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cenarios da pedagogia no brasil

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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ
RESUMO DO TEXTO CURSO DE PEDAGOGIA NO BRASIL: HISTÓRIA E IDENTIDADE
MACAPÁ
2020
NÚCIA GUACIANE SARMENTO ALVES
RESUMO DO TEXTO CURSO DE PEDAGOGIA NO BRASIL: HISTÓRIA E IDENTIDADE
Trabalho apresentado ao Instituto de Ensino Superior Do Amapá - IESAP, da disciplina de Cenários da Pedagogia no Brasil, turma 1º semestre de Licenciatura Pedagogia, sob orientação da Professora: Miquelly Pastana Tito Sanches
MACAPÁ
 2020
A QUESTÃO DA IDENTIDADE DO CURSO DE PEDAGOGIA NO BRASIL
1. PERÍODO DAS REGULAMENTAÇÕES: A IDENTIDADE QUESTIONADA (1939-1972) 
O curso foi instituído com a marca que o acompanharia em todo o seu desenvolvimento: a dificuldade em se definir a função do curso e, consequentemente, o destino de seus egressos. Ora pela dúvida, ora pela suspeita, ora pela discussão dos seguintes problemas: o curso de Pedagogia teria um conteúdo próprio e exclusivo que pudesse justificar sua existência? Comprometendo todo o desenvolvimento do curso no Brasil, tanto à relação com o campo de trabalho do pedagogo, quanto à organização curricular do curso. Quando instituído o curso de Pedagogia (1939) já apresentou aquele que seria o seu problema fundamental: o da identificação do profissional a ser formado como bacharel. Não se percebia na época a destinação desse profissional, ou seja, as ocupações a serem preenchidas por ele. Pois para ocupação dos cargos de técnicos de educação, o diploma de bacharel em pedagogia não era uma exigência do mercado. Nos anos 40, 50 e início dos anos 60, questionava-se a existência do curso de Pedagogia no Brasil. Com esse enfoque, o autor do Parecer nº 252/62, o conselheiro Valnir Chagas, interpretou a controvérsia existente na época a respeito da extinção do curso. Explicando que a ideia provinha da acusação de que faltava conteúdo próprio, sendo a formação do professor primário deveria ser ao nível superior e a de técnicos em educação em estudos posteriores ao da graduação. Preferindo falar em redefinição do curso. E assim, ele inicia em 1962, os deslocamentos previstos, indicando o técnico em Educação como o profissional a ser formado através do bacharelado. Essa nova situação ajuda a vislumbrar as possibilidades profissionais do bacharel em pedagogia. O currículo do curso de Pedagogia era o outro tema das insatisfações de estudantes da época. Oferecia poucas possibilidades de instrumentalização do aluno para o exercício das funções de técnico de Educação. E ainda a indefinição do mercado de trabalho era responsabilizada pela imprecisão do currículo. Sendo assim em 1969, o Parecer C.F.E. nº 252, também de autoria do professor Valnir Chagas, parecia resolver a questão da identidade do pedagogo, na medida em que não deixava dúvida quanto ao profissional a que se referia. Um só diploma (licenciado) passava a visar a formação de professores para o ensino normal e de especialistas para as atividades de orientação, administração, supervisão e inspeção no âmbito das escolas e sistemas escolares. O currículo era composto predominantemente por matérias consideradas como de Fundamentos da Educação. Como consequência dessa antecipação, além da desconfiguração do curso de pedagogia e da desqualificação das próprias especializações, provocou o chamado “inchaço” desse curso, se referindo a diversidade de profissionais a serem formados. E ainda acaba gerando outro impasse à vida do próprio estudante de pedagogia. Trata-se da comprovação da experiência de magistério vinculada às habilitações, a legislação acaba permitindo que sua comprovação possa ocorrer tanto anteriormente ao ingresso no curso como também à obtenção do diploma. Contraditoriamente, mesmo com o mercado definido, o pedagogo continuou a encontrar problemas quanto à sua colocação profissional. Ao mesmo tempo que o Parecer C.F.E. nº 252/69, influenciou na definição do mercado de trabalho, conturbou a sua ocupação. E ainda considerado o mais estéril quanto às possibilidades de formação do pedagogo enquanto educador. A questão básica quanto à identidade do pedagogo também não fica resolvida pelo Parecer de 1969. 
2 PERÍODO DAS INDICAÇÕES: A IDENTIDADE PROJETADA (1973-1978) 
Questões referentes ao destino do curso de Pedagogia estavam sendo gestadas pelo próprio Conselheiro Valnir Chagas. Essa revisão tinha como objetivo principal colocar cursos em função das necessidades geradas pela Reforma do Ensino de 1º e 2º graus (Lei Fed. Nº 5692/71) formulada sob influência do conselheiro. O que Valnir Chagas fez foi desdobrar as antigas tarefas anteriormente concentradas no curso, em variadas alternativas de cursos e/ou habilitações que comporiam parte do que passou a chamar de licenciaturas das áreas pedagógicas. Nesse sentido, não se falaria mais em curso de Pedagogia. E a figura do Pedagogo? Não foi extinto se considerado como uma das possibilidades dentre as habilitações a serem programadas pelas instituições de ensino superior, como uma opção além das habilitações fundamentais (administração, supervisão, orientação, além do magistério pedagógico do 2º grau) fixadas pela resolução C.F.E., que incorpora a indicação nº 70/76, em seu artigo 1º. Foi assim que o professor Valnir fez aflorar o impasse até então subjacente ao desenvolvimento do curso de Pedagogia no Brasil: o da identidade do pedagogo e do próprio curso de Pedagogia. 
2 PERÍODO DAS PROPOSTAS: IDENTIDADE EM DISCUSSÃO (1979-1998) 
Em 1980, diante da informação que o MEC retomava a matéria a respeito do assunto a partir das Indicações CFE nos 67/75 e 70/76, que participantes da I Conferência Brasileira de Educação (PUC-SP), se organizaram no sentido de desencadear uma mobilização nacional visando intervir nos rumos do processo. Criaram o “Comitê Nacional Pró-Reformulação dos Cursos de Formação de Educadores” e Comitês regionais. Pela abrangência de suas ações, passou a ser um dos principais atores no cenário das disputas travadas em função do controle do processo de reformulação dos cursos de formação dos educadores. Apesar da riqueza de iniciativas, eventos, episódios e dados a respeito desse processo, cumpre registrar, apenas os elementos que possam se constituir em evidências a respeito da questão da identidade do pedagogo e do curso de pedagogia. Após 20 anos de intensas discussões pelos interessados e de várias tentativas de resolução do assunto por parte dos órgãos governamentais (MEC E C.F.E.) os cursos de formação de educadores não foram redefinidos. Os documentos gerados no interior os movimentos não deixam dúvida sobre essa questão. O documento produzido pela coordenação do COMITÊ PRÓ-PARTICIPAÇÃO NA REFORMULAÇÃO DOS CURSOS DE PEDAGOGIA E LICENCIATURA (1981), constituiu num forte marco no sentido de imprimir as bases que passaram a nortear os rumos dos trabalhos daí para frente. O comitê, indicava uma profunda redefinição na relação tradicionalmente estabelecida, a partir da ideia de que todo professor deveria ser considerado educador e, portanto, sua formação a conduzir à compreensão problemática educacional brasileira. Na especialização é que se faria o preparo dos educadores para as tarefas não docentes, tanto para o âmbito escolar quanto para o não escolar. Ao introduzir a ideia de “formar todo professor como educador”, o comitê se insurgia contra a “concepção tecnicista”. Porém não recuperou a ideia de curso de Pedagogia enquanto tal, e em nenhum momento referiu-se à figura do pedagogo. Foram desencadeados os Seminários Regionais de Recursos Humanos para a Educação, surgindo na etapa conclusiva dos trabalhos ocorrida no período de 21 a 25 de novembro de 1983 em Belo Horizonte, uma proposta de reformulação dos cursos de Pedagogia e Licenciatura. Conhecida como DOCUMENTO FINAL, passa a se constituir como referência básica para o encaminhamento das reflexões a respeito da “Formação do Educador”. O Documento Final, de 1983, divergiu da proposta do Comitê de São Paulo e recuperou a ideia do curso de Pedagogia. Porém, esse mesmo grau de convicção não atingiu outras desuas questões também antigas: a do profissional a ser formado e a estruturação a ser dada ao curso para a tal formação. Nas marchas e contramarchas do movimento, as inúmeras alternativas em conflito, levaram ao esgotamento das possibilidades de se encontrar a identidade do pedagogo pela via das atividades profissionais em função do mercado de trabalho real e mesmo potencial. A esse respeito, os relatórios apontam que alguma discussão começou a ser esboçada, mas não chegou a ser enfrentada diante do impasse então encontrado, o da identidade da própria Pedagogia enquanto campo de conhecimento. Em 1990, a questão da identidade do curso de Pedagogia deixa de ser uma das questões centrais do movimento. O foco passa a ser, aquele referente à formação dos educadores em geral. Em 1996, a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, ao introduzir alguns indicadores visando a formação de profissionais para a Educação Básica, trouxe novamente o curso de Pedagogia à pauta das discussões e com ele, a questão da sua identidade. A LDB em seu artigo 62, introduziu os institutos superiores de educação, além das universidades, de se constituírem num dos locais de formação de docentes para atuar na Educação Básica, e em seu artigo 63, a manutenção do curso normal superior destinado à formação de docentes para a Educação Infantil e para as primeiras séries do Ensino Fundamental. Surgiram várias indagações, passando a ser grande a expectativa a respeito do futuro do curso de Pedagogia. As instituições de ensino superior passaram a aguardar o encaminhamento do CNE. E através do Ofício Circular nº 014/98, o MEC sinalizou pela manutenção do curso, e que as mesmas encaminhassem propostas visando à reformulação. Em 1998 a ANFOPE, em seu IX Encontro Nacional realizado em Campinas, formulou o documento intitulado “Proposta de Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Formação dos Profissionais da Educação”. Esse documento indica que o locus privilegiado da formação dos profissionais da educação para atuação na educação básica e superior são as universidades e suas faculdades/centros de educação, os quais devem ter estruturas repensadas. O documento apresenta suas orientações a respeito dos seguintes itens: perfil do profissional da educação, competências e áreas de atuação, eixos norteadores da Base comum Nacional, princípios e componentes para organização curricular, e, por fim, duração dos cursos. Quanto às áreas de atuação, a ANFOPE especifica as seguintes: educação básica (educação infantil, ensino fundamental, ensino médio, educação de jovens e adultos, educação para portadores de necessidades especiais, curso normal); educação profissional; educação não-formal; educação indígena; educação a distância. Quanto aos eixos norteadores da Base comum Nacional, a ANFOPE, define os seguintes: sólida formação teórica, unidade entre teoria/prática, gestão democrática, compromisso social e ético, trabalho coletivo e interdisciplinar e articulação entre formação inicial e continuada. No Congresso Estadual Paulista sobre formação de Educadores, Águas de São Pedro em 1998, o grupo entendeu que a identidade do curso de Pedagogia ” caracteriza-se pela centralização na teoria acerca da prática relativa ao processo educativo, onde quer que esse processo ocorra…” e quanto às suas funções, considera como ” o próprio da Pedagogia formar professores de educação infantil, de 1ª a 4ª séries e escola normal (quando esta existir) e/ou educadores sociais, pedagogos para empresas, órgãos de comunicação, áreas tecnológicas ou outras”. Acrescenta ainda, a preparação do pedagogo para lidar com a demanda de portadores de necessidades educacionais especiais. Tais funções, devem ser desenvolvidas através da flexibilização curricular, cuidando-se para que o pedagogo seja, em primeiro lugar, um professor.
3 PERÍODO DOS DECRETOS: IDENTIDADE OUTORGADA (1999-…)
Foi o período em que as discussões se acirram em torno do presidencial decreto 3.276, de 6 de dezembro de 1999 este define que a formação para séries iniciais deve ser exclusivamente realizada nos cursos normais superiores. Foi aí que novamente a comunidade acadêmica para resistir a tal decreto se organiza, sendo assim o governo não vê saída se não colocar outro decreto para “consertar” o anterior, agosto de 2000, então vem o decreto lei no 3. 554 que certamente substitui o “exclusivamente” pelo “preferencialmente”.

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