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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR E FORMAÇÃO AVANÇADA DE VITÓRIA CURSO DE DIREITO ESTUDOS DICIPLINARES – ED – 2º/3º PERÍODOS DIEGO JOSÉ CARVALHO SOUZA RESUMO: O PROCESSO “FRANZ KAFKA” VITÓRIA 2020 DIEGO JOSÉ CARVALHO SOUZA RESUMO DO LIVRO “O PROCESSO” Atividade apresentada ao Curso de Direito do Instituto de Ensino Superior e Formação Avançada de Vitória – Iesfavi, como requisito parcial para avaliação. Docente: Dr. Rodrigo Cambará A. G. de Paiva. VITÓRIA 2020 1. RESUMO: O PROCESSO “FRANZ KAFKA” Talvez seja difícil de dizer o motivo pela qual Kafka veio a escrever este livro, logo no inicio da obra “O PROCESSO” podemos nos deparar com uma grande dificuldade de saber oque esta acontecendo com K, logo pela manha ele é surpreendido com uma detenção sem justificativa, logo no dia que completava 30 anos, acorda vendo pessoas estranhas no quarto e na sala do local onde se hospeda, e, quando tenta se livrar da presença de tais pessoas e ausentar- se do local, é informado por uma delas que não podia sair, pois estava detido" Os guardas, como tais pessoas se apresentam, recusam em falar a K qual seria o teor da acusação que pende sobre ele, limitando-se a dizer que corre contra K um processo e que será ele informado de tudo na devida altura, mas surge nas primeira paginas da obra uma demonstração do universo incompreensível que permeia o texto de Kafka, havendo também revelações sobre o aspectos jurídicos daquele local, quando se declara que o personagem principal vive num Estado que se assentava no Direito e onde a paz reinava por todo o lado, havendo também tutela jurídica do direito a propriedade. Seguindo o texto, onde a contradição continuava, K continua tentando saber o motivo de sua detenção, e os agentes se negava em explica-lo, K era empregado em um banco, ocupante de um cargo relativamente elevado, ate a quebra de sua rotina provocado pela sua detenção que mantia em isolamento e não era transferido para uma delegacia ou si quer para uma prisão. A estranheza do primeiro capitulo, com a sucessão de atos policiais e judiciais quais o investigado não pode compreender, demostrando parte da atmosfera anormal, causando uma desconforto ao leitor. Iniciando o segundo capitulo da obra de Kafka não muda muita coisa sobre seu processo, dando mais duvidas, deixando mais inquieto sobre oque esta acontecendo com ele, K é informado por telefone que deveria comparecer num domingo em um determinado endereço para que fosse interrogado, mas não passaram hora e nem sequer o modo dele chegar a sede física do tribunal de justiça. Então K foi a procura do local, perguntava de porta em porta, em fim encontrando o local o autor demonstra que tão pouco uma corte judicial, estava lotado que não cabia mais pessoas em seu ressinto, as pessoas tinha que ficar curvadas para que não batesse com a cabeça no tento, em uma mesa onde aparentava ser do magistrado se encontrava um pessoa fora de forma, conversava com uma pessoa ao lado em meio as gargalhadas da mesma. K já irritado por ter sido detido sem motivo, e ter que passar por este processo vexatório, ele assume um tribunal com indignação desacatando os oficiais da justiça que ali se encontrava, pois naquele momento ele não tivesse a liberdade de saber sobe oque estava sendo processado, K se sentiu livre para injuriar o juiz e nada le aconteceu nem se quer foi repreendido naquele momento. Já no terceiro capitulo, demonstra um poder judiciário surreal que reinava naquele pais, não tendo nenhuma resposta na audiência, dias depois Kafka decide por si só voltar ao tribunal para saber sobre seu processo, ao chegar a porta ele encontra uma mulher que se encontra naquela mesma audiência que teve dias antes, ao entrar na sala que teve audiência e os interrogatórios, agora tinha camas colchoes, a mulher disse que quando não havia audiências o local era usado como dormitório para pessoas comuns, a mulher deixa K adentrar em outra sala onde tinha vários livros do juiz, ao tentar analisar os livros, percebesse que não tinha nada jurídico nos livros e sim literaturas e desenhos obscenos em suas folhas, nada sobre um ordenamento ou doutrinas legais de um devido processo. 2. Violações aos princípios constitucionais e infraconstitucionais com enfoco no direito processual contemporâneo. 3. Discorre sobre alguns princípios. De início já é possível perceber grande disparidade entre o caso acima e o procedimento utilizado atualmente em nosso país, vez que Josef K. Amparado pela legislação brasileira vigente não poderia ter seu domicílio violado sem determinação judicial, trata-se aqui de violação a um princípio previsto constitucionalmente, o da inviolabilidade do domicílio, disposto no art. 5º, inciso XI da Constituição Federal. CF. Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: Inciso XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; Em seguida teve o encontro com o inspetor, que avisou de sua detenção, e ferindo outro principio constitucional, o devido processo legal. O direito ao devido processo legal vem consagrado pela Constituição Federal, estabelecendo em seu Art. 5º da CF; Inciso LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; Garantindo a qualquer acusado em processo judicial o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. O devido processo legal também foi lembrado na Declaração Universal dos Direitos do Homem, em seu artigo XI nº 1, garantindo que: "Todo homem acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa". O processo de k foi obscuramente sigiloso, sendo suas provas completamente sigilosas, impossibilitado de sua ampla defesa ate a sentença final, oque diverge da nossa lei atual, que esta amparada no art 5º da CF/88, onde temos o principio da publicidade. Inciso LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; O fato de ser réu em um processo faz com que fosse considerado culpado previamente, ferindo o princípio de presunção de inocência previsto no artigo 5º, da Constituição Federal; inciso LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. 4. Jurisprudência (ementa) HC 148965 / SC - SANTA CATARINA HABEAS CORPUS Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO Julgamento: 17/03/2020 Órgão Julgador: Primeira Turma Publicação PROCESSO ELETRÔNICO DJe-095 DIVULG 20-04-2020 PUBLIC 22-04-2020 Parte(s) PACTE.(S) : MARCOS ROBERTO PEREIRA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Ementa HABEAS CORPUS – RECURSO EXTRAORDINÁRIO – ÓBICE – INEXISTÊNCIA. Impróprio é ter a possibilidade de o ato ser atacado mediante recurso extraordinário como a revelar inadequada a impetração. DOMICÍLIO – VIOLAÇÃO – CONSENTIMENTO. O artigo 5º, inciso XI, da Constituição Federal, a versar ainviolabilidade domiciliar, pressupõe o ingresso indevido ou forçado de terceiros em domicílio alheio, razão pela qual o prévio consentimento do morador, por descaracterizar a situação de ilicitude da entrada, inviabiliza o reconhecimento de ilegalidade da diligência. Ao falar em violação de domicílio, é comum que as pessoas se preocupem com invasões relacionadas a indivíduos com intenção de roubo ou assalto. Entretanto, a violação de domicílio pode vir daqueles que têm a função de nos proteger e garantir nossos direitos, como os agentes de segurança pública. Nesses casos, por possuírem autoridade concedida pelo Estado, deturpam a http://stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=148965&classe=HC&codigoClasse=0&origem=JUR&recurso=0&tipoJulgamento=M https://www.politize.com.br/defensoria-publica/ https://www.politize.com.br/estado-o-que-e/ situação para a encaixarem na legalidade e entrarem em sua casa inconstitucionalmente. Logo, a violação de domicílio é ilegal, mas existem exceções em casos específicos, como em situações de flagrantes de crimes, desastres, para prestação de socorro ou por determinação judicial (neste último exemplo, podendo realizar a operação apenas de dia). Para os que violam a norma da inviolabilidade, as sanções estão definidas no Código Penal. http://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1940-1949/decreto-lei-2848-7-dezembro-1940-412868-normaatualizada-pe.html
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