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ESTUDO DIRIGIDO D PENAL PRINCIPIOS LEI PENAL TEORIA CRIME

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ESTUDO DIRIGIDO D PENAL PRINCIPIOS LEI PENAL TEORIA CRIME.docNome: Izabela Paixão Saár
ESTUDO DIRIGIDO
1) Sobre os princípios do Direito Penal, responda:
a) O que significa o princípio da intervenção mínima?
De acordo com o princípio da intervenção mínima, o Direito Penal deve apenas se preocupar com os bens mais importantes e necessários para a sociedade (a vida, o patrimônio, a dignidade sexual e a integridade física), é a ultima ratio, ou seja a ultima opição, o direito só deve intervir em casos de ataques graves a tais bens jurídicos importantes, possuindo também carater subsidiário.
b) Quais são os 10 axiomas do garantismo?
1. Nulla poena sine crimine (Não há pena sem crime)
2. Nullum crimen sine lege (Não há crime sem lei)
3. Nulla lex (poenalis) sine necessitate (Não há lei penal sem necessidade)
4. Nulla necessitas sine injusria (Não há necessidade sem ofensa a bem jurídico)
5. Nulla injuria sine actione (Não há ofensa ao bem jurídico sem ação)
6. Nulla actio sine culpa (Não há ação sem culpa)
7. Nulla culpa sine judicio ( Não há culpa sem processo)
8. Nulla judicium sine accustone (Não há processo sem acusação)
9. Nulla accusatio sine probatione (Não há acusação sem prova)
10. Nulla probatio sine defensione (Não há acusação sem defesa)
c) Quais as quatro funções principais do princípio da lesividade?
Proibir a incriminação de uma atitude interna, proibir a incriminação de uma conduta que não exeda o âmbito do próprio autor, proibir a incriminação de simples estados ou condições existenciais e proibir a incriminação de condutas desviadas que não afetem qualquer bem jurídico.
d) Em que consiste o princípio da intranscendência?
 Consiste em que apenas o condenado, terá que se submeter a sanção a ele imposta, ou seja, apenas o autor do fato responde pelo delito cometido.
e) O princípio da adequação social serve como causa de justificação?
Em alguns casos sim. o princípio da adequação social, visa que contudas que sâo aceitas socialmente, não podem ser tipificadas pelo Direito Penal, é considerado um instrumento de interpretação das leis de modo Geral.
f) O que significa dizer que o Direito Penal tem caráter fragmentário?
o Direito Penal tem caráter fragmentário pois, apenas protegerá os bens jurídicos essenssiais, os mais importantes para a manutenção da vida em sociedade, catiga apenas ações mais graves que ferem esses bens. A fragmentariedade é a aplicação da adoção de tais bens ao caso concreto.
g) Em que consiste o princípio da insignificância?
O princípio da insignificancia, consiste em a não punição de crimes que geram uma ofensa irrelevante ao bem jurídico protegido pelo tipo penal. Aplica-se em casos onde o grau de reprovabilidade da conduta é reduzido, quando o comportamento não traz uma periculosodade social e possui uma miníma ofensividade, fatores considerados insignificantes para o direito penal.
2) Medidas provisórias podem veicular normas penais incriminadoras? Justifique.
Não. Segundo o artigo 62, parágrafo 1º, letra b, da Constituição Federal, é vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria de Direito Penal, ou seja, tais medidas não podem veicular normas penais classificadas como incriminadoras, não possuiem qualquer eficácia legislativa e são totalmente desconsiderasas pelo direito penal.
3) Costumes podem criar infrações penais? Justifique. 
Não. Os costumes não servem para o nacimento de leis penais, eles apenas auxiliam o legislador na interpretação de conceitos e a necessidade ou não de alguma norma continuar em nosso ordenamento jurídico, como um tipo penal incriminador.
4) Admite-se a interpretação extensiva no Direito Penal? Justifique.
Sim. Se utiliza da interpretação extensiva quando, a lei diz menos do que aquilo que pretendia, sendo necessario alargar seu alcace, para que se possa conhecer a lei de forma mais ampla e exata. À exemplo quando se cuida das causas de suspeição do juiz (art. 254, CPP), deve-se incluir também o jurado, que não deixa de ser um magistrado, embora leigo. Onde se menciona no Código de Processo Penal a palavra réu, para o fim de obter liberdade provisória, é natural incluir-se indiciado. 
5) Qual a diferença entre interpretação analógica, aplicação analógica e interpretação extensiva?
A interpretação Analógica, é o processo de averiguação do sentido da norma jurídica, valendo-se de elementos fornecidos pela própria lei, através de método de semelhança. A aplicação analógica também conhecida como analogia, por sua vez é uma forma de auto-integração da lei, é a aplicação de uma hipotese não prevista na norma a disposição legal relativfa a determinado caso concreto. Já a interpretação extensiva por sua vez, é o processo de extração do puro significado da norma, ampliando-se o alcance das palavras legais, a fim de se atender a real finalidade do texto. 
6) O que são normas penais em branco homogêneas heterovitelíneas?
As normas penais em branco homôgeneas heterovitelineas são, normas que possuem a mesma fonte legislativa (União), mas que necessitam de fonte diversa da qual foi editada para se complementar, e tais fontes são oriunda de outra lei diversa a elas. À exemplo a Contravenção Penal de Simulação da Qualidade de Funcionário Público (art. 45 LCP), que possui seu complemento contido no 
 HYPERLINK "https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/código-penal-decreto-lei-2848-40" 
Código Penal (art. 327), que estabelece o conceito de Funcionário Público.
7) No conflito aparente de normas penais, em que consiste o princípio da especialidade?
Consiste na norma especial afastar a aplicação da norma geral. Em alguns tipos penais incriminadores existem elementos que os tornam mais especiais em relação a outros, de modo que ao compara-los a regra especial se molda melhor ao caso concreto, e acaba afastando a aplicação na norma geralk, isso porque dada norma especial possui um certo plus, ou seja, um detalhe a mais ( Com base na lição de Assis Toledo). Como exemplo podemos citar o Infanticídio, tipificado no art. 123 do CP.
8) Sobre lei penal no tempo, explique:
a) O que significa dizer que a norma penal benéfica é extra ativa?
Significa que a norma teve a capacidade de se movimentar no tempo regulando fatos ocorridos durante a sua vigência, e mesmo depois de revogada retroagiu no tempo a fim de regular situações ocorridas anteriormente à sua vigência, afim de beneficiar o agente.
b) Em que consiste a abolitio criminis?
Consiste na extinção da punibilidade e cessação de todos os efeitos penais da sentença condenatória, ou seja, elimina a tipicidade. 
c) O que é o princípio da continuidade normativo-típica?
Significa a manutenção do caráter proibido da conduta, porém com o deslocamento para outro tipo penal. A intenção do legislador, nesse caso, é de que a conduta continue sendo considerada criminosa, porém, em outro dispositivo legal. Trata-se de uma supressão formal do crime.
d) É admitida a combinação de leis (lex tertia)?
De acordo com o entendimento majoritário Não. Pois fere o princípio da separação dos poderes. No entanto existe outra corrente, e segundo ela é admitida, pois estaria atendendo aos princípios da retroatividade e ultra-atividade da lei penal mais benéfica.
e) A mudança no complemento normativo da norma penal em branco pode ter sua aplicação retroativa?
Sim. É permitida caso os complementos retroajam, visando beneficiar o réu.
9) Sobre o tempo do crime, qual a teoria adotada pelo Código Penal? Justifique.
Teoria da Atividade. O código Penal adotou a teoria da atividade, considerando como o tempo do crime, o momento da ação ou omissão, pouco importando o momento na qual se deu o resultado, e isso está previsto no art. 4° do CP.
10) Indique os casos de extraterritorialidade condicionada da lei penal brasileira.
Os casos de extraterritorialidade condicionada estão previstos no art. 7° inciso II, alineas “a”, “b” e “c”.
II - os crimes: 
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; 
b) praticados por brasileiro; 
c) praticados em aeronaves ou embarcações
brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.
11) Sobre a teoria do crime, responda:
a) Qual o conceito analítico de crime adotada pela doutrina e jurisprudência dominante no Brasil?
Adotou o Crime segundo a vertentente que tem o crime como tripartido, sendo um fato tipico, antijuridico ou ilicito e culpável.
b) Qual o conceito de conduta para o finalismo?
Conduta é o exercício de uma atividade final, ou seja, um comportamento humano voluntário dirigido a uma finalidade qualquer, essa que pode ser lícita ou ilícita.
c) Quando, nos crimes omissivos, o agente tem o dever de agir?
Sim. O agente possui a obrigação de agir, mas não possui a obrigaçã de evitar resultados causados por essa conduta.
d) Em que consiste a tipicidade conglobante?
É uma teoria criada por Raul Zaffaroni, onde entende-se que não se pode considerar como típica uma conduta que é fomentada ou tolerada pelo próprio Estado. Em outras palavras, o que é permitido, fomentado ou determinado por uma norma não pode estar proibido por outra.
e) O que significa dizer que o tipo é indiciário da antijuridicidade?
Ao constatadar a tipicidade de determinada conduta, passa a incidir sobre ela uma presunção de que seja ilícita, afinal de contas no tipo penal somente estão descritas condutas indesejáveis.
f) O que são elementos normativos do tipo?
São elementos qur exigem do intérprete um juízo de valor, podendo ser expressos por meio de termos jurídicos, aqueles que precisam de definição por outra norma (como “funcionário público”) , ou extrajurídicos que são os relacionados a aspectos subjetivos (como a palavra indevidamente) ou expressões culturais, as quais dependem dos costumes das pessoas do local em que a lei está inserida (como o que é considerado ato obsceno). 
g) A pessoa jurídica pode cometer crimes?
 Segundo o STF a pessoa jurídica não pode praticar crime, mas pode ser penalmente responsabilizada nas infrações contra o meio ambiente, pois em verdade há responsabilidade penal social. 
h) Existe crime sem resultado?
De acordo com a teoria naturalística há crime sem resultado, enquanto para a normativa não há crime sem resultado, ou seja, há crime sem resultado naturalístico. A exemplo os crimes de mera conduta
i) Em que consiste a teoria da equivalência dos antecedentes causais?
Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. Todos os fatos que antecedem o resultado se equivalem, desde que indispensáveis à sua ocorrência. Para ela, não existe diferença entre causa, concausa, ocasião e outras. O que contribui de alguma forma é causa.
j) Quando a causa superveniente, relativamente independente, exclui a imputação do crime?
A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado, os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou.

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