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DESCARTES Pai da Filosofia Moderna INTRODUÇÃO É um momento de ruptura, inicia-se a filosofia moderna. A filosofia passa a ser conhecida ATRAVÉS DA MENTE DO SUJEITO. ARVORE DO CONHECIMENTO Descartes visualizou a filosofia como uma árvore onde a metafísica são as raízes, a física é o tronco e as outras ciências são os galhos. Percebia desta forma o conhecimento como uma unidade, todos os saberes estão interligados. A filosofia é também algo útil na vida cotidiana das pessoas, a árvore filosófica dá frutos que são colhidos através das ciências práticas representadas pelos galhos. O principal objetivo da filosofia não é a teorização abstrata, ela tem que ser útil para a vida, ela serve para tornar os homens senhores da natureza. A filosofia deve ser um instrumento para melhorar a vida dos homens. Basta pensar corretamente para agir corretamente. 1 O conhecimento vem, portanto, da razão, e possui relação com todos os sentidos; sendo a verdade acessível a partir da capacidade racional. MÉTODO CARTESIADNO Acreditava na existência de uma verdade absoluta, incontestável. Para atingi-la desenvolveu o método da dúvida, que consistia em questionar todas as ideias e teorias preexistentes. Descartes cria um método para bem conduzir nossos pensamentos. Para alcançar a verdade devemos seguir os seguintes princípios: PRINCÍPIO DA EVIDÊNCIA, não admitir algo como verdadeiro se não tivermos evidências suficientes para considerar como tal. PRINCÍPIO DA ANÁLISE , dividir os problemas em tantas partes quanto forem possíveis para que melhor possam ser resolvidos. PRINCÍPIO DA SÍNTESE, estabelecer uma ordem de relação entre nossos pensamentos, solucionando primeiro as questões mais simples e depois as mais complexas. PRINCÍPIO DE CONTROLE, fazer constantes revisões de todo processo para ter certeza de que nada foi omitido. São também verdades nossas ideias inatas (que são passadas de geração em geração, desde seu nascimento), como as matemáticas, pois nos foram dadas por Deus. E é no MÉTODO MATEMÁTICO que ele vai fundamentar a ciência para conhecer e modificar o mundo. O mundo é uma variação de formas, tamanhos e movimentos da matéria e essas variações podem ser quantificadas e entendidas pela matemática através também da geometria. A DÚVIDA METÓDICA Para Descartes, deve-se duvidar de tudo, visto que os sentidos são fonte de engano e ilusão, portanto, é necessário analisar as afirmações a fim de separar o verdadeiro do falso. René iniciou sua investigação questionando: “como posso ter certeza de que não estou sonhando agora?”, tal argumento levou o filosofo a sua célebre frase Cogito ergo sum Penso, logo existo AS IDEIAS E A PROVA DA EXISTÊNCIA DE DEUS Para Descartes, existem três tipos de ideias: IDEIAS INA TAS são aquelas que nascem junto com a consciência, ou seja, fazem parte do ser pensante (Deus, perfeição, figuras geométricas, etc.) IDEIAS ADVENTÍCIAS são aquelas que vêm de fora e representam algo totalmente diferente da consciência (árvore, animal, etc.) IDEIAS FACTÍCIAS são aquelas criadas pela imaginação (seres mitológicos, etc.) O filósofo, então, passa a investigar a existência de Deus, pois é a primeira ideia inata; dessa forma, os homens, sendo imperfeitos e limitados, não poderiam ser causa de perfeição e eternidade. Sendo a ideia inata, somente um ser perfeito poderia ser capaz de cria-la, esse ser seria Deus. TRÊS PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS 1° PROVA: a simples consideração da ideia de ser perfeito 2° PROVA: a causalidade das ideia de um ser perfeito 3° PROVA: a contingência do espírito O DUALISMO E O MECANICISMO CARTESIANO Descartes divide matéria de pensamento, para ele o pensamento, ou a substância pensante independe e é separada da matéria. A nossa consciência individual é separada do corpo e continua a existir mesmo sem o corpo. Nós somos um marinheiro navegando no mundo através do nosso corpo que é o navio, mas estamos ligados ao corpo de uma forma estreita, formando um todo com ele. A relação entre nossa consciência e nosso corpo se dá através da glândula pineal, que é a sede da nossa alma. Corpo e alma assim se misturam, mas não ao ponto que não seja possível distinguir uma da outra. Nesta relação podemos diferenciar algumas operações que pertencem somente ao corpo e outras que são específicas da alma. A alma busca o conhecimento da verdade, o corpo é responsável pelas sensações. MECANICISMO: Descartes compara o corpo humano com um relógio. Assim como o relógio pode funcionar mecanicamente, o corpo humano, que é considerado uma máquina, também funciona em conformidade com as leis da física.
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