Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL CONSELHO FEDERAL Estatuto da Advocacia e da OAB e Legislação Complementar Lei n. 8.906, de 4 de julho de 1994 Regulamento Geral Código de Ética e Disciplina Súmulas Provimentos Anexos Índice Temático Brasília - DF, 2020 © Ordem dos Advogados do Brasil Conselho Federal, 2020 Setor de Autarquias Sul - Quadra 5, Lote 1, Bloco M Brasília – DF CEP: 70070-939 Distribuição: Conselho Federal da OAB – GRE E-mail: oabeditora@oab.org.br Capa Concepção: Paulo Fernando Torres Guimarães; execução: Susele Bezerra de Miranda FICHA CATALOGRÁFICA B823e Brasil. [Estatuto da advocacia e Ordem dos Advogados do Brasil (1994)]. Estatuto da advocacia e da OAB e legislação complementar. – versão eletrônica atualizada – Brasília: OAB, Conselho Federal, 2020. ii, 373 p. : il. Organização, atualização e revisão: Aline Portela Bandeira, Francisca Miguel, Oswaldo P. Ribeiro Junior, Paulo Fernando Torres Guimarães e Tarcizo Roberto do Nascimento. Conteúdo: Lei n. 8.906, de 4 de julho de 1994 -- Regulamento geral -- Código de ética e disciplina -- Súmulas -- Provimentos -- Anexos -- Índice temático. 1. Advogado -- Legislação -- Brasil. 2. Advocacia -- Legislação -- Brasil. 3. Brasil. Lei n. 8.906, de 4 de julho de 1994. 4. Ordem dos Advogados do Brasil. VI. Ordem dos Advogados do Brasil. Conselho Federal. VII. Título. CDDDir: 341.415 Elaborado por: Lityz Ravel H. B. S. Mendes (CRB-1/3148). Gestão 2019/2022 Diretoria Felipe Santa Cruz Presidente Luiz Viana Queiroz Vice-Presidente José Alberto Simonetti Secretário-Geral Ary Raghiant Neto Secretário-Geral Adjunto José Augusto Araújo de Noronha Diretor-Tesoureiro Conselheiros Federais AC: Cláudia Maria da Fontoura Messias Sabino; AL: Fernanda Marinela de Sousa Santos, Fernando Carlos Araújo de Paiva e Roberto Tavares Mendes Filho; AP: Alessandro de Jesus Uchôa de Brito, Felipe Sarmento Cordeiro e Helder José Freitas de Lima Ferreira; AM: Aniello Miranda Aufiero, Cláudia Alves Lopes Bernardino e José Alberto Ribeiro Simonetti Cabral; BA: Carlos Alberto Medauar Reis, Daniela Lima de Andrade Borges e Luiz Viana Queiroz; CE: André Luiz de Souza Costa; Hélio das Chagas Leitão Neto e Marcelo Mota Gurgel do Amaral; DF: Daniela Rodrigues Teixeira, Francisco Queiroz Caputo Neto e Vilson Marcelo Malchow Vedana; ES: Jedson Marchesi Maioli, Luciana Mattar Vilela Nemer e Luiz Cláudio Silva Allemand; GO: Marcello Terto e Silva, Marisvaldo Cortez Amado e Valentina Jugmann Cintra; MA: Ana Karolina Sousa de Carvalho Nunes, Charles Henrique Miguez Dias e Daniel Blume Pereira de Almeida; MT: Felipe Matheus de França Guerra, Joaquim Felipe Spadoni e Ulisses Rabaneda dos Santos; MS: Ary Raghiant Neto, Luís Cláudio Alves Pereira e Wander Medeiros Arena da Costa; MG: Antônio Fabrício de Matos Gonçalves, Bruno Reis de Figueiredo e Luciana Diniz Nepomuceno; PA: Afonso Marcius Vaz Lobato, Bruno Menezes Coelho de Souza e Jader Kahwage David; PB: Harrison Alexandre Targino, Odon Bezerra Cavalcanti Sobrinho e Rogério Magnus Varela Gonçalves; PR: Airton Martins Molina, José Augusto Araújo de Noronha e Juliano José Breda; PE: Leonardo Accioly da Silva, Ronnie Preuss Duarte e Silvia Márcia Nogueira; PI: Andreya Lorena Santos Macêdo, Chico Couto de Noronha Pessoa e Geórgia Ferreira Martins Nunes; RJ: Carlos Roberto de Siqueira Castro, Luiz Gustavo Antônio Silva Bichara e Marcelo Fontes Cesar de Oliveira; RN: Ana Beatriz Ferreira Rebello Presgrave, Artêmio Jorge de Araújo Azevedo e Francisco Canindé Maia; RS: Cléa Anna Maria Carpi da Rocha, Rafael Braude Canterji e Renato da Costa Figueira; RO: Alex Souza de Moraes Sarkis, Andrey Cavalcante de Carvalho e Franciany D’Alessandra Dias de Paula; RR: Emerson Luis Delgado Gomes e Rodolpho César Maia de Morais; SC: Fábio Jeremias de Souza, Paulo Marcondes Brincas e Sandra Krieger Gonçalves; SP: Alexandre Ogusuku, Guilherme Octávio Batochio e Gustavo Henrique RighiIvahy Badaró; SE: Adélia Moreira Pessoa, Maurício Gentil Monteiro e Paulo Raimundo Lima Ralin; TO: Antonio Pimentel Neto, Denise Rosa Santana Fonseca e Kellen Crystian Soares Pedreira do Vale. Conselheiros Federais Suplentes AC: Luiz Saraiva Correia, João Tota Soares de Figueiredo Filho e Odilardo José Brito Marques; AL: Ana Kilza Santos Patriota, João Luís Lôbo Silva e Sergio Ludmer; AP: Emmanuel Dante Soares Pereira, Maurício Silva Pereira e Paola Julien Oliveira dos Santos; AM: Márcia Maria Costa do Álamo e Sergio Rodrigo Russo Vieira; BA: Antonio Adonias Aguiar Bastos, Ilana Kátia Vieira Campos e Ubirajara Gondim de Brito Ávila; CE: Alcimor Aguiar Rocha Neto, André Rodrigues Parente e Leonardo Roberto Oliveira de Vasconcelos; DF: Raquel Bezerra Cândico, Rodrigo Badaró Almeida de Castro e Ticiano Figueiredo de Oliveira; ES: Carlos Magno Gonzaga Cardoso, Luiz Henrique Antunes Alochio e Ricardo Álvares da Silva Campos Júnior; GO: Dalmo Jacob do Amaral Júnior, Fernando de Paula Gomes Ferreira e Rafael Lara Martins; MA: Deborah Porto Cartágenes, João Batista Ericeira e Yuri Brito Corrêa; MT: Ana Carolina Naves Dias Barchet, Duilio Piato Junior e José Carlos de Oliveira Guimarães Junior; MS: Afeife Mohamad Hajj, Luíz Renê Gonçalves do Amaral e Vinícius Careiro Monteiro Paiva; MG: Felipe Martins Pinto, Joel Gomes Moreira Filho e Róbison Divino Alves; PA: Luiz Sergio Pinheiro Filho e Olavo Câmara de Oliveira Junior; PB: Marina Motta Benevides Gadelha, Rodrigo Azevedo Toscano de Brito e Wilson Sales Belchior; PR: Artur Humberto Piancastelli, Flavio Pansieri e Graciela Iurk Martins; PE: Ademar Rigueira Neto, Carlos Antônio Harten Filho e Gracieli Pinheiro Lins Lima; PI: Raimundo de Araújo Silva Júnior, Shaymmon Emanoel Rodrigues de Moura Sousa e Thiago Anastácio Carcará; RJ: Eurico de Jesus Teles Neto; Flavio Diz Zveiter e Gabriel Francisco Leonardos; RN: Fernando Pinto de Araújo Neto e Olavo Hamilton Ayres Freire de Andrade; RS: Beatriz Maria Luchese Peruffo, Greice Fonseca Stocker e Maria Cristina Carrion Vidal de Oliveira; RO: Jeverson Leandro Costa, Juacy dos Santos Loura Júnior e Veralice Gonçalves de Souza Veris; RR: Bernardino Dias de Souza Cruz Neto, Dalva Maria Machado e Stélio Dener de Souza Cruz; SC: José Sérgio da Silva Cristóvam, Sabine Mara Müller Souto e Tullo Cavallazzi Filho; SP: Alice Bianchini, Daniela Campos Liborio e Fernando Calza de Salles Freire; SE: Glícia Thaís Salmeron de Miranda, Tatiane Gonçalves Miranda Goldhar e Vitor Lisboa Oliveira; TO: Alessandro de Paula Canedo, Cabral Santos Gonçalves e Luiz Tadeu Guardiero Azevedo. Ex-Presidentes 1. Levi Carneiro (1933/1938) 2. Fernando de Melo Viana (1938/1944) 3. Raul Fernandes (1944/1948) 4. Augusto Pinto Lima (1948) 5. Odilon de Andrade (1948/1950) 6. Haroldo Valladão (1950/1952) 7. Attílio Viváqua (1952/1954) 8. Miguel Seabra Fagundes (1954/1956) 9. Nehemias Gueiros (1956/1958) 10. Alcino de Paula Salazar (1958/1960) 11. José Eduardo do P. Kelly (1960/1962) 12. Carlos Povina Cavalcanti (1962/1965) 13. Themístocles M. Ferreira (1965) 14. Alberto Barreto de Melo (1965/1967) 15. Samuel Vital Duarte (1967/1969) 16. Laudo de Almeida Camargo (1969/1971) 17. Membro Honorário Vitalício José Cavalcanti Neves (1971/1973) 18. José Ribeiro de Castro Filho (1973/1975) 19. Caio Mário da Silva Pereira (1975/1977) 20. Raymundo Faoro (1977/1979) 21. Eduardo Seabra Fagundes (1979/1981) 22. Membro Honorário Vitalício J. Bernardo Cabral (1981/1983) 23. Membro Honorário Vitalício Mário Sérgio Duarte Garcia (1983/1985) 24. Hermann Assis Baeta (1985/1987) 25. Márcio Thomaz Bastos (1987/1989) 26. Ophir Filgueiras Cavalcante (1989/1991) 27. Membro Honorário Vitalício Marcello Lavenère Machado (1991/1993)28. Membro Honorário Vitalício José Roberto Batochio (1993/1995) 29. Membro Honorário Vitalício Ernando Uchoa Lima (1995/1998) 30. Membro Honorário Vitalício Reginaldo Oscar de Castro (1998/2001) 31. Rubens Approbato Machado (2001/2004) 32. Membro Honorário Vitalício Roberto Antonio Busato (2004/2007) 33. Membro Honorário Vitalício Raimundo Cezar Britto Aragão (2007/2010) 34. Membro Honorário Vitalício Ophir Cavalcante Junior (2010/2013) 35. Membro Honorário Vitalício Marcus Vinicius Furtado Coêlho (2013/2016) 36. Membro Honorário Vitalício Claudio Pacheco Prates Lamachia (2016/2019). Coordenação Nacional das Caixas de Assistências dos Advogados – CONCAD Pedro Zanete Alfonsin Coordenador Nacional Aldenize Magalhães Aufiero Coordenadora CONCAD Norte Andreia de Araújo Silva Coordenadora CONCAD Nordeste Itallo Gustavo de Almeida Leite Coordenadora CONCAD Centro-Oeste Luis Ricardo Vasques Davanzo Coordenador CONCAD Sudeste Presidentes Caixas de Assistência dos Advogados AC: Thiago Vinícius Gwozdz Poerch; AL: Ednaldo Maiorano de Lima; AP: Jorge José Anaice da Silva; AM: Aldenize Magalhães Aufiero; BA: Luiz Augusto R. de Azevedo Coutinho; CE: Luiz Sávio Aguiar Lima; DF: Eduardo Uchôa Athayde; ES: Aloisio Lira; GO: Rodolfo Otávio da Mota Oliveira; MA: Diego Carlos Sá dos Santos; MT: Itallo Gustavo de Almeida Leite; MS: José Armando Cerqueira Amado; MG: Luís Cláudio da Silva Chaves; PA: Francisco Rodrigues de Freitas; PB: Francisco de Assis Almeida e Silva; PR: Fabiano Augusto Piazza Baracat; PE: Fernando Jardim Ribeiro Lins; PI: Andreia de Araújo Silva; RJ: Ricardo Oliveira de Menezes; RN: Monalissa Dantas Alves da Silva; RS: Pedro Zanete Alfonsin; RO: Elton Sadi Fulber; RR: Ronald Rossi Ferreira; SC: Claudia Prudencio; SP: Luis Ricardo Vasques Davanzo; SE: Hermosa Maria Soares França; TO: Sergio Rodrigo do Vale. Fundo de Integração e Desenvolvimento Assistencial dos Advogados – FIDA Felipe Sarmento Cordeiro Presidente Gedeon Batista Pitaluga Júnior Vice-Presidente Andreia Araújo Silva Secretária Geral José Augusto Araújo de Noronha Representante da Diretoria Membros Alberto Antonio Albuquerque Campos Aldenize Magalhães Aufiero Itallo Gustavo de Almeida Leite Luciana Mattar Vilela Nemer Luis Ricardo Vasques Davanzo Paulo Marcondes Brincas Pedro Zanette Alfonsin Silvia Marcia Nogueira Thiago Roberto Morais Diaz Afeife Mohamad Hajj Lucio Flávio Siqueira de Paiva Monalissa Dantas Alves da Silva Nivaldo Barbosa da Silva Junior Raquel Bezerra Cândido ESA Nacional Ronnie Preuss Duarte Diretor-Geral Luis Cláudio Alves Pereira Vice-Diretor Conselho Consultivo: Alcimor Aguiar Rocha Neto Auriney Uchôa de Brito Carlos Enrique Arrais Caputo Bastos Cristina Silvia Alves Lourenço Delmiro Dantas Campos Neto Graciela Iurk Marins Henrique de Almeida Ávila Luciana Christina Guimarães Lóssio Igor Clem Souza Soares Paulo Raimundo Lima Ralin Thais Bandeira Oliveira Passos Diretores (as) das Escolas Superiores de Advocacia da OAB AC: Renato Augusto Fernandes Cabral Ferreira; AL: Henrique Correia Vasconcellos; AM: Ida Marcia Benayon de Carvalho; AP: Verena Lúcia Corecha da Costa; BA: Thais Bandeira Oliveira Passos; CE: Andrei Barbosa Aguiar; DF: Fabiano Jantalia Barbosa; ES: Alexandre Zamprogno; GO: Rafael Lara Martins; MA: Antonio de Moraes Rêgo Gaspar; MT: Bruno Devesa Cintra; MS: Ricardo Souza Pereira; MG: Silvana Lourenco Lobo; PA: Luciana Neves Gluck Paul; PB: Diego Cabral Miranda; PR: Adriana D'Avila Oliveira; PE: Mario Bandeira Guimarães Neto; PI: Aurelio Lobao Lopes; RJ: Sergio Coelho e Silva Pereira; RN: Daniel Ramos Dantas; RS: Rosângela Maria Herzer dos Santos; RO: Jose Vitor Costa Junior; RR: Caroline Coelho Cattaneo; SC: Marcus Vinícius Motter Borges; SP: Jorge Cavalcanti Boucinhas Filho; SE: Kleidson Nascimento dos Santos; TO: Guilherme Augusto Martins Santos. Presidente Executivo da OAB Editora José Roberto de Castro Neves i APRESENTAÇÃO Felipe Santa Cruz* Somos a maior entidade de classe do País. Contamos, atualmente, com mais 1,2 milhão de advogadas e advogados. Isso confere força e legitimidade à nossa voz, que reverbera os anseios e demandas de nossa profissão em todas as partes do território nacional. Contudo, não podemos deixar de destacar que, no Brasil, temos vivenciado um cenário de inúmeras violações ao pleno exercício profissional da advocacia. Muitas vezes, os violadores das garantias advocatícias são exatamente agentes públicos cuja atribuição profissional é, ao contrário, resguardar tais direitos. Nesse contexto, nada mais simbólico do que comemorarmos os 25 anos de vigência do Estatuto da Advocacia. A Lei Federal n. 8.906/1994 é instrumento de garantia das prerrogativas e de estabelecimento de parâmetros do exercício da profissão. Por meio deste diploma, regulamentamos o preceito constitucional que reconhece o advogado como indispensável à administração da justiça. As batalhas empreendidas pelo Conselho Federal da OAB têm como objetivo assegurar que a advocacia brasileira tenha a necessária independência e autonomia frente ao Estado. Dito isto, é com muita alegria que celebramos coletivamente a recente conquista histórica de nossa classe. Refiro-me à derrubada da maioria dos vetos presidenciais à Lei de Abuso de Autoridade, em especial ao art. 43, que criminaliza a violação dos direitos dos advogados. As iniciativas da OAB em defesa das prerrogativas do advogado e pela valorização da advocacia partem incondicionalmente do princípio de que as prerrogativas são, em verdade, inerentes aos cidadãos, cabendo aos advogados exercê-las livremente a fim de melhor representá-los em juízo. Não posso deixar de mencionar a aprovação do novo provimento que altera o regimento interno e o nome da Escola Nacional de Advocacia (ENA) e cria a Escola Superior de Advocacia Nacional (ESA Nacional) com vistas à maior integração do sistema de ensino da Ordem e ao aprimoramento do ensino jurídico do País como um todo. Além disso, por compreendermos que o destinatário final de nossa atuação é o cidadão, o Conselho Pleno da OAB Nacional aprovou, no dia 16 de setembro do corrente ano, orientações específicas e novas regras gerais para a Ouvidoria Nacional e as demais ouvidorias das seccionais da OAB. Com o objetivo de cumprir medidas de transparência e prestar esclarecimentos à sociedade civil, a Ordem busca alinhar- se com as melhores e mais atualizadas práticas de governança. * Advogado e Presidente Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil. ESTATUTO DA ADVOCACIA E DA OAB E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR ii É através do respeito aos princípios elementares do Sistema OAB, que nossa Gestão pretende, por meio da disposição para o diálogo, por meio da transparência e do respeito às leis, seguir valorizando a advocacia cada vez mais. Entendemos que este é o caminho para expressarmos nosso compromisso com o Estado Democrático de Direito e, consequentemente, com a sociedade civil. Afinal, sem o direito de defesa, não há justiça, tampouco respeito ao cidadão. SUMÁRIO I - ESTATUTO DA ADVOCACIA E DA OAB TÍTULO I - DA ADVOCACIA ......................................................................................... 1 CAPÍTULO I - DA ATIVIDADE DE ADVOCACIA ....................................................... 1 CAPÍTULO II - DOS DIREITOS DO ADVOGADO ....................................................... 2 CAPÍTULO III - DA INSCRIÇÃO ................................................................................... 6 CAPÍTULO IV - DA SOCIEDADE DE ADVOGADOS .................................................. 9 CAPÍTULO V - DO ADVOGADO EMPREGADO ....................................................... 10 CAPÍTULO VI - DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS ............................................ 11 CAPÍTULO VII - DASINCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS ...................... 12 CAPÍTULO VIII - DA ÉTICA DO ADVOGADO .......................................................... 13 CAPÍTULO IX - DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES .......................... 14 TÍTULO II - DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL ....................................... 17 CAPÍTULO I - DOS FINS E DA ORGANIZAÇÃO ....................................................... 17 CAPÍTULO II - DO CONSELHO FEDERAL ................................................................ 19 CAPÍTULO III - DO CONSELHO SECCIONAL .......................................................... 21 CAPÍTULO IV - DA SUBSEÇÃO .................................................................................. 22 CAPÍTULO V - DA CAIXA DE ASSISTÊNCIA DOS ADVOGADOS ........................ 23 CAPÍTULO VI - DAS ELEIÇÕES E DOS MANDATOS .................................................... 24 TÍTULO III - DO PROCESSO NA OAB ........................................................................ 25 CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS ........................................................................ 25 CAPÍTULO II - DO PROCESSO DISCIPLINAR .......................................................... 26 CAPÍTULO III - DOS RECURSOS ................................................................................ 27 TÍTULO IV - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS ................................ 27 II- REGULAMENTO GERAL TÍTULO I - DA ADVOCACIA ....................................................................................... 33 CAPÍTULO I - DA ATIVIDADE DE ADVOCACIA ..................................................... 33 SEÇÃO I - DA ATIVIDADE DE ADVOCACIA EM GERAL ....................................... 33 SEÇÃO II - DA ADVOCACIA PÚBLICA ..................................................................... 34 SEÇÃO III - DO ADVOGADO EMPREGADO ............................................................. 34 CAPÍTULO II - DOS DIREITOS E DAS PRERROGATIVAS ...................................... 35 SEÇÃO I - DA DEFESA JUDICIAL DOS DIREITOS E DAS PRERROGATIVAS ..... 35 SEÇÃO II - DO DESAGRAVO PÚBLICO .................................................................... 36 CAPÍTULO III - DA INSCRIÇÃO NA OAB .................................................................. 37 CAPÍTULO IV - DO ESTÁGIO PROFISSIONAL ......................................................... 39 CAPÍTULO V - DA IDENTIDADE PROFISSIONAL ................................................... 40 CAPÍTULO VI - DAS SOCIEDADES DE ADVOGADOS............................................ 42 TÍTULO II - DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL (OAB) ........................... 43 CAPÍTULO I - DOS FINS E DA ORGANIZAÇÃO ....................................................... 43 CAPÍTULO II - DA RECEITA ....................................................................................... 45 CAPÍTULO III - DO CONSELHO FEDERAL ............................................................... 48 SEÇÃO I - DA ESTRUTURA E DO FUNCIONAMENTO ........................................... 48 SEÇÃO II - DO CONSELHO PLENO ............................................................................ 51 SEÇÃO III - DO ÓRGÃO ESPECIAL DO CONSELHO PLENO .................................. 54 SEÇÃO IV - DAS CÂMARAS ....................................................................................... 55 SEÇÃO V - DAS SESSÕES ............................................................................................ 57 SEÇÃO VI - DA DIRETORIA DO CONSELHO FEDERAL ........................................ 60 CAPÍTULO IV - DO CONSELHO SECCIONAL .......................................................... 62 CAPÍTULO V - DAS SUBSEÇÕES ............................................................................... 65 CAPÍTULO VI - DAS CAIXAS DE ASSISTÊNCIA DOS ADVOGADOS .................. 66 CAPÍTULO VII - DAS ELEIÇÕES ................................................................................ 67 CAPÍTULO VIII - DAS NOTIFICAÇÕES E DOS RECURSOS .................................... 77 CAPÍTULO IX - DAS CONFERÊNCIAS E DOS COLÉGIOS DE PRESIDENTES ..... 79 TÍTULO III - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS ................................. 80 III - CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DA OAB RESOLUÇÃO N. 02/2015 .............................................................................................. 85 TÍTULO I - DA ÉTICA DO ADVOGADO ..................................................................... 86 CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ................................................. 86 CAPÍTULO II - DA ADVOCACIA PÚBLICA .............................................................. 88 CAPÍTULO III - DAS RELAÇÕES COM O CLIENTE ................................................. 88 CAPÍTULO IV - DAS RELAÇÕES COM OS COLEGAS, AGENTES POLÍTICOS, AUTORIDADES, SERVIDORES PÚBLICOS E TERCEIROS .................................... 90 CAPÍTULO V - DA ADVOCACIA PRO BONO ............................................................ 91 CAPÍTULO VI - DO EXERCÍCIO DE CARGOS E FUNÇÕES NA OAB E NA REPRESENTAÇÃO DA CLASSE ................................................................................. 91 CAPÍTULO VII - DO SIGILO PROFISSIONAL ........................................................... 92 CAPÍTULO VIII - DA PUBLICIDADE PROFISSIONAL ............................................. 93 CAPÍTULO IX - DOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS ............................................ 94 TÍTULO II - DO PROCESSO DISCIPLINAR ................................................................ 96 CAPÍTULO I - DOS PROCEDIMENTOS ...................................................................... 96 CAPÍTULO II - DOS ÓRGÃOS DISCIPLINARES ..................................................... 100 SEÇÃO I - DOS TRIBUNAIS DE ÉTICA E DISCIPLINA .......................................... 100 SEÇÃO II - DAS CORREGEDORIAS-GERAIS.......................................................... 101 TÍTULO III - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS ............................... 101 IV - SÚMULAS IV. I - CONSELHO PLENO - 01/2011/COP (PRESCRIÇÃO) .............................................................................. 105 - 02/2011/COP (ADVOCACIA. CONCORRÊNCIA. CONSUMIDOR) ................ 105 - 03/2012/COP (ADVOGADO. OAB. PAGAMENTO DE ANUIDADES. OBRIGATORIEDADE. SUSPENSÃO. LICENÇA)................................................ 106 - 04/2012/COP (ADVOGADO. CONTRATAÇÃO. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO) ................................................ 106 - 05/2012/COP (ADVOGADO. DISPENSA OU INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO. CONTRATAÇÃO. PODER PÚBLICO) ........................................... 106 - 06/2018/COP (ADVOGADO. INSCRIÇÃO. IDONEIDADE) ............................. 107 - 07/2018/COP (ADVOGADO. DESAGRAVO PÚBLICO. ATO POLÍTICO INTERNO. AUSÊNCIA DE LEGITIMAÇÃO) ....................................................... 107 - 08/2019/COP (ADVOGADO. PROCESSO DE EXCLUSÃO. INSTRUÇÃO E JULGAMENTO) ....................................................................................................... 108 - 09/2019/COP (ADVOGADO. INIDONEIDADE MORAL. VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER) ............................................................................................ 108 - 10/2019/COP (ADVOGADO. INIDONEIDADE MORAL. VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES. IDOSOS E PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA OU MENTAL) ................................................................... 108 - 11/2019/COP (ADVOGADO. INIDONEIDADE MORAL. VIOLÊNCIA CONTRA PESSOA LGBTI+) .................................................................................. 109 IV. II - ÓRGÃO ESPECIAL - 01/2007/OEP (NULIDADE. MATÉRIA ÉTICO-DISCIPLINAR. ÓRGÃO JULGADOR) .............................................................................................................110 - 02/2009/OEP (EXERCÍCIO DA ADVOCACIA POR SERVIDORES DO MINISTÉRIO PÚBLICO. IMPOSSIBILIDADE. INTELIGÊNCIA DO ART. 28, II DO EAOAB).......................................................................................................... 110 - 03/2009/OEP (EXERCÍCIO DA ADVOCACIA. DESPACHANTE DE TRÂNSITO) .............................................................................................................. 110 - 04/2013/OEP (AGRAVO) ..................................................................................... 111 - 05/2013/OEP (INCOMPATIBILIDADE. EXERCÍCIO DE CARGO NA OAB .. 111 - 06/2014/OEP (PRESCRIÇÃO DE ANUIDADES)ÚMULA N. 06/2014 .............. 111 - 07/2016/OEP (PROCESSO DE EXCLUSÃO. INSTRUÇÃO E JULGAMENTO) ....................................................................................................... 112 - 08/2016/OEP (EXECUÇÃO DE SANÇÃO ÉTICO-DISCIPLINAR. COMPETÊNCIA) ..................................................................................................... 112 - 09/2017/OEP (PAUTA DE JULGAMENTOS. PUBLICAÇÃO. NOTIFICAÇÃO) ....................................................................................................... 113 - 10/2018/OEP (RECURSO. ART. 140, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGULAMENTO GERAL. COMPETÊNCIA) ....................................................... 113 V - PROVIMENTOS - 04/1964 - EXERCÍCIO DA ADVOCACIA POR PROFISSIONAIS COM DIREITOS POLÍTICOS SUSPENSOS ......................................................................... 117 - 08/1964 - VESTES TALARES E INSÍGNIAS DO ADVOGADO ............................. 117 - 26/1966 - PUBLICAÇÃO DOS PROVIMENTOS DA OAB ...................................... 118 - 45/1978 - INSCRIÇÃO SUPLEMENTAR DO PROVISIONADO ............................ 119 - 48/1981 - DEFESA DOS DIREITOS E PRERROGATIVAS ..................................... 120 - 49/1981 - VISTO DO ADVOGADO EM ATOS CONSTITUTIVOS DE SOCIEDADES .............................................................................................................. 121 - 53/1982 - INSCRIÇÃO DE INTEGRANTE DO MINISTÉRIO PÚBLICO ............... 122 - 56/1985 - COMISSÕES DE DIREITOS HUMANOS ................................................ 122 - 61/1987 - COLÉGIO DE PRESIDENTES .................................................................. 124 - 62/1988 - INCOMPATIBILIDADE DE CARGO OU FUNÇÕES DE NATUREZA POLICIAL ..................................................................................................................... 126 - 66/1988 - ABRANGÊNCIA DE ATIVIDADES PROFISSIONAIS DO ADVOGADO ................................................................................................................ 126 - 69/1989 - ATOS PRIVATIVOS POR SOCIEDADES NÃO REGISTRADAS NA OAB............................................................................................................................... 127 - 70/1989 - PRESTAÇÃO DE CONTAS DE QUANTIAS RECEBIDAS POR ADVOGADO ................................................................................................................ 128 - 72/1990 - CERTIDÃO PARA INSCRIÇÃO DE ADVOGADO NO EXTERIOR ...... 129 - 83/1996 - PROCESSOS ÉTICOS DE REPRESENTAÇÃO POR ADVOGADO CONTRA ADVOGADO ............................................................................................... 130 - 84/1996 - COMBATE AO NEPOTISMO NO ÂMBITO DA OAB ............................ 130 - 89/1998 - NORMAS E CRITÉRIOS PARA CONCESSÃO DE LICENÇA AO CONSELHEIROS FEDERAIS ..................................................................................... 131 - 91/2000 - EXERCÍCIO DA ATIVIDADE DE CONSULTORES E SOCIEDADE DE CONSULTORES EM DIREITO ESTRANGEIRO NO BRASIL ........................... 132 - 94/2000 - PUBLICIDADE, PROPAGANDA E INFORMAÇÃO DA ADVOCACIA ............................................................................................................... 135 - 95/2000 - CADASTRO NACIONAL DE ADVOGADOS.......................................... 138 - 96/2001 - CERIMONIAL DA OAB ............................................................................ 140 - 97/2002 - INFRA-ESTRUTURA DE CHAVES PÚBLICAS DA OAB ..................... 143 - 99/2002 - CADASTRO NACIONAL DE CONSULTORES E SOCIEDADE DE CONSULTORES EM DIREITO ESTRANGEIRO ...................................................... 145 - 100/2003 - PRÊMIO EVANDRO LINS E SILVA ...................................................... 146 - 101/2003 - PROCESSO ADMINISTRATIVO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS DO CONSELHO FEDERAL E DOS CONSELHOS SECCIONAIS DA OAB .................. 147 - 102/2004 - INDICAÇÃO, EM LISTA SÊXTUPLA, DE ADVOGADOS PARA INTEGRAR OS TRIBUNAIS JUDICIÁRIOS E ADMINISTRATIVOS ..................... 153 - 107/2005 - REVOGA OS PROVIMENTOS 105/2005 E 106/2005 ............................ 159 - 110/2006 - REVOGA O PROVIMENTO N. 86/1997 ................................................. 159 - 111/2006 - LEGALIDADE DE REMISSÃO OU ISENÇÃO, PELOS CONSELHOS SECCIONAIS, DO PAGAMENTO DE CONTRIBUIÇÕES, ANUIDADES, MULTAS E PREÇOS DE SERVIÇOS, DEVIDOS PELOS INSCRITOS À OAB ....... 160 - 112/2006 - SOCIEDADE DE ADVOGADOS ............................................................ 161 - 113/2006 - INDICAÇÃO DE ADVOGADOS PARA INTEGRAR O CNJ E O CNMP ............................................................................................................................ 166 - 114/2006 - ADVOCACIA PÚBLICA ......................................................................... 169 - 115/2007 - COMISSÕES PERMANENTES DO CFOAB .......................................... 170 - 116/2007 - ASSESSORIA JURÍDICA DO CONSELHO FEDERAL DA OAB ......... 172 - 118/2007 - APLICAÇÃO DA LEI N. 11.441/2007 ..................................................... 174 - 122/2007 - FUNDO DE INTEGRAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ASSISTENCIAL DOS ADVOGADOS – FIDA ........................................................... 175 - 123/2007 - OUVIDORIA-GERAL DO CONSELHO FEDERAL DA OAB .............. 179 - 127/2008 - PARTICIPAÇÃO DA OAB NO CUMPRIMENTO DA DECISÃO JUDICIAL QUE DETERMINA A QUEBRA DA INVIOLABILIDADE - LEI N. 11.767/2008 ................................................................................................................... 182 - 128/2008 - PARÂMETROS DE ATUAÇÃO DO CFOAB PARA MANIFESTAÇÃO EM RECURSOS ESPECIAIS REPETITIVOS ............................. 184 - 129/2008 - INSCRIÇÃO DE ADVOGADOS DE NACIONALIDADE PORTUGUESA ............................................................................................................. 185 - 132/2009 - CADASTRO NACIONAL DE SUBSEÇÕES DA OAB .......................... 187 - 133/2009 - CONSELHO AUDITOR FEDERAL DA OABPREV .............................. 188 - 134/2009 - CORREGEDORIA-GERAL DO PROCESSO DISCIPLINAR ................ 189 - 135/2009 - MARCA OFICIAL E SÍMBOLOS DA OAB ............................................ 190 - 138/2009 - DEFINE COMO UTILIZAÇÃO DE INFLUÊNCIA INDEVIDA A ATUAÇÃO EM PROCESSOS DE COMPETÊNCIA DA OAB .................................. 191 - 142/2011 - VEDAÇÃO PARA QUE QUALQUER ÓRGÃO DA OAB PROMOVA, PATROCINE OU OFEREÇA CURSOS DE PREPARAÇÃO PARA O EXAME DE ORDEM ......................................................................................................................... 192 - 144/2011 - EXAME DE ORDEM ............................................................................... 192 - 146/2011 - ELEIÇÕES NO ÂMBITO DA OAB ......................................................... 197 - 162/2015 - CRIA O PLANO NACIONAL DE APOIO AO JOVEM ADVOGADO BRASILEIRO ............................................................................................................... 208 - 164/2015 - CRIA O PLANO NACIONAL DE VALORIZAÇÃO DA MULHER ADVOGADA ................................................................................................................209 - 166/2015 - ADVOCACIA PRO BONO ....................................................................... 211 - 169/2015 - RELAÇÕES SOCIETÁRIAS ENTRE SÓCIOS PATRIMONIAIS E DE SERVIÇOS .................................................................................................................... 212 - 170/2016 - SOCIEDADES UNIPESSOAIS DE ADVOCACIA ................................. 214 - 175/2016 - DIGITALIZAÇÃO E GUARDA DE AUTOS DE INSCRIÇÃO .............. 217 - 176/2017 - PROCESSO ÉTICO-DISCIPLINAR EM MEIO ELETRÔNICO ............ 218 - 177/2017 - CRIA A COMISSÃO NACIONAL DOS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA .............................................................................................................. 219 - 178/2017 - TRANSFERÊNCIA DA INSCRIÇÃO PRINCIPAL E PARA A INSCRIÇÃO SUPLEMENTAR NOS QUADROS DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL E REVOGA O PROVIMENTO N. 42/1978 .................. 222 - 179/2018 - REGULAMENTA O REGISTRO NACIONAL DE VIOLAÇÕES DE PRERROGATIVAS, NO ÂMBITO DA OAB .............................................................. 224 - 181/2018 - CRIA O PLANO NACIONAL DE VALORIZAÇÃO DA ADVOCACIA IDOSA .................................................................................................. 226 - 182/2018 - REGULAMENTA O DIÁRIO ELETRÔNICO DA ORDEM DOS ADVOGADOS – DEOAB ............................................................................................ 228 - 185/2018 - REGRAS DE GESTÃO NO SISTEMA OAB ........................................... 230 - 186/2018 - CRIA O PLANO NACIONAL DE PREVENÇÃO DAS DOENÇAS OCUPACIONAIS E DE SAÚDE MENTAL DA ADVOCACIA ................................. 240 - 188/2018 - REGULAMENTA O EXERCÍCIO DA PRERROGATIVA PROFISSIONAL DO ADVOGADO DE REALIZAÇÃO DE DILIGÊNCIAS INVESTIGATÓRIAS PARA INSTRUÇÃO EM PROCEDIMENTOS ....................... 241 - 193/2019 – ESCOLA SUPERIOR DA ADVOCACIA NACIONAL – ESA NACIONALROVIMENTO N. 193/2019 ...................................................................... 243 - 196/2020 - ATIVIDADE ADVOCATÍCIA EM ARBITRAGEM, MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO ........................................................................................................... 247 VI - ANEXOS CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DA OAB (REVOGADO PELA RESOLUÇÃO N. 02/2015) ......................................................................................................................... 251 CONSTITUIÇÃO FEDERAL (DISPOSITIVOS APLICÁVEIS) ......................................... 262 ORGANIZAÇÃO DA ORDEM DOS ADVOGADOS .................................................... 268 CRIAÇÃO DA ORDEM DOS ADVOGADOS BRASILEIROS .................................. 269 RESOLUÇÃO N. 02, DE 02 DE SETEMBRO DE 1994 .............................................. 273 RESOLUÇÃO N. 03/2010-COP ................................................................................... 276 RESOLUÇÃO N. 01/2011-SCA ................................................................................... 287 RESOLUÇÃO N. 02/2018-SCA ................................................................................... 288 RESOLUÇÃO N. 03/2020-DIR .................................................................................... 321 AÇÕES NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL .................................................... 325 ADI 1105 ................................................................................................................... 325 ADI 1127 ................................................................................................................... 326 ADI 1194 ................................................................................................................... 329 ADI 1552 ................................................................................................................... 330 ADI 3396 ................................................................................................................... 330 ADI 2522 ................................................................................................................... 330 ADI 3026 ................................................................................................................... 331 ADI 3541 ................................................................................................................... 332 ADI 4330 ................................................................................................................... 332 ADI 5334 ................................................................................................................... 332 ADI 5785 ................................................................................................................... 333 RECURSO EXTRAORDINÁRIO N. 603.583/STF - Exame de Ordem. ................. 333 RECURSO EXTRAORDINÁRIO N. 405.267/STF – Imunidade Tributária das CAAs. ........................................................................................................................ 333 VII - ÍNDICE TEMÁTICO ............................................................................................. 337 ESTATUTO DA ADVOCACIA E DA OAB 1 ESTATUTO DA ADVOCACIA E DA OAB Lei n. 8.906, de 04 de julho de 1994 Dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: TÍTULO I DA ADVOCACIA CAPÍTULO I DA ATIVIDADE DE ADVOCACIA1 Art. 1º São atividades privativas de advocacia: I – a postulação a qualquer2 órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais; II – as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas. § 1º Não se inclui na atividade privativa de advocacia a impetração de habeas corpus em qualquer instância ou tribunal. § 2º Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, só podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados por advogados.3 § 3º É vedada a divulgação de advocacia em conjunto com outra atividade.4 Art. 2º O advogado é indispensável à administração da justiça.5 § 1º No seu ministério privado, o advogado presta serviço público e exerce função social. § 2º No processo judicial, o advogado contribui, na postulação de decisão favorável ao seu constituinte, ao convencimento do julgador, e seus atos constituem múnus público. § 3º No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e manifestações, nos limites desta Lei.6 Art. 3º O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil – OAB.7 § 1º Exercem atividade de advocacia, sujeitando-se ao regime desta Lei, além do regime próprio a que se subordinem, os integrantes da Advocacia-Geral da União, da Procuradoria da Fazenda Nacional, da Defensoria Pública e das Procuradorias e Consultorias Jurídicas Publicada no Diário Oficial de 5 de julho de 1994, Seção 1, p. 10093/10099. 1 Ver Provimento 66/1988 (DJ, 20.06.1988, p. 15.578) e art. 5º do Regulamento Geral. 2 Ver anexo: decisão do STF proferida na ADI 1127. 3 Ver anexo: decisão do STF proferida na ADI 1194. Ver art. 2º do Regulamento Geral e Provimento 49/1981. 4 Ver Provimento 94/2000 (DJ, 12.09.2000, S. 1, p. 374). 5 Ver Provimento 97/2002 (DJ, 02.05.2002, S. 1, p. 539) e art. 133 da Constituição da República. 6 Ver anexo: decisão do STF proferida na ADI 1127 e Súmula 05/2012-COP (DOU, 23.10.2012, S. 1, p. 119). 7 Ver Provimento 91/2000 (DJ, 24.03.2000, S. 1, p. 211). ESTATUTO DA ADVOCACIA E DA OAB E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR 2 dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas entidades de administração indireta e fundacional.8 § 2º O estagiário de advocacia, regularmenteinscrito, pode praticar os atos previstos no Art. 1º, na forma do Regulamento Geral, em conjunto com advogado e sob responsabilidade deste.9 Art. 4º São nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa não inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções civis, penais e administrativas. Parágrafo único. São também nulos os atos praticados por advogado impedido – no âmbito do impedimento – suspenso, licenciado ou que passar a exercer atividade incompatível com a advocacia. Art. 5º O advogado postula, em juízo ou fora dele, fazendo prova do mandato. § 1º O advogado, afirmando urgência, pode atuar sem procuração, obrigando-se a apresentá- la no prazo de quinze dias, prorrogável por igual período. § 2º A procuração para o foro em geral habilita o advogado a praticar todos os atos judiciais, em qualquer juízo ou instância, salvo os que exijam poderes especiais.10 § 3º O advogado que renunciar ao mandato continuará, durante os dez dias seguintes à notificação da renúncia, a representar o mandante, salvo se for substituído antes do término desse prazo. CAPÍTULO II DOS DIREITOS DO ADVOGADO11 Art. 6º Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos. Parágrafo único. As autoridades, os servidores públicos e os serventuários da justiça devem dispensar ao advogado, no exercício da profissão, tratamento compatível com a dignidade da advocacia e condições adequadas a seu desempenho. Art. 7º São direitos do advogado: I – exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional; II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia; (NR)12 III – comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis; 8 Ver Lei 9.527/1997. Ver Título I, Capítulo V, do Estatuto. Ver anexo: decisão do STF proferida na ADI 1552 e ver ADI 5334. 9 Ver arts. 37 e seguintes do Regulamento Geral. 10 Ver art. 6º do Regulamento Geral. 11 Ver arts. 15 e seguintes do Regulamento Geral, Provimento 48/1981 (DOERJ, 27.07.1981) e 188/2018 (DEOAB, 31.12.2018, p. 4-6). 12 Alterado pela Lei 11.767/2008 (DOU, 06.08.2008, S. 1, p. 1). FERNANDA Realce 3 IV – ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB;13 V – não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado-Maior, com instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB14, e, na sua falta, em prisão domiciliar; VI – ingressar livremente: a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reservada aos magistrados; b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus titulares; c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado; d) em qualquer assembléia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deve comparecer, desde que munido de poderes especiais; VII – permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais indicados no inciso anterior, independentemente de licença; VIII – dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, observando-se a ordem de chegada15; IX – sustentar oralmente as razões de qualquer recurso ou processo, nas sessões de julgamento, após o voto do relator, em instância judicial ou administrativa, pelo prazo de quinze minutos, salvo se prazo maior for concedido;16 X – usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou censura que lhe forem feitas; XI – reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento; XII – falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação coletiva da Administração Pública ou do Poder Legislativo; XIII – examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não estiverem sujeitos a sigilo ou segredo de justiça, assegurada a obtenção de cópias, com possibilidade de tomar apontamentos; (NR)17 13 Ver anexo: decisão do STF proferida na ADI 1127. 14 Ver anexo: decisão do STF proferida na ADI 1127. 15 Ver anexo: ADI 4330. 16 Ver anexo: decisão do STF proferida na ADI 1127. 17 Alterado pela Lei 13.793/2019 (DOU, 04.01.2019, S. 1, p. 2). ESTATUTO DA ADVOCACIA E DA OAB E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR 4 XIV – examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital; (NR)18 XV – ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais; XVI – retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias; XVII – ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da profissão ou em razão dela;19 XVIII – usar os símbolos privativos da profissão de advogado;20 XIX – recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional; XX – retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, após trinta minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo; XXI – assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração: (NR)21 a) apresentar razões e quesitos; (NR)22 b) (VETADO).23 § 1º Não se aplica o disposto nos incisos XV e XVI: 1) aos processos sob regime de segredo de justiça; 2) quando existirem nos autos documentos originais de difícil restauração ou ocorrer circunstância relevante que justifique a permanência dos autos no cartório, secretaria ou repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado, proferido de ofício, mediante representação ou a requerimento da parte interessada; 3) até o encerramento do processo, ao advogado que houver deixado de devolver os respectivos autos no prazo legal, e só o fizer depois de intimado. § 2º O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamaçãoou desacato24 puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer. § 3º O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da profissão, em caso de crime inafiançável, observado o disposto no inciso IV deste artigo. 18 Alterado pela Lei 13.245/2016 (DOU, 13.01.2016, S. 1, p. 1). 19 Ver arts. 18 e 19 do Regulamento Geral. 20 Ver Provimento 08/1964 (D.O. Estado da Guanabara, 20.06.1966, parte III, p. 7.962). 21 Alterado pela Lei 13.245/2016 (DOU, 13.01.2016, S. 1, p. 1). 22 Alterado pela Lei 13.245/2016 (DOU, 13.01.2016, S. 1, p. 1). 23 Vetado pela Lei 13.245/2016 (DOU, 13.01.2016, S. 1, p. 1). 24 Ver anexo: decisão do STF proferida na ADI 1127. 5 § 4º O Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, em todos os juizados, fóruns, tribunais, delegacias de polícia e presídios, salas especiais permanentes para os advogados, com uso e controle25 assegurados à OAB. § 5º No caso de ofensa a inscrito na OAB, no exercício da profissão ou de cargo ou função de órgão da OAB, o conselho competente deve promover o desagravo público do ofendido, sem prejuízo da responsabilidade criminal em que incorrer o infrator. § 6º Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da inviolabilidade de que trata o inciso II do caput deste artigo, em decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreensão, específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informações sobre clientes. (NR)26 § 7º A ressalva constante do § 6º deste artigo não se estende a clientes do advogado averiguado que estejam sendo formalmente investigados como seus partícipes ou co-autores pela prática do mesmo crime que deu causa à quebra da inviolabilidade. (NR)27 § 8º (VETADO).28 § 9º (VETADO).29 § 10. Nos autos sujeitos a sigilo, deve o advogado apresentar procuração para o exercício dos direitos de que trata o inciso XIV. (NR)30 § 11. No caso previsto no inciso XIV, a autoridade competente poderá delimitar o acesso do advogado aos elementos de prova relacionados a diligências em andamento e ainda não documentados nos autos, quando houver risco de comprometimento da eficiência, da eficácia ou da finalidade das diligências. (NR)31 § 12. A inobservância aos direitos estabelecidos no inciso XIV, o fornecimento incompleto de autos ou o fornecimento de autos em que houve a retirada de peças já incluídas no caderno investigativo implicará responsabilização criminal e funcional por abuso de autoridade do responsável que impedir o acesso do advogado com o intuito de prejudicar o exercício da defesa, sem prejuízo do direito subjetivo do advogado de requerer acesso aos autos ao juiz competente. (NR)32 § 13. O disposto nos incisos XIII e XIV do caput deste artigo aplica-se integralmente a processos e a procedimentos eletrônicos, ressalvado o disposto nos §§ 10 e 11 deste artigo. (NR)33 25 Ver anexo: decisão do STF proferida na ADI 1127. 26 Alterado pela Lei 11.767/2008 (DOU, 06.08.2008, S. 1, p. 1). 27 Alterado pela Lei 11.767/2008 (DOU, 06.08.2008, S. 1, p. 1). 28 Vetado pela Lei 11.767/2008 (DOU, 06.08.2008, S. 1, p. 1) e Mensagem n. 594, de 07 de agosto de 2008 disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Msg/VEP-594-08.htm. 29 Vetado pela Lei n. 11.767/2008 (DOU, 06.08.2008, S. 1, p. 1) e Mensagem n. 594, de 07 de agosto de 2008 disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Msg/VEP-594-08.htm. 30 Alterado pela Lei 13.245/2016 (DOU, 13.01.2016, S. 1, p. 1). 31 Alterado pela Lei 13.245/2016 (DOU, 13.01.2016, S. 1, p. 1). 32 Alterado pela Lei 13.245/2016 (DOU, 13.01.2016, S. 1, p. 1). 33 Incluído pela Lei 13.793/2019 (DOU, 04.01.2019, S. 1, p. 2). ESTATUTO DA ADVOCACIA E DA OAB E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR 6 Art. 7º-A. São direitos da advogada: (NR)34 I – gestante: (NR)35 a) entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de metais e aparelhos de raios X; (NR)36 b) reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais; (NR)37 II – lactante, adotante ou que der à luz, acesso a creche, onde houver, ou a local adequado ao atendimento das necessidades do bebê; (NR)38 III – gestante, lactante, adotante ou que der à luz, preferência na ordem das sustentações orais e das audiências a serem realizadas a cada dia, mediante comprovação de sua condição; (NR)39 IV – adotante ou que der à luz, suspensão de prazos processuais quando for a única patrona da causa, desde que haja notificação por escrito ao cliente. (NR)40 § 1º Os direitos previstos à advogada gestante ou lactante aplicam-se enquanto perdurar, respectivamente, o estado gravídico ou o período de amamentação. (NR)41 § 2º Os direitos assegurados nos incisos II e III deste artigo à advogada adotante ou que der à luz serão concedidos pelo prazo previsto no art. 392 do Decreto-Lei n. 5.452, de 1º de maio de 1943 (Consolidação das Leis do Trabalho). (NR)42 § 3º O direito assegurado no inciso IV deste artigo à advogada adotante ou que der à luz será concedido pelo prazo previsto no § 6º do Art. 313 da Lei n. 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil). (NR)43 Art. 7º-B. Constitui crime violar direito ou prerrogativa de advogado previstos nos incisos II, III, IV e V do caput do art. 7º desta Lei: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.44 CAPÍTULO III DA INSCRIÇÃO45 Art. 8º Para inscrição como advogado é necessário: I – capacidade civil; II – diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada; III – título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro; IV – aprovação em Exame de Ordem;46 V – não exercer atividade incompatível com a advocacia; 34 Inserido pela Lei 13.363/2016 (DOU, 28.11.2016, S. 1, p. 1). 35 Inserido pela Lei 13.363/2016 (DOU, 28.11.2016, S. 1, p. 1). 36 Inserido pela Lei 13.363/2016 (DOU, 28.11.2016, S. 1, p. 1). 37 Inserido pela Lei 13.363/2016 (DOU, 28.11.2016, S. 1, p. 1). 38 Inserido pela Lei 13.363/2016 (DOU, 28.11.2016, S. 1, p. 1). 39 Inserido pela Lei 13.363/2016 (DOU, 28.11.2016, S. 1, p. 1). 40 Inserido pela Lei 13.363/2016 (DOU, 28.11.2016, S. 1, p. 1). 41 Inserido pela Lei 13.363/2016 (DOU, 28.11.2016, S. 1, p. 1). 42 Inserido pela Lei 13.363/2016 (DOU, 28.11.2016, S. 1, p. 1). 43 Inserido pela Lei 13.363/2016 (DOU, 28.11.2016, S. 1, p. 1). 44 Inserido pela Lei 13.869/2019 (DOU, 27.09.2019, edição extra-A, S. 1, p. 1-4). 45 Ver arts. 20 e seguintes do Regulamento Geral. 46 Ver anexo: decisão do STF - Recurso Extraordinário 603.583. 7 VI – idoneidade moral;47 VII – prestar compromisso perante o Conselho. § 1º O Exame de Ordem é regulamentado em provimento do Conselho Federal da OAB.48 § 2º O estrangeiro ou brasileiro, quando não graduado em direito no Brasil, deve fazer prova do título de graduação, obtido em instituição estrangeira, devidamente revalidado, além de atender aos demais requisitos previstos neste artigo.49 § 3º A inidoneidade moral, suscitada por qualquer pessoa, deve ser declarada mediante decisão que obtenha no mínimo dois terços dos votos de todos os membros do conselho competente, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar. § 4º Não atende ao requisito de idoneidade moral aquele que tiver sido condenado por crime infamante, salvo reabilitação judicial. Art. 9º Para inscrição como estagiário é necessário:50 I – preencher os requisitos mencionados nos incisos I, III, V, VI e VIIdo Art. 8º; II – ter sido admitido em estágio profissional de advocacia. § 1º O estágio profissional de advocacia, com duração de dois anos, realizado nos últimos anos do curso jurídico, pode ser mantido pelas respectivas instituições de ensino superior, pelos Conselhos da OAB, ou por setores, órgãos jurídicos e escritórios de advocacia credenciados pela OAB, sendo obrigatório o estudo deste Estatuto e do Código de Ética e Disciplina. § 2º A inscrição do estagiário é feita no Conselho Seccional em cujo território se localize seu curso jurídico. § 3º O aluno de curso jurídico que exerça atividade incompatível com a advocacia pode freqüentar o estágio ministrado pela respectiva instituição de ensino superior, para fins de aprendizagem, vedada a inscrição na OAB. § 4º O estágio profissional poderá ser cumprido por bacharel em Direito que queira se inscrever na Ordem. Art. 10. A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo território pretende estabelecer o seu domicílio profissional, na forma do Regulamento Geral.51 § 1º Considera-se domicílio profissional a sede principal da atividade de advocacia, prevalecendo, na dúvida, o domicílio da pessoa física do advogado. § 2º Além da principal, o advogado deve promover a inscrição suplementar nos Conselhos Seccionais em cujos territórios passar a exercer habitualmente a profissão, considerando-se habitualidade a intervenção judicial que exceder de cinco causas por ano.52 47 Ver Súmula 06/2018-COP (DOU, 07.06.2018, S. 1, p. 129). 48 Ver Provimento 144/2011 (DOU, 15.06.2011, S. 1, p. 129-130), art. 58, VI, do Estatuto e arts. 88, II, e 112, do Regulamento Geral. 49 Ver Provimentos 91/2000 (DJ, 24.03.2000, S. 1, p. 211) e 129/2008 (DJ, 12.03.2009, p. 224). 50 Ver arts. 27 e seguintes do Regulamento Geral. 51 Ver arts. 20 e seguintes do Regulamento Geral. 52 Ver art. 5º do Regulamento Geral e Provimento 45/1978 (DOERJ, 09.02.1979, parte III, p. 40). ESTATUTO DA ADVOCACIA E DA OAB E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR 8 § 3º No caso de mudança efetiva de domicílio profissional para outra unidade federativa, deve o advogado requerer a transferência de sua inscrição para o Conselho Seccional correspondente.53 § 4º O Conselho Seccional deve suspender o pedido de transferência ou inscrição suplementar, ao verificar a existência de vício ou ilegalidade na inscrição principal, contra ela representando ao Conselho Federal. Art. 11. Cancela-se a inscrição do profissional que: I – assim o requerer; II – sofrer penalidade de exclusão; III – falecer; IV – passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia; V – perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição. § 1º Ocorrendo uma das hipóteses dos incisos II, III e IV, o cancelamento deve ser promovido, de ofício, pelo Conselho competente ou em virtude de comunicação por qualquer pessoa. § 2º Na hipótese de novo pedido de inscrição – que ão restaura o número de inscrição anterior – deve o interessado fazer prova dos requisitos dos incisos I, V, VI e VII do art. 8º. § 3º Na hipótese do inciso II deste artigo, o novo pedido de inscrição também deve ser acompanhado de provas de reabilitação. Art. 12. Licencia-se o profissional que:54 I – assim o requerer, por motivo justificado; II – passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o exercício da advocacia; III – sofrer doença mental considerada curável. Art. 13. O documento de identidade profissional, na forma prevista no Regulamento Geral, é de uso obrigatório no exercício da atividade de advogado ou de estagiário e constitui prova de identidade civil para todos os fins legais.55 Art. 14. É obrigatória a indicação do nome e do número de inscrição em todos os documentos assinados pelo advogado, no exercício de sua atividade. Parágrafo único. É vedado anunciar ou divulgar qualquer atividade relacionada com o exercício da advocacia ou o uso da expressão “escritório de advocacia”, sem indicação expressa do nome e do número de inscrição dos advogados que o integrem ou o número de registro da sociedade de advogados na OAB.56 53 Ver Provimento 178/2017 (DOU, 11.10.2017, S. 1, p. 181). 54 Ver Súmula 03/2012-COP (DOU, 09.10.2012, S. 1, p. 124). 55 Ver art. 54, X, do Estatuto e arts. 32 a 36 do Regulamento Geral. 56 Ver Provimento 94/2000 (DJ, 12.09.2000, S. 1, p. 374). FERNANDA Realce FERNANDA Realce FERNANDA Realce 9 CAPÍTULO IV DA SOCIEDADE DE ADVOGADOS57 Art. 15. Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de prestação de serviços de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de advocacia, na forma disciplinada nesta Lei e no regulamento geral. (NR)58 § 1º A sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de advocacia adquirem personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede. (NR)59 § 2º Aplica-se à sociedade de advogados e à sociedade unipessoal de advocacia o Código de Ética e Disciplina, no que couber. (NR)60 § 3º As procurações devem ser outorgadas individualmente aos advogados e indicar a sociedade de que façam parte. § 4º Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal de advocacia, com sede ou filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional. (NR)61 § 5º O ato de constituição de filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado no Conselho Seccional onde se instalar, ficando os sócios, inclusive o titular da sociedade unipessoal de advocacia, obrigados à inscrição suplementar. (NR)62 § 6º Os advogados sócios de uma mesma sociedade profissional não podem representar em juízo clientes de interesses opostos. § 7º A sociedade unipessoal de advocacia pode resultar da concentração por um advogado das quotas de uma sociedade de advogados, independentemente das razões que motivaram tal concentração. (NR)63 Art. 16. Não são admitidas a registro nem podem funcionar todas as espécies de sociedades de advogados que apresentem forma ou características de sociedade empresária, que adotem denominação de fantasia, que realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam como sócio ou titular de sociedade unipessoal de advocacia pessoa não inscrita como advogado ou totalmente proibida de advogar. (NR)64 § 1º A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advogado responsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo. 57 Ver arts. 24-A, 24-B, 37 e seguintes do Regulamento Geral; Provimentos 69/1989 (DJ, 17.03.1989, p. 3.713), 91/2000 (DJ, 24.03.2000, S. 1, p. 211), 94/2000 (DJ, 12.09.2000, S. 1, p. 374), 95/2000 (DJ, 16.11.2000, S. 1, p. 485) e 112/2006 (DJ, 11.10.2006, S. 1, p. 819). 58 Alterado pela Lei 13.247/2016 (DOU, 13.01.2016, S. 1, p. 1). 59 Alterado pela Lei 13.247/2016 (DOU, 13.01.2016, S. 1, p. 1). 60 Alterado pela Lei 13.247/2016 (DOU, 13.01.2016, S. 1, p. 1). 61 Alterado pela Lei 13.247/2016 (DOU, 13.01.2016, S. 1, p. 1). 62 Alterado pela Lei 13.247/2016 (DOU, 13.01.2016, S. 1, p. 1). 63 Alterado pela Lei 13.247/2016 (DOU, 13.01.2016, S. 1, p. 1). 64 Alterado pela Lei 13.247/2016 (DOU, 13.01.2016, S. 1, p. 1). ESTATUTO DA ADVOCACIA E DA OAB E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR 10 § 2º O licenciamento do sócio para exercer atividade incompatível com a advocacia em caráter temporário deve ser averbado no registro da sociedade, não alterando sua constituição. § 3º É proibido o registro, nos cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade que inclua, entre outras finalidades, a atividade de advocacia. § 4º A denominaçãoda sociedade unipessoal de advocacia deve ser obrigatoriamente formada pelo nome do seu titular, completo ou parcial, com a expressão ‘Sociedade Individual de Advocacia. (NR)65 Art. 17. Além da sociedade, o sócio e o titular da sociedade individual de advocacia respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados aos clientes por ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar em que possam incorrer. (NR)66 CAPÍTULO V67 DO ADVOGADO EMPREGADO Art. 18. A relação de emprego, na qualidade de advogado, não retira a isenção técnica nem reduz a independência profissional inerentes à advocacia. Parágrafo único. O advogado empregado não está obrigado à prestação de serviços profissionais de interesse pessoal dos empregadores, fora da relação de emprego. Art. 19. O salário mínimo profissional do advogado será fixado em sentença normativa, salvo se ajustado em acordo ou convenção coletiva de trabalho. Art. 20. A jornada de trabalho do advogado empregado, no exercício da profissão, não poderá exceder a duração diária de quatro horas contínuas e a de vinte horas semanais, salvo acordo ou convenção coletiva ou em caso de dedicação exclusiva.68 § 1º Para efeitos deste artigo, considera-se como período de trabalho o tempo em que o advogado estiver à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, no seu escritório ou em atividades externas, sendo-lhe reembolsadas as despesas feitas com transporte, hospedagem e alimentação. § 2º As horas trabalhadas que excederem a jornada normal são remuneradas por um adicional não inferior a cem por cento sobre o valor da hora normal, mesmo havendo contrato escrito. § 3º As horas trabalhadas no período das vinte horas de um dia até as cinco horas do dia seguinte são remuneradas como noturnas, acrescidas do adicional de vinte e cinco por cento. Art. 21. Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este representada, os honorários de sucumbência são devidos aos advogados empregados.69 65 Alterado pela Lei 13.247/2016 (DOU, 13.01.2016, S. 1, p. 1). 66 Alterado pela Lei 13.247/2016 (DOU, 13.01.2016, S. 1, p. 1). 67 Ver anexo: decisão do STF proferida na ADI 1552 e ver ADI 3396. 68 Ver art. 12 do Regulamento Geral. 69 Ver anexo: decisão do STF proferida na ADI 1194. 11 Parágrafo único. Os honorários de sucumbência, percebidos por advogado empregado de sociedade de advogados são partilhados entre ele e a empregadora, na forma estabelecida em acordo.70 CAPÍTULO VI DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS71 Art. 22. A prestação de serviço profissional assegura aos inscritos na OAB o direito aos honorários convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e aos de sucumbência. § 1º O advogado, quando indicado para patrocinar causa de juridicamente necessitado, no caso de impossibilidade da Defensoria Pública no local da prestação de serviço, tem direito aos honorários fixados pelo juiz, segundo tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB, e pagos pelo Estado. § 2º Na falta de estipulação ou de acordo, os honorários são fixados por arbitramento judicial, em remuneração compatível com o trabalho e o valor econômico da questão, não podendo ser inferiores aos estabelecidos na tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB. § 3º Salvo estipulação em contrário, um terço dos honorários é devido no início do serviço, outro terço até a decisão de primeira instância e o restante no final. § 4º Se o advogado fizer juntar aos autos o seu contrato de honorários antes de expedir-se o mandado de levantamento ou precatório, o juiz deve determinar que lhe sejam pagos diretamente, por dedução da quantia a ser recebida pelo constituinte, salvo se este provar que já os pagou. § 5º O disposto neste artigo não se aplica quando se tratar de mandato outorgado por advogado para defesa em processo oriundo de ato ou omissão praticada no exercício da profissão. § 6º O disposto neste artigo aplica-se aos honorários assistenciais, compreendidos como os fixados em ações coletivas propostas por entidades de classe em substituição processual, sem prejuízo aos honorários convencionais. (NR)72 § 7º Os honorários convencionados com entidades de classe para atuação em substituição processual poderão prever a faculdade de indicar os beneficiários que, ao optarem por adquirir os direitos, assumirão as obrigações decorrentes do contrato originário a partir do momento em que este foi celebrado, sem a necessidade de mais formalidades. (NR)73 Art. 23. Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou sucumbência, pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo para executar a sentença nesta parte, podendo requerer que o precatório, quando necessário, seja expedido em seu favor. Art. 24. A decisão judicial que fixar ou arbitrar honorários e o contrato escrito que o estipular são títulos executivos e constituem crédito privilegiado na falência, concordata, concurso de credores, insolvência civil e liquidação extrajudicial. 70 Ver anexo: decisão do STF proferida na ADI 1194. 71 Ver art. 58, V, do Estatuto e arts. 14 e 111 do Regulamento Geral. 72 Incluído pela Lei 13.725/2018 (DOU, 05.10.2018, S. 1, p. 3). 73 Incluído pela Lei 13.725/2018 (DOU, 05.10.2018, S. 1, p. 3). ESTATUTO DA ADVOCACIA E DA OAB E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR 12 § 1º A execução dos honorários pode ser promovida nos mesmos autos da ação em que tenha atuado o advogado, se assim lhe convier. § 2º Na hipótese de falecimento ou incapacidade civil do advogado, os honorários de sucumbência, proporcionais ao trabalho realizado, são recebidos por seus sucessores ou representantes legais. § 3º É nula qualquer disposição, cláusula, regulamento ou convenção individual ou coletiva que retire do advogado o direito ao recebimento dos honorários de sucumbência.74 § 4º O acordo feito pelo cliente do advogado e a parte contrária, salvo aquiescência do profissional, não lhe prejudica os honorários, quer os convencionados, quer os concedidos por sentença. Art. 25. Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de advogado, contado o prazo: I – do vencimento do contrato, se houver; II – do trânsito em julgado da decisão que os fixar; III – da ultimação do serviço extrajudicial; IV – da desistência ou transação; V – da renúncia ou revogação do mandato. Art. 25-A. Prescreve em cinco anos a ação de prestação de contas pelas quantias recebidas pelo advogado de seu cliente, ou de terceiros por conta dele (art. 34, XXI). (NR)75 Art. 26. O advogado substabelecido, com reserva de poderes, não pode cobrar honorários sem a intervenção daquele que lhe conferiu o substabelecimento. CAPÍTULO VII DAS INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS Art. 27. A incompatibilidade determina a proibição total, e o impedimento, a proibição parcial do exercício da advocacia. Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as seguintes atividades: 76 I – chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais; II – membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta ou indireta;77 III – ocupantes de cargos ou funções de direção em órgãos da Administração Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou concessionárias de serviço público; 74 Ver anexo: decisão do STF proferida na ADI 1194. 75 Inserido pela Lei 11.902/2009 (DOU, 13.01.2009, S. 1, p. 1). 76 Ver anexo: ADI 5785 e ver Súmula 05/2013-OEP (DOU, 21.06.2013, S. 1, p. 166). 77 Ver anexo: decisão do STF proferida na ADI 1127; art. 8º do Regulamento Geral; art. 21 da Lei 13.316/2016 (DOU, 21.07.2016,S. 1, p. 1) e Súmula 02/2009-OEP (DJ, 03.03.2010, p. 108). 13 IV – ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro; V – ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a atividade policial de qualquer natureza;78 VI – militares de qualquer natureza, na ativa; VII – ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais; VIII – ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas. § 1º A incompatibilidade permanece mesmo que o ocupante do cargo ou função deixe de exercê-lo temporariamente. § 2º Não se incluem nas hipóteses do inciso III os que não detenham poder de decisão relevante sobre interesses de terceiro, a juízo do Conselho competente da OAB, bem como a administração acadêmica diretamente relacionada ao magistério jurídico. Art. 29. Os Procuradores-Gerais, Advogados-Gerais, Defensores-Gerais e dirigentes de órgãos jurídicos da Administração Pública direta, indireta e fundacional são exclusivamente legitimados para o exercício da advocacia vinculada à função que exerçam, durante o período da investidura. Art. 30. São impedidos de exercer a advocacia:79 I – os servidores da administração direta, indireta ou fundacional, contra a Fazenda Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora; II – os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público. Parágrafo único. Não se incluem nas hipóteses do inciso I os docentes dos cursos jurídicos. CAPÍTULO VIII DA ÉTICA DO ADVOGADO80 Art. 31. O advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de respeito e que contribua para o prestígio da classe e da advocacia. § 1º O advogado, no exercício da profissão, deve manter independência em qualquer circunstância. § 2º Nenhum receio de desagradar a magistrado ou a qualquer autoridade, nem de incorrer em impopularidade, deve deter o advogado no exercício da profissão. Art. 32. O advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa. 78 Ver Provimento 62/1988 (DJ, 25.05.1988, p. 12.694) e Súmula 03/2009-OEP (DJ, 03.03.2010, p. 108). 79 Ver parágrafo único, art. 2º, do Regulamento Geral. 80 Ver Código de Ética e Disciplina e Provimento 94/2000 (DJ, 12.09.2000, S. 1, p. 374). ESTATUTO DA ADVOCACIA E DA OAB E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR 14 Parágrafo único. Em caso de lide temerária, o advogado será solidariamente responsável com seu cliente, desde que coligado com este para lesar a parte contrária, o que será apurado em ação própria. Art. 33. O advogado obriga-se a cumprir rigorosamente os deveres consignados no Código de Ética e Disciplina. Parágrafo único. O Código de Ética e Disciplina regula os deveres do advogado para com a comunidade, o cliente, o outro profissional e, ainda, a publicidade, a recusa do patrocínio, o dever de assistência jurídica, o dever geral de urbanidade e os respectivos procedimentos disciplinares. CAPÍTULO IX DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES81 Art. 34. Constitui infração disciplinar: I – exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não inscritos, proibidos ou impedidos; II – manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos nesta Lei;82 III – valer-se de agenciador de causas, mediante participação nos honorários a receber; IV – angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção de terceiros; V – assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou para fim extrajudicial que não tenha feito, ou em que não tenha colaborado; VI – advogar contra literal disposição de lei, presumindo-se a boa-fé quando fundamentado na inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em pronunciamento judicial anterior; VII – violar, sem justa causa, sigilo profissional; VIII – estabelecer entendimento com a parte adversa sem autorização do cliente ou ciência do advogado contrário; IX – prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu patrocínio; X – acarretar, conscientemente, por ato próprio, a anulação ou a nulidade do processo em que funcione; XI – abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos dez dias da comunicação da renúncia; XII – recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência jurídica, quando nomeado em virtude de impossibilidade da Defensoria Pública; XIII – fazer publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente, alegações forenses ou relativas a causas pendentes; XIV – deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária e de julgado, bem como de depoimentos, documentos e alegações da parte contrária, para confundir o adversário ou iludir o juiz da causa; 81 Ver Código de Ética e Disciplina; Provimentos 83/1996 (DJ, 16.07.1996, p. 24.979) e 94/2000 (DJ, 12.09.2000, S. 1, p. 374); Resoluções 01/2011-SCA (DOU, 22.09.2011, S. 1, p. 771) e 02/2018-SCA (DEOAB, 31.01.2019, p. 1) – Manual de Procedimentos do processo ético-disciplinar. 82 Ver arts. 24-A e 24-B do Regulamento Geral; e Provimentos 69/1989 (DJ, 17.03.1989, p. 3.713), 91/2000 (DJ, 24.03.2000, S. 1, p. 211), 94/2000 (DJ, 12.09.2000, S. 1, p. 374) e 112/2006 (DJ, 11.10.2006, S. 1, p. 819). 15 XV – fazer, em nome do constituinte, sem autorização escrita deste, imputação a terceiro de fato definido como crime; XVI – deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinação emanada do órgão ou autoridade da Ordem, em matéria da competência desta, depois de regularmente notificado; XVII – prestar concurso a clientes ou a terceiros para realização de ato contrário à lei ou destinado a fraudá-la; XVIII – solicitar ou receber de constituinte qualquer importância para aplicação ilícita ou desonesta; XIX – receber valores, da parte contrária ou de terceiro, relacionados com o objeto do mandato, sem expressa autorização do constituinte; XX – locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente ou da parte adversa, por si ou interposta pessoa; XXI – recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de quantias recebidas dele ou de terceiros por conta dele;83 XXII – reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com vista ou em confiança; XXIII – deixar de pagar as contribuições, multas e preços de serviços devidos à OAB, depois de regularmente notificado a fazê-lo; XXIV – incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional; XXV – manter conduta incompatível com a advocacia; XXVI – fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para inscrição na OAB; XXVII – tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da advocacia; XXVIII – praticar crime infamante; XXIX – praticar, o estagiário, ato excedente de sua habilitação. Parágrafo único. Inclui-se na conduta incompatível: a) prática reiterada de jogo de azar, não autorizado por lei; b) incontinência pública e escandalosa; c) embriaguez ou toxicomania habituais. Art. 35. As sanções disciplinares consistem em: I – censura; II – suspensão; III – exclusão; IV – multa. Parágrafo único. As sanções devem constar dos assentamentos do inscrito, após o trânsito em julgado da decisão, não podendo ser objeto da publicidade a de censura. Art. 36. A censura é aplicável nos casos de: I – infrações definidas nos incisos I a XVI e XXIX do art. 34; II – violação a preceito do Código de Ética e Disciplina; III – violação a preceito desta Lei, quando para a infração não se tenha estabelecido sanção mais grave. Parágrafo único. A censura pode ser convertida em advertência,
Compartilhar