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A FORMAÇÃO DE LEITORES NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
Académico: Cassiana da Silva Matos
 Prof.: Silvana Carvalho de Almeida 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Licenciatura em Pedagogia (PED 1856) – Seminário Interdisciplinar V 
19/06/2019
RESUMO
O presente trabalho tem o objetivo de abordar a importância da leitura e a formação de leitores na educação infantil e o quanto é relevante o incentivo das práticas de leitura para o crescimento de indivíduos críticos e para formação de leitores competentes, pois é um dos meios mais relevantes para a construção de novas aprendizagens. Destacando o papel da família, da escola como fio condutor, e do professor como mediador e um dos principais responsáveis pelo incentivo, pela aquisição da prática da leitura e consequentemente do hábito de ler. Aprende-se a ler, lendo, portanto, é fundamental que os professores juntamente com aos pais compreendam a importância da leitura no contexto da infância.
Palavras-chave: Leitura. Formação de leitores. Família e escola.
1 INTRODUÇÃO
 O hábito de leitura na infância colabora com o aprendizado, desde a formação das palavras, até a memorização de regras ortográficas. Além da apresentação de números, letras, contextos históricos e conhecimentos na área de geografia.
 Os livros infantis são ótimos instrumentos na educação de crianças e podem ser utilizados de diversas maneiras em sala de aula, para desperta o interesse da criança pela leitura desde os primeiros anos, sabemos que ensinar uma criança a gostar de ler é uma preocupação de muitos pais e professores, por isso, é importante que, desde cedo a leitura seja introduzida no dia a dia da criança de forma prazerosa e divertida.
 Quanto mais cedo este hábito for inserido na vida da criança, mais fácil ela associara a leitura como uma atividade prazerosa, e assim maior a possibilidade de se tornar um leitor assíduo e um adulto mais critico e consciente quando crescer.
 Essa reflexão sobre a importância de ler para uma criança e como essa prática contribui para formação de leitores, ganha força no momento em que se faz compreender o quanto é importante incentivar a leitura desde cedo através da contação de história, possibilitando que a criança tenha um contato maior com o mundo da leitura.
 Para essa prática se tornar mais eficaz é indispensável a junção de pais e professores, pois um dará seguimento ao trabalho do outro. Uma boa relação entre pais e escola contribui para um melhor desenvolvimento dos pequenos, como seres humanos, estudantes e leitores.
	Por isso essa investigação busca aborda a importância da leitura desde os primeiros anos de vida, faz-se necessária a participação do professor como incentivador, e o exemplo constante dos pais. A presente pesquisa foi bibliográfica, e, por meio de referências como, Abramovich (1997, Brenman (2002, Freire (2000, entre outros traçam discussões a respeito da formação de leitores, que fundamentaram a pesquisa. 
 
2 O PROFESSOR COMO INCENTIVADOR DA LEITURA
 O professor é antes de tudo promotor de leitura e formador de leitores. Ele deve ser um profissional comprometido com o projeto de leitura e apresentar estratégias para desperta na criança o desejo pela leitura, tornando-se assim um incentivador na formação de novos leitores.
 
 Como um professor que não gosta de ler irá mostrar ao seu aluno que a leitura é importante? Como pedir a criança para fazer algo que nós mesmos não achamos prazeroso e não temos o hábito de praticar com frequência? Brenman (2002, p.102 traz essa reflexão da seguinte maneira: 
 Mas o prazer não se força, o prazer desperta-se. E como despertar o prazer por algo, se nem mesmo podemos praticá-lo? A maioria dos professores não pratica a leitura e, não o fazendo, fica difícil falar sobre ela e contagiar seus alunos.
 
 Nesse sentido a Doutora em educação, Kaercher ( 2001, p. 83 afirma que:
Para formar crianças que gostem de ler e vejam na literatura uma possibilidade de divertimento e aprendizagens precisamos ter, nós adultos, uma relação especial com a literatura e a leitura: precisamos gostar de ler, ler com alegria, com diversão; brigando com o texto, discordando, desejando mudar o final da história, enfim, costurando cada leitura, como um retalho colorido, a grande colcha de retalhos-colorida, significativa-que é a nossa história de leitura.
Para ser possível aguçar o gosto pela leitura na criança, é importante que além do contato com a leitura, ela também tenha contato com pessoas que fazem uso dessa prática frequentemente, assim a estimulara a praticar também. O professor é assim uma referência para a criança, de maneira que aquilo que ele pratica em sala de aula ou até fora dela serve de exemplo para o educando. Antes de ler sozinha a criança é ouvinte, o que a torna sensibilizada para futuramente fazer uso da leitura de forma autônoma. A parti disso, vale salientar o que ressalta Abramovich ( 1997, p. 16:
É importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas, muitas histórias...
Escutá-las é o início da aprendizagem para ser um leitor, e ser leitor e ter um, caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreensão do mundo. 
 
 
 A leitura é um meio pelo qual qualquer individuo tem acesso ao conhecimento, independente do tema, pessoas que tem o hábito de ler são mais informadas e mais atentas com relação ao que se passa pelo mundo. Ela proporciona ao indivíduo o desenvolvimento da imaginação, da curiosidade, da solução de problemas e compreensão dos acontecimentos. Portanto, se faz necessário o contato com os livros desde cedo, para que a criança não tenha dificuldade em criar o hábito pela leitura.
 Esse hábito deve ter início na educação infantil, dando oportunidade a criança manipular os livros infantis e a partir disso, permitir a linguagem escrita. Não podendo esquecer que muitas crianças só tem contato com livros na escola, por isso é muito importante tornar prazeroso o momento da leitura, assim o professor despertara o interesse, a curiosidade das crianças para serem leitores ativos.
 Para Freire (2000, ler não está relacionado à leitura de um texto no sentido tradicional, para ele essa atividade se manifesta antes mesmo da criança ser alfabetizada ela já lê o mundo que a cerca. Para ele o posicionamento do docente deve ser dinâmico no conhecimento de seus alunos deixando-os participar das atividades, tendo uma relação de troca e não os tornando apenas memorizadores.
 É muito importante que o professor proporcione a criança momentos agradáveis de leitura, onde a mesma exponha suas ideias reais e imaginarias. Cabe salientar que bons educadores formam bons leitores, com métodos e metodologias bem elaboradas. 
 Quando a criança é inserida no mundo da leitura com bons métodos, estímulos, descobertas da leitura, ela fica encantada com as histórias e consequentemente, a aprendizagem inicia antes mesmo da escrita. O professor da educação infantil, tem a oportunidade de desenvolver bem esse papel que é despertar a criança para o mundo mágico da leitura. 
 
 
3 O PAPEL DA FAMILÍA NA FORMAÇÃO DE LEITORES
 A leitura deve encontrar na família o espaço para se fortalecer, pois na maioria das vezes, é vista como algo cansativo, incapaz de despertar interesse e muitas vezes acontece de forma obrigatória. De nada adianta a escola investir em projetos, atividades e ações de incentivo a leitura se a família não colaborar para que o gosto pela leitura se intensifique.
 A família é de grande importância no processo da leitura, já que a criança entra em contato com ela antes mesmo de entrar na escola, através de historias, ilustrações, e outras fontes que permita entrar no mundo da leitura, além do mais, os conhecimentos adquiridos no ambiente familiar são levados, na maioria das vezes para toda vida. 
 O adulto que pegauma criança no colo e a embala com aquelas cantigas tradicionais, que brinca com o bebe usando histórias, adivinhações, rimas e expressões do nosso folclore, que folheia uma revista ou um livro buscando as figuras conhecidas e perguntando o nome delas, esta colaborando e muito! – para uma atividade positiva diante da leitura. (SANDRONI;MACHADO, 1991, P. 11
 A família que reconhece a importância que a leitura exerce em uma pessoa, sabe da responsabilidade que possui em contribuir de forma positiva, para que a leitura seja vista pelos filhos, como um mundo mágico, cheio de descobertas.
 Uma criança que nasce em um ambiente familiar onde presencia o pai ou a mãe lendo um livro, chamará sua atenção que aquele objeto prende por alguns minutos ou horas a atenção dos pais, e entenderá que é uma coisa boa, porque quando crianças, temos referências por aquilo que os pais fazem ou gosta de fazer.
 
 O gosto pela leitura está diretamente associado aos estímulos que são proporcionados à criança desde muito cedo. O contexto familiar é de grande importância. Quando a criança cresce no meio de livros e vê, à sua volta, adultos lendo é despertado nela o hábito de ler, considerando que a formação de um leitor não se da através de produtos, e sim, de estímulos. (NASCIMENTO; BARBOSA, 2006. p. 1 . 
 A reclamação de muitos pais, é que hoje em dia, muitos equipamentos eletrônicos disputam a atenção dos filhos, como nunca antes, a leitura vem sendo substituída frequentemente pela televisão, computadores, videogames e, agora ainda mais pelos smartphones.
 Em meio a esse mundo tecnológico que a cada dia fica mais atrativo e cheio de novidades, estimular o hábito da leitura nos pequenos de fato não é uma tarefa simples. Em um cenário como esse, é fundamental compreender que a criança precisa de um exemplo e que é papel dos pais fornecê-lo. 
 Os pais devem ter contato com os livros frequentemente, para que a criança se sinta atraída, pelo mundo da leitura. Apresente para seus filhos historias em quadrinhos, de super heróis, contos de fadas, entre outros, prestando atenção sempre nos temas que mais chama atenção, a parti dai transforme os momentos de leitura em uma atividade familiar. Quando os pais forem ler uma história para seus filhos dramatize cenas, simule tons de vozes e deixa ela complementar e fazer sugestões. Assim, a criança aprende a associar esse hábito com carinho e diversão. 
 É importante ressaltar que não é toda família que possui o conhecimento sobre a importância do incentivo a leitura precoce, então vale as escolas intermediar a família, mostrando tal importância por meios de reuniões ou mesmo projetos de incentivo à leitura que envolva a escola e a família.
 Praticar leitura em família é um ato de amor e de afeto, aprender no lar o gosto pela leitura é algo de grande valor e que fortalece os laços, ainda mais em dias em que a tecnologia vem tomando espaço dentro da família.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Como grande facilitador da aprendizagem, a leitura precisa ganhar lugar de destaque na família e na escola desde cedo, pois deixam marcas profundas na criança. É preciso uma preocupação maior da instituição familiar e escolar para a importância de se ter o hábito da leitura, e assim proporcionar atividades que envolvam as crianças desde cedo nessa prática necessária, promovendo estímulos que despertem o gosto pela leitura ainda na infância na busca de encontrar o caminho para a transformação com o objetivo de formar uma sociedade leitora.
 
 Percebe-se que a escola depois da família, possui papel relevante como mediador entre a criança e a leitura, devendo continuar, ampliar e sistematizar o processo iniciado no ambiente familiar na formação do gosto pela leitura. O professor também assume papel importante nesse processo através do incentivo da leitura dentro e até mesmo fora da sala de aula. Com isso, a família e a escola deve se conscientizar que a leitura é um processo contínuo que precisa iniciar na educação informal ( no lar e se prorrogar por toda vida. 
 Família e escola podem trocar informações de livros infantis, a fim de possibilitar sempre as melhores escolha! Os pais, por exemplo, podem informar as preferências do filho, para que os professores consigam despertar o interesse da criança pela leitura em sala de aula. Por outro lado, os professores podem indicar para as famílias livros adequados à faixa-etária dos filhos. Dessa forma manterão contato a respeito do mesmo proposito que formar um leitor ativo.
REFERÊNCIAS
ABRAMOVICH, F. Literatura infantil: gostosura e bobices. 2. Ed. São Paulo: Scipione, 1997.
 
BRENMAN, I. Através da vidraça da escola: formando novos leitores. 2. Ed. Belo Horizonte: Aletria, 2012.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler em três artigos que se completam. São Paulo, Cortez ed., 2000.
KAERCHER, G. E. E por falar em literatura. In: CRAIDY, C.; KAERCHER, G. Educação infantil pra que te quero? Porto Alegre: Artmed, 2001.
SANDRONI, Laura C.; MACHADO, Luiz Raul (Org. . A Criança e o livro: guia prático de estimulo à leitura. 3. ed. São Paulo: ática, 1991. P. 11 – 134. (Série educação em ação
NASCIMENTO, T.A.S.: BARBOSA, M.L.de F . A influência da escola e da família no estimulo à leitura na educação infantil. In: BORBA, R; BOTLER, A. (Org.

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