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1 UNIVERSIDADE ALTO VALE DO RIO DO PEIXE – UNIARP CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA ALISSON RIBEIRO, BRUNO FERNANDES ABRÃO, LARISSA GONÇALVES, VINICIUS FABIAN, WILLIAN GRANEMANN LEITURA INTERDISCIPLINAR (ENTROPIA) CAÇADOR 2020 2 ALISSON RIBEIRO, BRUNO FERNANDES ABRÃO, LARISSA GONÇALVES, VINICIUS FABIAN, WILLIAN GRANEMANN LEITURA INTERDISCIPLINAR (ENTROPIA) Leitura Interdisciplinar apresentada como exigência das disciplinas da 7ª fase, do Curso de Engenharia Mecânica, ministrado pela Universidade Alto Vale do Rio do Peixe – UNIARP. Professores: Adelmo Antônio dos Santos, Arã Paraguassu, Rômulo Nava, Salmo Smardegan CAÇADOR 2020 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 4 2. TERMODINÂMICA ........................................................................................................................... 5 2.1. Sistemas ...................................................................................................................................... 5 2.1.1. Classificação dos sistemas ....................................................................................................... 6 2.2. Equilíbrio Térmico ....................................................................................................................... 7 2.3. Leis da Termodinâmica ............................................................................................................... 9 2.3.1. Primeira Lei da Termodinâmica .............................................................................................. 9 2.3.2. Segunda Lei da Termodinâmica .............................................................................................. 9 2.3.3. Terceira Lei da Termodinâmica ............................................................................................. 10 3. ENTROPIA ...................................................................................................................................... 11 3.1. Definição de Entropia ................................................................................................................ 11 3.2. Entropia Para Uma Substância Pura .......................................................................................... 14 3.3. Significado da Variação da Entropia .......................................................................................... 16 3.3.1. Primeira conclusão ................................................................................................................ 17 3.3.2. Segunda conclusão ................................................................................................................ 18 4. CONCLUSÃO .................................................................................................................................. 20 5. REFERÊNCIAS ................................................................................................................................. 21 4 1. INTRODUÇÃO O estudo da termodinâmica teve seu início em 1650, com a criação da primeira bomba a vácuo do mundo, criada por Otto Von Guericke. Anos mais tarde, Robert Boyle ficou sabendo dos experimentos realizados com a primeira bomba e em parceria com Robert Hooke, originou-se a bomba de ar. E foi através desta bomba, a dupla observou a relação entre pressão, volume e temperatura. Daí nasceu a lei de Boyle, que estabelece que a pressão e o volume são inversamente proporcionais. Anos mais tarde surgiu a primeira máquina a vapor, marcada na história por sua grandeza e robustez. Esta máquina foi inventada por Thomas Savery após muitos estudos baseados no conceito de pressão, temperatura e volume. Com as máquinas a vapor surgindo, muitos estudiosos e cientistas eram atraídos para que se fosse feito um estudo ainda mais profundo, como foi o caso de Sadi Carnot, denominado até os dias de hoje como o “Pai da Termodinâmica” que tratava de estudos sobre o calor, a eficiência e a potência das máquinas a vapor. Então surge a Termodinâmica como ciência moderna. Desde seu início, a termodinâmica busca compreender a forma com que o calor ou energia são trocados entre matérias, através de análises e cálculos relacionados ao comportamento desses sistemas, em busca de solucionar problemas em relação ao rendimento da máquina, por exemplo. Para uma melhor compreensão, foi relacionado o estudo da entropia que é associada às transformações irreversíveis, ou seja, ao grau de desordem de um sistema físico, que permite medir a dispersão da energia. Quanto maior for a energia transferida na forma de calor, maior será a desordem no sistema. Esta desordem é compreendida através do estudo da entropia em determinados sistemas apresentado nesta leitura. 5 2. TERMODINÂMICA A termodinâmica é o ramo da física que estuda as leis que regem as relações entre calor, variações de temperaturas, trabalho e outras formas de energia. Em resumo, a termodinâmica nos mostra o que acontece durante a troca de calor (ou energia) entre corpos através de uma observação do comportamento macroscópico de sistemas. 2.1. Sistemas Uma região qualquer do espaço que se encontra isolada de sua vizinhança através de membrana, parede entre outros meios de fechamentos é denominado sistema. O sistema é tudo aquilo que queremos estudar ou analisar, podendo ser tão simples quanto um corpo livre ou tão complexo quanto uma refinaria química inteira. Ele pode ser estudado de maneira macroscópica (comportamento geral ou global) e microscópica. Segundo Michael J. Moran, “embora o comportamento dos sistemas seja afetado pela estrutura molecular, a termodinâmica clássica permite que importantes aspectos do comportamento de um sistema sejam avaliados partindo da observação do sistema global.” (PRINCÍPIOS DE TERMODINÂMICA PARA ENGENHARIA, Capitulo 1) Na imagem abaixo é possível compreender melhor a construção de um sistema termodinâmico: 6 Figura 01 – Um sistema e sua vizinhança separados por uma fronteira Fonte: www.brasilescola.uoal.com.br 2.1.1. Classificação dos sistemas Um balão por exemplo, é considerado um sistema fechado (quando troca energia com o meio externo, mas não matéria) onde, o gás é o sistema; o balão em si é considerado como a fronteira; e o ambiente é então a vizinhança. O que vai classificar o tipo de sistema é a forma com que a troca de energia com o universo ou vizinhança acontece. Figura 02 – Exemplo de sistema fechado Fonte: www.todoestudo.com.br 7 Outros tipos de sistemas são definidos como: Isolado: quando não há troca de energia e nem matéria com o meio externo. Aberto: quando há troca de energia e/ou matéria com o meio externo. Termicamente isolado: esse tipo não troca calor com a vizinhança, ainda que nele possa ocorrer alguma modificação. 2.2. Equilíbrio Térmico A energia pode ser transferida através de interações chamadas de trabalho e calor de um sistema com a sua vizinhança. As taxas de troca de calor são calculadas através da análise dos modos de transferência de calor entre corpos. “Uma definição simples, mas geral, fornece uma resposta satisfatória para a pergunta: O que é transferência de calor? Transferência de calor (ou calor) é energia térmica em trânsito devido a uma diferença de temperaturas no espaço.” (FUNDAMENTOS DE TRANSFERENCIA DE CALOR E DE MASSA, THEODORE L. BERGMAN) A transferência de calor acontece sempre que há diferentes temperaturas em um meio. Os tipos de transferência de calor estão divididos em três categorias: Condução: consistena transferência de energia através de partículas que compõe o sistema. As partículas com temperaturas mais baixas recebem energia em forma de calor de partículas com maior temperatura. Dessa forma, passam a se agitar com maior intensidade, buscando o equilíbrio térmico. Essa agitação se transfere de partícula por partícula e se propaga por todo o corpo. 8 Convecção: ocorre através da transferência de energia devido ao movimento molecular aleatório das partículas de um fluído. Esse movimento do fluído está associado ao fato de que, em um instante qualquer, um grande número de moléculas está se movendo coletivamente ou como agregados. Tal movimento, na presença de um gradiente de temperatura, contribui para a transferência de calor. Radiação: é a energia emitida pela matéria que se encontra a uma temperatura diferente de zero. A energia do campo de radiação é transportada por ondas eletromagnéticas. Enquanto a transferência de energia por condução ou convecção requer a presença de um meio material, a radiação não necessita dele. Na realidade, a transferência por radiação ocorre mais eficientemente no vácuo. Figura 03 - Tipos de transferência de calor Fonte: www.brasilescola.uol.com.br Um sistema em equilíbrio termodinâmico jamais mudará seu estado de modo espontâneo, pois para que isso ocorra, é necessário ser influenciado pela vizinhança. Quando um sistema sofre uma transformação muito próxima de seu estado de equilíbrio dizemos que esta transformação é reversível, pois, ligeiramente este voltará para seu estado de equilíbrio. 9 Já as transformações irreversíveis são aquelas em que as condições de equilíbrio são cada vez menos acessíveis, fazendo com que todo o sistema mude suas características de tal modo que não seja mais possível que ele volte ao estado anterior. Esta grandeza física é conhecida como entropia. 2.3. Leis da Termodinâmica Como já foi estudado no curso, sabe-se que a Termodinâmica é regida por quatro leis:.entropia, temperatura, calor e volume que nos permitem descrever diversos sistemas por meio de variáveis. 2.3.1. Primeira Lei da Termodinâmica A Primeira Lei da Termodinâmica trata da conservação da energia. Se existe uma porção gasosa, esse gás recebe uma dada quantidade de energia, O gás vai usar essa energia para expandir (realizar trabalho) e aumentar a energia das moléculas, aumentar a agitação entre as partículas. O calor recebido é igual ao trabalho realizado juntamente com a variação da energia interna. 2.3.2. Segunda Lei da Termodinâmica Já a Segunda Lei da Termodinâmica, trata em quais condições determinada máquina ou sistema vai fazer essa conservação da energia. Alguns sentidos são possíveis acontecerem de maneira instantânea, porém outros não. Segundo Kelvin Planck, é impossível construir uma máquina térmica que esteja recebendo energia de uma fonte quente e que converta 100% dessa energia em trabalho sem que jogue nada para fonte fria, uma vez que esta máquina esteja operando em ciclos. 10 Assim como uma energia térmica não é transferida espontaneamente de um corpo mais frio para um corpo quente sem que um gasto de energia seja realizado. Para uma melhor compreensão da segunda lei da termodinâmica, pode-se imaginar uma pequena bolinha de massa de vidraceiro abandonada a uma determinada altura. No momento que esta bolinha atinge o chão, ela será deformada e permanecerá parada. A explicação para tal acontecimento é devido a energia mecânica do movimento contida nela ser transformada em energia térmica basicamente (e uma pequena fração também é transformada em energia sonora), fazendo com que haja aumento da agitação das partículas e consequentemente as moléculas aumentem sua temperatura (energia térmica). Agora, para fator de comparação, caso seja fornecido novamente a mesma quantidade de energia térmica para a bolinha através de aquecimento, é muito improvável que ao receber esta energia, todas essas partículas oscilem ao mesmo tempo para cima de modo que ela ganhe velocidade e suba em direção ao ponto inicial de sua queda. Essa dispersão de energia neste processo é medida através da entropia, tratada como próximo tema. 2.3.3. Terceira Lei da Termodinâmica Diz respeito a um ponto de referência para fazer a determinação da entropia do sistema. A Terceira lei da Termodinâmica sustenta a ideia de que a entropia de um sistema com temperatura igual a zero absoluto tem uma constante pouco variável. A teoria explica que quanto mais próximo da temperatura de zero absoluto um cristal perfeito estiver, mais a entropia se aproximará de zero (EDUCA MAIS BRASIL, TERCEIRAA LEI DA TERMODINÂMICA, 2020) 11 3. ENTROPIA 3.1. Definição de Entropia A entropia é uma grandeza termodinâmica que mede a dispersão de energia em um processo. Essa função permite dizer se um determinado estado é acessível a partir de outro por meio de uma transformação espontânea, ou seja, permite dizer se o estado final possui um grau de maior desordem em relação ao estado inicial. De acordo com um dos enunciados da Segunda Lei da Termodinâmica, “Em um sistema termicamente isolado, a medida da entropia deve sempre aumentar com o tempo, até atingir o seu valor máximo”. Em outras palavras, a entropia é associada às transformações irreversíveis, ou seja, ao grau de desordem de um sistema físico. Essa explicação de entropia concentra-se na variação de entropia (dS) o resultado de uma mudança física ou química. Tal declaração está baseada na ideia de que uma alteração da extensão com que a energia é dispersa depende da quantidade de energia que é transferida no processo na forma de calor. Quando um sistema é aquecido, a desordem do mesmo aumenta, pois o fornecimento de energia aumenta o deslocamento térmico das moléculas. Figura 04 – Comportamento das partículas durante a transferência de calor Fonte: www.todoestudo.com.br 12 Da mesma forma, quando uma determinada quantidade de matéria se expande ou se mistura com outra substância, a entropia do sistema também aumenta. Supondo que um sistema percorra um processo reversível do estado 1 e 2, retratado pelo caminho A e que o ciclo se conclua por meio de um processo reversível, retratado pelo caminho B conforme a imagem a seguir. Figura 05 – Dois ciclos reversíveis Fonte: Fundamentos da Termodinâmica, 2013. ∮ ∫ 𝛿𝑄 𝑇 = 0 = ∫ 𝛿𝑄 𝑇 2 1 𝐴 + ∫ 𝛿𝑄 𝑇 1 2 𝐵 É visível que a entropia se mantém contínua num processo adiabático (sem ganho ou perda de calor) reversível. O processo de entropia constante é conhecido como processo isentrópico (que ocorre sem alteração na entropia). Com esse ciclo sendo reversível, podemos representar desta maneira: 13 𝑑𝑆 = 𝑑𝑞𝑟𝑒𝑣 𝑇 em que dS é a variação de entropia de um sistema, dqrev é a variação da energia transferida reversivelmente, ou seja, as temperaturas do sistema e vizinhanças são infinitesimalmente diferentes, e T é a temperatura (absoluta) na qual ocorre a transferência. Para uma transformação finita entre dois estados i e f tem-se a seguinte equação: ∆𝑆 ∫ 𝑑𝑞𝑟𝑒𝑣 𝑇 𝑓 𝑖 Na construção da escala da Entropia é necessário que um estado-padrão seja adotado como referência no qual a entropia seja nula. Para a água por exemplo, convencionou-se que a entropia é igual a zero quando ela se encontra no estado líquido, sujeita a pressão de 1 atm a 0°C . A partir desse estado, quando a água recebe calor a entropia aumenta e quando ela perde calor, a entropia diminui. O calor de aquecimento de uma substancia pode ser calculado pela equação (onde c significa o calor específico da substância) : 𝑄 = 𝑚. 𝑐. ∆𝑇 Entropia específica é aquela que se refere à unidade de massa da substancia. Esse valor pode ser tabelado, para cada substância, em função da pressão.∆𝑠 = ∆𝑆 𝑚 14 3.2. Entropia Para Uma Substância Pura Como Claus Borgnakke e Richard E. Sonntag haviam dito, “a entropia é uma propriedade extensiva de um sistema. Os valores da entropia específica (entropia por unidade de massa) estão apresentados nas tabelas de propriedades termodinâmicas do mesmo modo que o volume específico e a entalpia específica.” (Fundamentos da Termodinâmica, 2013, p. 245). O termo entropia é usado para apontar tanto a entropia total quanto a entropia específica, pois seu contexto ou símbolo apropriado indica precisamente o significado desse termo. Na área de saturação, podemos calcular a entropia utilizando o título. As relações equivalem a volume específico e entalpia. Assim, A entropia do líquido comprimido está estipulada da mesma forma que outras propriedades. Tais propriedades são, sobretudo, uma função da temperatura e não se diferem tanto das propriedades do líquido saturado na mesma temperatura. As propriedades termodinâmicas de uma substância são constantemente retratadas nos diagramas temperatura-entropia e entalpia-entropia, também chamado como o diagrama de Mollier. As figuras 06 e 07 mostram os principais elementos dos diagramas temperatura-entropia e entalpia-entropia para o vapor d’água. 15 Figura 06 - Diagrama temperatura-entropia para o vapor d’água. Fonte: Fundamentos da Termodinâmica, 2013. Figura 07 - Diagrama entalpia-entropia para o vapor d’água. Fonte: Fundamentos da Termodinâmica, 2013. 16 Esses diagramas são utilizados para representar dados termodinâmicos e para idealizar as constantes mudanças de estado que acontecem em variados processos. Para a maior parte das substâncias, a diferença entre a entropia do líquido comprimido e a do líquido saturado na mesma temperatura é mínima. Habitualmente, o método de aquecimento de um líquido a pressão contínua é mostrado em uma linha coincidente com a linha de líquido saturado até que a temperatura de saturação correspondente seja atingida. 3.3. Significado da Variação da Entropia A partir da definição do conceito termodinâmico, pode-se estabelecer uma relação entre o sentido das trocas de calor e a variação da entropia. Matematicamente, a entropia é definida por meio de uma integral, que pode assumir valores positivos ou negativos. O sinal dessa integral depende de duas grandezas: calor e temperatura absoluta do corpo. Como já está convencionado que o calor tem sinal positivo quando entra no sistema e sinal negativo quando sai dele, o sinal da integral que define a entropia depende somente do sentido da troca do calor, porque a temperatura é sempre maior que zero. A temperatura que aparece no denominador está na escala absoluta e é sempre positiva, mesmo quando o corpo perde calor. Neste caso a temperatura pode diminuir, mas o seu valor absoluto continua sempre positivo. A variação da entropia, entretanto, depende somente do sinal atribuído ao calor, seja este trocado com o ambiente externo ou provocado pelo atrito do corpo em movimento. 17 3.3.1. Primeira conclusão Quando um sistema ganhar calor, a integral referente ao calor externo garante que a sua entropia aumente e, quando ele perde calor, a sua entropia diminui. A entropia permanece constante quando não se verifica troca de calor entre o sistema e o ambiente externo. Já a segunda integral, pode influir na variação da entropia, independentemente da troca de calor entre o sistema e o ambiente externo. Sendo o calor gerado pelo atrito sempre positivo e sendo a temperatura absoluta também positiva, pode-se concluir que o atrito provoca aumento da entropia. Caso fosse necessário calcular a variação da entropia de 1Kg de água em repouso, (1 atm; ponto de ebulição a 100°C) durante o processo de vaporização que ocorre a partir do estado líquido saturado, este cálculo seria expressado: Solução: Da equação com o segundo termo igual a zero, resulta: ∆𝑆 ∫ 𝛿𝑄 𝑇 Sendo a temperatura constante, ela pode ser colocada fora da integral: ∆𝑆 = 1 𝑇 ∫ 𝑑𝑄 ∆𝑆 ∫ 𝑄 𝑇 onde Q representa o calor fornecido à água para a sua vaporização e, portanto, tem sinal positivo. 18 𝑄 = 𝑚. 𝑐𝐿 onde 𝐶𝐿 representa o valor latente de vaporização da água. Na temperatura de 100°C, as tabelas fornecem para a água aproximadamente 𝐶𝐿 = 539,0 𝑘𝑐𝑎𝑙/𝑘𝑔 ∆𝑆 = 539𝑥1 273 + 100 = 1,445 𝑘𝑐𝑎𝑙 𝐾 Como o problema se refere a 1 kg de água, resulta a entropia específica: ∆𝑆 = ∆𝑆 𝑚 = 1,445 𝑘𝑐𝑎𝑙 𝑘𝑔. 𝐾 Como não há atrito (devido a água estar em repouso) não há influência do atrito no cálculo da variação da entropia. 3.3.2. Segunda conclusão Considerando que o valor da entropia da água é igual a zero, quando ela se encontra no estado líquido a 0°C, conclui-se que o gelo tem entropia negativa, porque a partir do estado de referencia a água perde calor para congelar e, dessa maneira a sua entropia diminui. Quando o gelo se transforma em líquido, as partículas ganham um grau maior de liberdade, o qual pode ser qualificado por meio do valor da entropia. Da mesma forma, quando a água se transforma em vapor, cada quilograma sofre um aumento de entropia, relacionado a um determinado grau de liberdade das partículas da água, sendo, consequentemente, esse valor maior que o da água no estado líquido. 19 Sendo assim, conclui-se que a entropia é uma grandeza associada com o grau de liberdade de um sistema qualquer, seja ele termodinâmico, mecânico, ambiental, social entre outros. Para cada sistema, é possível associar um número que representa a entropia, medindo a partir de um estado de referência, representando o grau de liberdade que ele possui. 20 4. CONCLUSÃO A termologia ou denominada termodinâmica, possui várias aplicações em nosso cotidiano. Sendo assim, é possível descrever diversas situações tão simples ou até mesmo as complexas através de seu estudo. Além da termodinâmica utilizar diversas variáveis para mostrar o comportamento de sistemas durante a troca de calor e energia entre matérias, nesta leitura foi possível aplicar fundamentos vistos em algumas matérias já estudadas nas fases anteriores do curso. Esse estudo tem uma grande importância na engenharia e faz parte do crescimento das indústrias que diariamente buscam por máquinas, sistemas e motores cada vez mais eficientes. A entropia é capaz de nos mostrar matematicamente todas as possibilidades de um dimensionamento adequado para determinada situação, tendo assim, uma grande parcela dentro das engenharias e demais áreas na indústria. 21 5. REFERÊNCIAS Mundo Educação. Entropia. O Cálculo da Entropia, disponível em: <https://m-mundoeducacao-uol-com- br.cdn.ampproject.org/v/s/m.mundoeducacao.uol.com.br/amp/quimica/entropia.htm? amp_js_v=a3&_gsa=1&usqp=mq331AQFKAGwASA%3D#aoh=1593111577441 0&referrer=https%3A%2F%2Fwww.google.com&_tf=Fonte%3A%20%251%24s &share=https%3A%2F%2Fmundoeducacao.uol.com.br%2Fquimica%2Fentropia .htm > Brasil Escola, Termodinâmica, disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/física/termodinamica.htm> Todo Estudo, Sistemas Termodinâmica, disponível em: <https://www.todoestudo.com.br/fisica/termodinamica> HELERBROCK, Rafael. "O que é entropia?"; Brasil Escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-entropia.htm> Acessado em 22 de junho de 2020. TERMODINÂMICA, GILBERTO IENO, LUIZ NEGRO FUNDAMENTOS DA TERMODINÂMICA, 8 ed. FUNDAMENTOS DE TRANSFERENCIA DE CALOR E DE MASSA, THEODORE L. BERGMAN PRINCÍPIOS DE TERMODINÂMICA PARA ENGENHARIA, 2000, p. 105
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