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18/02/2014 1 BREVE HISTÓRIA DA CIÊNCIA A Ciência na Antiguidade Antiguidade: pré-história até 450 d.C. •Não havia ciência como entendemos hoje •A filosofia era a maior expressão do pensamento •Não havia distinção ciência e filosofia •Grécia: primeiras tentativas de racionalização do mundo, desvinculando o pensamento mítico do pensamento real Antiguidade: pré-história até 450 d.C. •Apenas os gregos tiveram a preocupação sistemática e filosófica com as condições de formação do conhecimento •Apesar dos povos do Oriente, Mesopotâmia e Egito deixarem todo um legado empírico, os gregos desenvolveram a intuição, que permitiu o desenvolvimento de teorias sobre a natureza Antiguidade: pré-história até 450 d.C. • Isso terminou por desvincular o saber racional do saber mítico •O conhecimento obtido através dessa maneira ia além do empírico •Conhecimento prático relacionado aos modos de produção e necessidades diárias •Conhecimento teórico relacionado ao prazer de saber Antiguidade: pré-história até 450 d.C. •Diferença resultante da divisão de classes na sociedade grega •Apenas com o surgimento de uma classe ociosa, desvinculada das necessidades poderia se desenvolver o conhecimento teórico •Trabalho manual: escravo=degradante •Trabalho intelectual: cidadão = nobre Antiguidade: pré-história até 450 d.C. •Filosofia pré-socrática (séc. VII a V a.C.): O interesse da filosofia é a especulação em torno da origem e da natureza •Busca do arché (princípio) Antiguidade: pré-história até 450 d.C. •Pitágoras de Samos (570 – 496 a.C.) O número é o arché . Contribuição Para a Geometria e Matemática •Tales de Mileto (624 – 548 a.C.) a água como origem de todas as coisas •Empédocles (495/490 - 435/430 a.C.) formulou a idéia dos quatro elementos Antiguidade: pré-história até 450 d.C. •Filosofia socrática (séc. IV a.C.) o período mais importante da história do pensamento grego (Sócrates, Platão, Aristóteles), em que o interesse pela natureza é integrado com o interesse pelo espírito e são construídos os maiores sistemas filosóficos, culminando com Aristóteles Antiguidade: pré-história até 450 d.C. •Platão (428/427 – 348/347 a.C): cria a hierarquia entre a razão e os sentidos. Mito da caverna •Aristóteles (384 – 322 a.C.) – Suas idéias e concepções sobre o mundo e o universo influenciaram o pensamento ocidental nos dois mil anos seguintes Contribuições de Aristóteles •Aperfeiçoou a teoria dos 4 elementos. Ela só foi invalidada por Lavoisier no séc. XVIII 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 18/02/2014 2 •Criou um modelo teórico para o Universo, o Geocentrismo, que permaneceu até o século XVII, quando foi invalidado pelas pesquisas desenvolvidas por vários pensadores Universo segundo Aristóteles Universo segundo Aristóteles •Os pensadores gregos procuravam essências imutáveis •Buscavam descobrir as relações de causa e efeito A CIÊNCIA NA IDADE MÉDIA Idade Média: 476 a 1453 d.C. •Roma é a primeira potência que surgiu na História •A partir do período da República (509 a – 27 a. C.) Roma deixa de ser uma cidade-estado e se transforma num Império •O Império Romano dominou praticamente todo o mundo ocidental conhecido até então Império Romano em sua máxima extensão 117 d.C. Razões para a queda do Império •Declínio econômico motivado pela alta inflação e conseqüente desestruturação dos meios de produção •Declínio cultural, devido à anexação dos povos bárbaros •Manutenção de um exército numeroso, que aos poucos foi tomando consciência de seu poder. Isso levou a uma situação de anarquia Razões para a queda do Império •Em 476 d.C. o imperador Rômulo Augústulo foi deposto por Odoacro, que estava à frente de ex aliados do Império 11 12 13 14 15 16 17 dmacedo 11 dmacedo 15 dmacedo 17 18/02/2014 3 Razões para a queda do Império •Sem um poder centralizado, a sociedade fica desestruturada •O povo busca na Igreja Cristã a autoridade e o amparo de que carecia •É implantado o modelo feudal de produção: o senhor das terras é o suserano, que oferece proteção e abrigo aos moradores de suas terras, os vassalos Razões para a queda do Império •Os vassalos devem obediência a seu suserano, e em troca de sua proteção, trabalham em suas terras, dando parte de sua produção como pagamento •Não havia mobilidade social •A sociedade era estratificada: nobres, clero, servos Razões para a queda do Império •Nobres: donos das terras, tinham direito de cobrar impostos de seus servos. •Clero: isentos de impostos, cobravam o dizimo, eram poderosos, pois davam a proteção espiritual •Servos: pagavam impostos, o dízimo, e outras taxas Razões para a queda do Império •Nesse período, o conhecimento é utilizado na tentativa de conciliar a razão e a fé, na defesa da fé cristã e no trabalho de conversão dos pagãos •Ocorrem dois momentos filosóficos na Idade Média: A Filosofia Patrística •Baseada nos trabalhos dos Padres da Igreja, faz a exposição racional da doutrina religiosa •Santo Agostinho ( 354 a 430 d.C.) é seu principal pensador •A preocupação do período é com as relações entre a fé e a ciência a natureza de Deus, da alma e da vida moral. • Descartam Aristóteles, cujo pensamento original havia sido perdido A Filosofia Patrística •Aqui, todo o conhecimento fica restrito aos mosteiros. Poucos, além dos membros do Clero são letrados. Toda a população fica na ignorância. • Isso permite o crescimento do poder da Igreja. A Filosofia Escolástica •Especulação filosófica-teológica que se desenvolveu do século IX até o Renascimento •Seu nome vem de escola •Resulta da primeira reforma educacional que se tem notícia: a que foi feita pelo imperador Carlos Magno (747 a 814 d.C.), do Sacro Império Romano Germânico A Filosofia Escolástica •Ele cria as primeira escolas, que depois se tornaram as primeiras Universidades •Principal pensador: São Tomás de Aquino (1225 a 1274 d.C.) •Ele recupera o pensamento aristotélico original, perdido desde a destruição da biblioteca de Alexandria A Filosofia Escolástica •A Ciência medieval recupera a valorização do pensamento teórico em detrimento das atividades práticas •A Ciência Medieval não é experimental e não se utiliza da matemática •Ausência de instrumentos e os algarismos romanos dificultam a utilização da matemática 18 19 20 21 22 23 24 25 26 18/02/2014 4 A Filosofia Escolástica •Faça a soma: -MCMLXXXVII + MMDCCXXIX = IVDCCXVI •Agora tente essa: -1987 + 2729 = 4716 A Filosofia Escolástica •Não existia o conceito do zero no Ocidente •Contribuições importantes desse período •Alquimia: considerada como heresia em 1317, por se ater a praticas manuais e ser hermética. Precursora da Química moderna • Influência árabe: resgate da cultura grega, Álgebra, Astronomia, Trigonometria, algarismos arábicos, o zero. A Filosofia Escolástica •Para não perder o poder, a Igreja lança mão da Inquisição, e do princípio da autoridade e da infalibilidade papal Idade Moderna 1453 a 1789 d.C. • Inicia-se com a queda do Império Romano do Oriente, durando até a queda da Bastilha, no início da Revolução Francesa •Período onde ocorrem grandes mudanças no conceito da Ciência •Surgimento da Ciência tal como conhecemos hoje Idade Moderna 1453 a 1789 d.C. •Transição do sistema feudal para o sistema capitalista •Deslocamento do eixo do poder, da nobreza e do clero para os mercadores •Surgimento da burguesia • Início do Renascimento •Humanismo •Antropocentrismo Idade Moderna 1453 a 1789 d.C. •Reforma protestante •Vários nomes importantes no Renascimento Científico: Copérnico, Galileu, Kepler, Newton, William Harvey, Ambroise Paré, Descartes, Andreas Vesalius •Copérnico 1473 – 1543: desenvolve a teoria heliocêntrica Idade Moderna 1453 a 1789 d.C. •Kepler 1571 – 1630: desenvolveu as leis do movimento planetário, usando os conceitos do heliocentrismo de Copérnico e os dados de 20 anos de observação astronômica de Tycho Brahe (1546 – 1601), que sugeriam órbitas elípticas dos planetas ao redor do Sol Idade Moderna 1453 a 1789 d.C. •Galileu (1564 – 1642): defendeuo heliocentrismo (considerado heresia em 1616), em sua obra “Diálogo sobre os dois grandes sistemas do mundo”, com os personagens Salviati, Simplício e Sagredo. •Publicado em 1632, levou Galileu a ser perseguido pela Igreja, e condenado por heresia formal, a prisão domiciliar, até sua morte Idade Moderna 1453 a 1789 d.C. •Esse foi o marco da separação entre a Filosofia, a Teologia e a Ciência 27 28 29 30 31 32 33 34 35 18/02/2014 5 Idade Moderna 1453 a 1789 d.C. •René Descartes (1596- 1650): figura chave da Revolução Científica. Considerado o pai da Matemática Moderna, criador da Geometria Analítica e do sistema cartesiano •Criou , em suas obras, “Discurso sobre o método” e “Meditações, a base para a Ciência Moderna Regra da dúvida radical e Regra da Análise •Regra da dúvida radical: até a demonstração da verdade, qualquer proposição é falsa •Regra da análise: decomposição de um composto até desmanchar a teia de relações que inicialmente podem dificultar a compreensão do objeto de estudo ou evento investigado Regra da Síntese •Através da observação repetida de fatos semelhantes, detecta-se uma regularidade e se propõe uma lei geral que os integre Regra das Recapitulações •Sugere constantes revisões, a fim de preservar os sucessivos passos da investigação e garantir a possibilidade de realização da mesma investigação do mesmo modo por diferentes pessoas ou pelo mesma pessoa em momentos diferentes. • •Ressalta a importância da memória e da história na produção de conhecimento, e a importância de sua divulgação Isaac Newton • Isaac Newton (1643 – 1727): considerado o pai da Física, era físico, matemático, astrônomo, alquimista, filósofo natural e teólogo. Confirma, com seus estudos, as idéias de Kepler •Sua obra, “Philosophiae Naturalis Principia Mathematica”, de 1687, é a mais influente da História da Ciência 36 37 38 39 40
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