Litosfera - evolução geológica da Terra - 2020-05-21T233740.837

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COLÉGIO ESTADUALNAZIRA SALOMÃO
PROF. CARLA JACOB DISCIPLINA: GEOGRAFIA SÉRIE: 1°
Objetivo da aula: Compreender a Litosfera; entender o processo de evolução geológica da Terra.
LITOSFERA: EVOLUÇÃO GEOLÓGICA DA TERRA
As Esferas da Terra
A litosfera é a camada mais superficial do Planeta Terra. Formado por rochas e minerais, ele faz parte do cenário onde se desenvolve a vida na superfície terrestre. Esse cenário, porém, é mais complexo e envolve também outras camadas, ou esferas, intimamente relacionadas entre si. Elas são:
- Atmosfera: esfera gasosa que envolve a Terra.
- Hidrosfera: compreende as águas oceânicas, as águas dos rios e dos lagos, as águas subterrâneas e as da chuva.
- Biosfera: esfera onde estão os seres vivos.
A biosfera estabelece relações entre as demais esferas: compreendendo toda a matéria orgânica pertinente à vida na superfície da Terra, ela forma o que chamamos Meio Ambiente, que permite o desenvolvimento da vida no planeta.
As esferas da Terra
O Tempo Geológico conta a História da Terra
Para o estudo da formação da Terra, utilizamos uma noção de tempo bem mais ampla do que dias, anos, séculos e milênios, usados para regular o tempo das sociedades humanas; empregamos o Tempo Geológico, medido em milhões e bilhões de anos. A noção de tempo para a Geologia é muito mais ampla do que para a História. Para a Geologia, um milhão de anos é um espaço de tempo relativamente curto. O Tempo Geológico é dividido em 4 unidades que se diferenciam por sua duração temporal. Em ordem decrescente dessa duração temos: éons, eras, períodos e épocas. O conjunto formado pelas unidades de tempo geológico é conhecido como escala geológica. Observe a ilustração abaixo que representa essa escala. O que está em vermelho são as 4 unidades de tempo da escala geológica.
ORIGEM, FORMAÇÃO E CAMADAS DA TERRA
A Terra teve origem há cerca de 4,6 bilhões de anos, muito tempo depois da formação do Universo, que teria surgido há cerca de 13 a 15 bilhões de anos. No início, a Terra foi, muito provavelmente, uma grande massa incandescente que apresentava em alguns pontos frias camadas rochosas. Envolta em gases, a Terra sofria ataques de pedaços de rochas, meteoritos e restos de planetas mais antigos, que abriram grandes crateras em sua superfície. Quando isso acontecia, eram emitidas nuvens de gases que envolviam todo o planeta. Esses gases deram origem a grande parte da atmosfera primitiva. O oxigênio só passou a fazer parte da atmosfera quando os organismos fotossintéticos evoluíram. O vapor proveniente do resfriamento da Terra formou-se em nuvens de chuvas que caíram sobre a crosta terrestre originando os primeiros lagos e oceanos. Posteriormente, nas porções mais elevadas da superfície desenvolveram-se os continentes e as primeiras montanhas. 
Em seu processo de formação, a Terra conheceu altíssimas temperaturas. Grande parte do planeta se fundiu e houve uma acomodação desigual de seus componentes. Os materiais mais pesados afundaram e formaram o núcleo; os mais leves flutuaram para a superfície e formaram a crosta. Assim, o interior da Terra formou-se com três diferentes camadas:
a) Crosta: parte externa composta de materiais leves;
b) Manto: a camada intermediária;
c) Núcleo: composto de materiais mais densos, separados por um manto.
Na crosta distingue-se duas porções: a crosta continental e a crosta oceânica. O manto é formado por minerais, principalmente ferro e magnésio; apresenta temperaturas que variam entre 100° C e 3500° C. O núcleo, a camada mais profunda, é formado principalmente por ferro e níquel e apresenta alta temperatura e alta pressão.
ORIGEM DOS CONTINENTES
A atual configuração dos continentes na superfície da Terra resultou de um processo que levou à fragmentação e ao afastamento das terras emersas a partir de um bloco único, denominado Pangeia, ou seja, existia um continente único, onde gradualmente foi se fragmentando.
Desde o final do séc. XVI, os cientistas já suspeitavam de que os continentes se movimentavam e de uma possível separação dos continentes no passado. Mas é no século XIX que essas idéias foram retomadas por cientistas franceses através de evidências paleontológicas.
Apresento a seguir duas teorias que se complementam e que procuram explicar as etapas desse processo de separação dos continentes e do processo de formação do relevo da Terra e pelas transformações que ocorrem na crosta. As teorias são as seguintes:
a) Teoria da Deriva dos Continentes, defendida pelo meteorologista alemão Alfred Lothar Wegener (1880-1930), em 1912. Segundo ele há 200 milhões de anos teria existido um único super continente, a Pangeia, cercado por um único oceano, o Pantalassa. Nessa época teria acontecido o processo de fragmentação, dando origem aos continentes atuais. A principal evidência dessa teoria era a possibilidade de um encaixe perfeito entre a costa ocidental da África e a costa oriental da América do Sul, incluindo as plataformas continentais. Essa teoria também foi fundamentada pela paleontologia que encontrou em seus estudos fósseis de plantas e animais idênticos nos dois continentes. Apesar de seus estudos Wegener não conseguiu explicar um ponto fundamental: por que os continentes teriam se movimentado pela superfície terrestre durante o passado da Terra. Após a sua morte, em 1930, a Teroria da Deriva dos Continentes caiu no esquecimento.
b) Teoria das Placas Tectônicas, desenvolvida na década de 1960 pelos geólogos americanos Harry Hess (1906-1969) e Robert Dietz (1914-1995), que comprovaram e explicaram melhor a Teoria da Deriva dos Continentes. A possibilidade de ter havido uma “Deriva dos Continentes” voltou a ser considerada quando novas técnicas foram desenvolvidas e utilizadas com a invenção dos sonares e batiscafo, que permitiram conhecer melhor o fundo dos oceanos. A explicação que tanto intrigou a teoria da Derivados Continentes encontrou sua resposta no fundo dos oceanos. Descobriu-se que no fundo dos oceanos as rochas e as cordilheiras submarinas estavam em expansão e se movimentavam abrindo fendas, o que permitiu a elaboração da Teoria das Placas Tectônicas. Ou seja, a litosfera não é uma crosta contínua: ela está dividida em placas com espessuras bastante variadas, as chamadas placas tectônicas que “flutuam” onde o material pastoso do manto da Terra que está em constante estado de semifusão. As placas movimentam-se sobre o manto. A velocidade dessas placas é de 2 a 3 cm/ano. Nas regiões de contato dessas placas estão as zonas geologicamente mais instáveis da Terra, onde ocorrem as atividades responsáveis pelas modificações na crosta que são: as atividades vulcânicas e os terremotos ou abalos císmicos. Por isso que nas regiões localizadas nos limites das placas tectônicas, como Japão, México, Califórnia, Oriente Médio e Itália, entre outros, são mais sujeitas a esses fenômenos.
Desenvolva a seguinte questão
1- Faça um resumo, de 50 linhas ao todo, contendo os seguintes pontos do texto acima:
a) As esferas da Terra
b) O Tempo Geológico da Terra
c) Origem, Formação e Camadas da Terra
d) Origem dos Continentes