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Patologias do Sistema Endócrino 
 
● HIPERTIROIDISMO 
Conceitos: 
O hipertireoidismo é caracterizado por uma disparada na produção dos 
hormônios da tireoide — a tri-iodotironina (T3) e a tiroxina (T4). Esse 
aumento acelera o metabolismo e causa diferentes sintomas, afetando até as 
batidas do coração e o funcionamento do sistema nervoso. O tratamento 
depende de suas causas. 
 
Sinais e sintomas: 
 Olhos saltados 
 – Taquicardia 
– Perda de peso rápida 
 – Unhas frágeis e quebradiças 
 – Queda de cabelo 
 – Agitação 
 – Impaciência 
 – Depressão 
 
Prevenção: 
O fator alimentar mais importante para a formação dos hormônios T3 e T4 é 
a ingestão adequada de iodo. Para resguardar a tireoide, são necessários 
150 microgramas por dia. 
O mineral aparece em boa quantidade no sal de cozinha, em frutos do mar e 
em peixes como a cavala, o salmão, a pescada e o bacalhau. 
 
Tratanento: 
Após o diagnóstico, o endocrinologista leva em consideração as causas do 
distúrbio, a idade e o estado geral de saúde do paciente para prescrever 
medicamentos. 
Remédios de uso oral bloqueiam a liberação exagerada de hormônios pela 
tireoide. O esquema de tratamento exige cuidados e um acompanhamento de 
perto, já que as drogas podem provocar efeitos colaterais na pele e no 
estômago. 
Dependendo do estágio do hipertireoidismo, é possível recorrer à cirurgia 
para retirar a tireoide ou realizar uma terapia com iodo radioativo, que destrói 
parte da glândula. Só o especialista poderá definir a melhor estratégia. 
Para controlar a exoftalmia, ou a projeção dos olhos, o ideal é procurar o 
endocrinologista e o oftalmologista. Enquanto o primeiro médico controlará os 
níveis hormonais, o segundo analisa as estruturas do olho e pode indicar a 
aplicação de colírios e pomadas lubrificantes que diminuem o desconforto 
ocular. 
 
Assistência de enfermagem: 
• Auxiliar no cuidado e na higiene do paciente 
• Monitorizar os sinais vitais e nível cognitivo do paciente, para detectar 
deterioração do estado físico e mental 
• Administrar com cuidado medicamentos prescritos 
• Incentivar a pessoa ao retorno de suas atividades sociais e profissionais após 
a alta hospitalar 
• Orientar o fato de que na medida em que a reposição do hormônio da tireoide 
for sendo regularizada, todas as suas funções vão sendo normalizadas 
 
● HIPOTIROIDISMO 
Conceitos: 
Condição na qual a glândula tireoide não produz a quantidade suficiente de 
hormônio da tireoide. 
A deficiência de hormônios da tiroide, chamada de hipotireoidismo, pode 
afetar, por exemplo, a frequência cardíaca, a temperatura corporal e todos os 
aspectos do metabolismo. O hipotireoidismo é mais predominante em 
mulheres idosas. 
 
Sinais e sintomas: 
Os principais sintomas incluem fadiga, sensibilidade ao frio, constipação, pele 
seca e ganho de peso inexplicável. 
Também é comum: afinamento das sobrancelhas externas, colesterol alto, 
depressão, disfunção sexual, eczema, ganho de peso, inchaço, letargia, 
olhos inchados, palidez, pelos grossos, pés e mãos frias, rigidez das 
articulações, ritmo cardíaco lento, sensibilidade ao frio, tireóide aumentada ou 
unhas quebradiças. 
 
Prevenção: 
É importante realizar um diagnóstico precoce, pois quanto antes começar o 
tratamento, melhor. Infelizmente, não há uma prevenção primária específica. 
Entretanto, você pode tomar algumas precauções para evitar a doença: 
Faça exercícios físicos regularmente. 
Faça uma suplementação com iodo de pelo menos 150 mcg diariamente. 
Faça exames de sangue T3, T4 e TSH regularmente. 
Adote uma dieta alimentar equilibrada. É engano imaginar que o 
hipotireoidismo seja fator responsável pelo ganho de peso, porque as 
pessoas costumam ter menos fome quando estão com menor produção dos 
hormônios tireoidianos. 
Evite o cigarro. 
 
Tratamento: 
O tratamento escolhido depende da avaliação das causas, por isso é 
individual para cada paciente 
O tratamento mais comum é a reposição hormonal. Antes de iniciar a 
reposição, o médico deverá fazer exames para saber qual é a dosagem 
correta de hormônio que o paciente deverá tomar. 
O hormônio sintético da tireóide usado no tratamento é chamado de 
levotiroxina sódica. A levotiroxina funciona no organismo exatamente como o 
hormônio natural da tireóide. 
Devem ser feitos exames clínicos e laboratoriais periódicos para manter a 
dose bem ajustada. 
 
Assistência de enfermagem: 
• Monitorar os sinais vitais do paciente. 
• Administrar medicamentos prescritos. 
• Estabelecer medidas para prevenir o resfriamento devido a hipotermia. 
• Oxigenoterapia, se necessário, devido a hipoventilação. 
• Monitorização eletrocardiográfica (ECG). 
• Ficar atento aos sinais de hipoglicemia, caso ocorra, administrar glicose em 
quantidades concentradas para evitar sobrecarga hídrica. 
• Evitar calafrios, para não aumentar o índice metabólico, o qual por sua vez, 
força o coração, aquecendo o ambiente e o paciente com pijamas, meias e 
cobertores. 
• Assegurar uma hidratação adequada, devendo evitar o excesso de 
hidratação, já que o paciente pode apresentar intoxicação hídrica. 
Ficar atento aos sinais de depressão e alterações mentais 
 
● DIABETES TIPO I 
Conceitos: 
Sabe-se que, via de regra, é uma doença crônica não transmissível, 
hereditária, que concentra entre 5% e 10% do total de diabéticos no Brasil. 
Cerca de 90% dos pacientes diabéticos no Brasil têm esse tipo. Ele se 
manifesta mais frequentemente em adultos, mas crianças também podem 
apresentar. 
O diabetes tipo 1 aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode 
ser diagnosticado em adultos também. Pessoas com parentes próximos que 
têm ou tiveram a doença devem fazer exames regularmente para 
acompanhar a glicose no sangue. 
O tratamento exige o uso diário de insulina e/ou outros medicamentos para 
controlar a glicose no sangue. 
A causa do diabetes tipo 1 ainda é desconhecida e a melhor forma de 
preveni-la é com práticas de vida saudáveis (alimentação, atividades físicas e 
evitando álcool, tabaco e outras drogas). 
 
Sinais e sintomas: 
Fome frequente; 
Sede constante; 
Vontade de urinar diversas vezes ao dia; 
Perda de peso; 
Fraqueza; 
Fadiga; 
Mudanças de humor; 
Náusea e vômito 
 
Prevenção: 
Atualmente, não existe nenhuma forma de prevenir a Diabetes tipo 1. Porém, 
alguns hábitos saudáveis podem ajudar a prevenir ou a reduzir as 
complicações associadas à doença. 
Adopte um estilo de vida saudável 
Para além dos pontos-chave fundamentais para ter uma vida mais saudável: 
Entender a Diabetes 
Adotar uma Vida Saudável: 
uma alimentação equilibrada 
praticar exercício físico regularmente 
 
Tratamento: 
Os pacientes que apresentam diabetes do Tipo 1 precisam de injeções 
diárias de insulina para manterem a glicose no sangue em valores 
considerados normais. 
Para essa medição, é aconselhável ter em casa um aparelho, chamado 
glicosímetro, que será capaz de medir a concentração exata de glicose no 
sangue durante o dia-a-dia do paciente. 
Os médicos recomendam que a insulina deva ser aplicada diretamente na 
camada de células de gordura, logo abaixo da pele. Os melhores locais para a 
aplicação de insulina são barriga, coxa, braço, região da cintura e glúteo. 
Além de prescrever injeções de insulina para baixar o açúcar no sangue, 
alguns médicos solicitam que o paciente inclua, também, medicamentos via 
oral em seu tratamento, de acordo com a necessidade de cada caso. 
 
Assistência de enfermagem: 
Orientar o paciente portador do diabetes a mudar ou manter os hábitos de 
vida saudáveis a fim de diminuir a ocorrência de complicações vindas de um 
tratamento diabético ineficaz; 
• Orientar o paciente diabético tipo 2 quanto à realização de vacinação contra 
a influenza, uma vez que o índice de mortalidade cresce com a presença 
desse vírus nos portadoresde diabetes; 
• Monitorar o paciente e educar quanto ao tratamento farmacológico prescrito 
pelo médico; 
` • Educar e monitorar o paciente em uso de insulinoterapia, demonstrar a 
aplicação da insulina, fornecer esquema de rodízio ao paciente, instruir sobre 
como é realizada a aspiração das unidades de insulina e mesmo as 
complicações que podem ocorrer nos locais onde se aplica insulina, assim 
como o armazenamento, conservação e transporte. Fornecer informações 
sobre o uso dos instrumentos existentes para uso da insulina; 
• Orientar o paciente a realizar a automonitorização e ensiná-lo a manusear o 
material e equipamento utilizado para tal. Nos casos em que o paciente não 
tem condições de realizar o procedimento em sua residência, o mesmo deve 
ser orientado a comparecer ao posto de saúde; 
• Monitorar a participação dos pacientes nas consultas médicas conforme a 
preconização do médico de retorno ao consultório, realização de exames e 
participação nos grupos de diabéticos; 
• Participar de campanhas de rastreamento de casos de pacientes diabéticos 
e realizar os encaminhamentos necessários; 
• Prestar cuidados de enfermagem ao paciente diabético hospitalizado, como 
monitorar frequentemente a glicemia capilar, coletar dados do paciente sobre 
o esquema terapêutico que utiliza em domicílio e sempre registrar 
informações no prontuário. Assistir o paciente e monitorizar níveis de 
hipoglicemia nos pacientes hospitalizados e administrar medicações 
conforme a prescrição médica. Seguir ações de enfermagem específicas em 
cada complicação conforme citado no módulo; 
• Interagir com a família do diabético para que a mesma compreenda certas 
manifestações do paciente e a correlação com a enfermidade; 
• Questionar sempre ao paciente sobre questões que podem envolver sinais 
de complicações da doença; 
• Promover ao máximo o autocuidado eficiente; 
• Incentivar o paciente a manter uma boa higiene bucal e relatar quaisquer 
casos de hemorragias, edemas ou dores na gengiva; 
• Manter uma boa higiene e cuidados com a pele, orientar o paciente para 
que realize em casa, e nos casos de pacientes hospitalizados realizar os 
cuidados; 
• Auxiliar o paciente a manter níveis adequados de glicemia como forma de 
proporcionar uma melhor qualidade de vida; 
• Participar da prestação do cuidado aos pacientes que tiveram complicações 
e interagir em sua reabilitação familiar e social. 
 
 
 
● DIABETES TIPO II 
Conceitos: 
O tipo 2 começa com a resistência à insulina, o hormônio que ajuda a colocar 
a glicose (nutriente vindo dos alimentos) para dentro das células. 
Em outras palavras, esse hormônio é produzido, mas não consegue atuar 
direito. Para compensar a situação, o pâncreas acelera a produção de 
insulina. 
Mas isso tem um preço: com o tempo, o órgão fica exausto e as células 
começam a falhar. Até que, um dia, não dá conta mais da sobrecarga – é aí 
que o açúcar no sangue dispara e fica permanentemente alto. 
A longo prazo, a glicemia elevada pode causar sérios danos ao organismo. 
Entre as complicações, destacam-se lesões e placas nos vasos sanguíneos, 
que comprometem a oxigenação dos órgãos e catapultam o risco de infartos 
e AVCs. 
 
Sinais e sintomas: 
É fundamental dizer: estamos falando de uma enfermidade silenciosa. Ou 
seja, na maioria dos casos, os sintomas abaixo aparecem somente quando 
ela já avançou demais. Daí porque é fundamental checar o nível de glicose 
no corpo de tempos em tempos. 
De qualquer jeito, fique atento a: 
– Sede constante 
– Boca seca 
– Vontade de urinar a toda hora 
– Perda de peso 
– Formigamento em pernas e pés 
– Feridas que demoram a cicatrizar 
– Cansaço frequente\ 
 
Prevenção: 
A melhor forma de prevenir o diabetes e diversas outras doenças é a prática 
de hábitos saudáveis 
Comer diariamente verduras, legumes e, pelo menos, três porções de frutas. 
Reduzir o consumo de sal, açúcar e gorduras. 
Parar de fumar. 
Praticar exercícios físicos regularmente, (pelo menos 30 minutos todos os 
dias). 
Manter o peso controlado. 
 
Tratamento: 
Já para os pacientes que apresentam diabetes Tipo 2, o tratamento consiste 
em identificar o grau de necessidade de cada pessoa e indicar, conforme 
cada caso, os seguintes medicamentos/técnicas: 
Inibidores da alfaglicosidase: impedem a digestão e absorção de carboidratos 
no intestino; 
Sulfonilureias: estimulam a produção pancreática de insulina pelas células; 
Glinidas: agem também estimulando a produção de insulina pelo pâncreas. 
O Diabetes Tipo 2 normalmente vem acompanhado de outros problemas de 
saúde, como obesidade, sobrepeso, sedentarismo, triglicerídios elevados e 
hipertensão. 
Por isso, é essencial manter acompanhamento médico para tratar, também, 
dessas outras doenças, que podem aparecer junto com o diabetes. 
 
Assistência de enfermagem: 
Orientar o paciente portador do diabetes a mudar ou manter os hábitos de 
vida saudáveis a fim de diminuir a ocorrência de complicações vindas de um 
tratamento diabético ineficaz; 
• Orientar o paciente diabético tipo 2 quanto à realização de vacinação contra 
a influenza, uma vez que o índice de mortalidade cresce com a presença 
desse vírus nos portadores de diabetes; 
• Monitorar o paciente e educar quanto ao tratamento farmacológico prescrito 
pelo médico; 
` • Educar e monitorar o paciente em uso de insulinoterapia, demonstrar a 
aplicação da insulina, fornecer esquema de rodízio ao paciente, instruir sobre 
como é realizada a aspiração das unidades de insulina e mesmo as 
complicações que podem ocorrer nos locais onde se aplica insulina, assim 
como o armazenamento, conservação e transporte. Fornecer informações 
sobre o uso dos instrumentos existentes para uso da insulina; 
• Orientar o paciente a realizar a automonitorização e ensiná-lo a manusear o 
material e equipamento utilizado para tal. Nos casos em que o paciente não 
tem condições de realizar o procedimento em sua residência, o mesmo deve 
ser orientado a comparecer ao posto de saúde; 
• Monitorar a participação dos pacientes nas consultas médicas conforme a 
preconização do médico de retorno ao consultório, realização de exames e 
participação nos grupos de diabéticos; 
• Participar de campanhas de rastreamento de casos de pacientes diabéticos 
e realizar os encaminhamentos necessários; 
• Prestar cuidados de enfermagem ao paciente diabético hospitalizado, como 
monitorar frequentemente a glicemia capilar, coletar dados do paciente sobre 
o esquema terapêutico que utiliza em domicílio e sempre registrar 
informações no prontuário. Assistir o paciente e monitorizar níveis de 
hipoglicemia nos pacientes hospitalizados e administrar medicações 
conforme a prescrição médica. Seguir ações de enfermagem específicas em 
cada complicação conforme citado no módulo; 
• Interagir com a família do diabético para que a mesma compreenda certas 
manifestações do paciente e a correlação com a enfermidade; 
• Questionar sempre ao paciente sobre questões que podem envolver sinais 
de complicações da doença; 
• Promover ao máximo o autocuidado eficiente; 
 
• Incentivar o paciente a manter uma boa higiene bucal e relatar quaisquer 
casos de hemorragias, edemas ou dores na gengiva; 
• Manter uma boa higiene e cuidados com a pele, orientar o paciente para 
que realize em casa, e nos casos de pacientes hospitalizados realizar os 
cuidados; 
• Auxiliar o paciente a manter níveis adequados de glicemia como forma de 
proporcionar uma melhor qualidade de vida; 
• Participar da prestação do cuidado aos pacientes que tiveram complicações 
e interagir em sua reabilitação familiar e social.

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