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1a Questão ¿De regra, o consumidor intermediário, por adquirir produto ou usufruir de serviço com o fim de, direta ou indiretamente, dinamizar ou instrumentalizar seu próprio negócio lucrativo, não se enquadra na definição constante no art.2º do CDC. Denota-se, todavia, certo abrandamento na interpretação finalista, na medida em que se admite, excepcionalmente, a aplicação das normas do CDC a determinados consumidores profissionais, desde que demonstrada, in concreto, a vulnerabilidade técnica, jurídica ou econômica.¿ (REsp nº 660.026/RJ). Nesse julgado, o STJ adotou, com relação ao conceito de consumidor, a teoria (assinale a opção correta): A teoria maximalista; A teoria finalista; A teoria subjetiva. A teoria finalista atenuada; A teoria objetiva; Respondido em 28/10/2019 21:40:44 Explicação: A teoria finalista mitigada ou atenuada representa uma flexibilização da teoria finalista clássica, cuja aplicação não conseguia proteger todas as relações de consumo que se apresentavam aos tribunais brasileiros. 2a Questão MPF/PROCURADOR DA REPÚBLICA/18a - A empresa multinacional adquire peças de terceiros para linha de montagem de tratares. No caso: teriam aplicação as regras do Código de Defesa do Consumidor se, expressamente, no contrato de fornecimento de peças, se fizer constar cláusula de submissão a esse regime; consistem em meras relações comerciais, em que incidem apenas regras do direito comum; Trata-se de operação sob a proteção do Código de Defesa do Consumidor; o Código de Defesa do Consumidor não regula a relação de aquisição e utilização de produto ou serviço por parte de multinacioal, ante a inexistência de correlação de desigualdade entre as partes. Respondido em 28/10/2019 21:40:50 Explicação: GABARITO: B O caso em questão não representa uma relação de consumo, a qual exige a presença concomitante de um fornecedor (CDC, art. 3º) e um consumidor, pessoa física ou jurídica na qualidade de destinatário final (CDC, art. 2º, caput). O caso vertente narra hipótese de consumo meramente intermediário, o que retira a qualidade de destinatório final, afastando a incidência do CDC ao caso. 3a Questão Marcos é caminhoneiro e comprou um veículo novo para o seu trabalho independente de transportes de mercadorias, sendo esta sua fonte de trabalho e sustento próprio e de sua família. Dois meses após a compra, o veículo apresenta um grave defeito de fabricação, conforme os julgados do STJ, é correto afirmar: Marcos não poderá arrogar para si a condição de consumidor, já que este trabalha de forma independente e por isso é um indivíduo profissional, portanto o STJ não prevê a possibilidade de se estabelecer sua vulnerabilidade no caso concreto Marcos não é destinatário final, já que utiliza o caminhão como instrumento de trabalho, portanto, não poderia este utilizar a proteção do CDC Aplica-se o CDC ao caso, já que o STJ segue a teoria maximalista, que determina que todas as relações podem ser de consumo, flexibilizando a noção de destinatário final Aplica-se o CDC ao caso, adotando-se a teoria finalista mitigada, que determina esta excepcionalidade, onde pessoa física ou jurídica, embora não seja propriamente a destinatária final do produto ou do serviço, apresenta-se em situação de vulnerabilidade Marcos poderia ser considerado um empresário e a partir do Código Civil de 2002, a jurisprudência deixou de reconhecer a pessoa jurídica como consumidora, afastando a aplicação do CDC Respondido em 28/10/2019 21:41:04 Explicação: O STJ, em geral, tem manifestado o entendimento pela Teoria Finalista Mitigada, ou seja, considera-se consumidor tanto a pessoa que adquire para o uso pessoal quanto os profissionais liberais e os pequenos empreendimentos que conferem ao bem adquirido a participação no implemento de sua unidade produtiva, desde que, nesse caso, demonstrada a hipossuficiência, sob pena da relação estabelecida passar a ser regida pelo Código Civil. 4a Questão Todas as vítimas de um evento danoso evolvendo uma relação de consumo, mesmo aquelas que não estão diretamente configuradas como consumidores, serão consideradas de acordo com o CDC: Consumidor por analogia Consumidor Involutário Consumidor Voluntário Fornecedor Consumidor por Equiparação Respondido em 28/10/2019 21:41:18 Explicação: O CDC tanto protege o consumidor padrão, conforme o caput do art. 2°, quanto do consumidor por equiparação, conforme parágrafo único do art. 2°, artigos 17 e 29. O consumidor por equiparação abrange a coletividade de pessoas, ainda que intermináveis , que haja intervindo nas relações de consumo; as vítimas do evento danoso e as pessoas expostas às práticas comerciais e contratuais abusivas. 5a Questão Gregório é proprietário de apartamento que integra o Condomínio Vila Bela e pretende propor ação judicial contra o mencionado condomínio sob o argumento de que houve ofensa aos seus direitos de consumidor, ao ser majorada a taxa condominial em 300%. O síndico do Condomínio Vila Bela justificou o aumento da taxa condominial com a alegação de que a competente concessionária de serviços públicos estaria cobrando indevida taxa de esgoto, que deveria ser custeada por todos os condôminos. Considerando a situação hipotética apresentada, assinale a opção correta acerca do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Quanto às despesas de manutenção, aplica-se o CDC à relação jurídica entre Gregório e o Condomínio Vila Bela. Sendo constatada relação de consumo, presume-se a vulnerabilidade de Gregório, por ser pessoa física, ao contrário das pessoas jurídicas, que devem demonstrar esse requisito de aplicação do CDC. O Condomínio Vila Bela não é considerado consumidor de bens e serviços de consumo, por ser apenas pessoa formal, sem personalidade jurídica. Inexiste relação de consumo entre o Condomínio Vila Bela e a concessionária de serviços públicos que cobra indevidamente taxa de esgoto. Todo consumidor é vulnerável e hipossuficiente, pois referidas expressões são tratadas no CDC como sinônimas. Respondido em 28/10/2019 21:41:29 Explicação: Há possibilidade de atuação em face do condomínio, assim como também existe posicionamento do STJ no sentido de que o condomínio pode atuar como polo ativo em casos envolvendo relação de consumo. "CDC pode ser aplicado em conflito de condomínio contra empresa Para os ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), disputas entre um condomínio de proprietários e empresas podem caracterizar relação de consumo direta, o que possibilita a aplicação do Código de Defesa do Consumidor (CDC) para resolver o litígio. No caso analisado pelo STJ, um condomínio questionou na Justiça uma alienação feita pela construtora do prédio, e no rito da ação pediu a aplicação do inciso VIII do artigo 6º do CDC para inverter o ônus da prova, para que a construtora provasse a necessidade da alienação, bem como sua efetividade. Em primeira e segunda instância, o pedido foi negado, ao entendimento de que a relação entre o condomínio e a construtora não configura consumo de acordo com a definição do CDC. Com a negativa, o condomínio entrou com recurso no STJ." 6a Questão Ficam excluídas da definição de consumidor: apenas as pessoas jurídicas de direito privado com fins econômicos. apenas as pessoas jurídicas de direito público interno. todas as pessoas jurídicas, ainda que utilizem o produto ou o serviço como destinatárias finais. as pessoas físicas ou jurídicas que utilizem o produto ou o serviço como bens de produção. as pessoas físicas não consideradas hipossuficientes, segundo os critérios legais. Respondido em 28/10/2019 21:41:49 7a Questão A despeito da identificação do elemento subjetivo da relação de consumo, indique a opção incorreta: Também é considerado como consumidor terceiros que, embora não estejam diretamente envolvidos na relação de consumo, são atingidos pelo aparecimento de um defeito no produto ou no serviço; Considera-se consumidor todo destinatário final de produtos e serviços; Pela teoriafinalista mitigada permite a aplicação do Código de Defesa do Consumidor para pequenas empresas e profissionais liberais, mesmo que não comprovada uma vulnerabilidade; A teoria maximalista entende que basta o produto ou serviço seja retirado do mercado de consumo para a pessoa física ou pessoa jurídica ser considerada consumidor; Respondido em 28/10/2019 21:41:53 Explicação: Consumidor, de acordo com o art. 2° do CDC, é o destinatário final do produto ou serviço. E destinatário final é aquele que retira o bem do mercado de consumo, ou seja, consumidor fatico, e cuja destinacao é para uso próprio ou familiar, ou seja, consumidor econômico. 8a Questão Quando o Código de Defesa do Consumidor trata do conceito de consumidor em seu art. 2° é incorreto dizer com relação ao tema que: A teoria finalista restringe o conceito de consumidor. O STJ adota a teoria finalista para conceituar consumidor. O STJ adota a teoria maximalista para conceituar consumidor.
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