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ARTIGO CIENTIFICO PATOLOGIA

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ESTUDO DE CASO: ANÁLISE DE PATOLOGIAS CONSTATADAS EM 
REVESTIMENTOS POR FALTA DE IMPERMEABILIZAÇÃO 
 
MELNIK, Mateus1 
DALLAZEM, Nerielly2 
MOREIRA, Thalys3 
 DALA COSTA, Bárbara4 
 
RESUMO: O presente trabalho busca discutir algumas patologias encontradas nas 
obras de construção civil e a resoluções dos problemas de manutenção. A 
problemática do trabalho resume em saber quais as soluções principais que podem 
ser tomadas para resolver as patologias na edificação? O objetivo principal é analisar 
as manifestações patológicas, suas causas, formas de prevenção e recuperação, 
apontando seu melhor desempenho forma geral. A metodologia usada baseia-se na 
revisão de literatura e laudo pericial, em que fornecem a fundamentação necessária 
aos entendimento do fenômeno pesquisado. 
 
Palavras-chave: Manifestação Patológica. Impermeabilização. Fissura. 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Com o avanço tecnológico cada vez maior no setor da construção civil, 
observa-se um elevado número de aparições de problemas construtivos nas 
edificações. A falta de um planejamento da obra, o uso inadequada dos materiais de 
construção, aliados à falta de cuidados na execução, à carência de manutenção ou 
até mesmo à falta de mão de obra especializada; vem gerando despesas extras às 
construções devido ao consumo de recursos financeiros elevados em reparações que 
se bem feitos e executados poderiam ser evitados ou minimizados. 
Estas manifestações presenciais nas edificações tornou-se uma nova área 
de estudos, denominadas como Patologia das estruturas. Este é um novo campo da 
Engenharia responsável por analisar ás origens, as manifestações, as consequências 
e os instrumentos responsáveis por ocorrências das falhas dos sistemas que 
degradam as estruturas. 
A maneira de identificar as patologias são a inspeção, avaliação e o 
diagnóstico; realizados por um profissional qualificado, de modo a obter os resultados 
e as ações de manutenção cumpram a reabilitação da construção, sempre que 
 
1 Graduando do Curso de Engenharia Civil, 9º semestre, Centro Universitário Campo Real. 
2 Graduando do Curso de Engenharia Civil, 9º semestre, Centro Universitário Campo Real. 
3 Graduando do Curso de Engenharia Civil, 9º semestre, Centro Universitário Campo Real. 
4 Orientadora. Engenheira Civil, Especialista em Auditoria, Avaliações e Pericias de Engenharia. 
 
necessária. O resultado obtido é disponibilizado em forma de Laudo Pericial com 
todas as informações obtidas da referida Avaliação Patológica. 
Dentre os diferentes parâmetros contribuintes para a manifestação 
patológica encontrada nas edificações, considera-se inúmeros fatores como a 
variação de temperatura, reações químicas, vibrações, corrosões das armaduras de 
concreto armado que está entre um dos mais sérios e um muito comum e também um 
dos mais sérios à infiltração, que contribui significativamente para a degradação da 
construção. 
A impermeabilização na construção civil é uma atividade que necessita 
materiais e técnicas que garantam a estanqueidade necessária ás partes da 
edificação que ficam expostas à água. Os maiores problemas patológicos surgem ao 
longo do tempo diretamente ou indiretamente pela falta de adoção de procedimentos 
adequados para a impermeabilização, que resultam em prejuízos econômicos aos 
usuários, transtornos e desconfortos aos usuários; reduzindo a vida útil da edificação. 
Neste trabalho, aborda-se uma análise de problemas patológicos com a 
intenção de colher maiores informações sobre o tema abordado e as prováveis 
resoluções dos problemas. A problemática se apresenta em descobrir quais as 
soluções principais que podem ser tomadas para resolver as patologias na edificação? 
Buscando respostas ao problema, o objetivo principal é à análise de alguns problemas 
patológicos detectados na obra em questão, propondo soluções, prevenções e 
procedimentos para recuperação, apontando uma melhor qualidade da edificação e 
desempenho. 
Os estudos apontam que embora existam inúmeras técnicas e 
aperfeiçoamento para aprimorar a qualidade de obra, se má executadas e má 
projetadas à edificação ficara comprometida, colocando em risco tanto a qualidade 
quanto a própria estrutura. De forma geral justifica-se nesse sentido a pesquisa. 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
2.1. PREMISSAS 
 
O presente trabalho tem por objetivo analisar de forma bibliográfica as 
causas das patologias em revestimentos causadas por falta de impermeabilização e 
que acabam comprometendo tanto o interior quanto o exterior das edificações. A 
 
primeira sessão apresenta a contextualização do tema, as premissas da pesquisa. A 
segunda sessão refere-se aos aportes teóricos acordando aspectos históricos e 
conceituais sobre a impermeabilização, revestimentos e patologias e suas causas. A 
terceira sessão trata-se da metodologia aplicada. A quarta sessão discorre sobre os 
resultado e discussões apresentando os fatores que influenciam no desenvolvimento 
das patologias relacionadas e as faltas de impermeabilização. Por fim a conclusão 
apresentando as respostas aos objetivos da pesquisa, ressaltando a importância de 
uma boa impermeabilização na conservação da edificação e prezando a qualidade e 
saúde para os moradores. 
 
 
2.2. CONTEXTUALIZAÇÃO 
 
2.2.1. Conceituação 
 
A impermeabilização na construção civil tem como objetivo impedir a 
passagem indesejável de água, fluído e vapores, podendo contê-los ou dirigi-los para 
o local que se deseja. Segundo a NBR 9575/2003, a impermeabilização é o produto 
oriundo de um conjunto de elementos construtivos que tem como objetivo proteger a 
construção contra os ataques das umidades. Conforme a Norma esse processo é um 
conjunto de técnicas e operações construtivas, composto por uma ou mais camadas, 
que tem como finalidade a proteção da construção contra ação deletéria de fluidos, 
de vapores e da umidade. 
 
 
2.2.2. Fundamentação Teórica 
 
2.2.2.1. Impermeabilização 
As patologias nas construções civis são danos causados nas edificações e 
elas podem ser manifestada através de vários tipos, como: trincas, fissuras, 
infiltrações e umidades excessivas. Conforme a NBR 15575/2013, a patologia é a “não 
conformidade que se manifesta no produto em função de falhas no projeto, na 
fabricação, na instalação, na execução, na montagem, no uso ou na manutenção bem 
como problemas que não decorrem do desgaste natural”. 
 
A primeira referência sobre processo de impermeabilização da história foi 
descrita na Bíblia, em Gênesis 6:14, onde um versículo demonstra orientações a 
respeito da impermeabilização da Arca de Noé com betume: “Faze para ti uma arca 
de madeira resinosa: farás compartimentos e a revestirás de betume por dentro e por 
fora”. 
A importância da impermeabilização está associada à possibilidade de 
controlar líquidos, gases e vapores que, se estiverem livres em um ambiente, podem 
ser prejudiciais a determinados materiais, atividades, animais, seres humanos e ao 
meio ambiente. A água, por exemplo, elemento fundamental para a existência 
humana, é também um agente destrutivo para determinados tipos de materiais e em 
muitos casos, de presença indesejável. 
No contexto da construção civil, segundo ARANTES (2007), são três os 
aspectos que traduzem importância da impermeabilização: 
 
a) Durabilidade da edificação: A água é um agente de deterioração direta de 
muitos elementos construtivos tais como o aço, as tintas, as argamassas e 
outros, além de ser veículo de outras substâncias que são deletérias para as 
construções como ácidos, bases e sais. Dessa forma, impedir que a água 
penetre na edificação faz com que seja ampliada a sua vida útil. 
 
b) Conforto e saúde do usuário: É crescente a preocupação dos projetistas das 
mais diversas áreas da engenharia com o conforto e a saúde do usuário. Nesse 
sentido, no setor da construção civil, no que tangeàs edificações, umidades 
nas paredes, goteiras, bolhas nas pinturas, infiltrações próximas aos ralos e 
outros problemas relacionados à impermeabilização são ocorrências que 
devem ser evitadas por questões de saúde, seja pelo mofo ou pelo risco de 
desplacamento de algum material, e por questões de conforto, pois as 
consequências das patologias descritas provocam desconforto visual além da 
possibilidade do incômodo da inutilização de cômodos. 
 
c) Proteção ao meio ambiente: As fontes de recursos hídricos estão cada vez 
mais escassas e os ecossistemas florestais sendo expansivamente afetados 
pelas cidades ao redor, se faz necessário o progressivo desenvolvimento de 
 
novas técnicas e tecnologias para que estes sejam preservados, nesse 
contexto, “a proteção ao meio ambiente é o conceito mais recente que foi 
incorporado às impermeabilizações, mas cujo alcance é profundo e deverá se 
acentuar 7 cada vez mais” (ARANTES, 2007). Pois, os efluentes líquidos 
possuem grande parte da parcela na poluição de lençóis freáticos, mananciais 
além de outros ecossistemas. 
 
A impermeabilização é uma das principais etapas da construção, sendo 
necessário ser empregado nos diversos elementos das edificações sujeitos a 
intempéries um eficiente sistema de impermeabilização com o objetivo de proteger a 
construção de inúmeros problemas patológicos que poderão surgir com a infiltração 
da água associada a presença de outros elementos agressivos aos materiais. Assim, 
a vida útil da construção possui dependência direta de uma impermeabilização 
eficiente. Apresentar de forma sucinta os materiais e métodos utilizados, tais como: 
método empregado, população e amostra, técnicas, instrumentos e procedimentos de 
coleta de dados e procedimentos de análise. 
A classificação dos tipos de impermeabilização são separas pelos 
seguintes itens: Quanto à flexibilidade da estrutura; Quanto à aderência ao substrato; 
Quanto aos materiais utilizados na impermeabilização; No item sobre a flexibilidade a 
(NBR 9575/2010) nos traz que “A impermeabilização flexível é o conjunto de matérias 
ou produtos que apresentam características de flexibilidade compatíveis e aplicáveis 
às partes construtivas sujeitas à movimentação do elemento construtivo”. Isso quer 
dizer que esse tipo de sistema é capaz de absorver deformações sem apresentar 
fissuras, rasgamentos e outras falhas. Esse tipo é mais usual em lajes, banheiros, 
cozinhas, terraços e reservatórios elevados. 
A impermeabilização rígida é o “conjunto de materiais e produtos que não 
apresentam características de flexibilidade compatíveis e aplicáveis às partes 
construtivas não sujeitas à movimentação do elemento construtivo” (NBR 9575 - 
2010). É um sistema que tem maior possibilidade de ruptura por movimentação, por 
isso sua utilização é mais indicada para as partes mais estáveis da edificação como 
Fundações, pisos internos em contato com o solo, contenções e piscinas enterradas. 
Em relação à aderência a norma nos traz que a impermeabilização aderida 
é o conjunto de materiais ou produtos aplicáveis às partes construtivas, totalmente 
 
aderidos ao substrato” (NBR 9575 - 2010). Esse sistema tem como principal vantagem 
a facilidade de identificação de um vazamento decorrente de dano causado após a 
aplicação ou falha de execução. 
Os materiais aplicados em impermeabilização são divididos em três grupos 
conforme as suas composições: 
 
1) Cimentícios: São aqueles cuja camada impermeabilizante são a base de cimento, 
adicionados a resina e empregados em forma pastosa adicionados a resinas, 
quando secos formam uma camada impermeável sobre o substrato. Considera-se 
impermeabilizante cimentício a argamassa polimérica e a argamassa com aditivo 
impermeabilizante. 
 
2) Asfáltico: São aqueles que possuem como camada produtos à base de asfalto, 
podem ser moldados no local ou pré-fabricados tais como manta asfáltica e a 
membrana de emulsão asfáltica. 
 
3) Poliméricos: São aqueles onde a camada impermeabilizante é constituída com 
base em polímeros na forma de manta ou membrana, tais como a manda de PVC 
e a membrana acrílica. 
 
Desde que seja feito um uso correto da impermeabilização, tanto em 
relação técnica quanto ao emprego do material tanto faz a qual grupo ela pertence, 
porém faz-se necessário o conhecimento de suas propriedades para fazer uma boa 
utilização, pois alguns produtos atendem a função de impermeabilização porem não 
se adequam a um determinado local. 
Em relação ao método de aplicação a manta ou membrana deve ser inclusa 
na classificação quanto à exposição ao intemperismo, podendo ser resistentes ao 
intemperismo capas de resistir as intempéries por si só, auto protegidos, fabricados 
com uma camada de proteção, e com necessidade de proteção, ou seja, necessitam 
de execução de proteção mecânica. 
 
 
 
 
2.2.2.2. Revestimentos 
O Revestimento Cerâmico é um elemento que compõe a edificação, 
juntamente com a estrutura, da alvenaria, da instalação hidráulica e elétrica e outros 
sistemas. Trata-se de um conjunto de camadas aderidas à base (alvenaria ou 
estrutura), cuja camada exterior é constituída por peças cerâmicas, assentadas e 
rejuntadas com argamassa ou material adesivo. Seu uso pode ser classificado como 
interno ou externo, de uso em piso ou parede. 
As principais funções dos revestimentos consistem em proteger vedações 
e estrutura contra a ação de agentes agressivos, evitando a degradação rápida; 
aumentar a durabilidade e reduzir os custos de manutenção dos edifícios; auxiliar as 
vedações em funções de isolamento térmico e acústico, estanqueidade à água e aos 
gases, segurança contra o fogo; dar acabamento final às edificações, cumprindo 
funções estéticas de valorização econômica e ao padrão e o uso do edifício. 
Segundo a NBR 13753, a execução de pisos de revestimento cerâmico 
deve ser iniciada somente depois de concluídos os serviços de revestimento de 
paredes, revestimentos de tetos, fixação de caixilhos, execução de 
impermeabilização, instalação de tubulação embutidas nos pisos e ensaio das 
tubulações existentes quanto à estanqueidade. Recomenda-se também que o 
revestimento com placas cerâmicas seja executado em condições climáticas médias, 
com temperatura ambiente e dos materiais superior a 5ºC. 
 
 
2.2.2.3. Patologias 
Guimarães (2002) expõe que as patologias ou anomalias na Engenharia 
Civil é o termo empregado nas construções para as manifestações, suas origens, aos 
mecanismos de ocorrência das falhas e defeitos que provocam desequilíbrio na 
segurança e na saúde da construção. As Patologias das Construções referem-se a 
um conhecimento frequente no campo das edificações, sendo indispensável para 
todos que trabalham na construção, indo desde um operário até o engenheiro e o 
arquiteto. 
As patologias dos revestimentos de paredes apresentam-se de diversas 
formas, todas elas resultando na impossibilidade de cumprimento das finalidades para 
as quais foram concebidos, especialmente no que diz respeito aos aspectos estéticos, 
de proteção e de isolamento sendo um efeito imediato, a desvalorização do imóvel. 
 
Assim, fica claro que o conhecimento da origem das patologias é uma importante 
ferramenta para diagnosticar as causas das falhas do sistema de revestimento. 
Os problemas patológicos ocorrem durante a vida útil da edificação e têm 
origem nas fases de elaboração do projeto e na execução do serviço. Os problemas 
originados na fase de projeto podem ser causados pela falta de um projeto específico 
que defina as características do revestimento, das camadas de regularização e de 
fixação e do acabamento, ou ainda por erros de concepção do projeto. Essas causas 
se devem geralmente à falta de conhecimento técnico sobre o assunto, ou pela falta 
de experiência. Já os problemas gerados na fase de execução do revestimento, em 
geral, ocorrem pela falta de treinamento da mão de obra (BARROSet al., 1997, p. 8). 
Ás patologias podem se manifestar em componentes do revestimento que 
não são necessariamente a causa do problema. Por exemplo, o destacamento de uma 
placa geralmente não é causado pela própria placa, mas pode ter sido causado pela 
mão de obra que não respeitou o tempo em aberto da argamassa colante ou até 
mesmo devido á umidade excessiva. 
Os principais tipos de patologias que ocorrem em revestimentos cerâmicos 
são: destacamentos, fissuras, trincas, gretamento, manchas e deterioração de juntas. 
A perda de aderência é um processo causado por falhas ou ruptura na interface entre 
as camadas do revestimento cerâmico, ou entre a base e o substrato (estrutura, 
alvenaria, etc.). Essa perda de aderência ocorre quando as tensões que surgem 
ultrapassam a capacidade de aderência das ligações. 
Entre os sinais que podem indicar um possível destacamento está a 
ocorrência de um som cavo nas placas cerâmicas quando percutidas e o estufamento 
da camada de acabamento. Essa patologia geralmente ocorre nos primeiros e nos 
últimos andares dos edifícios, devido ao maior nível de tensões presentes nestes 
locais. As causas mais frequentes correspondem ao descuido da mão de obra na 
preparação da argamassa; uso de técnicas e ferramentas inadequadas; pressão de 
aplicação inadequada e infiltração de água. 
 
 
2.3. METODOLOGIA APLICADA 
 
O presente trabalho se desenvolve partindo da temática da patologia nas 
construções civis abordando o tema: patologia em revestimento cerâmico, destacando 
 
as principais ocorrências de patologias em revestimentos por falta de 
impermeabilização. 
O objetivo de estudo dessa pesquisa está relacionado com as patologias 
nas edificações civis que se trata dos processos de degradação que ocorrem nas 
construções ou obras e que agravam e obrigam uma intervenção de engenharia para 
reverter os danos. 
Os procedimentos metodológicos envolvem a pesquisa bibliográfica com 
norte na revisão de literatura. Uma das finalidades dessa modalidade de identificação 
patológica é proporcionar maiores informações sobre o assunto, possibilitando uma 
maior afinidade com o problema levantado. 
As ferramentas utilizadas para responder os objetivos da pesquisa foram 
os dados eletrônicos na coleta e seleção de artigos, livros, normas e publicações que 
abordam a temática dos revestimentos, impermeabilizações e patologias nas 
construções civis e também a avaliação pericial de um imóvel situado na cidade de 
Francisco Beltrão-PR. A edificação é de uso misto residencial e comercial e 
apresentou problemas de descolamento cerâmico devido à expansão por umidade; A 
manifestação patológica foi encontrada na camada superior a laje a qual ficava 
exposta diretamente às intempéries e não possuía uma impermeabilização sobre a 
laje. À avaliação dos dados ocorre mediante a analise bibliográfica dos estudos 
científicos de forma hipotética- dedutiva, comparando à resultados já publicados 
conforme embasamento bibliográfico para testificar os resultados da pesquisa. 
 
 
2.4. RESULTADO E DISCUSSÕES 
 
A maior parte dos problemas de manifestações patológicas estão 
relacionados às falhas nas fases de projetos e execução. A resolução de um problema 
patológico deve abranger uma complexidade de técnicas e procedimentos, dispor de 
conhecimento e prática profissional para analisar os problemas é de extrema 
importância. 
O custo de uma impermeabilização, quando feita durante a fase da obra, 
considerando como impermeabilização preventiva, consiste em cerca de 3% do valor 
da obra, considerando o projeto, consultoria e materiais, tal que só os materiais 
correspondem cerca de 1% do valor da construção. Quanto mais tardiamente é feito 
 
a impermeabilização, maior será seu custo. Considerando a impermeabilização como 
correção patológica os custos dos materiais variam de 3% á 15% o valor, ou seja 
pode chegar a quinze vezes mais do que o custo da impermeabilização preventiva. Já 
considerando a manutenção num todo, pode chegar a 25% do custo total da obra, 
pois os revestimentos que estão entre os itens mais caros da obra, precisarão ser 
removidos e depois reposto, além de ter que interditar o local, mão de obra 
especializada e outros. 
O tratamento para defeitos em impermeabilização está relacionado à 
aparição de algum vazamento ou degradação de material da área afetada. Porém nem 
sempre consegue-se obter um laudo visual, pois em alguns casos, à agua percola 
sobre o material (manta) até encontrar uma parte mais porosa. 
Em locais que possuam revestimentos expostos diretamente à ação de 
agentes atmosféricas como chuvas, conforme mostra a figura 1 e 2, necessita-se um 
projeto de impermeabilização completo antecedendo o assentamento do mesmo, pois 
pode ocorrer o descolamento das peças cerâmicas devido à expansão da umidade. 
Isso entra na temática a cima sobre os custos para reparos na obra, que devido à uma 
ação preventiva será necessária refazer todo o serviço causando um grande 
transtorno ao proprietário. 
 
Figura 1- Detalhe da expansão cerâmica do 
piso exposto à intempéries. 
 
Fonte: Própria 
 
Figura 2- Detalhe do descolamento cerâmico devido à 
expansão de umidade. 
 
Fonte: Própria 
 
 
Para a recuperação desta anomalia, caso não haja uso da manta na região, 
se faz necessária a aplicação de um sistema completo de impermeabilização na base 
aonde aparece a manifestação patológica, (se for em laje realizar a impermeabilização 
total da laje). E posteriormente se faz a aplicação de reparo ou troca, de todo o 
revestimento cerâmico conforme a NBR 13.753. 
 
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O estudo buscou fundamentos e apresentou sobre a patologia nas 
construções voltadas à falta de impermeabilização antes dos revestimentos em áreas 
expostas à umidade excessiva, além de que apontou os sintomas, origens, causas e 
avarias que as mesmas poderão sofrer futuramente. 
Pode-se dizer que a problemática foi respondida, pois mesmo que 
sucintamente, apontou as principais soluções para a resolução das patologias nas 
construções, visto que possibilitou entender as técnicas utilizadas para resolução, sem 
se preocupar com o custo benefício. 
Neste sentido, quando o profissional for escolher uma alternativa visando 
formular um plano de ação deve-se ter conhecimento se há disponibilidade de 
recursos de tecnologia e financeiros para a execução do projeto, buscando a melhor 
afinidade custo/benefício aplicada na resolução dos problemas. 
As intervenções nas manifestações patológicas necessitam ser realizadas 
para reestabelecer as condições de estabilidade e garantia das partes 
comprometidas, exigindo de mão de obra, materiais e equipamentos. Os custos com 
a recuperação e reabilitação das estruturas são consideráveis, pois constituem fatores 
de elevada importância à eficácia do procedimento de resolução das patologias nas 
construções. 
Os sistemas de impermeabilização são fundamentais para a vida útil da 
construção, as técnicas utilizadas e a conscientização, de profissionais e proprietários, 
acerca dos benefícios que um sistema adequado pode trazer para a edificação. Assim, 
os problemas relacionados à impermeabilização de edificações são realidade no 
cenário da construção civil e os métodos de reparos destes sistemas ganham 
importância junto aos métodos de prevenção. Por isso, a importância do 
 
conhecimento técnico com o objetivo de interromper a degradação da edificação e 
evitar que maiores custos sejam gerados. 
Na abordagem feita, considera-se a importância de uma etapa construtiva 
bem-feita para que outra parte da edificação não sofra degradação e tenha uma vida 
útil maior, gerando menos custos, menor mão de obra e reduzindo desconforto aos 
proprietários. 
 
 
 
4 REFERÊNCIAS 
 
ARANTES, Yara de Kássia. 2007. Uma visão geral da impermeabilização na 
construção civil. Escola de Engenharia da UFMG, Belo Horizonte. 
 
ASSOCIAÇÃOBRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13.753: revestimento de 
piso interno ou externo com placas cerâmicas e com utilização de argamassa colante 
– procedimento. Rio de Janeiro, 1996. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 9575 – Seleção 
e Projeto. Rio de Janeiro, 2003. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575: Norma de 
Desempenho – edificações habitacionais. Rio de Janeiro,2013. 
 
Barbosa, Rafael Madeira Estevam. Patologia da impermeabilização em 
edificações: aspectos técnicos e metodológicos / Rafael Madeira Estevam Barbosa. 
– Rio de Janeiro: UFRJ/ Escola Politécnica, 2018. 
 
BÍBLIA, Português. A Bíblia Sagrada: Antigo e Novo Testamento. Tradução de João 
Ferreira de Almeida. Edição rev. e atualizada no Brasil. Brasília: Sociedade Bíblia do 
Brasil, 1969. 
CAMPANANTE, E.; BAIÁ, L. L. M. Projeto e execução de revestimento cerâmico. 
São Paulo: O Nome da Rosa, 2003. 
CICHINELLI, G. Patologias cerâmicas: por que ocorrem os desplacamentos e trincas 
em edificações revestidas com cerâmicas e quais as recomendações dos 
especialistas para evitar problemas. In: Revista Téchne: a revista do Engenheiro 
Civil, n. 116, p. 44-50, nov. 2006. 
GUIMARÃES, J. E. P. A cal. Fundamentos e Aplicações na Engenharia Civil. 2ª 
ed. São Paulo: Pini, 2002. 341p. 
 
MACIEL, L. L.; BARROS, M. M. S. B; SABBATINI, F. H. Recomendações para 
execução de revestimentos de argamassa para paredes de vedação internas e 
exteriores de tetos. São Paulo, 1997.

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