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FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU
Nome: 
1. A concessionária de transporte coletivo urbano Jardim Blumenau Ltda. recebeu determinação do Município no sentido de ampliar sua obrigação contratual relacionada à entrega de 13 novos ônibus em cada ano de prestação do serviço público municipal por 15 novas unidades, alterando, assim, as cláusulas originais do contrato de concessão. Nesse aspecto, analise se o concessionário deve cumprir ou não referida determinação municipal e quais serão as consequências na respectiva relação contratual.
R. A legislação assegura ao poder concedente o direito de alterar, unilateralmente, o contrato de concessão observado o princípio da vinculação ao processo licitatório e desde que não descaracterize seu objeto. Às referidas alterações, o concessionário não poderá se opor, deixar de cumpri-las ou ainda pleitear a rescisão do contrato, desde que o objeto permaneça intacto. Contudo, na hipótese de referidas alterações causarem demasiado ônus ao concessionário, por implicarem em aumento de encargos e obrigações, o mesmo fará jus a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro, nos termos do contrato de concessão. Uma vez efetuadas as alterações respectivas, deve-se convidar o contratado para assinar o termo aditivo, de modo que se houver recusa a Administração poderá promover a rescisão por inadimplemento contratual, haja vista que o art. 65, §1º, obriga o contratado a aceitar as alterações promovidas. 
2. A empreiteira Novo Horizonte Ltda. firmou contrato de obra pública com o Estado de Santa Catarina para executar pavimentação asfáltica em diversas rodovias do norte do Estado. Contudo, verificou-se que na execução contratual referida empreiteira deixou de arcar com diversas verbas salariais de seus empregados, além de não ter efetuado o recolhimento da correspondente contribuição previdenciária. Impende salientar que durante toda execução contratual o Estado deixou de realizar a cabal fiscalização das atividades executadas pela empreiteira. Assim sendo, o Poder Público estadual poderá responder pelos encargos trabalhistas e previdenciários não pagos pela empreiteira segundo a legislação de regência?
R. Tendo em vista que o Estado deixou de realizar a fiscalização das atividades executadas pela empreiteira, poderá ser responsabilizada, subsidiariamente, por encargos trabalhistas de empregados de uma empresa por ela contratada, conforme se extrai do julgamento do RE 760.931/DF que fixou a seguinte tese de repercussão geral sobre a responsabilização da Administração Pública diante do inadimplemento de encargos trabalhistas pelos contratados:“ O inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93.”
3. Depois de regular procedimento licitatório que determinou vencedora a empresa de engenharia e arquitetura Sul Brasil Ltda., foi formalizado contrato administrativo com o Município de Rio do Sul visando elaborar projeto arquitetônico e executivo de nova ponte sobre o Rio Itajaí-açu. No decorrer da execução contratual, a Administração municipal decidiu modificar o projeto da referida ponte visando baratear o custo de sua construção, determinando à empresa contratada que readequasse o projeto arquitetônico com a substituição das grades de proteção aos pedestres em alumínio escovado por barras de concreto, além da redução de duas ciclovias por apenas uma em todo o trajeto da ponte. O Poder Público tem autoridade para alterar o objeto contratual que foi devidamente previsto no correspondente processo licitatório que sagrou vencedora a empresa Sul Brasil Ltda.?
R: Sim, tendo em vista a desigualdade jurídica da Administração Pública com os particulares e o princípio da mutabilidade, que permite que a administração pública possa alterar as cláusulas contratuais unilateralmente, ou seja, sem a autorização do particular, este apenas deve seguir as orientações e apenas poderá questionar as cláusulas de remuneração, mas não as cláusulas referentes ao tempo e ao serviço, conforme previsão na Lei de Licitações, artigo 65, I, alínea b que menciona que Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados “quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei.
4. O Estado do Paraná, diante da inexecução parcial do contrato de obra pública de construção de escolas em seu território, aplicou, depois de regular processo administrativo, sanção administrativa, à empresa Concretando Bem-estar S/A, de inidoneidade de licitar e contratar com a Administração Pública cumulada com multa, conforme disposto no art. 87, incisos II e IV, da Lei n. 8.666/1993. Os efeitos da declaração de inidoneidade estão restritos ao Estado do Paraná ou incidem sobre todas as demais esferas da Federação? A multa aplicada pode ser cumulada com a declaração de inidoneidade ou existe impedimento legal a esse respeito?
R. O artigo 87, IV da Lei 8.666/93 não aborda sobre quais esfera incidem as penalidades, mas o artigo 6º, inciso XI da mesma lei, dispõe sobre o que se consideração administração pública para fins dessa lei. Portando, a declaração de inidoneidade incide sobre todas as esferas da administração previstas no art. 6º, inciso XI, da Lei de Licitações. Neste mesmo sentido a doutrina e jurisprudência majoritárias são pacíficas quanto à extensão dos efeitos da declaração de inidoneidade a todos os órgãos Públicos, não se limitando, portanto, ao âmbito do Ente que aplicou a referida medida, sendo que o Superior Tribunal de Justiça aplica esse entendimento até mesmo para a penalidade de suspensão, veja-se: ‘É irrelevante a distinção entre os termos Administração Pública e Administração, por isso que ambas as figuras (suspensão temporária de participar em licitação (inc. III) e declaração de inidoneidade (inc. IV) acarretam ao licitante a não-participação em licitações e contratações futuras. A Administração Pública é una, sendo descentralizadas as suas funções, para melhor atender ao bem comum. A limitação dos efeitos da 'suspensão de participação de licitação' não pode ficar restrita a um órgão do poder público, pois os efeitos do desvio de conduta que inabilita o sujeito para contratar com a Administração se estendem a qualquer órgão da Administração Pública’ (REsp 151.567/RJ, Relator: Ministro Peçanha Martins).
5. A empresa Cheiro Bom Ltda. decidiu, por não concordar com a política tarifária fixada pelo Município de Caçador, paralisar a prestação do serviço de coleta de lixo na cidade, causando, assim, graves transtornos no contexto da limpeza urbana. Tal situação possibilitará qual(s) medida(s) por parte do Município visando garantir o princípio da continuidade do serviço público previsto no art. 175 da Cf/1988?
De acordo com os artigos 87 poderão ser aplicadas as seguintes sanções administrativas a advertência, a multa, suspensão temporária e declaração de inidoneidade, sendo possível ainda a aplicação de multa cumulativamente com uma das outras sanções, conforme determina o §2 da mesma lei.

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