital. O marketing digital é definido pelo uso de várias táticas e canais digitais para conectar-se aos clientes onde eles passam grande parte do tempo: online (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2017). Este comportamento também é chamado, segundo Henry Jenkins (2015), de cultura da convergência. Ela é uma teoria que reconhece mudanças de relacionamento e experiências com as novas mídias, ou seja, onde as mídias novas e antigas colidem. Neste conceito, o autor explora o fluxo de conteúdo distribuído em várias interseções de mídia, indústrias e audiências, apresentando uma disputa de poder entre a distribuição e o controle do conteúdo. A mudança cultural no discurso da convergência se concentra em como a produção e o consumo de mídia mudaram com a relevância da cultura participativa, da inteligência coletiva e de um ambiente tecnológico convergente. Agora, os usuários podem experimentar um envolvimento estendido, interativo e até compartilhado, não apenas com a mídia de entretenimento, mas também com a mídia informativa. No entanto, à medida que a noção se popularizou em vários discursos da mídia, alguns estudiosos veem um uso excessivo da ideia de cultura de convergência, reavaliando sua natureza ampla ou falta de especificidade (JENKINS, 2015). Do próprio site aos ativos de marca online de uma empresa, publicidade digital, e-mail marketing, brochuras online e muito mais, existe um espectro de táticas que se enquadram no marketing digital (ANDRADE, 2018). Os melhores profissionais de marketing digital têm uma imagem clara de como cada campanha de marketing digital suporta seus objetivos principais. E, dependendo dos objetivos de sua estratégia de marketing, os profissionais de marketing podem apoiar uma campanha maior por meio dos canais gratuitos e pagos à sua disposição (GABRIEL, 2010). 1818 Aos olhos da platéia, são pessoas reais, não uma corporação sem rosto. Existe uma conexão genuína e, além de informações valiosas, há uma razão muito clara pela qual esse anexo existe (LONGO, 2018). a. A nova economia digital A “economia digital” é um termo para todos os processos econômicos, transações, interações e atividades baseadas em tecnologias digitais. A economia digital é diferente da economia da internet na medida em que a economia da internet sebaseia na conectividade da internet, enquanto a economia digital se baseia mais amplamente em qualquer uma das muitas ferramentas digitais usadas no mundo econômico de hoje (SOLOMON, 2016). Como um termo para todas as contribuições que as tecnologias digitais fizeram para as economias, o termo “economia digital” é bastante amplo. É frequentemente atribuído a Don Tapscott em seu livro de 1997, intitulado A economia digital: promessa e perigo na era da inteligência em rede. Desde então, muitos o usam de maneiras diferentes para descrever a atividade e os fenômenos econômicos baseados em tecnologia (GABRIEL, 2010). Ao falar sobre a economia digital, muitas pessoas apontam interrupções e transformações de mercado baseadas em tecnologias digitais. Há muito estudo sobre como as tecnologias estão mudando rapidamente o mundo, não apenas nas economias, mas nas sociedades como um todo (OLIVEIRA et al., 2012). No entanto, programas como a Iniciativa do MIT sobre Economia Digital são pontos específicos de estudo sobre como as transformações digitais afetam os mercados. O mundo como o conhecemos está mudando continuamente e um dos fatores fundamentais é a transformação digital. No fundo, a transformação digital não é sobre “unicórnios” da internet (YASUDA e OLIVEIRA, 2012). É sobre o uso da mais recente tecnologia para fazer o 1919 19 que você já faz, mas melhor. A economia global também está passando por uma transformação digital e está acontecendo a uma velocidade vertiginosa (SOLOMON, 2016). Então, o que é a economia digital? É a atividade econômica que resulta de bilhões de conexões diárias entre pessoas, negócios, dispositivos, dados e processos. A espinha dorsal da economia digital é a hiperconectividade, o que significa crescente interconectividade de pessoas, organizações e máquinas resultantes da internet, da tecnologia móvel e da internet das Coisas (IoT), (LONGO, 2018). A economia digital está tomando forma e minando as noções convencionais sobre como as empresas estão estruturadas, como as empresas interagem e como os consumidores obtêm serviços, informações e bens (OLIVEIRA et al., 2012). Andrade (2018) afirma que o uso agressivo dos dados está transformando modelos de negócios, facilitando novos produtos e serviços, criando novos processos, gerando maior utilidade e introduzindo uma nova cultura de gerenciamento. Na economia digital, todos os clientes – tanto de empresa para empresa quanto de empresa para consumidor – desejam interagir com as empresas quando e onde quiserem e da maneira que for mais conveniente para eles (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2017). Além disso, os clientes desejam o envolvimento com as marcas por meio de experiências que são transparentes, multicanais, diretas, contextuais e personalizadas. Para envolver os clientes, as empresas devem mudar de uma abordagem de marketing linear da comunicação unidirecional para um modelo de troca de valor de diálogo mútuo e compartilhamento de benefícios entre fornecedor e consumidor (ANDRADE, 2018). As trocas são mais não-lineares, de fluxo livre e são um para muitos ou um para um. A disseminação de informações e conscientização pode ocorrer em vários canais de mídias sociais. As comunidades online e as 2020 redes sociais permitem que os indivíduos criem conteúdo com facilidade e publiquem publicamente suas opiniões, experiências, pensamentos e sentimentos sobre muitos tópicos e produtos, acelerando a difusão de informações (LONGO, 2018). O uso de uma estratégia integrada como omnichannel versus multicanal, onde ambos são importantes e complementares e estão se tornando cada vez mais importantes para as empresas se adaptarem às novas expectativas dos consumidores que desejam ofertas cada vez mais sofisticadas ao longo da jornada de compra (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2017). O prefixo omni- vem do latim omnis, significando tudo ou todos. Multi, em multicanal, significa muitos. Embora o omnichannel sugira a cobertura de mais canais, a distinção omnichannel versus multicanal vai além do número. Como uma categoria de multicanal, o omnichannel é construído sobre vários métodos de promoção e distribuição de produtos, como lojas físicas, sites e aplicativos móveis, e permite que os clientes entrem em contato com problemas ou preocupações por telefone, e-mail, webchat e mídia social, por exemplo. As empresas estão se concentrando cada vez mais na presença online, incluindo lojas online que operam ao lado de pontos de venda existentes (ANDRADE, 2018). O “corredor sem fim” dentro do espaço das empresas pode levar os consumidores a comprar produtos online que atendem às suas necessidades, enquanto as empresas não precisam realizar o inventário no local físico da loja. Somente empresas baseadas na internet também estão entrando no mercado; algumas estão estabelecendo pontos de venda correspondentes para fornecer serviços pessoais, ajuda profissional e experiências tangíveis com seus produtos (SOLOMON, 2016). Uma abordagem omnichannel não apenas beneficia os consumidores, mas também beneficia os resultados financeiros 2121 21 dos negócios: a pesquisa sugere que os clientes gastam mais que o dobro na compra de um varejista omnichannel em oposição a um varejista de um canal, e geralmente são mais leais. Isso pode ser devido à facilidade de compra e à maior disponibilidade de produtos (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2017). Os clientes geralmente pesquisam online e, em seguida, compram em lojas; e também navegam em lojas e, em seguida, procuram outras opções online. A pesquisa online de clientes sobre produtos é particularmente popular para itens com preços mais altos, além de bens de consumo, como mantimentos e maquiagem. Os consumidores estão cada vez mais usando a internet para procurar informações sobre produtos, comparar preços e buscar ofertas e promoções (YASUDA e OLIVEIRA, 2012). O uso do marketing na era digital não apenas permite que as marcas comercializem seus produtos e serviços, mas também ofereça suporte online ao cliente por meio de serviços 24 horas por dia, 7 dias por semana, para que os clientes se sintam apoiados e valorizados (OGDEN e CRESCITELLI, 2007). O uso da interação nas mídias sociais permite que as marcas recebam feedback positivo e negativo de seus clientes, além de determinar quais plataformas de mídia funcionam bem para eles. Como tal, o marketing digital tornou-se uma vantagem acrescida para marcas e empresas (LONGO, 2018). Agora, é comum os consumidores postarem feedback online por meio de fontes de mídia social, blogs e sites sobre sua experiência com um produto ou marca. Tornou-se cada vez mais popular as empresas usarem e encorajarem essas conversas por meio de seus canais de mídia social a terem contato direto com os clientes e gerenciarem o feedback que recebem adequadamente (ANDRADE, 2018). A comunicação boca a boca e o diálogo ponto a ponto costumam ter um efeito maior nos clientes, pois não são enviados diretamente 2222 da empresa e, portanto, não são planejados. É mais provável que os clientes confiem nas experiências de outros clientes. Podem ser exemplo os usuários de mídias sociais que compartilham experiências com produtos alimentícios e refeições, destacando certas marcas e franquias (GABRIEL, 2010). Isso foi observado em um estudo no Instagram, onde os pesquisadores observaram que os usuários adolescentes do Instagram publicaram imagens de experiências relacionadas a alimentos em suas redes sociais, fornecendo publicidade gratuita para os produtos. Neste sentido, é cada vez mais vantajoso para as empresas usar plataformas de mídia social para se conectar com seus clientes e criar esses diálogos e discussões (SOLOMON, 2016). Um objetivo fundamental é envolver os clientes de marketing digital e permitir que eles interajam com a marca por meio de serviços e entrega de mídia digital. É fácil acessar informações em ritmo acelerado através do uso de comunicações digitais.Os usuários com acesso à internet podem usar muitos meios digitais, como redes sociais, fóruns, e-mails e aplicativos. Esta natureza interativa permite com que os consumidores criem conversas nas quais o público-alvo pode fazer perguntas sobre a marca e se familiarizar com ela, o que formas tradicionais de marketing podem não oferecer (GABRIEL, 2010). De outro modo, ao usar plataformas da internet, as empresas podem criar vantagem competitiva por vários meios. Para atingir o potencial máximo do marketing digital, as empresas usam a mídia social como sua principal ferramenta para criar um canal de informação. Com isso, uma empresa pode criar um sistema no qual eles são capazes de identificar padrões de comportamento dos clientes e feedback sobre suas necessidades (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2017). Esse meio de conteúdo mostrou ter um impacto maior sobre aqueles que mantêm um relacionamento de longa data com a empresa e com 2323 23 consumidores que são usuários de mídia social relativamente ativos, por sua vez, isto faz com que haja a construção do reconhecimento de marca ao logo do tempo (LONGO, 2018). O reconhecimento da marca está relacionado às funções das identidades da marca na memória dos consumidores e pode ser medido pela forma como os consumidores podem identificar a marca sob várias condições. O reconhecimento da marca também é fundamental para entender o processo de decisão de compra do consumidor. Um forte reconhecimento da marca pode ser um preditor do sucesso da marca. É uma medida importante da força ou do valor da marca e também está envolvida na satisfação do cliente, na lealdade à marca e nos relacionamentos com a marca (ANDRADE, 2018). b. Novo consumidor digital O comportamento do consumidor digital, em termos de pesquisa de marketing, resume-se essencialmente a qualquer coisa que uma pessoa faça online. Quais dispositivos eles usam, os sites que visitam, os anúncios com os quais se envolvem, as páginas para as quais navegam, quando saem, como e assim por diante. Se um cliente clica em algo, ele é gravado e às vezes até quando não clica em algo (LONGO, 2018). No marketing digital, é importante prestar atenção aos canais de comunicação em rápida evolução. O comportamento do consumidor está mudando devido à natureza capacitadora da tecnologia digital e ao fácil acesso à informação. A abordagem ideal para entender o comportamento de compra de seus clientes potenciais digitais é realizar uma pesquisa completa (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2017). Os profissionais de marketing já fizeram uma extensa pesquisa para entender as características comportamentais dos consumidores digitais. A seguir, estão algumas ideias que, conforme Solomon (2016), resumem o assunto: 2424 • Os consumidores com conhecimento digital estão bem informados: a internet existe há bastante tempo e as pessoas agora aprendem a utilizar totalmente seu poder. À medida que as pessoas se tornam mais conscientes da moderna tecnologia de comunicação, elas a usam com mais eficiência. Isso significa que os profissionais de marketing precisam dar o melhor de si para conquistar clientes em potencial bem informados. • Eles querem informações relevantes e rápidas: informações excessivas e uma variedade de opções acostumaram as pessoas a obter as soluções certas e livres de riscos em segundos. Por exemplo, se o seu site não for responsivo ou lento, é provável que os visitantes se recuperem e passem para a próxima opção. É a gratificação instantânea que faz um visitante amar o seu site. Portanto, enquanto você cria um site para a sua empresa, verifique se ele fornece material interessante e informações altamente relevantes. • Eles compartilham muito: os consumidores online têm oportunidades e plataformas ilimitadas, onde podem conversar sobre suas experiências, compartilhar informações valiosas, pedir recomendações, fornecer comentários e deixar comentários. Em outras palavras, o conteúdo gerado pelo usuário desempenha um papel crucial no seu sucesso e promoção online. Os líderes de opinião ou influenciadores merecem uma menção especial quando se trata de entender os consumidores digitais em particular e o marketing digital em geral (GABRIEL, 2010). Eles usam o poder da internet para promover os produtos e serviços que admiram e já estabeleceram sua autoridade no coração dos consumidores digitais. Essa é a razão pela qual os influenciadores são pessoas importantes para os profissionais de marketing online (ANDRADE, 2018). As pessoas prestam atenção ao que dizem ou escrevem. Uma maneira de entender seus consumidores online é criar relacionamentos 2525 25 significativos com os influenciadores do seu setor. Quando você se envolve com influenciadores de maneira positiva, recruta uma equipe de advogados influentes que podem revolucionar completamente a maneira como você se comunica e se envolve com seus clientes em potencial e clientes (OGDEN e CRESCITELLI, 2007). Mas como encontrar e se conectar com os influenciadores em seu nicho? A seguir estão pontos relevantes sobre a identificação de influenciadores, segundo Andrade (2018): • Eles têm um círculo social consideravelmente grande com milhares de fãs. • Eles fazem uso excessivo de plataformas sociais, como blogs, canais sociais, fóruns e comunidades online, para falar sobre suas experiências com diferentes produtos e serviços. • Quando eles recomendam um produto ou serviço, as pessoas os seguem quase cegamente. • Eles são especialistas no conteúdo que compartilham. Há uma simples razão pela qual o comportamento digital é importante: dados. O engajamento online do cliente é qualitativamente diferente do engajamento offline, pois a natureza das interações do cliente com uma marca, empresa e outros clientes diferem na internet (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2017). Fóruns ou blogs de discussão, por exemplo, são espaços em que as pessoas podem se comunicar e socializar de maneira que não podem ser replicadas por qualquer meio interativo offline. O engajamento online do cliente é um fenômeno social que se tornou popular com a ampla adoção da internet, que expandiu os desenvolvimentos técnicos em velocidade de banda larga, conectividade e mídia social (OLIVEIRA et al., 2012). 2626 Esses fatores permitem que o comportamento do cliente se envolva regularmente em comunidades online, girando, direta ou indiretamente, em torno de categorias de produtos e outros tópicos de consumo (YASUDA e OLIVEIRA, 2012). Esse processo leva ao engajamento positivo de um cliente com a empresa ou oferta, bem como aos comportamentos associados a diferentes graus de engajamento do cliente. As práticas de marketing visam criar, estimular ou influenciar o comportamento do cliente, que coloca as conversões em um contexto mais estratégico e tem como premissa o entendimento de que o foco na maximização das conversões pode, em algumas circunstâncias, diminuir a probabilidade de conversões repetidas (GABRIEL, 2010). Embora a advocacia do cliente sempre tenha sido uma meta para os profissionais de marketing, o aumento do conteúdo gerado pelo usuário online influenciou diretamente os níveis da mesma. O engajamento do cliente visa interações de longo prazo, incentivando a lealdade e a defesa do cliente por meio do “boca a boca” (LONGO, 2018). Embora o marketing de engajamento do cliente seja consistente tanto online quanto offline, a internet é a base dos esforços de marketing. O engajamento do cliente é fundamental para o sucesso de empresas ou marcas em uma sociedade tecnologicamente conectada. Esse ambiente progressivo requer comunicação direta com os clientes para que eles se envolvam no processo, dando-lhes controle em troca de sua atenção, para aumentar a conscientização e a lealdade à marca e ganhar “boca a boca” (SOLOMON, 2016). Essas trocas aumentam o sucesso das campanhas de marketing, agregam valor à marca e/ou produto ou serviço e aprimoram o atendimento ao cliente.Embora o engajamento offline do cliente seja anterior ao online, este último é um fenômeno social qualitativamente diferente, diferente de qualquer engajamento offline do cliente que os teóricos sociais ou os profissionais de marketing reconheçam (OLIVEIRA et al., 2012). 2727 27 No passado, o engajamento do cliente era gerado de maneira irresoluta por meio de televisão, rádio, mídia, publicidade externa e vários outros pontos de contato idealmente durante alocações de pico e/ou alto tráfego. No entanto, os únicos resultados conclusivos das campanhas foram vendas e/ou retorno do investimento. A ampla adoção da internet durante o final dos anos 1990 aprimorou os processos de engajamento do cliente, em particular a maneira pela qual agora ele pode ser medido em diferentes níveis de engajamento (ANDRADE, 2018). É um fenômeno social recente onde as pessoas se envolvem online em comunidades que não necessariamente giram em torno de um produto específico, mas servem como locais de reunião ou de rede. Esse engajamento online trouxe tanto o empoderamento dos consumidores quanto a oportunidade para as empresas se envolverem com seus clientes-alvo online (GABRIEL, 2010). O conceito e a prática do engajamento online do cliente permitem que as organizações respondam às mudanças fundamentais no comportamento do cliente que a internet provocou, bem como à crescente ineficácia do tradicional modelo de publicidade de interrupção e repetição (OGDEN e CRESCITELLI, 2007). Devido à fragmentação e à especialização da mídia e do público, bem como à proliferação de conteúdos gerados pela comunidade e pelos usuários, as empresas estão perdendo cada vez mais o poder de ditar a agenda de comunicações. Simultaneamente, menores custos de troca, a ampliação geográfica do mercado e a vasta escolha de conteúdo, serviços e produtos disponíveis online enfraqueceram a lealdade do cliente (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2017). Demonstrou-se que o aprimoramento da experiência relacionada à empresa e ao mercado dos clientes envolve clientes, fortalece sua lealdade e os vincula emocionalmente mais estreitamente a uma empresa. Como o mundo atingiu uma população hiperconectada de usuários da internet, é conclusivo que a cultura interativa da sociedade seja significativamente influenciada pela tecnologia (LONGO, 2018). 2828 A conectividade está unindo consumidores e organizações, o que torna essencial que as empresas aproveitem e se concentrem em captar a atenção e interagir com consumidores bem informados para atender e satisfazer. A conexão com os clientes estabelece exclusividade em sua experiência, o que potencialmente aumentará a lealdade à marca, a propaganda “boca a boca” e fornecerá às empresas análises, percepções e retenção valiosas dos consumidores (OLIVEIRA et al., 2012). O engajamento do cliente pode vir na forma de exibição, impressão, alcance, clique, comentário ou compartilhamento, entre muitos outros. Levando em consideração as informações e conexões difundidas para os consumidores, a maneira de desenvolver o envolvimento penetrável do cliente é conectar-se de maneira proativa com os clientes, ouvindo (YASUDA e OLIVEIRA, 2012). A audição capacitará o consumidor, dará a ele controle e endossará um diálogo bidirecional centrado no cliente. Esse diálogo redefinirá o papel do consumidor, pois ele não assumirá mais o papel do usuário final no processo. Em vez da transação e/ou troca tradicional, o conceito se torna um processo de parceria entre organizações e consumidores (ANDRADE, 2018). Particularmente porque a internet forneceu aos consumidores o acúmulo de muitos conhecimentos e entendimentos diversos, os consumidores agora têm expectativas cada vez mais altas, desenvolvem percepções sensoriais mais fortes e, portanto, tornam-se mais atraídos por valores experimentais. Portanto, seria lucrativo que as empresas se submetessem aos novos critérios para oferecerem aos consumidores a oportunidade de mergulharem ainda mais na experiência de consumo (GABRIEL, 2010). Essa experiência envolverá organizações e consumidores compartilhando e trocando informações, o que gerará maior conscientização, interesse, desejo de compra, retenção e lealdade entre os consumidores, desenvolvendo um relacionamento íntimo (LONGO, 2018). Significativamente, a abertura total e o fortalecimento 2929 29 do serviço ao cliente são o ponto de venda para os clientes para fazê-los se sentirem mais envolvidos, e não apenas um número. Isso ganhará confiança, engajamento e, finalmente, “boca a boca” através de círculos sociais sem fim (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2017). O marketing digital e seus canais associados são importantes, mas não excluindo todo o resto. Não basta conhecer apenas seus clientes, você deve conhecê-los melhor do que qualquer outra pessoa para poder se comunicar com eles onde, quando e como eles são mais receptivos à sua mensagem. Para fazer isso, você precisa de uma visão consolidada das preferências e expectativas dos clientes em todos os canais – web, mídia social, smartphone, mala direta, ponto de venda etc. As empresas fazem isso usando a análise omnichannel de varejo (OGDEN e CRESCITELLI, 2007). Os profissionais de marketing podem usar essas informações para criar e antecipar experiências consistentes e coordenadas dos clientes que irão mover os clientes no ciclo de compra. Quanto mais profunda a percepção do cliente sobre comportamento e preferências, maior a probabilidade de você envolvê-lo em interações lucrativas (OLIVEIRA et al., 2012). O omnichannel é uma estratégia de conteúdo entre canais que as organizações usam para melhorar sua experiência do usuário. Em vez de trabalhar em paralelo, os canais de comunicação e seus recursos de suporte são projetados e orquestrados para cooperar. O omnichannel implica integração e orquestração de canais, de modo que a experiência de se envolver em todos os canais que alguém escolhe usar é tão ou mais eficiente e agradável do que usar canais isoladamente (YASUDA e OLIVEIRA, 2012). A abordagem tem aplicações em qualquer setor, mas os primeiros exemplos foram nos serviços financeiros, saúde, governo, varejo e indústrias de telecomunicações. O omnichannel substitui o multicanal e inclui canais como locais físicos, comércio eletrônico, aplicativos para dispositivos móveis e mídias sociais (SOLOMON, 2016). 3030 As empresas que usam o omnichannel afirmam que um cliente valoriza a capacidade de se envolver com uma empresa por várias vias ao mesmo tempo. Um equívoco comum é que, para ser omnichannel, uma estratégia precisa suportar todos os canais possíveis, o que é uma impossibilidade prática para a maioria das organizações (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2017). Omnis vem do latim para “todos”, e aqui sugere a integração de todos os canais físicos (offline) e canais digitais (online) para oferecer uma experiência unificada ao cliente (GABRIEL, 2010). De acordo com Andrade (2018), o omnichannel é definido como experiências ininterruptas e sem esforço, de alta qualidade do cliente que ocorrem dentro e entre os canais de contato. O esforço para unificar canais tem uma longa história em todos os setores do mercado. Esforços como publicação de fonte única e web design responsivo, no entanto, geralmente eram focados em eficiência interna, consistência de formatação e desduplicação simples nos canais. À medida que o número de canais proliferava, aumentava o potencial de experiências desarticuladas ao alternar ou trabalhar com vários canais (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2017). Canais como dispositivos móveis, web móvel, aplicativos móveis, ajuda contextual, realidade aumentada, realidade virtual e chatbots são usados em adição aos tradicionais canais de interação física e humana. Isso cria uma matriz complexa de possíveis maneiras pelas quais um indivíduo pode envolver uma organização e suas ofertas ou concluir uma tarefa. O varejo omnichannel é uma expansão do varejomulticanal (LONGO, 2018). O surgimento de tecnologias digitais, mídias sociais e dispositivos móveis levou a mudanças significativas no ambiente de varejo e oferece oportunidades para os empresa reformularem suas estratégias de marketing e produto. Hoje, os clientes tendem a procurar informações na loja física e, ao mesmo tempo, obtêm informações adicionais de seus dispositivos móveis sobre ofertas e preços possivelmente melhores (SOLOMON, 2016). 3131 31 O omnichannel permite que as organizações aloquem a disponibilidade e a visibilidade do inventário entre locais versus cada canal que possui unidades específicas. Vários recursos, como tabelas de tamanhos, política de devolução fácil e entrega no mesmo dia, aumentaram o comércio eletrônico e promoveram as compras omnichannel (OLIVEIRA et al., 2012). Empresas omnichannel possuem métodos tradicionais de publicidade em massa integrados a canais interativos emergentes. Sites, ofertas de e-mail, mensagens de mídia social e lojas físicas exibem as mesmas mensagens, ofertas e produtos. O conceito omnichannel não apenas amplia o leque de canais, mas também incorpora às necessidades, comunicações e interações entre cliente, marca e empresa (YASUDA e OLIVEIRA, 2012). Embora se diga que o omnichannel é ditado por sistemas e processos, é o cliente quem determina como ocorre uma transação. Sistemas e processos facilitam a jornada do cliente para realizar transações e ser atendido. O omnichannel está se movendo em direção ao aumento da personalização com base em análises para tornar a experiência do cliente mais integrada (OGDEN e CRESCITELLI, 2007). De acordo com Longo (2018), o omnichannel é a força central que molda o futuro do comércio eletrônico e das lojas físicas. A principal diferença entre omnichannel e multicanal é o nível de integração. O multicanal é geralmente identificado como uma maneira não integrada de abordar clientes e ativos de estoque, enquanto o omnichannel exige integração coerente e absoluta do estoque. Mais e mais organizações perceberam as oportunidades e vantagens de integrar múltiplos canais adotando uma abordagem omnichannel (ANDRADE, 2018). As fronteiras entre os canais tendem a desaparecer em um ambiente omnichannel, proporcionando ao cliente uma experiência consistente da marca. A principal diferença entre omnichannel e omnidigital é o foco dado à estratégia (SOLOMON, 2016). Com o omnichannel, a 3232 empresa se concentra em ter o conjunto certo de canais para os clientes se envolverem. Com o omnichannel, a empresa se concentra em fornecer uma experiência consistente ao cliente em tudo o que é digital, independentemente do canal usado. O canal se torna secundário e a experiência do cliente é o foco principal (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2017). TEORIA EM PRÁTICA Você é o gestor de marketing de uma empresa X, quais são seus primeiros posicionamentos para aproveitar uma série de recursos de comunicação como meio de persuasão para transformar prospect em visitas e visitas em vendas? Esse trabalho de persuasão deve se dar ao longo do tempo do relacionamento com os consumidores ativos para que os próprios clientes sejam divulgadores positivos da empresa. Este é o poder de mercado digital: a maneira de persuadir os possíveis clientes a ponto de se tornarem clientes encantados que sejam agentes naturais do marketing digital. Com a competição acirrada em todos os setores, por conta da concorrência, procurar entender como o consumidor responde a certos estímulos é uma tarefa essencial para qualquer gestor. É necessário compreender o que leva os consumidores a tomar suas decisões. É primordial entender como os clientes ativos e novos clientes respondem aos estímulos. É necessário saber demonstrar que a empresa tem produtos e serviços adequados às necessidades, desejos e satisfação dos seus clientes. A escolha de uma empresa não funciona da mesma maneira para todos os clientes. São escolhas que 3333 33 apresentam diferenças entre as opções, e o comprador geralmente sabe muito pouco sobre o que está comprando, portanto, a avaliação sobre o que escolheu não é imediata, mas se dá ao longo do tempo. O ato de escolher envolve um comportamento de compra complexo e se dará se a empresa for percebida como a entidade capaz de satisfazer da melhor forma as expectativas do cliente. Tomar a decisão pela empresa então envolve a análise de várias opções, tais como investimento, falta de conhecimento necessário para se fazer uma avaliação inicial e possibilidade de se ter feito a escolha errada. VERIFICAÇÃO DE LEITURA 1. A internet já dominou o mundo e isto não é novidade, mas nessa nova realidade as ações de comunicação tiveram que: a. Se adaptar e se reinventar para acompanharem o ritmo de mercado. b. Esperar outras empresas experimentarem o marketing digital antes. c. Fazer o que sempre fizeram, pois isto é apenas uma onda passageira. d. Compreender que quando os concorrentes estiverem aceito a ideia, esta é a hora de agir. e. Prospectar e constatar que vendas não funcionam na internet. 3434 2. Os profissionais de marketing digital podem usar as informações disponíveis para: a. Armazenar os dados e verificar o que fazer com elas posteriormente. b. Não armazenar dados para que os sistemas fiquem sobrecarregados. c. Monitorar os hábitos de compra dos clientes e armazená-las. d. Criar e antecipar experiências consistentes e coordenadas que irão mover os clientes no ciclo de compra. e. Fazer posts em mídias sociais e interagir às vezes com os clientes. 3. O varejo omnichannel é uma: a. Das partes de um determinado canal de vendas. b. Expansão do varejo multicanal. c. Área parcial dos canais de logística. d. Expansão da distribuição logística. e. Responsabilidade de pós-venda de toda empresa. Referências bibliográficas ANDRADE, Norberto Almeida. Principal P do Marketing: Pessoas. São Paulo: Book Express, 2018. DON, T. Economia digital: promessa e perigo na era da inteligência em rede. São Paulo: Makron, 1997. 3535 35 GABRIEL, Martha. Marketing na era digital: conceitos, plataformas e estratégias. São Paulo: Novatec Editora, 2010. JENKINS, Henry. Cultura da convergência. São Paulo: Aleph, 2015. KOTLER, Philip; KARTAJAYA, Hermawan; SETIAWAN, Iwan. Marketing 4.0: do tradicional ao digital. Rio de Janeiro: Sextante, 2017. ______. Marketing 3.0: as forças que estão definindo o novo marketing centrado no ser humano. São Paulo: Elsevier, 2010. ______; KELLER, K. L. Administração de marketing (SM Yamamoto, Trad.). São Paulo: Pearson, 2012. LONGO, Walter. Marketing e comunicação na era pós-digital: as regras mudaram. Rio de Janeiro: Alta Books Editora, 2018. SOLOMON, Michael R. O Comportamento do Consumidor: Comprando, Possuindo e Sendo. São Paulo: Bookman Editora, 2016. OGDEN, James R.; CRESCITELLI, Edson. Comunicação integrada de marketing: conceitos, técnicas e práticas. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. OLIVEIRA, Braulio et al. Gestão de marketing. São Paulo: Person, 2012. YASUDA, Aurora; OLIVEIRA, Diva Maria Tammaro de. Pesquisa de marketing: guia para a prática de pesquisa de mercado. São Paulo: Cengage Learning, 2012. Gabarito Questão 1 – Resposta: A Resolução: O marketing digital é essencial para qualquer empresa que queira sobreviver no mundo digital, portanto ela tem que estar atenta às melhores práticas e estratégias para ser competitiva. Questão 2 – Resposta: D Resolução: Monitorar, acompanhar, inovar, atender e superar as expectativas dos consumidores são essenciais para se sobressair da concorrência, se destacar do mercado e conquistar novos clientes. Questão 3 – Resposta: B Resolução: O ominichannel atua em 360º graus, ou seja, tem presença completa, mas mais do que presença, atua e atende bem em todos os canais de vendas de forma uniforme. 3636 Novos modelos de negócio e o marketing tecnológico Autor: Norberto Almeida de Andrade Objetivos • Entender sobre o dinamismodo mundo dos novos negócios digitais. • Identificar os tipos de estratégias de marketing digital. • Compreender a integração de tecnologias como vantagem competitiva. 3737 37 1. Introdução De acordo com as mudanças evolutivas na era da economia digital, os novos modelos de negócios não podem apenas buscar oferecer um melhor serviço ao cliente, embora não da maneira tradicional e óbvia, mas sim serviço que é abertamente flexível e fácil de usar e possivelmente co-criados pelos próprios clientes. O objetivo deste conteúdo é ajudar os profissionais da indústria criativa a projetarem a combinação certa de modelos de negócios para atender às necessidades de cada um de seus clientes e da sua carreira. Espera- se também que os modelos de negócios analisados aqui possam ajudar esses profissionais a terem uma boa noção das vantagens e desvantagens de cada um dos modelos e como eles se encaixam em seus próprios casos particulares. O sucesso na escolha de um modelo de negócios em detrimento de outro dependerá em parte de quão bem as empresas entendem as necessidades de seus clientes. Nem todos os clientes estão dispostos a pagar por uma assinatura, nem todos se sentirão obrigados a participar de uma campanha de crowdfunding. O objetivo deste estudo é proporcionar uma visão mais ampla das inúmeras oportunidades que os novos negócios e modelos oferecem na era digital, além de esclarecer quaisquer dúvidas e dissipar quaisquer preconceitos que possa ter. Espera-se que este estudo sirva para fazer refletir sobre como esses modelos podem ser integrados às estratégias de negócios. PARA SABER MAIS Você sabia que segundo o Relatório do Fórum Econômico Mundial de 2018, estas são as profissões que estão no processo de desaparecer por conta da tecnologia? Abaixo mostraremos alguns exemplos: 3838 Operador de telemarketing; operador de caixa; cobrador de ônibus; vendedor de porta em porta; caixa de banco; arquivista; condutor de trem e metrô; frentista de posto de gasolina; corretor de imóveis. ASSIMILE O marketing de influência é uma forma de marketing de mídia social que envolve recomendações e posicionamento de produtos de influenciadores, pessoas e organizações que possuem um nível de conhecimento especializado e/ou influência social em seus respectivos campos. O conteúdo do influenciador pode ser enquadrado como publicidade de depoimento, onde os influenciadores desempenham o papel de um potencial comprador ou podem estar envolvidos como terceiros. 2. Novos modelos de negócio e o marketing tecnológico A atividade de marketing digital ainda está crescendo em todo o mundo, de acordo com o principal índice de marketing global, Hootsuite. O investimento em mídias digitais continua crescendo rapidamente; enquanto os orçamentos de marketing online estão em expansão, a mídia tradicional está em declínio. As mídias digitais ajudam as marcas a alcançar os consumidores para se envolverem com seus produtos ou serviços de maneira personalizada (ASSAD, 2016). Seis áreas, descritas como práticas atuais do setor, estão priorizando cliques, equilibrando a pesquisa e a exibição, compreendendo celulares, segmentação, visibilidade, segurança da marca e tráfego inválido e medição entre 3939 39 plataformas (PULIZZI, 2016). Como o marketing digital depende da tecnologia que está sempre evoluindo e mudando rapidamente, os mesmos recursos devem ser esperados dos desenvolvimentos e estratégias de marketing digital (SCHMITT, 2004). Segmentação: mais foco foi colocado na segmentação dentro do marketing digital, a fim de atingir mercados específicos nos setores business-to-business (B2B) e business-to-consumer (B2C) (TORRES, 2018). Marketing de influenciadores: a maioria das discussões sobre influência social concentra-se na persuasão em um ambiente social e conformidade. No contexto do marketing de influenciadores, a influência é menos argumentar sobre um ponto de vista ou produto específico, e mais sobre interações frouxas entre várias partes em uma comunidade, geralmente com o objetivo de incentivar compras ou comportamentos. A influência é frequentemente equiparada à advocacia, mas também pode ser negativa, relacionada aos conceitos de promotores e detratores. Isso está se tornando um conceito importante na segmentação digital. É possível alcançar influenciadores por meio de propaganda online, como as campanhas Facebook Advertising ou Google Ads, Instagram Ads, Twitter Ads, Linkedin Ads ou por meio de sofisticados softwares sCRM (gerenciamento social de relacionamento com clientes), como SAP C4C, Microsoft Dynamics, Sage CRM e Salesforce CRM, RD Station, Hubspot, Lead Lovers, Sprilklr, entre outros. Muitas universidades agora se concentram em estratégias de engajamento para influenciadores. Para resumir, o marketing digital Pull é caracterizado por consumidores que buscam ativamente o conteúdo de marketing, enquanto o marketing digital Push ocorre quando os profissionais de marketing enviam mensagens sem que esse conteúdo seja procurado ativamente pelos destinatários (MICELI e SALVADOR, 2017). Ambiente colaborativo: um ambiente colaborativo pode ser configurado entre a organização, o provedor de serviços de tecnologia 4040 e as agências digitais para otimizar esforços, compartilhamento de recursos, reutilização e comunicação. Além disso, as organizações estão convidando seus clientes para ajudá-los a entender melhor como atendê-los. Essa fonte de dados é chamada de conteúdo gerado pelo usuário (CGU). Grande parte disso é adquirida nos sites da empresa, onde a organização convida as pessoas a compartilharem idéias que são avaliadas por outros usuários do site. As ideias mais populares são avaliadas e implementadas de alguma forma. O uso desse método de aquisição de dados e desenvolvimento de novos produtos pode promover o relacionamento das organizações com seus clientes, bem como gerar ideias que, de outra forma, seriam ignoradas. CGU é publicidade de baixo custo, pois é diretamente dos consumidores e pode economizar em custos de publicidade para a organização (ELLIS e BROWN, 2017). Publicidade orientada a dados: os usuários geram muitos dados em cada etapa ao longo da jornada do cliente, e agora as marcas podem usá-los para ativar seu público conhecido com a compra de mídia programática orientada a dados. Sem expor a privacidade dos clientes, os dados dos usuários podem ser coletados a partir de canais digitais (por exemplo: quando o cliente visita um site, lê um e-mail ou inicia e interage com o aplicativo móvel da marca), as marcas também podem coletar dados de interações com clientes do mundo real, como visitas a lojas físicas e de conjuntos de dados de mecanismos de CRM e vendas. Também conhecida como marketing baseado em pessoas ou mídia endereçável, a publicidade orientada a dados está capacitando as marcas a encontrarem seus clientes fiéis em seu público e fornecer, em tempo real, uma comunicação muito mais pessoal, altamente relevante para os clientes de cada um. Hoje, uma consideração importante ao decidir sobre uma estratégia é que as ferramentas digitais democratizaram o cenário promocional (DAVID e NIGEL, 2007). Remarketing: o remarketing desempenha um papel importante no marketing digital. Essa tática permite que os profissionais de marketing 4141 41 publiquem anúncios segmentados na frente de uma categoria de interesse ou de um público definido, geralmente chamados de pesquisadores na web, eles pesquisaram produtos ou serviços específicos ou visitaram um site para algum fim. O redirecionamento de site é uma técnica de publicidade gráfica usada pelos profissionais de marketing para exibir publicidade para pessoas que já visitaram o site. O profissional de marketing inclui um pixel em sua página da web que define um cookie no navegador do usuário. Esse cookie permite que o profissional de marketing direcione o visitante do site com publicidade em outros lugares da Internetusando o redirecionamento. Uma técnica relacionada usada pelos varejistas envolve criativo dinâmico, que permite que o profissional de marketing personalize o anúncio exibido a qualquer visitante do site, por exemplo, exibindo uma imagem de um produto que o visitante estava visualizando anteriormente, mas não comprou (PULIZZI, 2016). Publicidade de jogos: anúncios de jogos são anúncios existentes em computadores ou videogames. Um dos exemplos mais comuns de publicidade no jogo são outdoors que aparecem em jogos esportivos. Os anúncios no jogo também podem aparecer como produtos de marca, como armas, carros ou roupas, que existem como símbolos de status dos jogos (ASSAD, 2016). A nova era digital permitiu que as marcas segmentassem qualitativamente seus clientes que poderiam estar interessados em sua marca ou com base em interesses de navegação anteriores. Agora, as empresas podem usar as mídias sociais para selecionar a faixa etária, o local, o gênero e os interesses pelos quais gostariam que suas postagens fossem segmentadas (ROGERS, 2017). Além disso, com base no histórico de pesquisa recente de um cliente, eles podem ser seguidos na internet para que vejam anúncios de marcas, produtos e serviços similares, permitindo com que as empresas segmentem os clientes específicos que eles conhecem e sentem que se beneficiarão mais com seu produto ou serviço, algo que tinha recursos limitados até a era digital (SCHMITT, 2004). 4242 Uma nova era está se aproximando rapidamente, na qual a maneira como uma empresa se relaciona com seus consumidores (B2C) superará o atual modelo de intermediação B2B (B2B). A história mostrou que toda vez que uma nova tecnologia aparece, ela desperta uma série de medos decorrentes do desconhecido. A descrição dos modelos de negócios analisados neste conteúdo visa proporcionar às empresas e organizações uma visão mais clara das vantagens e desvantagens desses modelos em seus negócios (MICELI e SALVADOR, 2017). Hoje, ninguém tem uma ideia clara de quais modelos de negócios durarão, quais são estratégias de marketing puras e quais são as mais sustentáveis etc. A escolha do modelo de negócios certo dependerá das características de cada setor, sua especialização, tamanho e portfólio, entre outras variáveis. Nossa definição dos novos modelos de negócios será sobre a busca constante pelo mix ideal, sobre ter uma mentalidade flexível, sobre criar “contradições” às vezes e até sobre cometer erros. A ciência tem mostrado repetidamente que a única maneira de progredir é através de tentativa e erro. Para inovar, nós não devemos ter medo de cometer erros, porque, aprendendo com esses erros, podemos entender e aprimorar os acertos (ROGERS, 2017). Como esses novos modelos de negócios serão misturados, ou seja, como serão combinações de vários modelos, será difícil classificá-los como pertencentes a apenas um tipo ou outro (ELLIS e BROWN, 2017). A nova economia digital baseia-se nessa fusão, na ausência de um único modelo fixo, típico da internet e sua natureza fluida. É a base sobre a qual as relações comerciais, por meio das plataformas de comércio eletrônico, podem ser construídas. Por esse motivo, é importante se manter aberto às possibilidades que os modelos combinados oferecem e não os ver como os modelos inflexíveis frequentemente associados ao mundo analógico ou físico. Deve-se entender que, ao se adaptar à arena digital, todos os modelos evoluirão ou combinarão com outros modelos (MICELI e SALVADOR, 2017). 4343 43 Um exemplo muito pertinente da evolução de modelo de negócio digital é o conceito de micropagamentos que nasceu na era da internet e, de certa forma, está intimamente ligado ao conteúdo fragmentado e ao conteúdo por uso. Os micropagamentos são geralmente definidos como transações de pequena quantidade que variam entre 1 € e 5 € (Euros), embora, de acordo com PayPal e Visa, os micropagamentos possam chegar a 10 € ou 20 €, dependendo do tipo de compra (ROGERS, 2017). Esse tipo de transação é usado para acessar um certo tipo de conteúdo, que pode ser um artigo em uma página da web, uma música ou o próximo nível de um videogame. A verdade é, no entanto, que a transação nem sempre precisa envolver dinheiro. As transações podem ser tão complexas para incluir bitcoins, tokens de fidelidade ou qualquer outro tipo de forma de pagamento não monetária ou não convencional (MICELI e SALVADOR, 2017). Embora existam muitos tipos de transações possíveis no mundo digital, sua implementação tecnológica é a parte complicada. O consumidor médio se familiarizou com o conceito de micropagamentos quando a Apple começou a vender conteúdo para seus dispositivos. Como empresa, a Apple foi rápida em compreender o potencial dos novos modelos de negócios que eram possibilitados pelo mundo digital (TORRES, 2018). A rejeição da política de “tudo ou nada” em relação ao conteúdo, tornando possível comprar aos poucos o que antes era considerado um todo, revolucionou verdadeiramente o setor. Agora os clientes têm a possibilidade de comprar músicas individuais por US$ 1 em vez de ter que comprar um LP ou CD inteiro (ASSAD, 2016). Quando o conceito atingiu o setor de e-books forçou os editores, em certa medida, a redesenharem sua política de preços para compras fragmentadas por seções, capítulos e extensões. Além do mercado editorial, outro exemplo é o pay-per-view, que é outro modelo de negócios que apareceu pela primeira vez no setor de televisão. Como o próprio nome sugere, é um sistema de pagamento que permite 4444 aos usuários pagar apenas pelo que assistem (DAVID e NIGEL, 2007). Na indústria cultural e no setor de mídia, o pagamento por uso está, de fato, intimamente ligado às assinaturas. Fora da indústria audiovisual, no entanto, o termo usado é “pagamento por uso”. O compartilhamento de carros é um exemplo de pagamento por uso (PULIZZI, 2016). A Uber, por exemplo, é uma empresa multinacional americana que atua por meio de um aplicativo baseado na localização e que facilita a contratação de um motorista particular sob demanda. Para os passageiros, o Uber é um serviço de táxi conveniente, que permite contratação de um motorista particular para buscá-lo e levá-lo ao seu destino apenas com o toque de um botão em qualquer dispositivo smartphone. Um motorista próximo geralmente chega para buscá-lo em questão de minutos. Não é apenas um serviço de carro sob demanda, mas é possível acompanhá-lo enquanto o motorista está a caminho para buscar você (ELLIS e BROWN, 2017). Já o Bla Bla Car é uma plataforma de caronas de longa distância, a maior a nível mundial. O modelo de negócio visa viagens de longa distância, sendo voltado para motoristas que querem usar as vagas ociosas de seus carros em viagens que eles já realizariam de qualquer jeito. Este modelo de pagamento por uso também entrou no setor hoteleiro e agora é possível alugar a hora de um quarto de hotel (ROGERS, 2017). ByHours é uma plataforma através da qual os usuários podem reservar um quarto de hotel, indicando a hora em que desejam fazer check-in e a hora que eles querem fazer check-out. A plataforma também oferece pacotes de taxa fixa de 6, 12, 24 e 48 horas. A ByHours cobra uma pequena taxa pela correspondência entre usuários e hotéis (TORRES, 2018). Outro exemplo bem expressivo é o A i r b n b , que foi criado para organizar ou oferecer hospedagem – principalmente casas de família e experiências de turismo. A empresa não possui nenhum imóvel e nem realiza eventos; atua como corretora, recebendo comissões de cada reserva (ROGERS, 2017). 4545 45 No mercado midiático televisivo, é semelhante aos planos de taxa fixa válidos por um período específico de tempo ou que limita o número de vezes que o conteúdo pago pode ser acessado. Às vezes, os usuários pagam para visualizar conteúdo específico (sem a necessidade de pré-pagamento ou taxas iniciais de inicialização), mais alinhado com o modelo originalde pay-per-view “TV à la carte” e “música à la carte” etc. – outros termos usados (PULIZZI, 2016). Há serviços em que os usuários pagam um valor fixo por uma assinatura e recebem o direito ao acesso a determinado conteúdo pago, como acontece no Canal Plus e Sky. Outro exemplo interessante é a transmissão ao vivo de um evento (uma partida de futebol, um concerto etc.), o que se tornou popular (ASSAD, 2016). O YouTube e Dailymotion, dois dos sites de vídeos mais populares da Internet, oferecem serviços similares. Conferências online e eventos educacionais e de treinamento são maneiras de oferecer conteúdo transmitido. O setor de artes cênicas certamente soube tirar proveito dos benefícios do streaming (MICELI e SALVADOR, 2017). Os avanços tenológicos em áudio e vídeo de alta definição permitiram que auditórios e teatros gravassem suas performances e os comercializassem por meio de plataformas que usam novas tecnologias para transmitir esses produtos em condições ideais. Teatros e auditórios, como resultado, tornaram-se produtores de conteúdos audiovisuais que podem ser explorados como um complemento à sua atividade comercial principal (ELLIS e BROWN, 2017). O verdadeiro desafio, porém, é garantir que esses produtos se complementem e que um não canibalize o outro. Um dos exemplos mais conhecidos de um provedor de conteúdo em fluxo de taxa fixa ou streaming, como é mais conhecido, é a Netflix. O conceito básico é que os usuários podem assistir séries de TV e filmes online ou alugar DVDs reais, como em um clube de vídeo. Esse modelo 4646 pioneiro de sistema de assinatura forçou seu concorrente direto, Blockbuster, a desenvolver seu próprio serviço de aluguel de vídeo online apenas para acompanhá-lo (TORRES, 2018). Embora seja verdade que, inicialmente, o modelo de negócios da Netflix fosse baseado em uma única unidade, serviço de aluguel, isso acabou sendo malsucedido. Como resultado, a Netflix teve de repensar sua estratégia, chegando finalmente a um modelo de assinatura que permite que seus clientes alugueem DVDs pagando uma única taxa mensal. Como outras grandes empresas que vendem conteúdo online, a Netflix usa um algoritmo para operar seu sistema de recomendação e manter seus clientes fiéis (ELLIS e BROWN, 2017). No setor editorial, e dependendo da plataforma, o modelo de pay-per- view foi basicamente adaptado para cobrar dos leitores uma taxa para acessar uma determinada seção ou um determinado catálogo de um ou mais editores. No setor tecnológico, o modelo é chamado de pagamento por serviço (por exemplo, software como serviço – SaaS), que é intimamente conectado ao modelo de assinatura (ROGERS, 2017). Na indústria musical um ótimo exemplo é o Spotify, uma provedora de serviços de música fundada em 2006, na Suécia, e agora incorporada em Luxemburgo. O principal negócio da empresa é sua plataforma de streaming de áudio que fornece músicas e podcasts protegidos por DRM de gravadoras e empresas de mídia. Atua como um serviço freemium, os recursos básicos são gratuitos com anúncios ou videoclipes automáticos, enquanto os recursos adicionais, como qualidade de streaming aprimorada, são oferecidos por meio de assinaturas pagas (ELLIS e BROWN, 2017). Os concorrentes mais diretos do Spotify na indústria da música são Pandora e Beats Music. Pandora, apenas disponível para residentes nos Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia, é comercializada como uma estação de rádio online e como serviço de recomendação personalizado 4747 47 online para Last Fm. Enquanto os usuários estão ouvindo uma música, a plataforma oferece a possibilidade de comprá-la ou obter o álbum inteiro de várias lojas online (TORRES, 2018). A Pandora possui dois tipos de planos de assinatura, semelhantes aos do Spotify: o primeiro é uma assinatura gratuita subsidiada pela receita de publicidade, e o segundo é uma assinatura paga sem anúncios. Ao contrário do Spotify, no entanto, a Pandora baseia seu modelo em seu poderoso algoritmo de recomendação e na venda de sua tecnologia por meio de aplicativos e dispositivos móveis. No setor de jogos, os sistemas de assinatura estão experimentando um crescimento significativo (ELLIS e BROWN, 2017). Chamado de “Netflix dos jogos”, a GameFly, por exemplo, é uma empresa americana especializada no modelo de assinatura que aluga para os usuários consoles e jogos a domicílio, semelhante ao que a Netflix e a Blockbuster faziam com os DVDs, antigamente. A EA Labels, uma conhecida desenvolvedora de videogames, já lança há algum tempo seus jogos mais populares por assinatura (MICELI e SALVADOR, 2017), como fez com o Battlefield Premium, um jogo de guerra com mais de 1,5 milhão de assinantes. Esses jogos se enquadram na categoria Jogos Online Multijogador Massivo e são acessados por meio de um sistema de assinatura paga mensalmente (PULIZZI, 2016). Como os modelos de assinatura foram adaptados pelo setor editorial, além dos modelos no estilo Netflix? A mídia impressa foi a primeira a desenvolver diferentes tipos de modelos de assinatura. O Financial Times e o New York foram os primeiros a testar o conceito de conteúdo pago online, afastando-se do modelo geralmente aceito de oferecer conteúdo online gratuitamente. Uma das empresas que obteve o maior sucesso em aplicar os modelos de outros setores ao mercado do mundo editorial é a 24Symbols (ELLIS e BROWN, 2017), frequentemente chamada de 4848 “Spotify de livros”. Essa plataforma foi a primeira a introduzir o modelo de assinatura no mercado digital da Espanha, além do conteúdo de leitura transmitido que não requer um dispositivo dedicado, apenas acesso à Internet. Seu modelo é baseado em conteúdo armazenado em nuvem, o que permite que seus assinantes baixem eBooks em qualquer dispositivo ou smartphone conectado à Internet, independentemente do seu sistema operacional (PULIZZI, 2016). A seguir, observe a estrutura de Modelos de Negócios Digiats sugerida por Ellis e Brown (2017): Figura 1 – Modelos de negócios digitais Fonte: elaborada pelo autor. 2.1 Tipos de estratégias: membro e associação Ser membro ou pertencer a um serviço é um modelo que começa a gerar cada vez mais novidades, especialmente no setor de comunicações. A associação poderia ser considerada um tipo de assinatura, mas geralmente é atribuída a membros e assinantes. Os assinantes pagam 4949 49 uma taxa inicial por um serviço ou um tipo de conteúdo, como músicas, vídeos, livros ou notícias (DAVID e NIGEL, 2007). Em outras palavras, é alcançado um acordo pelo qual os assinantes, em troca de certa quantia em dinheiro, recebem pelo o que eles se inscreveram. Ser membro significa pertencer a um grupo que pode ser qualquer tipo de empresa que comercialize serviços ou conteúdo. Portanto, um usuário pode ser membro de um fã-clube ou de um clube do livro, por exemplo, mas para receber um serviço ou para acessar o conteúdo, uma assinatura, anual, trimestral ou mensal (ASSAD, 2016). Podemos citar como exemplo o setor de seguros, no qual os segurados são os que pagam (assinantes) enquanto as pessoas cobertas pela política (membros) não. Em resumo, uma assinatura implica pagamento regular, enquanto ser membro significa pertencer a algo como clube, jornal, companhia de seguros, comunidade etc. (DAVID e NIGEL, 2007). Com relação aos modelos de negócios, no entanto, a associação é realmente bastante semelhante ao modelo de assinatura. Ser membro implica um relacionamento muito mais direto e dependente, um sentimento de pertencimento que não se baseia apenas em uma troca monetária por um determinado serviço, como em programas de fidelidade, por exemplo. A afiliação é, na realidade, um conceito de marketing (SCHMITT, 2004). Os membros do WordPress não são assinantes dessa plataforma, mas pertencem a uma comunidade; seus usuários compartilham um interesse comum e são leais a esse site O modelo de negócios da associação pode exigir também uma taxa em troca do status
Compartilhar