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Planejamento Estratégico de Marketing Digital 
 
 
Aula 1: Era colaborativa e do compartilhamento 
O conceito de 4.0 vem da chamada Quarta Revolução Industrial, que engloba as principais 
inovações tecnológicas dos campos de automação, controle e tecnologia da informação 
aplicadas aos processos de manufatura. Com máquinas e processos inteligentes, a indústria 4.0 
combina tecnologias como realidade aumentada, inteligência artificial e robótica, além de ter a 
capacidade de analisar e utilizar um enorme fluxo de dados (Big Data).agora se inverte e são as 
pessoas, a sociedade, que passam a influenciar a indústria, o que fará com que esta se reinvente 
e participe desse novo conjunto – com áreas de serviço, transporte etc. 
Preocupação com o meio ambiente - vemos um freio nesse consumismo, o que vai fazer com 
que a indústria repense a forma de trabalho. Uma das características da indústria 4.0 é que ela 
não vai mais produzir como antes. Será uma produção em menor escala e de forma mais 
personalizada – e a tecnologia é fator essencial para isso. 
 
Economia colaborativa 
Mostra (e estimula) às pessoas a importância de reduzir o consumo e pensar no uso eficiente 
dos recursos. Economia colaborativa, consumo colaborativo ou economia compartilhada, 
referem-se a um conceito que compreende o acesso a bens e serviços através do 
compartilhamento, em vez da simples aquisição. 
Para Monteiro (2020) a economia colaborativa: 
[...] pode ser manifestada na forma de troca, aluguel, doação, empréstimo ou outra negociação 
semelhante. É um tipo de negócio que procura mudar a realidade atual de consumo, a qual 
levou o planeta a diversos dilemas sociais e problemas de esgotamento dos recursos naturais. A 
partir dessa nova percepção de mundo, surgiu o entendimento de que era necessária uma 
alternativa ao acúmulo de bens. 
Ou seja, a economia colaborativa propõe não só um novo modelo de negócios, mas também 
uma maneira alternativa de se viver: com qualidade, mas sem desperdícios. 
De acordo com Botsman (apud CUNHA, 2018, p. 70-71) 
[...] a Economia Colaborativa está redefinindo, através da tecnologia e das comunidades, as 
ideias de compartilhamento, troca, empréstimo, aluguel [...] e permuta [...] em três modelos de 
transação: de empresa para consumidor (B2C), de pessoa para pessoa (P2P) e de empresa para 
empresa (B2B). 
 
 
Sistemas da economia colaborativa 
Botsman (apud CUNHA, 2018 p. 71-72) ainda divide a atuação da economia colaborativa em 
três sistemas: 
Mercados de redistribuição: redes sociais que permitem a livre troca de bens obsoletos através 
de uma redistribuição para alguém que precise (troca, permuta, empréstimo). Esse sistema tem 
o potencial de desafiar as relações tradicionais entre produtor, distribuidor e consumidor e 
abalar as doutrinas de “compre mais” e “compre novo”. 
- Estilos de vida colaborativos: compartilhamento e troca de ativos menos tangíveis, como 
tempo, espaço, habilidades, conhecimento e dinheiro. Por exemplo: Airbnb. Requer um alto 
nível de confiança. 
Planejamento Estratégico de Marketing Digital 
 
 
- Sistema de produtos e serviços compartilhados: permite o acesso a vários produtos e serviços 
sem a necessidade de posse. Esses bens e serviços podem ser empresas (carros compartilhados, 
lavanderias [bikes] [...], podem pertencer a pessoas que compartilham ou alugam para outras 
pessoas, ou serem compartilhados para estender o ciclo de vida de um produto. Este sistema 
traz a possiblidade de reduzir os resíduos e o uso de recursos naturais, além de ajudar a atenuar 
algumas cargas intrínsecas de posse (como manutenção, reparo, taxas, seguros, entre outros). 
a colaboração tem um enorme potencial para reunir pessoas, assim como reforçar 
(co)produção e consumo local, compartilhados de diferentes maneiras, que podem trazer 
benefícios como: redução de impactos socioambientais; mais oportunidades de acesso a bens, 
serviços, fatores de produção e renda, reduzindo concentração, aumento da vitalidade 
comunitária; e elevação da liberdade de sistemas tradicionais. 
De acordo com Botsman e Rogers (2009 apud SILVEIRA; PETRINI; SANTOS, 2016, p. 300): 
A economia compartilhada é constituída por práticas comerciais que possibilitam o acesso a 
bens e serviços, sem que haja, necessariamente, a aquisição de um produto ou troca monetária. 
A questão financeira, somada às demandas ambientais, ao crescimento das redes sociais e à 
sede por mudança, fez a economia colaborativa explodir. Esse novo modelo de negócio é uma 
realidade atual, porém não decreta o fim das empresas tradicionais. Mas, certamente, deve 
acontecer um reposicionamento das empresas a essa nova mentalidade do consumidor. 
 
Novo posicionamento das marcas 
- o compartilhamento propriamente dito (como um aluguel). Um exemplo é o case da BMW, o 
DriveNow, serviço que disponibiliza o compartilhamento de carros elétricos em vários lugares 
da Europa, dando uma alternativa para quem quer usar um carro sob demanda ao invés de 
comprá-lo; 
- via marketplaces, como no caso da associação das empresas Patagonia e Ebay, criando 
serviços específicos de aluguel ou assinatura. A marca de roupas Patagonia juntou-se ao eBay, 
para vender produtos usados da marca no seu próprio site, visando um consumo mais 
sustentável e consciente; 
- o modelo de coinovação, pelo qual qualquer pessoa pode colaborar para o desenvolvimento 
de um produto/ serviço ou criar o seu próprio. Coinovar significa integrar os objetivos 
estratégicos da organização a projetos bem definidos de inovação com diversos parceiros, 
incluindo colaboradores, fornecedores e até concorrentes. No final, coinovar deve gerar 
resultados atrativos para a organização no curto e médio prazo. Uma das áreas de maior 
potencial de geração de resultados em coinovação é a parceria entre grandes empresas e 
startups disruptivas. 
Podemos dizer que O consumidor 4.0 é resultado dos meios que têm à disposição. Esse perfil 
tem características bem específicas, especialmente 
marcadas pelo alto nível de exigência, pela total adaptação ao digital e pelo amplo e fácil acesso 
à informação. Hoje, não basta vender um produto interessante. É fundamental envolver os 
consumidores, mas usando os meios e as plataformas certas para atrair atraí-los. 
A mídia social elimina barreiras geográficas e demográficas, permitindo às pessoas que se 
conectem e comuniquem-se, cabendo às empresas inovarem por meio da colaboração. Os 
consumidores estão adotando uma orientação mais horizontal. Desconfiam cada vez mais da 
comunicação de marketing das marcas e preferem confiar no círculo social (amigos, família, fãs 
e seguidores). Assim, o processo de compra dos consumidores está tornando-se mais social do 
que nunca. Isso significa que eles prestam muita atenção ao seu círculo social ao tomar decisões 
Planejamento Estratégico de Marketing Digital 
 
 
e importam-se de maneira progressiva com as opiniões dos outros, compartilhando e 
compilando elevadas quantidades de avaliações. Vide o sucesso de sites como o Tripadvisor, 
por exemplo. 
A conectividade móvel permitiu, aos consumidores, acessar a sabedoria das multidões e tomar 
melhores decisões de compra. Em um ambiente assim, os clientes adaptam-se mais às opiniões 
sociais. 
Na verdade, a maioria das decisões de compra pessoais serão essencialmente decisões sociais. 
Os consumidores comunicam-se entre si e conversam sobre marcas e empresas. Do ponto de 
vista da comunicação de marketing, os consumidores não são mais alvos passivos; estão 
tornando-se mídias ativas de comunicação. 
A evolução do consumidor 4.0, não necessariamente aconteceu no campo de suas necessidades 
de consumo, mas em suas relações com as empresas que o atendem. O acesso que ele tem à 
tecnologia não é o principal impulsionador de um novo comportamento, mas a percepção que 
ele teve do que a tecnologia pode oferecer: o comando em suas relações com as empresas. 
Nota: 
Peer-to-peer: é uma forma de pagamento que realiza transaçõesfinanceiras em tempo real e 
integral. A grande diferença dele para, por exemplo, a transferência eletrônica disponível (TED) 
e o documento de ordem de crédito (DOC), é a possibilidade de realizar uma transação a 
qualquer hora do dia, qualquer dia da semana. Além disso, com o P2P, o usuário conecta-se a 
outro por meio de uma plataforma ou aplicativo, independente do banco ou cartão que utiliza. 
 
Planejamento Estratégico de Marketing Digital 
 
 
Aula 2: Novos modelos de negócios que estão transformando o mundo empresarial 
Novos modelos de negócios foram criados e estão influenciando todo o mundo empresarial e a 
forma como consumimos, em consequência da mudança da sociedade para a era de 
compartilhamento e colaboração. 
Novos modelos de negócio: 
uberização 
Com a ascensão da Era do Compartilhamento, novos modelos de negócios surgiram, 
influenciando a própria dinâmica da sociedade. 
Os novos negócios estão ditando o comportamento das pessoas. 
Percebemos essa mudança no viés da sociedade pelo avanço dos aplicativos que nos fornecem 
todos os tipos de serviços de forma simples, rápida e que encurta a distância entre a oferta e a 
demanda. 
Chamam esse fenômeno de “uberização” que apresenta uma tendência de substituição da 
forma tradicional de trabalho por uma prestação de pequenas tarefas por indivíduos que 
disponibilizam seu tempo e esforço em troca de algum retorno, financeiro ou não. 
Foi um avanço em termos de modelo de negócios, já que a Uber é uma plataforma que facilita o 
contato entre o prestador de serviço (motorista) e o cliente que o demanda. Por ser um negócio 
com menos intermediários, reduz-se o custo de operação. 
 a forma tradicional de trabalho passa por uma transformação que se baseia nos modelos de 
trabalhos on-demand, ou seja, são prestados de acordo com a necessidade de um cliente. 
Esse modelo é a premissa básica de uma sociedade de compartilhamento, já que os interesses 
estão todos alinhados a uma ideia de troca. É também uma forma de pensar sustentável, outro 
valor da sociedade atual. 
É inovador e mudou o mindset da sociedade e se estendeu para outros tipos de empresas. 
Outro ponto marcante é a possibilidade de qualquer pessoa oferecer seus serviços através de 
uma plataforma digital. 
O consumidor sai de uma figura passiva para uma interativa. novos serviços preocupam-se com 
a experiência do consumidor, focando seus negócios nas pessoas e nas suas demandas. 
As tecnologias digitais mudaram a maneira como as empresas se conectam com os clientes e 
lhes oferecem valor. Antes, as empresas transmitiam mensagens e forneciam produtos aos 
clientes. Hoje, porém, a relação é muito mais interativa, de mão dupla. As mensagens e as 
avaliações dos clientes os tornam muito mais influentes que a propaganda e as celebridades, 
transformando a participação dinâmica dos clientes em indutor crítico do sucesso das 
empresas. 
Moedas virtuais 
 inovação marcante na sociedade: o surgimento das moedas virtuais ou 
criptomoedas. funcionam a partir de uma rede descentralizada, pela qual podem ser 
transferidas de uma pessoa para outra sem a intermediação de um banco. 
Cada transação realizada é gravada em arquivo público, conhecido como “blockchain”, e pode 
ser vista por qualquer pessoa. 
Moeda digital funciona praticamente como as moedas tradicionais: você pode pagar e receber 
pagamentos por produtos ou serviços, pode fazer pagamentos a outras pessoas simplesmente 
obtendo seus endereços (chaves de acesso) em vez de pagar diretamente a um indivíduo. 
Planejamento Estratégico de Marketing Digital 
 
 
Blockchain consiste em blocos que se conectam a outros blocos por meio de códigos, formando 
uma rede de códigos protegidos por criptografia. Cada transação com moedas digitais é reunida 
nesses blocos. Podemos fazer analogia a um grande livro contábil, em que ocorre o registro de 
todas as transações realizadas com moedas virtuais. 
 
Cloud computing 
essas mudanças nos modelos de negócios não seriam possíveis sem o desenvolvimento 
tecnológico. E uma das ferramentas mais importantes nesse sentido foi a cloud computing ou 
computação em nuvem. 
refere-se à interligação de serviços de Tecnologia da Informação (TI) com o armazenamento de 
dados, capacidade de processamento, conectividade, aplicativos e serviços disponibilizados na 
internet. O usuário precisa ter apenas um computador com acesso à internet para utilizar as 
aplicações disponíveis, sem a necessidade de instalá-los em seu computador. Os dados e as 
aplicações são acessíveis em qualquer lugar e a qualquer momento. O usuário pode acessar os 
serviços de acordo com a necessidade e independentemente do local. 
a computação em nuvem democratizou o acesso às informações e aos serviços. 
Benefícios 
Redução de custos: O uso da infraestrutura em nuvem pode reduzir custos, pois as organizações 
não precisam gastar muito dinheiro para comprar e manter equipamentos. Isso reduz seus 
custos de despesas de capital - já que eles não precisam investir em hardware, instalações, 
serviços públicos ou construir grandes centros de dados para acomodar seus negócios em 
crescimento. Além disso, as empresas não precisam de grandes equipes de TI para lidarem com 
as operações do data center em nuvem, porque podem contar com a experiência das equipes 
de seus provedores de nuvem. 
Mobilidade: Armazenar informações na nuvem significa que os usuários podem acessá-las de 
qualquer lugar, com qualquer dispositivo e com apenas uma conexão com a internet. Isso 
significa que eles não precisam carregar drives USB, um disco rígido externo ou vários CDs para 
acessar seus dados. Os usuários podem acessar dados corporativos por meio de smartphones e 
outros dispositivos móveis, permitindo que funcionários remotos fiquem atualizados com 
colegas de trabalho e clientes. Os usuários finais podem facilmente processar, armazenar e 
recuperar recursos na nuvem. Além disso, os fornecedores de nuvem fazem todas as 
atualizações automaticamente, economizando tempo e esforço. 
Recuperação de desastres: Todas as organizações se preocupam com a perda de dados. O 
armazenamento de dados na nuvem garante que os usuários sempre possam acessá-los, 
mesmo se seus dispositivos, por exemplo, laptops ou smartphones, estiverem inoperantes. Com 
serviços baseados em nuvem, as organizações podem recuperar rapidamente seus dados em 
caso de emergências, como desastres naturais ou falta de energia. 
Como funciona a cloud computing 
 computação em nuvem funciona permitindo que dispositivos de usuários acessem dados pela 
internet, de servidores remotos, bancos de dados e computadores. Esse servidor remoto 
armazena todos os dados e programas que o usuário precisa e pode estar no seu próprio país 
ou do outro lado do mundo. 
Uma conexão de rede de internet conecta o front-end (o dispositivo do usuário de acesso, 
navegador, rede e aplicativos de software em nuvem) com o back-end, que consiste em bancos 
de dados, servidores e computadores). O back-end funciona como um repositório, 
Planejamento Estratégico de Marketing Digital 
 
 
armazenando dados que são acessados pelo front-end. Essas comunicações entre front-
end e back-ends são gerenciadas por um servidor central. 
Muito utilizados atualmente, em tempos de trabalho remoto e vida on-line, podemos citar 
alguns exemplos de cloud computing. São eles: 
• Google Docs, Microsoft Office 365: os usuários podem acessar o Google Docs e o 
Microsoft Office 365 pela internet e acabam sendo mais produtivos porque podem 
acessar apresentações de trabalho e planilhas armazenadas na nuvem a qualquer 
momento, de qualquer lugar, em qualquer dispositivo. 
• E-mail, calendário, Skype, WhatsApp: esses recursos aproveitam a capacidade da 
nuvem de fornecer aos usuários acesso aos dados remotamente para que possam 
acessar seus dados pessoais em qualquer dispositivo, quando e onde quiserem. 
• Zoom: uma plataforma de software baseada em nuvem para videoconferência e áudio 
que grava reuniõese as salva na nuvem, permitindo que os usuários as acessem em 
qualquer lugar e a qualquer hora. 
Na computação em nuvem, existem alguns modelos de implantação do serviço de nuvem, 
dependendo do foco da empresa e dos dados que serão trabalhados nas nuvens. São eles: o 
público, o privado e o híbrido. 
Nuvem pública: A infraestrutura está disponível para qualquer pessoa, desde que saiba e tenha 
o conhecimento onde encontrá-la. Ela é controlada pelo provedor de serviços, que é 
responsável por gerenciá-la, fazer manutenção e controle de recursos necessários. São recursos 
computacionais, como servidores e armazenamento, fornecidos por terceiros e disponíveis para 
qualquer pessoa ou empresa que deseje contratá-los. Nesse modelo, o cliente é responsável 
pelo que será enviado para a nuvem, seja um backup, um aplicativo ou alguns arquivos, 
enquanto o provedor de nuvem está preocupado com manutenção, segurança e gerenciamento 
de todos os recursos. 
Na nuvem pública, tudo está disponível na web e é compartilhado entre vários usuários, que o 
usam simultaneamente (mas separadamente), o que mantém os recursos padronizados. Ao 
oferecer soluções unificadas, esse modelo acaba sendo mais barato. Portanto, a nuvem pública 
é indicada para empresas que desejam economizar em investimentos, mas não é recomendado 
para quem necessita de alto nível de segurança. Os principais provedores de serviços de nuvem 
pública incluem Amazon Web Services (AWS), Microsoft Azure, IBM e Google Cloud Platform. 
Nuvem privada: Nesse modelo, a infraestrutura da nuvem é utilizada por apenas uma 
organização, sendo essa nuvem administrada pela própria empresa ou por terceiros. A nuvem 
privada oferece à empresa a possibilidade de personalizar as funções e o suporte às suas 
necessidades. Como a nuvem é projetada exclusivamente para ela, todos os processos são 
direcionados para a realidade do negócio. Esse modelo oferece a versatilidade e comodidade da 
nuvem, preservando o gerenciamento, o controle e a segurança comuns aos data centers locais 
Nuvem híbrida: Já a nuvem híbrida seria a união dos dois modelos anteriores, ou seja, a 
combinação que permite compartilhar dados e aplicativos entre os tipos público e privado. 
Assim, de acordo com a necessidade e a estratégia do negócio, alguns recursos são utilizados de 
forma privada, outros são utilizados publicamente ou estão ligados por meio de tecnologias. 
Uma nuvem híbrida bem construída poderia atender processos seguros e críticos ao mesmo 
tempo, como recebimento de pagamentos de clientes, e aqueles que são secundários para o 
negócio, como processamento de folha de pagamento de funcionários. Nesse caso, a empresa 
pode armazenar dados locais e sigilosos em uma nuvem privada, e fazer a transferência deles 
entre ambas as nuvens. 
Planejamento Estratégico de Marketing Digital 
 
 
O objetivo de uma nuvem híbrida é criar um ambiente unificado, automatizado e escalonável 
que aproveite tudo o que uma infraestrutura de nuvem pública pode fornecer, mantendo o 
controle sobre os dados essenciais. 
 
Planejamento Estratégico de Marketing Digital 
 
 
Aula 3: Conceitos de marketing digital/ inbound e outbound 
Novo consumidor 
Falar de marketing é falar do comportamento do consumidor, já que o grande desafio das 
marcas é conquistar o cliente e torná-lo fiel. As mudanças tecnológicas e as sociais mudaram o 
perfil do consumidor, que busca produtos mais personalizados e que atendam suas demandas. 
Relacionamento e interação são cruciais. 
Philip Kotler, chama esse período de Marketing 4.0 e seu consumidor de consumidor 4.0 
Esse consumidor adaptou-se aos meios digitais, tem elevadas exigências e precisa ser envolvido 
para que seja atraído. as opiniões dos outros se tornaram poderosas na decisão de compra. 
Marketing 4.0 - a potencialidade da tecnologia e o desenvolvimento da mobilidade. A 
conectividade móvel permitiu o acesso às informações de outros usuários em relação a 
produtos, serviços e às empresas, o que facilita a decisão de compra, tornando-o agente ativo e 
não mais passivo na comunicação de marketing. 
O consumidor busca boas experiências, únicas, marcantes. É proativo em suas escolhas e faz 
sua individualidade valer em todas as suas decisões. 
A conectividade é a palavra-chave quando nos referimos ao consumidor 4.0. Ele sabe o poder 
que possui em relação à reputação das marcas, tem acesso às informações sobre cada uma e 
usa isso a seu favor e aos demais clientes, que valorizam as opiniões de outros consumidores. 
O consumidor 4.0 tem seu potencial valorizado pelas tecnologias móveis e pela agilidade com 
que a informação é disseminada na internet. Dessa forma, essa rede de avaliações dos 
próprios clientes faz com que a relação com as marcas seja mais humanizada e personalizada, já 
que ele não compra apenas uma marca, um produto ou um serviço em si, mas um valor 
agregado que determina sua conduta na sociedade. 
Com isso, as marcas buscam estabelecer um relacionamento com este novo consumidor, que 
deseja o mesmo, mas que seja construído de forma genuína, com transparência e, 
consequentemente, que seja duradouro. Transparência é premissa básica para esse 
consumidor. 
Valores como a sustentabilidade, o engajamento social, a inovação e o compartilhamento de 
conteúdo são percebidos e fazem a diferença para este novo perfil. 
Outro fator que distingue é sua tendência à mobilidade, desloca-se muito e vive em ritmo 
acelerado. Tudo deve ser instantâneo e poupar tempo. É nativo digital, pode tomar decisões de 
compra em qualquer lugar e a qualquer momento, envolvendo uma grande variedade de 
dispositivos. 
Porém, adoram ter experiências fisicamente. O “on-line” e o “off-line” coexistem para oferecer 
a melhor experiência ao cliente. 
A interação face a face que gera um envolvimento profundo, é um grande diferencial; é o que 
espera esse consumidor. 
Um exemplo é a ação conjunta de loja física com e-commerce 
Kotler (2017) ressalta que, atualmente, 
Planejamento Estratégico de Marketing Digital 
 
 
[...] as comunidades são os novos segmentos. Mas, ao contrário dos segmentos, as comunidades 
são formadas naturalmente por consumidores dentro de fronteiras que eles mesmos definem. As 
comunidades de consumidores estão imunes a spams e às propagandas irrelevantes. E até 
rejeitarão a tentativa de uma empresa de invadir essas redes de relacionamento. 
Para se envolverem de forma eficaz com uma comunidade de consumidores, as marcas 
precisam pedir permissão, ou seja, pedir consentimento prévio aos consumidores para enviar 
mensagens de marketing. No entanto, ao pedir permissão, as marcas precisam agir como 
amigos dotados de um desejo sincero de ajudar, e não caçadores com uma isca. Isso demonstra 
o relacionamento horizontal entre marcas e consumidores. 
 
O mix de marketing (os quatro Ps) deve ser redefinido como os quatro Cs: cocriação (co-
creation), moeda (currency), ativação comunitária (communal activation) e conversa 
(conversation)”. 
Na economia digital, a cocriação é a nova estratégia de desenvolvimento de produtos. Por meio 
da cocriação e do envolvimento dos clientes desde cedo no estágio de concepção, as empresas 
podem melhorar a taxa de sucesso do desenvolvimento de novos produtos. A cocriação 
também permite aos clientes customizar e personalizar produtos e serviços, criando assim 
proposições de valor superiores. 
O conceito de precificação também está evoluindo na era digital, de padronizada para dinâmica. 
A precificação dinâmica – estabelecer preços flexíveis com base na demanda do mercado e na 
capacidade de utilização – não é nova em certos setores, como hospitalidade (turismo, hotelaria 
e restaurantes) e companhias aéreas. No entanto, avanços na tecnologia levaram a prática para 
outros setores. Varejistas on-line, por exemplo, coletam uma enorme quantidade de dados que 
lhes permitem recorrer à análise de big data para oferecer uma precificação única para 
cada cliente. Assim, a precificação dinâmicapermite que as empresas otimizem a rentabilidade 
ao cobrar de clientes distintos de maneiras diferentes, com base no padrão do histórico de 
compras, na proximidade das lojas físicas e em outros aspectos do perfil dos clientes. Na 
economia digital, o preço é semelhante à moeda, que flutua em função da demanda do 
mercado. 
O conceito de canal também está mudando. Na economia compartilhada, o conceito de 
distribuição mais potente é a distribuição ponto a ponto. Protagonistas como Airbnb, Uber, 
Zipcar e Lending Club estão abalando os setores de hotelaria, transporte via táxi, aluguel de 
carros e bancário, respectivamente. Eles fornecem aos clientes acesso fácil a produtos e 
serviços que não são de sua propriedade, e sim de outros clientes. A ascensão da impressão 3-D 
estimulará ainda mais essa distribuição ponto a ponto no futuro próximo. Imagine clientes 
querendo um produto e, em questão de minutos, recebendo esse produto impresso diante 
deles. Em um mundo conectado, os consumidores exigem acesso quase instantâneo a produtos 
e serviços, o que só é viável se as outras pessoas estiverem bem próximas. Essa é a essência da 
ativação comunitária. 
O conceito de promoção também evoluiu. Tradicionalmente, a promoção sempre foi uma 
relação unilateral, com as empresas enviando mensagens aos consumidores como públicos 
passivos. Hoje, a proliferação da mídia social permite aos consumidores reagir a essas 
mensagens. Também permite que eles conversem sobre as mensagens com outros 
consumidores. 
O marketing digital não pretende substituir o marketing tradicional. Pelo contrário, ambos 
devem coexistir, com papéis permutáveis, ao longo do caminho do consumidor. No estágio 
Planejamento Estratégico de Marketing Digital 
 
 
inicial de interação entre empresas e consumidores, o marketing tradicional desempenha papel 
importante ao promover a consciência e o interesse. À medida que a interação avança e 
os clientes exigem relacionamentos mais próximos com as empresas, aumenta a importância do 
marketing digital. 
 
Plataformas de marketing digital 
As estratégias de marketing digital são orientadas para as plataformas disponíveis, que são 
muitas e crescem a cada dia. Cada mídia tem suas características e peculiaridades que devem 
ser respeitadas para um melhor resultado. 
Escolher uma plataforma faz parte da estratégia e utilizar a linguagem adequada é premissa 
básica. 
Páginas digitais 
As páginas podem ser divididas nas seguintes categorias: 
Site: apresentam como característica principal a organização de conteúdos de modo que sejam 
encontrados facilmente e proporcionem uma boa experiência de navegação para o internauta. 
Os sites são utilizados para apresentar conteúdos estruturados e separados em seções definidas 
em produtos, serviços etc. 
Hotsite: São sites com prazo de validade definido e normalmente curto, durando não mais que 
poucos meses, geralmente durante uma campanha de lançamento de produto ou evento, o que 
restringe seu conteúdo ao público-alvo da campanha. Seu caráter é sempre persuasivo. O visual 
do hotsite deve ser diferente do resto do portal ou site, visando destacá-lo (GABRIEL, 2010). 
Exemplos de hotsite são os de promoções e os de eventos, como o do festival de rock 
Lollapalooza. 
Blog: São sites em formato de diários que publicam artigos chamados posts, em ordem 
cronológica. A palavra blog é o resultado da contração das palavras web que significa rede, e log 
que significa registro. Então, o racional é que o blog significa um site para fazer registros na 
internet. Blogs normalmente são mantidos por indivíduos ou por pequenos grupos de pessoas 
que têm alguma especialidade e postam com frequência artigos ou comentários sobre os 
assuntos que dominam. Os blogs podem pertencer a organizações como, por exemplo, 
o blog do Google, registrando as postagens dos fundadores, do presidente etc. (GABRIEL, 2010). 
Redes Sociais: no marketing são definidas pelo uso de sites de mídia social baseados para 
permanecer-se conectado a amigos, familiares, colegas ou clientes. As redes sociais podem ter 
um objetivo social, comercial ou ambos, por meio de sites como Facebook, Instagram, Twitter, 
LinkedIn, TikTok, entre outros. As redes sociais tornaram-se uma base significativa para os 
profissionais de marketing que desejam envolver os clientes ao longo da sua jornada (GABRIEL, 
2010). 
Os profissionais de marketing usam as redes sociais para aumentar o reconhecimento da marca 
e incentivar novos negócios. As redes sociais em ambiente digital tornam uma empresa mais 
acessível a novos clientes e mais reconhecida pelos clientes existentes, ajudando a promover a 
voz e o conteúdo de uma marca (GABRIEL, 2010). 
Minisites: São sites de conteúdo mais vertical e abrangência mais restrita, focados em um 
público-alvo específico. Os mini-sites têm um caráter informativo e podem ser usados como 
Planejamento Estratégico de Marketing Digital 
 
 
partes de um site maior ou um portal, abrindo em uma janela ou aba. (GABRIEL, 2010). 
Exemplos de mini-sites podem ser: www.uol.com.br/economia ou www.terra.com.br/esportes. 
Portal: Os portais são sites dedicados aos seus públicos e com conteúdos verticais de interesse 
desses públicos. Não devem ser considerados apenas como sites grandes porque são diferentes 
de sites. Os sites organizam um conteúdo em seções para facilitar a leitura e a localização dos 
aspectos daquele conteúdo; já os portais criam e organizam diversos conteúdos de forma 
vertical para atender a públicos-alvo diversos. Normalmente, os portais possuem ferramentas 
de relacionamento com os seus públicos, o que permite o desenvolvimento de uma experiência 
de navegação cada vez melhor (GABRIEL, 2010). Exemplos de portal: www.terra.com.br e 
www.uol.com.br. 
Landing page: São páginas digitais específicas e acessadas quando o internauta clica em um 
anúncio (banner, por exemplo), link de resultado de busca orgânica, link patrocinado ou outro 
tipo de link promocional, incluindo os que são enviados no e-mail marketing (GABRIEL, 2010). 
A landing page tem a função de dar continuidade ao convite ou chamada contida no anúncio, 
proporcionando uma boa experiência de navegação para o internauta, mantendo o interesse 
demonstrado pelo internauta que clicou em um anúncio ou conduzindo esse internauta a 
etapas posteriores do processo de decisão de compra. 
E-mail marketing 
As plataformas de e-mail marketing ainda são importantes para o marketing digital e são 
utilizadas quando queremos compartilhar assuntos muito longos, newsletters, comunicar 
ofertas e serviços para um público segmentado. O aperfeiçoamento das plataformas de e-mail 
marketing tem garantido a sobrevivência desse recurso e ajudado, principalmente, os sites de 
comércio eletrônico a garantir um relacionamento contínuo com seus consumidores (GABRIEL, 
2010). 
Plataformas de busca 
As buscas no ambiente digital on-line são feitas por meio de search engines, termo traduzido 
para o português como “mecanismo de busca” ou “buscador”. Search engine é um sistema de 
recuperação de informações que tem a finalidade específica de auxiliar na busca de 
informações armazenadas em ambientes computacionais, ou seja, buscadores são sistemas 
designados para buscar a informação desejada e, portanto, quanto mais adequado for o 
resultado apresentado pelo buscador e quanto mais rapidamente ele trouxer esse resultado, 
mais útil se tornará para quem faz a busca (GABRIEL, 2010). 
Além do que chamamos de resultado de busca orgânica, existe também a possibilidade de 
investir em links patrocinados, de forma que o site apareça em posição de destaque no 
resultado de uma busca. Isto é feito mediante pagamento, sendo a plataforma mais utilizada no 
mercado de links patrocinados o Google AdWords (GABRIEL, 2010). 
E-commerce 
O comércio eletrônico ou e-commerce (eletronic commerce) é o processo de compra e venda de 
produtos por meios eletrônicos, como aplicativos móveis e internet. Voltado para compras on-
line, assimcomo para transações eletrônicas, esse modelo cresceu muito nas últimas décadas e, 
de certa forma, está substituindo as lojas tradicionais físicas. 
http://www.terra.com.br/esportes
http://www.uol.com.br/
Planejamento Estratégico de Marketing Digital 
 
 
Plataformas mobile 
A difusão mobile em todas as populações no mundo transforma os dispositivos móveis em uma 
das plataformas mais dominantes e promissoras. Cada vez mais desenvolvida, a tecnologia 
mobile traz várias possibilidades: seja por meio de aplicativos, do GPS, do uso de QR Codes, SMS 
e MMS ou até mesmo da tecnologia RFID (Radio Frequency Identification) – as campanhas 
devem ser pensadas para estar de alguma forma em um dispositivo móvel. 
 
O entretenimento é uma plataforma estratégica usada há décadas para a divulgação e criação 
de identidade de marcas, por meio da inserção de mensagens em seu conteúdo. Essa prática é 
chamada de branded entertainment e, segundo Gabriel (2010), existem duas formas para sua 
utilização: o advertainment e o product placement: 
• Advertainment – criação de conteúdo próprio de entretenimento que alavanque uma marca 
ou produto, de forma que a marca/produto faça parte dele, misturando-se, confundindo-se 
com o próprio conteúdo; 
• Product placement (também chamado de merchandising) – inserção de produtos 
adequadamente inseridos no enredo ou narrativa do entretenimento de forma a alavancá-
los. 
As estratégias de branded entertainment podem assumir diversas formas e apropriar-se de 
qualquer conteúdo de entretenimento – filmes, vídeos, jogos, podcasts, eventos, espetáculos 
etc. O seu objetivo principal é promover as marcas (identidade de marca, produtos ou serviços) 
em meio ao seu público-alvo de modo relevante e impactante para ele, minimizando 
interrupções. Enquanto no formato tradicional de propaganda e publicidade a interrupção do 
conteúdo é a estratégia utilizada, no branded entertainment as ações de propaganda e 
publicidade incluem-se ou misturam-se ao conteúdo, fazendo parte dele, sem interrupções 
significativas. 
As principais plataformas de conteúdos para branded entertainment disponíveis no meio digital 
são: aplicativos, vídeos e jogos. 
• Aplicativos – potencialmente, qualquer aplicativo é uma plataforma de display, visto que 
permite inserir banners em qualquer área do programa e, conforme as pessoas navegam no 
aplicativo, deparam-se com os banners. Quanto maior a adequação dos conteúdos dos 
anúncios dentro dos aplicativos, maior tenderá a ser sua relevância. 
O advertainment com aplicativos ocorre quando a marca desenvolve o programa em vez de 
apenas incluir banners ou inserções nele – exemplo interessante de advertainment via 
aplicativo é o Volkswagen Road Tales, um aplicativo com audiolivros interativos baseados em 
geolocalização, que transformam objetos comuns na estrada em personagens mágicos de uma 
história. O principal objetivo do aplicativo era fazer com que as crianças voltassem a olhar para 
fora enquanto andavam de carro, assim como oferecer aos pais uma boa alternativa para o uso 
dos celulares nas mãos das crianças. 
• Vídeos – uma das principais tendências é o vídeo. A evolução nas tecnologias de vídeo 
na web, associada à disseminação de plataformas de publicação (como o YouTube, 
Instagram Stories, IGTV, TikTok, Twitch e Facebook Watch) e consumo (como os 
celulares) tem alavancado a participação dos vídeos no ambiente digital. 
Planejamento Estratégico de Marketing Digital 
 
 
• Podcasts são programas de áudio, com conteúdos diversificados e transmitidos via 
plataformas específicas, como Spotify, ou dentro de sites e páginas digitais. É uma 
ferramenta que tem crescido bastante atualmente, inclusive, com nova rede social 
especificamente para isso, como o Clubhouse. Podemos dizer que o podcast é mais 
acessível, prático e fácil de consumir, seja no computador, no celular ou no transporte. 
É um formato que gera proximidade com o público e oferece conteúdo prático e 
rápido. 
• Jogos (advergaming/in-game advertising) – os jogos são excelentes plataformas para 
ações de branded entertainment, pois normalmente os jogadores permanecem 
bastante tempo interagindo com seus jogos preferidos, além de retornar a eles 
frequentemente. Da mesma forma que temos advertainment para criar conteúdo 
próprio de entretenimento e product placement para inserir produtos/marca nos 
conteúdos de entretenimento, essas ações são chamadas de advergaming e in-game-
advertising, respectivamente, quando o conteúdo de entretenimento são jogos. 
Como exemplo de in-game-advertising, podemos citar a ação Keeping Fortnite Fresh da 
Wendy’s dentro do Fortnite – um avatar digital da Wendy foi criado no jogo de batalhas 
multiplayer para combater os males da carne congelada. Esse personagem apareceu no jogo e 
imediatamente começou a ignorar todos os outros jogadores, geralmente os principais alvos. 
Em vez de batalhar, ela entrou em lanchonetes dentro do jogo, localizou freezers e destruiu-os. 
O objetivo era passar a mensagem de que a Wendy nunca usa carne congelada em seus 
lanches. 
Inbound marketing 
Com a evolução da sociedade, a transformação digital e o surgimento de um novo consumidor, 
as empresas precisaram adaptar-se para sobreviver no mercado e atrair a atenção dos 
consumidores. Uma das novas formas de conquistar e fidelizar seus clientes foi o uso de 
estratégias de inbound marketing. 
Inbound marketing pode ser traduzido como marketing de atração, ou seja, são ações que usam 
o conteúdo como peça central e o foco na geração de leads. A ideia é criar páginas para 
capturar estes leads, enviar e-mails com conteúdo e cultivar um relacionamento com este 
potencial cliente até o momento da venda. 
Atenção! 
O inbound marketing é um conjunto de estratégias de marketing que se baseia na ideia de 
criação e compartilhamento de conteúdo voltado para um público-alvo específico, para 
conquistar a permissão de comunicar com seu potencial cliente de forma direta, criando um 
relacionamento que pode ser duradouro. (REZ, 2016, p. 66) 
 
Outbound marketing 
Já o outbound marketing seria o marketing tradicional, que tem como objetivo oferecer 
produtos e serviços de forma direta ao cliente. A ideia não é gerar o interesse genuíno, mas ir 
atrás dos consumidores. Dessa forma, o outbound opõe-se estrategicamente ao inbound, já que 
se refere a uma estratégia de prospecção ativa e o inbound é uma estratégia de prospecção 
passiva. Enquanto no inbound você cria mecanismos para atrair os potenciais clientes, 
no outbound identifica o perfil dos potenciais clientes e parte para a ação. 
Planejamento Estratégico de Marketing Digital 
 
 
Atenção! 
Outbound é um processo de prospecção ativa para abordar potenciais clientes que 
correspondem ao perfil de cliente ideal, que é definido por um conjunto de parâmetros ligados 
às características do cliente que se adapta melhor à solução oferecida (MAYRINK, 2015). 
 
 
INBOUND OUTBOUND 
Comunicação aberta Comunicação unilateral 
Seu produto ou serviço é encontrado por 
pessoas interessadas 
Você anuncia seu produto ou serviço para 
uma grande audiência 
Relacionamento duradouro Oferta direta 
Maior engajamento Menos engajamento 
 
 
 
Planejamento Estratégico de Marketing Digital 
 
 
Aula 4: Estratégias para alavancar a audiência 
 
desafios dos profissionais de marketing digital é garantir que a presença digital da marca receba 
o volume de visitas adequado ao seu público-alvo. Apresentar uma nova marca ao público, 
garantir que ela seja lembrada, estabelecer um relacionamento com a sua audiência e atender 
aos clientes são algumas das tarefas desses profissionais. 
Para isso, além de conhecer bem o público, é importante conhecer todas as possibilidades e os 
canais para trabalhar a audiência. 
O mercado de audiência 
audiência ainda é o primeiro dos objetivos que a estratégia de marketing digital precisa garantir. 
mercado tradicional de audiência é formado por quatro partes 
• as organizações de mídia,que produzem e disponibilizam o conteúdo, seja ele 
impresso, sonoro, audiovisual ou multimídia; 
• os anunciantes e agências, ou seja, as grandes marcas do mundo off-line ou on-line e as 
agências responsáveis por toda a comunicação de seus clientes; 
• os consumidores, que assistem, escolhem e consomem produtos e serviços anunciados 
nas organizações de mídia; e 
• as empresas de mensuração, que medem e validam a audiência dos canais de 
comunicação, como Ibope, Nielsen, IVC e ComScore. 
passaram a existir novos formatos de comunicação e houve a necessidade de novas métricas 
para mensurá-lo. mensurações ficaram mais complexas e a 
O consumidor, por sua vez, adquiriu novos hábitos e comportamentos em relação a todas essas 
mídias e dispositivos de acesso à internet, modificando o mercado de audiência não na sua 
essência, mas na sua forma. 
Se antes ele via televisão e lia jornais e revistas em seus momentos livres, hoje ele fica 
conectado boa parte de seu dia e sofre impacto constante por meio de seus smartphones, 
tablets e computadores de uso pessoal (DA MATTA, 2014). 
Dificilmente conseguiremos definir um único modelo para o marketing digital que funcione por 
muitos anos e que garanta a audiência necessária. Teremos que nos adaptar constantemente à 
realidade e às mudanças. Mas uma única coisa ainda permanecerá inalterada: sempre 
buscaremos audiência para nossos anúncios, sites, perfis de rede social e assim por diante. O 
consumidor continuará como o centro das ações de marketing e seu comportamento vai influir 
na forma e nos meios que utilizaremos para alcançá-lo 
As possibilidades estratégicas para geração de audiência 
o recurso mais escasso dentro da comunicação é a atenção dos consumidores. 
no Brasil, os celulares já são a nossa primeira tela. 
Daí a constatação de que conseguir a atenção para gerar audiência está cada vez mais complexo 
e que simplesmente adaptar as criações das mídias convencionais para esse novo universo pode 
não dar certo. 
Planejamento Estratégico de Marketing Digital 
 
 
As estratégias de audiência devem sempre focar em como despertar a atenção desse 
consumidor, por meio de que plataforma e com quais objetivos. 
De acordo com Torres (2009), embora as ações estratégicas, táticas e operacionais de uma 
campanha de marketing digital possam ser diferentes, dependendo da empresa e de cada 
cenário, as técnicas de marketing que se baseiam no comportamento do consumidor são 
igualmente aplicáveis ao marketing digital, respeitando o ambiente e as atividades da internet 
no momento em que forem aplicadas. 
Quadro 4.1 - Relação entre estratégias do marketing tradicional e as do digital 
Estratégia de 
marketing 
Estratégia de 
marketing digital 
Ações táticas e 
operacionais 
Tecnologias e 
plataformas 
empregadas 
Comunicação 
coorporativa 
Relações públicas 
Marketing de 
conteúdo 
Geração de conteúdo 
Marketing de busca 
Blogs 
SEO/SEM 
Marketing de 
relacionamento 
Marketing de 
mídias sociais 
Ações em redes sociais 
Ações com blogueiros 
Plataformas de redes 
sociais 
Marketing direto E-mail marketing Newsletter 
Promoções 
Lançamentos 
E-mail 
SMS 
Publicidade e 
propaganda 
Marketing de 
guerrilha 
Marketing viral Postagem de vídeos, 
animações e músicas 
Publicação de widgets 
Redes sociais 
Plataformas de vídeo 
(Youtube, Vimeo) 
Widgets virais 
Publicidade e 
propaganda 
Branding 
Publicidade on-
line 
Banners 
Podcast e videocast 
Widgets 
Jogos on-line 
Sites e blogs 
Mídias sociais 
Google AdWords 
Pesquisa de 
mercado 
Branding 
Pesquisa on-line Buscas e clipping 
Monitoramento de 
marca 
Monitoramento de 
mídias 
Google 
Redes sociais 
Clipping 
 
Cada uma dessas atividades, independentemente de seus objetivos, terá como função principal 
gerar audiência na mídia escolhida. Como ponto central de todas essas atividades, teremos o 
monitoramento, que permitirá entender como cada uma das estratégias afeta o planejamento 
geral do marketing digital e também como interferem umas nas outras. Essa atividade vai 
permear todo o planejamento desde o seu início. Isso é fundamental para o acompanhamento, 
avaliações e correções que devem acontecer durante toda a campanha. 
Relacionamento 
marketing de relacionamento refere-se às estratégias voltadas à construção de uma relação 
duradoura entre marca e cliente, de forma a fidelizá-lo 
marketing de relacionamento refere-se às estratégias voltadas à construção de uma relação 
duradoura entre marca e cliente, de forma a fidelizá-lo. 
Planejamento Estratégico de Marketing Digital 
 
 
O marketing de relacionamento no digital trabalha a interatividade e torna o consumidor parte 
da organização. Essa participação pode se dar na cocriação de produtos, na emissão de opinião 
sobre serviços que resultem em melhorias deles, e assim por diante. Toda essa interação, 
quando bem realizada, resulta em um processo de fidelização do cliente. Segundo Kotler (2000, 
p. 70), um cliente altamente satisfeito: 
• permanece fiel por mais tempo; 
• compra mais à medida que a empresa lança novos produtos; 
• fala favoravelmente da empresa e de seus produtos; 
• dá menos atenção à marca e propaganda do concorrente, e é menos sensível a preço; 
• oferece ideias sobre produtos e serviços à empresa; 
• custa menos para ser atendido do que novos clientes, uma vez que as transações são 
rotinizadas. 
Quando falamos de estratégias de relacionamento, estamos indo além do que acontece nas 
centrais de atendimento ao cliente. Estamos falando em criar canais que nos permitam a troca 
de informações, a geração de conteúdo colaborativo e até mesmo comunicação um para um. 
Relacionamento – Redes Sociais 
Quando aplicamos uma estratégia de marketing digital, sempre levamos em consideração que 
os principais canais para divulgação de conteúdo e interação com o público-alvo são as redes 
sociais. 
Afinal, esses são espaços em que as pessoas estão mais dispostas a estabelecer contatos e 
dividir conhecimentos a partir das suas experiências. Além disso, as redes sociais são mais 
responsivas, ou seja, navegáveis nos dispositivos móveis, formato cada vez mais utilizado pelas 
pessoas para se conectar à internet. 
E é exatamente por isso que cada vez mais empresas criam perfis e páginas nas mais diferentes 
redes. Só que, para fazer com que seu conteúdo seja visto, curtido, comentado e 
compartilhado, é preciso construir uma audiência para cada um desses perfis. 
É preciso estabelecer linhas de ação que garantam não apenas que o seu público saiba da 
existência da sua presença nas mídias sociais, mas que eles também passem a fazer parte da 
sua legião de visitantes. 
Segundo Torres (2009), as mídias sociais são um ótimo fator para o marketing digital, pois ela 
tem dois grandes pontos: as redes sociais e o conteúdo colaborativo. As redes sociais criam um 
relacionamento mais pessoal e duradouro entre as empresas e seus consumidores, de forma 
que a informação é transmitida mais rapidamente e de uma maneira sutil. Já o conteúdo 
colaborativo tem um alvo muito maior do que o individual, e um bom exemplo são os blogs, 
pois eles transmitem a mesma informação a um grande público. As mídias sociais, por si, só têm 
grande visibilidade, porém isso é amplificado com as ferramentas de busca, pois elas 
transmitem as informações de uma forma mais rápida, gerando assim um grande volume de 
conteúdos. 
É preciso ressaltar a importância do social media marketing (SMM) como uma maneira 
poderosa para empresas de todos os tamanhos alcançarem clientes em potencial e clientes 
atuais. Os clientes já estão interagindo com as marcas por meio das mídias sociais, e se hoje 
Planejamento Estratégico de Marketing Digital 
 
 
você não está falando diretamente com seu público por meio das plataformas sociais, como 
Instagram, Facebook, LinkedIn, Twitter e Pinterest, está, definitivamente, perdendo no jogo. 
Um ótimo marketing nas mídias sociais pode trazer um sucesso notável aos negócios, criando 
promotoresde marca, gerando leads e vendas. 
O marketing nas mídias sociais também fornece às empresas uma maneira de alcançar novos 
públicos, interagir com clientes existentes, promover a cultura, a missão e os valores da marca. 
Relacionamento – Blogs 
Os canais de mídia social são fundamentais nas estratégias de relacionamento no ambiente 
digital. Quando falamos em canais de mídia social, estamos nos referenciando não só às redes 
sociais conhecidas, mas também aos blogs, os quais passaram a desempenhar um papel 
importante nesse tipo de estratégia (DA MATTA, 2014). 
Algumas marcas usam esse recurso para compartilhar com seus consumidores o estilo de vida 
ao qual querem estar associadas, por exemplo. Um caso conhecido é o do blog da Farm, marca 
carioca de moda feminina. Além de falar de suas coleções, o canal também serve para divulgar 
eventos alternativos que tenham alguma relação com o estilo de vida de seus consumidores, 
falar de alimentação, de bem-estar, e, claro, dar dicas de estilo. 
Isso mostra que para criar algum tipo de relação com os consumidores não é necessário que 
falemos o tempo todo, única e exclusivamente, do nosso produto. 
Outro exemplo é o blog da Imaginarium, uma marca focada em produtos de design. Seus canais 
de mídia social não falam exclusivamente de seus produtos, mas mostram mais sobre o 
universo do design, o que acaba criando uma excelente conexão com o público que se interessa 
por design e que é aquele que vai valorizar os seus produtos. 
É um caso típico de comunicação de relacionamento. Em nenhum momento eles falam de seus 
produtos. Apenas apresentam ideias criativas, todas elas focadas em design, seu principal ponto 
de conexão com seus consumidores. 
 
4 dicas para ter audiência online dedicada e engajada 
1. Interaja com pessoas online que correspondem ao perfil de cliente 
primeiro você precisa entender quem é seu cliente. criação de uma “persona-cliente”, que é um 
personagem fictício que exibe as características típicas do seu público-alvo. No que diz respeito 
às mídias sociais, isso deve ir além de idade e histórico. O que seu perfil ideal de cliente faz às 
sextas-feiras depois do trabalho? Quais são os seus valores? Quanto mais específico você for, 
melhor. Talvez isso possa ser pensado a partir da personalidade de um de seus atuais clientes. 
Em seguida, busque essas personas com o uso de hashtags. Se o perfil do seu cliente for de 
alguém que joga tênis nas tardes de sexta-feira porque sua empresa vende bolas de tênis 
personalizadas, pesquise hashtags relacionadas com o tema para encontrar contas. Então, 
envolva-se genuinamente com comentários atenciosos (não apenas emojis). 
 
Planejamento Estratégico de Marketing Digital 
 
 
2. Produza conteúdo autêntico 
autenticidade é tudo. As pessoas conseguem identificar quando uma conta existe apenas para 
vender sem criar conexão genuína com seus clientes. 
“Trata-se de ser sempre autêntico”, ele dividiu. “Por autêntico, quero dizer que não evito o 
conteúdo pessoal. Na verdade, transpareço ser uma pessoa por inteiro toda vez que publico ou 
compartilho algo, e dou valor sem expectativa de retorno”. Ele descobriu que isso ajuda as 
pessoas que nunca o conheceram pessoalmente a sentirem um senso de familiaridade com ele, 
e comece a vê-lo como um amigo próximo. “Eu os trato como meus amigos íntimos também”, 
acrescentou. Como você pode adicionar essa dose de autenticidade ao seu conteúdo e fazê-lo 
de forma consistente? 
3. Pergunte ao seu público o que eles mais querem 
 
arece óbvio: quando um certo tipo de postagem atrai mais seguidores ou mais engajamento do 
que as outros posts, é um sinal analítico claro de que você deve oferecer mais desse tipo de 
conteúdo. 
 
No entanto, se você ainda não percebeu, o algoritmo torna o engajamento complicado de ser 
lido. É muito possível que uma das postagens favoritas do seu público-alvo não tenha se saído 
tão bem quanto outras –e não há como saber disso, a menos que você pesquise. Faça enquetes 
em seu story do Instagram ou crie uma postagem no Facebook para perguntar: “Que tipo de 
conteúdo você gostaria de ver mais aqui?” As respostas podem até incluir tópicos ou tipos de 
conteúdo que você nunca abordou, mas que agrada seu público-alvo. Esse tipo de pesquisa de 
mercado é crucial. 
 
4. Sorteie brindes ou faça parcerias com marcas de públicos-alvo semelhantes 
Por fim, é importante alcançar chegar a outras contas em escala. A melhor maneira de fazer isso 
sem comprar seguidores ou perseguir cegamente o envolvimento de contas que não 
correspondem à persona de seu cliente é fazer parceria com perfis semelhantes ao seu. Você é 
uma profissional de marketing digital que adora adicionar um toque cômico ao seu conteúdo de 
mídias sociais? Bom. Provavelmente, existem outros profissionais de marketing digital com um 
lado descontraído que gostariam de estabelecer parcerias para uma promoção. Ambos podem 
ganhar seguidores em comum, o que é benéfico para ambos. 
 
Leia mais em: https://forbes.com.br/negocios/2020/02/marketing-digital-4-dicas-para-ter-
audiencia-online-dedicada-e-engajada/#foto4 
 
Marketing direto 
é um conjunto de estratégias desenvolvidas por empresas a fim de atingir diretamente o 
público com o qual pretende se relacionar. No que se refere ao marketing digital, o envio de e-
mail marketing é a ação mais utilizada. 
Esse tipo de marketing trabalha com o público interessado no seu produto, ou seja, saber 
identificar quais são essas pessoas é fundamental para dar sequência na prática. Isso porque, se 
https://forbes.com.br/negocios/2020/02/marketing-digital-4-dicas-para-ter-audiencia-online-dedicada-e-engajada/#foto4
https://forbes.com.br/negocios/2020/02/marketing-digital-4-dicas-para-ter-audiencia-online-dedicada-e-engajada/#foto4
Planejamento Estratégico de Marketing Digital 
 
 
a estratégia não for assertiva e adequada ao público-alvo, poderá surtir efeito contrário (DA 
MATTA, 2014). 
Se foram disparados e-mails para todos, a marca poderá ser acusada de spammer, ou seja, de 
ser um disparador de SPAMs e poderá receber punições por isso, além de saturar sua rede de 
contatos ao oferecer ofertas que não são do interesse deles. Fora isso, poderá perder dinheiro, 
já que custa mais caro alcançar milhares de pessoas que não são potenciais compradores do 
seu produto. Sendo assim, é fundamental a empresa construir sua própria base de clientes. 
Um exemplo de ação de marketing direto digital é a Nespresso, que utiliza o e-mail marketing 
para estimular seus clientes com mensagens comemorativas personalizadas e conteúdos 
exclusivos com um objetivo: incentivar o consumo. Além disso, enviam vales e descontos como 
uma forma de estar sempre presente na mente do consumidor e dar acesso fácil para a compra. 
Plataformas digitais móveis 
uso de dispositivos móveis é cada vez maior. Por isso, é essencial ter atenção especial à maneira 
como as plataformas de experiências digitais se comportam nesses devices. Não existe a melhor 
forma para criar ou iniciar a sua estratégia móvel. O que há é a maneira que mais se adapta às 
necessidades da empresa. 
plataforma digital é um modelo de negócio que usa a tecnologia para conectar pessoas, 
organizações e recursos em um ecossistema interativo, no qual podem ser criadas e trocadas 
quantidades incríveis de valor. A plataforma oferece uma infraestrutura para tais interações e 
estabelece condições de funcionamento para elas (PARKER, 2017). 
É um dos meios mais utilizados atualmente para alavancar audiência e está presente no 
planejamento de marketing digital com destaque. Assim, teremos uma aula adiante só com as 
estratégias para os dispositivos móveis (mobile marketing). 
O uso de aplicativos para dispositivos móveis como estratégia de marketing digital tem 
aumentado significativamente nos últimos anos. Com o crescimento dos smartphones, o 
número de aplicativos e de pessoas que os utilizam para diversas funções também aumentam 
de forma constante. Apps de redessociais, como o Facebook e Instagram, passaram a fazer 
parte da nossa rotina, tanto para nos comunicarmos quanto para consumirmos conteúdo. 
Assim, a empresa que não investe nesses canais perde oportunidades de estreitar o 
relacionamento com a sua audiência, além de deixar de contar com mais um espaço para 
divulgar a marca. 
Aplicativos 
Os aplicativos são outra forma de colocar em prática as estratégias de marketing digital. Eles 
ajudam a marca não só a conquistar mais clientes e fechar negócios, mas também a cativar e 
fidelizar aqueles que já têm em seu portfólio. Algumas razões para utilizá-los são: 
• Em geral, uma pessoa usa seu smartphone mais de três vezes ao dia, e cada vez que 
desbloqueia a tela, ao ver o ícone da empresa, lembrará da marca para sempre, além 
de recorrer a ela quando precisar de um serviço de qualidade. 
• Mais vendas. Com a praticidade da internet, as empresas que possuem um aplicativo 
próprio de celular têm mais chances de aumentar suas vendas, já que os clientes 
Planejamento Estratégico de Marketing Digital 
 
 
encontram na ferramenta um novo canal de vendas aberto 24 horas por dia, sete dias 
por semana. 
• Facilidade no atendimento. Além de propiciar o aumento nas vendas, consequência 
direta do surgimento de um novo canal comercial, ao utilizar um aplicativo de celular, 
sua empresa torna a comunicação com seus clientes ainda mais fácil e rápida. Essa 
comunicação é fundamental para resolver pequenos problemas, como troca de 
mercadoria com defeito ou em tamanho diferente do desejado, tirar pequenas dúvidas 
sobre um produto ou oferta ou, ainda, resolver problemas maiores, evitando 
comprometer sua imagem perante a concorrência. 
• Personalização das ofertas. Seja na internet ou fora dela, o consumidor está sempre em 
busca de um bom desconto. Com um aplicativo de celular é possível criar ofertas de 
acordo com um perfil de consumidores em específico. Isso é possível graças à coleta de 
um maior número de informações durante a inscrição para utilização do aplicativo, sem 
que a empresa pareça invasiva na obtenção desses dados. 
• Proximidade com o cliente. Ao adotar o uso de um aplicativo de celular, a empresa 
conseguirá quase que instantaneamente derrubar as barreiras geográficas que a 
separam de seus clientes, já que na internet é possível se comunicar com pessoas que 
estejam a um continente de distância, por exemplo, como se essas mesmas pessoas 
estivessem a apenas alguns passos. 
Streaming 
Uma nova forma de dar visibilidade para a marca e levar conteúdo para as redes é investindo 
em vídeos como parte da estratégia de marketing digital. Hoje, as redes sociais permitem a 
realização das famosas lives, que são transmissões ao vivo via streaming na internet. 
Uma das principais vantagens dessa tecnologia é que o acesso ao audiovisual ficou muito mais 
fácil, fator que tem tornado os vídeos cada vez mais populares na web. E essa tendência deve 
permanecer nos próximos anos: segundo um estudo da Cisco, fabricante norte-americana de 
equipamentos de rede, 80% do tráfego de internet mundial foi de vídeos em 2019. 
Em uma época na qual reter a atenção e se aproximar de seus consumidores é um dos grandes 
desafios das marcas, a transmissão ao vivo se torna uma grande aliada. E essa tecnologia já está 
transformando a forma como empresas e pessoas se comunicam. 
Ao iniciar uma conversa ao vivo com seus consumidores, você estabelece uma relação mais 
próxima com eles. É um diálogo de igual para igual, e não uma comunicação distante, como a 
que acontece com anúncios publicitários e outras ações. 
Com a transmissão ao vivo, as empresas podem demonstrar mais transparência e empatia. Isso 
humaniza a marca e faz com que o público tenha mais facilidade para se identificar com ela. 
Seus consumidores podem se tornar verdadeiros fãs, recomendando a amigos e ajudando a 
ampliar a presença on-line da empresa organicamente. 
 
Planejamento Estratégico de Marketing Digital 
 
 
Aula 5: Estratégias mobile e a importância da geolocalização 
 
Mobile Marketing 
é uma estratégia de marketing digital multicanal que visa atingir um público-alvo em seus 
smartphones, smartwatches, tablets e/ou outros dispositivos móveis, por meio de sites, e-mail, 
bluetooth, NFC, SMS, mídias sociais e aplicativos. 
Os dispositivos móveis estão “disruptando” a maneira como as pessoas se envolvem com as 
marcas. Tudo o que podia ser feito em um computador desktop está agora disponível em um 
dispositivo móvel (GABRIEL, 2010). 
A mobilidade é uma das principais tendências digitais e sociais e, portanto, uma das principais 
tendências de marketing também. O ser humano é móvel e nômade por natureza, e as 
tecnologias que favorecem a mobilidade tendem a ser abraçadas pelo mercado. 
O cenário de mobile no mundo e no Brasil 
Para entendermos a importância do marketing digital que abrange os dispositivos móveis, é 
fundamental conhecermos toda a gama de gadgets que envolvem esse mundo e como eles 
estão no cenário de acesso à internet. 
Além do avanço tecnológico, que dá a esses dispositivos cada vez mais funcionalidades, existe 
ainda o crescimento do acesso à internet de banda larga, que permite ao usuário consumir 
conteúdos diversos e interagir em suas redes de relacionamento não apenas por voz, como 
tradicionalmente. 
A pesquisa Global Mobile Statistics de 2019 mostra que a população móvel global atingiu 4 
bilhões de usuários únicos. Em fevereiro de 2019, os dispositivos móveis representavam 48% 
das visualizações de páginas da internet em todo o mundo. O crescimento é absurdo e tende a 
evoluir cada vez mais. Ainda segundo a pesquisa, as Américas e a Europa têm a maior taxa de 
penetração de assinaturas de banda larga móvel, cerca de 97,1% e 93,6%, respectivamente. Em 
2018, a média global ficou em quase 69,3%. (DELOITTE, 2019). 
Os dispositivos móveis vão muito além dos telefones celulares e englobam consoles de games 
(Switch da Nintendo, por exemplo), tablets e e-book readers (como iPad e Kindle) e tendem a 
incluir cada vez mais dispositivos, como óculos, relógios, carros, brinquedos etc. O acesso à 
internet por meio de dispositivos e coisas além de computadores deve ser cada vez maior, 
trazendo à ubiquidade computacional e de conexão – Internet das Coisas (GABRIEL, 2010). 
Segundo Martha Gabriel (2010), a plataforma móvel tende a ser para a web tradicional o que a 
televisão foi para o cinema – diminuição do tamanho de tela, portabilidade, mudança de 
linguagem e disponibilidade constante e distribuída. Da mesma forma que a televisão vai muito 
além de apenas disponibilizar filmes de cinema, a mobilidade não significa apenas “encolher” 
um site para caber em uma tela pequena. 
Quando falamos em mobile, quase sempre pensamos no dispositivo, mas mobilidade tem a ver 
com pessoas em movimento. A tecnologia é que permite que os usuários continuem 
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conectados enquanto se deslocam de um ponto a outro. Isso também transforma hábitos e 
gera um tempo maior de exposição a todo tipo de informação relevante para o usuário. 
Até mesmo os buscadores estão se adaptando a essa realidade. Se um usuário faz uma busca 
pela palavra “pizza” enquanto se desloca pela rua, provavelmente o resultado trará sites das 
pizzarias mais próximas. Se a mesma busca for realizada em um desktop, com o usuário em sua 
casa, provavelmente o resultado trará sites de pizza delivery. 
Adaptar uma empresa para o mundo mobile certamente não é apenas adaptar o seu site para o 
novo tamanho de tela. É também facilitar o relacionamento nos dispositivos móveis (DA 
MATTA, 2014). 
Os hábitos dos usuários de smartphones 
Não se define qualquer estratégia de marketing sem conhecer o público-alvo, ou seja, o 
comportamento do consumidor. E, no caso do mobile marketing, entender os hábitos dos 
usuários de smartphones pode ajudar a criar formas efetivas de comunicação. 
Segundo a pesquisa da We Are Social, em janeiro de 2019, há 3,4 bilhõesde usuários ativos nas 
redes sociais, sendo que 3,2 bilhões as usam por meio de smartphones. Isso representa 42% 
total da população mundial (GABRIEL, 2010). 
Martha Gabriel (2010) ainda ressalta que o crescimento na adoção de smartphones significa 
que mais pessoas estão navegando na web para acessar sites e informações de produtos e 
empresas. No entanto, os objetivos de navegação para quem acessa os sites por meio da web 
desktop normalmente são diferentes daqueles de quem acessa via web móvel. Os tipos de 
informação que as pessoas procuram quando em mobilidade são: 
• localizar lojas e horários de funcionamento; 
• preços e detalhes sobre produtos; 
• promoções; 
• informação de contato; 
• áreas normalmente usadas pelo site da empresa. 
Portanto, é necessário que as empresas tenham os seus sites para o acesso móvel e com esses 
tipos de informações disponíveis. 
Não podemos deixar de lado a força dos aplicativos de mensagens e sua utilização ampla e 
muito significativa. Em outubro de 2019, 1,6 bilhão de usuários acessavam o WhatsApp 
mensalmente, colocando-o como um dos aplicativos sociais móveis mais populares do mundo. 
O Facebook Messenger possui 1,3 bilhão de usuários ativos mensais e o WeChat está logo atrás, 
com 1 bilhão de usuários ativos mensais. Desde o surgimento do smartphone e a subsequente 
explosão de aplicativos, os apps de mensagens sociais gratuitos mostraram-se uma alternativa 
às mensagens de texto baseadas em SMS. Muitos aplicativos de mensagens oferecem recursos 
como bate-papos em grupo, troca de imagens, vídeo, mensagens de áudio, além de adesivos ou 
emoticons (GABRIEL, 2010). 
A habilidade de interagir com amigos e contatos por meio das aplicações móveis e sites de 
redes sociais já faz parte do nosso dia a dia. Portanto, em vez de enfocar redes sociais móveis 
como um canal de marketing separado, elas deveriam ser consideradas uma extensão da web 
social. 
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Uma pesquisa realizada pela Google também mostrou que 89% dos usuários de smartphones 
procuram informações locais em seus telefones e 90% tomam decisões em decorrência disso, 
como fazer uma compra ou entrar em contato com a empresa (GOOGLE, 2013.) 
A figura mostra que ação os usuários que procuram informações locais por meio de seus 
smartphones tomam em seguida. 
Pensando nisso, ao traçar a estratégia de mobile marketing, é importante verificar que serviços, 
com base na localização no celular, podem facilitar o contato direto dos consumidores com a 
empresa, ou como seu website está no resultado das buscas efetuadas nesse tipo de 
dispositivo. 
Outro ponto importante da pesquisa mostra que os anúncios para celular são vistos por 96% 
dos usuários de smartphones e que esse tipo de dispositivo também é um componente 
essencial da publicidade tradicional, pois 76% dos usuários realizaram uma pesquisa em seus 
smartphones depois de visualizar um anúncio off-line (GOOGLE, 2013). 
Dessa forma, podemos ressaltar que as ações de convergência das mídias on-line e off-line são 
fundamentais. O mobile marketing deve se integrar às estratégias de marketing tradicional das 
empresas para aumentar a efetividade e o envolvimento dos consumidores. 
Os pontos de relacionamento do mobile marketing 
primeiros cuidados ao criar uma estratégia de mobile marketing é ter um website que seja 
apropriado para os dispositivos móveis. Não podemos mais criá-los pensando apenas em sua 
aparência para desktops, já que sabemos que a maior parte do tempo os usuários farão acessos 
por seus smartphones. Hoje, já existem tecnologias que permitem desenvolver websites que se 
adaptam automaticamente ao dispositivo pelo qual é acessado. É o que chamamos de sites 
responsivos. 
A dificuldade de navegação em websites é o principal ponto de frustração nos dispositivos 
móveis, segundo pesquisa Modapt, Inc. and Morrissey and Co. (MARKETINGPROFS, 2011). 
Um website para dispositivos móveis deve ser amigável, de fácil leitura e navegação. O volume 
de informações também não pode ser o mesmo de um website normal, é preciso lembrar que 
quem faz uso desse tipo de dispositivo vai fazer o acesso nos momentos em que não terá o 
mesmo tempo de leitura e o mesmo grau de atenção. Logo, lembre-se de oferecer informação 
relevante e concisa (DA MATTA, 2014). Essa preocupação com a navegabilidade e a experiência 
do usuário é tão latente que uma nova área surgiu especificamente focada nessas questões: UX 
Experience. 
User Experience é tudo que envolve o modo como qualquer usuário interage com o mundo ao 
seu redor. A experiência do usuário (UX) engloba todos os aspectos da interação que as pessoas 
costumam ter com uma marca, seus serviços e, essencialmente, com seus canais digitais. E toda 
essa experiência acontece desde o primeiro contato com uma marca até o momento do 
consumo dos seus produtos e serviços. 
As grandes marcas já perceberam o quão é importante investir em experiência do usuário com 
o objetivo de melhorar a percepção sem esquecer do retorno financeiro. Uma pesquisa de 
satisfação apontou que quase 90% dos usuários alegam menos chance de retornar a um site 
depois de uma experiência negativa com ele (PEREIRA, 2018). 
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Quanto melhor for a experiência do usuário desde o primeiro contato, incluindo também as 
emoções desses momentos, maior deve ser a satisfação do cliente e mais provável será sua 
fidelização. A experiência ao longo da jornada deve ser intuitiva, suave, agradável. Em resumo, 
deve ser prazerosa e útil para o cliente. 
O designer Donald Norman (2006), que cunhou o termo user experience, acreditava na 
importância da experiência do usuário. Segundo ele, um bom design também é um ato de 
comunicação entre o designer e o usuário, exceto que toda a comunicação ocorre pela 
aparência do próprio dispositivo. O dispositivo deve se explicar. “É a forma com que você sente 
o mundo, é a forma que você experencia a sua vida, é a forma que você experencia um serviço, 
ou… sim… um aplicativo ou um sistema de computador” (NORMAN, 2006). 
UX é importante porque coloca a perspectiva do usuário como a espinha dorsal de qualquer 
fluxo de experiência, seja ele um processo de compra, troca de informação ou teste. Para isso 
acontecer, é importante entender profundamente os usuários e o mercado, para que seja 
possível criar produtos digitais que façam diferença para a marca e impactem a vida das pessoas 
que vão usá-lo. 
O mais importante para o UX designer (e a marca) é imaginar e questionar como as pessoas 
usarão sua plataforma digital, quais tarefas conseguirão realizar, em qual ordem as interações 
vão acontecer, qual a clareza das comunicações, e assim por diante. 
Investir em UX é planejar com foco no cliente. E, dessa forma, estar alinhado com as emoções 
que o usuário sente enquanto está em contato com a marca. Ser atento e sincero a esses 
sentimentos é se aproximar do cliente. Assim, naturalmente os clientes permanecem mais 
tempo com os serviços, são mais receptivos a upgrades e novas compras, propagam a marca 
para conhecidos e colaboram para a melhoria dos produtos e serviços. 
Propaganda em mobile (mobile advertising) 
A propaganda em mobile ou mobile advertising é a veiculação de anúncios (banners) em 
websites de dispositivos móveis ou embarcadas em aplicativos criados para esse mesmo tipo de 
dispositivo. Alguns autores preferem diferenciar mobile advertising de mobile marketing, mas 
aqui vamos tratar o assunto dentro da estratégia de marketing para dispositivos móveis. 
Da Matta (2014) ressalta que, ao criar um banner para ser veiculado em dispositivos móveis, 
devem ser lembrados os aspectos abaixo: 
• não usar gráficos de alta definição que dificultem o carregamento da peça; 
• cuidar para que as fontes utilizadas fiquem bem visíveis; 
• não usar muitos caracteres no texto da peça. 
Existem também os anúncios intersticiais, que são exibidos enquanto o conteúdo principal está 
sendo carregado.Um exemplo muito conhecido são os anúncios veiculados no YouTube antes 
do vídeo selecionado. 
Embora os usuários de smartphones utilizem cada vez menos os serviços de envio de 
mensagens de texto, ainda existe uma grande quantidade de usuários de celular sem acesso à 
internet e que se vale dos serviços de mensagem de texto para a comunicação. Podemos 
comparar o envio de SMS com publicidade ao envio de e-mail marketing, e nos dois casos 
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devemos cuidar para enviar qualquer tipo de publicidade apenas para o público-alvo. Uma 
campanha realizada por SMS deve cuidar para (DA MATTA, 2014): 
• Ter um processo de “opt-in” claro para obter permissão dos usuários para envio. 
• Respeitar horário de envio. 
• Não repetir insistentemente a mesma mensagem por vários dias. 
• Identificar a fonte do anúncio. 
Estratégia de QR Code 
Entre as tecnologias utilizadas em mobile marketing estão os códigos bidimensionais (2D), 
conhecidos como QR Codes, abreviação para Quick Response Code (código de resposta rápida, 
em tradução livre). Os códigos 2D trouxeram para a publicidade digital uma gama de 
possibilidades de interação com o consumidor. 
O código foi desenvolvido pela empresa Denso Wave, subsidiária da Toyota, para rastrear seus 
veículos durante a produção. Rapidamente, transformou-se no mais famoso código de barras 
existente, chamando a atenção dos profissionais de marketing, que perceberam as inúmeras 
potencialidades estratégicas que os códigos ofereciam (COPETTI; GHISLENE, 2013). 
Conforme Gabriel (2010), os códigos de barras lineares tradicionais conseguem encriptar 
apenas dados numéricos, com capacidade de armazenamento de apenas 20 dígitos, porém, um 
código de barra 2D permite encriptar dados numéricos e alfanuméricos em vários alfabetos 
diferentes, além da capacidade de armazenamento muito maior que o tradicional. Isso é 
possível pela combinação de duas dimensões para criação e leitura dos pontos (ao contrário do 
espaçamento e largura para o código linear), sendo que cada região do QR Code tem sua 
própria função, como posicionamento, alinhamento, versão da informação e de produto e 
outras voltadas para segurança. 
Esse tipo de codificação está se tornando cada vez mais comum no dia a dia dos consumidores. 
A rapidez na leitura e grande a capacidade de armazenamento de informações são os 
diferenciais desse código, que consiste em módulos pretos distribuídos em um formato padrão 
em um fundo branco. “Para que seja possível digitalizar um QR Code, é necessário que o 
dispositivo móvel possua, além de câmera fotográfica, um leitor de mobile tagging apropriado 
para o sistema operacional do aparelho” (GABRIEL, 2010, p. 184) 
Outra vantagem de se usar esse tipo de codificação é que, em qualquer ponto físico, podemos 
criar um link para um ponto on-line. Assim, é possível a uma loja, por exemplo, disponibilizar QR 
Codes de produtos que levem o usuário para a página de um site no qual está a descrição de 
como o produto funciona. 
É possível também utilizar o QR Code na televisão, permitindo ao telespectador, através do 
código, comprar ou receber informações extras sobre um produto que está sendo exibido na 
TV. Alguns anúncios impressos também utilizam esse recurso para dar ao consumidor 
informações que não caberiam em suas dimensões e também formatos como vídeos, imagens e 
sons. 
Como a digitação em aparelhos celulares nem sempre é uma tarefa fácil, esse tipo de 
codificação também facilita o acesso a URLs mais complexas, já que basta apontar o celular para 
o código e ir direto ao endereço codificado (DA MATTA, 2014). Segundo Martha Gabriel (2010, 
p. 185), os principais benefícios de se usar QR Codes (mobile tags) são: 
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• Alta capacidade de armazenamento. 
• Encriptação, pois codifica vários tipos de informações (URLs, textos, contatos, SMS) e 
dados (numéricos, alfanuméricos de diversos alfabetos). 
• Rastreamento de mídia off-line (impressa e eletrônica). 
• Não requer hardware específico para leitura ou criação dos códigos. Usa plataforma já 
existente em computadores (para criá-los) e dispositivos móveis (para lê-los). 
• Gratuidade (tanto na criação como a leitura das mobile tags). Há uma grande variedade 
de sistemas gratuitos on-line para criar as mobile tags e leitores. 
• Não necessita de digitação nos dispositivos móveis, usando apenas o escaneamento de 
imagens (usabilidade). 
• Inclusão digital, pois é uma tecnologia acessível, de baixo custo e com grande potencial 
de inclusão digital conforme os custos de banda larga móvel também vão se tornando 
acessíveis. 
• A possibilidade de usar os códigos no ambiente digital isenta vários produtos da 
necessidade de impressão (de tickets aéreos, por exemplo), colaborando com o meio 
ambiente. 
• Realidade aumentada, pois acrescenta camadas digitais a coisas e lugares físicos. 
• Flexibilidade, pois o usuário tem o poder de escolher o nível de detalhamento que 
deseja no acesso on-line. 
Os QR Codes podem ser gerados por sites específicos a partir da inserção de um endereço web, 
texto, número de telefone ou SMS. E podem ser lidos por aplicativos específicos como i-nigma 
reader ou Kaywa Reader. Alguns aparelhos já saem de fábrica com leitores de QR Codes 
instalados. 
Os QR Codes podem ser aplicados em diversas estratégias de mobile marketing, entre as mais 
conhecidas estão, segundo Da Matta (2014, p. 110): em comunicação para a área pública, 
artística e cultural, como sinalizações de museus, monumentos e locais públicos; comunicação e 
aplicações de varejo, em pontos de venda, para exibir informações complementares de 
produtos ou promoções; em campanhas de marketing off-line, colocando os códigos em peças 
publicitárias para acesso a conteúdo adicional, como no exemplo da campanha “Sexier than 
skin”, da marca Victoria’s Secret, em que imagens de modelos estrategicamente cobertas com 
faixas de censura com um QR Code davam acesso ao conteúdo da coleção de lingeries da 
marca. 
Outras tecnologias – SMS e MMS 
O SMS (Short Message Service) é a tecnologia que permite enviar mensagens de texto entre 
celulares, limitadas a 160 caracteres. Por ser uma tecnologia ainda utilizada, é comum nos 
depararmos com campanhas de envio de SMS para bases de usuários de celulares, mas é 
preciso ter bastante cuidado com esse tipo de campanha para evitar desgastes da marca, 
produto ou serviço como os que eram criados por campanhas de e-mail marketing em forma de 
SPAM. Segundo Da Matta (2014, p. 111), alguns tipos de campanhas de SMS são: 
• Broadcasting – cliente passa por um processo de “opt-in” para receber futuras 
mensagens com promoções indefinidamente. 
• Text-for-info – campanhas com o objetivo de engajar os usuários interessados em 
receber mais informações. É enviada uma mensagem inicial que carrega algum valor 
para o cliente. Diferentemente do broadcasting, aqui os usuários não esperam uma 
comunicação contínua. 
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• Text-to-Collect Info – o objetivo é coletar alguma informação dos usuários, por exemplo, 
e-mail. 
• Text-to-Vote – funcionam como sistema de votação em que o usuário pode escolher 
(votar) em diferentes opções. 
• Text-to-Win – funcionam para oferecer aos usuários algum tipo de prêmio. 
• 
O SMS também pode ser usado em mobile commerce (atividades de comércio 
eletrônico por dispositivos móveis), como sistema de micropagamentos. Um exemplo é 
o da ação criada pela Carefree, que colocou vending machines em banheiros 
frequentados por mulheres em que era possível retirar gratuitamente o produto 
enviando um SMS para o equipamento. A ação pode ser vista no vídeo a seguir. 
O MMS (Multimedia Messaging Service) é a tecnologia que permite incluir conteúdos 
multimídia na mensagem. Como o custo de envio de MMS é superior ao do SMS e 
existe problema de operação entre as operadoras para esse tipo de envio, as ações de 
marketing com essa

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