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Orçamento Empresarial: Importância e Execução

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O orçamento empresarial é ferramenta importante para que os gestores possam tomar decisões embasadas nos relatórios. As empresas devem procurar incrementar as receitas bem como realizar um minucioso controle dos gastos. Esse orçamento pode envolver todos os setores da empresa, possibilitando uma visão geral da situação em que a mesma se encontra. Alguns objetivos do orçamento empresarial podem ser o controle e a previsão de ações futuras. Segundo Padoveze (2007) os passos para a execução do planejamento orçamentário são:
1º. Estabelecer a missão e os objetivos corporativos. 
2º. Estruturar as assunções ambientais; a partir desta, determinar o fator limitante, normalmente vendas (é possível que determinados empreendimentos o fator limitante seja a produção, tipo jazidas minerais etc.).
3º. Elaborar o orçamento a partir da função restritiva do fator limitante. 
4º. Elaborar os outros orçamentos (Vendas, Despesas Administrativas e de Vendas, Compra de Produtos e Caixa), coordenando-os com o fator limitante e os objetivos corporativos. 
5º. Sintetizar os orçamentos para produzir o orçamento mestre. 
6º. Rever o orçamento mestre a luz dos objetivos corporativos. 
7º. Aceitar o orçamento mestre, ou se este não está de acordo com os objetivos corporativos, voltar ao passo 2 e repetir o processo até o orçamento ficar aceitável. 
8º. Monitorar os resultados reais contra os resultados orçados e reportar variações.
	É relevante informar que os setores da organização devem organizar seus projetos e previsões a fim de serem incorporados ao orçamento mestre. Essa ação contará com a participação dos responsáveis e os envolvidos nos trabalhos para que consigam informar com eficácia todos os dados necessários para a construção do orçamento empresarial. Padoveze (2007) ainda define o orçamento mestre em operacional, financeiro e projeção das demonstrações financeiras. O orçamento operacional segundo Santiago (2006) equivale, na demonstração do resultado da empresa, às informações que evidenciam o lucro operacional, ou seja, vendas, custo dos produtos, despesas administrativas e comerciais. Pode-se dizer que esse tipo de orçamento abrange todas as ações do cotidiano da empresa. Ainda sobre o planejamento operacional Vallim (2013) diz que é o planejamento geralmente realizado para um exercício social, de prazos curtos (anual, semestral, mensal) ou longos (por exemplo, de dois a cinco anos), que visa distribuir da forma mais eficiente os recursos das diversas áreas da empresa, a fim de cumprir com as diretrizes do planejamento estratégico e tático e, dessa forma, maximizar os resultados da empresa.
	Já o orçamento financeiro, apesar de nem estar presente nas pequenas empresas, é importante pelo fato de proporcionar a taxa de desenvolvimento da empresa. E por fim o orçamento de demonstrações financeiras, segundo Vallim (2013) explica que:
Após a elaboração dos orçamentos operacional, de investimentos e de financiamentos, surge a necessidade de obter os resultados econômicos e financeiros. A elaboração da demonstração do resultado, demonstração do fluxo de caixa e do balanço patrimonial, portanto, é essencial para se atingir os objetivos definidos pelo planejamento. De responsabilidade da controladoria, tais instrumentos são de suma importância para a elaboração de várias análises econômicas e financeiras que permitem projeções/decisões, as quais por sua vez preservam o plano estratégico da empresa.
Assim o orçamento mestre engloba todos os demais orçamentos visando a organização dos mesmos. Bateman e Snell (2011) citam que o orçamento mestre inclui todas as principais atividades da empresa. Reúne e coordena todas as atividades dos demais orçamentos e pode ser encarado como “orçamento dos orçamentos”. O contador deve auxiliar em todos os processos de formulação do orçamento das empresas. Para isso, é importante que o profissional de contabilidade adquira conhecimentos a respeito de Direito Empresarial e Noções de Atuária a fim de se posicionar com propriedade no assunto. A atuária tem o foco de analisar os possíveis riscos da empresa. Esse quesito está relacionado com o orçamento que pode prever prejuízos ou possíveis ganhos. Diante das novas necessidades que a sociedade requer do contador, os novos conhecimentos nas áreas empresariais e projeção de cálculo tornam-se essenciais para a atuação do mesmo dentro das organizações. Sua função é a de auxiliar nas tomadas de decisão, portanto, nada mais justo que conhecer a fundo sobre a estrutura de uma empresa e seus trâmites legais. A cada dia a contabilidade adquire características gerenciais. Entende-se como contabilidade gerencial, segundo Atkinson et al. (2000) como sendo: 
O processo de produzir informação operacional e financeira para funcionários e administradores, tal processo deve ser direcionado pelas necessidades informacionais dos indivíduos internos da empresa e deve orientar suas decisões operacionais e de investimentos.
	Assim faz-se importante e necessário o conhecimento desse ramo do direito para que o contador atenda às necessidades empresariais e auxiliando no controle contínuo dos processos. Ter conhecimento sobre sociedades, tipos de empresas, tributos, contratos e obrigações legais, prazos são úteis no momento de solucionar questões pendentes das organizações. 
O controle está presente em todas as ações realizadas pela empresa. Não é possível obter êxito nos negócios se não houver o mínimo de organização e controle. Para que esses objetivos sejam alcançados, é preciso que todas as informações estejam devidamente registradas e sejam transparentes. A prestação de contas das receitas é algo de suma importância para que os valores sejam lançados corretamente. O fluxo de caixa é um instrumento valioso quando o assunto é controle diário da entrada e saída. As despesas e as receitas ficam definidas além de demonstrarem a real situação do capital da empresa. O fluxo de caixa está diretamente ligado ao planejamento orçamentário como aborda Marion (2008) que diz que sem o fluxo de caixa fica quase impossível projetar e planejar-se financeiramente. Sem orçamento (planejamento financeiro) é impossível ter uma administração sadia.
Portanto, em um mundo competitivo e em um mercado financeiro onde apenas as empresas bem estruturadas permanecem, o fluxo de caixa pode ser considerado como uma aliada aos demais processos estratégicos de controle e previsão administrativa da empresa. Assim, não apenas como diagnóstico financeiro, o fluxo pode expor qual o produto tem maior saída, por exemplo, possibilitando um levantamento para futuras compras. Zdanowicz (2000) diz que o fluxo de caixa poderá ser elaborado de diferentes maneiras conforme as necessidades ou conveniências de cada empresa, a fim de permitir que se visualizem os futuros ingressos de recursos e os respectivos desembolsos. O fluxo de caixa determinará detalhadamente todos os prazos de pagamento, recebimento, novas compras, quantitativo etc.
De acordo com Assaf Neto e Silva (1997), o fluxo de caixa não deve ser uma preocupação exclusiva da área financeira, mas sim de todos os setores da empresa: 
• a área de produção, ao promover alterações nos prazos de fabricação dos produtos, determina novas alterações nas necessidades de caixa de forma idêntica, os custos de produção têm importantes reflexos sobre o caixa; 
• as decisões de compras devem ser tomadas de maneira ajustada com a existência de saldos disponíveis de caixa. Em outras palavras, deve haver preocupação com relação à sincronização dos fluxos de caixa, avaliando-se os prazos concedidos para pagamento das compras com aqueles estabelecidos para recebimento das vendas; 
• políticas de cobrança mais ágeis e eficientes, ao permitirem colocar recursos financeiros mais rapidamente à disposição da empresa, constituem-se em importante reforço de caixa (...).
	Todas as áreas que compõem a empresa são de extrema importância, cada uma cumprindo seu papel. Alinhá-las com harmonia para que todas se complementem, é a função do gestor estratégico e consciente.A responsabilidade do contador diante dos assuntos abordados sugere uma postura inovadora e dinâmica a fim de possuir essa visão diferenciada. O profissional precisa repassar para os empresários que por menor que seja a empresa, todas necessitam de orçamentos pré-definidos e elaborados. 
REFERÊNCIAS
ASSAF NETO, A.A dinâmica das decisões financeiras. Caderno de estudos, FIPECAFI, São Paulo: 1997.
ATKINSON, Anthony A. et al. Contabilidade gerencial. São Paulo: Atlas, 2000.
BATEMAN, Thomas S,; SNELL, Scott A. A Administração: o desafio de gerir pessoas: unindo as individualidades em favor de todo e nos diferentes níveis hierárquicos. 2.ed. Bookman: Porto Alegre, 2011.
MARION, José Carlos. Contabilidade Básica : 8ª Edição São Paulo: Atlas. 2008.
PADOVEZE, C. L. Contabilidade Gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
SANTIAGO, Marlene Ferreira. O efeito da tributação no planejamento financeirodas empresas prestadoras de serviço: um estudo de caso de desenvolvimento regional. São Paulo, 2006.
VALLIM, Carlos Roberto. Planejamento e controle orçamentário. Universidade Aberta do Brasil. Universidade Federal do Espírito Santo. Vitória, 2013.
ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de Caixa, São Paulo: 2000.

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