Buscar

Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico_

Prévia do material em texto

14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 1/35
clube (https://clube.mises.org.br/)   |   doar (/Donate.aspx)   |   idiomas 
 (/Default.aspx)
 
Olá Visitante
Minha conta (/CustomerPanel.aspx)
 (https://www.facebook.com/MisesBrasil/)   (https://twitter.com/Mises_Brasil/)   
(https://www.instagram.com/mises_brasil/)   (https://www.youtube.com/c/MisesYoutube)   
(https://www.linkedin.com/company/instituto-mises-brasil)
 (/Default.aspx) ARTIGOS MONEY REPORT (/Articles_Thumbs.aspx?type=6)
BLOG ENSINO PODCAST (/Podcasts.aspx) MULTIMÍDIA
AGENDA (/Events.aspx) LOJA (https://www.lojamises.com.br/)
Artigos 
artigo do dia (/article/3248/os-recentes-eventos-deixaram-ainda-mais-claro-dinheiro-de-
verdade-e-o-ouro-todo-o-resto-e-credito-)
economia (/SearchBySection.aspx?section=1&type=3)
direito (/SearchBySection.aspx?section=2&type=3)
�loso�a (/SearchBySection.aspx?section=3&type=3)
política (/SearchBySection.aspx?section=4&type=3) comitê editorial (/Comite.aspx)
arquivo (/Articles_Thumbs.aspx) autores (/Authors.aspx?type=articles)
Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento
econômico?
https://clube.mises.org.br/
https://www.mises.org.br/Donate.aspx
https://www.mises.org.br/Default.aspx
javascript:__doPostBack('ctl00$cmdSearch','')
javascript:;
https://www.mises.org.br/CustomerPanel.aspx
https://www.facebook.com/MisesBrasil/
https://twitter.com/Mises_Brasil/
https://www.instagram.com/mises_brasil/
https://www.youtube.com/c/MisesYoutube
https://www.linkedin.com/company/instituto-mises-brasil
https://www.mises.org.br/Default.aspx
javascript:;
https://www.mises.org.br/Articles_Thumbs.aspx?type=6
javascript:;
javascript:;
https://www.mises.org.br/Podcasts.aspx
javascript:;
https://www.mises.org.br/Events.aspx
https://www.lojamises.com.br/
https://www.mises.org.br/article/3248/os-recentes-eventos-deixaram-ainda-mais-claro-dinheiro-de-verdade-e-o-ouro-todo-o-resto-e-credito-
https://www.mises.org.br/SearchBySection.aspx?section=1&type=3
https://www.mises.org.br/SearchBySection.aspx?section=2&type=3
https://www.mises.org.br/SearchBySection.aspx?section=3&type=3
https://www.mises.org.br/SearchBySection.aspx?section=4&type=3
https://www.mises.org.br/Comite.aspx
https://www.mises.org.br/Articles_Thumbs.aspx
https://www.mises.org.br/Authors.aspx?type=articles
14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 2/35
economia (/SearchBySection.aspx?section=1&type=3)
Frank Shostak (/SearchByAuthor.aspx?id=84&type=articles) quarta-feira, 28 nov 2012
A teoria econômica convencional a�rma que desvalorizar a moeda de um país pode ser algo
bom para sua economia, dado que uma moeda mais fraca gera uma taxa de câmbio mais
desvalorizada, o que estimularia a produção industrial e consequentemente as exportações
e o emprego.  Isso geraria um crescimento econômico.  Donde se conclui que, caso um país
queira vivenciar um crescimento econômico mais acelerado, a desvalorização da moeda
seria uma medida necessária.
Pensamento popular
De acordo com o pensamento popular, o segredo para o crescimento econômico está na
demanda por bens e serviços.  A�rma-se que um aumento na demanda por bens e serviços
gera crescimento econômico porque tal aumento irá desencadear a produção de bens e
serviços.  Logo, aumentos ou reduções na demanda por bens e serviços estariam por trás de
aumentos e declínios na produção geral da economia.  Sendo assim, para manter a
economia crescendo, as políticas econômicas do governo têm se concentrar na demanda
geral, implementando medidas para estimulá-la.
É fato que parte da demanda por produtos domésticos advém de países estrangeiros.  A
acomodação desta demanda é rotulada de exportações.  Da mesma maneira, os cidadãos
locais também exercitam suas demandas por bens e serviços produzidos no estrangeiro, o
que é rotulado de importações.  Observe que, ao passo que um aumento nas exportações
produz uma demanda geral pelos produtos domésticos, um aumento nas importações
reduz esta demanda.  Donde se conclui que as exportações, sempre de acordo com este
pensamento, são um fator que contribui para o crescimento econômico ao passo que as
importações são um fator que subtrai do crescimento da economia.
(/CustomerPanel_Action.aspx?
a=addArtFav&id=1308) 
(/CustomerPanel_Action.aspx?
a=addArtReadLater&id=1308) 
(/ArticlePrint.aspx?
id=1308)
  
https://www.mises.org.br/SearchBySection.aspx?section=1&type=3
https://www.mises.org.br/SearchByAuthor.aspx?id=84&type=articles
https://www.mises.org.br/CustomerPanel_Action.aspx?a=addArtFav&id=1308
https://www.mises.org.br/CustomerPanel_Action.aspx?a=addArtReadLater&id=1308
https://www.mises.org.br/ArticlePrint.aspx?id=1308
14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 3/35
Dado que a demanda internacional pelos bens e serviços de um país é um importante
ingrediente na determinação do ritmo do crescimento econômico, faz sentido, segundo este
pensamento, fazer com que os bens e serviços produzidos localmente sejam atraentes para
os estrangeiros.  Uma das maneiras de fazer com que os bens domesticamente produzidos
sejam mais demandados por estrangeiros é fazendo com que os preços destes bens sejam
mais atraentes para eles.
Por exemplo, imagine que o preço de um saco de batatas no Brasil é de R$10 e de US$10 nos
EUA.   Imagine também que a taxa de câmbio entre o dólar e o real é de 1:1.  À taxa de câmbio
de 1 real por 1 dólar, um americano consegue, com US$10, comprar um saco de batatas
brasileiras.
Uma das maneiras de os brasileiros estimularem sua competitividade é depreciando o real
em relação ao dólar.  Suponhamos que, em reação a um anúncio de que o Banco Central
brasileiro está disposto a afrouxar sua política monetária, a taxa de câmbio passe para R$2
por US$1.  Consequentemente, isto signi�ca que R$10 agora podem ser adquiridos com
US$5, o que por sua vez implica que um saco de batatas brasileiras agora custa US$5. 
Consequentemente, um americano pode agora com US$10 comprar dois sacos de batatas do
Brasil em vez de apenas um, como ocorria antes da depreciação do real.  Em outras
palavras, o poder de compra dos americanos em relação às batatas brasileiras dobrou.
Se aplicarmos o exemplo das batatas para todos os bens e serviços, podemos chegar à
conclusão de que, como resultado da depreciação da moeda, tudo o mais constante, a
demanda geral por bens produzidos domesticamente tenda a aumentar.  Isto, por sua vez,
irá gerar um superávit no balanço de pagamentos e, consequentemente, fortalecer o
crescimento do PIB.  Observe que, para estimular a demanda estrangeira, os brasileiros
estão agora oferecendo dois sacos de batatas em troca de um saco de batatas dos EUA.  Isto
também signi�ca que o preço de um saco de batatas americanas está agora duas vezes mais
caro no Brasil em relação a antes da depreciação do real.  Muito provavelmente, isto irá
reduzir a demanda dos brasileiros por batatas americanas.  O que temos até agora, no que
concerne ao Brasil, são mais exportações e menos importações, algo que, de acordo com o
pensamento convencional, é uma ótima notícia para o crescimento econômico brasileiro.
Igualmente, à taxa de câmbio original de 1:1, uma redução nos preços domésticos das
batatas brasileira de R$10 para R$5 também permitiria a um americano trocar seus US$10
por dois sacos de batatas brasileiras.  Em suma, mudanças na taxa de câmbio ou mudanças
nos preços nos respectivos países irão determinar a chamada 'competitividade
internacional', a qual também é rotulada de taxa de câmbio real.  Ela pode ser resumida na
seguinte fórmula:
Taxa de câmbio real = taxa de câmbio nominal x (preços estrangeiros/preços
domésticos)
A taxa de câmbio nominal é a quantidade de moeda nacional necessária para se adquirir
uma unidade de moeda estrangeira.  Uma desvalorização cambial signi�ca um aumentoda
taxa de câmbio nominal (aumenta-se o número de reais necessários para se adquirir um
dólar).
De acordo com esta expressão, um aumento na taxa de câmbio real (isto é, uma
desvalorização do câmbio real) implica um aumento na competitividade dos produtos
brasileiros no mercado internacional, e uma redução na taxa de câmbio real (isto é, uma
apreciação do câmbio real) signi�ca uma queda nesta competitividade internacional. 
Donde que, seguindo-se esta equação, uma desvalorização da moeda nacional (uma
redução na quantidade de moeda estrangeira necessária para adquirir uma mesma
quantidade de moeda nacional) levará a uma desvalorização na taxa de câmbio real e,
consequentemente, a um aumento na competitividade internacional. 
14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 4/35
Já uma queda nos preços estrangeiros levará a uma apreciação da taxa de câmbio real, desta
forma reduzindo a competitividade dos produtos brasileiros no exterior.  Seguindo-se este
raciocínio simples, conclui-se que a desvalorização da moeda nacional — tudo o mais
constante — é algo bené�co para o crescimento econômico.
Por que estimular exportações por meio da desvalorização da moeda não pode fazer uma
economia crescer continuamente
Quando o Banco Central brasileiro anuncia que irá afrouxar a política monetária, isto leva a
uma rápida resposta dos agentes do mercado de câmbio: eles irão vender a moeda nacional
e adquirir moedas estrangeiras, o que irá levar a uma depreciação da moeda nacional.  Em
resposta a isso, vários produtores nacionais perceberão que agora está mais atraente
aumentar suas exportações.  Para �nanciar este aumento em sua produção, os produtores
recorrerão aos bancos, os quais, em decorrência das recentes injeções monetárias feitas
pelo Banco Central, concederão crédito a taxas de juros menores. 
Fazendo uso deste crédito recém-concedido, os produtores poderão agora adquirir os
recursos necessários para expandir sua produção de bens com o intuito de acomodar a
crescente demanda estrangeira.  Em outras palavras, por meio deste crédito recém-criado,
os produtores irão retirar recursos reais de outros setores da economia, desviando-os para
si próprios.  Enquanto os preços domésticos se mantiverem inalterados, os exportadores
irão registrar um aumento nos lucros.
No entanto, este suposto aumento na competitividade gerado pela desvalorização da moeda
signi�ca que os cidadãos brasileiros irão agora obter menos bens importados para uma
mesma quantidade de bens exportados.  Em suma, ao passo que o país está enriquecendo
em termos de moeda estrangeira (mais dólares estão entrando no país), ele está
empobrecendo em termos de riqueza real, isto é, em termos dos bens e serviços necessários
para manter o padrão de vida e o bem-estar das pessoas.  A quantidade de bens na
economia diminui tanto em decorrência do aumento das exportações quanto em
decorrência da diminuição das importações. 
À medida que o tempo passa, os efeitos de uma política monetária frouxa começam a fazer
um efeito mais generalizado nos preços dos bens e serviços, e, no �nal, tendem a solapar os
lucros dos exportadores.  Em suma, um aumento nos preços põe um �m na ilusória
tentativa de se criar prosperidade econômica do nada, utilizando apenas manipulações
monetárias para este �m.  De acordo com Ludwig von Mises
(http://www.mises.org.br/EbookChapter.aspx?id=320)
http://www.mises.org.br/EbookChapter.aspx?id=320
14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 5/35
As tão faladas vantagens que a desvalorização proporciona ao comércio
exterior e ao turismo se devem inteiramente ao fato de que o ajuste dos preços
e salários domésticos ao estado de coisas criado pela desvalorização requer
algum tempo.   Enquanto este processo de ajustamento não se completa, as
exportações são estimuladas e as importações, desencorajadas.  Não obstante,
isto signi�ca apenas que, neste intervalo de tempo, os cidadãos do país que
desvalorizou sua moeda estão obtendo menos em troca do que estão vendendo
no exterior, e pagando mais pelo que estão comprando no exterior; o consumo
interno, consequentemente, sofre uma redução.  Este efeito pode parecer
bené�co para aqueles que medem o bem-estar de uma nação pela sua balança
comercial.   Em linguagem clara, esta realidade pode ser descrita da seguinte
forma: o cidadão inglês precisa exportar mais bens ingleses para poder
comprar aquela quantidade de chá que corresponderia, antes da
desvalorização, a uma menor quantidade de bens ingleses.
Compare esta política de desvalorização da moeda com uma política conservadora na qual a
moeda não se expande.  Sob estas condições, quando o conjunto da riqueza real do país está
se expandindo — isto é, quando a quantidade de bens e serviços está aumentando —, o
poder de compra da moeda nacional irá também aumentar.  Isto, tudo o mais constante,
levará a uma valorização da moeda.  Com a expansão da produção de bens e serviços, e com
a queda nos preços e nos custos de produção, os produtores nacionais poderão aprimorar
sua competitividade internacional e sua lucratividade nos mercados estrangeiros ao mesmo
tempo em que a moeda segue se valorizando. 
Por outro lado, quando há uma política monetária frouxa, os ganhos obtidos pelos
exportadores são apenas temporários, e se dão à custa de outras atividades da economia, as
quais �cam privadas de recursos, como explicado acima.  Já quando a política monetária é
austera, os ganhos obtidos não se dão à custa de ninguém; eles são apenas a manifestação
da criação de riqueza real.
Uma moeda forte, além de permitir aos seus usuários desfrutar mais bens por meio de mais
importações, também lhes propicia uma maior qualidade de vida.  Viagens internacionais e
produtos eletrônicos exóticos se tornam mais acessíveis aos consumidores.  Os produtores
nacionais, por sua vez, conseguem acesso mais barato a recursos e a bens de capital
estrangeiros.  Ainda que seus preços de venda no mercado interno se mantenham
inalterados — em decorrência da solidez monetária — o resultado é que seus lucros tendem
a ser maiores.
Igualmente, as exportações também tendem a aumentar.  A taxa de câmbio representa
apenas uma fatia do custo total que os estrangeiros têm de pagar para importar bens desta
economia.  Tão importante quanto a taxa de câmbio é o custo deste bem em sua própria
moeda nacional.  Que diferença faz para o importador dos bens da economia brasileira se,
por exemplo, o real está 10% mais barato em relação ao dólar e, ao mesmo tempo, os preços
domésticos no Brasil subiram também 10% em decorrência da in�ação monetária?  O efeito
é nulo.  Por outro lado, com uma moeda forte permitindo a importação maciça de bens de
capital mais baratos, os custos de produção tendem a cair e a produtividade tenda a
aumentar, o que irá reduzir os preços internos e, consequentemente, estimular as
exportações.  É assim que uma moeda forte estimula também o setor exportador.
Conclusão
14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 6/35
No mundo atual, os bancos centrais agem coordenadamente, expandindo em sincronia a
oferta monetária de seus respectivos países de modo a manter as �utuações das taxas de
câmbio o mais estável possível.  Obviamente, durante este processo, tais políticas
desencadeiam um persistente processo de empobrecimento, pois o consumo não se dá de
acordo com a produção de riqueza real.
Adicionalmente, neste arranjo, se um país tentar adquirir uma vantagem passageira por
meio da desvalorização de sua moeda — implantando uma política monetária mais frouxa
—, ele conseguirá apenas estimular os outros países a fazer a mesma coisa. 
Consequentemente, o surgimento de desvalorizações competitivas é a maneira mais
garantida de se destruir a economia de mercado e jogar o mundo em um prolongado
período de crise.Sobre isso, Mises escreveu (http://www.mises.org.br/EbookChapter.aspx?id=320),
Uma aceitação geral dos princípios do câmbio �utuante irá resultar em uma
competição malé�ca entre as nações, cada uma se esforçando para desvalorizar
mais do que a outra. Ao �nal dessa competição, os sistemas monetários de
todas as nações estarão arruinados.
Leia também: Uma moeda forte pode trazer desvantagens para os brasileiros?
(http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1441)
autor
(/SearchByAuthor.aspx?
id=84&type=articles)
Frank Shostak
é um scholar adjunto do Mises Institute e um colaborador frequente do
Mises.org.  Sua empresa de consultoria, a Applied Austrian School Economics
(http://aaseconomics.com/), fornece análises e relatórios detalhados sobre
mercados �nanceiros e as economias globais. 
 (https://conteudo.mises.org.br/carta-semanal-imb)
| á
http://www.mises.org.br/EbookChapter.aspx?id=320
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1441
https://www.mises.org.br/SearchByAuthor.aspx?id=84&type=articles
http://aaseconomics.com/
https://conteudo.mises.org.br/carta-semanal-imb
14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 7/35
mais acessados |  comentários  
1 Você se considera uma pessoa livre? Se sim, veja o Conto do Escravo
(/article/2882/voce-se-considera-uma-pessoa-livre-se-sim-veja-o-conto-do-
escravo)2 Os recentes eventos deixaram ainda mais claro: dinheiro de verdade é o ouro; todoo resto é crédito
(/article/3248/os-recentes-eventos-deixaram-ainda-mais-claro-dinheiro-de-
verdade-e-o-ouro-todo-o-resto-e-credito-)3 Políticos destruíram o mercado e ignoraram direitos humanos com um alarmanteentusiasmo
(/article/3247/politicos-destruiram-o-mercado-e-ignoraram-direitos-humanos-
com-um-alarmante-entusiasmo)4 Fatos e dados médicos comprovam: desemprego mata - e quanto mais tempodurar a quarentena, pior será
(/article/3246/fatos-e-dados-medicos-comprovam-desemprego-mata--e-
quanto-mais-tempo-durar-a-quarentena-pior-sera)5 A teoria marxista da exploração e a realidade
(/article/1368/a-teoria-marxista-da-exploracao-e-a-realidade)6 Seu padrão de vida hoje é muito maior do que o de um magnata americano há 100anos
(/article/2672/seu-padrao-de-vida-hoje-e-muito-maior-do-que-o-de-um-
magnata-americano-ha-100-anos)7 O horror da China comunista e seus pavorosos campos de morte
(/article/94/o-horror-da-china-comunista-e-seus-pavorosos-campos-de-morte)8 Greta Thunberg manda seu recado para os países mais pobres: “Morrerão pobres”
comentários (87) 
Helio Beltrao  17/05/2012 10:43
Sábias palavras de Shostak.
RESPONDER
LIVIO LUIZ SOARES DE OLIVEIRA  17/05/2012 12:25
Leandro, gostaria de ver um comentário seu sobre o mito de que a manutenção, por parte da
China, de sua moeda, o yuan renmibi, desvalorizada ao longo das últimas décadas foi uma
medida que ajudou este país a aumentar dramaticamente suas exportações e a manter um
crescimento econômico elevado.
Gostaria que você escrevesse ou citasse artigos sobre isso de acordo com a Economia Austríaca.
Grato pela atenção
RESPONDER
Leandro  17/05/2012 15:04
Temos alguns artigos falando sobre este arranjo chinês. Recomendo este: 
www.mises.org.br/Article.aspx?id=545 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=545)
https://www.mises.org.br/article/2882/voce-se-considera-uma-pessoa-livre-se-sim-veja-o-conto-do-escravo
https://www.mises.org.br/article/3248/os-recentes-eventos-deixaram-ainda-mais-claro-dinheiro-de-verdade-e-o-ouro-todo-o-resto-e-credito-
https://www.mises.org.br/article/3247/politicos-destruiram-o-mercado-e-ignoraram-direitos-humanos-com-um-alarmante-entusiasmo
https://www.mises.org.br/article/3246/fatos-e-dados-medicos-comprovam-desemprego-mata--e-quanto-mais-tempo-durar-a-quarentena-pior-sera
https://www.mises.org.br/article/1368/a-teoria-marxista-da-exploracao-e-a-realidade
https://www.mises.org.br/article/2672/seu-padrao-de-vida-hoje-e-muito-maior-do-que-o-de-um-magnata-americano-ha-100-anos
https://www.mises.org.br/article/94/o-horror-da-china-comunista-e-seus-pavorosos-campos-de-morte
https://www.mises.org.br/article/3098/greta-thunberg-manda-seu-recado-para-os-paises-mais-pobres-morrerao-pobres
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=545
14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 8/35
Ademais, o país possui uma mistura entre câmbio �xado em um nível desvalorizado e
controle de capitais. Isso, de certa forma, estimula investidores, que assim podem operar
em um ambiente no qual o governo garante que não haverá sobressaltos cambiais e nem
grandes volatilidades. Esses investimentos vão majoritariamente para o setor exportador
e acabam aditivando a economia chinesa de forma espetacular.
Vale notar, no entanto, que se trata de uma medida bastante mercantilista, bem ao estilo
da elite política chinesa: quem está no setor exportador é bene�ciado pelo câmbio, em
detrimento do resto da população; e quem investe no país tem todas as garantias de
retorno, sem grandes riscos de perdas. Ou seja, trata-se da velha fórmula de economia
voltada para exportação. Quem está neste setor vive como rei; quem está de fora apenas
tenta saciar o estômago.
RESPONDER
Gomes  28/11/2012 14:34
Vc contradisse o artigo, pois a�rmou que o câmbio desvalorizado tem sido um dos
motores do duradouro crescimento chinês. Ou seja, a vantagem conferida pelo
câmbio desvalorizado na China para seu crescimento não foi temporária, ao
contrário do que diz o artigo.
RESPONDER
Leandro  28/11/2012 16:24
Onde foi que eu disse isso? Ou você tem uma incrível di�culdade para
interpretar textos básicos ou é do tipo desocupado que �ca vasculhando
escritas ávido para achar uma aparente contradição que satisfaça a sua
ideologia.
Permita-me repetir aqui o escrevi, só que agora de forma ainda mais
explícita. "Trata-se de uma medida bastante mercantilista, bem ao estilo
da elite política chinesa: quem está no setor exportador é bene�ciado pelo
câmbio desvalorizado, em detrimento do resto da população, que não tem
poder de compra nenhum; Ou seja, trata-se da velha fórmula de economia
voltada para exportação. Quem está neste setor vive como rei; quem está
de fora apenas tenta saciar o estômago."
É esse o arranjo que você quer? Uma sociedade formada por uma minoria
exportadora e rica e por uma maioria que não tem poder de compra já
existe? E o seu socialismo e suposto amor pelos pobres? Eu sei, todo
keynesiano/social-democrata se desmancha perante a qualquer sugestão
de mercantilismo. Vocês simplesmente não resistem a uma ajuda estatal
para empresários simpáticos ao governo. 
Quanto ao "esses investimentos vão majoritariamente para o setor
exportador e acabam aditivando a economia chinesa de forma espetacular",
isso é matemática pura. I + X são duas variáveis que aditivam o cálculo do
PIB. Isso é economia básica. E como são os números PIB que mesmerizam
gente que não entende nada de economia, o governo chinês, muito experto,
se concentra justamente em aditivar essa variável. Esperava mais de um
estudante de economia como você.
14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 9/35
Vai ter de se esforçar mais por aqui, Gomes. Desde que descobriu este site,
você está desesperado para tentar se manter apegado às suas ideologias,
não obstante todas as provas em contrário de sua e�cácia.
RESPONDER
Lucas  17/05/2012 12:26
Desestimulante é ler citações de Mises que de tão corretas e atuais parecem terem sido ditas
há 1 hora atrás.
RESPONDER
Juliano  17/05/2012 12:35
Mais um artigo fantástico!\r
\r
O grande problema é o fato de que esses efeitos são tão contrários à intuição. É muito mais fácil
se concentrar no que se pode ver e políticos usam isso como modus operandis sem o menor
pudor. O discurso �cou tão atrelado à mentalidade coletiva que falar qualquer coisa contrária a
isso parece um absurdo.\r
\r
Não basta que todas as evidências apontempara o lado contrário. Não basta a lista imensa de
países pobres com moedas fracas e a lista de países ricos com moeda forte. Não basta ter vivido a
época de hiper-in�ação. A realidade é solenemente ignorada em troca do discurso pró-
exportação. A resposta padrão é que sem esses "incentivos" não conseguiremos produzir nada e
todos morreremos de fome importando tudo da China.
RESPONDER
Fabio MS  17/05/2012 14:32
De início, esclareço que não tenho conhecimento técnico em economia. Tudo que sei é o que li no
Mises.org.br. Perdoem-me, portanto, se a pergunta mostrar-se ridícula ou inoportuna.\r
\r
Pois bem, a imprensa costuma elogiar o tal sistema de câmbio �utuante, que faz parte do
famoso "tripé da estabilidade econômica". \r
É um sistema adotado, salvo engano, por boa parte dos países.\r
\r
Diante disso, pergunto:\r
\r
a) a crítica do autor ao câmbio �utuante se refere à intenção do planejador central em manter a
moeda subvalorizada para ter "vantagem" em relação a outros países e conseguir exportar
mais(foi isso que eu entendi). Nesses termos, um BC que busca a valorização da moeda nacional
é menos mau?\r
\r
b)considerando a atual organização do sistema econômico e �nanceiro, há uma alternativa
melhor para o câmbio do que o sistema de câmbio �utuante?\r
\r
Abraço.
RESPONDER
Leandro  17/05/2012 14:50
14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 10/35
Câmbio �utuante é uma bizarrice que transforma o comércio em uma situação de quase-
escambo. Taxas de câmbio �utuantes introduzem incertezas indesejadas nos mercados
internacionais, obstruindo o livre comércio, principalmente os investimentos. O investidor
torna-se muito mais um especulador do que propriamente um investidor.
Taxas de câmbio �utuantes são aceitas por economistas simplesmente porque estes têm
em mente apenas o conceito de 'nação'. Entretanto, embora 'nação' seja uma importante
unidade política, ela não é uma unidade econômica. Assim, imagine se houve uma taxa de
câmbio �exível entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro? Ou entre Bahia e Santa
Catarina? Isso seria um incentivo ao livre comércio entre os estados ou uma barreira?
Se os estados adotassem câmbios �exíveis entre si, os efeitos seriam desastrosos para o
comércio, com cada estado fazendo guerra cambial e impondo várias tarifas
protecionistas. Ainda bem que não é assim.
Não faz sentido -- a menos para protecionistas inveterados, é claro -- defender câmbio
�utuante entre países, mas "câmbio �xo" entre estados, cidades e bairros.
Ademais, vale lembrar que o padrão-ouro clássico, que vigorou de 1814 a 1913, nada mais
era do que um sistema de câmbio �xo. Porém, ao contrário da ideia deturpada que se tem
hoje de câmbio �xo, o câmbio �xo do padrão-ouro não era um câmbio determinado por
políticos. As moedas nacionais (dólar, libra, franco etc.) eram simplesmente
denominações para uma determinada massa de ouro. Um dólar era igual a 1/20 onça de
ouro e uma libra era igual a 1/4 onça de ouro -- o que signi�cava que uma libra era igual
a 5 dólares.
O dólar era "�xo" em relação à libra da mesma forma que 1 real é �xo em relação a duas
moedas de 50 centavos. Ou seja, na prática, todos os países tinham a mesma moeda
(ouro) e, neste sentido o câmbio, entre eles era �xo.
Assim, respondendo à sua primeira pergunta, um câmbio �utuante permite ao BC
manipular livremente a oferta monetária, ao passo que um câmbio �xo o deixa bem mais
restrito.
E quanto à segunda pergunta, um arranjo em que se adote uma moeda de outro país já
seria um grande avanço, pois se está retirando dos políticos nacionais a capacidade de
manipular a oferta monetária.
Sugiro a leitura do artigo sobre o Plano Real (http://www.mises.org.br/Article.aspx?
id=1294), que fala sobre isso tudo.
Grande abraço!
RESPONDER
Fábio Mendes dos Santos  18/05/2012 05:40
Obrigado pela gentileza e pelos esclarecimentos, Leandro.
Abraço.
RESPONDER
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1294
14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 11/35
amauri  18/05/2012 10:07
Boa tarde Leandro!
Cambio livre é igual ao �utuante? Pergunto por que os dois podem ser
manipulados, Certo?
No padrão ouro, o ouro tambem �caria �xo?
Qual é o melhor regime cambial?
abs
RESPONDER
Leandro  18/05/2012 12:26
Câmbio livro e câmbio �utuante, em teoria, são sinônimos, mas ambos são
manipulados pelo governo. É o pior sistema cambial que existe.
No padrão-ouro clássico, cada moeda representa um determinado peso de
ouro, sem �utuações -- assim como há 100 cm em um metro e duas
moedas de 50 centavos são um real. 
Já no padrão-ouro puro, moedas de ouro são a moeda de troca. Assim
como não há taxa de câmbio entre São Paulo e Bahia (pois utilizam a
mesma moeda), não há taxa de câmbio entre os países. Quanto mais taxas
de câmbio você acrescenta, mais para perto do escambo você leva a
economia.
RESPONDER
Eduardo Pimenta  28/11/2012 04:47
Ué? Que estranho... Eu pensava que era justamente o contrário, que
a taxa de câmbio �utuante era controlada pelo mercado, enquanto a
taxa de câmbio �xa seria sempre controlada pelo Banco Central.
Pelo menos é mais ou menos isso que a gente aprende com aquele
modelinho Keynesiano simples/generalizado... a política monetária é
ine�ciente sob regime de câmbio �xo porque a autoridade
monetária se compromete a manter a taxa de câmbio corrigindo
possíveis desequilíbrios na taxa de juros interna em relação à
externa.\r
\r
Ok, imagino que modelos Keynesianos não se aplicam aqui, hahaha.
Então em uma economia de livre mercado, com padrão ouro, se a
taxa de câmbio estiver livre de controle governamental, ela seria �xa
pois estaria atrelada a quantidade de ouro. :)\r
\r
Gostei do artigo. ^^\r
Abraços.
RESPONDER
Leandro  28/11/2012 05:13
A questão é que há regimes câmbio �xo (também chamados
de âncora cambial) e regimes de câmbio atrelado. O atual
regime cambial brasileiro é de câmbio atrelado ao dólar (com
14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 12/35
a banda inferior em 2 reais por dólar e a banda superior em
2,10 reais por dólar). Regime idêntico vigorou na primeira
fase do Plano Real (leia detalhes aqui
(http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1294)).
O problema desse regime de câmbio atrelado é que ele se
resume a um banco central manipulando o mercado de
câmbio e determinando arbitrariamente qual deve ser o valor
da moeda estrangeira em relação à moeda nacional. Tal
sistema é inerentemente instável e irá durar enquanto os
especuladores julgarem que as reservas internacionais do país
estão em um nível adequado. Caso as reservas comecem a
baixar -- como ocorreu repentinamente em setembro de
1998 no Brasil --, os ataques especulativos serão
intensi�cados até o país �nalmente abrir mão de sua
manipulação cambial.
Já um regime de câmbio genuinamente �xo não pode ser
feito por um Banco Central. Sempre que é feito por um Banco
Central, ele não dura, pois é da natureza do Banco Central
interferir continuamente no mercado imprimindo dinheiro.
Um regime de câmbio genuinamente �xo só pode ser feito
por um "Currency Board".
Um Currency Board ortodoxo nada mais é do que uma
agência de conversão, uma casa de câmbio. Neste sistema, a
moeda de um país se torne um mero substituto de uma
moeda estrangeira. 
A moeda nacional é totalmente atrelada a uma moeda
estrangeira (por exemplo, X reais são equivalentes a 1 dólar,
sempre), e a variação da base monetária se dá de acordo com
o saldo do balanço de pagamentos (saldo da quantidade de
moeda estrangeira que entra e sai da economia nacional).
Cada dólar que entra é convertido em reais a uma taxa �xa e
imutável, de modo que a base monetária da economia varia
estritamente de acordo com o balanço de pagamentos. Um
Currency Board não faz política monetária nenhuma. Ele
simplesmente troca moeda.
Assim, quando há um superávit nas transaçõesinternacionais, a quantidade de moeda doméstica aumenta;
quando há um dé�cit, diminui.
Currency Boards estão em vigor, por exemplo, em Hong Kong
desde 1983, quando o país adotou o dólar americano como
âncora cambial. Modelos um tanto deturpados de Currency
Boards também existem na Estônia, na Lituânia, na Bulgária
(sendo que a moeda âncora é o euro), em Macau (dólar de
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1294
14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 13/35
Hong Kong), na Bósnia (euro) e em outros pequenos países.
Observe que, neste sistema, a oferta monetária de um país
varia da mesma maneira que a oferta monetária de Minas
Gerais varia quando seus habitantes transacionam, por
exemplo, com os habitantes de Goiás. O país que adota o
Currency Board passa a funcionar como se fosse um estado
do país emissor da moeda utilizada como âncora pelo
Currency Board -- por exemplo, Hong Kong funciona como
se fosse mais um estado americano; Estônia, Bulgária e
Lituânia funcionam como se �zessem parte da zona do euro.
Suponhamos que em 1994 o Brasil tivesse adotado um
Currency Board seguindo a paridade R$ 1 = US$ 1. Neste caso,
partindo-se do princípio de que a quantidade de dólares em
posse da Caixa de Conversão fosse igual ou maior do que a
quantidade de reais em circulação (tal princípio é pré-
requisito indispensável para o bom funcionamento do
sistema), o Currency Board estabeleceria que sempre trocaria,
sem custo e sem demora, 1 real por 1 dólar e 1 dólar por real.
Ao determinar isso, a taxa de câmbio estaria "�xa" em 1 real
pra 1 dólar. 
(Se você quisesse vender 1 dólar por um valor maior do que 1
real para outra pessoa, esta preferiria simplesmente ir à Caixa
de Conversão e lá trocar 1 real por um dólar. Ou seja, tal
artifício é totalmente e�caz em realmente �xar a taxa de
câmbio. E como a quantidade de dólares é, por de�nição,
superior à quantidade de reais, é impossível haver qualquer
ataque especulativo.)
Não vou me esticar aqui em mais detalhes técnicos sobre
este sistema, porém é fato que ele seria bastante superior,
para um dado país, ao arranjo de câmbio �utuante, pois traria
estabilidade de longo prazo para os investimentos, acabaria
com as especulações e tiraria completamente das autoridades
políticas do país a capacidade de fazer politica monetária. 
O único problema do Currency Board é que, em última
instância, ele ainda utiliza uma moeda �duciária criada por
outro banco central. E este teria de ser parcimonioso em sua
emissão. Na década de 1990, o dólar era a única opção para o
Brasil. É difícil imaginar como estaríamos hoje, porém é certo
que, em termos de in�ação de preços, estaríamos melhor, e
em termos de investimentos estrangeiros, muito melhor.
Abraços!
RESPONDER
14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 14/35
anônimo  08/10/2017 18:23
Se o presidente da República quer elevar as
exportações, ele pode utilizar a taxa de câmbio como
instrumento? Se você concorda, diga como? Cite um
possível efeito adversoà economia devido a mudança
cambial no sentido de elevar as exportações. 
RESPONDER
Alberto  08/10/2017 20:01
www.mises.org.br/Article.aspx?id=2175
(http://www.mises.org.br/Article.aspx?
id=2175) 
www.mises.org.br/Article.aspx?id=2378
(http://www.mises.org.br/Article.aspx?
id=2378)
RESPONDER
luiz fernando  28/11/2012 07:35
"...um arranjo em que se adote uma moeda
de outro país já seria um grande avanço,
pois se está retirando dos políticos nacionais
a capacidade de manipular a oferta
monetária..."
porém continua-se refém das manipulações
do outro país, nâo?
RESPONDER
Leandro  28/11/2012 07:46
Correto. E é aí que entra o individualismo
metodológico. Pense em dois sujeitos, um
suíço chamado Kurt Schüller e um
venezuelano chamado Henrique Gonzalez
Ambos gostam de moeda forte.
Kurt tem duas opções: mantém seu banco
central autônomo ou abole seu banco
central e institui um currency board que
utiliza como moeda reserva a peseta
espanhola. De seu ponto de vista individu
ele obviamente preferirá a primeira opção
O venezuelano também tem duas opções:
mantém seu banco central autônomo, livr
para imprimir bolivares à vontade, ou abo
seu banco central e institui um currency
board que utiliza o dólar (ou o euro) como
moeda reserva. Ele obviamente preferirá a
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2175
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2378
14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 15/35
Morgan  17/05/2012 18:30
Desculpem minha ignorancia, mas o que ocorre quando no livre mercado as empresas emigram
de uma região (seja ela País, Estado, etc..) para outra uma outra região que pratica salarios
menores, ou seja haveria nesse espaço um aumento de desempregados, desse modo como o
mecado agiria para reverter essa situação??
RESPONDER
Leandro  17/05/2012 18:56
Prezado Morgan, resposta detalhada aqui:
www.mises.org.br/Article.aspx?id=1131 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1131)
Grande abraço!
RESPONDER
Andre Canine  17/05/2012 18:37
Mais um artigo brilhante do Frank Shostak, assim como um outro texto dele sobre o conceito de
in�ação. Alguém pode mandar esse link para o Guido Mantega? Sinceramente, não sei se o
ministro é simplesmente desonesto ou ignorante.\r
RESPONDER
Tiago Moraes  18/05/2012 05:22
Leandro, porque será que os entusiastas da manipulação cambial não se pronunciam a respeito
da Alemanha?
A Alemanha foi a nação que mais exportou no século XX, neste mesmo período (a partir dos anos
50 para ser preciso) o Marco alemão foi uma das moedas mais estáveis e apreciadas do mundo. 
Desvalorizações cambiais não farão com que uma economia recheada de gargalos estruturais e
institucionais, se torne mais competitiva que as concorrentes, mais dinâmicas. Pelo contrário,
bene�cia exportadores ao passo que desestrutura todo o sistema de preci�cação da economia
interna, em decorrência da in�ação, dado que a desvalorização cambial nada mais é que
in�acionar mais que os outros países.
RESPONDER
Leandro  18/05/2012 05:37
Exato. E o mesmo vale para a Suíça e para o Japão. Todas são nações de moeda estável
(no caso da Alemanha, ainda sob o marco alemão) que, além do padrão de vida da
segunda opção.
Ou seja, tudo depende de como age o ban
central local e como age o banco central
emissor da moeda a ser utilizada como
âncora.
RESPONDER
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1131
14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 16/35
população ser alto, são também amplamente exportadoras.
Investimentos estrangeiros nestes países também são altos, justamente por causa da
garantia de retorno em moeda forte.
Não há absolutamente nenhum ponto negativo em se ter uma moeda forte. Ao contrário:
toda a população se bene�cia de um maior padrão de vida.
RESPONDER
Juliano  21/05/2012 11:34
A Alemanha é um caso interessante. Têm uma força industrial gigantesca, muita
disciplina �scal, mas também são um Estado bem interventor. Possuem um sistema de
ensino estatal muito forte e muitos serviços são centralizados no Estado.\r
\r
Mesmo apesar do Estado de bem estar social, conseguem manter muita competitividade.
RESPONDER
Rafael Franca  28/11/2012 09:28
Eu vejo o exemplo dos nórdicos também Juliano, e vejo que o mais danoso para
uma economia são as manipulações dos bancos centrais, regulamentações e
limitações à propriedade privada e aos empreendimentos. Mesmo com impostos
altos os capitalistas conseguem girar um motor que sustenta uma classe
burocrática imensa, tudo por conta do apego à austeridade.
RESPONDER
Pedro  28/11/2012 18:12
Também não pode se esquecer o detalhe de que há impostos e impostos.
Na Dinamarca e na Suécia por exemplo, os impostos corporativos são
competitivos. Segundo o Ease of Doing Business do Banco Mundial,os
impostos corporativos na Dinamarca são de menos de 30% do lucro pelo
método de cálculo deles, enquanto no Brasil chega a quase 70%.
Aliás, no quesito pagamento de impostos, a Dinamarca é o 13º mais
competitivo do mundo.
www.doingbusiness.org/data/exploreeconomies/denmark/
RESPONDER
Carlos  18/05/2012 06:03
"Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?" A resposta para esta pergunta,
também título do artigo, é: estimula à medida que, num ambiente previsível, deixa os produtos
nacionais mais baratos e eleva as exportações e os investimentos nela.
Não adianta se à desvalorização segue uma subida de preços internos, porque encarece a
produção dos exportadores e reduz seus lucros. Ou seja, líquida a vantagem e o estímulo iniciais.
Também não adianta �car numa política de sucessivas desvalorizações do câmbio, a �m de
compensar a subida do preços internos e manter os produtos nacionais mais baratos, o que o
14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 17/35
Brasil fazia na época da hiperin�ação. Não adianta porque cria incerteza e di�culdade de
planejamento, desestimulando o investimento e o crescimento das exportações e da economia.
Em resumo, pra funcionar precisa, concomitantemente, de preços internos comportados e
previsibilidade da taxa de câmbio, tal qual a China faz.
No Brasil não há como implementar, via câmbio, uma política e�ciente de estímulo as
exportações porque esbarraria se, inevitavelmente, na subida da in�ação, devido a poupança
interna baixa. E não se pode contar com poupança externa, já que esta valorizaria o câmbio.
RESPONDER
Bright  28/11/2012 16:25
A melhor política de exportação que existe é um mercado que oferece bons produtos. Se
os produtos brasileiros forem bons o su�ciente, irão encontrar compradores poderosos. Se
não, irão quebrar.
RESPONDER
Rhyan  18/05/2012 06:33
Leandro,
Não entendi bem a fórmula:
Taxa de câmbio real = taxa de câmbio nominal x (preços estrangeiros/preços domésticos)
As duas taxas são real para dólar? Os preços são em qual moeda? Real e dólar?
Poderia dar um ex. dessa fórumula com números?
Obrigado, abraço!
RESPONDER
Leandro  18/05/2012 06:39
A taxa de câmbio nominal é exatamente aquela que você vê no noticiário, de R$2/US$
(dois reais por dólar; você precisa de dois reais para comprar um dólar.)
Já a divisão preços estrangeiros por preços domésticos (ambos em uma mesma moeda)
serve apenas para se determinar um conceito que ajude a imaginar qual o câmbio efetivo.
Por exemplo, se os preços domésticos aumentam e os internacionais �cam estáveis (e o
câmbio nominal também �ca estável), essa divisão gera um número menor, o que
signi�ca que o câmbio real se apreciou e tornou-se mais vantajoso importar. É como se o
câmbio passasse de 2 para 1,5 real por dólar. 
Se os preços domésticos diminuem e tudo o mais �ca constante, aquela divisão gera um
número maior, o que equivale a um aumento no câmbio real (por exemplo, de 2 para 2,5
reais por dólar), o que estimula as exportações.
O mesmo raciocínio se aplica para variações no nível de preços estrangeiros.
14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 18/35
RESPONDER
Rhyan  18/05/2012 07:09
Por favor, me dá um soco! Eu tava divindo o preço doméstico pelo preço
estrangeiro e não o inverso...
Agora as coisas batem, fazem sentido.
Valeu, abraço!
RESPONDER
Leandro  18/05/2012 07:18
Calma! Não faça pedidos precipitados e imprudentes. Isso acontece...
Abraços!
RESPONDER
Rhyan  18/05/2012 10:50
Signi�ca que uma taxa de câmbio real tende a ser igual a taxa de
cambio nominal? Ou o inverso?
RESPONDER
Leandro  18/05/2012 12:36
Em teoria, sim. Porém, estamos em um arranjo no qual o
Banco Central tem total autonomia para especi�car preços
mínimos para o dólar.
Antes destas últimas turbulências, o Banco Central vinha
diariamente fazendo leilões de compra de dólar à vista,
muitas vezes dois ou até mesmo três leilões por dia. O
BACEN entrava no mercado e de�nia um (alto) preço de
compra para o dólar. Agindo assim, o preço do dólar passava
a ser aquele que o BACEN de�nisse. Quando você tem uma
instituição poderosa e com poder de criar dinheiro do nada, o
preço que ele de�ne para a compra acabará sendo o preço
o�cial. 
Por exemplo, se o dólar está a R$ 1,86 e o BACEN de�ne que
compra dólares a R$ 1,87, as empresas que quiserem vender
dólar irão correr para o BACEN. Qualquer pessoa que quiser
comprar a preços menores não conseguirá, pois os ofertantes
preferirão vender para o BACEN. E mesmo quem estava
disposto a vender a preços baixos preferirá vender para o
BACEN, que deixou claro que comprará àquele valor maior.
Sendo assim, o dólar sobe para R$ 1,87.
É por isso que o dólar foi subindo diariamente, e parece não
mais haver disposição para deixá-lo abaixo de R$ 1,85.
14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 19/35
RESPONDER
Rhyan  18/05/2012 15:31
E ainda chamam isso de "câmbio �utuante",
heheheeh.
Valeu, abraço!
RESPONDER
Julio  18/05/2012 06:46
Qual o câmbio real do Brasil hoje?
RESPONDER
Leandro  18/05/2012 06:55
O BACEN considera apenas a divisão do câmbio nominal pelo IPCA, sem levar em conta
os preços externos.
Eis a tabela:
www.bcb.gov.br/pec/Indeco/Port/ie5-28.xls
(http://www.bcb.gov.br/pec/Indeco/Port/ie5-28.xls)
RESPONDER
Julio  18/05/2012 07:54
Aparece 75 pra 03/2012 e 100 pra 07/1994. Quer dizer que em 03/2012 a taxa
real de câmbio era 75% da taxa de 07/1994?
RESPONDER
Leandro  18/05/2012 12:30
Sim, ao menos em teoria, embora este raciocínio seja um tanto distorcido.
A mensuração começa com a base 100 em julho de 1994 e daí vai variando
de acordo. 
Vale lembrar que se está apenas dividindo o câmbio nominal por um IPCA
fajuto (que não representa a real in�ação de preços da economia), e não se
está considerando os preços externos.
RESPONDER
Julio  18/05/2012 14:10
Então o câmbio está mega apreciado. E pra voltar a �car como em
07/1994, teria que subir para 2,40, considerando que em 03/2012 a
taxa era de 1,80.
RESPONDER
Leandro  18/05/2012 14:23
http://www.bcb.gov.br/pec/Indeco/Port/ie5-28.xls
14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 20/35
É, só que tem um detalhe. O IPCA engloba vários produtos
que não são comercializados internacionalmente, como todo
o setor de serviços (cuja in�ação de preços é bem mais alta
do que a in�ação de preços para os bens que sofrem
concorrência das importações). Tire esta in�ação dos serviços
e o câmbio real �cará bem mais desvalorizado.
Ademais, por que você parte do princípio que o valor de julho
de 1994 é exatamente o ideal? Só por que ele foi tomado
como base? Ora, isso não quer dizer nada. Aliás, aí está um
ônus da prova que lhe cabe: como você pode me garantir que
aquele valor de julho de 1994 não estava desvalorizado e que
o atual é que é o correto? 
Fiquei curioso.
RESPONDER
Julio  18/05/2012 15:17
Não disse que o câmbio de 07/1994 era o ideal. Só o
usei como referência por ser a base 100 da tabela.
Aliás, aquele câmbio já era apreciado, tanto que levou
o Brasil a �car de�citário na balança comercial. Na
verdade, os economistas da PUC que conceberam o
plano real escolheram um câmbio �xo sujo apreciado,
porque a preocupação não era estimular exportações,
mas controlar a in�ação. 
Se o câmbio atual é apreciado mesmo em relação ao
câmbio do inicio do real, que já era apreciado, então
temos um problema grave de taxa de câmbio.
RESPONDER
Leandro  18/05/2012 15:34
Isso, de novo, é chutômetro total. Pra começar,
dé�cit na balança comercial não é padrão
nenhum para se aferir "apreciação" de uma
moeda. Os EUA, por exemplo, têm dé�cit
comercial independentemente de como esteja
o dólar. Tanto no auge da fraqueza do dólar
(em meados de 2008) quanto em seus
momentos de efêmerarobustez, os dé�cits
seguem altos e impávidos.
Adicionalmente, eu posso dizer que os dé�cits
comerciais do início do real se deveram ao fato
de que a economia foi aberta após mais de 15
anos de fechamento total, e que as pessoas
compreensivelmente passaram a preferir
produtos importados às porcarias produzidas
14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 21/35
pela indústria nacional, que até então era
totalmente protegida e cartorializada. Isso é
algo que pode ocorrer mesmo com as
importações sendo bem mais caras que o
produto nacional. É simplesmente uma questão
de preferência voluntariamente demonstrada
pelos consumidores, e você não tem nada que
tentar reverter isso ou achar que está errado -
- a menos que queira ser um ditador.
Por último, vale lembrar que a metodologia de
cálculo do IPCA pelo IBGE já sofreu alterações,
de modo que se a metodologia de hoje fosse
aplicada aos primórdios do real, certamente o
IPCA seria menor, o que atenuaria bastante
esta "apreciação" da moeda.
Portanto, embora não haja nenhuma base para
dizer que o real está sobrevalorizado, ainda que
ele de fato estivesse sobrevalorizado, isso não
seria problema algum. Basta ler a explicação
�nal do texto -- a menos, é claro, que você
seja um industrial que queira lucros fáceis. Aí
sim a choradeira seria "compreensível".
Grande abraço!
RESPONDER
Pedro  28/11/2012 18:28
E sem falar que no caso dos EUA o que
ocorre é que, pelo fato de o dólar ser uma
moeda de reserva internacional, os
americanos literalmente imprimem seu
papel pintado e mandam esse papel em
troca de produtos, especialmente da China.
A impressão de dinheiro, que provoca a
desvalorização da moeda, está contribuindo
para o dé�cit americano que só pode ser
mantido por essa impressão desenfreada de
dinheiro. 
Quem se lasca com tudo isso é o chinês que
trabalha em troca de pedaços de papéis
pintados que provavelmente irão valer bem
menos no futuro. Já o padrão de vida e de
consumo americano permanece elevado
enquanto os mesmos desfrutam de bens
sem precisar produzi-los, bastando apenas
14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 22/35
exportar pedaços de papel pintado ou
digitos em um computador.
Essa política de desvalorização cambial da
China é tão "vantajosa" para eles que eles
estão praticamente trabalhando de graça.
Quero ver quando eles se derem conta de
que aqueles trilhões de dólares que eles tem
acumulado durante todos esses anos, na
realidade, valem bem menos do que eles
esperavam que valessem.
RESPONDER
Antônio  18/05/2012 15:51
Sobre a passagem abaixo:
"Fazendo uso deste crédito recém-concedido, os produtores poderão agora adquirir os recursos
necessários para expandir sua produção de bens com o intuito de acomodar a crescente demanda
estrangeira. Em outras palavras, por meio deste crédito recém-criado, os produtores irão retirar
recursos reais de outros setores da economia, desviando-os para si próprios. Enquanto os preços
domésticos se mantiverem inalterados, os exportadores irão registrar um aumento nos lucros."
Não consegui entender o mecanismo econômico envolvido em: "Em outras palavras, por meio
deste crédito recém-criado, os produtores irão retirar recursos reais de outros setores da
economia, desviando-os para si próprios."
Ainda, na menção a mises:
""As tão faladas vantagens que a desvalorização proporciona ao comércio exterior e ao turismo
se devem inteiramente ao fato de que o ajuste dos preços e salários domésticos ao estado de
coisas criado pela desvalorização requer algum tempo. Enquanto este processo de ajustamento
não se completa, as exportações são estimuladas e as importações, desencorajadas.""
Também não consegui entender como se processa os referidos ajustes que minam a vantagem
obtida arti�cialmente por manipulação monetária.
Algum colega poderia me indicar onde obter esses informações(referências bibliográ�cas, textos
na internet, qualquer coisa), ou responder as perguntas ou ambas as coisas?
Grato.
RESPONDER
Leandro  18/05/2012 16:07
Antônio, quando há uma expansão do crédito, dinheiro recém-criado (pelo banco central
e pelo setor bancário) adentra a economia em um ponto muito especí�co. Aquelas
pessoas que primeiro recebem este dinheiro terão uma enorme vantagem sobre todas as
outras, pois terão seu poder de compra aumentado (pois estão com mais dinheiro) e os
preços ainda não subiram em decorrência deste aumento na oferta monetária.
É por isso que tais pessoas estarão em posição de "retirar recursos reais de outros setores
da economia, desviando-os para si próprios." Se você puder imprimir dinheiro hoje, terá
14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 23/35
mais poder de compra do que eu (e sem ter produzido nada em troca). Logo, você estará
em vantagem em relação a mim, podendo adquirir recursos que, caso contrário, poderiam
ter sido adquiridos por mim.
O mesmíssimo raciocínio se aplica à frase de Mises.
Recomendo este artigo, que explica detalhadamente todo este processo.
Sobre a não neutralidade da moeda (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=306)
RESPONDER
Eduardo  18/05/2012 21:38
Como é bom entrar aqui e ganhar um pouco de ar lendo esses textos.
Por que ultimamente nas minhas aulas ta complicado, sou bombardeado a todo minuto com
coisas como protecionismo e "a chave para o crescimento é a exportação, então temos que
exportar mais e importar menos". 
Isso que eu nem vou comentar o que eu ouvi sobre padrao-ouro hoje e sobre a crise de 29. Só
pra voces terem uma ideia ouvi coisas do tipo "o padrao-outro é rudimentar" e "a culpa da crise
de 29 foi o excesso de ouro nos EUA".
RESPONDER
Thyago  22/05/2012 09:05
Publiquei ontem um texto que trata do assunto.
Ressalto:
Rogo� e Reinhart (2004)mostram que o Brasil perde apenas do Congo entre os países com as
moedas que mais se desvalorizaram no mundo entre 1970 e 1991. Nesse sentido, há algumas
questões pertinentes:
1. Isso tornou o Congo ou o Brasil nações industriais e competitivas?
2. Além disso, como se justi�ca a perda de participação relativa da indústria no PIB nesse mesmo
período?
3. Como nações ricas e de câmbio apreciado, como a Alemanha e os Estados Unidos, conseguem
ter participações elevadas entre os países exportadores do mundo?
RESPONDER
Deilton  26/05/2012 06:48
Esses textos deveriam ser transformados em vídeos e postado no you tube. Ficaria mais fácil de
divugar. As pessoas tem preguiça de ler. 
Muito bom o texto!
RESPONDER
anônimo  15/06/2012 09:35
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=306
14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 24/35
Leandro, por favor, uma luz.\r
\r
Então é errado dizer que haja "câmbio livre", a�nal todos os governos - uns mais outros menos
- mexem na oferta monetária, certo?\r
\r
De qualquer forma, na aula de "contabilidade social", o professor, explicando sobre os regimos
de câmbio, disse que não existe nenhum exemplo no mundo de país que opera com câmbio livre
porque os governos sempre dão uma interferida.\r
\r
Pelo que ele disse, eu entendi que ele estava falando de manipulações diretas na taxa de câmbio
e não dessas manipulações na base monetária que acabam re�etindo na conversão.\r
\r
É verdade que nenhum país opera com câmbio livre?\r
\r
O Panamá, por exemplo, que não tem BC, mexe na taxa de câmbio de alguma forma?
RESPONDER
Leandro  15/06/2012 11:29
"Então é errado dizer que haja "câmbio livre", a�nal todos os governos - uns mais outros
menos - mexem na oferta monetária, certo?"
Em termos puramente teóricos, sim. É errado dizer que haja câmbio livre quando todos os
governos podem adulterar sua oferta monetária. Porém, em termos um pouco mais
tolerantes, pode-se dizer que o governo que aumenta sua oferta monetária sem nenhuma
preocupação comos efeitos disso sobre o câmbio estaria permitindo um câmbio
genuinamente �utuante. Mas desconheço qual Banco Central faça isso.
"De qualquer forma, na aula de "contabilidade social", o professor, explicando sobre os
regimos de câmbio, disse que não existe nenhum exemplo no mundo de país que opera
com câmbio livre porque os governos sempre dão uma interferida."
Parabenize seu professor. Finalmente recebo um relato de um professor que disse uma
verdade.
"Pelo que ele disse, eu entendi que ele estava falando de manipulações diretas na taxa de
câmbio e não dessas manipulações na base monetária que acabam re�etindo na
conversão."
É muito provável que ele de fato tenha se referido à primeira opção. Poucos sabem
economia profundamente de modo a entender a segunda.
"É verdade que nenhum país opera com câmbio livre?"
Sim, mas isso não é necessariamente ruim (a�nal, um câmbio genuinamente �xo é um
arranjo superior a um câmbio �utuante). O problema atual são as guerras cambiais, em
que os países disputam para ver quem deprecia mais sua moeda em relação às outras. Tal
arranjo está levando o mundo para o brejo.
"O Panamá, por exemplo, que não tem BC, mexe na taxa de câmbio de alguma forma?"
14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 25/35
O Panamá opera com o dólar. E quem controla o dólar é o Fed. Logo, a taxa de câmbio do
dólar em relação às outras moedas é algo a respeito do qual o governo do Panamá nada
pode fazer.
RESPONDER
Gabriel  28/11/2012 11:50
Vamos supor um Currency Board no real, se disséssemos que 1 R$ = 1$ estamos
mantendo a nossa moeda refém do dólar correto? Mas se 1 real é igual a 1 dólar,
quando o FED criar uma puta in�ação o real iria se valorizar em relação ao dólar?
Ou mesmo o dólar valendo agora 50 cents, 1 dólar continua comprando 1 real?
A in�ação da moeda base interfere na correlação de valor com a moeda do país
que utiliza o Currency Board?
RESPONDER
Leandro  28/11/2012 12:49
Antes de responder à sua pergunta, só um esclarecimento para evitar
confusão: se um Currency Board fosse estabelecido hoje, a cotação não
poderia ser de 1 real para 1 dólar, pois isso seria sobrevalorização e as
reservas internacionais se esgotariam rapidamente. O procedimento correto
seria deixar o câmbio totalmente livre por alguns meses, sem nenhuma
restrição ao movimento de capitais nem nada. Quando a taxa de câmbio
adquirisse estabilidade, este seria o câmbio a ser �xado.
Ato contínuo, o Currency Board passaria a emitir uma nova moeda na
paridade de 1:1 com o dólar (apenas para tornar os cálculos mais fáceis),
sendo que as cédulas de real seriam trocadas por essa nova moeda no valor
da taxa de câmbio em que foi �xada (por exemplo, se o câmbio �nal foi de
R$2,05 por dólar, então os reais seriam convertidos para a nova moeda a
esse valor -- esquema idêntico ao que foi feito durante o Plano Real, só
que o Plano Real foi mais heterodoxo: quiserem emular um Currency Board
mas sem ter um Currency Board, pois queriam manter a soberania do
Banco Central).
Bom, quanto à sua pergunta especí�ca, sim, o país com o Currency Board
�caria ao sabor da política monetária do país emissor moeda reserva -- no
caso, o dólar. No entanto, até hoje, a "puta in�ação" não se materializou (e
nem acho que irá, pois não é do interesse nem do sistema bancário
americano -- que se tornaria rapidamente insolvente, pois todos os seus
empréstimos seriam pagos facilmente com dinheiro que não valeria nada -
- e nem dos membros do Fed, cujas aposentadorias estão em fundos de
pensão não estatais, e que seriam aniquilados pela in�ação).
Ademais, nada impede que o Currency Board troque suas reservas --
passando do dólar para o euro, por exemplo.
Por �m, vale notar que o problema enfrentado pelos Currency Boards
sempre foi o da sobrevalorização da moeda nacional em decorrência do fato
14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 26/35
de o sistema bancário operar com reservas fracionárias e
consequentemente expandir a oferta monetária em uma quantidade maior
do que as reservas internacionais. Mas, por outro lado, isso só ocorre em
países que adotaram não um Currency Board ortodoxo, mas sim um
Currency Board misto, que também faz as funções de banco central. Logo,
sabendo que este banco central poderá imprimir moeda para socorrê-los (e
não se limitar apenas à sua função de apenas converter moeda), os bancos
embarcam na expansão do crédito. E a moeda se sobrevaloriza.
RESPONDER
Alexandre M. R. Filho  26/06/2012 11:03
Leandro,\r
\r
eu li em algum lugar que vc havia dito que as manipulações no câmbio promovidas pelo governo
em nada tinham a capacidade de in�uenciar na nossa capacidade de exportar ou nossa
predisposição a importar.\r
\r
Vc poderia me indicar se eu li certo e, em caso positivo, apontar onde está esse comentário ou
texto?\r
\r
Obrigado e parabéns mais uma vez!
RESPONDER
Leandro  26/06/2012 11:12
Opa, isso aí eu não escrevi não. O que eu posso ter dito relativo a este assunto é que o
Banco Central atual está operando uma política de "câmbio in�exível para baixo", em que
ele não permite que o dólar �que abaixo de uma determinada cotação. 
Mas isso que você escreveu eu não poderia ter falado, pois não faz sentido, uma vez que
câmbio desvalorizado estimula sim o setor exportador e inibe o setor importador.
Abraços!
RESPONDER
Alexandre M. R. Filho  26/06/2012 11:26
Show de bola! Obrigado! É prum trabalho de macroeconomia. Só com essas
citações da escola austríaca que tirei do site já consegui convencer uns três
colegas. Vamo que vamo!
RESPONDER
Frederico Alvares  28/11/2012 09:26
Grande Artigo, pena que o nosso Ministro Guido Mantega não aprendeu tal lição basilar e ainda
diz que o dólar a R$ 2,00 (dois reais) veio para �car...
RESPONDER
Cristiano  28/11/2012 10:58
Mais um da série "artigo-aula".
14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 27/35
RESPONDER
Ricardo  28/11/2012 14:44
[I]quando o conjunto da riqueza real do país está se expandindo — isto é, quando a quantidade
de bens e serviços está aumentando —, o poder de compra da moeda nacional irá também
aumentar. Isto, tudo o mais constante, levará a uma valorização da moeda[/I]
Por que isso leva a uma valorização da moeda?
RESPONDER
Leandro  28/11/2012 16:25
Porque há uma mesma quantidade de dinheiro para uma maior quantidade de bens. Se a
quantidade de bens aumenta e a quantidade de dinheiro permanece constante (ou até
mesmo aumenta menos do que aumentou a quantidade de bens), então o preço de cada
bem será menor. Se uma mesma quantidade de dinheiro compra mais bens, então o preço
de cada bem caiu. Logo, o poder de compra da unidade monetária aumentou.
RESPONDER
Pedro  29/11/2012 10:45
Leandro, boa tarde.\r
\r
Fiquei com uma dúvida em relação à questão das reservas fracionárias: o Prof. Huerta de Soto
coloca que os bancos deveriam manter 100% dos depósitos. Como isso poderia ocorrer, se os
bancos lucram justamente emprestando o dinheiro depositado pelos chamados "agentes
superavitários"? Ou seja, como os bancos poderiam manter 100% das economias depositadas? \r
\r
Muito obrigado.
RESPONDER
Leandro  29/11/2012 10:57
Os 100% seriam para depósitos em conta-corrente. Os bancos lucrariam emprestando os
depósitos a prazo, que teriam datas de maturação previamente combinadas. Ao fazer um
deposito a prazo, você combinaria com o banco qual seria a data em que você poderia
sacá-lo. Durante esse período, seu dinheiro seria emprestado.
Sugiro a parte inicial deste artigo:
www.mises.org.br/Article.aspx?id=1387 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1387)
RESPONDER
Pedro  29/11/2012 11:19
Entendi. No caso, isso evitaria tanto as corridas bancárias quanto a expansão
descoordenada do crédito.\r
\r
Mas e quanto ao rgumento de que não haveria sentido os bancos deixarem
dinheiro parado lá, restringindoo ´crédito?
RESPONDER
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1387
14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 28/35
Leandro  29/11/2012 12:00
É um argumento. Se o sujeito for distraído e deixar seu dinheiro parado na
conta-corrente, sem movimentá-lo, e nesse ínterim o banco emprestá-lo,
não haverá problemas. Aliás, será bom para o banco, que irá coletar juros
do empréstimo mas não pagará juros nenhum sobre a conta-corrente.
Igualmente, se o sujeito depositar $10.000 na conta-corrente, mas nunca
movimentar mais do que $1.000, o banco pode emprestar os outros
$9.000 sem gerar nenhuma descoordenação econômica. A questão seria
justamente adivinhar quanto o sujeito deixaria parado lá. E, de novo, esse
cara estaria deixando de ganhar dinheiro: se ele depositasse a prazo,
ganharia juros.
RESPONDER
Pedro  29/11/2012 12:09
Entendi. Obrigado, Leandro. Um abraço.
RESPONDER
Alexandre  30/11/2012 12:55
Um amigo meu que trabalha no Banco Central (aquele mesmo que respondeu o questionário da
Câmara dos Deputados) me mandou essa resposta (perguntando ao �nal), após ler o presente
artigo que eu havia enviado para ele:
Notícia: 
Dólar sobe quase 5% no mês e vai a R$ 2,131, maior valor desde 2009
O dólar comercial subiu forte nesta sexta-feira (30), e fechou com alta de 1,61%, valendo R$
2,131 na venda. É o maior valor de fechamento desde 5 de maio de 2009 (R$ 2,149). Em
novembro, a moeda norte-americana acumulou alta de 4,95%, na maior valorização mensal
desde maio deste ano (5,79%). Um dos motivos para a alta acentuada do dólar nesta sessão foi a
divulgação do crescimento do PIB abaixo do esperado por analistas, em 0,6%. O baixo
crescimento deixou os investidores preocupados, porque sugere que o governo pode lançar mão
de um real mais desvalorizado e juros mais baixos para estimular a economia. Os operadores
também �caram em alerta para uma possível atuação do Banco Central, que não aconteceu.
Meu amigo pergunta: "Cadê a emissão de moeda???"
RESPONDER
Leandro  30/11/2012 13:13
Como é que é?! Seu amigo, que é um dos manda-chuvas do BACEN -- pela descrição
dada, só pode ser o senhor Carlos Hamilton
(http://www.bcb.gov.br/pre/quemequem/port/CarlosHamilton.asp?idpai=diretoria) --
está vendo o real indo para a latrina, o poder de compra do brasileiro sendo dissolvido
completamente, o M2 se expandindo a uma média de 15% esse ano, o crédito a uma taxa
média de 18% ao ano, a in�ação de preços continuamente acima da venezuelana meta de
4,5% e ele ainda pergunta cadê a expansão monetária que ele próprio controla? 
http://www.bcb.gov.br/pre/quemequem/port/CarlosHamilton.asp?idpai=diretoria
14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 29/35
O BACEN conseguiu em pouco mais de um ano a proeza de destruir o poder de compra do
real perante o dólar (de R$1,54 para R$2,13) e o euro (de R$2,28 para R$2,77), e o sujeito
diz que não expandiu o bastante? Nota: o euro e o dólar mantiveram a mesma paridade
entre si todo este tempo, o que signi�ca que a debilidade é exclusiva do real, que, repito,
está sob o controle direto do seu amigo.
Lamento a franqueza, mas este sujeito não está à altura do cargo que ocupa. Nós todos
estamos pagando por isso, principalmente os menos �nanceiramente protegidos.
P.S.: recomendo que mande este artigo (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1441)
para ele.
RESPONDER
Alexandre  30/11/2012 16:15
Leandro, vou passar essa resposta sua pra ele. Quer acrescentar mais alguma
coisa? É só escrever que eu passo na íntegra para o e-mail dele. Sobre o
questionário, ele me disse que é padrão aquele tipo de resposta.
Eu sempre envio pra ele artigos aqui do mises.org.br, mas raramente ele comenta
ou responde. Porém, este artigo acima ele respondeu com a notícia da alta do
dólar de hoje (30/11), e foi dando ênfase nele que ele perguntou, com ar de
sacanagem, se o dólar que aumentou HOJE foi por culpa da emissão de dinheiro
pelo BACEN.
Eu entendo o seguinte: quem está lá no BACEN há 20 anos, ganhando o que ganha
e quase se aposentando, não quer trabalhar. Quer sim é ver o relógio passar e
colocar os burros na sombra.
Infelizmente é assim... Mas, fora o lado pro�ssional, o cara é muito gente boa e
aparentemente muito inteligente, mas preguiçoso.
Nota: ele não é o Carlos Hamilton
RESPONDER
Leandro  30/11/2012 16:33
Como assim o dólar aumentou hoje? Hoje ele aumentou apenas uns 5 centavos. Seu amigo acha
que o real se desvaloriza de uma vez só, de acordo com impressora? Ele acha que não é um
processo contínuo? O dólar está se valorizando em relação ao real continuamente desde julho de
2011. O real está uma porcaria não é de hoje. As coisas apenas estão �cando mais claras agora.
Pelo menos �co um pouco (só um pouco) mais aliviado de saber que não se trata do Hamilton.
Mas isso não ajuda. En�m...
RESPONDER
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1441
14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 30/35
Thyago Schio  01/12/2012 08:07
Uma aceitação geral dos princípios do câmbio �utuante irá resultar em uma competição malé�ca
entre as nações, cada uma se esforçando para desvalorizar mais do que a outra. Ao �nal dessa
competição, os sistemas monetários de todas as nações estarão arruinados.
Mais preciso impossível.
RESPONDER
Aurelio A.  05/12/2012 19:06
"A teoria econômica convencional a�rma que desvalorizar a moeda de um país pode ser algo
bom para sua economia, dado que uma moeda mais fraca gera uma taxa de câmbio mais
desvalorizada, o que estimularia a produção industrial e consequentemente as exportações e o
emprego. Isso geraria um crescimento econômico. Donde se conclui que, caso um país queira
vivenciar um crescimento econômico mais acelerado, a desvalorização da moeda seria uma
medida necessária."
A desvalorização PODE ser boa, implicando que outrossim pode ser má também.
Além disso, pressupor que ela é uma "medida necessária" ignora todas as demais medidas
propostas pela "teoria econômica convencional" que podem ser adotadas em detrimento da
desvalorização do cambial, reduzindo-as à ine�cácia e inoperância. Inclusive algumas das que
são propostas no desenvolvimento do texto que se segue, travestidas sob outros axiomas.
Não deu pra continuar.
Estes artigos já foram melhores.
RESPONDER
Leandro  05/12/2012 19:53
"A desvalorização PODE ser boa, implicando que outrossim pode ser má também."
Desvalorizar signi�ca reduzir o poder de compra da moeda. Não há outra de�nição. Logo,
como é que a redução do poder de compra da moeda pode ser algo bom para toda a
população? Que ela seja algo bom para alguns potentados industriais que operam em
conluio com o governo e são protegidos por ele, não há dúvida nenhuma. Mas gostaria de
saber como é que reduzir o poder de compra da moeda é bom para toda a população.
Reduzir o poder de compra é igual a reduzir salário. Uma redução salarial seria algo
economicamente bom para você? Eu não gostaria.
"Além disso, pressupor que ela é uma "medida necessária" ignora todas as demais
medidas propostas pela "teoria econômica convencional" que podem ser adotadas em
detrimento da desvalorização do cambial, reduzindo-as à ine�cácia e inoperância."
Ou seja, além de reduzir o poder de compra da moeda, você defende que o governo crie
outras intervenções para supostamente corrigir os efeitos nocivos da desvalorização. Pior
ainda: você a�rma que isso pode funcionar. Você, na prática, está dizendo que o governo
14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 31/35
in�acionar a moeda e em seguida impor controle de preços é algo que pode fazer com
que a desvalorização da moeda seja "ine�caz e inoperante".
Essa é a teoria mais básica do intervencionismo: o governo cria intervenções que geram
consequências inesperadas, e decide entãorecorrer a intervenções ainda mais violentas
para "sanar" as consequências não previstas das intervenções anteriores. No �nal, tudo
�ca pior e descobre-se que teria sido melhor não fazer nada.
"Inclusive algumas das que são propostas no desenvolvimento do texto que se segue,
travestidas sob outros axiomas."
Quais?
"Não deu pra continuar."
Fez bem. Se você se embananou completamente com questões tão básicas, é de se
imaginar o sufoco que passaria quando chegasse ao �nal.
"Estes artigos já foram melhores."
Para alguém que dá a entender que tem intimidade com esse site (ao ponto de dizer que
os "artigos não já foram melhores"), é espantoso que você desconheça completamente
uma teoria tão básica quanto a do intervencionismo citada acima. Pior ainda é dizer que
redução do poder de compra da moeda pode ser algo bom para toda a população de um
país, algo que foi detalhadamente abordado em um artigo dedicado exclusivamente a este
assunto (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1441). Talvez quem já tenha sido
melhor seja você. Ou não.
RESPONDER
Gustavo BNG  05/12/2012 20:14
Estes artigos já foram melhores.
Esta é a crítica que você faz apenas por discordância do que é a�rmado?
RESPONDER
Pablo  12/08/2013 01:50
Prezado Leandro, estou aprendendo um pouco de economia na faculdade e a professora abordou
o tema da depreciação cambial dizendo que há duas faces dessa depreciação. Falu em dois tipos
de pass-through da depreciação cambial - pass-through para bens tradables - industriais e
agrícolas praticados no mercado doméstico. Isso signi�ca que com a depreciação cambial haverá
um aumento nos preços desses bens?
O outro é o pass-through de bens non-tradables e disse que era esse que precisava ser
minimizado. Nestes estão os custos com mão de obra e salários. Disse que era necessário que as
taxas de juros dissipasse o efeito in�acionário da depreciação cambial sobre os salários.
Poderia me ajudar a entender resumidamente esses assuntos?
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1441
14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 32/35
Grato pela atenção
RESPONDER
Leandro  12/08/2013 15:24
O raciocínio por trás deste modelo é o seguinte (por favor, tenha em mente que a
descrição que farei a seguir é um mero relato do raciocínio deste modelo, e não
necessariamente algo em que também acredito): 
Uma depreciação cambial -- o que signi�ca que o dólar �cou mais caro em relação ao
real -- faz com as importações se tornem mais caras.
Ato contínuo, todo o setor industrial nacional começa a reajustar seus preços em
decorrência do encarecimento do dólar. Empresas cuja produção depende da importação
de insumos irão encarecer seus bens �nais. Este é o pass-through da depreciação cambial
para bens tradables industriais e agrícolas. E este encarecimento dos bens �nais fará com
que todos os setores da economia também reajustem seus preços, inclusive o setor de
serviços. Por quê? Porque as pessoas que trabalham no setor se serviços consomem estes
bens agrícolas e industriais. E o encarecimento deles faz com que tais pessoas queiram
aumentar sua renda. E isso ocorrerá por meio do aumento dos preços do setor de serviços.
Só que determinados setores -- como aqueles que sofrem concorrência externa -- não
poderão remarcar seus preços de forma exorbitante, pois, se exagerarem na remarcação,
as importações podem voltar a ser atrativas.
Já aqueles serviços que podem ser fornecidos apenas pelo mercado interno -- corte de
cabelo, manicure, lavagem de carro, empregada doméstica, lazeres diversos -- não
sofrem concorrência internacional. Logo, o reajuste de seus preços não tem como ser
combatido pela concorrência estrangeira. Este é o "pass-through de bens non-tradables e
que precisa ser minimizado".
Este, portanto, é o raciocínio. Aumento de preços gerado pelo encarecimento do dólar não
preocuparia tanto caso fosse restrito apenas aos setores sujeitos à concorrência externa.
Só que como isso quase nunca acontece -- porque o setor de serviços também remarca
seus preços, uma vez que os bens de consumo �caram mais caros --, essa disseminação
do encarecimento do dólar afeta toda a economia, inclusive o setor de serviços, gerando
preocupação adicional para o Banco Central, que não tem como combater diretamente
este aumento, exceto pelo aumento dos juros.
Este é o raciocínio deste modelo.
Abraços!
RESPONDER
RICARDO AMADO DIVINO   19/10/2013 15:39
PERGUNTA > Qual a importância do cãmbio para o desenvolvimento da economia ?
RESPONDER
Danny Trejo  19/10/2013 16:54
14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 33/35
Quanto maior a desvalorização da moeda, mais pobre é o seu povo.
www.mises.org.br/Article.aspx?id=1672 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?
id=1672)
www.mises.org.br/Article.aspx?id=1441 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?
id=1441)
RESPONDER
Elizangela G. de Mesquita  16/11/2013 18:44
Muito legal esse artigo,não entendo nada de economia mais consegui esclarecer bem algumas
duvidas,essas discussões sobre o assunto são muito boas Parabéns!!!
Como já disse que não entendo nada gostaria se for possível claro que você me respondesse, qual
seria o melhor modelo de cambio a ser adotado pelo Brasil porque? 
Desde já agradeço!
RESPONDER
Mauricio  16/11/2013 18:52
www.mises.org.br/Article.aspx?id=1601 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?
id=1601)
RESPONDER
Marconi  10/04/2014 20:38
Por que a Política Monetária Restritiva é utilizada em uma conjuntura de câmbio
desvalorizado?
RESPONDER
Eloandra  30/10/2014 01:50
Gostaria de saber se havendo uma valorização do Real frente ao dolar podera provocar uma
queda no PIB brasileiro?
RESPONDER
Fabiano  21/05/2015 23:46
Leandro com o câmbio apreciado no Brasil, reduz-se o �uxo de capital estrangeiro?
RESPONDER
Fabio   16/01/2017 18:55
Um artigo atemporal! 
Simples e elucidativo. Não possuo formação em Economia, mas consegui compreender o mar de
lama em que estamos (2017). 
Fiquei abatido, pois nota – se claramente que o Brasil se tornou um cassino para o investidor
extrangeiro. 
Nossa economia, com perdão da expressão, parece a mesma da época do "plantation". 
Seria uma saída plausível a adoção da âncora cambial no combate à in�ação? Eu acredito que
sim. Além disto, creio que deveríamos ter uma ampla reforma tributária. 
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1672
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1441
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1601
14/05/2020 Mises Brasil - Desvalorizar o câmbio estimula o crescimento econômico?
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1308 34/35
RESPONDER
Alexandre Sousa  12/12/2017 08:54
Se a nossa moeda desvaloriza podemos vendar mais mercadoria, mas ganharemos menos
dolares. Com menos dolares vamos importar menos produtos, o que será mal se o produto
importado tiver mais aceitação no mercado do que seu similar nacional. Li numa outra pagina
que a variação para menos funiciona como um Robin wood ao contrario tirando de quem tem
pouco para dar para quem tem muito.
RESPONDER
Breno Sobreira  28/05/2018 22:34
Olá, estou fazendo meu trabalho de conclusão de curso sobre a política monetária da primeira
república. Achei muito interessante a abordagem do Mises, poderiam me passar por favor a fonte
bibliográ�ca referente ao livro do Mises em que ele aborda especi�camente essa temática de
câmbio, in�ação e etc? �carei muito agradecido
RESPONDER
Daniel  29/05/2018 02:26
Recomendo este artigo: 
[linkn]www.mises.org.br/Article.aspx?id=2196[/link]
RESPONDER
italo da nobrega saovesso  08/10/2019 20:18
é um campo muito delicado e complicado de se envolver pois se desvalorizamos uma ,
valorizamos a outra , hoje em dia acontece muito com o comércio chines ,que vendem seus
produtos diretamente ao publico por meio de sites por preços ,muitas vezes maior que a metade
do preço do brasileiro , fazendo assim que o comércio brasileiro venda menos e tenha que por

Continue navegando