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exegese biblica ceteo (1)

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EXEGESE BÍBLICA DO AT/NT 
Prof. Me Stewly Jefferson
Exegese - ἐξήγησις
Definições e pressupostos
Segundo dicionário Aurélio Buarque de Holanda Ferreira
define o termo ‘’exegese’’ como comentário ou dissertação
para esclarecimento ou minuciosa interpretação de um
texto ou de uma palavra.
Exegese é um estudo analítico completo de uma
passagem bíblica, feito de tal forma que se chega à sua
interpretação útil. Uma exegese é uma tarefa teológica,
mas não mística. Existem certas regras e padrões sobre
como fazê-la, embora os resultados possam variar em
aparência, uma vez que as próprias passagens bíblicas
variam bastante entre si (STUART, 2008, p. 23).
Segundo Gordon D. Fee a chave para a boa
exegese é a habilidade de fazer as perguntas
certas para o texto a fim de captar o significado
pretendido pelo autor. Boas perguntas exegética
caem em duas categorias:
❑ questões de conteúdo
❑ questões de contexto
(STUART, 2008, p.205)
A bíblia foi escrita em uma época muito distante
da nossa. Cultura diferente da nossa (ocidental),
cultura bíblica é oriental que dificulta em entender
uma série de costumes, valores, modo de pensar
e agir encontrado na bíblia. (WEGNER, 2008, p. 12)
Tarefa da exegese
1. É esclarecer as situações descritas nos textos,
ou seja, redescobrir o passado bíblico de tal
forma que o que foi narrado nos textos se torne
transparente e compreensível para nós que
vivemos em outra época e em circunstância e
cultura diferentes.
2. É permitir que possa ser ouvida a intenção que o
texto teve em sua origem.
3. É verificar em que sentido opções éticas e
doutrinais podem ser respaldadas e, portanto,
reafirmadas, ou devem ser revistas e
relativizadas. ( WEGNER, 1998, p. 12 e 13)
Principais Métodos exegéticos
• Método Histórico gramatical
• Método Histórico Crítico
• Método Sociológico ( Métodos dos 4 lados) 
Estrutura método histórico Gramatical
1 . Texto ( visão geral, delimitação da perícope, Critica 
Textual)
2. Contexto ( contexto Histórico, literário, cultural)
3. Tradução 
4.Analise (Analise Léxica, morfológica, estética, 
sintética, literária, Teológica)
5. Síntese ( Correção, atualização, Aplicação) 
Estrutura passo a passo exegético 
(Método Histórico Crítico) 
Estrutura passo a passo exegético 
1. Tradução – traduzir de forma literal do texto grego.
2. Crítica textual - texto original do autor (manuscritos na 
antigos)
3. Análise literária – Delimitar e estruturar o texto. (perícope)
4. Análise da redação – contexto do evangelho, data, destino 
, e teologia)
5. Análise das formas – gênero literário, lugar d vivencial, 
intenção do texto
6. Análise do conteúdo
7. Análise teológica
8. Nova tradução
9. Atualização (
Estrutura método Sociológico ( método 
dos 04 lados
1 . Lado econômico
2. Lado social- das relações e conflitos 
entre as classes;
3. Lado político
4. Lado ideológico
Primeiro passo Exegético 
1- Tradução
• A tradução é o primeiro passo a ser realizado na
exegese.
❑ inteirar-se dos princípios que regem a tradução
de texto bíblicos.
❑Realizar uma tradução própria do texto, do grego
para português.
❑ Avaliar outras traduções feitas em comentário
exegéticos.
❑Avaliar as modernas traduções do AT ou NT
quanto ao seu grau de fidelidade ao texto original
(WEGNER, 1989, p. 28)
Dentro corpo da exegese, a tradução a ser feita,
segundo este principio, denomina-se de
tradução literal. Os recursos a serem
empregados neste tipo de tradução são:
❑ Dicionário do grego bíblico e extrabíblico.
❑Gramáticas do grego neotestamentário e da
época intertestamentária.
❑Edições interlineares do AT e NT.
❑Chaves gramaticais e/ ou linguísticas do AT e
NT.
As vantagens da tradução 
a) Ela nos familiariza com o texto grego que serve
de base para exegese, [...] o texto a ser
interpretado foi escrito originalmente em língua
diferente da nossa.
b) Ela mostra que tradução implica sempre
também na interpretação.
c) Ela aguça a nossa sensibilidade para o exame de
outras traduções disponíveis, seja em
comentários, ou em modernas versões
portuguesas do AT ou NT
SEGUNDO PASSO DA EXEGESE
CRÍTICA TEXTUAL
A crítica textual (CT) – Sua tarefa consiste
em determinar com a maior exatidão
possível o texto grego que deverá servir de
base p/ a tradução e pesquisa posterior.
(WEGNER,1998, p. 39)
A necessidade da Crítica Textual
Acontece pelo fato de que o NT foi escrito em
grego e em manuscritos cujos originais
desapareceram. Esses manuscritos foram
sucessivamente copiados no decorrer dos
séculos, de modo que conhecemos milhares
dessas cópias na atualidade. Comparando essa
cópias entre si, constata-se que o texto
reproduzido nem sempre é igual. São exatamente
as diferenças existentes entre essas cópias que
perfazem o objetivo de estudo da CT .
(WEGNER,1998, p. 39)
TAREFA DA CRÍTICA TEXTUAL
1 – Constatar as diferenças entre diversos
manuscritos que têm cópias do texto da
exegese.
2 - Avaliar qual das variantes poderia
corresponder com maior probabilidade ao
texto originalmente escrito pelo autor bíblico.
Tipos de Alterações pelos copistas
1. Alterações involuntárias.
• Equívocos visuais ao copiar
• Equívocos auditivos do copista quando os
textos eram ditados
• Falhas mentais, que levaram o copista a
substituir , omitir ou inverter palavras do texto
(devido à fadiga, sonolência...)
Textos que não se encontram em 
manuscritos mais antigos
Mt 17:21 ; 18.11; 23.14
Mc. 7.16; 9.44 e 46; 11.26
Lc 17.36
At 8.37; 15.34; 24.7
Rm 16.24
http://www.csntm.com/manuscript
http://www.csntm.com/manuscript
2. Alterações voluntárias.
• Harmonizações: os copistas tendiam a
harmonizar os detalhes diferentes dos textos
que possuem paralelos.
• Correções de ortografia, gramática ou estilo.
• Correções explicativas ou doutrinárias.
• Correções geográficas e históricas
TIPOS DE MANUSCRITOS
Pag. 41 à 46
Crítica para avaliação das variantes 
1. Critérios externos 
a) Devem ser preferidas as leituras dos
manuscritos mais antigos.
b) Devem ser preferidas as leituras dos
manuscritos que estejam geograficamente mais
expandidos.
c) Devem ser preferidas leituras do melhor “tipo”
de texto, ou seja, do alexandrino (Ex.: Unciais a,
B, A, etc.)
2. Critérios internos
Tendem a ser originais as leituras que :
a) São mais difíceis quanto ao conteúdo.
b) São mais breves.
c) São menos harmonizadas com os paralelos.
d) Possuem linguagem mais simples.
e) São mais compatíveis com a teologia ou o estilo grego
dos autores.
f) Melhor explicam a origem das leituras variantes.
Siglas para identificar a natureza 
das variantes (Pag. 48,49)
Aparato crítico
Apresentar a 27ª edição de Nestle-Aland:
Novum Testamentum Graece (NTG) . Está versa
tem em português.
As versões AT
• AT grego – LXX
• Os manuscritos de Qumran – Rolos do Mar Morto
• AT em siríaco – Peshitta
• AT em Aramaico – Targum
• AT em Latim – Vulgata e a Vetus Latina.
ANÁLISE LITERÁRIA 
Análise Literária (AL) – Procura estudar os
textos como unidades literariamente
formuladas e acabadas.
(WEGNER,1998, p. 84)
Delimitação do texto
a) A perícope assim delimitada descreve uma
história coesa e completa, que tem um início,
um meio e um final
b) A perícope assim delimitada possui um
conteúdo específico, que a distingue da
perícope anterior e posterior.
• Ex. A perícope anterior retrata uma discussão 
entre Jesus e os escribas e fariseus sobre as 
leis de pureza e impureza (15.1-11).
• A perícope posterior transcorre em outro 
cenário (mar da Galiléia) e descreve, de forma 
sumária, várias curas de Jesus, de forma que o 
povo glorifica o Deus de Israel (15.29-31). 
ESTRUTURA DO TEXTO
• Introdução 
V. 21: Localização da cena.
• V. 22: O clamor insistente da mulher.
• A trama central
v. 23 : A reação inicial de Jesus à mulher: 
nenhuma palavra e A reação dos discípulos a 
Jesus 
V. 24-27: O diálogo entre Jesus e a mulher 
• Conclusão 
V28: A mulher recebe ajuda graças à sua fé. 
Identificar as rupturas entres textos 
❑Mudançade identificação cronológica,
Topográfica, de personagens, de conteúdo
geral. Mudança de gênero, de linguagem
discursiva para narrativa ou vice-versa.
Paralelismo (pag. 90,91)
21 Partindo Jesus dali, retirou-se para os lados 
de Tiro e Sidom. 
22 E eis que uma mulher Cananéia, que viera 
daquelas regiões, clamava: Senhor, Filho de 
Davi, tem compaixão de mim! Minha filha está 
horrivelmente endemoninhada.
23 Ele, porém, não lhe respondeu palavra. E os 
seus discípulos, aproximando-se, rogaram-lhe: 
Despede-a, pois vem clamando atrás de nós. 24 
Mas Jesus respondeu: Não fui enviado senão 
às ovelhas perdidas da casa de Israel. 25 Ela, 
porém, veio e o adorou, dizendo: Senhor, 
socorre-me! 
26 Então, ele, respondendo, disse: 
Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo 
aos cachorrinhos. 
27 Ela, contudo, replicou: Sim, Senhor, porém
os cachorrinhos comem das migalhas que 
caem da mesa dos seus donos. 
28 Então, lhe disse Jesus: Ó mulher, grande é 
a tua fé! Faça-se contigo como queres. 
E, desde aquele momento, sua filha ficou sã.
(Mt 15.21-28) 
Levantando-se, partiu dali para as terras de 
Tiro. Tendo entrado numa casa, queria que 
ninguém o soubesse; no entanto, não pôde 
ocultar-se, 
25 porque uma mulher, cuja filhinha estava 
possessa de espírito imundo, tendo ouvido a 
respeito dele, veio e prostrou-se-lhe aos pés. 26 
Esta mulher era grega, de origem siro-fenícia, e 
rogava-lhe que expelisse de sua filha o 
demônio. 
27 Mas Jesus lhe disse: Deixa primeiro que se 
fartem os filhos, porque não é bom tomar o 
pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos. 
28 Ela, porém, lhe respondeu: Sim, Senhor; 
mas os cachorrinhos, debaixo da mesa, 
comem das migalhas das crianças. 
29 Então, lhe disse: Por causa desta palavra, 
podes ir; o demônio já saiu de tua filha. 
30 Voltando ela para casa, achou a menina 
sobre a cama, pois o demônio a deixara. 
Na versão abaixo da ARA, as coincidências literais estão em negrito, e as parciais estão 
sublinhadas: 
Mt 15.21-28 Mc 7.24-30
QUARTO PASSO DA EXEGESE
ANÁLISE DA REDAÇÃO OU 
ANÁLISE REDACIONAL (AR)
AR – Visa captar as características de
vocabulário, estilo e pensamento teológico de
cada autor. (WEGNER, 1998, p. 122)
Objetivos: constatar com que interesses e
intenções os evangelistas modificaram ou não as
tradições sobre Jesus que usaram para redigir seus
evangelhos.
Pressupostos: Os evangelistas não foram os
criadores exclusivos das tradições que assumiram
em seus evangelhos. Esta, em sua maioria, já
existiam antes deles. A deles coube, tão somente,
reescrevê-las, adaptando-se para novas situações e
novas comunidades.
I. Contexto do evangelho.
II. Autoria
III. Comunidade destinatária
IV. Data da redação
V. O contexto da perícope
FONTE ‘’Q’’ = A fonte "Q" é definida como o material
"comum" encontrado em Mateus e Lucas, mas não
no Evangelho de Marcos.
colocamos em negrito as partes do texto que Mateus acrescenta, e sublinhado as partes que ele
modifica em comparação com o texto fonte de Marcos. Além disso, a intervenção de Mateus em sua
fonte também se efetua na forma de algumas omissões significativas. Essas estão expressas na
forma de espaços em branco.
Partindo Jesus dali, retirou-se para os lados de 
Tiro e Sidom. 
22 E eis que uma mulher Cananéia, que viera 
daquelas regiões, clamava: Senhor, Filho de 
Davi, tem compaixão de mim! Minha filha está 
horrivelmente endemoninhada. 
23 Ele, porém, não lhe respondeu palavra. E 
os seus discípulos, aproximando-se, 
rogaram-lhe: Despede-a, pois vem clamando 
atrás de nós. 24 Mas Jesus respondeu: Não 
fui enviado senão às ovelhas perdidas da 
casa de Israel. 25 Ela, porém, veio e o 
adorou, dizendo: Senhor, socorre-me! 
26 Então, ele, respondendo, disse: 
Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos 
cachorrinhos. 
27 Ela, contudo, replicou: Sim, Senhor, porém 
os cachorrinhos comem das migalhas que caem 
da mesa dos seus donos. 
28 Então, lhe disse Jesus: Ó mulher, grande é 
a tua fé! Faça-se contigo como queres. 
E, desde aquele momento, sua filha ficou sã. 
24 Levantando-se, partiu dali para as terras 
de Tiro. Tendo entrado numa casa, queria que 
ninguém o soubesse; no entanto, não pôde 
ocultar-se, 
25 porque uma mulher, cuja filhinha estava 
possessa de espírito imundo, tendo ouvido a 
respeito dele, veio e prostrou-se-lhe aos pés. 
26 Esta mulher era grega, de origem siro-
fenícia, e rogava-lhe que expelisse de sua 
filha o demônio. 
27 Mas Jesus lhe disse: 
Deixa primeiro que se fartem os filhos, porque 
não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo 
aos cachorrinhos. 
28 Ela, porém, lhe respondeu: Sim, Senhor; 
mas os cachorrinhos, debaixo da mesa, 
comem das migalhas das crianças. 
29 Então, lhe disse: Por causa desta palavra, 
podes ir; 
o demônio já saiu de tua filha. 
30 Voltando ela para casa, achou a menina 
sobre a cama, pois o demônio a deixara 
contexto
• Politica # Organização militar
• Religião # Estrutura social
• Economia
• agricultura
• Arquitetura
• Vida doméstica
• Vestimenta
• Geografia
Quinto passo da Exegese
Análise das Formas
❑ Definir as características formais de um texto 
para, a partir daí, poder determinar o gênero 
literário ao qual pertence.
❑ Formas compreendem a soma das
características estilísticas, sintáticas e
estruturais presentes no conteúdo de um
texto, ou seja, o seu perfil linguístico.
❑ Fórmulas representam palavras ou
expressões fixas que podem perpassar vários
textos, mas que não possuem lugar definido
dentro deles.
Objetivos 
A análise das formas - ou “análise morfo-crítica” -
tem como objetivos: 
❑Observar a quantidade e a natureza das formas 
presentes em um texto; 
❑Determinar o gênero literário ao qual pertencem 
estas formas, ou seja, o tipo de textos em que 
sempre reaparecem novamente; 
❑Determinar o lugar vivencial do texto, ou seja, o 
lugar em que o texto adquiriu sua forma atual; 
❑Determinar a intencionalidade com que foi 
escrito e aplicado o texto, respectivamente, o seu 
gênero literário. 
A análise das formas percorre, em texto
sinóticos, em 04 etapa a saber:
1. Determinação das características formais do
texto.
2. Enquadramento destas características num
gênero literário.
3. Associação do gênero literário com ‘’lugar
vivencial’’ .
4. Associação do gênero literário, ‘’ lugar
vivencial’’ e conteúdo do texto com a sua
intenção.
Formas em alguns textos 
Milagres:
1.Chegada do taumaturgo e encontro com a pessoa doente 
2. Caracterização da necessidade de cura (cair no chão, pedidos 
de ajuda, etc.) + Descrição da natureza da enfermidade .
3. Ação milagrosa 
4. Reações à cura (por parte do taumaturgo, da pessoa curada, 
dos circunstantes (ex.: admiração, aclamação, divulgação da 
fama, etc.) [Mc 1.27; 2.12; Lc 4.36] 
Paradigmas/controvérsias: 
✓Ponto de partida do debate = ação ou
comportamento de Jesus
✓ Os textos são formulados de forma breve e
autônoma
✓ A parte narrativa é sóbria, sem muitos detalhes
sobre tempo, situação, atores/as, etc.
✓O objetivo principal é ressaltar um
dito/pronunciamento de Jesus, que é facilmente
aproveitável para prédicas/sermões
Gênero 
❑ Pertencem a um GÊNERO LITERÁRIO aqueles textos que
apresentam características formais iguais ou muito
semelhantes.
❑ A definição de um gênero literário pressupõe um amplo
conhecimento da literatura de uma certa época, pois para
identificar gêneros é preciso comparar textos!
❑ Nos evangelhos foram identificados vários gêneros.
❑ a) Entre os gêneros narrativos contam os “paradigmas”, as
“histórias de milagres”, a “história da paixão”, etc.;
❑ b) Entre os gêneros discursivos contam os “ditos” (sapienciais,
legais, proféticos, etc.), as “parábolas” e similares (imagens,
hipérboles, metáforas, comparações, etc.)
Lugar vivencial: ‘’Sitz im Leben’’
• Lugar vivencial É O LOCAL DE ORIGEMDO GÊNERO,
respectivamente de suas formas. É, por assim dizer, o
berço em que o gênero passa a se configurar e adquirir
o seu perfil. Pressupõe-se que o gênero de um texto
adquire o seu perfil depois de ser repetido várias vezes
no mesmo ambiente e em função dele.
• Os lugares vivenciais mais destacados eram: o culto, a
catequese e a missão. Além destes, poderiam ser
citados: controvérsias com o judaísmo; controvérsias
sobre a comunhão entre judeus e gentios; apologia
diante de grupos adversários, etc.
• Antigamente defendia-se a ideia de que
• “cada gênero tem um único lugar vivencial, ao
passo que a um mesmo lugar vivencial podem
estar ligados gêneros diversos”.
• Atualmente, a tese é outra: Não há
correspondência servil entre gênero e lugar
vivencial! Por isso, afirma-se que:
• - “Vários gêneros podem reagir à mesma
situação, e um só gênero pode ser uma reação a
várias situações”. Ex.: as parábolas
• - “O mesmo gênero pode ser empregado em
ocasiões diversas; um mesmo texto pode até
desempenhar funções diversas em diferentes
contextos”.
Intencionalidade dos textos 
Costuma-se dividir a intencionalidade dos textos em: 
A) Intencionalidade Genérica: é aquela que o texto 
possui em comum com todos os outros textos do 
mesmo gênero; 
B) Intencionalidade Específica: é aquela que cada texto 
tem bem especificamente, dada a originalidade do seu 
conteúdo. 
Exemplo:
Uma história de milagres tem como
intencionalidade genérica destacar o poder de
cura de Jesus e exaltá-lo como terapeuta
singular. Como intencionalidade específica pode
ter por objetivo mostrar que Jesus teve
compaixão por pessoas com problemas de pele,
a exemplo dos leprosos.
Utilidade da Análise das Formas 
❑ Ajuda a não esperar de um texto informações que o seu gênero
nem pretende dar. Ex.: os apotegmas –são dados sobre a biografia
de Jesus , muitas vezes oferecidos por ele próprio atrás de palavras
e ações. /paradigmas : são pequenas histórias que se concentram
em torno de uma ou mais palavras de Jesus .
❑ - Auxilia a interpretar o texto de acordo com o gênero a que
pertence. Ex.: parábolas não podem ser interpretadas como
alegorias!; hipérboles não devem ser tomadas ao pé da letra!
(“Quase morri de rir”).
❑ - Auxilia a identificar os objetivos com os quais os textos foram
redigidos. Ex.: Estudos da intencionalidade dos textos.
❑- Ao perguntar pelo “lugar vivencial”, fomenta o
estudo da vida, tarefa e funções desempenhadas
nas primeiras comunidades.
❑- Subsidia a busca por paralelos de conteúdo e de
teologia do texto, já que os melhores paralelos de
conteúdo de um texto em regra podem ser
encontrados em textos pertencentes ao mesmo
gênero literário.
Ex.: os melhores paralelos teológicos da prática
exorcista de Jesus encontram-se nos diversos
exorcismos!
Limites da Análise das Formas 
✓ 1. Pressupõe um elevado grau de erudição e conhecimento da
literatura da época do NT, pois para identificar e definir um gênero
é preciso comparar textos!
✓ 2. Considera como de maior valor histórico os textos em que o
gênero se apresenta de “forma mais pura”, ou seja, com um maior
número de suas características formais. Mas, na prática, nem toda
piada precisa empregar a regra de três para ser autêntica.
✓ 3. Costuma defender a tese de uma evolução havida entre ditos –
paradigmas puros – paradigmas menos puros – milagres – histórias
sobre Jesus. Mas, por que diversos gêneros não poderiam ter
coexistido simultaneamente, desde o princípio?
Atualização
❑A tarefa da atualização é construir um ponte 
entre o significado do texto no passado e sua 
relevância para dias atuais. (WEGNER, 1989, p 
310)
06 princípios básico p/ atualização
1. O significado atual de um texto não pode ser 
divorciado de seu significado original.
2. É preciso que se descubra o elemento comum 
ao contexto original do autor e do leitor.
3. É necessário fazer-se a divida distinção entre o 
cultural ....
4. Deve-se determinar o pensamento central da 
mensagem..
5. Devem-se ser tomadas em consideração todas 
as partes do texto.
6. Deve-se descobrir e respeitar o fundamento 
teológico do texto..
❑Objetivo : tornar a mensagem do texto relevante
para atualidade.
❑Pressupostos: A palavra de Deus, embora escrita
há muitos séculos atrás, preserva sempre uma
mensagem atual.
Ex: Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais
cortante do que qualquer espada de dois gumes, e
penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas
e medulas, e é apta para discernir os pensamentos
e intenções do coração. (Hb 4.12)
Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa
para ensinar, para repreender, para corrigir, para
instruir em justiça...(2 Tm 3.16)
03 dimensões de vida na atualização
do texto
1. PESSOAL – compromisso como membro da 
igreja.
2. ECLESIAL – como corpo de Cristo
1. SOCIAL – responsabilidade como cidadão na 
sociedade.
A comparação socirreligiosa
• Definição: A comparação socirreligiosa
perscruta os contexto culturais em que se
formaram o textos neotestamentários (NT).
Serve à demonstração de analogias e nexos
evolutivos entre textos cristãos e tradições
comparáveis do mundo religioso
contemporâneo ( antigo Judaísmo, tradições
gentílicas).[...] comparação fenomenológica..
Método sociológico
❑É complemento da análise histórico – crítica, o
método visa reconstruir o comportamento coletivo
típico das relações humanas em sua estruturas,
conflitos e funções. (LARA, 2009, p.57)
❑A Sociologia enquanto ciência pode ser definida
preliminar e genericamente como o estudo do
comportamento social ou da ação social dos seres
humanos. (SILVA, 1987, p. 1147)
Uso do método sociológico 
Na América latina a corrente sociológica não
poder ser compreendida fora do movimento
que ficou conhecido como Teologia da
Libertação (TL). (LARA, 2009,p. 67)
A TL assumiu duas mediações teóricas e
metodológicas de análise crítica da bíblia:
histórico-crítico e a análise sociológica. (LARA,
2009, p. 68)
principais biblistas latino-americanos
✓ Jorge Pixley
✓ Pablo Richard
✓ José Comblim
✓Milton Schwantes
✓ Carlos Mesters
✓Marcelo Barros
✓ Ana Flora Anderson
✓ Gilberto Gorgulho
✓ Juan Luis Segundo
✓ Severino Croatto
O método dos quatro lados
Esse método foi originalmente elaborado pelos membros
da pastoral operária do ABC paulista. E está presente nos
textos da Ação Católica Operária (ACO). É uma leitura que
simplifica, para fins didáticos, a apresentação social em
04 grandes aspectos ou dimensões da realidade.
1. Lado econômico
2. Lado social- das relações e conflitos entre as classes;
3. Lado político
4. Lado ideológico. 
BÍBLIA Novum Testamentum Graece. NESTLE –ALAND , Eberhard et al 
(Eds.). 28. ed. rev. Stuttgart: Deutsche Bibelgesellschaft, 2004.
Lara, Valter Luiz. A Bíblia e o desafio da interpretação sociológica:
introdução ao primeiro testamento à luz de seus contextos históricos e
sociais. São Paulo: Paulus, 2009.
Schnelle, Udo. Introdução à Exegese do Novo Testamento. São Paulo:
Loyola, 2004.
Stuart, Douglas. Manual de Exegese bíblica: Antigo e Novo Testamento.
São Paulo: Vida Nova, 2008.
Wegner, Uwe. Exegese do Novo Testamento: manual metodologia – São
Leopoldo: Sinodal: São Paulo: Paulus, 1998.
Zabatiero, Júlio. Manual de Exegese. São Paulo: Hagnos, 2007.
Referencias

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