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1 UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL ANA BEATRIZ DE ARAUJO DENILSON VAGNO DA SILVA OLIVEIRA FRANCISCA BETÂNIA PEREIRA DOS SANTOS IVES SILVA PEREIRA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA NA OBRA. SÃO PAULO 2016 2 ANA BEATRIZ DE ARAUJO B256BB-8 EC9P13 DENILSON V. DA S. OLIVEIRA B16063-2 EC9P13 FRANCISCA B. P. DOS SANTOS B44FJF-3 EC9Q13 IVES SILVA PEREIRA B3600G-0 EC8P13 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA NA OBRA. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Paulista – UNIP como requisito para obtenção de nota na disciplina de TCC. Orientador: Prof. Mestre Cesário Parisotto Coorientador: Prof. Marcus Rocca SÃO PAULO 2016 3 NOMES Ana Beatriz de Araújo Denílson Vagno da Silva Oliveira Francisca Betânia Pereira dos Santos Ives Silva Pereira 4 ANA BEATRIZ DE ARAUJO DENILSON VAGNO DA SILVA OLIVEIRA FRANCISCA BETÂNIA PEREIRA DOS SANTOS IVES SILVA PEREIRA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA NA OBRA. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Paulista – UNIP como requisito para obtenção de nota na disciplina de TCC. Aprovado em:______/______/______. Professor:_________________________________________ 5 Dedico este trabalho primeiramente а Deus, por ser essencial em nossas vidas, autor de nosso destino, nosso guia, socorro presente na hora da angústia, à nossas famílias, por sua capacidade dе acreditar еm nos е investir em nosso conhecimento. E as mães, por sеυs cuidados е dedicação que deram еm alguns momentos, а esperança pаrа seguir. 6 AGRADECIMENTOS Primeiramente а Deus qυе permitiu qυе tudo isso acontecesse, ао longo dе nossas vidas, е nãо somente nestes anos como universitários, mаs que еm todos оs momentos é o maior mestre qυе alguém pode conhecer. A Universidade Paulista, pela oportunidade dе fazer о curso. Ao mеυ orientador, pelo emprenho dedicado à elaboração deste trabalho, e ao meu coorientador Rocca, pelo suporte nо pouco tempo qυе lhe coube, pelas suas correções е incentivos. Agradeço а minha mãе, heroína qυе mе dеυ apoio e me ajudou, incentivando nаs horas difíceis, de desânimo е cansaço. E a todos qυе direta оυ indiretamente fizeram parte de nossa formação, о nosso muito obrigado. 7 “Se A é o sucesso, então A é igual a X mais Y mais Z. O trabalho é X; Y é o lazer; e Z é manter a boca fechada.” Albert Einstein 8 RESUMO O presente trabalho teve como objetivo realizar um estudo sobre a logística feita na obra do Tietê Plaza Shopping, através de estudos feitos em campo e pesquisas para descobrir se o resultado escolhido pela construtora foi o mais simples dentre os demais possíveis ou se haviam solução mais relevantes que pudessem ser utilizadas, pois no decorrer dos anos a logística foi evoluindo desde a sua utilização no tempo antigo para o uso no transporte de alimentos e de armas evoluindo de forma que pudessem ser utilizadas nas empresas para a melhor utilização dos produtos e matérias primas com recursos limitados, o principal estudo realizado foi feito com base nas paralisações ocorridas no empreendimento durante a sua construção, utilizando os possíveis sistemas logísticos desenvolvidos até os dias atuais, por causa dos problemas enfrentados nos principais estados do Brasil em decorrência do alto índice de veículos nas vias e por conta das ruas estreitas, impossibilitando o transporte de produtos com grandes extensões. Palavras Chave: Logística, Meio Ambiente e trânsito. 9 ABSTRACT This study aimed to carry out a study on the logistics made in the work of the Tiete Plaza Shopping through studies in the field and research to find out if the result chosen by the builder was the simplest among possible others or had more relevant solution which could be used, because over the years the logistics has evolved since its use in ancient times for use in the transport of food and weapons evolve so that they could be used by businesses to the best use of products and raw materials with limited resources, the main study was based on work stoppages occurred in the project during its construction, using the possible logistics systems developed to the present day, because of the problems in the main states of Brazil due to the high number of vehicles on pathways and because of the narrow streets, preventing the transport of products with large extensions. Key words: Logistics, environment and traffic. 10 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Imagem 1 – Tietê Plaza Shopping...........................................................50 Imagem 2 – Localização do empreendimento..........................................51 Imagem 3 – Acessibilidade......................................................................51 Imagem 4 – implantação..........................................................................52 Imagem 5 – Início da obra.......................................................................58 Imagem 6 – Transporte do pilar..............................................................62 Imagem 7 – Caminho pilar......................................................................63 11 LUSTA DE TABELAS Tabela 1 – Quadro de áreas.....................................................................53 Tabela 2 – Informações sobre as lojas e quiosques................................54 12 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................. 14 1.1. DELIMITAÇÃO DO TEMA ......................................................... 14 1.2. JUSTIFICATIVA ........................................................................ 14 1.3. PROBLEMA .............................................................................. 15 1.4. OBJETIVO GERAL.................................................................... 15 1.5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ..................................................... 15 1.6. METODOLOGIA ........................................................................ 15 1.7. HIPÓTESE ................................................................................ 16 1.8. ESTRUTURAÇÃO DO TRABALHO .......................................... 16 Capitulo 1 ............................................................................................... 18 2.1. História da logística ................................................................... 18 2.2. Exemplos Logísticos.................................................................. 22 2.3. O Surgimento Da Logística Empresarial ................................... 23 2.4. A Logística No Brasil ....................................................................... 25 Capitulo 2 ............................................................................................... 28 3.1. O QUE É PLANEJAMENTO? ........................................................ 28 3.2. A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO. .................................... 28 3.3. A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA ............................................... 30 3.4.CONCEITOS E DEFINIÇÕES ........................................................ 30 3.5. A LOGÍSTICA E A CONSTRUÇÃO CIVIL ..................................... 32 3.6. CONTRIBUIÇÃO DA LOGÍSTICA NA CONSTRUÇÃO CIVIL. .... 33 3.7. LOGÍSTICA NA CONSTRUÇÃO ENXUTA .................................... 39 3.8. OS PRINCÍPIOS E BENEFÍCIOS DA LOGÍSTICA REVERSA ...... 39 3.9. LOGÍSTICA REVERSA NA CONSTRUÇÃO CIVIL ....................... 42 3.10. SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL ....................... 44 3.11. CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL E PRINCÍPIOS BÁSICOS ...... 45 3.12.REDUÇÃO DO DESPERDÍCIO E PERDAS NA CONSTRUÇÃO . 47 13 3.13. DESCARTE DE RESÍDUOS ........................................................ 49 CAPITULO 3: ESTUDO DE CASO - TIETÊ PLAZA SHOPPING ......... 50 4.1 FICHA TECNICA ............................................................................. 50 4.2. LOCALIZAÇÃO .............................................................................. 51 4.3. LOCAÇÃO DA OBRA .................................................................... 51 4.4. ACESSIBILIDADE .......................................................................... 52 4.5. IMPLANTAÇÃO ............................................................................. 52 4.6. DADOS DO TERRENO E DA EDIFICAÇÃO ................................. 53 4.7. EMPRESAS ENVOLVIDAS ........................................................... 55 4.8. DIMENSIONAMENTO DISTRIBUIÇÃO DO TERRENO ................ 55 4.9. ARMAZENAMENTO DE MATERIAL ............................................. 55 4.10. DESIGN DA CONSTRUÇÃO ....................................................... 56 4.11. INÍCIO DA OBRA ......................................................................... 57 4.12. PROBLEMAS DURANTE A CONSTRUÇÃO .............................. 59 4.13. PILAR ........................................................................................... 61 4.13.1. Transporte do pilar ..................................................................... 62 4.13.2. Fabricação do pilar .................................................................... 63 4.13.3. Caminho feito até a obra ............................................................ 63 4.14. SUSTENTABILIDADE .................................................................. 64 4.15. RECURSOS NATURAIS .............................................................. 66 4.16. MANTENDO A SUSTENTABILIDADE ........................................ 67 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................. 69 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................. 70 14 1. INTRODUÇÃO 1.1. DELIMITAÇÃO DO TEMA Esta pesquisa trata sobre a logística no canteiro de obra, para melhor gestão dos processos, e a resolução dos problemas de maneira eficaz respeitando o meio ambiente. A pesquisa foi elaborada no Tiete Plaza Shopping que atualmente já está pronto, mas que durante a sua obra teve alguns problemas e paralisações. 1.2. JUSTIFICATIVA Na indústria, nos anos 60 quando a concorrência era menor, os ciclos dos produtos eram mais longos e as incertezas do mercado mais controláveis, tinha sentido perseguir a excelência nos negócios através da gestão eficiente de atividades isoladas como compras, transportes, armazenagem, fabricação, manuseio de materiais e distribuição. No Brasil estas mudanças vieram a ocorrer principalmente após 1990, quando houve a redução das alíquotas de importação, desde então, as empresas brasileiras passaram a ser mais competitivas, por conta do aumento da concorrência ou poderiam perder seu mercado, ou até mesmo fechar as portas. Devido a essas mudanças a logística vem tendo cada vez mais, um papel muito importante dentro das empresas. A construção civil, ao longo dos anos, não deu a devida importância às questões relacionadas com suprimentos. Essas questões sempre foram colocadas com alta relevância. A preocupação dos gestores era, basicamente, com a área técnica-estrutural em detrimento da área de suprimentos, ou seja, negligenciou-se o gerenciamento do fluxo de suprimentos. Não acompanhou a evolução sentida na cadeia produtiva de outros setores da indústria, conviveu sempre com o desperdício e a improvisação dentro do seu ambiente construtivo. Isso pode ser entendido pelo fato de seus principais subsetores, edificações e construção pesada, apresentarem características de competitividade que conduziram a essa situação. 15 Hoje, a competitividade tornou-se mais persistente em ambos os setores, fazendo com que tivesse a necessidade de reverter esse quadro, por meio de uma motivação através dos empresários do setor. Para isso, a preocupação com o gerenciamento do fluxo de suprimentos, principal responsável pela ineficiência, desperdícios e improvisação no ambiente produtivo, passou a merecer ou a exigir um destaque bem maior, como única forma de colocar a construção civil em patamares próximos aos da indústria de manufatura. Os métodos construtivos sofreram evoluções consideráveis, não só novas técnicas de fabricação de elementos estruturais passaram a prevalecer como também à montagem passou a tomar lugar da produção in loco e a movimentação dos materiais nos canteiros começou a ser especializada, com a utilização de equipamentos compatíveis, ou seja, a construção civil está se aproximando muito do processo de industrialização manufaturada. Com isso, o gerenciador da cadeia de suprimentos adquire um destaque maior, exigindo, assim, a caracterização da figura do operador logístico, que irá atuar de forma harmônica com o engenheiro de obras. 1.3. PROBLEMA Como transportar e armazenar pilares sem atrapalhar o trânsito local. Como repor uma área desmatada após uma construção Como proceder após uma paralisação. 1.4. OBJETIVO GERAL Evolução da logística. Função da logística dentro das empresas. 1.5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Como utilizar a logística para solucionar os possíveis problemas; Melhoria da produção no canteiro de obra; Contribuição d logística dentro das empresas; Utilizar a logística reversa para preservar o meio ambiente. 1.6. METODOLOGIA 16 O presente trabalho foi desenvolvido devido ao atual momento econômico brasileiro, com suas obras em crescente evolução, levando ao aumento da complexidade dos canteiros. Primeiramente nos baseamos em estudar e abordar pontos relativos sobre a forma de contratação e posteriormente descrevendo a sua utilização em um empreendimento de edificações no Brasil, lendo artigos e revistas sobre os assuntos A revisão bibliográfica voltou-se para o estudo da evolução da logística, onde ela foi utilizada primeiramente e como foi empregada nas obras das empresas, para que em seguida, com um conhecimento avançado sobre o assunto pudéssemos desenvolver o nosso trabalho. Para tanto foi escolhida uma visita em obra para o estudo pratico sobre o assunto abordado. Seguindo com a padronização das reuniões com os gestores da obra e percursos no terreno, através de uma lista pré-elaborada de verificação, e um relatório fotográfico acompanhando. Em virtude dos conhecimentos adquiridos com as pesquisas e o conhecimento prático empregados no mercado atual, demonstramos nossas considerações sobre o assunto expondo análises. 1.7. HIPÓTESE O transporte dos pilares pode ser feito em dias alternativos com pouco movimento de veículos, após a construção a empresa deve plantar a mesma quantidade de arvores que foram desmatadas para a sua construção, e após uma paralização a empresa deve procurar a solução adequada e que resolva o problema o mais rápido possível. 1.8. ESTRUTURAÇÃO DO TRABALHO No primeiro capitulo está descrito a evolução da logística no mundo, desde a sua descoberta, e a primeira vez na qualfoi utilizada, até os dias atuais 17 No segundo capítulo, está descrito algumas informações sobre a logística, os tipos de logísticas existentes, e informações sobre o modo correto de armazenar os materiais. Por fim, no estudo de caso o empreendimento escolhido foi o Tietê Plaza Shopping, que ao longo de sua construção encontrou vários problemas, como por exemplo, o transporte do pilar e suas várias paralizações devido alguns problemas ocorridos. 18 Capitulo 1 2.1. História da logística Logística é uma palavra derivada do latim “logisticus”, com origem no grego “logistikos”, evoluiu com o passar dos anos, sendo utilizada para armazenar de forma eficiente as matérias primas que serão utilizadas durante a obra. A logística, diferente do que todos acham, existe desde a antiguidade, sendo utilizada pela primeira vez por Alexandre o Grande, para derrubar os adversários utilizando as suas fraquezas e analisando cuidadosamente todo o entorno da região do combate para uma escolha adequada de armas de acordo com o terreno. Para obter essas informações ele dispôs de um pessoal altamente treinado com ampla visão estratégica sobre o assunto. Consequentemente inspirando as gerações futuras, e complementando a evolução conceitual da logística ao redor do mundo. Nas guerras subsequentes os militares começaram a utilizar a logística para planejar uma forma eficiente de ataque contra seus inimigos. O transporte de armas e alimentos, também exigia um planejamento, pois na maioria das vezes as guerras ficaram distantes das civilizações, dificultando o deslocamento. Para isso eram designados somente alguns militares para desenvolver esse planejamento, pois precisavam conhecer bem as rotas disponíveis. A logística foi utilizada somente nas atividades militares durante muito tempo. A partir de 1901, começaram a desenvolver estudos aprofundados sobre o assunto pela ótica acadêmica através de uma pesquisa de John Crowell, no artigo Reportofthe Industrial Commissionon the Distribution of Farm Products (Relatório da Comissão Industrial para Distribuição de Produtos Agrícolas), desenvolvendo a distribuição dos produtos agrícolas, de modo que os mesmos não fossem afetados por custos elevados. Na Segunda Guerra Mundial os países já possuíam as armas com tecnologias mais avançadas, fazendo com que a logística ficasse voltada mais 19 para a administração durante os confrontos. Para isso os responsáveis em cuidar da parte logística foram os civis, por sua alta experiência militar e conhecimentos citadas abaixo, como por exemplo: Produção, transporte, distribuição de equipamentos militares; Alimentação das tropas militares; Evacuação de mortos e feridos; Transporte e distribuição de munição; Entrega de correspondências aos familiares; Entrega de correspondência entre os militares; Fornecimento de peças de reposição de veículos e carros de combate; Prestação de serviço de manutenção especializada por equipes de Moto-mecanização e engenharia; Entre outros. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, as empresas descobriram o quanto a logistica era importante dentro das empresas, pois os clientes ficaram cada vez mais exigentes e a produção aumentou de forma repentina. Com tantas as exigências as empresas precisavam apresentar produtos com qualidades elevadas, pois com a alta competitividade, as empresas precisavam destacar o seu produto no mercado para obter cada ve mais lucro. Atraves das novas atitudes dos consumidores, surgiu uma nova forma de logistica, definida como logistica empresarial. Na decada de 80 foram desenvolvidas novas técnicas de implantação como o: MRP – Planejamento de Recursos Materiais, Kanban – ferramenta visual de controle de abastecimentos, Just in time – filosofia japonesa baseada no estoque zero e fluxos enxutos. Existem várias outras técnicas importantes que auxiliam nas operações logísticas, porém as mais utilizadas são as três citadas acima por se adaptarem melhor a todos os tipos de estratégias necessárias dentro de qualquer empresa. O funcionamento correto dessas ferramentas é muito importante para as empresas, tornando-as destaques de evolução na década de 70. Nos anos 20 seguintes as empresas estavam reconhecendo a importância da logística nas suas etapas de produção de maneira significativa, e consequentemente sendo ferramenta essencial para o sucesso empresarial. Pode-se dizer que logística desenvolve o controle, organização, planejamento e realiza várias outras tarefas relacionadas ao transporte, armazenagem e distribuição de bens e serviços. A concepção de logística atual foi desenvolvida no ano de 1950, principalmente por causa da complexidade no transporte dos produtos para as regiões do planeta e a gestão destes materiais, que solicita profissionais especializados na área. Uma empresa de grande porte admite a logística em algumas funções isoladas ou somente em uma, enquanto uma empresa pequena consegue abranger a logística em todas as suas atividades. A evolução da logística ao longo do tempo pode ser medida entre outras coisas pelo conjunto de atividades executadas no âmbito de sua responsabilidade. A observação das grandes empresas brasileiras indica uma significativa diversidade de atividades sendo realizadas pela organização logística, os resultados sugerem alto grau de diversificação das operações, compatível com países mais desenvolvidos. Dentre as atividades logísticas, aquela que consome a maior parte dos recursos é o transporte. Esta também é a operação que apresenta os custos mais visíveis, por ser quase totalmente terceirizada nas empresas. No caso dos custos associados a outras operações logísticas, como a armazenagem e a gestão de estoques, nem sempre são considerados alguns custos menos visíveis ou que não representam desembolsos diretos, como os custos de oportunidade e depreciação (FIGUEIREDO, 2003, p. 41). No começo a logística tratava somente dos processos de fabricação e desenvolvimento do produto até a sua finalização, mas com o passar dos anos notou-se que a logística deveria ser usada também no pós-venda de todos os produtos. O pós-venda está ligado direto a satisfação final do cliente, assegurando um produto de qualidade e com melhor aproveitamento. O mesmo tem por objetivo apresentas os benefícios que o produto oferece, através de custos baixos de transporte e fabricação e consequentemente acarretando um valor final mais acessível a população. Entretanto os produtos podem apresentar 21 algumas falhas durante o seu uso, onde entra novamente o pós-venda com o intuito de consertar o produto sem custos adicionais dentro do prazo de garantia preestabelecido pela empresa e fazer com que o produto seja consertado o mais rápido possível para que o cliente não fique por muito tempo sem o mesmo, proporcionando ao cliente uma acessibilidade maior, com peças a disposição para o reparo e até uma eventual troca de produto caso seja necessário, evitando assim constrangimentos desnecessários, com o objetivo de tornar o cliente um comprador fiel de seus produtos. A maior dificuldade encontrada no pós-venda é na escolha de quais peças serão produzidas a mais para eventuais reparos e suas respectivas quantidades pois, a fabricação de peças para a reposição é considerada muitas vezes com uma peça secundária em relação aos equipamentos originais. Por conta das diversas mudanças estabelecidas gradativas em curto prazo foi preciso adotar a criação de softwares para auxiliar nos gerenciamento dos processos, que ate então não haviam sido criados dentro da logística. Com a conscientização ambiental a partir do ano de 2000, surgiu mais uma preocupação com o posvenda dos produtos por conta da preservação ambiental nos descarte dos produtos,surgindo assim a logistica reversa. A logística reversa tem como objetivo realizar a avaliação dos processos logisticos na retirada dos produtos da natureza para a fabricação das matérias primas, como sera feito os descartes destes produtos após a sua inutilização, e os possiveis reaproveitamentos de alguns materiais recicláveis, potencializando a vida util do serviço, gerando um lucro adicional a empresa, e um valor acessível ao cliente final. Os processos da logística reversa é considerada bem diferente dos processos normais pois, a mesma admite o uso de locais específicos e apropriados para o recolhimento dos produtos após a sua inutilização, e um processo de reciclagem através de estudos sobre como esse produto pode ser reaproveitado de modo que não proporcione maiores agressões ao meio ambiente e garantindo o melhor aproveitamento do produto. Durante o processo de embalagem e armazenamento destes materiais é necessário um profissional especialista para que não ocorra a perda do material por conta do manuseio incorreto do produto. Apresenta também a necessidade de um meio de transporte adequado e compatível para não danificar e ocasionar 22 a perda do material. Essa reciclagem pode ser feita pela propria empresa que fabricou o produto, vendida em um mercado secundário, entre outros, desde que não seja depositados em lugares inaproprados. Baterias de celulares, pilhas e entre outros pordutos que possam ocasionar alta radioatividade no solo devem ser descartados de maneira correta. Materiais que apresentam um periodo de decomposição extenso deve ser descartado a orgão recicladores de materiais, como por exemplo, vidro, embalagens plásticas, e oleos lubrificantes. Já as peças de eletrodomésticos e automóveis se enquadram em materiais que podem receber uma manutenção e usados novamente como produtos de segunda mão. Até mesmo a devolução de um produto que não servia no cliente final ou não atingiu a expectativa do cliente pode ser considerado com logistica reversa. Estudiosos da área logistica acreditam em um aumento significativo no mercado, pois antigamente era necessario que o profissional estudasse engenharia para que então pudesse se especializar em logistica, mas ultimamente esse estudo se tornou muito mais acessivel, pois ja existem cursos tecnicos que tratam somente sobre a logistca de modo geral, cursos tecnólogos e pós-graduação envolvendo esta área como por exemplo, a administração de empresas. Com a constante preocupação com o meio ambiente nos dias atuais a logísitca reversa está sendo cada vez mais utilizada dentro das empresas, por conta da reciclagem e o recolhimento de produtos tóxicos, tornando-a parte integrante e fundamental nos processos produtivos. Em virtude dos fatos mencionados, percebe-se o quanto os profissionais e organizações devem adotadar a logística para manter a empresa saudável e financeiramente resolvida através de práticas e planejamento logístico, sendo considerada o grande propulsor de ganhos para as organizações. O desafio das empresas agora é criar métodos mais eficientes e lucrativos para cada vez mais aumentar a produção, diminuir os custos, reaproveitar todas as matérias primas existentes que já foram descartadas, para obter o sucesso pleno e gradativo. 2.2. Exemplos Logísticos 23 Os japoneses possuem os eletroeletrônicos mais consumidos do mundo por conta da sua qualidade e versatilidade, para alcançar estes resultados foi preciso vários anos de planejamento e pesquisa para desenvolver o produto adequado, e a forma correta de armazenamento, controle do estoque, transporte, distribuição e assistência técnica especializada de acordo com a necessidade dos clientes. Este exemplo apresenta que, mesmo o produto sendo produzido para vários locais do mundo, é possível através da logística, atender de forma eficiente todos os consumidores. No Brasil, os alimentos produzidos na zona rural são transportados para os centros urbanos, e os produtos produzidos nas zonas urbanas são enviadas até o campo, deslocando-se por grandes distâncias. Por esse motivo o transporte de mercadorias é considerado o fator de extrema importância dentro da logística. Definida como logística no transporte, com o objetivo de transportar as mercadorias garantindo a entrega da mesma em perfeito estado, no prazo preestabelecido e com baixo custo. Aeroviário, ferroviário, marítimo e rodoviário são os meios de transporte utilizados na movimentação dos produtos. A escolha do transporte é definida através das características da carga, o tipo de mercadoria, do tempo que esse produto precisa chegar ao seu destino final e principalmente, dos custos. O meio de transporte mais utilizado no país é o rodoviário, porém é necessário adequar o modal ao tipo de carga que será transportada. Como por exemplo os contêineres que carece de um guindaste hidráulico. As características da carga especificam o tipo de transporte utilizado. O meio de transporte correto para transportar produtos a granel é a carreta. As cargas liquidas devem ser transportadas em um caminhão tanque. Estas, dentre outras, compõem a estrutura logística nos meios de transporte. Entretanto, caso a logística não proporcione uma melhora significativa na diminuição dos custos, o transporte não será considerado competitivo. 2.3. O Surgimento Da Logística Empresarial A logística obteve grandes avanços nos níveis de transporte, depósito e armazenagem nas últimas quatro décadas, modificando as estratégias das 24 empresas. O conceito moderno de logística está diretamente ligado ao modo que a logística é vista dentro do marketing empresarial, uma forma de gerenciamento, estipulando valores aceitos e justos dentro dos serviços prestados, consequentemente levando a redução dos valores. A logística empresarial engloba todos os procedimentos de movimentação de materiais e transferências de conhecimentos, entretanto empregada com intuito de integrar as fases do processo, pois para que a logística seja utilizada de forma eficiente e alcançando os resultados desejados é necessário que tudo funcione de forma correta e coordenada. O aprimoramento de cada um dos componentes isolados, não proporcionara a otimização desejada de todo o sistema, ao invés disso, prejudica o sistema. Este sistema é conhecido como trade-off, onde um sistema compensa o outro, com perdas ou ganhos. Com isso, as principais implicações da logística são apresentadas, através de práticas existentes, com base na descrição de maneiras diversas das aplicações dos princípios logísticos, viabilizando a integração de todos os sistemas logísticos dentro da estratégia empresarial. Inicialmente a logística era relacionada somente em estratégias militares, similar a filosofia de guerra utilizada nos deslocamentos de alimentos e munições para locais próximos as arenas de batalha. Através deste sistema as campanhas militares foram permitidas, contribuindo nas vitórias durante os combates. Segundo Ballou (1998), o estudo da forma correta de planejamento e organização é feito pela logística empresarial, com o objetivo de distribuir os produtos aos consumidores no tempo estabelecido em perfeito estado de conservação. Para Pires (1998), o planejamento, controle e implementação da produtividade está inserido na logística, através da identificação dos produtos e seus respectivos destinos com o intuito de atender a todas as exigências dos clientes. Novaes (2003) declara que todo o processo de produção da empresa procura fazer integração entre eles, de modo que as preferências e necessidades dos consumidores sejam atendidas, e para atingir este objetivo a empresa deve buscar auxílio na logística moderna. Através da necessidade de redução dos custos dentro das empresas e a preocupação com o atendimento oferecido aos clientes, ocasionou a criaçãoda 25 logística empresarial. Com a crescente produção de bens e serviços iguais no mercado, faz com que o consumidor escolha o com valor mais acessível e qualidade elevada, tornando as empresas cada dia mais competitivas. E a cada dia o mundo está mais integrado nas novas tecnologias e produtos de outros países, causando a diminuição das barreiras geográficas. 2.4. A Logística No Brasil Na década de 60 os mercados não eram tão eficientes e integrados quanto atualmente, os produtos possuíam um ciclo de duração extenso e mudanças eram feitas de modo lento e gradativo, tornando-os de certa forma sobre controle das empresas. Para que essas mudanças pudessem acontecer, e atingir um patamar elevado de produção a logística foi primordial nessas mudanças. Até 1990, quando teve início o processo de redução das alíquotas de importação, as empresas brasileiras não demonstravam maior preocupação com a questão da competitividade. Acomodadas com a falta de competição, num ambiente de reservas de mercado, e convivendo com uma conjuntura favorável de demanda, as empresas davam pouca atenção às questões de qualidade e produtividade. Afinal de contas, porque empresas iriam investir em melhoria de qualidade, aumento de produtividade e melhores serviços aos clientes, se existiam um amplo mercado consumidor, um baixo grau de concorrência e uma elevada inflação que permitia aplicar os recursos financeiros com altas taxas de juros? (Fleury, 2000, p. 27). Entretanto somente na década de 90 a situação do mercado começou a sofrer algumas modificações, por conta do aumento da concorrência entre as empresas em função da abertura de vários mercados nacionais e internacionais. As mudanças foram ocorrendo de forma acelerada nos mercados nacionais, quando se iniciou a diminuição de produtos de importação no pais, causando uma grande dificuldade para as empresas, por falta de preparação para o novo mercado que estava surgindo. 26 Além disto, na mesma época, em decorrência do plano real, ocorreu um aumento significativo nas compras. O relatório anual do mesmo ano feito pelo World Competitiviness Report fez um argumento sobre a capacidade das empresas brasileiras, que por conta da competição internacional não conseguiria sobreviver. Com a crescente globalização e a competição verificou-se a necessidade de abranger além das fronteiras individuais da empresa, na busca de integração e cooperação, desde a matéria prima até o consumidor final. O sucesso do plano real e a abertura do mercado brasileiro ocasionou uma grande mudança entre o relacionamento do fornecedor e cliente, os clientes exigiam mais de seus fornecedores, com isso, o preço não foi o único fator a ser levado em consideração no ato da compra. De acordo com Bowersox e Closs (2001. P 307 “... para programar uma estratégia de marketing é fundamental levantar e conhecer todas as atividades relacionadas ao processo de conquista e atendimento a clientes”). “Logística é uma das competências chave que podem ser desenvolvidas como parte central da estratégia”. Ainda segundo o autor, a construção de uma vantagem competitiva apoiada na eficiência logística, diferencia a empresa no mercado, impossibilitando a reprodução por parte dos concorrentes. Das diversas mudanças sucedidas no ramo empresarial, o que teve mais enfoque foi a velocidade, por conta dos computadores e aparelhos de telecomunicação. Através deste novo conceito compete a empresa implantar as estratégias de marketing, para se destacar entre os concorrentes A logística no Brasil passou por diversas transformações nos últimos anos, causando uma evolução de grandes proporções nos negócios brasileiros, tornando-os cada vez mais sofisticados e com qualidade elevada. Sob outra perspectiva, nota-se claramente a evolução das operações logísticas, que atualmente já ultrapassou as fronteiras da armazenagem e do transporte. De um modo geral a logística sempre foi conhecida como um conjunto de atividades operacionais, gerenciadas separadamente por setores e cada um com seu gerente responsável. Ao passo que a logística foi se integrando ao conceito das empresas, tornou-se mais rebuscado, elevando o nível de seus subordinados, até alcançar a perfeição das organizações. Os Estados Unidos e a Europa foram os primeiros a utilizar essa técnica, 27 posteriormente chegou ao Brasil. Quando analisados separadamente entre os setores, nota-se uma diferença significativa entre ele decorrente dos níveis hierárquicos. A título de exemplo, os bens de consumo não duráveis, a logística gerenciada por uma diretoria é muito mais eficaz em relação as demais, isso comunica que este setor está evoluindo rapidamente. Com isso, explica a causa dos altos impostos atribuídos a estes produtos, e a alta demanda de produção e por ser encontrado em vários estabelecimentos, resultando em um grande desafio logístico. 28 Capitulo 2 3.1. O QUE É PLANEJAMENTO? Segundo o dicionário planejamento é conjeturar fazer o planejamento, elaborar um plano ou roteiro. Planejar é a garantia de uma obra ou projeto bem- sucedido, bem desenvolvido. O planejamento é uma função de apoio à coordenação das várias atividades de acordo com os planos de execuções, de modo que os programas preestabelecidos possam ser atendidos com economia e eficiência. É a definição do momento em que cada atividade deve ser concluída e o desenvolvimento de um plano de produção que mostre as entregas das atividades conforme necessidade e ordem de execução. O planejamento é responsável em demonstrar o tipo de atividades a serem executados, quando executar, os sistemas construtivos e os recursos utilizados (CARDOSO; ERDMANN, 2001, p. 18). Planejamento é uma ferramenta indispensável. A partir do mesmo tem como objetivo diminuir as dúvidas considerando o dia a dia da obra garantindo uma ótima produtividade e redução de perdas. 3.2. A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO. O Planejamento é de extrema importância, é ele que vai indicar por onde começar como por em pratica cada função, como desenvolver cada projeto com qualidade, flexibilidade e rapidez. Muitas vezes só é dada importância ao orçamento e planejamento de uma obra quando se começa a ter problemas. É comum, por exemplo, que se consuma muito dinheiro nas primeiras etapas, o que pode levar à falta de recursos na fase de acabamentos, que é a mais dispendiosa, mas normalmente é a menos planejada. Ou 29 ainda que se priorize a compra de material de acabamento, por ser mais caro, antecipando-se desnecessariamente gastos que podem comprometer as primeiras fases da obra. A melhor maneira de se garantir a precisão com material, mão-de-obra, e administração da construção, assim como o prazo de execução é confiá-la a profissionais competentes e responsáveis e que executem uma assessoria técnica preventiva (DROMUS, 2003, p. 161). O Planejamento é a parte fundamental para o desenrolar do projeto que será colocado em pratica no cotidiano da obra. O planejamento tem as suas vantagens, como por exemplo, a qualidade, a produtividade e a redução das perdas. Qualidade é uma das vantagens do planejamento, pois é através dela que fazemos um serviço bem feito. Com o planejamento conseguimos obter o cronograma necessário para cada fase da obra, a melhor hora para a entrega de materiais e assim fazendo com que a obra não atrase fazendo com que temos uma ótima produtividade com agilidade e segurança. Reduzir perdas é o maior problema das empresas, muitas têm dificuldades para administrar seu próprio tempo por não planejar de maneira correta as etapas da obra. Na China, como por exemplo, as obras são feitas com rapidez e quase sem nenhum problema, pois para se começar uma obra é preciso no mínimo de seis meses de planejamento para quetudo esteja pronto no prazo pré-estabelecido e que tudo fique da maneira desejada. Já no Brasil acontecem muitas fatalidades por falta de investimento no planejamento. Como sabemos o planejamento é a ferramenta fundamental para que possamos desenvolver as atividades com segurança e qualidade. O mau planejamento pode ocasionar o atraso da obra, como por exemplo, o atraso das atividades, na qualidade, na produtividade, a serem desenvolvidas, por que se não for feito um bom planejamento nada acontece com precisão gerando perdas e se prolonga o prazo de entrega da obra. Devemos tomar cuidado com que vamos planejar fazer estudo de caso, para que depois não ajam contratempos com o mau planejamento, colocar exatamente o que foi planejado em andamento em pratica, é claro que contratempos vão ocorrer, mas se tem um bom planejamento os contratempos são resolvidos com sucesso. 30 3.3. A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA A logística é um traço muito evidente em diversos setores empresariais. Nos dias atuais a logística é utilizada em todos os setores da empresa, de tal forma que os processos de produção ocorram com mais qualidade em todos os seus estágios. Para tal fim as empresas criam setores logísticos integrados a ela, que cuida da parte administrativa dos materiais, distribuição de pessoal e da fabricação, com atividades diversificadas interligadas, porém com funções completamente independentes. A logística tem característica intrínseca estabelecida pela integração, controle e coordenação das atividades, com tal definição, conclui-se que a logística não está sendo empregada de maneira real, uma vez que a mesma não é compreendida pela limitação dos custos e ampliação da produtividade e nível de serviço. A construção civil de edificações está entre as industrias manufaturadas, considerada como a que utilizada pouca tecnologia na área de gestão da logística, o qual contribui de maneira significativa na qualidade, produtividade, prazos, além de diminuir os altos índices de desperdícios. Segundo dados do Sinduscon, em São Paulo, citado por Gomes (2004), o quantitativo total dos índices de desperdícios e perdas nas edificações construídas podem atingir até trinta por cento. 3.4. CONCEITOS E DEFINIÇÕES O CouncilofSupply Chain Management Professionals (Conselho Profissional de Administração de Cadeias de Suprimentos) define a logística como a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semiacabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes. Todas as atividades envolvidas na movimentação de bens para o lugar certo no momento certo podem ser descritas dentro dos termos gerais “Logísticos" ou "Distribuição". 31 O ato de supervisar ou gerenciar esta atividade é conhecido como "gestão logística". Os componentes de um sistema de logística típico são: atendimento ao cliente, previsão da demanda, comunicação da distribuição, controle de inventário, gestão de materiais, processamento de ordens e partes, suporte de serviço, seleção de planta e armazém, compras, embalagem, gestão de bens devolvidos, disposição de sobras e rejeitos, transporte, tráfego e armazenagem. O termo logística detém diversas definições formais, que constam no dicionário e definições técnicas desenvolvidas por estudiosos. Das diversas definições formais, temos como exemplo, o termo “logistique” que vem do francês, relacionada a área do planejamento e transporte dos suprimentos das tropas em operação, denominada pelos gregos como a arte de calcular. De acordo com essa definição formal, pode-se traçar uma forma de logística mais moderna, com um processo para administrar todos os benefícios adquiridos pela indústria, e dessa forma observa-se um considerável avanço nesta área. Houve uma evolução em várias outras áreas, constituída por uma ferramenta operacional que atualmente abrange uma ampla área de atuação nos sistemas de produção empresariais. Dessa forma a palavra suprimento atinge não só produtos e materiais, mas também serviços e mão de obra. A logística é o planejamento e a operação de sistemas físicos, informacionais e gerenciais necessários para que os insumos e produtos vençam condicionantes espaciais e temporais de forma econômica, é definido como o processo de planejar, implementar e controlar, de forma eficiente e econômica o fluxo de suprimentos e produtos, a armazenagem e o fluxo de informações correspondentes a todo o sistema desde a origem ao destino final, objetivando o atendimento às necessidades dos clientes (DIAS, 2005, p. 206). Verifica-se que o conhecimento dos dados elencados acima levou estudiosos a revisar os conceitos pré-estabelecidos. Pode-se compreender mais objetivamente que a logística se evidencia no processo de planejar, controlar e implementar de forma eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos, serviços e bens, que compreende desde o ponto de origem até o cliente final, com o objetivo de atender aos requisitos do consumidor. Neste contexto funcional a 32 logística se apresenta como forma sistemática, contribuindo com a integração de duas ou mais atividades relacionadas ao fluxo de materiais e informações da empresa. De modo geral a logística abrange muitas áreas dentro de uma organização, que nos dias atuais se torna cada vez mais importante para que os produtos sejam fabricados com qualidade, de forma correta e sem agredir o meio ambiente, com isso atingindo a eficiência e eficácia das operações e dos processos. 3.5. A LOGÍSTICA E A CONSTRUÇÃO CIVIL A logística foi introduzida na construção civil de forma efetiva nas empresas manufaturadas. Para iniciar a análise da tecnologia introduzida na logística de uma construção, deve-se primeiramente elaborar uma cadeia de suprimentos dentro de uma indústria com vários processos de produção. Segundo Gomes (2004), este processo é definido como “o conjunto de organizações que inter-relacionam, criando valor na forma de produtos e serviços, desde o fornecedor da matéria-prima até o consumidor final”. Esse conceito disponibiliza ao longo de uma cadeia de suprimentos, a existência de variados serviços, armazenagens e movimentações em execução ao mesmo tempo, possibilitando a analogia dentro do canteiro de obras, onde seria a unidade com suas variadas organizações internas interdependentes funcionando em conjunto, e intervenientes para que o produto tenha qualidade. As empresas são divididas em diversas fases e equipes dentro de uma obra, como por exemplo, a equipe de infraestrutura, responsável pela parte de sondagem, escavação, locação de estacas entre outros, e as equipes de superestrutura, responsável pela concretagem, alvenaria, hidráulica, elétrica, entre outros, sendo que, os fornecedores externos e o consumidor do produto devem ser levados sempre em conta. Sendo o consumidor parte importante para a fabricação de cada um dos produtos e dos serviços oferecidos. A construção e a indústria manufaturada apresentam algumas diferenças entre si, das quais se destacam: a) A mão de obra é responsável pelo deslocamento do produto. b) Operários desqualificados com funções importantes; 33 c) Produtos com características únicas; d) Produção com custos altos e tempo elevado; e) Sem fluxo de produção, etc. Entretanto, estas diferenças não devem ser levadas em consideração, pois a logística é muito importante dentro de qualquer organização, de modo que, um gerenciamento aprofundado no assunto resolve todos os problemas. 3.6. CONTRIBUIÇÃO DA LOGÍSTICA NA CONSTRUÇÃO CIVIL. A logística contribuiu de forma significativa na indústria da construção civil, iniciou-se com um administradorlogístico que harmoniosamente com os responsáveis por um canteiro de obra, era gerenciar todo o processo logístico, pois possui elevado conhecimento da tecnologia e experiência no setor construtivo, este operador ira planejar, implementar e controlar o fluxo de materiais, serviços e armazenamento com todas as informações necessárias, e contraindo na gestão da produção em todas as áreas, sendo que o acompanhamento e o detalhamento sobre o projeto será feito pelo engenheiro de obras. Com isso, define-se a obra em dois segmentos distintos sendo eles, o gerente de suprimentos (operador logístico) e o gerente técnico (engenheiro da obra). Com esta divisão gerencial dos setores os processos produtivos terão benefícios significativos, pois cada gestor será responsável por somente uma área em específico. Para tanto, é recomendado que eles estejam presentes em todos os empreendimentos, pois o operador logístico é a pessoa responsável pelo planejamento e todo o desenvolvimento dentro de uma obra no que se refere a logística dos suprimentos, desde a fase inicial do projeto até o acabamento final da obra. A escolha da pessoa para gerenciar esta área deve ter o conhecimento prévio de todo o empreendimento a ser construído, desde a etapa inicial do projeto construtivo. Os projetistas de diferentes áreas do sistema construtivo evidenciam a atenção primeiramente nos elementos técnicos do projeto de modo que alcance um funcionamento de qualidade, sem se preocupar com a compatibilização com 34 os demais setores. O profissional de logística deve se concentrar principalmente na coordenação e integração correta entre os projetos. Compatibilizando as correlações e mediações entre os mesmos, em busca de todas as formas possíveis para minimizar os problemas que podem vir a acontecer durante a produção, decorrentes de outras falhas durante o projeto. Portanto a participação do mesmo é fundamental em todas as etapas do projeto, bem como na organização. Com a definição do operador logístico, este realizará o planejamento de todo o sistema construtivo sendo o parâmetro para a efetivação e o controle do fluxo dos suprimentos e o armazenamento, com o seu respectivo fluxo de informação resultante, ao longo da construção da obra. Esse planejamento é basicamente constituído por: a) planejamento do canteiro de obras compatível com as especificações do empreendimento a ser implantado; b) executar os cronogramas a partir dar atividade a executar; c) especificar corretamente as atividades e subdividi-las caso necessário. d) verificar a necessidade dos empregados e da compra de novos materiais; e) observar o desenvolvimento da construção e resolver possíveis imprevistos, evitando assim possíveis atrasos; f) elaborar um sistema de informação estratégico. Para efetuar um bom gerenciamento logístico é imprescindível o desenvolvimento de um procedimento estratégico de informações que seja ágil e eficiente, transformando-o em um fluxo de serviços e materiais, mantendo o setor produtivo e o departamento de suprimentos e os fornecedores externos em sincronia. Um canteiro mal planejado, com layout desorganizado, ocasiona problemas como o aumento dos espaços físicos, oposto a lógica da maior parte das obras realizado normalmente em grandes centros, com muitos habitantes e consequentemente sério problema de espaço, além do mais, induz uma circulação maior de materiais, pessoas e equipamentos, ocasionando maiores prejuízos de materiais e de tempo de trabalho. 35 O mal planejamento dos estoques leva a deslocamentos desnecessários, ocasionando desperdícios e quebras de materiais, ocorre um conflito entre os equipamentos e as matérias a transportar, provocando perda de materiais, além da deterioração dos materiais por armazenagem inadequada. Utilização dos materiais em quantidades reduzidas causando um manuseio excessivo, acarretando perda de materiais e tempo. A interrupção da produção pode acontecer por diversos motivos como: Falta de controle sobre as equipes de serviço; Escolha de mão de obra desqualificada; Quantidade de material inferior ao necessário por falta de planejamento adequado; Reparo em trabalhos já executados, em decorrência da qualidade inferior a desejada. O deslocamento de materiais no canteiro de obras toma uma fração importante de horas de atividades diárias dos trabalhadores. Por esse motivo, o melhor é pensar em um método aprimorado de estocagem com intuito de suprimir a locomoção dispensável no canteiro. Segundo Gasnier & Banzato (2001), a armazenagem é tida como uma importante função para atender com efetividade a gestão da cadeia de suprimento. Sua importância reside no fato de ser um sistema de abastecimento em relação ao fluxo logístico, que serve de base para sua uniformidade e continuidade, assegurando um adequado nível de serviço e agregando valor ao produto. Sendo parte fundamental, a mão de obra corresponde a mais da metade das despesas da obra, fazendo assim com que o planejamento seja de extrema importância. A fim de elaborar um deposito inteligente há elementos a serem analisados previamente, como por exemplo, quais materiais serão auferidos na obra, em que quantidade será recebida, em que momento e onde serão utilizados, e qual o momento adequado para a sua vinda a obra. É necessário saber como arrecadá-los, onde estocá-los, e como serão movimentados. 36 Inicialmente, os depósitos eram considerados instalações de armazenagem necessárias para executar operações básicas de comercialização. Também eram consideradas unidades estáticas, localizados ao longo do fluxo de materiais e produtos, imprescindíveis para colocar os produtos ao alcance do consumidor na hora e no momento certo. Esta visão fazia com que o estoque inicialmente fosse visto pela cadeia de suprimentos como uma necessidade que agregava custos ao processo de distribuição, gerando despesas operacionais. Pouca atenção era dada à atividade de armazenagem voltada à disponibilidade de produto; por conseguinte tanto o controle interno do armazém quanto o giro do estoque não recebiam a devida atenção. Outro aspecto relevante era o manuseio da mercadoria. Como a mão-de-obra era muito barata, todo o trabalho de movimentação era feito quase que integralmente por pessoas, dando pouca importância ao uso eficiente do espaço, métodos de trabalho e manuseio. (Bowersox & Closs, 2001, p. 175) Outra solução que viabiliza a análise das etapas do projeto de estocagem é a estruturação de um esquema que apresente, no canteiro, em qual lugar cada tipo de material será abrigado, prevendo deslocamento, movimentação de pessoal e ambiente para a metodologia das mercadorias. Abaixo segue orientações para aprimorar o armazenamento dos elementos fundamentais da construção e como potencializar a locomoção na obra. Areia terá de ser colocada em uma parte do canteiro de obra onde o terreno seja plano, contornada por madeira e cobertas por lonas plásticas. Cimento pode ser armazenado dentro do prazo máximo de trinta dias, pois estraga com facilidade se deixado em contato com a umidade. Por isso é necessário que o local seja forrado para que não absorva a umidade da terra e empilhados em local fechado e seco, com distância mínima de trinta centímetros da parede, sobre um pedaço de madeira com empilhamento máximo de dez sacos. O produto deve ser mantido fechado até ser utilizado, se aberto manter em sua própria embalagem para preservar as propriedades. Tijolos e blocos deveram ser empilhados de forma que não ultrapasse a altura de 1,50 metros e cobertos por uma lona. Os que ficarem aparentes deveram ser colocados sobre um estrado de madeira. 37 Cal é um material perecível por esse motivo terá de ser empilhado em um espaço fechado e afastado da umidade. É necessário que seja comprado aos poucos, pois o períodomáximo de estocagem é de trinta dias. Barras de aço devem ser separadas por diâmetros e não podem ser colocadas sobre o solo, e devem ser conservadas em espaços abertos desde que não fiquem expostas por mais de noventa dias. Tubos e conexões devem ser guardados em lugar coberto e não pode ficar expostos a luz solar. O ideal é dividi-los de conforme a o seu modelo e tamanho. As pedras devem ser armazenadas da mesma forma que a areia, mas não há necessidade de ser coberta. Cabos e materiais elétricos em geral devem ser guardados em lugares fechados e separados por produtos. É recomendado empilhar as telhas de barro verticalmente. Colocando-as de maneira que permaneçam próximas ao espaço onde serão empregados para evitar quebras, por outro lado, as telhas metálicas devem ser empilhadas de modo que fiquem inclinadas para não acumular água. As chapas compensadas de madeira devem ser cobertas por um saco plástico e não podem ser deixadas sobre o solo e nem empilhadas em grande número, pois o próprio peso do material pode danificá-lo, já as tabuas para o piso devem ser mantidas sobre um pedaço de madeira, por fim as vigas de madeira do telhado terão de ser cobertas por uma lona plástica. O vidro é um material que não deve ser estocado por causa de sua fragilidade, o ideal é que só chegue à obra quando for para utilizá-lo. As portas e janelas devem ser mantidas na horizontal, em um local coberto e deixadas em sua própria embalagem. Os pisos e azulejos devem ser empilhados sem retirar de sua embalagem em local seco e coberto. O almoxarifado assume como função conservar e preservar os equipamentos e ferramentas, como arquivar os utensílios que serão utilizados no decorrer da construção. Como alguns insumos são frágeis ao tempo é preciso assegurar a estanqueidade do ambiente de armazenagem. Ele deve dispor, também, de uma luminosidade apropriada e fruir de um dimensionamento equivalente a dimensão da construção. Em virtude do uso diversificado do 38 almoxarifado, ele terá de ser alojado em uma região acessível, se concebível, junto ao centro do canteiro. Em conformidade com o porte da construção e a área disponível, sendo economicamente mais viável a utilização de contêineres metálicos a todas as instalações apontadas como os refeitórios, escritórios, vestiários e sanitários. No estudo de exequibilidade desse recurso, incluem a importância na rapidez de montagem e desmontagem do canteiro e o prazo de disponibilidade desses espaços na obra. Os galpões utilizados como estoque para os materiais da obra como cimento, tijolos ou ferragens para armação devem ser devidamente dimensionados no planejamento da obra. Esse dimensionamento deve supor principalmente os estoques das barras de aço para armação, proporcionando uma boa diversidade de barras com distintos diâmetros, comprimentos e formas, para o caso de barras já dobradas. O suporte deve ser firme e plano, para armazenar o material com segurança. Se possível, a base do estoque pode ser melhorada introduzindo madeira ou outros elementos corretos sobre o piso. Todos os elementos da construção possuem prazo de validade. Utilizar eles após o vencimento podem causar problemas na obra, logo o produto não irá mais atender as incumbências a ele estabelecidas. A utilização de materiais fora da data de validade, além de impossibilitar o trabalho dos pedreiros, pode acarretar despesas excessivas e transtornos na construção. A tinta caso esteja vencida tem variação em sua coloração e não se fixar de modo correto a parede, pois dentro da sua composição contém um adesivo. Se a tinta está vencida, o seu adesivo também está gerando assim problemas de aderência ao substrato, além da soltura do produto. O cimento quando está dentro da validade sua mistura permanece totalmente líquido, fazendo com que fique fácil de fazer, já quando ele está vencido encontramos dificuldade ao misturá-lo e alguns grãos ficam empedrados, não tendo assim a mesma aderência do que o dentro da validade. O impermeabilizante quando está vencido fica endurecido e se usá-lo neste estado pode trazer problemas para a obra, como por exemplo, vazamentos e infiltrações. 39 3.7. LOGÍSTICA NA CONSTRUÇÃO ENXUTA O conceito de um canteiro de obras, segundo Saurin (1997), é definida como “o planejamento do layout e da logística das instalações provisórias, instalações de movimentação e armazenamento de materiais e instalações de segurança”. Otimizar o canteiro de obra é o mesmo que organizar e separar os materiais de forma correta, distribuir os funcionários entre os setores, e a colocação dos equipamentos necessários para o processo de produção, facilitando nas tarefas do dia a dia. Criar um cronograma de execução, com o menor tempo possível, com o uso consciente dos materiais e recursos disponíveis. A filosofia do Lean Thinking nos canteiros de obra, proporciona um ambiente adequado para o transporte, recebimento e armazenagem dos materiais em uma obra, do mesmo modo que o processamento dos cortes e composição das matérias primas, contribuindo na organização do layout do canteiro de tal forma que os produtos sejam encontrados facilmente. 3.8. OS PRINCÍPIOS E BENEFÍCIOS DA LOGÍSTICA REVERSA Reduzir a parcela de atividades que não agregam valor Definição do layout do canteiro de obra. Incorporar uma logística interna, minimizando as distâncias entre os materiais, equipamentos e local de utilização. Através da consideração das necessidades do cliente, estabelecer o valor do produto. Criação de procedimentos de execução de serviços. Introdução do sistema de qualidade. Definição de tolerâncias de anuência de serviços, para liberação da próxima etapa. Garantir a entrega da obra dentro do prazo previsto através de reuniões de planejamento. 40 Restringir a diversidade Padronizar a inspeção dos materiais recebidos no momento do recebimento. Evitar erros durante o planejamento e execução dos serviços, para que não ocorram atrasos na conclusão das tarefas programadas. Evitar valorizações exageradas da produção das equipes de trabalho. Minimizar o tempo do ciclo de produção Reduzir o tempo que envolve o processamento, inspeção, espera e movimentação de uma atividade. Redução das atividades que não agregam valores. Simplificar através da redução do número de passos ou partes Disponibilizar kits de material no local de trabalho. Concentrar os trabalhadores, no mesmo posto de trabalho. Ampliar a flexibilidade na execução do produto Gerar valor ao produto, possibilitando mudanças rápidas, para satisfazer as exigências do consumidor. Possibilitar a flexibilidade, nas mudanças de layout dos apartamentos. Aumentar a transparência do processo Criar um planejamento adequado, autorizando o gestor da obra a fazer a supervisão e fiscalização o ritmo dos serviços, e consequentemente reduzindo custos através de ações estratégicas. Utilizar mural para divulgar informações e comunicados importantes dentro do canteiro. Estabelecer o local de armazenamento de materiais. 41 Evidenciar o controle no processo global Utilizar parcerias com fornecedores e verificar a avaliação dos mesmos. Possibilitar uma visão mais ampla do percurso utilizado no transporte do produto com a identificação da cadeia de valores do produto. Identificação de possíveis desperdícios que venham ocorrer. Incluir melhorias constantes ao processo Identificar os problemas e suas possíveis causas, com isso estabelecer procedimentos de ação corretiva e preventiva para cada caso. Sustentar melhorias nos fluxos e nas conversões Materiais organizados dentro do estoque. Referencias de ponta (benchmarking) Conhecer a pratica de outras empresas e definir a melhor estratégia,melhorando a sequência dos processos. Com a utilização correta dos princípios da logística reversa, a empresa conseguira alcançar vários benefícios, como: Diminuição na quantidade de resíduos levadas para o aterro Uso de recursos naturais renováveis Reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e produtos. Incorporação de valores diretamente nos produtos Promove a conscientização da sociedade Processos de produção mais limpos Viabiliza ações de responsabilidade socioambiental Promove inclusão social com negócios e os resultados Minimiza as obrigações dos municípios na gestão de descarte dos resíduos. 42 Proporciona condições ambientais melhores através de uma gestão mais eficiente 3.9. LOGÍSTICA REVERSA NA CONSTRUÇÃO CIVIL Atualmente devido a globalização, a competição entre os países está cada vez maior, e com isso as empresas estão preocupadas em criar novos produtos para conquistas os clientes e torna-los fieis a seus produtos e serviços. Entretanto a construção civil não está diferente dos outros serviços. A real preocupação é com o meio ambiente, usado como diferencial para conquistar os clientes. Além do mais, pois os processos de produção que ocorrem nos canteiros de obra, e os produtos gerados são nocivos ao meio ambiente. Neste setor são criadas muitas cadeias produtivas, dos mais variados componentes e níveis de organização, desde a produção de uma madeira e PVC, até a de cimento. A logística reversa estuda todos os segmentos produtivos dentro de uma obra, justificando a sua importância nos principais fatores, como por exemplo: a) Produtos lançados em alta velocidade; b) Duração dos produtos em tempo inferior; c) Mercados globalizados, fusão entre empresas e criação de novas estratégias, com maior capacidade de produção gerando maior competitividade; d) Conscientização sobre os produtos para os clientes. e) Fiscalizações mais severas nos impactos ambientais causados e ao uso dos recursos naturais, renováveis e não renováveis; f) Preocupação com a imagem da empresa. Utilizando essas diretrizes na construção civil, verifica-se a importância do estudo em virtude da: a) Produção alta de resíduos industriais ocasionando expressivos impactos ambientais; b) Iniciativas isoladas que não possuem a quantidade necessária de organização para serem reproduzidas e ampliadas; 43 c) Sustentabilidade do planeta através da construção sustentável. A logística empresarial engloba, além da administração de materiais, a distribuição física. Na administração de materiais, o objetivo é satisfazer as necessidades do sistema de operação. Para o fornecedor, a administração de materiais depende da curva de demanda dos clientes, das atividades de promoção de marketing e dos planos de produção e distribuição do cliente (BALLOU, 2006, p. 27). Estes aspectos também são incluídos na logística reversa. Considera-se como o agente que repara, recicla e reforma ou proporciona uma nova aplicação ao resíduo, de forma que se torne um produto novo, ou seja, o produto feito de materiais reciclados, reparado ou reformado depende da demanda destes novos produtos no mercado, através do marketing, baseado no marketing ambiental, e na distribuição e produção destes produtos de forma adequada. A logística reversa aumenta o valor aos níveis de serviço após a entrega do produto o cliente, na forma em que estabelece uma política de assistência final, reciclagem, reforma e reparo, através do reaproveitamento do produto. Através disso, obtém-se uma visão ampla do ciclo de vida do produto e não somente durante o funcionamento do produto, preocupando-se com os impactos ambientais, com o comprometimento com os clientes. Algumas cadeias produtivas já praticam ações de logística reversa, mas com baixo grau de organização e certa informalidade comercial. São canais reversos que se desenvolveram, sobretudo, unicamente pela percepção do valor comercial contido em um resíduo, o qual ainda tem por qualidade ter uma fácil utilização, aplicação e/ou reprocessamento como, por exemplo, a cadeia do aço e ferro, na qual a economia reversa representa uma fração entre 30 e 40% da cadeia produtiva direta (LEITE, 2003, p. 34). Entretanto, nem todos os produtos possuem um sistema de reciclagem do produto após o seu uso. Segundo alguns fatores com: ineficiência, inviabilidade ou inexistência com tecnologia reciclagem, disponibilidade do produto limitada, mercado insuficiente ou através do ciclo originado de reciclagem, são 44 determinantes para a efetivação de um CDR. Quando os resíduos são produzidos nas industrias, normalmente apresenta uma organização melhor e em constante crescimento. Os materiais/produtos provenientes de sobras de processos industriais, denominados resíduos industriais, apresentam, em geral, características que os tornam mais atrativos para a logística reversa. Em geral, constituem-se em uma categoria especial de bem de pós-consumo pela sua forma organizada de comercialização, por apresentarem, geralmente, melhor qualidade do que as demais fontes de pós-consumo, por serem habitualmente separados e selecionados, tanto pela natureza dos materiais, como por sua categoria e por serem habitualmente embalados para transporte. No entanto, tendem a diminuir em função dos progressos tecnológicos, da maior eficiência nos processos de transformação (MARCONDES, 2005, p. 157). A viabilidade técnica e econômica do processo de reciclagem é um dos aspectos mais importantes na estruturação dos canais reversos após o consumo, sendo, em alguns casos, o motivo principal da dificuldade de organização. A inclusão de valores inicia desde a aquisição de matéria-prima até a descarte final, com um fluxo logístico que exige, em especial a construção civil, um administrador com conhecimentos de administração de materiais, capaz de gerenciar o caminho reverso do sistema, conforme as funções do operador logístico. 3.10. SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL A sustentabilidade é muito importante para o nosso planeta e por esse motivo deve ser usada em todos os sistemas de construções para a melhor preservação do meio ambiente. O desenvolvimento sustentável possui várias definições. De modo que todas contribuem significativamente para a preservação das espécies e proporcionam o equilíbrio no planeta, aumentando a expectativa de vida dos seres humanos e uma vida com mais qualidade nos 45 dias atuais. Um dos fatores mais importante do desenvolvimento sustentável é atender a todas as necessidades da população atual, sem prejudicar a capacidade de atender as gerações futuras. Conseguindo assim produzir de tal modo que os recursos naturais não se esgotem. 3.11. CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL E PRINCÍPIOS BÁSICOS A sustentabilidade está sendo bastante utilizado nas construções nos novos empreendimentos de todo o mundo. O governo, investidores e associações estão incentivando os setores da construção a adotar a sustentabilidades em todas as suas construções. A construção sustentável tem como objetivo alcançar alguns princípios fundamentais, tais como, aproveitamento da luz solar e da ventilação natural, utilização de energias renováveis como a energia solar, eólica e de biomassa; ocupar um espaço mínimo do terreno, reservando um bom espaço para o plantio de árvores e plantas; empregar materiais eco eficientes e duráveis de baixa energia para a sua produção e que possam ser reciclados; não utilizar materiais tóxicos e consequentemente, cooperando para a preservação dos produtos naturais; colocar avisos sobre a conservação do empreendimento para que o mesmo não apresente problemas futuros e mantendo assim a qualidade e um baixo custo de manutenção. O Conselho Internacional para a Pesquisa e Inovação em Construção (CIB) determina a construção sustentável como o processo holístico, como objetivo de constituir e preservar a harmonia entre os ambientes naturais construídos e elaborar estabelecimentos que confirmem a dignidade humana e estimulem a igualdade econômica. A reconstituição da harmonia diz respeito ao uso de produtos naturais como a energia solar e o aproveitamento da ventilação natural e com isso, foram abandonados os usos criados pelo homem sendo estes também de grande importância. Pois a utilização dos produtos artificiais também contribui para o aumento da sustentabilidade nas construções. O valor final do empreendimento pode diminuir os impactos causados através da mudança em pequenos aspectos trazendo com ele grandes benefícios. Para isso os construtores devem 46 investir mais nestas ações, com tal objetivo é necessário administrar e produzir melhor suas obras. Eles devem procurar em outros empreendimentos soluções econômicas e viáveis de sustentabilidade para utilizar em seus projetos. Qualquer empreendimento pode ser feito de modo equilibrado e ser sustentável, seguindo os quatros requisitos básicos abaixo: Preservação ambiental; Baixo custo de produção; Justiça social; Aceitação cultural. A Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura- Ásia, o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável - CBCS e outras instituições expressa vários conceitos básicos da construção sustentável, dentre os quais destacamos: Aproveitamento de produtos naturais próximos a obra; Utilizar um espaço mínimo de terreno e incluir área verde; Analisar a região da obra; Provocar impactos mínimos na região; Qualidade ambiental interna e externa; Planejar a obra de modo sustentável; Atender a todas as necessidades atuais e as futuras; Uso de materiais que não prejudiquem o meio ambiente; Baixo consumo energético; Consumo mínimo de água; Reduzir reutilizar, reciclar e utilizar corretamente os resíduos sólidos; Utilizar inovações tecnológicas que sejam viáveis; Demonstrar as etapas do projeto e promover a educação ambiental. Para que um empreendimento seja classificado sustentável ele deve seguir desde o seu projeto até a sua conclusão ou demolição caso seja necessária. Para que isso possa ser observado é preciso fazer um detalhamento completo sobre todas as fases da obra. A sustentabilidade influencia bastante 47 nos custos e no planejamento das obras. Nos próximos anos todos estes elementos construtivos podem ser alterados devido à alta procura pela sustentabilidade nas construções. 3.12.REDUÇÃO DO DESPERDÍCIO E PERDAS NA CONSTRUÇÃO O grande uso de materiais para a construção é um assunto que preocupa muito e é motivo de debate no segmento industrial. Os consumidores dos produtos e as empresas de construção civil estão cada vez mais exigentes, pois o desperdício deve ser evitado ao máximo para garantir que eles sejam bem vistos. Para aumentar a vida útil do projeto é necessário fazer a concepção do projeto, minimizando os insumos produzidos e os materiais adequados, que ocorrem sempre por deficiências que existem nos projetos. Na execução pode haver várias perdas possíveis: na hora do recebimento dos materiais pode vim em uma quantidade menor do que a solicitada, blocos armazenados de forma inadequada podem se quebrar facilmente; o concreto se transportado por trajetos e equipamentos inadequados podem cair do caminhão; se o traço da argamassa não for executado de forma correta pode implicar em problemas futuros e o processo de aplicação de traço tradicional pode ocasionar no endurecimento do material não utilizado. A universidade politécnica de Hong Kong publicou um estudo que apresenta recomendações e mudanças de atitudes que podem ser feitas em relação ao monitoramento das novas construções, demonstrando exemplos que podem ser usados para diminuir o desperdício antes mesmo de a obra ter o seu início. O desperdício de materiais é associado com frequência como um conceito de perdas na construção civil. Entretanto, as perdas vão além deste conceito e podem ser consideradas como a ineficiência no uso de equipamentos, mão de obra, materiais e capital quando utilizadas em uma quantidade maior do que a necessária. Neste caso, as perdas englobam tanto a ocorrência de desperdícios de materiais quanto à execução de tarefas desnecessárias que geram custos adicionais e não agregam valor. Tais perdas são consequência de um processo 48 de baixa qualidade, que traz como resultado não só uma elevação de custos, mas também um produto final de qualidade deficiente. A construção sustentável é um sistema que motiva a alteração consciente na redondeza, de maneira que atenda as exigências das edificações e uso dos clientes modernos, preservando os recursos naturais e o meio ambiente, assegurando a qualidade de vida para as gerações atuais e consequentemente as gerações futuras. Arquitetura sustentável, arquitetura verde, e construções verdes e ecológicas são umas dentre vários termos utilizados para definir o conceito de edificações na qual utiliza materiais reciclados ou biodegradáveis através da utilização de recursos tecnológicos com energia renovável é conceituado com objetivo de evitar impactos ambientais. A elaboração de um projeto de construção sustentável tem como objetivo melhorar a qualidade de vida dos seres vivos, além da redução dos custos e a utilização dos materiais biodegradáveis e recursos com energia sustentável proporciona: Utilização de materiais com baixa emissão de poluentes; Materiais e tecnologias que não interfere no meio ambiente; Reciclagem dos resíduos e materiais; Uso racional de água e energia; Projetos integrados com a natureza; Aproveitamento dos recursos naturais; Uso reduzido de elementos químicos prejudiciais à saúde; Redução do emprego de materiais raros; Readequação dos sistemas construtivos tradicionais; Reaproveitamento da água de chuva; Redução de saída de resíduos sólidos prejudiciais a natureza. De acordo com Hobsbawn (1995, p 547) a manutenção de uma taxa de crescimento econômico como a da segunda metade do século XX, provavelmente terá consequências irreversíveis e desastrosas para o ambiente natural e para o ser humano. Mesmo que a espécie humana não desapareça, certamente o seu padrão de vida será modificado e talvez o número de seres humanos que habitam o planeta diminua dramaticamente. No século XX acelerou-se a velocidade de transformação do ambiente, possibilitada pela 49 tecnologia moderna. Este ritmo de transformações reduzirá a décadas o tempo disponível para tratar dos problemas de degradação ambiental. Acordando-se com a citação supracitada de Hobsbawn, os seres humanos precisam ter consciência ambiental para preservar o patrimônio da vida “meio ambiente”, caso contrário ocorrerá extinção da própria raça humana da mesma forma em que várias espécies de animais sejam mamíferos, répteis, aves, invertebrados, peixes e, plantas que estão extintas devido aos fortes impactos ambientais causados pelos humanos, ou seja, construções de empresas, estradas através do desmatamento ambiental e o aproveitamento dos recursos ambientais para a transformação do habitat natural em zona monopolizadora, “as cidades”. As obras consideradas sustentáveis possuem certificações ambientais que servem de parâmetro fundamental para fomentar a indústria do marketing e o interesse sócio. Essas certificações são validadas por Organizações não-governamentais como: LEED, GREEN STAR, CASBE. 3.13. DESCARTE DE RESÍDUOS Há no Brasil uma norma vigente que nomeia a NBR 10004 que se refere aos discernimentos para a classificação de resíduos conforme seu acordo e características em duas categorias: Classe 1, para resíduos classificados como perigosos (que apresentam risco para o Homem e meio ambiente); Classe 2: Resíduos não perigosos; Seguindo essa classificação
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