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Práticas Integrativas e Complementares na Assistência ao Trabalho de Parto v2 0

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12
Práticas integrativas e complementares na assistência ao trabalho de parto
Tatiane Novelli Moreno [footnoteRef:1] [1: Aluna de Pós-Graduação em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, na Universidade Cruzeiro do Sul.] 
Karina Abe [footnoteRef:2][footnoteRef:3] [2: Orientadora de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde da Universidade Cruzeiro do Sul.
] [3: ] 
Resumo 
Este artigo trata-se de uma revisão bibliográfica com o objetivo de documentar e informar sobre as possíveis Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) que podem ser utilizadas durante o trabalho de parto e nascimento, dando ênfase aos métodos não farmacológicos para alívio da dor e promoção do bem-estar físico, mental e emocional da mulher, mantendo um cenário humanizado, isto é, tornando a mulher protagonista de seu próprio parto, com uma equipe multidisciplinar e com medicina baseada em evidências. Dessa forma, podemos dizer que as PICS podem reduzir o uso de procedimentos farmacológicos e intercorrências desnecessárias durante todos os estágios do trabalho de parto e pós-parto imediato.
Palavras-chave: trabalho de parto, parto humanizado, saúde da mulher, terapias integrativas, práticas integrativas e complementares.
ABSTRACT
This article is a bibliographic review with the objective of documenting and informing about possible Integrative and Complementary Health Practices (PICS) that can be used during labor and birth, emphasizing non-pharmacological methods for pain relief and promotion of the woman's physical, mental and emotional well-being, maintaining a humanized scenario, that is, making the woman the protagonist of her own labor, with a multidisciplinary team and with evidence-based medicine. Thus, we can say that PICS can reduce the use of pharmacological procedures and unnecessary complications during all stages of labor and immediate postpartum.
Keywords: be in labor, humanized delivery assistance, women's health, integrative therapies, integrative and complementary therapies.
1. iNTRODUÇÃO
Essa revisão bibliográfica visa centralizar informações relevantes sobre as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) que podem ser utilizadas durante o trabalho de parto e puerpério, de acordo com a fisiologia física e hormonal de cada uma das fases, contribuindo para a obstetrícia humanizada e promovendo o aumento da possibilidade de partos acontecerem de forma natural, reduzindo possíveis intercorrências e o uso de métodos farmacológicos para analgesia.
Tais práticas integrativas são tratamentos que utilizam recursos terapêuticos que podem ser baseados em conhecimentos tradicionais ou em evidências científicas, que podem ser utilizadas para prevenir doenças de cunho físico e emocional, também podendo ser utilizadas como tratamento paliativo em algumas doenças crônicas (BRASIL).
Na obstetrícia, as PICS podem ser utilizadas por doulas e outros profissionais da área da saúde, podendo ser associadas a massagens ou combinadas entre si, com o objetivo de proporcionar conforto e bem-estar para a parturiente.
Durante o puerpério a dupla mãe e bebê podem ser beneficiados com as PICS. Segundo o Ministério da Saúde (MS), atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece 29 procedimentos de PICS à população de forma integral e gratuita (BRASIL, 2006).
Ainda de acordo com o MS, evidências científicas têm mostrado os benefícios do tratamento integrado entre medicina convencional e as PICS e o número de profissionais capacitados e habilitados segue em número crescente, aumentando a valorização dos conhecimentos tradicionais de onde se originam grande parte dessas práticas. No entanto, ainda é necessário investimento na formação de profissionais para que as PICS sejam disseminadas e aplicadas nas diversas regiões do país.
Assim, essa revisão bibliográfica tem o objetivo de destacar as PICS que podem ser aplicadas ao trabalho de parto, de forma a manter uma abordagem humanizada, facilitando o trabalho de parto, naturalmente.
2. Desenvolvimento do artigo
 	Entende-se como humanização do parto o modelo de assistência onde são respeitados os três pilares: protagonismo da mulher; equipe interdisciplinar e não só médica, colaborando com a visão psicológica, biológica, fisiológica, espiritual etc.; e medicina baseada em evidências. Portanto, podemos concluir que as PICS podem pertencer aos 3 pilares simultaneamente.
O trabalho de parto é um conjunto de alterações fisiológicas de intensidade e frequência crescente, resultando na dilatação progressiva do colo uterino, que ocorrem em um período, com objetivo do nascimento do feto. (Cherobin et al., 2016)
A fisiologia do trabalho de parto difere-se em estágios diferentes, para que as PICS possam ser corretamente aplicadas, é importante identificar qual o atual estágio atual do trabalho de parto em questão, para que seus benefícios passem a ser maximizados, proporcionando maior conforto e bem-estar para a parturiente.
2.1. estágios do trabalho de parto 
2.1.1. Pródomos
Os pródomos indicam que o trabalho de parto pode estar perto de acontecer, mas ainda não iniciou. Trata-se de um “ensaio geral” do corpo. Nessa etapa ocorrem contrações, porém irregulares e curtas, com frequência acima de 5 minutos e duração menor que 45 segundos. Ainda não há dilatação nessa fase, pode durar muitas horas e até dias. Algumas mulheres podem sentir essa fase mais intensamente, mas ainda conseguem repousar em alguns momentos.
Normalmente se intensifica durante a madrugada e acalma ao amanhecer. (Garbulho, 2018)
2.1.2. Fase Latente 
Fase longa e pouco produtiva, pois quase não há dilatação, embora as contrações se intensifiquem mais que nos pródomos. Mulheres relatam dor lombar que irradia para o baixo vente e vice-versa. Acontecem alterações no colo do útero que se torna pérvio e anteriorizado, podendo iniciar a dilatação. As contrações passam a durar mais de 45 segundos, porém ainda podem acontecer com intervalos irregulares. Nessa etapa a mulher ainda consegue conversar e se concentrar em outras atividades. (Garbulho, 2018)
2.1.3. Fase Ativa
Geralmente nessa fase a dilatação está com mais de 4 cm, as contrações tornam-se fortes e com intervalos regulares. Nessa etapa a mulher não conversa mais e precisa de ajuda para se concentrar, não conversa mais entre as contrações, refere cansaço, prefere um ambiente mais calmo e ficar de olhos fechados. É a melhor fase para ir para a maternidade. (Garbulho, 2018)
2.1.4. Transição
Normalmente é o período mais difícil do trabalho de parto. A dilatação varia entre 8 e 10 cm. Nessa fase podem ocorrer náuseas, vômitos, suor. A mulher prefere ficar introspectiva. (Garbulho, 2018)
2.1.5. Expulsivo
Nessa etapa a dilatação do colo do útero torna-se completa (10 cm) e as contrações tornam-se mais espaçadas. A mulher pode referir vontade de fazer força involuntariamente, sono, podendo cochilar entre as contrações. O tempo pode variar de acordo com o tamanho e posição do bebê, diâmetro pélvico da mãe e da elasticidade e tensão da musculatura do períneo, podendo durar minutos ou horas. Durante a expulsão, o corpo do bebê em posição cefálica apresentará a cabeça, na sequência fará a rotação e apresentará ombro anterior, seguido do ombro posterior para então apresentar o resto do corpo. (Garbulho, 2018)
2.1.6. Dequitação da Placenta
Nesse estágio as contrações são mais espaçadas e menos dolorosas. A duração média é de 5 a 30 minutos. Ocorre sangramento vaginal contínuo em pequena quantidade. Após a dequitação a equipe médica deve avaliar a placenta e membranas ovulares para se certificar que não há restos intrauterinos. (Garbulho, 2016)
2.2. PICS Aplicadas DURANTE O Trabalho de Parto
São muitas as possibilidades de práticas integrativas que podem ajudar a mulher durante o trabalho do parto. Nessa revisão bibliográfica focaremos em algumas mais comuns, sendo elas:
2.2.1. Cromoterapia
A cromoterapia é a prática aplicada através da vibração das cores, mais comumente aplicada com luzes coloridas no ambiente ou instrumentos para aplicação localizada.No trabalho de parto, podemos assumir algumas cores com suas indicações e contraindicações (Barbieri et al., 2015):
Vermelho
Indicação: Estimula as contrações da musculatura estriada.
Contraindicações: Febre, taquicardia e hipertensão. Tensão emocional excessiva.
Laranja
Indicação: Estimula o processo mental, ajudando na tomada de decisões, podendo melhorar o humor e empoderamento do ato de parir.
Contraindicações: Não utilizar em caso de trombose.
Amarelo
Indicação: Pode reduzir levemente produção de ácidos gástricos, diminuindo enjoos.
Contraindicações: Inflamações, gastrite e úlcera.
Verde
Indicação: Tranquiliza e acalma sem desacelerar o processo do trabalho de parto. Revigorante, contribuindo para a parturiente ter a força necessária. Pode auxiliar na dilatação do colo uterino, promovendo leves contrações dos músculos involuntários. Regulariza a pressão arterial.
Contraindicações: Evitar nos momentos de fadiga intensa, pois pode acentuar o cansaço da parturiente.
Azul
Indicação: Promove analgesia, reduz a pressão arterial e o ritmo respiratório. Acalma e auxilia na vocalização durante as contrações. Inibe a descarga de adrenalina, consequentemente melhorando o fluxo de ocitocina.
Contraindicações: Não possui contraindicações que se destacam durante o trabalho de parto.
Índigo
Indicação: Colabora para um estado meditativo, auxiliando na aceitação e entendimento do processo, sendo a melhor cor a ser usada na fase de transição. 
Contraindicações: Não há.
Violeta
Indicação: Trabalho de parto prolongado. Auxilia na regeneração do sistema nervoso e controla a irritabilidade.
Contraindicações: Em caso de hipoglicemia. Devido ao efeito sobre o sistema nervoso simpático e parassimpático, existe uma pequena possibilidade de espaçar as contrações, desacelerando do trabalho de parto.
Assim sendo, um exemplo para utilização da cromoterapia durante o trabalho de parto, de acordo com cada estágio, seria aplicar na região ventral e lombar a cor vermelha na fase latente para auxiliar no desenvolvimento das contrações, laranja na fase ativa para melhorar o humor e empoderamento, amarelo na região do estômago em caso de náuseas e índigo no ambiente na fase de transição, para trabalhar a aceitação. Ainda na fase de transição e na fase expulsiva aplicar azul na região ventral e lombar para promover analgesia. Em caso de trabalho de parto prolongado, utilizar violeta no ambiente.
2.2.2. Aromaterapia
A aromaterapia caracteriza-se pelo uso de óleos essenciais e vegetais. Óleos essenciais são substância extraídas de plantas aromáticas através de destilação à vapor, espremedura ou enfloragem. Os óleos vegetais são utilizados como carreadores, que são veículos utilizados para diluir os óleos essenciais de forma segura.
Estes, podem auxiliar no trabalho de parto, promovendo a sensação de bem-estar, auxiliando no estímulo das contrações e no relaxamento da parturiente. Podem ser associados à massagem, banhos, escalda-pés ou na ambientação, através de difusores ou inalação. Em caso de massagem, sempre deve ser diluído em óleo vegetal.
Durante um estudo realizado em 2010 no Hospital Sofia Feldman (Belo Horizonte – MG), observou-se que o uso do óleo essencial de lavanda na harmonização do ambiente proporcionou paz, equilíbrio e aconchego, auxiliando as parturientes a superar os momentos de esgotamento físico e emocional (Borges et al., 2010).
O óleo de lavanda associada à massagem localizada na lombar e quadril durante as contrações ajudam a tornar as dores mais suportáveis, principalmente nas fases ativas e de transição. 
Segundo Robert Tisserand (2013), além da lavanda, outros óleos essenciais são indicados para utilização durante o processo de parturição, sendo eles:
Sálvia Esclaréia
Indicada para massagem em caso de contrações lentas ou na falta de contrações.
Camomila 
Indicada para contrações muito aceleradas e para minimizar as dores causadas por elas em forma de compressa fria.
Bergamota
Indicada para utilização no vaporizador (ambientação) em caso de medo, ansiedade ou exaustão.
Gengibre
Indicado para casos de náusea ou vômito no vaporizador ou por inalação aproximada.
De acordo com as indicações citadas, durante o trabalho de parto podemos utilizar o óleo essencial de sálvia esclaréia diluído em óleo vegetal na fase latente, massageando a região lombar e leve oleação na região ventral para que as contrações sejam intensificadas, ou ainda para indução do trabalho de parto. Na fase ativa, poderia ser utilizado o óleo de bergamota no ambiente, evitando medo e ansiedade. Na fase de transição podemos utilizar o óleo de gengibre em caso de náuseas, por inalação aproximada e compressa fria com óleo de camomila na região lombar para analgesia durante as contrações mais doloridas.
2.2.3. Fitoterapia
A fitoterapia caracteriza-se pelo uso de plantas medicinais. Trata-se de uma forma de tratamento antiga, fundamentada no acúmulo de transferência de conhecimento passado por sucessivas gerações.
Durante o trabalho de parto é recomendado o uso de alguns chás, que poderão auxiliar, de acordo com a Dra. Gisele Damian Antonio, farmacêutica e acupunturista da Rede Cegonha (iniciativa do Ministério da Saúde), sendo esses:
Cinnamomum Zeylanicum Blume (Canela)
Aumenta as contrações e confere maior sensação de poder para a parturiente, facilitando o parto. Modo de preparo: Decocção da canela em pau em pedaços pequenos por 10 minutos.
Rubus Idaeus L. (Framboesa)
A infusão das folhas de framboesa com uso a partir da 32ª semana, pode auxiliar reduzindo o tempo do trabalho de parto (Nível de evidência 1A).
Silybum Marianum (L.) Gaertn. (Cardo-Mariano)
O Cardo-Mariano possui princípios ativos que provocam estímulos de contrações uterinas, além de apresentar benefícios sobre o sistema cardiovascular. Ainda de acordo com a Dra. Gisele, o uso de moxabustão também pode ser eficaz.
Artemisia vulgaris L. (Artemísia)
A moxabustão é o processo aplicado através do aquecimento do bastão da Artemísia, que poderá ser aplicado na região lombar ou pontos específicos de digitopressão, tornando as contrações mais efetivas. Com o calor e a ação da Artemísia sobre o centro nervoso na região lombar, a parturiente se sentirá mais confortável por conta do alívio das dores.
2.2.4. Acupuntura e Auriculoterapia
A Medicina Tradicional Chinesa é praticada há mais de 5 mil anos no Oriente e atualmente é utilizada como conduta terapêutica complementar em vários países do Ocidente.
A palavra acupuntura deriva-se do latim acus (agulha) e puntura (puntura) e considera aproximadamente 360 acupontos nos meridianos chineses. A inserção da agulha provoca estímulos nos neurônios, gerando sinais elétricos, chegando ao cérebro por meio de sinapses, liberando endorfinas, serotonina, hormônio adrenocorticotrófico e ácido gama amino-butírico com a finalidade de modular a dor.
Já a auriculoterapia ou acupuntura auricular, no latim auris (orelha) ou auricula (pequena orelha) e do grego terapien (terapia), trata-se de um micro-sistema, que representa um feto de cabeça para baixo, refletindo todos os órgão e membros do corpo humano. O estímulo pode ser provocado por agulhas, sementes, cristais e outros materiais que podem provocar um estímulo e conduzir sinais elétricos, sensibilizando diferentes regiões do cérebro, conectando-se à uma região específica do corpo.
Tanto a acupuntura como a auriculoterapia podem ser aplicadas durante o trabalho de parto, beneficiando a parturiente, pois proporcionam seu envolvimento durante todo o processo de parturição e no pós-parto, sendo economicamente viáveis e podendo ser combinadas com outras técnicas analgésicas.
Durante um estudo realizado entre julho e setembro de 2015 em uma maternidade pública de Santa Catarina, onde participaram 19 parturientes voluntárias admitidas em trabalho de parto ativo, 15 (79%) obtiveram alívio da dor nos primeiros 30 minutos do tratamento. Foram utilizadas agulhas em pontos específicos de acupuntura sistêmica e esferas de cristal polido para auriculoterapia (Cherobin et al., 2016). Os pontos foramselecionados de acordo com a definição da acupuntura clássica chinesa, sendo:
Acupuntura Sistêmica	
	Ponto
	Função
	Yintang
	Redução da ansiedade e medo
	IG4
	Analgesia
	VC2
	Alívio da dor na sínfise púbica
	BP6
	Alívio da dor das contrações uterinas
	B60
	Relaxamento muscular e dos tendões, aliviando as dores das contrações
	F3
	Relaxamento muscular e dos tendões.
	B31 e B32
	Fortalecimento da região lombo-sacra.
Fonte: Cherobin et al., 2016. Acupuntura e auriculoterapia como métodos não Farmacológicos de alívio da dor no processo de parturição.
Auriculoterapia
	Ponto
	Função
	Shenmen
	Analgesia
	Sistema Nervoso Central
	Analgesia
	Rim
	Indicação dos 3 primeiros pontos para iniciar aplicações.
	Útero
	Intensificar e acelerar contrações
	Endócrino
	Regula funções endócrinas
	Abdômen
	Auxiliar para as contrações
	Subcórtex
	Analgesia
Fonte: Cherobin et al., 2016. Acupuntura e auriculoterapia como métodos não Farmacológicos de alívio da dor no processo de parturição.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
As evidências científicas demonstram que as PICS podem contribuir positivamente durante todos os estágios do trabalho de parto conforme a necessidade e desejo da parturiente. As PICS podem ser amplamente utilizadas, visto que podem ajudar no processo de indução do trabalho de parto, contribuir para a progressão do trabalho de parto, intensificando as contrações uterinas e promovendo relaxamento e alívio da dor simultaneamente. Desta forma, podemos concluir que as PICS são capazes de reduzir o tempo do trabalho de parto, além de contribuir para reestabelecimento físico, mental e emocional da parturiente.
4. Referências
BALZANO, O. Cromoterapia: Medicina Quântica. Biblioteca 24 Horas, São Paulo, 2008. 
BARBIERE, M.; GABRIELLONI, M.C.; HENRIQUE, A.J. Intervenções não farmacológicas para o alívio da dor no trabalho de parto: contribuições  para a prática da enfermeira obstetra e da enfermagem, Revista Recien. Disponível em: <https://www.recien.com.br/index.php/Recien/article/view/244>. Acesso em: 20 fev. 2020.
BARROS, S. R. A. F.; FERREIRA, F. C. R.; FALCÃO, P. H. B.; A Contribuição da Cromoterapia no Trabalho de Parto. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 08, Vol. 02, pp. 52-57, Agosto de 2018. Disponível em: <https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/cromoterapia-no-parto> Acesso em 07 fev. 2020
BORGES, M.R.; MADEIRA, L. M.; AZEVEDO, V. M. G. O. As práticas integrativas e complementares na atenção à saúde da mulher: uma estratégia de humanização da assistência no Hospital Sofia Feldman. Revista Mineira de Enfermagem. Disponível em: <http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/14>. Acesso em 03 fev. 2020.
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BRASIL. Ministério da Saúde. O que são as Práticas Integrativas e Complementares (PICS)? Disponível em: < http://saude.gov.br/saude-de-a-z/praticas-integrativas-e-complementares>. Acesso em 10 fev. 2020.
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