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Apostila III - Receitas Públicas

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ORÇAMENTO PÚBLICO 
Profª Amanda Cristina Lisot 
Rondonópolis – MT 
Fevereiro - 2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORÇAMENTO PÚBLICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AMANDA CRISTINA LISOT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORÇAMENTO PÚBLICO 
Profª Amanda Cristina Lisot 
 
EMENTA 
 
Nome da Disciplina: ORÇAMENTO PÚBLICO 
 
Objetivo Geral: Habilitar o acadêmico para o conhecimento e domínio das informações ligadas às 
finanças do Estado, bem como, para o gerenciamento, controle e prestação de contas da Gestão 
Orçamentária perante a sociedade. Contribuindo para a construção de valores orientados para a 
cidadania. 
 
Ementa: Estrutura da Administração Pública. Orçamento Público. Processo Orçamentário. Estrutura 
Orçamentária. Receita e despesas sob o enfoque orçamentário. Créditos adicionais. 
 
Conteúdos: 
Estrutura da Administração Pública 
 Administração Direta ou Centralizada; 
 Administração Indireta ou Descentralizada; 
 Atribuições Econômicas do Estado. 
Orçamento Público 
 Breve Histórico do orçamento; 
 Evolução conceitual do orçamento. 
Estrutura Orçamentária 
 Conceitos; 
 Sistema orçamentário brasileiro; 
 Princípios Orçamentários; 
 Classificação Orçamentária. 
Processo Orçamentário 
 Ciclo orçamentário; 
 Execução orçamentária; 
 Avaliação da execução orçamentária. 
Receitas e despesas sob o enfoque orçamentário. 
 Conceito; 
 Classificação; 
 Estágios. 
Créditos Adicionais 
 Conceito; 
 Créditos Suplementares; 
 Créditos Especiais; 
 Crédito Extraordinários. 
Bibliografia Básica: 
ARRUDA, Daniel; HUMBERTO, Pedro; ARAÚJO, Inaldo da Paixão Santos. O essencial da 
contabilidade pública: teoria e exercícios resolvidos. São Paulo. Saraiva, 2009 (5 exemplares) 
ANGELICO, João. Contabilidade pública. 8. ed. São Paulo: Atlas, 1995 (10 exemplares) 
PISCITELLI, Roberto Bocaccio; TIMBO, Maria Zulene Farias. Contabilidade pública: uma 
abordagem da administração financeira pública. 11.ed. São Paulo: Atlas, 2010 (5 exemplares) 
 
Bibliografia complementar: 
KOHAMA, Heilio. Balanços públicos: teoria e prática. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2000 (8 exemplares) 
GIACOMONI, James. Orçamento público. 14.ed. São Paulo: Atlas, 2009 (2 exemplares) 
PASCOAL, Valdecir. Direito financeiro e controle externo: teoria, jurisprudência e 400 questões. 
7.ed. Rio de Janeiro: Campus; Elsevier, 2009 (9 exemplares) 
SILVA, Lino Martins da. Contabilidade governamental: um enfoque administrativo. 5.ed. São Paulo: 
Atlas, 2002 (3 exemplares) 
KOHAMA, Heilio. Contabilidade pública: teoria e prática. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2000 (12 
exemplares) 
 
 
ORÇAMENTO PÚBLICO 
Profª Amanda Cristina Lisot 
SUMÁRIO 
1 RECEITA PÚBLICA ............................................................................................ 4 
1.1 Classificações da Receita Pública ................................................................... 5 
1.1.1 Classificações doutrinárias da receita .......................................................... 6 
1.1.1.1 As receitas, quanto à sua natureza .............................................................. 6 
1.1.1.2 As receitas, quanto à afetação patrimonial .................................................. 8 
1.1.1.3 As receitas, quanto à regularidade ............................................................... 9 
1.1.1.4 As receitas, quanto à coercitividade ou poder de coação........................... 10 
1.1.1.5 As receitas, quanto ao poder de tributar .................................................... 10 
1.1.2 Classificações legais da receita ................................................................. 11 
1.1.2.1 A receita, quanto à sua categoria econômica ............................................. 11 
1.1.2.2 Classificação por fonte de receita .............................................................. 12 
1.1.2.2.1 As receitas correntes, por fonte .............................................................. 12 
1.1.2.2.2 As receitas de capital, por fonte ............................................................. 19 
1.1.2.3 Classificação institucional .......................................................................... 21 
1.1.2.4 Classificação por fonte de recursos ........................................................... 21 
1.2 Codificação da Natureza de Receita ............................................................. 22 
1.3 Estágios da Receita Orçamentária ................................................................ 30 
1.3.1 Previsão ..................................................................................................... 30 
1.3.2 Lançamento ............................................................................................... 31 
1.3.3 Arrecadação .............................................................................................. 32 
1.3.4 Recolhimento ............................................................................................. 33 
1.3.5 Dívida ativa (art. 39 da Lei nº 4.320/1964 e Portaria nº 564/2004 da STN) 33 
1.4 Procedimentos Contábeis Referentes à Receita Orçamentária ..................... 36 
1.4.1 Deduções da Receita Orçamentária .......................................................... 36 
1.4.1.1 Restituições de receitas orçamentárias ...................................................... 37 
1.4.1.2 Recursos cuja tributação e arrecadação competem a um ente da 
Federação, mas são atribuídos a outro(s) ente(s) .................................................... 38 
1.4.1.3 Renúncia de receita ................................................................................... 39 
1.4.2 Imposto de Renda Retido na Fonte ........................................................... 42 
1.4.3 Redutor Financeiro - FPM .......................................................................... 43 
1.4.4 Transferências de Recursos Intergovernamentais ..................................... 45 
1.4.4.1 Transferências constitucionais e legais ...................................................... 45 
ORÇAMENTO PÚBLICO 
Profª Amanda Cristina Lisot 
1.4.5 Transferências Voluntárias ........................................................................ 46 
1.4.6 Transferências a Consórcios Públicos ....................................................... 47 
1.4.7 Remuneração de Depósitos Bancários ...................................................... 48 
1.4.8 Receita Orçamentária por Baixa de Dívida Ativa Inscrita ........................... 49 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 51 
ORÇAMENTO PÚBLICO 
Profª Amanda Cristina Lisot 
4 
1 RECEITA PÚBLICA 
 Para quem nunca estudou contabilidade, a palavra receita pode 
significar uma infinidade de coisas no jargão popular: entrada de recursos, 
faturamento, valor de vendas etc. Entretanto, do ponto de vista contábil, receita é 
tudo aquilo que adentra o patrimônio como elemento novo e positivo, aumentando-o. 
Imagine o patrimônio de uma pessoa, constituído de bens, direitos e obrigações. 
Toda vez que uma receita adentra a esse patrimônio, este será aumentado. Se essa 
pessoa recebe o salário do mês, com certeza podemos afirmar que seu patrimônio 
aumentou com essa entrada de recursos financeiros. 
 Antes de conceituar receita pública é necessário destacar a 
diferença receita pública stricto sensu e latu sensu. James Giacomoni, citando Hugh 
Dalton, reconhece que: os recursos públicos podem ser definidos latu sensu ou 
stricto sensu (...) no primeiro caso - em sentido amplo, estão todos os recebimentos 
ou entradas de dinheiro; no segundo caso - em sentido estrito - os recursos 
recebidos sem reservas ou redução no ativo e que não serão devolvidos. 
 Considerada a disposição da Lei nº 4.320/1964, a expressão receita 
é empregada em sentido genérico - amplo - de entrada ou ingresso, com poucas 
exceções.Resumidamente: 
a) Receitas stricto sensu - todo ingresso que aumenta o patrimônio (tributos, 
taxas etc.) como elemento novo e positivo. São receitas de ponto de vista 
contábil. 
b) Receitas lato sensu - todo ingresso que entra no caixa, independente de 
aumentar ou não o patrimônio (p. ex. a venda de um bem pelo seu valor 
contábil gera recursos financeiros, mas o patrimônio não se altera, porque 
houve apenas uma permuta patrimonial entra um bem vendido e o recurso 
financeiro). Não são receitas do ponto de vista contábil. 
 Tal entendimento é corroborado pelo Ministério da Ciência e 
Tecnologia - MCT: 
"Em sentido restrito, portanto, receitas são as entradas que se incorporam 
ao patrimônio como elemento novo e positivo; em sentido lato, são todas 
quantias recebidas pelos cofres públicos, denominando-se entradas ou 
ingressos (em sentido restrito, nem todo ingresso constitui receita pública; o 
produto de uma operação de crédito, p. ex., é um ingresso mas não é 
receita nessa concepção, porque em contraposição à entrada de recursos 
financeiros cria uma obrigação no passivo da entidade pública)". 
ORÇAMENTO PÚBLICO 
Profª Amanda Cristina Lisot 
5 
 Portanto, as receitas públicas constituem-se no conjunto de 
ingressos ou entradas nos cofres públicos de recursos numerários, rendas ou outros 
bens representativos de valores, recebidos pelo Estado ou por outras pessoas de 
direito público, para custear as despesas necessárias ao exercício das suas funções 
precípuas, ao atendimento das necessidades públicas e ao fomento e 
desenvolvimento econômico e social. A Secretaria do Tesouro Nacional (STN) diz 
também que: "Outra maneira de se ver o problema é considerar que, para que exista 
uma receita pública, é necessário que a soma de dinheiro arrecadado seja 
efetivamente disponível, isto é, que possa em qualquer momento ser objeto dentro 
das regras políticas e jurídicas de gestão financeira, de uma alocação e cobertura de 
despesas públicas." 
 As principais fontes de recursos públicos são as seguintes: 
 doações voluntárias; 
 rendas produzidas pelos bens públicos ou pela produção de empresas 
estatais; 
 tributos e penalidades exigidas coercivamente; 
 empréstimos de instituições, privadas ou públicas, nacionais ou estrangeiras; 
 emissão de moeda. 
 Importante fazer uma leitura da Lei nº 4.320/1964, principalmente 
nos arts. 9º e 10º; 35, I e 51 ao 57; e a LRF, com ênfase nos arts. 11 a 13. 
1.1 CLASSIFICAÇÕES DA RECEITA PÚBLICA 
A receita pública latu sensu, de acordo com a doutrina, se classifica: 
 quanto à natureza: receita orçamentária ou extraorçamentária; 
 quanto à afetação patrimonial: receita efetiva e não-efetiva; 
 quanto à regularidade: receita ordinária ou extraordinária; 
 quanto à coercitividade: receita originária ou derivada; 
 quanto ao poder de tributar: da União, estados, do Distrito Federal e 
municípios. 
 A classificação legal, por outro lado, desmembra a classificação da 
receita: 
 por categoria econômica: receita corrente e de capital; 
 por fontes de receita; 
ORÇAMENTO PÚBLICO 
Profª Amanda Cristina Lisot 
6 
 institucional; 
 por fontes de recursos. 
1.1.1 Classificações doutrinárias da receita 
1.1.1.1 As receitas, quanto à sua natureza 
A Lei nº4.320/1964 regulamenta os ingressos de disponibilidades de 
todos os entes da Federação, classificando-os, implicitamente, em dois grupos: 
orçamentários e extraorçamentários. 
Os recursos arrecadados pelo Estado e que se incorporam 
definitivamente ao patrimônio do Estado são chamados de receitas orçamentárias. 
Assim, as receitas orçamentárias integram o orçamento e se constituem em 
entradas no Tesouro de recursos pertencentes ao Estado, em decorrência de 
disposições constitucionais, legais ou contratuais, estejam essas receitas previstas 
ou não no orçamento, aumentando o saldo do patrimônio financeiro público. 
São exemplos de receitas orçamentárias: receitas tributárias, de 
contribuições, patrimonial, agropecuárias, industrial, de serviços, transferências 
correntes, operações de crédito e alienação de bens, amortização da dívida, 
transferências de capital. 
 Características dos ingressos orçamentários: 
 registrados como receita orçamentária corrente ou de capital; 
 financiam as despesas orçamentárias; 
 geram desembolsos orçamentários; 
 seguem as classificações econômicas, institucionais e por fonte de recursos; 
 têm caráter permanente; 
 pertencem ao Estado. 
Os recursos arrecadados pelo Estado, mas que geram um passivo, 
ou seja, que terão que ser restituídos, posteriormente, são denominados receitas 
extraorçamentárias. Assim, são receitas que, em geral, não estão previstas no 
orçamento, e correspondem a uma entrada de recurso, em caráter transitório, que 
geram para o Estado a obrigação de posterior devolução (isto é, depositário ou 
agente passivo da obrigação). 
As receitas extraorçamentárias não afetam o patrimônio financeiro 
ORÇAMENTO PÚBLICO 
Profª Amanda Cristina Lisot 
7 
do ente público, constituindo-se em meras entradas de numerário em contas 
pertencentes ao disponível do Ativo Financeiro com o acréscimo compensatório, em 
igual valor, dos saldos de contas exigíveis de curto prazo, integrantes do Passivo 
Financeiro do ente. 
As principais receitas extraorçamentárias são as cauções e 
garantias diversas, as consignações a crédito de terceiros retidas por ocasião dos 
pagamentos de despesas orçamentárias (consignatários autorizados) e as 
operações de créditos por antecipação de receitas - AROs, classificadas como 
débitos de tesouraria. 
ATENÇÃO: as receitas extraorçamentárias por serem apenas entrada de recursos 
com caráter devolutivo, não são consideradas receitas strictu sensu, tendo em vista 
que são registradas como receitas somente para controle e posterior devoluções. 
 Exemplificando: o recebimento de caução em dinheiro para garantia 
de contrato. O fornecedor deposita um montante na conta bancária do governo, no 
entanto este recursos não pertence ao Estado; assim, no momento de contabilizar 
esta receita será registrado um débito no banco e, em contrapartida, um crédito em 
conta do passivo, evidenciando o caráter devolutivo no recurso. 
 Também são registrados como receitas extraorçamentárias, para 
exclusivo efeito de fechamento do balanço financeiro, os valores correspondentes às 
despesas empenhadas e não pagas em determinado exercício financeiro, 
transferidas para o ano seguinte como restos a pagar ou como serviço da dívida a 
pagar, para compensar sua inclusão na despesa orçamentária realizada, como 
determina o parágrafo único do art. 103 da Lei nº 4.320/1964. 
 As operações de crédito por antecipação de receita são receitas 
extraorçamentárias, conforme art. 3º da Lei nº 4.320/1964. O próprio nome da 
operação de crédito por ARO (antecipação da receita orçamentária) já diz que a 
receita é extraorçamentária. A ARO não é uma receita nova que se incorpora ao 
Estado, é simplesmente uma antecipação da receita orçamentária prevista no 
orçamento e que, no entanto, ainda não se realizou. O procedimento normal é o 
governo esperar a receita se realizar para aí sim gastá-lo, mas às vezes, para os 
problemas de indisponibilidade de caixa, o Estado não pode esperar essa realização 
acontecer, assim, o governo faz um empréstimo e se compromete a pagá-lo com a 
receita orçamentária que se realizará, por isso é preciso contabilizar a ARO como 
ORÇAMENTO PÚBLICO 
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extraorçamentária sob pena do Estado duplicar sua receita. 
 Importante lembrar que uma receita extraorçamentária poderá se 
converter em receita orçamentária, a partir do momento que se constatar que não se 
caracteriza mais uma obrigação a pagar. 
 Características dos ingressos extraorçamentários: 
 registrados como passivo financeiro; 
 não financiam as despesas orçamentárias; 
 geram desembolsos extraorçamentários; 
 não passam pelosestágios da receita; 
 seguem classificação contábil; 
 têm caráter temporário; 
 pertencem a terceiros. 
QUADRO SINÓTICO DA RECEITA 
 Receita Orçamentária Receita Extraorçamentária 
Contabilização Registrado como receita 
corrente ou de capital. 
Registrados como passivo 
financeiro. 
LOA Podem ou não estar previstas 
na LOA. 
Não estão previstos na LOA. 
Características Custeia despesas 
orçamentárias. 
Custeia despesas 
extraorçamentárias. 
Recursos Do Estado. De terceiros. 
1.1.1.2 As receitas, quanto à afetação patrimonial 
As receitas orçamentárias podem causar aumento do patrimônio, ou 
seja, podem causar variação na situação líquida. Nesse caso, são chamadas de 
receitas efetivas. Essas receitas integram o patrimônio sem quaisquer condições, 
restrições ou correspondências no passivo, inserindo-se no conceito de fato contábil 
modificativo aumentativo, ou seja, aumentando de fato o patrimônio como elemento 
novo e positivo (receita strictu sensu). São exemplos de receitas efetivas, as receitas 
orçamentárias correntes que, são denominadas receitas públicas clássicas. 
Há, no entanto, casos em que os ingressos de recursos 
orçamentários não provocam afetação no patrimônio líquido por serem oriundos de 
fatos permutativos, essas receitas são denominadas receitas não efetivas ou 
receitas por mutações patrimoniais, ou seja, o ingresso é decorrente de 
intercâmbio com outros elementos do ativo e do passivo, reduzindo o ativo ou 
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9 
aumentando o passivo, mas não ocorre o aumento patrimonial (receita latu sensu). 
As receitas decorrentes da redução de valores do ativo são classificadas como 
receitas de alienação de bens ou de amortização de empréstimos concedidos, ao 
passo que as entradas de recursos financeiros que impliquem aumento do passivo 
são classificadas como operações de crédito, todas incluídas entre as receitas 
orçamentárias de capital. 
IMPORTANTE: Em regra, toda receita corrente é receita efetiva e toda receita de 
capital é receita não efetiva, há, entretanto, exceções. 
As receitas de capital, em regra, são receitas não efetivas (ou por 
mutação patrimonial), pois toda vez que se registra uma receita de capital faz-se o 
registro de uma mutação patrimonial, a exceção são receitas de transferências de 
capital, que não geram uma mutação patrimonial, decorrente de incorporação de um 
direito ou de um bem ou da baixa de obrigações. 
As receitas correntes, em regra, são receitas efetivas, porém 
também existe uma exceção, a dívida ativa, que apesar de ser registrada como 
receita corrente dentro da subcategoria "outras receitas correntes", causa uma 
mutação patrimonial, referente à baixa de direito. 
Em síntese, portanto: 
Receita strictu sensu Receita Efetiva Orçamentária 
Receita latu sensu Receita por mutação patrimonial Extraorçamentária 
Receitas efetivas - são todas as receitas correntes, excetuando-se 
as receitas provenientes de arrecadação da dívida ativa que, embora sejam 
classificadas como correntes, representam, uma mutação patrimonial. São também 
receitas efetivas, as transferências de capital, embora sejam classificáveis em 
receitas de capital. 
Receitas não efetivas (ou por mutação patrimonial) - são todas as 
receitas de capital, excetuando-se transferências de capital, e incluindo-se as 
receitas de provenientes da arrecadação da dívida ativa. 
1.1.1.3 As receitas, quanto à regularidade 
Receitas ordinárias - ingressos permanentes e estáveis do Estado, 
arrecadados regularmente em cada período financeiro, ou seja, possuem caráter de 
continuidade, sendo fonte perene de recursos para o Estado. 
ORÇAMENTO PÚBLICO 
Profª Amanda Cristina Lisot 
10 
Receitas extraordinárias - ingressos com caráter de não 
continuidade, a sua arrecadação acontece de maneira excepcional, provenientes de 
calamidade pública, doações, etc. 
1.1.1.4 As receitas, quanto à coercitividade ou poder de coação 
Conceitualmente, quanto ao poder de coação, ou coercitividade, as 
receitas orçamentárias estão divididas em originárias, as de natureza patrimonial ou 
privada, e em derivadas, ou de economia pública. 
Receita originária ou de economia privada - consiste na receita 
proveniente da exploração do patrimônio público, ou seja, são produzidas pelos 
ativos do Estado. O Estado atua como particular por meio da exploração de 
atividades privadas, ou seja, são receitas originárias as provenientes dos bens 
patrimoniais do próprio estado (alugueis de imóveis, dividendos, juros etc); da venda 
de bens e serviços (tarifas pela prestação de serviços públicos e comercialização de 
produtos agropecuários, industriais ou de serviços, valores provenientes de 
alienação de bens) ou de operações de crédito contraídas. 
Receitas derivadas ou de economia pública - consistem nas 
receitas provenientes do exercício do poder de tributar, do Estado, os rendimentos, 
os patrimônios, operações e transações financeiras de pessoas físicas e jurídicas de 
direito privado, garantido pelas Constituições. Essa receita é obtida pelo Estado em 
função da sua soberania, por meio de tributos, indenizações e restituições. As 
principais receitas derivadas são os impostos, as taxas, as contribuições e as 
penalidades pecuniárias aplicadas pelo Poder Público. 
1.1.1.5 As receitas, quanto ao poder de tributar 
Classifica as receitas segundo o poder de tributar que compete a 
cada ente da Federação, considerando e distribuindo as receitas obtidas como 
pertencentes aos respectivos entes, quais sejam: governo Federal; governo 
Estadual; do Distrito Federal e municipal. 
 União: impostos sobre a importação de produtos estrangeiros; sobre a 
exportação de produtos nacionais ou nacionalizados; sobre a renda e 
proventos de qualquer natureza; sobre produtos industrializados; sobre 
ORÇAMENTO PÚBLICO 
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11 
crédito, câmbio e seguro, ou relativos a títulos ou valores mobiliários; sobre a 
propriedade rural; sobre grandes fortunas; outros impostos, não previstos na 
CF/1988, desde que não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de 
cálculo próprios dos anteriores; taxas; contribuição de melhoria; empréstimo 
compulsório; contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico de 
interesse das categorias profissionais ou econômicas; 
 estadual: impostos sobre a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer 
bens e direitos; sobre operações relativas à circulação de mercadorias e 
sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; 
sobre propriedade de veículos automotores; taxas; contribuição de melhoria; 
contribuições dos servidores estaduais para o custeio de seu sistema 
previdenciário e assistencial; 
 municipal: impostos sobre a propriedade predial e territorial urbana; sobre a 
transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, 
por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de 
garantia, bem como cessão de direitos de aquisição; sobre serviços de 
qualquer natureza, não compreendidos no campo de incidência dos serviços 
tributados por competência estadual; taxas, contribuição de melhoria; 
contribuições dos servidores municipais para o custeio do seu sistema 
previdenciário e assistencial. 
 Distrito Federal: os impostos de competência estadual e municipal. 
 É importante registrar que, por imposição constitucional, pertencem 
aos estados e municípios o produto do imposto de renda na fonte pagadora sobre os 
salários de seus servidores, bem como de serviços prestados. 
1.1.2 Classificações legais da receita 
1.1.2.1 A receita, quanto à sua categoria econômica 
A Lei nº 4.320/1964, em seu art. 11, classificou a receita 
orçamentária em duas categorias: receitas correntes e receitas de capital. 
Receitas correntes - são os recursos recebidos de outraspessoas 
de Direito Público ou de Direito Privado, quando destinados a atender a despesas 
ORÇAMENTO PÚBLICO 
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12 
classificáveis em despesas correntes. As receitas orçamentárias correntes são 
arrecadadas dentro do exercício financeiro, aumentam as disponibilidades 
financeiras do Estado, em geral com efeito positivo sobre o patrimônio líquido e 
constituem instrumento para financiar os objetivos definidos nos programas e ações 
orçamentários, com vistas a satisfazer finalidades públicas. De acordo com o § 1º do 
art. 11 dessa Lei, as receitas correntes se dividem em: tributárias, de contribuições, 
patrimonial, agropecuárias, industrial, de serviços, de transferências correntes e 
outras receitas correntes. 
Receitas de capital - são recursos recebidos de outras pessoas de 
Direito Público ou de Direito Privado destinados a atender despesas classificáveis 
em despesas de capital e ainda ao superávit do orçamento corrente. As receitas 
orçamentárias de capital também aumentam as disponibilidades financeiras do 
Estado e são instrumentos de financiamento dos programas e ações orçamentários, 
a fim de se atingirem as finalidades públicas. Porém, de forma diversa das receitas 
correntes, as receitas de capital em geral não provocam efeito sobre o patrimônio 
líquido (§ 2º do art. 11 da Lei nº 4.320/1964, com redação dada pelo Decreto-Lei nº 
1.939/1982). Exemplo: alienação de bens, operações de crédito e amortização da 
dívida. 
CÓDIGO CATEGORIA ECONÔMICA 
1 Receitas Correntes 
2 Receitas de Capital 
1.1.2.2 Classificação por fonte de receita 
1.1.2.2.1 As receitas correntes, por fonte 
Segundo James Giacomoni, ao citar que a base legal para esta 
classificação é o art. 2º, da Lei nº 4.320/1964, define: "São fontes de receitas todas 
as representadas pelas contas analíticas e sintéticas em que se subdividem as 
receitas correntes e de capital". 
A Lei nº 4.320/1964, no seu art. 11, § 1º combinando com o § 4º, 
estabelece que a classificação da receita corrente deve obedecer ao seguinte 
esquema: 
 
ORÇAMENTO PÚBLICO 
Profª Amanda Cristina Lisot 
13 
 1 - receita tributária; 
 2 - receita de contribuições; 
 3 - receitas patrimoniais; 
 1 - Receitas correntes 4 - receita agropecuária; 
 5 - receita industrial; 
 6 - receita de serviços; 
 7 - transferências correntes; e 
 8 - outras receitas correntes 
 
 A Lei Complementar nº 4.320/1964 não definiu os conceitos das 
origens de receitas correntes ou de capital, como, por exemplo, das receitas 
tributárias, de contribuições, de alienações etc. Esses conceitos, bem como a 
classificação da natureza da receita, são atualmente estabelecidos no Manual de 
Contabilidade aplicada ao Setor Público - Parte I (Procedimentos Contábeis 
Orçamentários) através da Portaria Conjunta STN/SOF nº 02/2012, 5ª edição. 
1) Receita Corrente – Tributária: são os ingressos provenientes da arrecadação 
das receitas de impostos, taxas e contribuições de melhoria. É uma receita privativa 
das entidades competentes para tributar: União, estados, Distrito Federal e os 
municípios, nos termos fixados em lei, sem contraprestação direta, sendo destinadas 
ao custeio das atividades ou serviços de competência do setor público. 
 O art. 3º do Código Tributário Nacional (CTN) define tributo da 
seguinte forma: 
"Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor 
nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em 
lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada". 
 O art. 4º do CTN preceitua que a natureza específica do tributo, ao 
contrário de outros tipos de receita, é determinada pelo fato gerador, sendo 
irrelevante para caracterizá-lo: 
 I - a sua denominação; e 
 II - a destinação legal do produto de sua arrecadação. 
 O art. 5º do CTN e os incisos I, II e III do art. 145 da CF/88 tratam 
das espécies tributárias impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
a) Impostos: segundo o art. 16 do CTN, são espécies tributárias cuja obrigação tem 
por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal 
específica relativa ao contribuinte, o qual não recebe contraprestação direta ou 
imediata pelo pagamento. O art. 167 da CF/1988 proíbe, salvo em algumas 
exceções, a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. Os 
impostos estão enumerados na CF/1988, ressalvando-se unicamente a 
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14 
possibilidade de utilização, pela União, da competência residual prevista no art. 
154, I, e da competência extraordinária, no caso dos impostos extraordinários de 
guerra prevista no inciso II do mesmo artigo, de acordo com o princípio da não 
afetação da receita. 
b) Taxas: as taxas cobradas pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos 
municípios, no âmbito das respectivas atribuições, são, também, espécie de 
tributo na classificação orçamentária da receita, tendo, como fato gerador, o 
exercício regular do poder de polícia administrativa, ou a utilização, efetiva ou 
potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou 
posto a sua disposição (art. 77 do CTN). 
 Neste contexto, taxas são tributos vinculados porque o aspecto 
material do fato gerador é a prestação estatal específica diretamente referida ao 
contribuinte, em forma de contraprestação de serviços. Porém, podem ser tributos 
de arrecadação não vinculada, pois as receitas auferidas por meio das taxas não se 
encontram afetas a determinada despesa, salvo se a lei que instituiu o referido 
tributo assim determinou. 
 A taxa está sujeita ao princípio constitucional da reserva legal e, sob 
a ótica orçamentária, classificam-se em: Taxas de Fiscalização e Taxas de Serviços. 
- Taxas de fiscalização ou de poder de polícia: são definidas em lei e têm como fato 
gerador o exercício do poder de polícia, poder disciplinador, por meio do qual o 
Estado intervém em determinadas atividades, com a finalidade de garantir a ordem e 
a segurança. A definição de poder de polícia está disciplinada pelo art. 78 do CTN: 
"Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, 
limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de 
ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à 
segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do 
mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de 
concessão ou autorização do poder público, à tranquilidade pública ou ao 
respeito á propriedade e aos direitos individuais e coletivos". 
- Taxas de serviço público: são as que têm como fato gerador a utilização de 
determinados serviços públicos, sob ponto de vista material e formal. Nesse 
contexto, o serviço é público quando estabelecido em lei e prestado pela 
Administração Pública, sob regime de direito público, de forma direta ou indireta. 
 A relação jurídica, nesse tipo de serviço, é de verticalidade, ou seja, 
o Estado atua com supremacia sobre o particular. É receita derivada e os serviços 
têm que ser específicos e divisíveis. Conforme o art. 77 do CTN: 
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15 
"Os serviços públicos têm que ser específicos e divisíveis, prestados ao 
contribuinte, ou colocados à sua disposição". 
 Para que a taxa seja cobrada, não há necessidade de o particular 
fazer uso do serviço, basta que o Poder Público coloque tal serviço à disposição do 
contribuinte. 
a) Contribuição de melhoria: é espécie de tributo na classificação da receita 
orçamentária e tem como fato gerador valorização imobiliária que decorra de 
obras públicas, contanto que haja nexo causal entre a melhoria havida e a 
realização de obra pública. De acordo com o art. 81 do CTN: 
"A contribuição de melhoria cobrada pela União, Estados, pelo distrito 
Federal e pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é 
instituída parafazer face ao custo de obras públicas de que decorra 
valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como 
limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel 
beneficiado". 
2) Receita Corrente – Contribuições: segundo a classificação orçamentária, 
contribuições são originadas de categoria econômica Receitas Correntes. 
 O art. 149 da Magna Carta estabelece competir exclusivamente à 
União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de 
interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de atuação 
nas respectivas áreas, e o § 1º do artigo em comento estabelece que estados, 
Distrito Federal e municípios poderão instituir contribuição, cobrada de seus 
servidores, para o custeio, em benefícios destes, de regimes de previdência de 
caráter contributivo e solidário. 
 As contribuições classificam-se nas seguintes espécies: 
a) Contribuições Sociais: classificada como espécie de contribuição, por força da 
Lei nº 4.320/64, a Contribuição Social é tributo vinculado a uma atividade Estatal 
que visa atender aos direitos sociais previstos na Constituição Federal. Pode-se 
afirmar que as contribuições sociais atendem a duas finalidades básicas: 
seguridade social (saúde, previdência e assistência social) e outros direitos 
sociais como, por exemplo: o salário educação. 
 A competência para instituição das contribuições sociais é da União, 
exceto das contribuições dos servidores estatutários dos estados, Distrito Federal e 
municípios, que são instituídas pelos mesmos. As contribuições sociais estão 
sujeitas ao princípio da anterioridade nonagesimal, o que significa dizer que apenas 
poderão ser cobradas noventa dias após a publicação da lei que as instituiu ou 
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16 
majorou. 
b) Contribuições de intervenção no domínio econômico: a Contribuição de 
Intervenção no Domínio Econômico – CIDE é tributo classificado no orçamento 
público como uma espécie de contribuição que atinge um determinado setor da 
economia, com finalidade qualificada em sede constitucional – intervenção no 
domínio econômico – instituída mediante um motivo específico. 
 Essa intervenção se dá pela fiscalização e atividades de fomento, 
como por exemplo, desenvolvimento de pesquisas para crescimento do setor e 
oferecimento de linhas de crédito para expansão da produção. Exemplo de 
contribuição de intervenção no domínio econômico é o Adicional sobre Tarifas de 
Passagens Aéreas Domésticas, que são voltadas à suplementação tarifária de linhas 
aéreas regionais de passageiros, de baixo e médio potencial de tráfego. 
c) Contribuição de interesse das categorias profissionais ou econômicas: espécie 
de contribuição que se caracteriza por atender a determinadas categorias 
profissionais ou econômicas, vinculando sua arrecadação às entidades que as 
instituíram. Não transitam pelo Orçamento da União. 
 Essas contribuições são destinadas ao custeio das organizações de 
interesse de grupos profissionais, como, por exemplo: OAB, CREA, CRM e assim 
por diante. Visam também ao custeio dos serviços sociais autônomos prestados no 
interesse das categorias, como SESI, SESC e SENAI. 
 É preciso esclarecer que existe uma diferença entre as contribuições 
sindicais aludidas acima e as contribuições confederativas. Conforme esclarece o 
art. 8º da Constituição Federal: 
"art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: 
(...) 
IV – a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de 
categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema 
confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da 
contribuição prevista em lei." 
 Assim, há a previsão constitucional de uma contribuição 
confederativa, fixada pela assembleia geral da categoria, e uma outra contribuição, 
prevista em lei, que é a contribuição sindical. A primeira não é tributo, pois será 
instituída pela assembleia geral e não por lei. A segunda é instituída por lei, portanto 
compulsória, e encontra sua regra matriz no art. 149 da Constituição Federal, 
possuindo assim natureza de tributo. 
b) Contribuição de iluminação pública: instituída pela Emenda Constitucional nº 39, 
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17 
de 19 de dezembro de 2002, que acrescentou o art. 149-A a Constituição 
Federal. Possui a finalidade de custear o serviço de iluminação pública. A 
competência para instituição é dos municípios e do Distrito Federal. 
"art. 149-A. Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, 
na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação 
pública, observado o disposto no art. 150, I e III. 
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o 
caput, na fatura de consumo de energia elétrica." 
 Municípios e o Distrito Federal, a partir dessa autorização 
constitucional, iniciaram a regulamentação por Lei Complementar, visando a dar 
eficácia plena ao citado artigo 149-A da Constituição da República Federativa do 
Brasil. 
3) Receita Corrente – Patrimonial: são receitas oriundas da aplicação de recursos 
ou utilização de bens do Estado ou da exploração direta, por ele, de atividades 
produtivas ou comerciais. 
 Quanto à procedência, trata-se de receitas originárias. Podemos 
citar como espécie de receita patrimonial as compensações financeiras, concessões 
e permissões, dentre outras. 
Compensações Financeiras: a receita de compensação financeira tem origem na 
exploração do patrimônio do Estado, que é constituído por recursos minerais, 
hídricos, florestais e outros, definidos no ordenamento jurídico. Tais compensações 
são devidas à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios, de acordo 
com o disposto na legislação vigente, como forma de participação no resultado 
dessa exploração. 
 Elas têm como finalidade recompor financeiramente os prejuízos ou 
danos causados (externalidades negativas) pela atividade econômica na exploração 
desses bens, assim como proporcionar meio de remunerar o Estado pelos ganhos 
obtidos por essa atividade. 
 De acordo com o art. 20, § 1º da Constituição Federal: 
"É assegurada, nos termos da lei, aos estados, ao Distrito Federal e aos 
municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, 
participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de 
recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros 
recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar 
territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por 
essa exploração." 
 
4) Receita Corrente – Agropecuária: são receitas originárias, com o Estado 
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18 
atuando como empresário, em pé de igualdade como o particular, ou seja, decorrem 
da exploração econômica, por parte do ente público, de atividades agropecuárias, 
tais como a venda de produtos: agrícolas (grãos, tecnologias, insumos etc.); 
pecuários (sêmens, técnicas em inseminação, matrizes etc.); para reflorestamento e 
etc. 
5) Receita Corrente – Industrial: são receitas originárias, provenientes das 
atividades industriais exercidas pelo ente público. Encontram-se nessa classificação 
receitas provenientes de atividades econômicas, tais como: da indústria extrativa 
mineral; da indústria de transformação; da indústria de construção; e outras receitas 
industriais de utilidade pública. 
6) Receita Corrente – Serviços: são receitas decorrentes das atividades 
econômicas na prestação de serviços por parte do ente público, tais como: comércio, 
transporte, comunicação, serviços hospitalares, armazenagem, serviços recreativos, 
cultuais, etc. Tais serviços são remunerados mediante preço público, também 
chamado de tarifa. Exemplos de naturezas orçamentárias de receita dessa origem 
são os seguintes: Serviços Comerciais; Serviçosde Transporte; Serviços Portuários 
etc.. 
7) Receita Corrente – Transferências Correntes: na ótica orçamentária, são 
recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado 
destinados a atender despesas de manutenção ou funcionamento (correntes) 
relacionadas a uma finalidade pública específica, mas que não correspondam a uma 
contraprestação direta em bens e serviços a quem efetuou a transferência. Nas 
Transferências Correntes, podemos citar como exemplos as seguintes espécies: 
Transferências de Convênios: recursos oriundos de convênios, com finalidade 
específica, firmados entre entidades públicas de qualquer espécie, ou entre elas e 
organizações particulares, para realização de objetivos de interesse comum dos 
partícipes e destinados a custear despesas correntes. 
Transferências de Pessoas: compreendem as contribuições e doações que pessoas 
físicas realizem para a Administração Pública. 
8) Receita Corrente – Outras Receitas Correntes: neste título, inserem-se multas 
e juros de mora, indenizações e restituições, receitas da dívida ativa e as outras 
receitas não classificadas nas receitas correntes anteriores. Podemos citar como 
exemplos as seguintes espécies, dentre outras: 
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19 
Receitas de Multas: as multas também são um tipo de receita pública, de caráter não 
tributário, constituindo-se em ato de penalidade de natureza pecuniária aplicado pela 
Administração Pública aos administrados. Dependem, sempre, de prévia cominação 
em lei ou contrato, cabendo sua imposição ao respectivo órgão competente (poder 
de polícia). Conforme prescreve o §4º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964, as multas 
classificam-se como “outras receitas correntes”. Podem decorrer do descumprimento 
de preceitos específicos previstos na legislação pátria, ou de mora pelo não 
pagamento das obrigações principais ou acessórias nos prazos previstos. 
Receitas da Dívida Ativa: são os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária 
ou não tributária, exigíveis em virtude do transcurso do prazo para pagamento. Este 
crédito é cobrado por meio da emissão de certidão de dívida ativa da Fazenda 
pública da União, inscrita na forma da lei, com validade de título executivo. Isso 
confere à certidão da dívida ativa caráter líquido e certo, embora se admita prova em 
contrário. 
 Dívida ativa tributária é o crédito da Fazenda Pública proveniente da 
obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais, atualizações monetárias, 
encargos e multas tributárias. Dívida ativa não tributária corresponde aos demais 
créditos da Fazenda Pública. 
1.1.2.2.2 As receitas de capital, por fonte 
Definidas como o meio financeiro proveniente de constituição de 
dívidas, da conversão em espécie de bens e direitos, assim como os recursos 
recebidos de outras pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado, 
destinadas, precipuamente, a atender gastos classificáveis como despesas de 
capital: 
 1 - operações de crédito; 
 2 - alienação de bens; 
 2 - Receitas de capital 3 - amortização de empréstimos; 
 4 - transferências de capital; 
 5 - outras receitas de capital. 
 
1) Receita de Capital – Operações de crédito internas ou externas: são recursos 
financeiros oriundos da colocação de títulos públicos ou da contratação de 
empréstimos a longo prazo, obtidas junto a entidades públicas ou privadas, internas 
ou externas, destinados ao atendimento de desequilíbrios orçamentários ou ao 
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20 
financiamento de empreendimentos públicos (também chamadas operações de 
crédito orçamentário). 
2) Receita de Capital – Alienação de bens: são ingressos financeiros com origem 
específica na classificação orçamentária da receita proveniente da alienação de 
bens móveis ou imóveis de propriedade do ente público, ou seja, são provenientes 
da venda de bens públicos móveis, imóveis ou semoventes. Nos termos do artigo 44 
da LRF, é vedada a aplicação da receita de capital decorrente da alienação de bens 
e direitos que integrem o patrimônio público, para financiar despesas correntes, 
salvo as destinadas por lei aos regimes previdenciários geral e próprio dos 
servidores públicos. 
3) Receita de Capital – Amortização de empréstimos: são ingressos financeiros 
relativos ao principal e respectivas atualizações monetárias referentes a 
empréstimos concedidos pelo ente público em títulos e contratos a terceiros. 
 Na classificação orçamentária da receita são receitas de capital, 
origem específica "amortização de empréstimos concedidos" e representam o 
retorno de recursos anteriormente emprestados pelo poder público. 
 Embora a amortização de empréstimos seja origem da categoria 
econômica "Receitas de Capital", os juros recebidos, associados a esses 
empréstimos, são classificados em "Receitas Correntes/de Serviços/Serviços 
Financeiros". 
4) Receita de Capital – Transferências de capital: na ótica orçamentária, são 
recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado e 
destinados para atender despesas em investimentos ou inversões financeiras 
(despesas de capital), a fim de satisfazer finalidade pública específica; sem 
corresponder, entretanto, a contraprestação direta ao ente transferidor. 
 Os recursos da transferência ficam vinculados à finalidade pública e 
não a pessoa. Podem ocorrer a nível intragovernamental (dentro do âmbito de um 
mesmo governo) ou intergovernamental (governos diferentes, da União para 
estados, do estado para os municípios, por exemplo), assim como recebidos de 
instituições privadas (do exterior e de pessoas). 
5) Receita de Capital – Outras transferências de capital: são classificadas nessa 
origem as receitas de capital que não atendem às especificações anteriores; ou seja, 
na impossibilidade de serem classificadas nas origens anteriores. 
ORÇAMENTO PÚBLICO 
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21 
1.1.2.3 Classificação institucional 
A classificação institucional da receita objetiva identificar as 
entidades ou unidades orçamentárias que, respondendo pela arrecadação, são 
detentoras das receitas. O fundamento legal da classificação está na disposição 
constitucional, que estabelece que o orçamento fiscal e o da seguridade social se 
referem aos poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da Administração 
direta e indireta. 
Na União, a classificação institucional da receita se divide em: 
 recursos do Tesouro - são as receitas arrecadadas e administradas pelo 
Tesouro, compreendendo os impostos, taxas, contribuições e demais valores 
cuja arrecadação e movimentação são da responsabilidade do Tesouro. São 
subdivididos em recursos ordinários e recursos vinculados. 
 receitas diretamente arrecadadas por órgãos, unidades e fundos da 
administração direta - são os recursos próprios dos órgãos que podem ser 
arrecadados por eles mesmos ou pelo Tesouro; 
 receitas de órgãos, unidades e fundos da administração indireta - são as 
receitas das autarquias, fundações públicas, empresas públicas e os fundos 
que integram o orçamento, mesmo dependente de transferência de recursos 
do Tesouro. 
1.1.2.4 Classificação por fonte de recursos 
A classificação da receita por fontes de recursos não está prevista 
na Lei nº 4.320/1964. Hoje esta classificação da receita é encontrada na 5ª edição 
do Manual da Receita pública (Portaria º 002/2012 - STN/SOF) 
 1. recursos do Tesouro - exercício corrente; 
 2. recursos de outras fontes - exercício corrente; 
 3. recursos do Tesouro - exercícios anteriores; 
 6. recursos de outras fontes - exercícios anteriores; 
 9. recursos condicionados. 
 Os grupos das fontes de recursos 1 e 2 representam os recursos 
arrecadados no exercício, e os grupos 3 e 6 evidenciam as arrecadações de 
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22 
exercícios anteriores. O grupo 9 são os recursos que estão nadependência de 
aprovação legal. 
 A classificação por fontes de recursos é formada por três dígitos, 
sendo o primeiro dígito identificador do grupo e os dois últimos identificam a fonte 
propriamente dita, conforme segue: 
 1 00 
 Especificação das fontes de recursos 
 Grupos de fontes de recursos 
1.2 CODIFICAÇÃO DA NATUREZA DE RECEITA 
O § 1º do art. 8º da Lei nº 4.320/1964 define que os itens da 
discriminação da receita, mencionados no art. 11 dessa lei, serão identificados por 
números de código decimal. Convencionou-se denominar este código de natureza 
da receita. 
Importante destacar que essa classificação é utilizada por todos os 
entes da Federação e visa identificar a origem do recurso segundo o fato gerador: 
acontecimento real que ocasionou o ingresso da receita no cofre público. 
Assim, a natureza de receita é a menor célula de informação no 
contexto orçamentário para as receitas públicas; por isso, contém todas as 
informações necessárias para as devidas alocações orçamentárias. 
A fim de possibilitar identificação detalhada dos recursos que 
ingressam nos cofres públicos, esta classificação é formada por um código numérico 
de 8 dígitos que subdivide-se em seis níveis - 1º Nível: Categoria Econômica, 2º 
Nível: Origem, 3º Nível: Espécie, 4º Nível: Rubrica, 5º Nível: Alínea e 6º Nível: 
Subalínea: 
1º Nível - Categoria Econômica - utilizado para mensurar o impacto das decisões do 
governo na economia nacional (formação de capital, custeio, investimentos etc.). É 
codificada e subdividida da seguinte forma: 
1. Receitas correntes; 
2. Receitas de capital; 
7. Receitas correntes intraorçamentárias; 
8. Receitas de capital intraorçamentárias. 
2º Nível - Origem - identifica a procedência dos recursos públicos, em relação ao 
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23 
fato gerador dos ingressos das receitas (derivada, originárias, transferências e 
outras). É a subdivisão das categorias econômicas, que tem por objetivo identificar a 
origem das receitas, no momento em que as mesmas ingressam no patrimônio 
público. No caso das receitas correntes, tal classificação serve para identificar se as 
receitas são compulsórias (tributos e contribuições), provenientes das atividades em 
que o Estado atua diretamente na produção (agropecuárias, industriais ou de 
prestação de serviços), da exploração do seu próprio patrimônio (patrimoniais), se 
provenientes de transferências destinadas ao atendimento de despesas correntes, 
ou ainda, de outros ingressos. No caso das receitas de capital, distinguem-se as 
provenientes de operações de crédito, da alienação de bens, da amortização dos 
empréstimos, das transferências destinadas ao atendimento de despesas de capital, 
ou ainda, de outros ingressos de capital. 
3º Nível - Espécie - é o nível de classificação vinculado à origem, composto por 
títulos que permitem qualificar com maior detalhe o fato gerador dos ingressos de 
tais receitas. Por exemplo, dentro da origem Receita Tributária (receita proveniente 
de tributos), podemos identificar as suas espécies, tais como impostos, taxas e 
contribuições de melhoria (conforme definido na CF/1988 e no Código Tributário 
Nacional), sendo cada uma dessas receitas uma espécie de tributo diferente das 
demais. É a espécie de receita. 
4º Nível - Rubrica - é o detalhamento das espécies de receita. A rubrica busca 
identificar dentro de cada espécie de receita uma qualificação mais específica. 
Agrega determinadas receitas com características próprias e semelhantes entre si. 
5º Nível - Alínea - funciona como uma qualificação da rubrica. Apresenta o nome da 
receita propriamente dita e que recebe o registro pela entrada de recursos 
financeiros. 
6º Nível - Subalínea - constitui o nível mais analítico da receita. 
Quando, por exemplo, o imposto de renda pessoa física é recolhido 
dos trabalhadores, aloca-se a receita pública correspondente na natureza de receita 
código "1112.04.10", segundo esquema a seguir: 
 
 
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24 
Categoria Econômica 
 Origem 
 Espécie 
 Rubrica 
 Alínea 
 Subalínea 
 
 C O E R AA SS 
 1 1 1 2 04 10 
 
 Pessoas Físicas 
 Impostos sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza 
 Impostos sobre o Patrimônio e a Renda 
 Impostos 
 Receita Tributária 
Receita Corrente 
 Como se depreende do nível de detalhamento apresentado, a 
classificação por natureza é a de nível mais analítico da receita; por isso, auxilia na 
elaboração de análises econômico-financeiras sobre a atuação estatal. 
 O quadro abaixo está a relação resumida dos códigos da natureza 
das receitas conforme Portaria nº 437/2012 - Manual de Contabilidade Aplicada ao 
Setor Público - Volume de Anexos - 5ª edição. 
 
Código Descrição 
1000.00.00 RECEITAS CORRENTES 
1100.00.00 RECEITA TRIBUTÁRIA 
1110.00.00 IMPOSTOS 
1111.00.00 Impostos sobre o Comércio Exterior 
1111.01.00 Imposto sobre a Importação 
1111.02.00 Imposto sobre a Exportação 
1112.00.00 Imposto sobre o Patrimônio e a Renda 
1112.01.00 Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR 
1112.02.00 Imposto sobre a Propriedade Predial Territorial Urbana - IPTU 
1112.04.00 Impostos sobre Renda e Proventos de Qualquer Natureza 
1112.04.10 Pessoas Físicas 
1112.04.20 Pessoas Jurídicas 
1112.05.00 Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores 
1112.07.00 Imposto sobre Transmissão "Causa Mortis" e Doação de Bens e Direitos 
1112.08.00 Imposto sobre Transmissão "Inter Vivos" de Bens Imóveis e Direitos Reais sobre Imóveis - ITBI 
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25 
1113.00.00 Impostos sobre a Produção e a Circulação 
1113.01.00 Imposto sobre Produtos Industrializados 
1113.02.00 Imposto sobre Operações reativas à Circulação de Mercadorias sobre Prestações de Serviços de 
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS 
1113.03.00 Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativos a Títulos ou Valores Mobiliários 
1113.05.00 Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza 
1115.00.00 Impostos Extraordinários 
1120.00.00 TAXAS 
1121.00.00 Taxas pelo Exercício do Poder de Polícia 
1122.00.00 Taxas pela Prestação de Serviços 
1122.28.00 Taxa de Cemitérios 
1122.90.00 Taxa de Limpeza Pública 
1130.00.00 CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA 
1130.01.00 Contribuição de Melhoria para Expansão da Rede de Água Potável e Esgoto Sanitário 
1130.02.00 Contribuição de Melhoria para Expansão da Rede de Iluminação Pública na Cidade 
1130.03.00 Contribuição de Melhoria para Expansão da Rede de Iluminação Pública Rural 
1130.04.00 Contribuição de Melhoria para Pavimentação e Obras Complementares 
1130.99.00 Outras Contribuições de Melhoria 
1200.00.00 RECEITAS DE CONTRIBUIÇÕES 
1210.00.00 CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS 
1210.01.00 Contribuição Social para Financiamento da Seguridade Social 
1220.00.00 CONTRIBUIÇÕES DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO 
1230.00.00 CONTRIBUIÇÃO PARA O CUSTEIO DO SERVIÇO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA 
1300.00.00 RECEITA PATRIMONIAL 
1310.00.00 RECEITAS IMOBILIÁRIAS 
1311.00.00 Alugueis 
1315.00.00 Taxa de Ocupação de Imóveis 
1315.10.00 Taxa de Ocupação de Terrenos da União 
1315.20.00 Taxa de Ocupação de Imóveis Funcionais e Próprios Nacionais Residenciais 
1315.30.00 Taxa de Ocupação de Outros Imóveis 
1319.00.00 Outras Receitas Imobiliárias 
1320.00.00 RECEITA DE VALORES MOBILIÁRIOS 
1321.00.00 Juros de Títulos de Renda 
1322.00.00 Dividendos 
1323.00.00 Participações 
1325.00.00 Remuneração de Depósitos Bancários 
1326.00.00 Remuneração de Depósitos Especiais 
1327.00.00 Remuneração de Saldos de Recursos não Desembolsados 
1328.00.00Remuneração dos Investimentos do Regime Próprio de Previdência do Servidor 
1330.00.00 RECEITA DE CONCESSÕES E PERMISSÕES 
1340.00.00 COMPENSAÇÕES FINANCEIRAS 
1340.01.00 Utilização de Recursos Hídricos - Itaipú 
1340.02.00 Utilização de Recursos Hídricos - Demais Empresas 
1340.03.00 Exploração de Recursos Mineras 
1340.04.00 Royalties pela Exploração de Petróleo ou Gás Natural em Terra - Concessão 
1340.05.00 Royalties pela Produção de Petróleo ou Gás Natural em Plataforma - Concessão 
ORÇAMENTO PÚBLICO 
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26 
1340.06.00 Royalties Excedentes pela Produção de Petróleo ou Gás Natural em Terra - Concessão 
1340.07.00 Royalties Excedentes pela Produção de Petróleo ou Gás Natural em Plataforma - Concessão 
1340.08.00 Participação Especial pela Produção de Petróleo ou Gás Natural - Concessão 
1340.09.00 Receita da Supressão Vegetal no Interior das Florestas Nacionais 
1340.10.00 Receita pela Produção de Petróleo ou Gás Natural - Partilha de Produção 
1350.00.00 RECEITA DECORRENTE DO DIREITO DE EXPLORAÇÃO DE BENS PÚBLICOS EM ÁREAS DE DOMINIO PÚBLICO 
1351.00.00 Receita de Royalties e Participações pela Exploração do Patrimônio Genético 
1352.00.00 Receita de Outorga a Título Oneroso das Atividades de Pesquisa e Lavra de Petróleo e Gás Natural 
1360.00.00 RECEITA DE CESSÃO DE DIREITOS 
1390.00.00 OUTRAS RECEITAS PATRIMONIAIS 
1400.00.00 RECEITA AGROPECUÁRIA 
1410.00.00 RECEITA DA PRODUÇÃO VEGETAL 
1420.00.00 RECEITA DA PRODUÇÃO ANIMAL E DERIVADOS 
1490.00.00 OUTRAS RECEITAS AGROPECUÁRIAS 
1500.00.00 RECEITA INDUSTRIAL 
1510.00.00 RECEITA DA INDÚSTRIA EXTRATIVA MINERAL 
1520.00.00 RECEITA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO 
1530.00.00 RECEITA DA INDÚSTRIA DE CONSTRUÇÃO 
1590.00.00 OUTRAS RECEITAS INDUSTRIAIS 
1600.00.00 RECEITA DE SERVIÇOS 
1600.02.00 Serviços Financeiros 
1600.03.00 Serviços de Transporte 
1600.04.00 Serviços de Comunicação 
1600.05.00 Serviços de Saúde 
1600.13.00 Serviços Administrativos 
1600.13.01 Serviços de Inscrição em Concursos Públicos 
1600.13.02 Serviços de Venda de Editais 
1600.99.00 Outros Serviços 
1700.00.00 TRANSFERÊNCIAS CORRENTES 
1720.00.00 TRANSFERÊNCIAS INTERGOVERNAMENTAIS 
1721.00.00 Transferências da União 
1721.01.00 Participação na Receita da União 
1721.01.01 Cota-Parte do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal - FPE 
1721.01.02 Cota-Parte do Fundo de Participação dos Municípios - FPM 
1721.01.05 Cota-Parte do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR 
1721.01.12 Cota-Parte do Imposto sobre Produtos Industrializados - Estados Exportadores de Produtos 
Industrializados 
1721.01.13 Cota-Parte da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico 
1721.01.32 Cota-Parte do Imposto sobre o Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a 
Títulos ou Valores Mobiliários - Comercialização do Ouro 
1721.22.00 Transferência da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Naturais 
1721.22.11 Cota-Parte da Compensação Financeira de Recursos Hídricos 
1721.22.20 Cota-Parte da Compensação Financeira de Recursos Minerais - CFEM 
1721.22.30 Cota-Parte Royalties - Compensação Financeira pela Produção de Petróleo - Lei nº 
7.990/89 
1721.22.40 Cota-Parte Royalties pelo Excedente da Produção do Petróleo - Lei nº 9.478/97 art. 49, I e II 
1721.22.50 Cota-Parte Royalties pela Participação Especial - Lei nº 9.478/97 art. 50 
ORÇAMENTO PÚBLICO 
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27 
1721.22.70 Cota-Parte do Fundo Especial do Petróleo - FEP 
1721.22.90 Outras Transferências decorrentes de Compensação Financeira pela Exploração de 
Recursos Naturais 
1721.33.00 Transferência de Receitas do Sistema Único de Saúde - SUS - Repasse Fundo a Fundo 
1721.34.00 Transferência de Receitas do Fundo Nacional de Assistência Social - FNAS 
1721.35.00 Transferência de Recursos do Fundo Nacional da Educação - FNDE 
1721.35.01 Transferências do Salário-Educação 
1721.35.02 Transferências Diretas do FNDE referentes ao Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE 
1721.35.03 Transferências Diretas do FNDE referentes ao Programa Nacional de Alimentação - PNAE 
1721.35.04 Transferências Diretas do FNDE referentes ao Programa Nacional de Apoio ao Transporte 
Escolar - PNATE 
1721.35.99 Outras Transferências Diretas do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação - FNDE 
1721.36.00 Transferência Financeira do ICMS - Desoneração - LC nº 87/96 
1721.37.00 Transferências a Consórcios Públicos 
1721.99.00 Outras Transferências da União 
1722.00.00 Transferências dos Estados 
1722.01.00 Participação na Receita dos Estados 
1722.01.01 Cota-Parte do ICMS 
1722.01.02 Cota-Parte do IPVA 
1722.01.04 Cota-Parte do IPI sobre Exportação 
1722.01.13 Cota-Parte da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE 
1722.01.99 Outras Participações na Receita dos Estados 
1722.22.00 Transferência da Cota-Parte da Compensação Financeira (25%) 
1722.33.00 Transferência de Recursos do Estado para Programas da Saúde - Repasse Fundo a Fundo 
1722.37.00 Transferências a Consórcios Públicos 
1722.99.00 Outras Transferências dos Estados 
1723.00.00 Transferências dos Municípios 
1723.01.00 Transferência dos Recursos do Sistema Único de Saúde - SUS 
1723.37.00 Transferências a Consórcios Públicos 
1723.99.00 Outras Transferências dos Municípios 
1724.00.00 Transferências Multigovernamentais 
1724.01.00 Transferências de Recursos do FUNDEB 
1724.02.00 Transferências de Recursos da Complementação da União ao FUNDEB 
1724.99.00 Outras Transferências Multigovernamentais 
1730.00.00 TRANSFERÊNCIAS DE INSTITUIÇÕES PRIVADAS 
1740.00.00 TRANSFERÊNCIAS DO EXTERIOR 
1750.00.00 TRANSFERÊNCIAS DE PESSOAS 
1760.00.00 TRANSFERÊNCIAS DE CONVÊNIOS 
1761.00.00 Transferências de Convênios da União e suas Entidades 
1762.00.00 Transferência de Convênios dos Estados e do Distrito Federal e de suas Entidades 
1763.00.00 Transferência de Convênios dos Municípios e suas Entidades 
1764.00.00 Transferências de Convênios de Instituições Privadas 
1765.00.00 Transferências de Convênios do Exterior 
1770.00.00 Transferências para o Combate à Fome 
1900.00.00 OUTRAS RECEITAS CORRENTES 
1910.00.00 MULTAS E JUROS DE MORA 
ORÇAMENTO PÚBLICO 
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28 
1911.00.00 Multas e Juros de Mora dos Tributos 
1911.01.00 Multa de Juros de Mora sobre a Importação 
1911.02.00 Multas e Juros de Mora - Imposto de Renda e Proventos de Qualquer Natureza 
1911.02.01 Multas e Juros de Mora do Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas 
1911.02.02 Multas e Juros de Mora do Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas 
1911.02.03 Multas e Juros de Mora do Imposto sobre a Renda Retido nas Fontes 
1911.99.00 Multas e Juros de Mora de Outros Tributos 
1912.00.00 Multas e Juros de Mora das Contribuições 
1913.00.00 Multas e Juros de Mora da Dívida Ativa Tributos 
1913.11.00 Multas e Juros de Mora da Dívida Ativa IPTU 
1913.12.00 Multas e Juros de Mora da Dívida Ativa ITBI 
1913.13.00 Multas e Juros de Mora da Dívida Ativa ISSQN 
1913.35.00 Multas e Juros de Mora da Dívida Ativa Taxa da Vigilância Sanitária 
1913.98.00 Multas e Juros de Mora da Dívida Ativa Contribuições de Melhoria 
1913.99.00 Multas e Juros de Mora da Dívida Ativa Outros Tributos 
1914.00.00 Multas e Juros de Mora da Dívida Ativa das Contribuições 
1915.00.00 Multas e Juros de Mora da Dívida Ativa de Outras Receitas 
1918.00.00 Multas e Juros de Mora de Outras Receitas 
1919.00.00 Multas de Outras Origens 
1920.00.00 INDENIZAÇÕES E RESTITUIÇÕES 
1921.00.00 Indenizações 
1922.00.00 Restituições 
1930.00.00RECEITA DA DÍVIDA ATIVA 
1931.00.00 Receita da Dívida Ativa Tributária 
1931.11.00 Receita da Dívida Ativa do IPTU 
1931.12.00 Receita da Dívida Ativa do ITBI 
1931.13.00 Receita da Dívida Ativa do ISSQN 
1931.35.00 Receita da Dívida Ativa Taxa de Fiscalização Sanitária 
1931.98.00 Receita da Dívida Ativa das Contribuições de Melhorias 
1931.99.00 Receita da Dívida Ativa de Outros Tributos 
1932.00.00 Receita da Dívida Ativa não Tributária 
1932.11.00 Receita da Dívida Ativa de Alugueis 
1932.12.00 Receita da Dívida Ativa de Foros 
1932.13.00 Receita da Dívida Ativa de Taxa de Ocupação 
1932.14.00 Receita da Dívida Ativa de Arrendamento 
1932.15.00 Receita da Dívida Ativa de Laudêmios 
1932.16.00 Receita da Dívida Ativa de Outras Contribuições 
1932.99.00 Receita da Dívida Ativa Não Tributária de Outras Receitas 
1990.00.00 RECEITAS DIVERSAS 
2000.00.00 RECEITAS DE CAPITAL 
2100.00.00 OPERAÇÕES DE CRÉDITO 
2110.00.00 OPERAÇÕES DE CRÉDITO INTERNOS 
2111.00.00 Títulos de Responsabilidade do Tesouro 
2112.00.00 Obrigações do Fundo Nacional Desenvolvimento - FND 
2113.00.00 Empréstimos Compulsórios 
2114.00.00 Operações de Crédito Internos - Contratuais 
ORÇAMENTO PÚBLICO 
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29 
2114.01.00 Operações de Crédito Internos para Programas de Educação 
2114.02.00 Operações de Crédito Internos para Programas de Saúde 
2114.03.00 Operações de Crédito Internos para Programas de Saneamento Básico 
2114.04.00 Operações de Crédito Internos para Programas de Meio Ambiente 
2114.05.00 Operações de Crédito Internos para Programas de Modernização da Administração Pública 
2114.06.00 Operações de Crédito Internos para Refinanciamento da Dívida Contratual 
2114.07.00 Operações de Crédito Internos para Programas de Moradia Popular 
2114.99.00 Outras Operações de Crédito Internos - Contratuais 
2119.00.00 Outras Operações de Crédito Internos 
2120.00.00 OPERAÇÕES DE CRÉDITO EXTERNOS 
2122.00.00 Títulos de Responsabilidade do Tesouro 
2123.00.00 Operações de Crédito Externos - Contratuais 
2129.00.00 Outras Operações de Crédito Externos 
2200.00.00 ALIENAÇÃO DE BENS 
2210.00.00 ALIENAÇÃO DE BENS MÓVEIS 
2220.00.00 ALIENAÇÃO DE BENS IMÓVEIS 
2300.00.00 AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS 
2400.00.00 TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL 
2420.00.00 TRANSFERÊNCIAS INTERGOVERNAMENTAIS 
2421.00.00 Transferências da União 
2422.00.00 Transferências dos Estados 
2423.00.00 Transferências dos Municípios 
2430.00.00 TRANSFERÊNCIAS DE INSTITUIÇÕES PRIVADAS 
2440.00.00 TRANSFERÊNCIAS DO EXTERIOR 
2450.00.00 TRANSFERÊNCIAS DE PESSOAS 
2460.00.00 TRANSFERÊNCIAS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS 
2470.00.00 TRANSFERÊNCIAS DE CONVÊNIOS 
2480.00.00 TRANSFERÊNCIAS PARA O COMBATE À FOME 
2500.00.00 OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL 
2520.00.00 INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL SOCIAL 
2550.00.00 RECEITA DA DÍVIDA ATIVA PROVENIENTE DE AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS 
2590.00.00 OUTRAS RECEITAS 
5000.00.00 TRANSFERÊNCIAS FINANCEIRAS RECEBIDAS 
5100.00.00 Repasses Recebidos 
5100.01.00 Câmara Municipal 
7000.00.00 RECEITAS CORRENTES INTRA-ORÇAMENTÁRIAS 
7100.00.00 RECEITA TRIBUTÁRIA INTRA-ORÇAMENTÁRIA 
7200.00.00 RECEITAS DE CONTRIBUIÇÕES INTRA-ORÇAMENTÁRIAS 
7210.00.00 CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS - INTRA-ORÇAMENTÁRIAS 
7300.00.00 RECEITA PATRIMONIAL INTRA-ORÇAMENTÁRIA 
7400.00.00 RECEITA AGROPECUÁRIA INTRA-ORÇAMENTÁRIA 
7500.00.00 RECEITA INDUSTRIAL INTRA-ORÇAMENTÁRIA 
7600.00.00 RECEITA DE SERVIÇOS INTRA-ORÇAMENTÁRIOS 
7900.00.00 OUTRAS RECEITAS CORRENTES INTRA-ORÇAMENTÁRIAS 
8000.00.00 RECEITAS DE CAPITAL INTRA-ORÇAMENTÁRIAS 
8100.00.00 OPERAÇÕES DE CRÉDITO - OPERAÇÕES INTRA-ORÇAMENTÁRIOS 
ORÇAMENTO PÚBLICO 
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30 
8200.00.00 ALIENAÇÃO DE BENS - OPERAÇÕES INTRA-ORÇAMENTÁRIAS 
8300.00.00 AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS - OPERAÇÕES INTRA-ORÇAMENTÁRIAS 
8500.00.00 OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL - OPERAÇÕES INTRA-ORÇAMENTÁRIAS 
9000.00.00 DEDUÇÕES DA RECEITA CORRENTE 
9112.05.00 Dedução da Receita de IPVA para a formação do FUNDEB 
9113.02.00 Dedução da Receita de ICMS para a formação do FUNDEB 
9721.01.00 Dedução da Receita de Transferências da União 
9712.01.01 Dedução da Receita para Formação do FUNDEB - FPE 
9712.01.02 Dedução da Receita do FPM - FUNDEB e Redutor Financeiro 
9712.01.05 Dedução da Receita para Formação do FUNDEB - ITR 
9721.01.12 Dedução da Receita para Formação do FUNDEB - IPI Exportação 
9721.36.00 Dedução da Receita para Formação do FUNDEB - ICMS Desoneração - LC nº 87/1996 
9722.01.00 Dedução das Receitas de Transferência dos Estados 
9722.01.01 Dedução da Receita para Formação do FUNDEB - ICMS 
9722.01.02 Dedução da Receita para Formação do FUNDEB - IPVA 
9722.01.04 Dedução da Receita para Formação do FUNDEB - IPI Exportação 
 
1.3 ESTÁGIOS DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA 
A realização da receita pública é feita mediante processo técnico-
administrativo que envolve uma série de atividades, desenvolvidas pelos órgãos de 
planejamento, execução e controle dos entes governamentais, agrupadas em quatro 
estágios ou fases, que são: previsão (fase de planejamento a receita), lançamento, 
arrecadação e recolhimento (fases da execução da receita), definidos na forma 
descrita a seguir: 
1.3.1 Previsão 
A previsão da receita, também conhecida como receita orçada, é a 
estimativa de quanto se espera arrecadar durante o exercício financeiro. Com base 
na estimativa da receita, o governo planeja e define os gastos que comporão a Lei 
Orçamentária Anual (LOA). 
A previsão começa com as definições das estimativas da receita, no 
momento de elaboração da proposta da LOA, e encerra-se com o lançamento fiscal. 
A LRF trouxe, em seu art. 12, algumas regras que deverão ser 
adotadas quando da elaboração da previsão da receita: 
 observarão das normas técnicas e legais; 
 observarão as indicações contidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 
respectiva; 
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31 
 considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de 
preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante; e 
 serão acompanhadas de demonstrativo de evolução nos últimos três anos, da 
projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, bem como da 
metodologia utilizada e das premissas utilizadas. 
1.3.2 Lançamento 
Em conformidade com o art. 52 da Lei nº 4.320/1964, as receitas 
previstas, referentes a impostos diretos e quaisquer outras rendas com vencimento 
determinado em lei, regulamentos ou contratos, sofrerão lançamentos. 
Ainda o art. 53, da citada lei, define lançamento como "ato da 
repartição competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que 
lhe é devedora e inscreve o débito desta". 
Porém, alguns autores, dentre eles Giacomoni, 2005, entendem que 
esses arts. se tornaram ultrapassados, pela maior amplitude dada pelo art. 142 e 
seguintes, da Lei nº 5.172/1966, que regula com maior amplitude a fase de 
lançamento, conforme segue: 
"Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o 
crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento 
administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação 
correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do 
tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação 
da penalidade cabível." 
 Contudo, para efeitos de concurso, é bom conhecer as definições 
constantes dos arts. 52 e 53 da lei citada. 
 Assim, o estágio do lançamento consiste no procedimento 
administrativo em que se verifica a procedência do crédito fiscal, quem e quando se 
deve pagar e inscreve em débito o contribuinte, ou seja, corresponde ao ato 
praticado pelos agentesda repartição competente referente à verificação da 
procedência do crédito fiscal e a pessoa física ou jurídica que lhe é devedora, 
inscrevendo-o no Sistema Orçamentário do respectivo ente da Federação, mediante 
lançamentos contábeis específicos. 
 O procedimento do lançamento é feito após qualificação e 
reconhecimento da matéria como tributável; realização do cálculo do imposto; 
identificação do sujeito passivo; e notificação. 
 O Código Tributário Nacional (CTN) prevê as seguintes modalidades 
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32 
de lançamento: 
 lançamento direto ou de ofício - é o unilateralmente feito pela autoridade 
administrativa; 
 lançamento por declaração ou misto - é feito pela autoridade administrativa 
com a colaboração do contribuinte ou de uma terceira pessoa obrigada por lei 
a prestar informações; 
 lançamento por homologação ou autolançamento - é feito diretamente pelo 
próprio contribuinte, sendo verificado, posteriormente, pela Administração 
Pública. 
 As importâncias relativas a tributos, multas e outros créditos da 
Fazenda Pública, lançadas mas não cobradas ou não recolhidas no exercício de 
origem, constituem dívida ativa a partir de sua inscrição pela repartição competente. 
A dívida ativa compreende os créditos líquidos e certos que a Fazenda Pública tem a 
receber de terceiros. 
 Portanto, pode-se concluir que somente as receitas tributárias 
apresentarão o lançamento como estágio da receita; conquanto isso torne 
compreensível o posicionamento de alguns doutrinadores, sobre o lançamento não 
ser um estágio da receita, deve-se levar em conta, para efeito de concurso, o 
posicionamento das bancas examinadoras que entendem que dentre as receitas 
orçamentárias a mais expressiva é a receita de tributos - impostos, taxas e 
contribuições - admitindo-se, portanto, falar em lançamento como estágio da receita. 
1.3.3 Arrecadação 
A arrecadação e o recolhimento são estágios de execução da 
receita. 
A arrecadação é o momento em que os contribuintes comparecem 
perante os agentes arrecadadores, tesoureiros, coletores ou por terceiros, 
credenciados pelo Estado, como os estabelecimentos bancários e realizam o 
pagamento dos seus tributos ou outros débitos para com o Estado. 
Considerando que o art. 35 da Lei nº 4.320/1964 define que 
pertencem ao exercício financeiro as receitas nele legalmente arrecadadas, conclui-
se que é no momento da arrecadação que se inicia a realização da receita. Dessa 
forma, em atendimento ao regime de caixa adotado pela contabilidade pública para 
ORÇAMENTO PÚBLICO 
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33 
o registro da receita, somente no momento da arrecadação, segundo estágio da 
receita, é que deverá ocorrer a sua contabilização. 
A contabilidade pública apresenta diversas particularidades, dentre 
as quais, podemos citar o regime contábil misto, desta forma adota-se o regime de 
caixa para a receita e o regime de competência para a despesa. No âmbito do 
estudo da receita é importante saber que diferentemente da contabilidade privada, a 
contabilidade pública adota o regime de caixa para a receita, e que a inscrição da 
dívida ativa constitui exceção ao regime de caixa da receita. 
Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não 
tributária, serão escriturados como receita do exercício em que forem arrecadados, 
nas respectivas rubricas orçamentárias. 
1.3.4 Recolhimento 
Consiste na entrega do produto da arrecadação pelos agentes 
arrecadadores, públicos ou privados, diretamente aos cofres públicos constituídos 
por contas bancárias mantidas pelo ente público em banco oficial. 
O recolhimento de todas as receitas deve ser feito com a 
observância do princípio da unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmentação 
para a criação de caixas especiais (art. 56 da Lei nº 4.320/1964). 
A realização efetiva da receita pública dá-se no instante do 
recolhimento ao Tesouro, pelos agentes arrecadadores, públicos ou privados, dos 
valores financeiros disponíveis na rede de arrecadação. Todavia, o registro da 
receita orçamentária é procedido no momento da arrecadação. 
1.3.5 Dívida ativa (art. 39 da Lei nº 4.320/1964 e Portaria nº 564/2004 da STN) 
A dívida ativa constitui-se em um conjunto de direitos ou créditos de 
natureza tributária ou não tributária, em favor da Fazenda Pública, com prazos 
estabelecidos na legislação pertinente, vencidos e não pagos pelos devedores, ou 
seja, são os créditos da Fazenda exigíveis pelo transcurso do prazo para 
pagamento. 
Dívida ativa são os créditos da Fazenda Pública, vencidos e não 
arrecadados. 
Dívida ativa tributária: é o crédito da Fazenda Pública, proveniente da obrigação 
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34 
legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas. 
Dívida ativa não tributária: são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os 
provenientes de empréstimos compulsórios; contribuições estabelecidas em lei; 
multas de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias; foros, laudêmios; 
alugueis ou taxas de ocupação; custas processuais; preços de serviços prestados 
por estabelecimentos públicos; indenizações; reposições; alcances dos responsáveis 
definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em 
moeda estrangeira, de sub-rogação de hipoteca, aval ou outras garantias de 
contratos em geral ou de outras obrigações legais. 
 Esses créditos somente serão inscritos, na forma da legislação 
própria, como dívida ativa depois de apurada a sua liquidez e certeza. Essa certeza 
não é absoluta, é relativa, ou seja, admite prova em contrário por parte do sujeito 
passivo, contribuinte de fato ou de direito. 
 O § 5º do art. 39 da Lei nº 4.320/1964 determina que a dívida ativa 
será apurada e inscrita na Procuradoria da Fazenda Nacional e por força da 
CF/1988, na União a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional - PGFN - é 
responsável pela apuração da liquidez e certeza dos créditos da União tributários ou 
não; já a LC nº 73 atribuiu aos órgãos jurídicos das autarquias e fundações públicas 
a mesma competência em relação a sua dívida ativa. 
 A inscrição da dívida ativa é um fato de natureza extraorçamentária 
e provoca aumento no patrimônio líquido representado por uma conta de variação 
patrimonial aumentativa, como uma superveniência ativa (acréscimo patrimonial). 
 Na demonstração das variações patrimoniais - DVP, a inscrição da 
dívida ativa é classificada do lado das variações ativas, no grupo de receitas 
extraorçamentárias, subgrupo das interferências ativas, na conta acréscimo 
patrimonial. 
 Depois de inscrita a dívida ativa na respectiva repartição pública, 
esse direito poderá ser recebido ou cancelado. Caso a dívida ativa seja recebida, ela 
será escriturada como receita orçamentária corrente em rubrica própria, mais 
precisamente como "Outras Receitas Correntes", desdobradas em tributárias e não 
tributárias. Em decorrência do recebimento da receita da dívida ativa será 
necessário registrar a baixa do direito, cujo título é divida ativa - a baixa desse direito 
será um fato orçamentário, uma mutação patrimonial. 
ORÇAMENTO PÚBLICO 
Profª Amanda Cristina Lisot 
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 Caso ocorra o cancelamento, anistia, ou quaisquer outros valores 
que representem diminuição dos valores originalmente inscritos em dívida ativa, mas 
não decorram do efetivo recebimento, o direito será baixado como desincorporação 
extraorçamentária, provocando redução no patrimônio líquido representado por uma 
conta de variação patrimonial diminutiva, ou seja, um decréscimo patrimonial. 
 Vamos demonstrar o processo da dívida ativa de forma prática para 
facilitar o entendimento: 
1º - Demonstração do patrimônio antes de qualquer fato relativo à dívida ativa: 
ATIVO PASSIVO 
Bens 100,00 Obrigações 50,00 
Direitos 50,00 Patrimônio 100,00 
 Outros Direitos 50,00 
TOTAL 150,00 TOTAL 150,00 
2º - Inscrição da

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