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Socioconstrutivismo

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
DEPARTAMENTO DE FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO
DISCIPLINA PSICOLOGIA DA EDUCACAO I
PROFESSORA LINDYR SALDANHA DUARTE
CAMILLA KEILHANY DE S. CAETANO
TEORIAS DE APRENDIZAGEM E MODELOS EDUCACIONAIS:
 
Socioconstrutivismo
 ( LEV VYGOTSKY )
FORTALEZA 2018
7
BIOGRAFIA
A vida e a obra de Vygotsky Lev Semionovich 
Vygotsky nasceu em Orsha, uma pequena povoação da Bielorússia, em 17 de novembro de 1896. Filho de uma próspera e culta família judia viveu um longo período em Gomel, também na Bielo-Rússia. Teve um tutor particular e se dedicou à leitura até ingressar no curso secundário, concluído aos 17 anos com excelente desempenho. Vygotsky fez seus estudos universitários em direito, filosofia e história em Moscou, a partir de 1912. Durante seus estudos secundários e universitários, adquiriu excelente formação no domínio das ciências humanas: língua e linguística, estética e literatura, filosofia e história. Com 18 anos, Lev Vygotsky matriculou-se no curso de Medicina, mas em seguida transferiu-se para o curso de Direito da Universidade de Moscou. Paralelamente ao curso de Direito estudou Literatura e História da Arte. Aos 20 anos de idade, escreveu um volumoso estudo sobre Hamlet. Em 1917, ano da Revolução Russa, graduou-se em Direito e apresentou um trabalho intitulado “Psicologia da Arte”, que só foi publicado na Rússia em 1965. Depois de formado, voltou para Gomel, onde além de escrever críticas literárias e proferir palestras sobre temas ligados a literatura e psicologia em várias escolas, publicou um estudo sobre os métodos de ensino da literatura nas escolas secundárias.
Ainda em Gomel, Lev Vygotsky fundou uma editora, uma revista literária e um laboratório de psicologia no Instituto de Treinamento de Professores, onde ministrava cursos de Psicologia. A partir daí, para auxiliar o desenvolvimento dessas crianças, centralizou suas pesquisas na compreensão dos processos mentais humanos. Em 1924, após uma brilhante participação no II Congresso de Psicologia em Leningrado, foi convidado a trabalhar no Instituto de Psicologia de Moscou. Nessa época, escreveu o trabalho “Problemas da Educação de Crianças Cegas, Surdas-mudas e Retardadas”.  
O interesse de Vygotsky pelas funções mentais superiores, cultura, linguagem e processos orgânicos cerebrais o levaram a trabalhar com pesquisadores neurofisiologistas como Alexander Luria e Alexei Leontiev, que deixaram importantes contribuições para o Instituto de Deficiência de Moscou, entre eles o livro “A Formação Social da Mente” onde aborda os processos psicológicos tipicamente humanos, analisando-os a partir da infância e do seu contexto histórico-cultural.
Entre outros trabalhos de Lev Vygotsky destacam-se: “A Pedologia de Crianças em Idade Escolar” (1928), “Estudos Sobre a História do Comportamento” (1930, escrito com Luria), “Lições de Psicologia” (1932), “Fundamentos da Pedologia” (1934), “Pensamento e Linguagem” (1934), “Desenvolvimento da Criança Durante a Educação” (1935) e “A Criança Retardada” (1935).
Após sua morte, suas ideias foram repudiadas pelo governo soviético e suas obras foram proibidas na União Soviética, entre 1936 e 1958, durante a censura do regime stalinista. Em consequência, seu livro “Pensamento e Linguagem” foi lançado no Brasil somente em 1962 e “A Formação Social da Mente” foi lançado em 1984.
Lev Vygotsky faleceu em Moscou, Rússia, no dia 11 de junho de 1934.
TEORIA:
Socioconstrutivismo
O socioconstrutivismo consiste numa abordagem da psicologia contemporânea, mais especificamente da Psicologia da Aprendizagem, começada com a obra de Lev Vygotsky, enfatizada em seus aspectos histórico-culturalistas. James Wertsch[footnoteRef:1] define como objetivo da abordagem socioconstrutivista da Psicologia a explicação das relações entre o funcionamento da mente humana e as situações culturais, institucionais e históricas nas quais este funcionamento ocorre. Rejeitando a noção de que a origem da construção do conhecimento é o indivíduo, a corrente adota a tese de que o conhecimento é uma construção social fruto de interação entre sujeitos[footnoteRef:2]. [1:  WERTSCH, J. (1998). A necessidade da ação na pesquisa sociocultural. Em: Wertsch, Del Rio & Alvarez (orgs.): Estudos Socioculturais da Mente. Porto Alegre, Ed. Artmed] [2:  VYGOTSKY, L. (1984). A Formação Social da Mente. Rio de Janeiro, Martins Fontes.] 
O homem constitui-se em "consciência da natureza" e sua história é a história das transformações da natureza. Tal parece ser o sentido das palavras de Marx quando diz: "a própria história é uma parte real da história da natureza, da transformação da natureza em homem" (1972, p. 96). [footnoteRef:3] [3: PINO, A. A Psicologia concreta de Vigotski: implicações para a educação. In: PLACCO, V. M. N. S. (org.). Psicologia & educação: revendo contribuições. São Paulo: Educ, 2000.] 
Numa influência Marxista, Vygotsky tentou encontrar uma resposta de caráter fundamental para as funções psicológicas superiores humanas que evitasse o dualismo mente-corpo. Seu modelo de aprendizagem queria ser uma alternativa “marxista” à concepção construtivista piagetiana centrada no indivíduo. Para ele toda função psicológica aparece duas vezes: primeiro em nível social e, mais tarde, em âmbito individual: primeiro entre pessoas – interpsicológica – e depois, no interior da própria criança – intrapsicológica. Isto poderia ser aplicado igualmente à atenção voluntária, à memória lógica e à formação de conceitos: para Vygotsky todas as funções superiores são construções que se originam como relações entre seres humanos[footnoteRef:4]. [4: Castañon, G. (2015). «O que é Construtivismo?». Cadernos de História e Filosofia da Ciência da Unicamp. Consultado em 18 de fevereiro de 2018] 
 Nesta concepção, o conhecimento não se traduz em atingir a verdade absoluta, em representar o real tal como ele é, mas numa questão de adaptação (noção trazida da biologia) do organismo a seu meio ambiente. Assim, o sujeito do conhecimento está o tempo todo modelando suas ações e operações conceituais com base nas suas experiências. O próprio mundo sensorial com que se depara é um resultado das relações que se mantém com este meio, de atividade perceptiva para com ele, e não um meio que existe independentemente.
Esta tese é oposta à de Piaget[footnoteRef:5], que vê o desenvolvimento das estruturas cognitivas como necessário para possibilitar a aprendizagem. Para Piaget a transmissão social é necessária para o desenvolvimento das funções cognitivas em nível mais avançado, mas não suficiente, porque a ação social é ineficaz sem assimilação ativa da criança, o que pressupõe instrumentos operatórios adequados. A abordagem socioconstrutivista tem em comum com o construtivismo social a convicção de que o conhecimento é uma produção social. No entanto, apesar de suas indefinições ontológicas, essa abordagem adota um realismo ontológico. [5:  PIAGET, J. (1975). Epistemologia Genética. São Paulo: Abril Cultural.] 
Principais características da Teoria
Para Vygotsky, a natureza humana só pode ser entendida quando se leva em conta o desenvolvimento sociocultural dos indivíduos. Não existe um indivíduo crescendo fora de um ambiente cultural. Desde o nascimento, o bebê passa a integrar uma comunidade marcada por hábitos, gestos, linguagens e tradições específicas, que orientam os rumos do desenvolvimento infantil.
Para os socioconstrutivistas o papel da linguagem é fundamental. Mais do que uma simples auxiliar do pensamento, ela é uma poderosa "ferramenta cultural", capaz de modificar os rumos do desenvolvimento. Outros sistemas simbólicos, como a linguagem matemática, também são vistos como poderosos instrumentos para o pensar. O processo de aquisição de todos esses instrumentos é essencialmente dependente das interações das crianças com os outros, especialmente com adultos que utilizam e dominam as diferentes linguagens simbólicas.
Isso acontece, por exemplo, no aprendizado da matemática. Inicialmente incapazes de entender os númerose as operações, as crianças vão vivenciar inúmeras situações - dentro e fora das escolas - em que estes aparecem. Combinando as experiências, começarão a empregar, inicialmente de forma não convencional, esses símbolos em suas atividades, até adquirirem o domínio de seu uso. A partir daí, sua atividade "espontânea" de resolução de problemas vai incorporar a linguagem matemática específica de nossa cultura. Como se vê, um processo social foi internalizado e passou a fazer parte da atividade psicológica da criança. 
O mesmo acontece com a aquisição da linguagem.
As consequências pedagógicas do socioconstrutivismo ainda não são claras, ainda que a influência desse movimento seja cada vez maior na área educacional. De qualquer forma a teoria sugere que é possível explorar mais profundamente o papel das interações com os outros, parceiros e tutores, na construção de ambientes de aprendizagem ricos. Indivíduos não aprendem apenas explorando o ambiente, mas também dialogando, recebendo instruções, vendo o que os outros fazem e ouvindo o que dizem.
Nesse ponto, aliás, os socioconstrutivistas também buscam sua inspiração em Piaget, que falava, principalmente em seus primeiros livros, sobre a importância de os alunos trabalharem e discutirem juntos, obrigando cada participante a explicitar suas ideias e opções e, dessa forma, ajudando cada um a entender outros pontos de vista e a refletir mais conscientemente sobre as atividades.
O socioconstrutivismo pode também ser usado em defesa de alguns modos mais tradicionais de ensinar, como quando o professor traz elementos que os alunos desconhecem na tentativa de despertar seu interesse por eles. Isso é bom observar, ainda mais porque, em algumas versões exageradas do construtivismo, mostrar qualquer coisa que as crianças desconhecem é quase um crime. O importante é observar que, independentemente de a teoria ser construtivista ou socioconstrutivista, as aprendizagens só vão ocorrer se houver o engajamento ativo dos alunos.
Podem existir grandes diferenças entre escolas que dizem inspirar-se no socioconstrutivismo. Em algumas, ele pode servir simplesmente como aval para um modo totalmente tradicional de ensinar. Nas que é levado a sério, há um grande incentivo às interações entre os alunos e a tipos especiais de interação entre adultos e crianças.
Os estudos de Vygotsky sobre aprendizado decorrem da compreensão do homem como um ser que se forma em contato com a sociedade. "Na ausência do outro, o homem não se constrói homem", escreveu o psicólogo. Ele rejeitava tanto as teorias inatistas, segundo as quais o ser humano já carrega ao nascer as características que desenvolverá ao longo da vida, quanto as empiristas e comportamentais, que veem o ser humano como um produto dos estímulos externos. Para Vygotsky, a formação se dá numa relação dialética entre o sujeito e a sociedade a seu redor - ou seja, o homem modifica o ambiente e o ambiente modifica o homem. Essa relação não é passível de muita generalização; o que interessa para a teoria de Vygotsky é a interação que cada pessoa estabelece com determinado ambiente, a chamada experiência pessoalmente significativa. Quando a criança interage socialmente com o meio passa a criar experiências que a ajudam no seu processo de desenvolvimento. Como afirma Vygotsky (2002, p. 235): “Na ausência do outro o homem não se constrói”. (Grifo do autor).
Aplicação e Estudo de caso.
Para Vygotsky, os processos de desenvolvimento humano e intelectual são indissociáveis, ou seja, na escola desenvolvem-se conceitos tanto em nível de ensino quanto de aprendizado, não sendo possível conceber estes dois aspectos de forma independente. (VYGOTSKY,1984 apud REGO 2009).
A relação entre desenvolvimento e aprendizado acompanha a criança desde a tenra idade, onde a interação com o meio físico e social possibilitam a aquisição de vários aprendizados, desta forma, a criança ao ingressar na escola, já possui a prática de ser estimulado a alcançar algo, de ser motivado diariamente a observar, experimentar, questionar, imitar e ser instruído por pessoas mais experientes do seu meio sociocultural.
Considerando ainda, a importância da relação entre aprendizado e ensino, Vygotsky distingue os conhecimentos construídos no contexto social da criança, daqueles elaborados e adquiridos em sala de aula, por meio do ensino sistemático de disciplinas, os quais o estudioso nomeou de conceitos científicos. Desta maneira, são construídos conceitos a partir da relação entre o indivíduo e o grupo cultural que o cerca. 
Entretanto, para aprender um conceito, é necessário que associado à interferência exterior ocorra também uma “ginástica” mental por parte do estudante, o que inviabiliza a aquisição de conceitos por meio de memorização ou mera transmissão de conhecimentos de professor para o estudante. Sobre isso, Vygotsky afirma:
O ensino direto de conceitos é impossível e infrutífero. Um professor que tenta fazer isso geralmente não obtém qualquer resultado, exceto o verbalismo vazio, uma repetição de palavras pela criança, semelhante a de um papagaio, que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes, mas que na realidade oculta um vácuo. (VYGOTSKY, 1987 apud REGO 2009, p. 72).
As práticas pedagógicas têm a intenção de promover o conhecimento de conceitos científicos (adquiridos na escola), para tal, as atividades são organizadas de forma sistemática, levando em consideração os conteúdos específicos de cada disciplina, porém desafiando os estudantes a compreendê-los tomando consciência dos seus próprios processos mentais. Ao adquirir os conceitos científicos, o estudante expande sua relação e atuação com o meio, consequentemente modifica sua relação cognitiva com o mundo.
Compreendendo esta visão, os pedagogos e toda comunidade escolar precisam se desprender de conceitos concretos e firmados na ideologia da não mudança, cultivando no estudante a capacidade desmerecerem as mudanças que atingem a sociedade, valorizando seu papel deagente transformador, caminhando e evoluindo com o mundo.
Foi realizado um estudo de caso com alunos das escolas de Jaguaribe-CE. Um projeto intitulado “Aqui o seu real vale mais” foi desenvolvido na sede do município, numa turma de 1º ano do ensino fundamental, mas na perspectiva sócio construtivista e foi um grande veículo de aprendizagem e formação.
 Nas trocas comerciais o dinheiro tem um valor simbólico, mas de impacto real. A professora que desenvolveu esse projeto usou as cédulas para reconhecimento de valores e trocas comerciais, como ocorre na vida real, trabalhando grandezas e medidas, com foco nas medidas e valores. Começou discutindo a forma geométrica das cédulas, características, especificações conforme valor impresso e números. Ao projeto com notas de brinquedo, ela agregou outros conhecimentos, levantamento dos preços de brinquedos, exploração dos gêneros textuais como o cupom fiscal, propagandas, crachás de vendedores, ampliando os saberes e tornando a aprendizagem mais significativa. Ela atribuiu outra estratégia de aquisição de novas cédulas, sem valorar o comportamento, através de compra e venda de brinquedos, de acordo com o interesse infantil, que aconteceu principalmente através de uma feira. Para isso, as crianças contribuíram na preparação das bancas e cada aluno construiu o livro Números da minha vida, onde escreveram tudo que continha numeração e que era importante para ele, como data de nascimento, número da casa, quantidade de amigos, etc.
A feira favoreceu a interação entre alunos de forma saudável e positiva, mostrando as trocas reais que ocorrem socialmente e trabalhou os conhecimentos matemáticos ao envolver valores, ou seja, os alunos estariam envolvidos em situações reais que exigiriam a habilidade de somar e subtrair, visto que precisariam passar troco, bem como possibilitou a competência do uso da calculadora e escrita dos números por extenso. A feira de brinquedos reuniu alunos e família. Cada criança levava os seus brinquedos usados que não queriam mais e adquiriam outros brinquedos,através de dinheiro - brinquedo. 
Foi um trabalho interdisciplinar onde foi trabalhado conhecimento de diferentes áreas de ensino, de forma significativa, priorizando o aspecto lúdico, o que contribuiu para a adesão de todos os alunos.
CONCLUSÃO
A aprendizagem está presente em todos os setores da vida humana e nos mais variados contextos. De maneira formal ou informal estamos em constante processo de aprendizagem e à medida que vamos aprendendo, vamos ampliando a nossa visão de mundo e alterando comportamentos. É inegável a influência da linguagem nesse processo, estudos com crianças surdas já demonstraram a importância de que eles tivessem sua própria linguagem para seu desenvolvimento intelectual e pessoal. Na autobiografia: O Vôo da Gaivota, de Emmanuelle Laborit, vemos essa importância do meio para o desenvolvimento de um pondo de vista romântico mas autêntico, onde na biografia, a autora relata que todas as suas memória bem como concepções eram antes do aprendizado de uma linguagem conceitual, eram confusas e pouco elaboradas. 
Para os socioconstrutivistas o papel da linguagem é fundamental. Mais do que uma simples auxiliar do pensamento, ela é uma poderosa "ferramenta cultural", capaz de modificar os rumos do desenvolvimento. Outros sistemas simbólicos, como a linguagem matemática, também são vistos como poderosos instrumentos para o pensar. O processo de aquisição de todos esses instrumentos é essencialmente dependente das interações das crianças com os outros, especialmente com adultos que utilizam e dominam as diferentes linguagens simbólicas.
O socioconstrutivismo nos permite reconhecer essa importância do meio, e consequentemente a uma busca de como usar esse meio de uma forma que facilite e otimize esse processo intencional ou espontâneo de aprendizagem. 
“Por trás da mão que pega o lápis, dos olhos que olham e dos ouvidos que escutam, há uma criança que pensa. Ela pensa também a propósito da língua escrita e os componentes conceituais desta aprendizagem precisam ser compreendidos” (FERRERO, Emília. Psicogênese da Língua Escrita, de 1984)
Nas instituições escolares, esse novo olhar possibilita uma mudança de atitude. Ao não considerar o estudante como personagem passivo e sim ativo no seu processo de educação, pode-se elaborar meios dinâmicos onde seus potenciais sejam explorados. 
No Brasil o construtivismo divide opiniões, principalmente devido ao fato de sua implementação sem um contexto social que lhe ampare tenha um potencial a ser mais danosa à educação que benéfica. 
BIBLIOGRAFIA
Ivan. Lev Semionovich Vygotsky / Ivan Ivic; Edgar Pereira Coelho (org.) – Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010.
PINO, A. A Psicologia concreta de Vigotski: implicações para a educação. In: PLACCO, V. M. N. S. (org.). Psicologia & educação: revendo contribuições. São Paulo: Educ, 2000.
II CONEDU – Congresso nacional de educação. O Behaviorismo e o socioconstrutivismo nas práticas de ensino e suas consequências – Um estudo de caso.
Castañon, G. (2015). «O que é Construtivismo?». Cadernos de História e Filosofia da Ciência da Unicamp. Consultado em 18 de fevereiro de 2018
Sites consultados:
http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/construtivismo-segue-popular-no-brasil-apesar-das-criticas-9h99ljcn6iwdn113w5ixsq8g9

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