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PROJETO DE ENSINO - ADELIA

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18
Pedagogia
A IMPORTÂNCIA do brincar e das brincadeiras na educação infantil
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do Paraná – UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Pedagogo.
Orientadores: Prof (a).: Diego Barbosa Prestes
 Lilian Gavioli de Jesus
 Natalia Gomes dos Santos
ALMEIDA, Adélia Cristina de. A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR E DAS BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL. 2017. 24 p. Projeto de Ensino (Graduação em Pedagogia) – Centro de Ciências Exatas e Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, Sete Lagoas, 2017.
RESUMO
O tema escolhido para o presente projeto é “A importância do Brincar e das Brincadeiras na Educação Infantil” e a linha de pesquisa escolhida é a Docência na Educação Infantil. A maneira lúdica de aprender na educação infantil é de extrema importância, pois leva o aluno a sensações e emoções fundamentais para o seu desenvolvimento. Afinal, brincando a criança forma sua personalidade e aprende a lidar com o mundo. Assim, pelo fato da brincadeira estar intrinsecamente ligada ao desenvolvimento infantil, também deve estar inserida no contexto escolar com o objetivo de auxiliar o processo de aprendizagem. A justificativa para o estudo é que os jogos e brincadeiras no cotidiano escolar de sala de aula vêm ganhando mais espaço, uma vez que é perceptível seu caráter criativo, imaginário, inovador e socializador. O desenvolvimento integral da criança é perceptível, pois, a mesma busca compreender o mundo que a cerca e construir de forma única e participativa sua relação com o conhecimento. O objetivo geral do presente trabalho é mostrar a importância da brincadeira, do brincar, para as crianças na Educação Infantil. Dentre os objetivos específicos do projeto de estudo, pode-se citar: entender os conceitos básicos ligados ao ato de brincar e à brincadeira; evidenciar as principais características do ato de brincar e sua importância no desenvolvimento infantil; discutir sobre a utilização de atividades lúdicas no contexto educacional, especialmente, na educação infantil. Os conteúdos a serem desenvolvidos são: Linguagem oral; linguagem musical; Linguagem visual; Princípios básicos de convivência, o cuidado consigo, o cuidado com o outro, resolução de problemas. A avaliação do projeto é realizada de forma contínua e diagnóstica, com o professor registrando os progressos e as dificuldades. Dentre os autores pesquisados, pode-se citar, dentre outros: Navarro (2009), Quixabeira et. al (2008), Lira e Rubio (2014), Reis et. al (2015), Moreira (2008).
Palavras-chaves: Brincar. Brincadeiras. Importância. Lúdico. Educação Infantil.
SUMÁRIO
	1 Introdução ............................................................................................................
	5
	2 Revisão Bibliográfica ...........................................................................................
	7
	3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino ..........................................
	16
	3.1Tema e linha de pesquisa ..................................................................................
	16
	3.2 Justificativa .......................................................................................................
	16
	3.3 Problematização ...............................................................................................
	17
	3.4 Objetivos ...........................................................................................................
	17
	3.5 Conteúdos .........................................................................................................
	18
	3.6 Processo de Desenvolvimento .........................................................................
	18
	3.7 Tempo para a Realização do Projeto ...............................................................
	19
	3.8 Recursos Humanos e Materiais ........................................................................
	19
	3.9 Avaliação ..........................................................................................................
	20
	4 Considerações Finais ..........................................................................................
	21
	5 Referências ..........................................................................................................
	23
1 Introdução
A Educação Infantil é uma fase fundamental para o desenvolvimento emocional e cognitivo da criança. O grande desafio dos professores de Educação Infantil é proporcionar aulas interessantes e atraentes. 
Brincar é uma importante forma de comunicação e, por meio dela, que a criança pode reproduzir o seu cotidiano. A brincadeira na Educação Infantil é uma atividade essencial para as crianças, onde a mesma não tem valor de passatempo, mas de criar recursos para enfrentar o mundo com seus desafios. 
Para definir a brincadeira infantil, vale ressaltar a importância do brincar para o desenvolvimento integral do ser humano nos aspectos físico, social, cultural, afetivo e cognitivo, tentando conscientizar pais, educadores e sociedade de que o ato de brincar faz parte de uma aprendizagem prazerosa que não é apenas lazer, mas sim, um ato de aprender. Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia. O fato de a criança, desde muito cedo, poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar determinado papel na brincadeira, faz com que ela desenvolva sua imaginação. No entanto, é preciso uma maior valorização da escola, da família e da sociedade em geral em relação à ludicidade que deve estar sendo vivenciada na infância (QUIXABEIRA et. al, 2008). 
O brincar é uma das formas mais comuns do comportamento humano, principalmente durante a infância. Infelizmente, até pouco tempo, o brincar era desvalorizado, destituído de valor a nível educativo. Com o passar dos tempos, houve uma mudança na forma como se compreende o brincar e a sua importância no processo de desenvolvimento da criança.
O tema escolhido para o presente projeto é “A importância do Brincar e das Brincadeiras na Educação Infantil” e a linha de pesquisa escolhida é a Docência na Educação Infantil. A maneira lúdica de aprender na educação infantil é de extrema importância, pois leva o aluno a sensações e emoções fundamentais para o seu desenvolvimento. Afinal, brincando a criança forma sua personalidade e aprende a lidar com o mundo. Assim, pelo fato da brincadeira estar intrinsecamente ligada ao desenvolvimento infantil, também deve estar inserida no contexto escolar com o objetivo de auxiliar o processo de aprendizagem (LIRA e RUBIO, 2014).
A brincadeira é uma maneira surpreendente de aprendizagem, além de promover a integração entre as crianças. Nesta fase, a criança está sempre descobrindo e aprendendo novas coisas, é um ser em criação, o brincar nessa fase é fundamental para seu desenvolvimento social e cognitivo.
A justificativa para o estudo é que os jogos e brincadeiras no cotidiano escolar de sala de aula vêm ganhando mais espaço, uma vez que é perceptível seu caráter criativo, imaginário, inovador e socializador. O desenvolvimento integral da criança é perceptível, pois, a mesma busca compreender o mundo que a cerca e construir de forma única e participativa sua relação com o conhecimento.
O objetivo geral do presente trabalho é mostrar a importância da brincadeira, do brincar, para as crianças na Educação Infantil.
.Dentre os objetivos específicos do projeto de estudo, pode-se citar:
- Entender os conceitos básicos ligados ao ato de brincar e à brincadeira;
- Evidenciar as principais características do ato de brincar e sua importância no desenvolvimento infantil;
- Discutir sobre a utilização de atividades lúdicas no contexto educacional, especialmente, na educação infantil. 
É importante entender do que se fala quando se fala em brincar e perceber a relevância de um tempo no cotidiano das crianças destinado a um brincar de qualidade, em um espaço adequado, com materiaisinteressantes para as crianças e que estimulem a criatividade. A mediação de um adulto, de outras crianças, ou dos próprios objetos que se encontram a disposição da criança faz a diferença nas brincadeiras. Não basta deixar brincar, aos adultos é preciso olhar um pouquinho mais para as crianças, perceber suas necessidades e assim tentar entender e estimular a brincadeira (NAVARRO, 2009).
Conteúdo a serem desenvolvidos: Linguagem oral; linguagem musical; Linguagem visual; Princípios básicos de convivência, o cuidado consigo, o cuidado com o outro, resolução de problemas. Dentre os recursos necessários para o projeto tem-se: computador, internet, papel A4, cartolina, cola, lápis de cor, tesouras sem ponta, bola, corda, jogos trazidos pelos professores e alunos ou confeccionados com materiais disponíveis na escola. 
A avaliação do projeto é realizada de forma contínua e diagnóstica, com o professor registrando os progressos e as dificuldades.
Dentre os autores pesquisados, pode-se citar, dentre outros: Navarro (2009), Quixabeira et. al (2008), Lira e Rubio (2014), Reis et. al (2015), Moreira (2008).
2 Revisão Bibliográfica
O brincar é algo que faz parte da criança, é ao brincar que a criança consegue expressar seus sentimentos mais verdadeiros, e aprendizagens que só ali, naquele momento somos capazes de perceber e analisar. Quando brinca ela torna real os seus sonhos e revive experiências do seu dia a dia e isso a faz capaz de buscar o conhecimento a respeito do mundo e de si própria. Brincando está em contato com outras crianças, encena momentos de sua vida individual e coletiva, brinca, deseja, aprende, observa, constrói sentidos, age e reage ao brincar, aprendendo assim, a enfrentar o mundo e a sociedade onde está inserida (REIS et. al, 2015).
Com o brincar as crianças desenvolvem noções de espaços temporais, a oralidade, a desenvoltura, a organização e muito mais, pois tem mentes férteis capazes de tornar o imaginário real. É através do brincar que ela se torna capaz de reverter o egocentrismo e aprende a partilhar e tomar iniciativas próprias, emitir opiniões, sugerir. Brincar, brincar e brincar deve ser o lema da criança.
O brincar é fator muito importante no desenvolvimento da criança, mas, diante das turbulências do dia-a-dia nota-se que as crianças tem brincado cada vez menos; os pais precisam trabalhar, e com isso os brinquedos tecnológicos ocupam o espaço da ludicidade na vida das crianças, e estas acabam não indo mais brincar com amigos em praças e parquinhos, prática que é fundamental no desenvolvimento sociológico, no respeito mútuo, no desenvolvimento intelectual, no equilíbrio emocional e na autonomia da criança. Segundo Moreira (2008, p. 88),
Viver é conviver, e na convivência não nos relacionamos apenas com a mesma faixa etária ou com os mesmos grupos sociais. Nosso dia a dia é permeado de relações múltiplas, de gênero, de grupos de interesses, de localizações geográficas de moradia.
Moreira (2008) destaca que a convivência com grupos sociais e o fato da criança brincar com outras crianças e até mesmo com os pais em casa, faz com que se perceba o adulto que ela pensa em se tornar. É possível entender também, a partir disso, a importância da aceitação do lúdico por parte do profissional da educação, pois é através de sua interação, sugerindo novos tipos de brincadeiras e aproveitando as ideias que as crianças propõem que o aprendizado acontece, independente da faixa etária ou da etapa de aprendizagem em que se encontra o educando. 
O brincar direcionado e com objetivos pré-estabelecidos, ou seja, planejado, sempre será um instrumento de valia e peso na aprendizagem. Brincar é uma atividade prazerosa, e por isso a criança se interessa por ela e, ao mesmo tempo, vai construindo regras de convivência e interiorizando conceitos básicos para a socialização e aprendizagem que estruturarão a formação do seu ego.
O ato de brincar é uma realidade do dia a dia da criança e que é capaz de exercitar a imaginação, permitindo que ela relacione com os seus interesses e as suas necessidades básicas, interagindo com o mundo que a cerca, refletindo, ordenando, desorganizando, destruindo e reconstruindo seu espaço de acordo com os seus anseios, agindo diante de sua realidade e limites (SOUZA; MARTINS, 2003).
Os jogos e as brincadeiras vêm acompanhando o ser humano por muitas gerações e com o passar dos tempos foram evoluindo, mas mesmo assim os conceitos tradicionais permanecem no mundo infantil, sendo passados de avós, pais, tios e professores para os filhos e, essas brincadeiras consideradas como tradicionais ajudavam a criança a desenvolver melhor a criatividade, a coordenação motora, o raciocínio, a solidariedade e ïs concuitos de cooreração, respeitando os princípios do passado e a lingeagem da atualidaded(HA
T
FGER, 2004). -Segujdo Haetinger (3004), os professores ten4am resGatar as brincade)ras tradicionaas, como o(esconde-escogde, o pega-rega, o passar anel, pois faz tarte da cultura
eo país o zrincar e, destá forma, os alunos têe a ajuda para entender a sua personalidade e redacionar-se com os membros familiares. 
Para Sebastiani (2003), a iffânci! e o brincar são$conceitos muito próximos, poks, `s crianåas sempre brinca2ao e pro#uvaral conheceò o mundO pnr meio dg adivinhas, fáz de contas, jogks coe!bolas, rodas, cordas e bnnecos, deixados por várias geraçÕes. Além disso, eles aprendem que`as regras!podem varIc2 ao longo do tempo, mas o essencial do jogo continua o mesmo. Os jog/s d as brincadairas faúem `arte da convivëncia do cotidiafo0das crianças.
A brinkadeara é"para a criança um espaço de investigação$e"construção de(conhecimentos robre si lerma e sobre o`mqndo. Brincar é umc forma da criança exercitar sua imaginação. A imaginação é uma forma que permite as crianças relacionarem seus interesses e suas necessidades com a realidade de um mundo que pouco conhecem (SEBASTIANI, 2003, p. 98).
De acordo com Haetinger (2004) a criança, ao brincar, consegue transmitir para a brincadeira todas as emoções, fantasias e desejos que tem sobre o mundo real, independente da idade. Elas têm a necessidade de libertar-se, de fantasiar, de criar, divertir e prazer de extravasar, sendo necessário para o desenvolvimento sadio de toda a humanidade. 
Almeida e Shigunov (2000) retratam o brincar como uma característica inerente ao ser humano e que pode ser compreendida pelas crianças, variando de acordo com a faixa etária e o desenvolvimento em que se encontra. Desta forma, é evidente que em tempos remotos as crianças tinham mais acesso ao brincar, de forma livre, sem se preocupar com as exigências impostas pela sociedade capitalista, mas na atualidade este cenário já não é mais visível em nossa sociedade, devido ao aumento da violência e, diante disso, os professores estão preocupados em resgatar a brincadeira na Educação Infantil, incentivando as crianças a desenvolverem sua criatividade diante do brincar.
Haetinger (2004) afirma que as brincadeiras consideradas tradicionais ampliavam bem mais a criatividade, a coordenação motora, o raciocínio, a solidariedade e os conceitos de cooperação das crianças e na atualidade estão brincando no computador, no vídeo game ou permanecem a maior parte do dia assistindo televisão, não fazendo com que sua imaginação se desenvolva. No entanto, é necessário que seja respeitado o momento vivenciado em cada época.
Diante desta realidade, os professores têm sido incentivados a estimularem as crianças a compreenderem suas culturas e as auxiliarem a se relacionarem melhor com seus pais e avós através do brincar, pois ao brincarem as crianças acabam transferindo para as brincadeiras todas as emoções, fantasias e desejos que fazem parte do mundo real. 
Além disso, destaca-se que, indiferente da idade, o brincar proporciona a necessidade de libertar-se, de fantasiar, de criar, divertir e extravasar, contribuindo para o desenvolvimento saudável da humanidade, principalmente no que diz respeito à criança, observa Haetinger (2004). 
Almeida (2004) relata que em cada períodohistórico e de acordo com a respectiva cultura há uma visão diferenciada de infância, sendo reformulados os conceitos acerca da mesma diante de suas características e necessidades individuais com o passar dos anos. Desta forma, foi necessário que as mudanças ocasionassem um novo conceito sobre a imagem da criança no espaço social associando uma atitude positiva das atividades voltadas para os jogos e brincadeiras com o intuito de aprimorar o desenvolvimento infantil (ALMEIDA, 2004). 
Souza e Martins (2003) destacam que o brincar faz parte do ambiente diário das crianças e, diante desta ação irá exercitar sua imaginação, se relacionando com os interesses e anseios perante suas necessidades que estão envolvidas com a realidade. O brincar tem por função expressar a forma como a criança reflete, ordena, desorganiza, destrói e reconstrói o mundo de acordo com o seu entendimento, expressando as fantasias, desejos, medos, sentimentos e os conhecimentos adquiridos diante destas experiências.
O Brincar é muito importante para o aprendizado da criança, se tornando uma ação capaz de reproduzir a sua vivência diante da brincadeira, possibilitando o processo de sua aprendizagem, facilitando o aperfeiçoamento da criatividade, constituindo desta forma a assimilação entre o brincar e a aprendizagem.
Existem importantes diferenças entre as fases do desenvolvimento infantil, e cada uma corresponde a um ensinar diferenciado, capaz de aprimorar as experiências, tanto para os alunos quanto para os professores, não deixando de ser educativa, pois muitos educadores concordam que a aprendizagem ocorre melhor diante da brincadeira através de atividades lúdicas como “blocos, jogos simbólicos, pintura, brincadeiras com areia e água e quebra cabeças” (REVISTA PÁTIO, 2009, p. 07).
Diante da construção de blocos, o aluno sem perceber estará trabalhando os conteúdos de ciências (na busca do equilíbrio), geometria e representação (na montagem de casinha, posto de gasolina.). A criança através do jogo simbólico assume posições sociais como assumir papéis da vida cotidiana: pai, mãe, vendedor de loja, e responsabilidades do cotidiano que ao brincar dá o dinheiro e recebe o troco. 
Oliveira et. al (2005) destaca que o brincar com encaixes influencia no desenvolvimento psicomotor da criança e se desenvolve diante da montagem de estruturas como blocos ou outros materiais, obtendo conhecimentos de proporções e estudando reações físicas de causa e efeito. 
Para ocorrer à aprendizagem a criança precisa assimilar três tipos de conhecimentos. O primeiro diz respeito ao conhecimento físico que provém dos objetos relacionados ao mundo exterior sendo obtidos através da observação. O segundo é o conhecimento social-convencional que são as línguas estudadas no ambiente escolar como o português, o inglês entre outros, ou a interação existente entre as pessoas, ocasionando a troca de informações (REVISTA PÁTIO, 2009).
Para Vigotski (2007), na abordagem histórico-cultural, brincar é satisfazer necessidades com a realização de desejos que não poderiam ser imediatamente satisfeitos. O brinquedo seria um mundo ilusório, em que qualquer desejo pode ser realizado. As duas principais características são as regras e a situação imaginária, sempre presentes nas brincadeiras. De acordo com essa teoria, quando as crianças mais novas brincam, elas utilizam muito a situação imaginária, a imaginação está presente com força, enquanto as regras ficam mais ocultas, mas não deixam de existir. 
A brincadeira de casinha é um exemplo do brincar das crianças pequenas, em que o imaginário reina, mas certas regras de comportamento devem ser seguidas. Com o passar do tempo, as regras vão tomando mais espaço e a situação imaginária vai diminuindo, como num jogo de queimada em que as regras são primordiais, mas a situação imaginária de dois lados opostos em “guerra” e de comportamentos diferentes daqueles da vida real não deixam de existir.
De acordo com Brougère (2002) o brincar não pode ser separado das influências do mundo, pois não é uma atividade interna do indivíduo, mas é dotado de significação social. Para o autor a criança é um ser social e aprende a brincar. A brincadeira pressupõe uma aprendizagem social. “A criança não brinca numa ilha deserta. Ela brinca com as substâncias materiais e imateriais que lhe são propostas, ela brinca com o que tem na mão e com o que tem na cabeça” (BROUGÈRE, 2001, p. 105).
Freire (2002) trabalha com o jogo como um fenômeno percebido por suas manifestações, sendo inútil tentar listar componentes para afirmar ou negar certa atividade como jogo. Não se pode separar as regras, a imaginação, a espontaneidade, juntar tudo e constituir o jogo. Para Freire (2002), é na interação dessas características, entre outras, que ele surge. O autor explica que:
Tudo no jogo aponta para o mundo interior do sujeito, invisível aos nossos olhos, e a tradução exterior dessa atividade, no plano da nossa razão, confunde-se com expressões de qualquer outra atividade (FREIRE, 2002, p. 67).
O brincar é uma atividade difícil de ser caracterizada, o que se deve ao seu caráter subjetivo, mas pode-se afirmar que é social e livre, pois não é possível obrigar ninguém a entrar na brincadeira, possui regras e uma situação imaginária. É atividade dominante na infância, e é por meio dela que as crianças começam a aprender.
[...] No brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além do seu comportamento diário; no brinquedo é como se ela fosse maior do que ela é na realidade. Como no foco de uma lente de aumento, o brinquedo contém todas as tendências do desenvolvimento sob forma condensada, sendo ele mesmo uma grande fonte de desenvolvimento (VIGOTSKI, 2007, p. 134).
É preciso, portanto, reconhecer que a escola tem como função principal orientar de forma sistemática, metódica, planejada, os processos de alfabetização e letramento, organizando o tempo escolar, para que a criança aproprie-se formalmente do sistema alfabético e das práticas letradas. 
Cabe ao professor incentivar os alunos, pois a motivação pelo prazer é o princípio de tudo e deve ser alimentada nesse processo de alfabetização. Alunos motivados se envolvem mais facilmente nas atividades e, consequentemente, estão mais dispostos a aprender (RODRIGUES, 2013). 
A alfabetização é um processo que vai além de decodificação de palavras e memorização de símbolos. Requer um conjunto de estruturas de pensamentos e habilidades psicomotoras que possibilitam a compreensão de natureza conceitual e das formas de representação gráfica da linguagem. A criança precisa desenvolver coordenação motora ampla, esquema corporal, coordenação visomotora, discriminação visual e auditiva e também orientação tempo-espacial. 
Quando brinca, a criança tem oportunidade de desenvolver todas essas habilidades de forma criativa e divertida, tornando o aprender mais prazeroso e feliz. Na fase de alfabetização, aprender pode ser uma maravilhosa aventura, onde a criança se lança num mundo mágico desempenhando atividades com seriedade e motivação (RODRIGUES, 2013). 
O professor precisa se preocupar com a preservação dessas atitudes, estimulando o aluno à curiosidade, pois esta é a melhor forma de promover a aprendizagem. As crianças constroem o conhecimento em sala de aula desde cedo, numa interação com os objetos que as cercam, sobre as sequências de ações, nas experiências vividas com os outros e através da mediação do professor. Esse conhecimento tem características que se vão transformando ao longo do desenvolvimento. Barbato (2008, p. 21) ressalta a importância da inserção de atividades lúdicas como suporte para a aprendizagem:
As crianças de 6 anos constroem seu conhecimento, utilizando procedimentos lúdicos como suporte para a aprendizagem. O lúdico não se refere somente às brincadeiras livres, como as do recreio, ou planejadas como as elaboradas por professores com fins didáticos; ele é utilizado como suporte pelas crianças: a imaginação é um processo que possibilita a construçãodo conhecimento de forma diferenciada e é um instrumento de aprendizagem das crianças menores.
As crianças, ao entrarem na escola, passam a organizar os seus conhecimentos aprendendo a se comunicar e se comportar de forma diferente. Além da forma acadêmica de aprendizagem, a escola oportuniza às crianças fazerem novas amizades, expandirem conhecimentos da vida social, brincarem, levando-os a integrarem-se com os outros. Nessa perspectiva de integração, a autora alerta como processo de aprendizado, a comunicação com o outro, a conversa entre alunos e até mesmo o falar sozinho por parte das crianças. Ela enfatiza a aprendizagem como:
Processo pelo qual nos modificamos a partir de nossas experiências. A aprendizagem depende das condições históricas e sociais do tipo de conhecimento e das relações entre quem ensina, quem aprende e o conhecimento. As mudanças no modo de conhecer e agir sobre o mundo ocorrem em situações objetivas e com a mediação das pessoas que convivem com a criança na escola, na família, na comunidade (BARBATO, 2008, p. 14).
A brincadeira é uma forma adequada de estimulação que pode ser oferecida às crianças por fazer parte da infância. Segundo Cunha (2004, p. 12) a escolha livre por parte da criança deve ser respeitada: 
Não somente para cultivar a autonomia da criança, mas para que seja preservada sua motivação intrínseca. Entretanto, os conhecimentos e a intuição do educador saberão fazer uma pré-escolha, construir um contexto lúdico adequado e disponibilizar para ela uma variedade de oportunidades que possibilite um nível de operação satisfatório, dentro do qual ela possa, de forma criativa e prazerosa, evoluir e aprender.
Rosa (1998) enfatiza que as brincadeiras para a criança constituem atividade primária que traz grandes benefícios do ponto físico, a qual supre necessidades de crescimento, e do ponto intelectual e social contribui para a desinibição. 
As brincadeiras abrangem grande parte do desenvolvimento da criança, quando representa situações observadas no cotidiano e que futuramente a criança irá vivenciar. Criando situações imaginárias confrontada com o real, desenvolve suas capacidades e habilidades, as quais muitas vezes não conhecem; dessa forma desenvolve o “eu”. 
Vale ressaltar que o brincar não é uma qualidade inata da criança. Segundo Brougère (1998, p.103-104) “brincar não é uma dinâmica interna do indivíduo, mas uma atividade dotada de uma significação social que, como outras, necessita de aprendizagem”. Isto é, a criança aprende a brincar e isto se dá desde as primeiras interações lúdicas entre mãe e bebê. Desta forma, a brincadeira pode ser vista, como um espaço de socialização, de apropriação de cultura, de tomada de decisões e invenções e do domínio da relação com os outros.
A brincadeira é então um espaço social, já que não é criado por natureza, mas após uma aprendizagem social, e supõe uma significação conferida por vários jogadores (um acordo). [...] Esse espaço social supõe regras. Há escolha e decisão continuada da criança na introdução e no desenvolvimento da brincadeira. Nada mantém o acordo senão o desejo de todos os parceiros. Na falta desse acordo, que pode ser negociado longamente, a brincadeira desmorona. A regra produz um mundo específico marcado pelo exercício, pelo faz-de-conta, pelo imaginário. Sem riscos, a criança pode inventar, criar, experimentar neste universo. [...] Portanto, a brincadeira não é somente um meio de exploração, mas também de invenção (BROUGÈRE, 1998, p.192-193).
Oliveira, Solé e Fortuna (2010, p.27) dizem que: 
Através das brincadeiras as crianças experimentam novas formas de agir, de sentir e de pensar. Brincando, a criança busca se adaptar de forma ativa à realidade onde vive, mas também emite juízos de valor. Constrói, brincando, a sociedade em que irá viver quando adulta. Daí a grande relevância do lúdico para o ambiente de ensino-aprendizagem, principalmente para a própria sala de aula, nos mais diversos níveis de escolaridade, permitindo à criança resignificar seu contexto vivido.
Brincar supõe sempre liberdade, envolvimento e espontaneidade. Leva a criança a aprender a organizar seu campo perceptivo, suas ideias e suas experiências, e a entrar em contato com suas emoções e sentimentos. Propicia, dessa forma a integração dinâmica, respeitando o próprio ritmo da criança e fortalecendo a alegria de pertencer a um grupo (RODRIGUES, 2013). 
É inegável que as brincadeiras têm significativo impacto no desenvolvimento integral da criança, principalmente nos aspectos afetivos, social, físico e cognitivo, sendo, portanto, uma atividade vital e indispensável na infância. A criança desenvolve a imaginação, a memória, a concentração, a imitação. 
Como afirma Mozzer (2008), ao brincar, as crianças exploram e refletem sobre a realidade cultural na qual vivem, incorporando e, ao mesmo tempo, questionando as regras e papéis sociais. Assim, é na brincadeira que elas podem ultrapassar a barreira da realidade, transformando-a e agindo sobre a mesma através da imaginação.
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino
3.1 Tema e linha de pesquisa
O tema escolhido para o presente projeto é “A importância do Brincar e das Brincadeiras na Educação Infantil” e a linha de pesquisa escolhida é a Docência na Educação Infantil.
A ludicidade se conceitua pelas ações do brincar em que são incluídos os jogos, o brinquedo e a brincadeira. É vista como uma atividade prazerosa, que traz alegria e satisfação, possibilitando a aprendizagem da criança de forma significativa (RAU, 2012b). 
Na teoria piagetiana as atividades lúdicas são classificadas em três categorias. Na primeira categoria encontram-se os jogos de exercícios ou jogos funcionais. Caracterizam o período sensório-motor, que tem início aproximadamente aos quatro meses de idade, quando a criança começa a ter melhor coordenação da visão e da percepção. Nesse período, observa-se que os bebês gostam de jogos de repetição. O ato de imitar é importante para o desenvolvimento das atividades do bebê, é através dessa ação que a criança passa a interpretar o mundo que a rodeia (SOUZA; MARTINS, 2005). 
De acordo com Santos (2008, p. 111), jogos de exercícios são “aqueles que acompanham quase todo o desenvolvimento da criança, representam as primeiras experiências motoras, o simples ato de repetir a mesma ação inúmeras vezes”.
Segundo Duprat (2014), as atividades lúdicas, além de oferecer momentos prazerosos, são responsáveis pelo desenvolvimento de diversas habilidades como a inteligência, a coordenação e a socialização. Portanto, mesmo sem ter consciência disso, ao brincar, a criança está desenvolvendo aspectos físicos e psíquicos.
3.2 Justificativa
Para os profissionais da área de educação, a compreensão sobre os jogos e as brincadeiras é de fundamental importância, pois implica uma reflexão sobre o real valor dessas ferramentas como mediadoras da aprendizagem lúdica. Além disso, os jogos e as brincadeiras contribuem em muito para a formação do eu crítico, pensante, solidário, cooperativo, com iniciativa, participativo e responsável pela iniciativa pessoal e grupal. 
É notório que existe uma preocupação em entender a importância da utilização dos jogos e brincadeiras na prática pedagógica, perceber que a escola precisa abrir um espaço para que alunos vivenciem a ludicidade como meio para desenvolverem a atenção, o raciocínio, a criatividade e a aprendizagem significativa na alfabetização. 
3.3 Problematização
O brincar e a própria infância assumem novos contornos, assim como a escola está tendo que se adaptar a essas mudanças. Para Kishimoto (2001), a urbanização, a industrialização e os novos modos de vida fizeram com que a criança fosse esquecida e que a infância se encerrasse, transformando a criança em um precoce aprendiz. A criança deve aprender tudo o que conseguir, frequentar todas as aulas que seus pais possam pagar, procurando um futuro bom, uma profissão interessante e lucrativa. Isso sem pensar naqueles que, desde muito cedo, trabalham nas ruas para ajudar no orçamentode casa. O tempo é todo preenchido em favor do futuro, e não do presente, não se pensa na infância como tempo da vida que tem suas características próprias. É necessário, é importante ser criança, ter tempo para brincar, socializar, olhar para o mundo com o olhar da criança, sem tantas pressões e responsabilidades.
Se o brincar é social, a criança não brinca sozinha, ela tem um brinquedo, um ambiente, uma história, um colega, um professor que media essa relação e que faz do brincar algo criativo e estimulante, ou seja, a forma como o brincar é mediado pelo contexto da escola é importante para que seja de qualidade e realmente ofereça a oportunidade de diferentes aprendizagens para a criança.
 
3.4 Objetivos
O objetivo geral do presente trabalho é mostrar a importância da brincadeira, do brincar, para as crianças na Educação Infantil.
.Dentre os objetivos específicos do projeto de estudo, pode-se citar:
- Entender os conceitos básicos ligados ao ato de brincar e à brincadeira;
- Evidenciar as principais características do ato de brincar e sua importância no desenvolvimento infantil;
- Discutir sobre a utilização de atividades lúdicas no contexto educacional, especialmente, na educação infantil. 
3.5 Conteúdos
O brincar e o educar estão interligados, através do brincar, a criança aprende como se tornar um ser social, a fazer amizade,aprende coisas a respeito de seu corpo, do movimento.
A brincadeira proporciona, por exemplo, a um bebê explorar ambientes desconhecidos, e se desenvolver com isso, Existem brincadeiras que estimulam cada fase do desenvolvimento infantil, é importante perceber qual brincadeira é indicada para determinada idade.
Através das brincadeiras, é possível trabalhar diversas etapas, como o cuidado consigo, o cuidado com o outro, resolução de problemas, com isso desenvolve-se na criança a socialização e cidadania.
3.6 Processo de Desenvolvimento
O processo de desenvolvimento das atividades acontecerá conforme abaixo:
Quadro 1 Atividades desenvolvidas
	ATIVIDADE
	RESPONSÁVEL
	METODOLOGIA
	RECURSOS DIDÁTICOS
	PERÍODO
	Pesquisa sobre jogos para Educação Infantil.
	Professores da Educação Infantil
	Cada professor deverá pesquisar 02 jogos possíveis de serem trabalhados em sala
	Internet, computador, livros didáticos, impressora, papel A4.
	03 dias
	Montagem dos jogos pelos professores.
	Professores e Equipe Pedagógica
	Os jogos são montados pelas professoras com materiais disponíveis na escola.
	Os jogos são montados pelos professores.
	04 dias
	Utilização dos jogos pelos alunos.
	Professores e alunos da Educação Infantil
	Os professores apresentam para os alunos os jogos, as regras, e estes brincam em duplas.
	Jogos confeccionados pelas professoras.
	05 dias
	Encerramento das atividades (Culminância)
	Professores, alunos.
	Os alunos debatem com os professores qual jogo gostaram mais, qual tiveram mais dificuldade, etc.
	Jogos montados pelos alunos.
	02 dias
3.7 Tempo para a Realização do Projeto
O projeto será realizado no período de 14 (quatorze) dias, assim distribuídos:
- Pesquisa sobre jogos para Educação Infantil: 03 dias;
- Montagem dos jogos pelos professores: 04 dias;
- Utilização dos jogos pelos alunos: 05 dias;
 - Encerramento das atividades (Culminância): 02 dias.
3.8 Recursos Humanos e Materiais
Recursos humanos: professores da Educação Infantil, alunos e equipe pedagógica..
Recursos materiais: computador, internet, papel A4, cartolina, cola, lápis de cor, tesouras sem ponta, bola, corda, jogos trazidos pelos professores e alunos ou confeccionados com materiais disponíveis na escola.
3.9 Avaliação
A avaliação faz parte do processo educativo, esse processo não deve ter como objetivo a seleção, a promoção ou a classificação dos pequenos e precisa considerar "a observação crítica e criativa das atividades, das brincadeiras e interações das crianças no cotidiano" e empregar múltiplos registros. 
O educador precisa estar atento às necessidades da criança para atender de maneira correta e ajudar a criança no seu desenvolvimento. Com a observação, o educador tem a oportunidade de conhecer cada um, as reações, os hábitos, as brincadeiras preferidas e vários outros detalhes.
4 Considerações Finais
Pode-se constatar que o jogo, o brinquedo e a brincadeira são instrumentos mediadores no processo didático-pedagógico, são importantes ferramentas, auxiliares no desenvolvimento cognitivo, motor, afetivo, psicológico e social da criança em formação. Peças-chave neste processo, estimulam a relação da criança consigo mesmo, com os outros e com o mundo. 
Pode-se visualizar a transformação do contexto social, modificado e marcado por um estilo de vida acelerado, abarrotado de compromissos e atividades, espaços e tempos limitados, a introdução da tecnologia e do ambiente virtual, a violência e a insegurança causadas pelo crescimento acelerado das cidades e do consumo, todos esses são fatores contribuintes para a mudança no conceito de brincar na vida de nossas crianças.
Com brincadeiras e jogos o espaço escolar pode-se transformar em um espaço agradável, prazeroso, de forma a permitir que o educador alcance sucesso em sala de aula.
A criação de espaços e tempos para os jogos e brincadeiras é uma das tarefas mais importantes do professor, principalmente na escola de educação infantil. Cabe-nos organizar os espaços de modo a permitir as diferentes formas de brincadeiras, de forma, por exemplo, que as crianças que estejam realizando um jogo mais sedentário não sejam atrapalhadas por aquelas que realizam uma atividade que exige mais mobilidade e expansão de movimentos, ou seja, observando e respeitando as diferenças de cada um.
Nos tempos atuais, as propostas de educação infantil dividem-se entre as que reproduzem a escola elementar com ênfase na alfabetização e números (escolarização) e as que introduzem a brincadeira valorizando a socialização e a recriação de experiências. No Brasil, grande parte dos sistemas pré-escolares tende para o ensino de letras e números excluindo elementos folclóricos da cultura brasileira como conteúdos de seu projeto pedagógico. As raras propostas de socialização que surgem desde a implantação dos primeiros jardins de infância acabam incorporando ideologias hegemônicas presentes no contexto histórico-cultural. 
Brincar é um direito fundamental de todas as crianças no mundo inteiro, cada criança deve estar em condições de aproveitar as oportunidades educativas voltadas para satisfazer suas necessidades básicas de aprendizagem. A escola deve oferecer oportunidades para a construção do conhecimento através da descoberta e da invenção, elementos estes indispensáveis para a participação ativa da criança no seu meio.
O direito de brincar é previsto em lei, e contribui para o aperfeiçoamento e aquisição de habilidades e competências indispensáveis, pois é uma transição pelas etapas do desenvolvimento de suas potencialidades e melhora as aptidões físicas e cognitivas, estimula a imaginação, expressão, levando as crianças a estabelecerem relações e buscarem soluções para conflitos sociais e pessoais. 
Sabe-se que as brincadeiras promovem interação interpessoal, estimulam o aprendizado da negociação de regras de convivência, promove a possibilidade da criança aprender a levantar hipóteses, solucionar problemas e por consequência ter acesso a um mundo mais amplo. 
Sabe-se que a criança de 03 a 04 anos está em uma fase de descobertas, exploração, reconhecimento do mundo e interação, e que ela possui sua capacidade locomotiva já aperfeiçoada, com equilíbrio e coordenação motora adequadas à exploração ampla do corpo e espaço, sua linguagem permanece em ampliação, tanto em suas formas orais como gestuais promovendo comunicação emocional e expressiva, oportunizando o desenvolvimento moral e o crescimento de informações cognitivas para o desenvolvimento intelectual. 
Portanto, as brincadeiras estabelecem um vínculo entre o real e o imaginário, auxiliando no desenvolvimento cerebral, na formação da linguagem verbal, na autonomia e identidade, ocasionandoo desenvolvimento da memória, concentração, imaginação e das áreas de personalidade humana.
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Sistema de Ensino Presencial Conectado
PEDAGOGIA
adÉlia CRISTINA DE ALMEIDA
A IMPORTÂNCIA do brincar e das brincadeiras na educação infantil
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