Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 2 1. INTRODUÇÃO Neste terceiro módulo, abordaremos a questão da comunicação, pois interagimos com as pessoas e com as instituições usando a linguagem verbal e não verbal de forma tão natural que nem paramos para pensar como isso ocorre. Na atual e moderna sociedade competitiva, a habilidade de se comunicar bem é fator preponderante e pré-requisito para o sucesso em qualquer profissão. Outro ponto importante a ser abordado é a questão do atendimento pessoal e telefônico, pois um bom atendimento deve unir gentileza, agilidade e precisão nas informações institucionais e por último falaremos sobre arquivo que é o centro de informações, é a memória viva e mecânica da instituição, pois armazena informações, em formas de documentos, que são provas de fatos ocorridos. 1.1 COMUNICAÇÃO Segunda Sousa (2013), usamos a comunicação para expressar nossos pensamentos e sentimentos; defender nossas idéias; ler e reler, compreender, dar sentido às coisas; fazer inferências sobre a situação social, política e econômica do país; para aprender com os textos, que registram a linguagem por meio de símbolos, o que constitui a escrita; para entender o mundo. Enfim, são muitas as funções e as atividades de linguagem que realizamos. 3 Por exemplo, na escola, no exercício de seu papel social e administrativo, o(a) secretário escolar atende muitas pessoas: diretor(a), professores(as), alunos(as), pais, etc. Para isso, usa a fala, conversando, interagindo para resolver problemas, prestar serviços que fazem parte de sua rotina. Nossos gestos, modo de nos vestir, o tom da nossa voz, tudo isso está relacionado a nossa forma de falar na interação com o outro. Por isso, muitas pessoas recebem elogios: “como fulano é educado”, “eu fui muito bem atendida pela secretária escolar, como ela é educada”. Os elogios surgem porque a comunicação foi boa, bem recebida pelo outro. A escrita faz parte da rotina de trabalho da escola, principalmente nos serviços administrativos. Muitos serviços são realizados por meio de documentos próprios (documentação) dos serviços administrativos: produzimos documentos, registramos matrículas dos(as) alunos(as), manuseamos o computador, interagimos por meio de e-mails, etc. Para isso, é necessário ter um bom domínio da escrita, conhecendo suas regras e sabendo aplicá-las na produção de documentos que fazem parte de serviços específicos, como os da secretaria, entre outros. No entanto, escrever com clareza, objetividade e concisão também faz parte da boa comunicação, conforme Sousa, 2013. 4 1.2 PROCESSO DA COMUNICAÇÃO Para que o processo da comunicação aconteça é necessária à presença de cinco elementos: 1. Emissor (aquele que transmite a mensagem); 2. Receptor (aquele que recebe a mensagem); 3. Mensagem (é o próprio conteúdo da comunicação); 4. Código (conjunto de sinais utilizado na transmissão de uma mensagem – código verbal à língua portuguesa - escrita e a fala, placas de trânsito); 5. Canal (meio de transmissão, a voz, livro, celular, rádio, televisão, e-mail etc.). 1.3 COMUNICAÇÃO VERBAL E NÃO VERBAL 1. Verbal: é aquela em que a mensagem é constituída pela palavra. Dá-se de duas maneiras: Comunicação Oral: ordens, pedidos, conversas, debates, comunicação por rádio, televisão, etc.; Comunicação Escrita: cartas, telegramas, bilhetes, cartazes, revistas, jornais, outdoors, etc. Portanto, a comunicação verbal se realiza na fala e na escrita. Concretiza-se na fala, que se realiza por meio de signos linguísticos. De acordo com Corrêa (2002), a escrita representa o que falamos, mas não de forma tão exata. Utilizamos para escrever 5 símbolos: alfabeto, sinais de pontuação, acentuação, números, etc. Portanto, utilizamos a fala e a escrita para dar sentido às nossas ações e atividades de linguagem e, principalmente, estabelecer a comunicação. 2. Não Verbal: é aquela feita por outros meios que não sejam as palavra. Pode ser através de: • Gestos/Mímicas; • Olhar; • Tato; • Imagem. Diante disso, a comunicação não verbal é a transmissão da mensagem através das expressões corporais, posturas, vestuário, tom de voz, que não esteja em forma de palavras, as cores, ícones, movimentos faciais, desenhos, fotografias, lugares, etc. Sem que se perceba, frequentemente se está transmitindo mensagens. 1.4 ALGUMAS OUTRAS FORMAS DE COMUNICAÇÃO NÃO VERBAIS ● Erguer as sobrancelhas quando nos espantamos. ● Cruzar os braços para se proteger. ● Coçar a cabeça num instante de dúvida. ● Dar de ombros quando sentimos indiferença. ● Esfregar as mãos por impaciência. 6 1.5 POSTURAS POSITIVAS NA COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL ● Manter uma postura relaxada, porém atenta. ● Gesticular evitando acenos e exagero. ● Balançar a cabeça ou sorrir. ● Participar ativamente da conversa. Para Ferreira (1990), a comunicação que estabelecemos no cotidiano pode facilitar ou dificultar muito as nossas relações. Existem algumas estratégias que devemos observar em nossa comunicação para que os relacionamentos pessoais e profissionais alcancem resultado positivo. Tais como: ✓ Clareza: comunique-se de maneira límpida fácil de compreender. ✓ Objetividade: Seja fiel ao assunto, evite misturá-lo com suas opiniões pessoais. ✓ Precisão: faça da sua mensagem algo exato, não seja vago, indeterminado. ✓ Emoções: Esteja atento aos seus sentimentos e emoções, pois quando estamos tensos, o que ouvimos e percebemos parece ser mais ameaçador que quando estamos tranquilos e seguros. ✓ Sentido completo: Verifique se você está transmitindo assunto por inteiro, caso contrário, isto pode produzir conseqüências ruins para o andamento de seu trabalho. 7 ✓ Saiba ouvir: Ouça com atenção, procure compreender o significado da mensagem recebida. Interagimos com as pessoas e com as instituições usando a comunicação verbal e não-verbal de forma tão natural, que nem paramos para pensar como isso ocorre. 1.6 BARREIRAS DA COMUNICAÇÃO Conforme Sousa (2013), muitas vezes, a comunicação não acontece de forma eficaz em virtude da falta de habilidade do emissor e/ou receptor, constituindo-se verdadeiras barreiras. Se os interlocutores não estiverem atentos a todos os aspecto da comunicação, o processo comunicativo não ocorrerá, ou será ineficiente. 1.6.1 CONSIDERAM-SE BARREIRAS DE COMUNICAÇÃO ✓ Dificuldade de se expressar; ✓ Desatenção de quem ouve devido ao pouco interesse pela mensagem, ou preconceitos; ✓ Hábito de interromper o interlocutor, falando ao mesmo tempo em que ele fala sem dar oportunidade aos outros, o desejo de querer dominar a conversa e ser dono do assunto, o “sabe-tudo”; ✓ Falta de seqüência lógica na conversa; ✓ O hábito de sempre querer fazer graça; 8 ✓ A mania da contradição; ✓ Excesso de intermediários (quem conta um conto, aumenta um ponto); ✓ Dificuldade de ouvir. 1.7 REGRAS PARA FACILITAR A COMUNICAÇÃO ➢ Escute atenta e ativamente o outro; ➢ Mantenha contato visual sem exagerar; ➢ Não pense no que vai responder enquanto o outro fala; ➢ Mantenha uma atitude atenta e calma; ➢ Procure fazer com que sua comunicação tanto verbal como não verbal, assegure ao outro que você está atento; ➢ Depois de fazer uma pergunta, é importante silenciar. Se o outro não responder de imediato, evite o impulso de preencher o silêncio com seus comentários. Dê-lhe oportunidade de pensar sua resposta; ➢ Nunca interrompa para retificar o que o outro está dizendo, mesmo que você não concorde com que o está sendo dito; ➢ Não contradiga o que o outro está dizendo por considerar conhecido, desconhecido ou trivial. Portanto, a cordialidade, explicações claras e objetivas, bom atendimento, evitar mal-entendidos para que nãoocorram ruídos na comunicação, ouvindo o outro com atenção, é tudo que esperamos de uma pessoa que esteja exercendo o papel de lidar 9 com o público. Portanto devemos estabelecer uma boa interação e uma boa comunicação sendo prestativos e procurando dar sentido ao que ouvimos, pois é importante entender qual é a função social que exercemos em um local de trabalho e conhecer bem o serviço que prestamos à comunidade escolar, conforme Corrêa, 2002. 2. COMUNICAÇÃO POR TELEFONE A comunicação ao telefone é uma das principais portas de entrada das escolas, empresas, escritórios e consultórios para um grande número de clientes. Muitos deles têm um primeiro contato através do telefone. As pessoas esperam o máximo de informações, de forma clara e objetiva, no mínimo de tempo, onde possam ser compreendidos e direcionados à solução das suas questões. Por isso, um bom atendimento transmite uma mensagem de profissionalismo e adequação, causando uma boa primeira impressão e conquista aos clientes que estiverem em dúvida quanto à postura da escola. Através do telefone, é possível, de forma eficiente, encaminhar assuntos, solicitar favores, prestar serviços e auxílios, resolver grande parte dos assuntos funcionais diários, enfim, dar e receber informações, de acordo com Pease, 2009. 10 2. 1 ATENDIMENTO TELEFÔNICO 1. ATENDA no primeiro toque. O pronto atendimento causa uma excelente impressão. 2. SAUDAÇÃO enfática. Dê o nome da empresa. Cumprimente o cliente. Dê seu nome e coloque-se à disposição. Tudo isso com ênfase, com calor humano. NUNCA atenda ao telefone dizendo “Alô”. 3. TOM DA VOZ. o tom da voz é tão importante no atendimento telefônico, quanto à postura do corpo é importante no atendimento pessoal. Se o corpo fala, o tom da voz também fala e diz muito ao cliente. 4. DISPONIBILIZE-SE. Coloque-se à disposição do cliente. Mostre- se prestativo. Pergunte o nome do Cliente: “Com quem eu falo, por favor? ”,ou “Qual o nome do senhor (a)? ”; 5. ESCUTE com atenção. A máxima atenção. Concentrado. Deixe o cliente falar. Preste atenção aos detalhes. Anote os pontos principais (ou dados) fornecidos pelo cliente. 6. USE TERMOS FÁCEIS DE SEREM ENTENDIDOS - fale com clareza, com boa dicção e bom português; 7. Seja EMPÁTICO. Imagine-se como se fosse o cliente. Ponha-se na pele dele. Isso facilita a compreensão. 8. INFORME com clareza e objetividade o que for pertinente à colocação do cliente. 11 9. Seja ÁGIL na solução, no atendimento. Uma chamada toma tempo. Tempo é dinheiro. Ninguém quer perdê-lo, muito menos o cliente. Seja objetivo. 10. CERTIFIQUE-SE de que o cliente entende, concorda e está satisfeito. Senão, repita, use outros meios. Explique pacientemente. Se o cliente continua sem entender ou concordar, passe-o para um superior. Evite, ao máximo, concluir um contato com a insatisfação do cliente. 11.EVITE DEIXAR ESPERANDO - se não for possível fornecer informações rapidamente, consulte se o cliente pode aguardar, ou se prefere ligar novamente, caso contrário, anote os dados e retorne posteriormente; 12. PERGUNTE em que mais você poderia ajudar o cliente. Não meça esforço para oferecer algo a mais. 13. DESPEÇA-SE de forma calorosa, use sempre palavras obrigado (a), às ordens,. convide o cliente a retornar, fazer uma visita. Agradeça a ligação. Deseje bons negócios e/ou um excelente dia para o cliente, conforme Sampaio, 2000. 2.2 DICAS PARA EFETUAR UM ATENDIMENTO TELEFÔNICO COM QUALIDADE ➢ Manter a agenda telefônica organizada, atualizada e acessível; 12 ➢ Manter lápis e papel sempre prontos para anotações de recados; ➢ Evitar conversas longas e desnecessárias ao telefone; ➢ Lembrar que todo recado é importante e anotar o assunto, nome, telefone, horários e para quem se destina. ➢ Filtre as ligações, só passe as que realmente interessam, procure saber: o nome, cargo e empresa de quem esta ligando e o assunto que deseja falar. ➢ Mantenha sempre em sua mesa uma agenda contendo os números de telefones que são contatados freqüentemente. ➢ Só passe para o diretor(a) a ligação quando a pessoa que ele deseja falar estiver na linha ➢ Antes de fazer uma ligação perdida por seu diretor(a), certifique-se de que ele pode falar. ➢ Ao fazer uma ligação e não encontrar a pessoa desejada informe-se sobre dia e hora que poderá encontrá-la. 2.3 ATITUDES ABOMINÁVEIS AO ATENDIMENTO TELEFÔNICO ✓ Chamar o cliente de “bem”, “querida”, “meu anjo”...; ✓ Atender ao telefone acima de três toques; ✓ Pedir para o cliente se acalmar, afirmando: “O senhor está muito nervoso”. ✓ Afirmar que nada pode ser feito porque é “norma da casa”; ✓ Deixar o cliente esperando por muito tempo; 13 ✓ Interromper o cliente; ✓ Prometer e não retornar uma ligação; ✓ Pedir para ele ligar depois; ✓ Não estar preparado para dar as informações ou passar os esclarecimentos equivocados. ✓ Gritar ou falar alto com um cliente. 2.4 COMO REAGIR À RAIVA DE UM CLIENTE? 1. Ouça com atenção. 2. Não se irrite. Mantenha controle da situação. 3. Seja objetivo. Concentre-se nos fatos. 4. Fique calado e deixe que a pessoa descarregue a sua ira. 5. Durante a explosão de alguém, não a ignore, mostre que está atento, o tempo todo. 6. Se estiver errado, admita-o, peça desculpas e diga o que vai fazer para corrigi-lo. 7.Tente mostrar ao interlocutor que você entende o que ele está sentindo. 8. Tenha atitude firme! Coloque suas ideias e opiniões. 9. Faça que o interlocutor participe da busca de uma solução para o problema. 10. Faça uma auto avaliação e promova o seu crescimento profissional. Verifique o seu comportamento profissional sempre. 14 Lembre: o cliente ter ligado furioso não é o problema. É o problema que causou o telefonema bravo; o telefone é a conseqüência. 3. ATENDIMENTO AO CLIENTE A palavra atendimento é derivada do verbo "atender", e atender é um verbo transitivo indireto que representa a ideia de dar ouvido ou escutar o que alguém deseja/precisa e conseqüentemente lhe retorna com positividade. São raras as instituições que se preocupam em conhecer as necessidades de seus clientes, saber qual o seu grau de satisfação, apurar opiniões, sugestões e críticas. Mas para que essas medidas sejam eficazes é preciso, sabermos quem são os nossos clientes, e entender as suas necessidades e desejos. O atendimento a clientes englobam um número grande de ações: prestar ajuda, dar atenção, observar, auxiliar, resolver problemas, recuperar um cliente descontente, descobrir necessidades, atender e superar expectativas, conforme Sampaio, 2000. 3.1 POSTURA PROFISSIONAL E ABORDAGEM AO CLIENTE A primeira impressão é a que fica! Você nunca terá uma segunda chance se não causar uma primeira boa impressão. Todo cliente deseja ser atendido por um profissional que esbanje saúde 15 e disposição. Tanto a aparência física quanto a própria vestimenta terão uma enorme importância no primeiro contato com o seu cliente. O carisma deve ser expresso do começo ao fim do atendimento. O sorriso e o bom humor continuam sendo os segredos do sucesso. A segurança e as afinidades expressas no primeiro contato ajudarão na qualidade e na fidelização do cliente, segundo Ching, 2006. Outra forma de obter sucesso profissional é trabalhar com amor e com dedicação, de tal forma que as pessoas não saibam se você está trabalhando ou se divertindo. Não pensar, nunca, no problema e sempre na solução. O mercado quer profissionais que,diante de um problema, concentrem esforços na busca de soluções e não na busca de culpados/explicações. Uma das principais estratégias para conquistar o cliente pode começar pelo investimento na apresentação pessoal. Você precisa sersensível o suficiente para perceber que está na linha de frente com os pais dos alunos e que sua imagem é um grande cartão de visita. 3.2 PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA O BOM ATENDIMENTO PESSOAL ✓ Cumprimente o visitante - sempre com um "Bom dia" ou "Boa tarde". Deixe-o dizer o que deseja e escute atentamente para poder encaminhá-lo à pessoa apropriada. 16 ✓ Dar boas vindas - com um sorriso natural e espontâneo, facilitando o contato com o cliente. Sempre que possível chamá-lo pelo nome, pronunciando corretamente. E nunca diga que o nome do seu cliente é horrível, estranho, engraçado e etc. ✓ Atender de imediato – O cliente deve ser priorizado em qualquer atendimento, principalmente se o funcionário estiver realizando apenas uma conversa ou um ato que não esteja relacionado com o seu trabalho. Lembre-se que para quem chega a sua empresa você é o responsável pela primeira impressão e um minuto de espera pode representar uma eternidade. ✓ Mostre boa vontade - Mesmo fora de sua área de trabalho, o funcionário pode cumprimentar a todos e tentar ajudar, na medida do possível, a gentileza não precisa ficar restrita ao setor de trabalho ou às pessoas que conhece. É sempre gratificante para o cliente ser atendido ou cumprimentado por um funcionário da empresa que o reconheça. ✓ Dispensar atenção ao cliente – Dar tempo para o cliente explicar o que deseja. Escutá-lo e não apenas ouvir. Lembre- se de manter uma atitude agradável buscando principalmente respeitar a opinião de seu cliente. ✓ Agir com rapidez – O tempo é muito importante tanto para você como para o seu cliente. Ele deseja que o seu problema 17 seja solucionado o mais rápido possível e você, deve atendê- lo com agilidade para que possa dar andamento ao atendimento dos demais clientes. Mas lembre-se que rapidez não é sinônimo de descaso ou irritação. Nunca demonstre ao cliente que está sendo rápido para se livrar dele. ✓ Não dê ordens - Jamais ordene algo ao cliente. Uma expressão cordial é o necessário para que o cliente faça o que você quiser. “Por favor, o Senhor pode assinar nesta linha?” ✓ Evitar atitudes negativas – expressões negativas tendem a criar um clima negativo. Evite: “não deve”, “não pode”, “não dá”. ✓ Falar a verdade – A verdade é extremamente importante nas informações dadas, mas lembre-se que nem sempre o nosso superior coopera para que digamos a verdade, e nesses casos a mentira não é sua, você está apenas cumprindo ordens. ✓ Agir como o melhor cartão de visitas – Lembre-se de que sua imagem equivale a imagem da empresa, seu local de trabalho deve estar sempre limpo, organizado, a sua linguagem deve ser a mais correta, sem exageros, o seu vestuário deve ser o mais sóbrio possível, sem exageros. ✓ Despeça-se - para finalizar, despeça-se cordialmente: Tenha um bom dia! Bom trabalho! Bom final de semana. 18 3.3 ALGUMAS ORIENTAÇÕES PARA CAUSAR IMPACTO POSITIVO NO ATENDIMENTO ✓ Atenda a pessoa olhando nos olhos e de forma cordial. ✓ Tenha sempre um sorriso, atitude cortês. ✓ Preste tratamento personalizado chame pelo nome. Faça com que se sinta alguém muito especial, num ambiente tranqüilo e agradável. ✓ Encaminhe o cliente, e, se possível, acompanhe-o até o local, sem lhe dar as costas. ✓ Utilize vocábulos adequados a cada cliente. ✓ Paciência com pessoas que têm dificuldades para expressar- se e ou entender informações. ✓ Não reaja à provocações ou estímulo do cliente. ✓ Seja extrovertido. ✓ Tenha humildade. ✓ Desculpe-se por eventuais demoras. ✓ Não fume, não converse com outras pessoas e nem desenvolva outras tarefas, ao mesmo tempo. Isso gera dispersão, até descaso para o cliente. 4. NOÇÕES DE ARQUIVO E DOCUMENTAÇÃO Para Sousa (2013), produzimos documentos e mais documentos. E precisamos guardá-los de alguma forma, visto que neles encontram-se informações preciosas. A palavra arquivo é de 19 origem grega. Deriva de archeion, que significa documento. Arquivo é o conjunto de documentos recebidos e/ou produzidos, que devem ser preservados pelas instituições públicas ou privadas, afim de organização ou para serem consultados posteriormente. Portanto, o arquivo é o centro de informações, é a memória viva e mecânica da instituição, pois armazena informações, em formas de documentos, que são provas de fatos ocorridos, o arquivo constituem fontes culturais de grande relevância, pois guardam a história individual e coletiva, fatos da civilização, leis, criações científicas e tecnológicas, etc. E, por isso, devem ser preservados. Os arquivos devem ser organizados de forma que os documentos sejam armazenados com segurança, precisão e simplicidade. Um arquivo bem organizado deve permitir que, em sua ausência, outros funcionários encontrem facilmente os documentos. 4.1 ARQUIVO ESCOLAR Conforme Sousa (2013), é o conjunto ordenado de papéis que documentam e comprovam os fatos relativos à vida escolar do aluno e à vida funcional do corpo docente, discente e demais funcionários. 20 Toda unidade escolar deve ter um arquivo bem instalado, organizado e atualizado, de forma a oferecer informações aos seus usuários, com rapidez e presteza. A unidade escolar tem que ter um arquivo ágil e moderno; informatizado, se possível. Os documentos constituem arquivo quando são guardados em satisfatórias condições de segurança. Apresentam-se classificados e ordenados de modo a permitir rapidamente a sua localização e consulta, observando: ➢ Facilidade na busca de documentos; ➢ Simplificação na manipulação; ➢ Acessibilidade para qualquer pessoa; ➢ Economia de tempo e espaço; ➢ Resistência ao uso constante; ➢ Capacidade de extensão; ➢ Disposição lógica; ➢ Segurança; ➢ Resistência à ação do tempo que assegure a invulnerabilidade dos documentos. O arquivamento de documentos escolares, é de inteira responsabilidade das instituições de ensino, que tem por finalidade resguardar a identidade, integridade e autenticidade dos documentos referentes aos alunos e funcionários. 4.2 IDADE DOS ARQUIVOS 21 Você sabia que os arquivos também tem ciclo de vida? É, este é contado a partir da produção do documento e do encerramento do ato, ação ou fato que motivou a sua produção e da sua frequência de uso. Essa fase se diz na Arquivística que tem relação com a vigência do documento ( a razão de ser do documento). Depois de destituído dessa vigência o documento pode ser guardado em função da importância das informações nele contidas, para a história da administração ou mesmo para tomadas de decisões pautadas nas ações do passado. 4.2.1 ARQUIVO ESCOLARES O arquivamento deverá ser realizado em local devidamente adequado, organizado da seguinte forma: I - arquivo ativo (vivo/dinâmico/movimento), referente aos alunos e funcionários da escola, para pronta consulta e escrituração; II - Arquivo Inativo ou permanente (denominado popularmente por arquivo morto), referente aos alunos e funcionários que não estão mais vinculados à instituição de ensino, para consulta e informação aos interessados, quando solicitadas. Sempre que se elaborar um documento ou organizar um arquivo, deverá haver a preocupação de verificar se os que vierem 22 em futuro remoto entenderão e saberão perfeitamente o que se escriturou e qual o seu adequado funcionamento. Nenhum documento pode ser retirado dos Arquivos Escolares sem a prévia autorização escrita do Diretor, de acordo com Sousa, 2013. 4.2.2 O QUE CONTÉM O ARQUIVO ATIVO DOS DISCENTES • Pasta individual do aluno, contendo: ➢ Formulário de matrícula do ano em curso. ➢ Fotocópia da certidão de nascimento ou de casamento. ➢ Documentos de identificação (cópia): carteira de Identidade (para maiores de 16 anos).➢ Histórico escolar (quando houver estudos anteriores). ➢ Declarações. ➢ Atestados médicos (quando houver). ➢ Cópia da ata de classificação/reclassificação (quando houver). ➢ Requerimentos diversos. 4.2.3 SAIBA MAIS SOBRE OS DOCUMENTOS ESCOLARES Ficha de Matrícula : é um documento individual que será preenchida no momento em que é efetivada a matrícula do aluno na escola. Deverá conter todos os dados pessoais do aluno, inclusive endereço completo. 23 Atenção! A partir de 2005, a ficha de matrícula deverá trazer campo para indicar cor e raça. OBS: Algumas escolas passaram a adotar o sistema online para a realização de matrícula. Ficha Individual: é um documento anual obrigatório, no qual deverá constar: ano civil, nome do aluno, série, ciclo, nível, turma e turno que está cursando, indicando nota, conceito ou resultado da avaliação diagnóstica e ainda a apuração anual da frequência do aluno. Deve conter espaços para dados pessoais, tais como filiação e endereço, inclusive fotografia 3 x 4 e para as observações e ocorrências que se fizerem necessárias. Além disso, deve conter registros das doenças que exijam o conhecimento e encaminhamentos pela escola, como: diabetes, pressão alta, epilepsia, doenças do coração, alergias etc. O resultado final (rendimento e frequência) será transcrito para as Atas de Resultados Finais e para o boletim do aluno, conforme sistema de avaliação adotado pela escola e indicado no projeto pedagógico e regimento escolar. Não existe modelo padronizado para a Ficha Individual. A escola tem autonomia para definir os modelos dos documentos escolares, conforme, Sousa, 2013. RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES 24 ✓ Ao efetuar a matrícula, lembre-se: ✓ Estudar é um direito. ✓ Nenhum aluno poderá ter matrícula indeferida por falta da certidão de nascimento. ✓ Caso o aluno não tenha sua certidão, a escola deverá orientar os pais ou responsáveis que busquem o cartório de registro ou ainda, o Conselho Tutelar para maiores orientações. Declaração: é um documento eventual que atesta o resultado final obtido pelo aluno para efeito de matrícula, até a emissão do Histórico escolar. Pode servir também como atestado de matrícula, ou outra finalidade. Atestado: é um documento que atesta se o aluno está apto ou não a desempenhar determinadas atividades de educação física. O atestado será expedido por profissionais médico e será renovado a cada ano. Certificado ou Diploma: é o documento que comprova a terminalidade do nível ou modalidade de ensino. FIQUE DE OLHO! Expede-se CERTIFICADO para os alunos concludentes do ensino fundamental e médio nas modalidades regular ou educação de jovens e adultos e de curso profissional de formação inicial e ainda, para conclusão de módulos de cursos profissionais de nível técnico. 25 Expede-se DIPLOMA para os alunos concludentes de cursos de educação profissional técnica de nível médio ou para concludentes da formação mínima para o exercício do magistério, ofertada na modalidade normal, segundo, Sousa, 2013. 4.2.4 O QUE CONTÉM O ARQUIVO PASSIVO/ PERMANENTE DOS DISCENTES ➢ Todos os documentos indicados no arquivo ativo. ➢ Toda documentação dos alunos transferidos, dos que concluíram e dos desistentes) . ➢ Ficha individual ➢ Histórico Escolar dos alunos transferidos para outra unidade escolar ➢ Cópia do Diploma ou do Certificado registrado, se for o caso. 4.2.5 O QUE CONTÉM O ARQUIVO O ATIVO DA UNIDADE ESCOLAR: ➢ Quaisquer documentos referentes à vida escolar do alunos, de acordo com as normas da instituição. ➢ Relatório anual das atividades. ➢ Censo escolar ➢ Diários de classe. ➢ Calendário escolar do ano letivo em curso. ➢ Livro de matrícula. (quando esta não for informatizada) 26 ➢ Livro para registros de certificados e diplomas. ➢ Livro para registros de atas de resultados finais. ➢ Atas especiais (classificação e reclassificação). ➢ Livro de avisos/reunião. ➢ Pasta contendo a legislação do ensino atualizada. ➢ Pasta de correspondências recebida e expedida. ➢ Projeto Político Pedagógico. ➢ Plano de trabalho anual. ➢ Registro de frequência de pessoal (Livro Ponto). ➢ Editais. ➢ Ata de Abertura e de Encerramento do ano letivo; ➢ Ata de Exames e Processos Especiais de Avaliação; ➢ Registros de Ocorrências e Visitas; ➢ Ata de Conselho de Classe; ➢ Ata de Conselho Escolar; ➢ Termos de Visita de Inspeção; ➢ Documentos organizacionais da instituição educacional: Regimento Escolar, Matriz Curricular e Planos de Curso. 4.2.6 O QUE CONTÉM O ARQUIVO PASSIVO/PERMANENTE DA UNIDADE ESCOLAR Todos os documentos indicados no arquivo ativo relativos aos anos anteriores. 27 A responsabilidade pelo manuseio, reprodução e guarda dos documentos arquivados, é do Secretário da Unidade Escolar e, na sua ausência, de profissional por ele designado (escriturário). INSTALAÇÕES E MATERIAIS DEVE TER: Boa iluminação; Espaço arejado e adequado; Segurança contra roubos, violações e incêndios. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS: Pastas suspensas; Caixa arquivo; Arquivo de aço. ORGANIZAÇÃO (FINALIZANDO) O arquivo deve ser organizado de forma a possibilitar o fácil acesso aos documentos. Sugere-se que a organização dos documentos se faça por nível, modalidade, período, série ou ciclo e por ordem alfabética. ATENÇÃO ! O uso de cores para distinguir os documentos, facilita o manuseio e a identificação dos mesmos. 4.3 FUNÇÕES DO ARQUIVO • Armazenagem: recolher, selecionar, classificar e catalogar os documentos em circulação que devam ser arquivados. • Integridade: garantir a conservação e restauração dos documentos recolhidos. • Conservação e Precisão: rápido atendimento e controle do movimento da 28 devolução. Os documentos deverão ser de fácil acesso, ou seja, arquivados de forma que possam ser localizados com precisão. • Segurança: os documentos arquivados são de extrema importância. Em virtude disso, os cuidados a serem tomados contra incêndio, roubo, extravio e deterioração devem ser prioritários. • Simplicidade: o arquivo deve ser compreendido por todos, pois o mesmo não se resume em guardar documentos, e sim, uma fonte de informação que tem como pretensão atender a todos. Segundo as entidades criadoras / mantenedoras os arquivos pode ser classificados em: ● Públicos (federal, estadual e municipal); ● Institucionais (escolas, igrejas sociedades, clubes, associações); ● Comerciais (empresas, corporações, companhia); ● Pessoais (fotos de família, cartas, originais de trabalhos, etc). 4.3.1 ROTINA DO ARQUIVO 1. Ler - toda a documentação para poder classificar. 2. Classificar - de acordo com o método adotado na Instituição. 3. Numerar ou Codificar - de acordo com o método adotado na Instituição. 29 4. Agrupar - o material com outros. 5. Arquivar - furar, colocar em pastas, por etiquetas, etc. 4.3.2 RECOMENDAÇÕES ÚTEIS SOBRE ARQUIVAMENTO Existem detalhes muito importantes, com os quais você deve se preocupar para que o seu arquivo seja organizado: ● Podem ser organizado através da padronização (cores, etiquetas, assuntos); ● Planejamento (separar toda a papelada previamente); ● Regularidade (não deixar acumular); ● Pastas (box, pastas arquivos, etc); ● Tamanhos (evitar sobrecarregar as pastas/gavetas); ● Atualização (limpeza). ● Dê preferência ao plástico, para separar documentos. Não utilize clipes, e sim grampos. ● Grampeie sempre do lado superior esquerdo do papel. Isso facilita a leitura e a passagem das páginas. ● O material volumoso deve ser dobrado, ficando o título para fora. Isso tornará mais fácil a localização. ● Os furos do papel devem ser reforçados com etiqueta própria, porque, com o tempo, esses furos podem ir rasgando, o papelse solta e se perde dentro do arquivo. ● Todos os papéis rasgados devem ser consertados com fita adesiva. 30 ● Os papéis amassados devem ser estirados. Além de conservar melhor o documento, economiza espaço. 4.4 MÉTODOS DE ARQUIVAMENTO ✓ Método Alfabético: é muito indicado para arquivos de correspondência. As pastas devem ser organizadas, rigorosamente, por ordem alfabética, para evitar enganos e demoras desnecessárias. As separações das pastas devem ser por guias alfabéticas simples que facilitam a organização. ✓ Método Específico ou por assunto (IDEOGRÁFICO): Nesse método, as pastas são ordenadas por assunto. Detalhe suas atividades, seus interesses e objetivos. Ex: Férias, Contas a pagar, Contas a Receber etc. ✓ Método Geográfico: é um método muito usado quando arquivamos documentos, conforme divisão por países, estados, cidades, regiões, distritos, bairros e outras estado dependendo da empresa. É muito comum nos departamentos de vendas e nos de importação e exportação. ✓ Método Numérico: Nesse método, você dispõe as pastas e documentos, em seqüência numérica crescente. Deve obedecer sempre a mesma ordem de entrada. Para cada pasta será atribuído certo número que obedecerá a uma 31 ordem numérica crescente. ✓ Método Cronológico: Documentos organizados por uma data. Não é necessário que seja a data de produção do documento. É o método ideal para arquivar documentos contábeis (balanço e balancete, diário), contas a pagar, contas a receber. ✓ Exemplos: ✓ Balanço contábil de 2014, 2015 e 2016 ✓ Contas de água por mês: 01, 02, 03 ✓ Prontuário médico organizado por data de nascimento do paciente. ✓ Método Alfanumérico: esse sistema procura utilizar as vantagens dos métodos alfabético e numérico. dessa combinação surgiu um método que tem a simplicidade do alfabético e a rapidez e precisão do numérico. ✓ Este método trabalha com uma tabela constituída de divisões do alfabeto, previamente planejadas e numeradas em ordem crescente. ✓ Usam-se notações fechadas para se evitar que, uma vez numeradas, as divisões sejam alteradas. ✓ Exemplo ✓ Aa - Af1; Am - As 3; Ba - Bl 5; ✓ Método por cores: Existem duas formas muito fáceis de arquivar de acordo com a cor: Identifica os arquivos que 32 necessitam de atenção ou de manuseio especial. O uso de uma cor contrastante destaca de imediato, pastas especiais. Isso permite auxiliá-las no lugar certo e auxiliá-las rapidamente. 4.5 SISTEMAS FÍSICOS DE ARQUIVAMENTO ● Equipamentos: Para garantir eficiência na utilização do arquivo, devemos escolher um sistema físico de arquivamento em função da espécie de documentação arquivada, seu formato, o espaço disponível para o móvel, etc. Os principais sistemas de arquivamento são: ● VERTICAL - Os documentos são arquivados de maneira vertical, um após o outro ou nas laterais em gavetas ou estantes. Indicado para o arquivo corrente ou ativo, agiliza a busca e a localização dos documentos. ● HORIZONTAL - São arquivadas de forma horizontal ficando visíveis as anotações das fichas. Os documentos são dispostos uns sobre os outros. Indicados para arquivo permanentes e para documentos de grandes dimensões como planta, mapa e desenho. ● ROTATIVO - Os documentos arquivados giram em torno do eixo. Os rotativos são muito utilizados para atendimento em postos de trabalho fixo, como recepções, bancos, etc. ● FOTOGRÁFICO - Conta a história da Organização através de 33 fotos e imagens. MÓVEIS PARA ARQUIVO 4.5.1 ACESSÓRIOS PARA ARQUIVAMENTO Para facilitar o acesso aos documentos, são utilizados acessórios. São eles: ➢ Pastas: protegem os documentos comuns a um assunto, tem dimensões padronizadas. ➢ As pastas são suspensas e seus dois braços metálicos ou plásticos se apóiam na lateral do arquivo. ➢ Projeções: podem ser de papelão, plástico ou aço, além de serem fixas ou adaptáveis. ➢ Permite ao arquivista localizar os assuntos no arquivo. ARQUIVO MORTO 34 TIPOS DE PASTA • Miscelânea ou Sanfonada : Abriga documentos de vários assuntos • Dossiê ou suspensa: Contém documentos referentes a um só assunto. TIPOS DE ENVELOPES • Envelope vai e vem - Correspondência Interna • Envelope Ofício - Correspondência Externa 35 4.6 DOCUMENTOS Para Sousa, (2013), os documentos norteiam a nossa vida. Precisamos deles para registrar nossa presença e nossas ações no mundo. Vejamos esta trajetória: uma pessoa comum, ao longo de sua vida, é possuidora de Registro de Nascimento, Cartão de Vacinação, Ficha Individual Escolar, Boletim Escolar, Histórico Escolar, Identidade, Certidão de Casamento, etc. Muitos documentos com o tempo deixam de existir, mas outros são preservados como memória viva: documentos administrativos e históricos estão arquivados em lugares próprios para isso, tais como: instituições privadas ou públicas, centros de documentação, bibliotecas, etc. Entendemos por documento, conforme o Dicionário Houaiss Eletrônico, qualquer escrito que possa esclarecer determinado fato ou objeto de valor documental, como construções, peças, papéis, filmes, fotografia, entre outros. E, ainda, algo que instrua, prove ou comprove cientificamente algum acontecimento, de acordo com Sousa, 2013. Em sentido amplo, a documentação tem por finalidade reunir e organizar todos os conhecimentos que o homem adquiriu 36 através dos tempos e com isso permitir sua divulgação e utilização, proporcionando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, a finalidade da documentação, na maioria dos casos, depende da forma como foi organizada e de como é utilizada. Conforme, Sousa (2013), em uma secretaria escolar, por exemplo, as informações peculiares estão registradas em gêneros (documentos) específicos: livros-ata, históricos escolares, diários de classe, memorandos, requerimentos, ofícios, projeto político- pedagógico da escola, atas de conselho de classe, etc. Tais documentos organizam e regulam o trabalho de um contexto, em relação ao processo de produção, distribuição e utilização desses documentos. Por meio desse processo se organiza e registra a vida escolar do aluno, escrevendo páginas e páginas da história de uma escola, cidade, estado ou país, enfim, da sua educação. RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES ➢ Zelar pela transcrição fiel do documento original. ➢ Expedir documentos legível sem rasuras e incorreções. ➢ Espaços não preenchidos dos documentos escolares devem ser encerrados com um traço para evitar falsificações. ➢ Espaços destinados às observações devem ser registradas as informações mais significativas, não previstas no formulário. 37 ➢ Documentos oficiais da escola serão assinados pelo diretor e carimbos. ➢ Manter cópia do documento expedido. ➢ Manter livro de controle para entrega de documentos. ➢ Documentos pessoais em original, não devem ser retidos na escola. RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES Fique atento! ➢ Faça uma análise criteriosa dos documentos apresentados no ato da matrícula. ➢ Analise os currículos de alunos transferidos sujeitos a realização de adaptações de currículo. ➢ Informe à equipe pedagógica da Unidade Escolar da relação dos alunos que deverão cumprir adaptações. ➢ Faça um levantamento da documentação pendente de alunos com matrícula condicional para proceder a cobrança destes documentos no prazo máximo de 30 dias. 4.6.1 NATUREZA DOS DOCUMENTOS Sabemos que as organizações desenvolvem diversas atividades de acordo com as atribuições e os documentos 38 refletem essas atividades, porque fazem parte do conjunto de seus produtos. Portanto, são variados os tipos de documentosproduzidos e acumulados, bem como são diferentes os formatos, as espécies, e os gêneros em que se apresentam dentro de um arquivo. Vamos conhecê-los: 1. Formato: é a configuração física de um suporte de acordo com sua natureza e o modo como foi confeccionado. Exemplos: formulários, ficha, livro, caderno, folha, cartaz, mapa. 2. Espécie: é a configuração que assume um documento de acordo com a disposição e a natureza das informações nesse contidas. Exemplos: ata, relatório, carta, ofício, proposta, diploma, atestado, requerimento. 3. Gênero: configuração que assume um documento de acordo com o sistema de signos utilizados na comunicação de seu conteúdo. Exemplos: audiovisual (filmes), fonográfico (discos, fitas), magnéticos/informáticos (disquetes, cd-rom). 4. Tipo de documento: é a configuração que assume um documento de acordo com a atividade que gerou. Exemplos: ata de posse, boletim de notas e freqüência de alunos, regimento de departamento, processo de vida funcional, boletim de atendimento de urgência, prontuário médico, tabela salarial. 4.6.2 TIPOS DE DOCUMENTOS 39 ✓ Oficial: aviso, convênio, telegrama, contrato. ✓ Empresarial: recibo, currículo, projeto, comunicado. ✓ Descartável: orçamentos, folhetos promocionais ✓ Artificial: mapa, desenho 4.6.3 OS DOCUMENTOS RECEBIDOS ● Separar: Particulares, Sigilosos e Empresariais; ● Abrir: Apenas documentos empresariais; ● Carimbar: Mantendo em grupos, processar a numeração manual ou mecanicamente; ● Envelopar: Acondicionar em envelopes de circulação, fechando-os; ● Encaminhar: Distribuição para áreas de destino. 4.6.4 OS DOCUMENTOS EXPEDIDOS ● Verificar se todos os envelopes estão devidamente preenchidos e colados; ● Separar estes documentos, pelo tipo de despacho; ● Providenciar os formulários, para cada tipo de despacho; ● Preencher adequadamente os referidos formulários; ● Entregar aos respectivos mensageiros, para a distribuição. Observações: 40 Os documentos escolares deverão estar devidamente preenchidos e assinados pelo Diretor e pelo Secretário Escolar (devidamente habilitados) da instituição educacional; A guarda dos documentos de ordem administrativa é de responsabilidade da mantenedora da instituição educacional. 4.6.5 TEMPO DE RETENÇÃO DOS DOCUMENTOS ✓ Documentos de guarda eventual: são aqueles de interesse passageiro, sem valor administrativo, jurídico ou histórico. Exemplo: convites, correspondências de congratulações, etc. ✓ Documentos de guarda temporária: são aqueles que detêm interesse administrativo apenas por determinado período ou aqueles sujeitos a prazos prescricionais Exemplo: documentos fiscais. ✓ Documentos de guarda permanente: são documentos de valor probatório (que serve de prova) ou histórico. Exemplo: estatutos, contratos, alvarás, atas, etc. 4.6.6 TEMPO DE ARMAZENAMENTO DE DOCUMENTOS São diversos documentos que devem ser mantidos por um certo período de tempo guardados. Relacionamos o tempo de armazenagem dos principais documentos utilizados pelas empresas. Tipos de Documentos, Tempo de Armazenagem. Dicas: 41 ● Água, luz 5 anos recomendação; ● Pagamento de aluguel 5 anos recomendação; ● Confins 5 anos determinado por lei; ● Darf 5 anos determinado por lei; ● Duplicatas, Carnês e Recibos 2 anos recomendação; ● Imposto de Renda 5 anos determinado por lei; ● IPVA, Multas de Trânsito 2 anos recomendação; ● Notas Fiscais 5 anos determinado por lei; ● GPS – Guia de Previdência Social, comprovante 10 anos determinados por lei; ● Pagamento do INSS depósito do FGTS 30 anos determinado por lei. 42 REFERÊNCIAS CHING, Rosa – A arte de secretariar: tudo o que você precisa saber para ser uma secretária de sucesso. Novatec Editora, novembro de 2006. CORRÊA, Manoel Luiz G. Linguagem e comunicação social. São Paulo: Parábola, 2002. Curso técnico em Secretaria Escolar. Comunicação oral e escrita. Secretaria de Educação do Ceará. FERREIRA, Reinaldo Mathias – Correspondência Comercial e Oficial com técnicas de redação. Editora Ática. 1990. MIRANDA. Kátia J. de. Técnicas em Secretariado PEASE, Allan. Como conquistar as pessoas. Rio de Janeiro: Sextante, 2009. SAMPAIO, Getúlio Pinto. As relações humanas de cada dia. São Paula: Nobel, 2000. SOUSA, Rosineide Magalhães de. Técnicas de Redação e Arquivo. Técnico em Secretaria Escolar. UFMT. Cuiabá - MT. 2013 43
Compartilhar