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ESTUDO DE CASO: ANÁLISE DE PATOLOGIAS CONSTATADAS EM REVESTIMENTOS POR FALTA DE IMPERMEABILIZAÇÃO MELNIK, Mateus1 DALLAZEM, Nerielly2 MOREIRA, Thalys3 DALA COSTA, Bárbara4 RESUMO: O presente trabalho busca discutir algumas patologias encontradas nas obras de construção civil e a resoluções dos problemas de manutenção. A problemática do trabalho resume em saber quais as soluções principais que podem ser tomadas para resolver as patologias na edificação? O objetivo principal é analisar as manifestações patológicas, suas causas, formas de prevenção e recuperação, apontando seu melhor desempenho forma geral. A metodologia usada baseia-se na revisão de literatura e laudo pericial, em que fornecem a fundamentação necessária aos entendimento do fenômeno pesquisado. Palavras-chave: Manifestação Patológica. Impermeabilização. Fissura. 1. INTRODUÇÃO Com o avanço tecnológico cada vez maior no setor da construção civil, observa-se um elevado número de aparições de problemas construtivos nas edificações. A falta de um planejamento da obra, o uso inadequada dos materiais de construção, aliados à falta de cuidados na execução, à carência de manutenção ou até mesmo à falta de mão de obra especializada; vem gerando despesas extras às construções devido ao consumo de recursos financeiros elevados em reparações que se bem feitos e executados poderiam ser evitados ou minimizados. Estas manifestações presenciais nas edificações tornou-se uma nova área de estudos, denominadas como Patologia das estruturas. Este é um novo campo da Engenharia responsável por analisar ás origens, as manifestações, as consequências e os instrumentos responsáveis por ocorrências das falhas dos sistemas que degradam as estruturas. A maneira de identificar as patologias são a inspeção, avaliação e o diagnóstico; realizados por um profissional qualificado, de modo a obter os resultados e as ações de manutenção cumpram a reabilitação da construção, sempre que 1 Graduando do Curso de Engenharia Civil, 9º semestre, Centro Universitário Campo Real. 2 Graduando do Curso de Engenharia Civil, 9º semestre, Centro Universitário Campo Real. 3 Graduando do Curso de Engenharia Civil, 9º semestre, Centro Universitário Campo Real. 4 Orientadora. Engenheira Civil, Especialista em Auditoria, Avaliações e Pericias de Engenharia. necessária. O resultado obtido é disponibilizado em forma de Laudo Pericial com todas as informações obtidas da referida Avaliação Patológica. Dentre os diferentes parâmetros contribuintes para a manifestação patológica encontrada nas edificações, considera-se inúmeros fatores como a variação de temperatura, reações químicas, vibrações, corrosões das armaduras de concreto armado que está entre um dos mais sérios e um muito comum e também um dos mais sérios à infiltração, que contribui significativamente para a degradação da construção. A impermeabilização na construção civil é uma atividade que necessita materiais e técnicas que garantam a estanqueidade necessária ás partes da edificação que ficam expostas à água. Os maiores problemas patológicos surgem ao longo do tempo diretamente ou indiretamente pela falta de adoção de procedimentos adequados para a impermeabilização, que resultam em prejuízos econômicos aos usuários, transtornos e desconfortos aos usuários; reduzindo a vida útil da edificação. Neste trabalho, aborda-se uma análise de problemas patológicos com a intenção de colher maiores informações sobre o tema abordado e as prováveis resoluções dos problemas. A problemática se apresenta em descobrir quais as soluções principais que podem ser tomadas para resolver as patologias na edificação? Buscando respostas ao problema, o objetivo principal é à análise de alguns problemas patológicos detectados na obra em questão, propondo soluções, prevenções e procedimentos para recuperação, apontando uma melhor qualidade da edificação e desempenho. Os estudos apontam que embora existam inúmeras técnicas e aperfeiçoamento para aprimorar a qualidade de obra, se má executadas e má projetadas à edificação ficara comprometida, colocando em risco tanto a qualidade quanto a própria estrutura. De forma geral justifica-se nesse sentido a pesquisa. 2. DESENVOLVIMENTO 2.1. PREMISSAS O presente trabalho tem por objetivo analisar de forma bibliográfica as causas das patologias em revestimentos causadas por falta de impermeabilização e que acabam comprometendo tanto o interior quanto o exterior das edificações. A primeira sessão apresenta a contextualização do tema, as premissas da pesquisa. A segunda sessão refere-se aos aportes teóricos acordando aspectos históricos e conceituais sobre a impermeabilização, revestimentos e patologias e suas causas. A terceira sessão trata-se da metodologia aplicada. A quarta sessão discorre sobre os resultado e discussões apresentando os fatores que influenciam no desenvolvimento das patologias relacionadas e as faltas de impermeabilização. Por fim a conclusão apresentando as respostas aos objetivos da pesquisa, ressaltando a importância de uma boa impermeabilização na conservação da edificação e prezando a qualidade e saúde para os moradores. 2.2. CONTEXTUALIZAÇÃO 2.2.1. Conceituação A impermeabilização na construção civil tem como objetivo impedir a passagem indesejável de água, fluído e vapores, podendo contê-los ou dirigi-los para o local que se deseja. Segundo a NBR 9575/2003, a impermeabilização é o produto oriundo de um conjunto de elementos construtivos que tem como objetivo proteger a construção contra os ataques das umidades. Conforme a Norma esse processo é um conjunto de técnicas e operações construtivas, composto por uma ou mais camadas, que tem como finalidade a proteção da construção contra ação deletéria de fluidos, de vapores e da umidade. 2.2.2. Fundamentação Teórica 2.2.2.1. Impermeabilização As patologias nas construções civis são danos causados nas edificações e elas podem ser manifestada através de vários tipos, como: trincas, fissuras, infiltrações e umidades excessivas. Conforme a NBR 15575/2013, a patologia é a “não conformidade que se manifesta no produto em função de falhas no projeto, na fabricação, na instalação, na execução, na montagem, no uso ou na manutenção bem como problemas que não decorrem do desgaste natural”. A primeira referência sobre processo de impermeabilização da história foi descrita na Bíblia, em Gênesis 6:14, onde um versículo demonstra orientações a respeito da impermeabilização da Arca de Noé com betume: “Faze para ti uma arca de madeira resinosa: farás compartimentos e a revestirás de betume por dentro e por fora”. A importância da impermeabilização está associada à possibilidade de controlar líquidos, gases e vapores que, se estiverem livres em um ambiente, podem ser prejudiciais a determinados materiais, atividades, animais, seres humanos e ao meio ambiente. A água, por exemplo, elemento fundamental para a existência humana, é também um agente destrutivo para determinados tipos de materiais e em muitos casos, de presença indesejável. No contexto da construção civil, segundo ARANTES (2007), são três os aspectos que traduzem importância da impermeabilização: a) Durabilidade da edificação: A água é um agente de deterioração direta de muitos elementos construtivos tais como o aço, as tintas, as argamassas e outros, além de ser veículo de outras substâncias que são deletérias para as construções como ácidos, bases e sais. Dessa forma, impedir que a água penetre na edificação faz com que seja ampliada a sua vida útil. b) Conforto e saúde do usuário: É crescente a preocupação dos projetistas das mais diversas áreas da engenharia com o conforto e a saúde do usuário. Nesse sentido, no setor da construção civil, no que tangeàs edificações, umidades nas paredes, goteiras, bolhas nas pinturas, infiltrações próximas aos ralos e outros problemas relacionados à impermeabilização são ocorrências que devem ser evitadas por questões de saúde, seja pelo mofo ou pelo risco de desplacamento de algum material, e por questões de conforto, pois as consequências das patologias descritas provocam desconforto visual além da possibilidade do incômodo da inutilização de cômodos. c) Proteção ao meio ambiente: As fontes de recursos hídricos estão cada vez mais escassas e os ecossistemas florestais sendo expansivamente afetados pelas cidades ao redor, se faz necessário o progressivo desenvolvimento de novas técnicas e tecnologias para que estes sejam preservados, nesse contexto, “a proteção ao meio ambiente é o conceito mais recente que foi incorporado às impermeabilizações, mas cujo alcance é profundo e deverá se acentuar 7 cada vez mais” (ARANTES, 2007). Pois, os efluentes líquidos possuem grande parte da parcela na poluição de lençóis freáticos, mananciais além de outros ecossistemas. A impermeabilização é uma das principais etapas da construção, sendo necessário ser empregado nos diversos elementos das edificações sujeitos a intempéries um eficiente sistema de impermeabilização com o objetivo de proteger a construção de inúmeros problemas patológicos que poderão surgir com a infiltração da água associada a presença de outros elementos agressivos aos materiais. Assim, a vida útil da construção possui dependência direta de uma impermeabilização eficiente. Apresentar de forma sucinta os materiais e métodos utilizados, tais como: método empregado, população e amostra, técnicas, instrumentos e procedimentos de coleta de dados e procedimentos de análise. A classificação dos tipos de impermeabilização são separas pelos seguintes itens: Quanto à flexibilidade da estrutura; Quanto à aderência ao substrato; Quanto aos materiais utilizados na impermeabilização; No item sobre a flexibilidade a (NBR 9575/2010) nos traz que “A impermeabilização flexível é o conjunto de matérias ou produtos que apresentam características de flexibilidade compatíveis e aplicáveis às partes construtivas sujeitas à movimentação do elemento construtivo”. Isso quer dizer que esse tipo de sistema é capaz de absorver deformações sem apresentar fissuras, rasgamentos e outras falhas. Esse tipo é mais usual em lajes, banheiros, cozinhas, terraços e reservatórios elevados. A impermeabilização rígida é o “conjunto de materiais e produtos que não apresentam características de flexibilidade compatíveis e aplicáveis às partes construtivas não sujeitas à movimentação do elemento construtivo” (NBR 9575 - 2010). É um sistema que tem maior possibilidade de ruptura por movimentação, por isso sua utilização é mais indicada para as partes mais estáveis da edificação como Fundações, pisos internos em contato com o solo, contenções e piscinas enterradas. Em relação à aderência a norma nos traz que a impermeabilização aderida é o conjunto de materiais ou produtos aplicáveis às partes construtivas, totalmente aderidos ao substrato” (NBR 9575 - 2010). Esse sistema tem como principal vantagem a facilidade de identificação de um vazamento decorrente de dano causado após a aplicação ou falha de execução. Os materiais aplicados em impermeabilização são divididos em três grupos conforme as suas composições: 1) Cimentícios: São aqueles cuja camada impermeabilizante são a base de cimento, adicionados a resina e empregados em forma pastosa adicionados a resinas, quando secos formam uma camada impermeável sobre o substrato. Considera-se impermeabilizante cimentício a argamassa polimérica e a argamassa com aditivo impermeabilizante. 2) Asfáltico: São aqueles que possuem como camada produtos à base de asfalto, podem ser moldados no local ou pré-fabricados tais como manta asfáltica e a membrana de emulsão asfáltica. 3) Poliméricos: São aqueles onde a camada impermeabilizante é constituída com base em polímeros na forma de manta ou membrana, tais como a manda de PVC e a membrana acrílica. Desde que seja feito um uso correto da impermeabilização, tanto em relação técnica quanto ao emprego do material tanto faz a qual grupo ela pertence, porém faz-se necessário o conhecimento de suas propriedades para fazer uma boa utilização, pois alguns produtos atendem a função de impermeabilização porem não se adequam a um determinado local. Em relação ao método de aplicação a manta ou membrana deve ser inclusa na classificação quanto à exposição ao intemperismo, podendo ser resistentes ao intemperismo capas de resistir as intempéries por si só, auto protegidos, fabricados com uma camada de proteção, e com necessidade de proteção, ou seja, necessitam de execução de proteção mecânica. 2.2.2.2. Revestimentos O Revestimento Cerâmico é um elemento que compõe a edificação, juntamente com a estrutura, da alvenaria, da instalação hidráulica e elétrica e outros sistemas. Trata-se de um conjunto de camadas aderidas à base (alvenaria ou estrutura), cuja camada exterior é constituída por peças cerâmicas, assentadas e rejuntadas com argamassa ou material adesivo. Seu uso pode ser classificado como interno ou externo, de uso em piso ou parede. As principais funções dos revestimentos consistem em proteger vedações e estrutura contra a ação de agentes agressivos, evitando a degradação rápida; aumentar a durabilidade e reduzir os custos de manutenção dos edifícios; auxiliar as vedações em funções de isolamento térmico e acústico, estanqueidade à água e aos gases, segurança contra o fogo; dar acabamento final às edificações, cumprindo funções estéticas de valorização econômica e ao padrão e o uso do edifício. Segundo a NBR 13753, a execução de pisos de revestimento cerâmico deve ser iniciada somente depois de concluídos os serviços de revestimento de paredes, revestimentos de tetos, fixação de caixilhos, execução de impermeabilização, instalação de tubulação embutidas nos pisos e ensaio das tubulações existentes quanto à estanqueidade. Recomenda-se também que o revestimento com placas cerâmicas seja executado em condições climáticas médias, com temperatura ambiente e dos materiais superior a 5ºC. 2.2.2.3. Patologias Guimarães (2002) expõe que as patologias ou anomalias na Engenharia Civil é o termo empregado nas construções para as manifestações, suas origens, aos mecanismos de ocorrência das falhas e defeitos que provocam desequilíbrio na segurança e na saúde da construção. As Patologias das Construções referem-se a um conhecimento frequente no campo das edificações, sendo indispensável para todos que trabalham na construção, indo desde um operário até o engenheiro e o arquiteto. As patologias dos revestimentos de paredes apresentam-se de diversas formas, todas elas resultando na impossibilidade de cumprimento das finalidades para as quais foram concebidos, especialmente no que diz respeito aos aspectos estéticos, de proteção e de isolamento sendo um efeito imediato, a desvalorização do imóvel. Assim, fica claro que o conhecimento da origem das patologias é uma importante ferramenta para diagnosticar as causas das falhas do sistema de revestimento. Os problemas patológicos ocorrem durante a vida útil da edificação e têm origem nas fases de elaboração do projeto e na execução do serviço. Os problemas originados na fase de projeto podem ser causados pela falta de um projeto específico que defina as características do revestimento, das camadas de regularização e de fixação e do acabamento, ou ainda por erros de concepção do projeto. Essas causas se devem geralmente à falta de conhecimento técnico sobre o assunto, ou pela falta de experiência. Já os problemas gerados na fase de execução do revestimento, em geral, ocorrem pela falta de treinamento da mão de obra (BARROSet al., 1997, p. 8). Ás patologias podem se manifestar em componentes do revestimento que não são necessariamente a causa do problema. Por exemplo, o destacamento de uma placa geralmente não é causado pela própria placa, mas pode ter sido causado pela mão de obra que não respeitou o tempo em aberto da argamassa colante ou até mesmo devido á umidade excessiva. Os principais tipos de patologias que ocorrem em revestimentos cerâmicos são: destacamentos, fissuras, trincas, gretamento, manchas e deterioração de juntas. A perda de aderência é um processo causado por falhas ou ruptura na interface entre as camadas do revestimento cerâmico, ou entre a base e o substrato (estrutura, alvenaria, etc.). Essa perda de aderência ocorre quando as tensões que surgem ultrapassam a capacidade de aderência das ligações. Entre os sinais que podem indicar um possível destacamento está a ocorrência de um som cavo nas placas cerâmicas quando percutidas e o estufamento da camada de acabamento. Essa patologia geralmente ocorre nos primeiros e nos últimos andares dos edifícios, devido ao maior nível de tensões presentes nestes locais. As causas mais frequentes correspondem ao descuido da mão de obra na preparação da argamassa; uso de técnicas e ferramentas inadequadas; pressão de aplicação inadequada e infiltração de água. 2.3. METODOLOGIA APLICADA O presente trabalho se desenvolve partindo da temática da patologia nas construções civis abordando o tema: patologia em revestimento cerâmico, destacando as principais ocorrências de patologias em revestimentos por falta de impermeabilização. O objetivo de estudo dessa pesquisa está relacionado com as patologias nas edificações civis que se trata dos processos de degradação que ocorrem nas construções ou obras e que agravam e obrigam uma intervenção de engenharia para reverter os danos. Os procedimentos metodológicos envolvem a pesquisa bibliográfica com norte na revisão de literatura. Uma das finalidades dessa modalidade de identificação patológica é proporcionar maiores informações sobre o assunto, possibilitando uma maior afinidade com o problema levantado. As ferramentas utilizadas para responder os objetivos da pesquisa foram os dados eletrônicos na coleta e seleção de artigos, livros, normas e publicações que abordam a temática dos revestimentos, impermeabilizações e patologias nas construções civis e também a avaliação pericial de um imóvel situado na cidade de Francisco Beltrão-PR. A edificação é de uso misto residencial e comercial e apresentou problemas de descolamento cerâmico devido à expansão por umidade; A manifestação patológica foi encontrada na camada superior a laje a qual ficava exposta diretamente às intempéries e não possuía uma impermeabilização sobre a laje. À avaliação dos dados ocorre mediante a analise bibliográfica dos estudos científicos de forma hipotética- dedutiva, comparando à resultados já publicados conforme embasamento bibliográfico para testificar os resultados da pesquisa. 2.4. RESULTADO E DISCUSSÕES A maior parte dos problemas de manifestações patológicas estão relacionados às falhas nas fases de projetos e execução. A resolução de um problema patológico deve abranger uma complexidade de técnicas e procedimentos, dispor de conhecimento e prática profissional para analisar os problemas é de extrema importância. O custo de uma impermeabilização, quando feita durante a fase da obra, considerando como impermeabilização preventiva, consiste em cerca de 3% do valor da obra, considerando o projeto, consultoria e materiais, tal que só os materiais correspondem cerca de 1% do valor da construção. Quanto mais tardiamente é feito a impermeabilização, maior será seu custo. Considerando a impermeabilização como correção patológica os custos dos materiais variam de 3% á 15% o valor, ou seja pode chegar a quinze vezes mais do que o custo da impermeabilização preventiva. Já considerando a manutenção num todo, pode chegar a 25% do custo total da obra, pois os revestimentos que estão entre os itens mais caros da obra, precisarão ser removidos e depois reposto, além de ter que interditar o local, mão de obra especializada e outros. O tratamento para defeitos em impermeabilização está relacionado à aparição de algum vazamento ou degradação de material da área afetada. Porém nem sempre consegue-se obter um laudo visual, pois em alguns casos, à agua percola sobre o material (manta) até encontrar uma parte mais porosa. Em locais que possuam revestimentos expostos diretamente à ação de agentes atmosféricas como chuvas, conforme mostra a figura 1 e 2, necessita-se um projeto de impermeabilização completo antecedendo o assentamento do mesmo, pois pode ocorrer o descolamento das peças cerâmicas devido à expansão da umidade. Isso entra na temática a cima sobre os custos para reparos na obra, que devido à uma ação preventiva será necessária refazer todo o serviço causando um grande transtorno ao proprietário. Figura 1- Detalhe da expansão cerâmica do piso exposto à intempéries. Fonte: Própria Figura 2- Detalhe do descolamento cerâmico devido à expansão de umidade. Fonte: Própria Para a recuperação desta anomalia, caso não haja uso da manta na região, se faz necessária a aplicação de um sistema completo de impermeabilização na base aonde aparece a manifestação patológica, (se for em laje realizar a impermeabilização total da laje). E posteriormente se faz a aplicação de reparo ou troca, de todo o revestimento cerâmico conforme a NBR 13.753. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS O estudo buscou fundamentos e apresentou sobre a patologia nas construções voltadas à falta de impermeabilização antes dos revestimentos em áreas expostas à umidade excessiva, além de que apontou os sintomas, origens, causas e avarias que as mesmas poderão sofrer futuramente. Pode-se dizer que a problemática foi respondida, pois mesmo que sucintamente, apontou as principais soluções para a resolução das patologias nas construções, visto que possibilitou entender as técnicas utilizadas para resolução, sem se preocupar com o custo benefício. Neste sentido, quando o profissional for escolher uma alternativa visando formular um plano de ação deve-se ter conhecimento se há disponibilidade de recursos de tecnologia e financeiros para a execução do projeto, buscando a melhor afinidade custo/benefício aplicada na resolução dos problemas. As intervenções nas manifestações patológicas necessitam ser realizadas para reestabelecer as condições de estabilidade e garantia das partes comprometidas, exigindo de mão de obra, materiais e equipamentos. Os custos com a recuperação e reabilitação das estruturas são consideráveis, pois constituem fatores de elevada importância à eficácia do procedimento de resolução das patologias nas construções. Os sistemas de impermeabilização são fundamentais para a vida útil da construção, as técnicas utilizadas e a conscientização, de profissionais e proprietários, acerca dos benefícios que um sistema adequado pode trazer para a edificação. Assim, os problemas relacionados à impermeabilização de edificações são realidade no cenário da construção civil e os métodos de reparos destes sistemas ganham importância junto aos métodos de prevenção. Por isso, a importância do conhecimento técnico com o objetivo de interromper a degradação da edificação e evitar que maiores custos sejam gerados. Na abordagem feita, considera-se a importância de uma etapa construtiva bem-feita para que outra parte da edificação não sofra degradação e tenha uma vida útil maior, gerando menos custos, menor mão de obra e reduzindo desconforto aos proprietários. 4 REFERÊNCIAS ARANTES, Yara de Kássia. 2007. Uma visão geral da impermeabilização na construção civil. Escola de Engenharia da UFMG, Belo Horizonte. ASSOCIAÇÃOBRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13.753: revestimento de piso interno ou externo com placas cerâmicas e com utilização de argamassa colante – procedimento. Rio de Janeiro, 1996. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 9575 – Seleção e Projeto. Rio de Janeiro, 2003. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575: Norma de Desempenho – edificações habitacionais. Rio de Janeiro,2013. Barbosa, Rafael Madeira Estevam. Patologia da impermeabilização em edificações: aspectos técnicos e metodológicos / Rafael Madeira Estevam Barbosa. – Rio de Janeiro: UFRJ/ Escola Politécnica, 2018. BÍBLIA, Português. A Bíblia Sagrada: Antigo e Novo Testamento. Tradução de João Ferreira de Almeida. Edição rev. e atualizada no Brasil. Brasília: Sociedade Bíblia do Brasil, 1969. CAMPANANTE, E.; BAIÁ, L. L. M. Projeto e execução de revestimento cerâmico. São Paulo: O Nome da Rosa, 2003. CICHINELLI, G. Patologias cerâmicas: por que ocorrem os desplacamentos e trincas em edificações revestidas com cerâmicas e quais as recomendações dos especialistas para evitar problemas. In: Revista Téchne: a revista do Engenheiro Civil, n. 116, p. 44-50, nov. 2006. GUIMARÃES, J. E. P. A cal. Fundamentos e Aplicações na Engenharia Civil. 2ª ed. São Paulo: Pini, 2002. 341p. MACIEL, L. L.; BARROS, M. M. S. B; SABBATINI, F. H. Recomendações para execução de revestimentos de argamassa para paredes de vedação internas e exteriores de tetos. São Paulo, 1997.
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