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Epidemiologia: Estudo da Saúde Coletiva

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Epidemiologia
A Epidemiologia estuda o processo saúde-doença em coletividades humanas. Indica, através de estudos, os aspectos da doença e até mesmo do desastre como sua frequência, sua distribuição geográfica e a população que mais corre risco. Os dados produzidos pela epidemiologia podem ser de doenças conhecidas ou não. Muito importante para coleta de dados, planejar, implementar e avaliar o cuidado da saúde.
 EVOLUÇÃO DA EPIDEMIOLOGIA
Hipócrates: Análise das doenças em bases racionais, doença como produto da relação complexa entre a constituição do indivíduo e o ambiente que o cerca. Estudou as doenças epidêmicas e as variações geográficas das condições endêmicas. 
Durante muito tempo os ensinamentos hipocráticos foram relegados a segundo plano, dando lugar a explicações como a Teoria dos Miasmas, onde a origem das doenças situava-se na má qualidade do ar, proveniente de emanações oriundas da decomposição de animais e plantas.
Século XIX: Europa como o centro das Ciências; Revolução Industrial em 1750
Deslocamento da população do campo para as cidades; Epidemias de Cólera, Febre Amarela e Febre Tifóide, como grandes problemas urbanos. Preocupações quanto à higiene, ao aprimoramento da legislação sanitária e à criação de uma estrutura administrativa para a aplicação das medidas preconizadas. 
John Snow: Investigações sobre as epidemias de Cólera. Verificou o consumo de água poluída como responsável pelos casos de cólera em Londres. 
Loius Pasteur: Pai da bacteriologia. Bases biológicas para o estudo das Doenças Infecciosas; Identificação e isolamento de inúmeras bactérias; Trabalhos pioneiros em Imunologia; Princípio da Pasteurização em 1865; Desenvolvimento da Vacina Antirábica.
Com Pasteur e outros microbiologistas, ficou a impressão de que as doenças poderiam ser explicadas por uma única causa, o agente etiológico, passando para a história como a Teoria do Germe.
Primeira metade do século XX
Conjunto de pequenos avanços que contribuíram para a consolidação da Epidemiologia.
A clínica e a patologia subordinaram-se ao laboratório; Padrões laboratoriais para higiene e legislação sanitária. 
Oswaldo Cruz: estudou no Instituto Pasteur, voltou ao Brasil e investigou os principais problemas nacionais de saúde, indicando medidas saneadoras preventivas.
Os caminhos da prevenção se consolidaram através da identificação de agentes etiológicos e dos meios de combater sua ação; Saneamento ambiental, vetores e reservatórios, 
Esquema sobre Agente, Hospedeiro e Meio Ambiente (Tríade Epidemiológica). 
A saúde passa a ser mais bem compreendida como uma resposta adaptativa do homem ao meio ambiente, e a doença como um desequilíbrio desta adaptação, resultante de complexa interação de múltiplos fatores.
Segunda metade do século XX
Mudança do perfil das doenças prevalentes; Condições crônico-degenerativas
3 temas principais: Determinação das condições de saúde da população (inquéritos de morbi - mortalidade); Investigações Etiológicas (estudos de Coorte e Caso-Controle); Avaliação de Intervenções (eficácia e efetividade).
História natural da doença
História natural da doença é o conjunto de processos interativos compreendendo as inter-relações do agente, do suscetível e do meio ambiente que afetam o processo global e seu desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam o estímulo patológico no meio ambiente, ou em qualquer outro lugar, passando pela resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte. Tem desenvolvimento em dois períodos sequenciados: o período epidemiológico e o período patológico. No primeiro, o interesse é dirigido para as relações suscetível-ambiente; no segundo, interessam as modificações que se passam no organismo vivo.

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