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Reação I_ Tabu alimentar

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE 
DO NORTE 
CAMPUS PAU DOS FERROS 
 
 
COMPONENTE CURRICULAR:​ 0164​ - ​SOCIOLOGIA​ II 
DOCENTE: ​GILSON JOSE RODRIGUES JUNIOR 
TURMA:​ 2º ANO DE ALIMENTOS TURNO:​ MATUTINO 
DISCENTE:​ INGRID RAYANNY CORREIA LIRA DATA:​ 29/05/2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REAÇÃO I : DEUS ME DISSE PRA NÃO COMER 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PAU DOS FERROS - RN 
2019 
 
 
Durante o bimestre anterior,foram lidos e reagidos diversos textos,os quais mesmo 
se expressando através de lentes e filtros diferentes,debatiam sobre o mesmo vasto, 
indefinível,e complexo termo: Cultura. Não de forma diferente,o primeiro texto desse 
bimestre, o qual se chama "Tabu alimentar", é uma continuação da discussão sobre essa 
polêmica palavra,que comumente é julgada e interpretada de forma errônea. 
Direcionado a América, o texto “Tabu alimentar”, como o próprio título já diz, fala 
sobre o tabu acerca dos alimentos, focando principalmente na carne animal, já que os 
indivíduos americanos possuem um modelo de refeição onde a carne atua como elemento 
central, e os carboidratos e legumes como apoios periféricos. Além de investigar e 
comprovar os motivos para tal censura alimentícia. Ao ouvir a palavra carne, 
automaticamente nos vem a mente a imagem de um enorme e suculento bife bovino, ou uma 
saborosa costela de porco assada, e,quem sabe até uma coxa de frango bem temperada. Mas, 
não existem apenas esses animais disponíveis para o consumo humano, certo? A França 
come coelhos,o Alasca come renas,o Ocidente come camelos,a China come 
gatos...Então,porque em alguns países, e especificamente nos americanos, como o Brasil, o 
consumo de certos animais, em questão o cachorro, e o cavalo, são tão condenados, 
colocando esses animais em uma posição inviolável, mesmo possuindo um enorme valor 
nutricional?! 
Muitos são os motivos pelos quais as pessoas não aderem tais hábitos alimentares . 
Religiosos, culturais, e, até mesmo por questões de saúde. Neste caso em específico, é 
impossível não falar sobre a interferência da religiosidade. Não é de hoje, mas desde a 
invasão de 1500 - não se chama de descoberta aquilo que já se foi descoberto- que a igreja 
católica possui uma demasiada influência sobre nós, dominando todas as nossas práticas e 
costumes, mesmo que não percebamos, e mesmo que não sejamos adeptos ao catolicismo. 
A bíblia, a qual é o livro sagrado da referida religião, diz que: [...] ​Os animais que podem 
servir para a alimentação são os que têm o casco fendido e que ruminam. ​[...]. A partir da 
escritura de um livro, da credibilidade que a população maioral (já que o número de 
católicos é profuso) o dá, e da pregação, e julgamento, por ela feita, uma sociedade inteira é 
regida por determinados tabus, os quais costumam nem saber as origens e preceitos, sendo 
influenciadas indireta ou diretamente, a adquirir ou não certos hábitos. 
No texto, há uma citação de Gallagher, que diz que: “Cavalos foram feitos para 
serem amados e cavalgados”. E quanto aos outros seres? A vaca foi feita para dar leite, a 
 
galinha para botar ovos, o porco para consumir o lixo orgânico...E assim seguidamente. O 
que quero dizer, é que seguindo essa lógica de função social/natural, cada animal possui a 
sua, e se faz, portanto, incogitável ao consumo humano. No entanto, seria o mesmo que 
dizer que uma cadeira é uma cadeira por ter sido feita para sentar. Nada possui tamanho 
rótulo, que o priorize, ou o despreze. Quem somos nós, nos considerando dignos o suficiente 
para protestar a favor da vida de cachorros e cavalos, e assassinar bois e porcos? Quais são 
os nossos princípios? 
Por fim, vejo a necessidade de ressaltar que não estou me posicionando a favor, ou 
contra a pauta aqui discutida, nem tão pouco menosprezando a religião daqueles que creem. 
Estou me posicionando de tal forma a questionar e instigar o porque fazemos o que 
fazemos. É porque queremos, porque somos assim, ou porque crescemos sendo ensinados 
assim?!

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