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1
O D E S E J O
2
O D E S E J O
O DESEJO
O lado oculto de Caroll Crown
3
O D E S E J O
Agradecimentos
Felipe, Leandro, Jessica, Alan e Renata, quero 
agradecer por estarem juntos comigo nessa 
jornada de fazer meu terceiro livro, sendo o 
primeiro de forma totalmente independente.
APOIO
4
O D E S E J O
“Eu ando pelo mundo 
Divertindo gente,
Chorando ao telefone.
E vendo doer a fome,
Nos meninos que têm fome”
Adriana Calcanhoto - Esquadros
5
O D E S E J O
Capítulo 1 – NO âMAGO 5
SATURNO NA CASA 7 5
ENTRE TAPAS E BEIJOS 6
A ANTILEI DA ATRAÇÃO 8
A LEI DA ATRAÇÃO 11
Capítulo 2: O COMEÇO 12
A LOBA 12
OS CLÁSSICOS 13
A ASTROLOGIA 14
ATUAR TAMBÉM É VIVER 14
OS SONHOS QUE NUNCA TIVE 16
Capítulo 3 – O PREÇO DA VITÓRIA
 18
DECIDI PAGAR O PREÇO 18
VÁ À LUTA 18
NÃO EXISTE AMOR EM SP 19
O TEMPO NÃO PARA 20
TEORIA DA EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES 21
SANGUE NOS OLHOS 22
6
O D E S E J O
Capítulo 4 – COISAS DO CORAÇÃO
 23
A RUSSA 23
O CONTROLE 26
O PEIXE DOURADO 27
RUMO A GOI NIA 27
GRATIDÃO 27
Capítulo 5 – transmutação 30
VAMOS FALAR DE NEGÓCIOS 30
A TRANSCENDÊNCIA - 1000 HZ 32
FAROESTE CABOCLO 32
ESTOY AQUÍ 32
A ADVOGADA 33
JESSICA 34
Capítulo 6 – A Arte da Guerra: a 
estratégia do ataque surpresa
 35
NEM TUDO SÃO FLORES 35
A ARTE DA GUERRA 36
DE VOLTA AO DESERTO DAS RAPOSAS 37
O CÓDIGO CROWN: A Lealdade 42
O ALPHA 43
7
O D E S E J O
O QUE É A JUSTIÇA? 46
O MOTIVO 47
A HONRA 48
A MÍDIA 48
Capítulo 7 – OS SEGREDOS DE 
DEUS 48
CROWNJOIAS 50
IMPÉRIOCROWN 50
CROWNAVIAÇÃO 51
REALIZAÇÃO 52
DEUS NUNCA FALHA 53
MEU MAIOR DESEJO 53
8
O D E S E J O
C a p í t u l o 1 – N O â M AG O
SATURNO NA CASA 7
“Eu queria ter uma bomba, um flit paralisante qualquer 
pra poder me livrar do prático efeito das suas frases 
perfeitas... Das suas noites perfeitas...”
Eu tinha 15 anos quando tive meu primeiro namoro e nessa época descobri que eu era 
a maior corna da cidade. Meus amigos falavam 
que a minha namorada (signo de libra) me traía 
e isto acontecia todos os dias. Até o melhor 
amigo da minha ex-namorada chegou a me falar 
que eu era muito corna e estava com pena de 
mim.
Pessoas que eu não conhecia chegavam em 
mim na rua para falar que ela estava me 
traindo. Eu a perguntava e ela negava, dizendo 
que as pessoas falavam demais e que era tudo 
mentira. Eu não tinha provas, mas mesmo assim 
terminei com ela. E então ela sempre queria 
voltar e acabei perdoando as traições. Detalhe: 
ela nunca chegou a confessar que me traía. 
Esse relacionamento era tão absurdo que 
uma amiga dela, anos depois, me confessou 
que escrevia cartas e poemas românticos se 
passando pela minha ex. O fim da picada foi em 
uma conversa com minha amiga gaúcha, na qual 
ela disse que estava namorando. Eu também 
9
O D E S E J O
disse que estava namorando. Quando ela me 
mostrou o perfil do Orkut da sua namorada, 
adivinha! Era a minha namorada. Enfim, foi 
tenso.
Não foi o fim do mundo, ali eu entendi que 
ela tinha problemas e era uma conquistadora 
compulsiva que, na minha visão, era por ter 
baixa autoestima. No fim eu percebi que na 
verdade eu não gostava tanto dela assim, eu 
gostava de ter uma pessoa desesperada tentando 
me agradar o dia inteiro.
Anos depois ela continuou com o mesmo 
comportamento e eu entendi que o problema era 
ela, não eu.
10
O D E S E J O
ENTRE TAPAS E BEIJOS
“Perguntaram para mim se eu ainda gosto dela e respondi: 
tenho ódio e morro de amor por ela.”
O tempo passou e uma antiga conhecida buscou se aproximar a mim, queria fazer 
de tudo para encurtar nossa relação. Eu achei 
estranho, mas dei esse espaço. O signo dela é 
escorpião.
Ela queria ir para minha casa e de novo achei 
estranho. Nessa época eu tinha 16 anos e morava 
só (confesso que eu era bem ingênua). Não vou 
dar detalhes, mas foi inesquecível.
Óbvio que depois dessa eu me apaixonei. Ela 
era muito sensual, mas tinha uma personalidade 
muito difícil de lidar. Era obsessiva, queria me 
dominar.
A escorpiana nunca estava presente e sempre 
tinha outras prioridades. Também não queria 
assumir um namoro. Era uma relação muito 
estranha. Eu não sentia intimidade nenhuma, 
não conseguia conversar com ela direito e isso 
fez com que eu me afastasse.
Ela não sabia se queria ou não ficar comigo e 
chegou um momento que eu já não tinha mais 
paciência para aquilo. Aí ela continuava indo 
atrás e isso começou a me irritar. Eu troquei de 
número de telefone e ela acabou descobrindo, 
daí então comecei a trocar de chip toda semana. 
11
O D E S E J O
Ela ia na minha casa sem avisar e isso só fez 
aumentar a minha raiva.
Era uma mistura de paixão e ódio. 
Chegou um momento que eu só queria que ela 
parasse de ir atrás de mim e me deixasse em 
paz. 
Ela mudou por um tempo, começou a ser mais 
presente e eu caí no papo de que a mudança 
aconteceu. Ela começou a ser mais próxima, 
mais íntima. 
(É mais fácil dois raios caírem no mesmo lugar 
do que uma pessoa mudar.)
Infelizmente eu acreditei.
Era fim de outubro, início de novembro. Saímos 
pelo centro da cidade e ela disse tudo que queria 
como presente. Eu comprei tudo e coloquei em 
uma caixa gigante. O presente estava pronto, 
voltamos com tudo felizes e contentes, pelo 
menos para mim. ILUDIDA.
Ela terminava comigo e pedia para voltar 2 ou 3 
vezes por semana sem motivos.
Dois dias antes do aniversário ela me ligou do 
nada e terminou comigo. Eu fiquei com ódio e 
não ia engolir essa situação. Peguei os presentes, 
taquei fogo em tudo e coloquei dentro da caixa 
intacta. Eu decidi enviar meu presente mesmo 
assim. A caixa estava linda por fora e tudo que 
estava dentro tinha queimado. Ela recebeu 
o meu presente e quase infartou. Passou o 
12
O D E S E J O
aniversário no hospital. 
Por algum motivo, depois disso, ela estava mais 
apaixonada ainda, mas eu já não queria mais 
nada. 
Certo dia dei uma última chance, combinamos 
de sair e, como sempre, ela desmarcou para sair 
com uma amiga. Eu havia dado uma data limite, 
falando que se quisesse falar comigo seria até o 
dia 15 de dezembro.
Resultado: marcou comigo no último dia e 
cancelou. Mas esse dia acabou sendo especial. 
Combinei com alguns amigos de sair e 
encontrei uma pessoa que eu já queria ver há 
muito tempo. Enfim, ficamos e foi ótimo. 
Estávamos em uma praça ao lado da minha 
casa, ao ar livre e tudo corria bem. Adivinha 
quem aparece? Isso mesmo, a escorpiana. Ela 
me viu ficando com outra escorpiana, que por 
sinal era da sala de aula dela. Do outro lado 
da rua vi ela como uma estátua. Daí então me 
chamou para conversar e eu não fui, insistiu, 
falou com um amigo e implorou para conversar 
comigo.
Ela: Por que você fez isso comigo?
Eu: Eu não tenho nada com você.
Ela: Eu me arrependi, quero começar de novo.
Eu: Eu te dei uma data limite, você desmarcou. 
Você tomou a sua decisão. 
13
O D E S E J O
Ela: Ainda é dia 15. Ainda estou no seu prazo.
Eu: Vá se ferrar!
A ANTILEI DA ATRAÇÃO
Aprendi sem querer a fórmula mágica de “conseguir tudo que você não quer para sua 
vida”. Como assim? Vamos por partes.
O universo, a nossa mente, o inconsciente, o 
que você quiser chamar que gera atração para 
as que as coisas cheguem até você, não entende 
a palavrinha mágica “NÃO”!
Eu errei. Comecei a detestar relacionamentos e 
o pior: falei para os outros. NUNCA FALE O QUE 
VOCÊ NÃO QUER, A PALAVRA TEM PODER E O 
NÃO É NULO.
Pronto! Minha vida tinha virado de cabeça para 
baixo. Parecia que eu estava encantada. Eu dava 
bom dia e a pessoa se apaixonava, eu andava na 
rua e as pessoas vinham atrás, me pediam em 
namoro e casamento. Que situação foi aquela? 
Meu Deus, foi tenso!
Eu recebia várias ligações de pessoas querendo 
me conquistar. Sentia-me como um banhista 
na praia olhando de frente para um tsunami 
sem saber o que fazer. Minha mãe começou a 
perceber isso, indagando o fato de eu estar sem 
paciência e me desconectando toda hora.
Mãe: Caroline, por que esse telefone está fora 
14
O D E S E J O
da tomada de novo?
Eu: Tem gente me ligando,não quero atender.
Mãe: E daí? Pode parar com isso. 
Todo dia eu tirava o telefone da tomada. Esse 
diálogo acontecia todo dia.
Agora um caso especial que me fez até chorar: 
na minha turma havia uma garota linda, goiana, 
geminiana, cabelo longo, branca, inteligente, 
gente boa e tal. Eu comecei a ficar amiga dela e 
eu curtia demais nossa amizade. Até que um dia 
ela veio se declarar. Para quê!?
Ela: Carol, quero te falar uma coisa...
Eu: Se for coisa de namoro nem vem! Não quero 
saber.
Ela: Por que você é assim? Eu gosto tanto de 
você. A gente pode dar certo. Deixa eu te fazer 
feliz?
Eu: Sinceramente, não é nada com você. 
Simplesmente não quero. Você não vai me 
convencer. Esquece isso. EU NÃO QUERO! NÃO! 
NÃO!
Ela: Eu sei que você é legal, não entendo porque 
você fica agindo assim.
Eu: Olha, não sou legal, sou uma péssima 
pessoa. Não vai ser bom para você ficar 
comigo. Tem 7 bilhões de pessoas no mundo, 
você vai encontrar alguém para você. (Tive que 
15
O D E S E J O
usar esses argumentos para ver se a garota se 
tocava.)
A geminiana tinha levado uma caixa de 
bombom. Jogou a caixa no chão e saiu chorando. 
Eu também fiquei triste. Chorei, mas não cedi.
Certo dia eu estava saindo do meu curso 
extracurricular de auxiliar administrativo e 
recebi uma mensagem estranha no celular. 
Número privado: Estou te vendo.
Eu: Vá se ferrar psicopata!
Número Privado: Sabe quem eu sou?
Eu: Nem quero saber.
Número privado: Olhe para a esquerda e veja 
quem é!
Ao lado do meu curso tinha uma concessionária 
de carros e certo dia fui ver um carro esportivo 
de luxo. Para quê? Descobri que o dono da 
concessionária era um playboy bonitão, tinha 
uns 25 anos. Ele salvou meu celular e não 
satisfeito foi pesquisar sobre minha vida. Ele 
mesmo confessou que estava há 2 meses me 
perseguindo. O signo dele é óbvio, escorpião.
Depois que se “revelou”, todo dia me oferecia 
um carro e segundo ele seria dado em troca de 
nada, só pela amizade e eu só pensando “sei...”. 
Óbvio que eu não aceitei o carro e nunca saí com 
ele.
Depois de tanta perturbação pensei: quero 
16
O D E S E J O
amigos gays e amigas heterossexuais, sem 
exceção. Entre os meus melhores amigos tinha 
um rapaz que se dizia assexual. Ele era muito 
inteligente, aqueles com QI bem acima da média, 
um gênio. Essa era a época em que eu não podia 
viver em paz, pois sempre aparecia alguém 
querendo namorar comigo. Ele virou meu único 
amigo. 
Um dia estávamos no carro indo a algum lugar 
e ele soltou a pérola. 
Gênio: Olha Carol, eu nunca senti atração por 
ninguém, mas quero transar com você. O que 
você acha disso?
Eu não tinha um dia de paz. Até quem titulava 
ser meu amigo tinha intenções a mais comigo. 
Prefiro nem dizer o que respondi.
No meio dessa loucura, no transtorno de 
tudo que estava acontecendo, acabei indo para 
Portugal morar lá, pensando que teria um pouco 
de paz. ERRADO!
Tinha um rapaz inglês, escorpiano e ruivo, 
bem cara de escocês que armava “coincidências” 
para a gente se encontrar. Ele falava das 
suas qualidades, que ele era lindo e rico e de 
uma família tradicional e que se ele quisesse 
compraria um castelo para morar comigo. Tudo 
isso na tentativa de me convencer a ficar com 
ele. 
Eu não falava nada, só observava. E detalhe, 
as meninas da minha escola queriam ficar com 
17
O D E S E J O
ele pelo status social que ele causava, enquanto 
para mim era só um cara chato. Um dia ele 
descobriu onde eu morava, para quê!? O rapaz 
todo dia queria me acompanhar da escola até a 
minha casa, tudo para me agradar. Era um saco! 
Detalhe, ele morava longe.
Parecia pouco, né? Não acabou! Todo dia eu 
ia tomar banho depois da aula de educação 
física no mesmo horário que a outra turma, na 
qual tinha uma garota portuguesa bem bonita. 
Imagina a cena: nuas, no vestiário, bem coisa de 
filme, né?
Como eu me sentia bem constrangida, dava 
bom dia para ela para quebrar o gelo, mas nunca 
chegamos a conversar.
Certo dia, recebo uma mensagem na rede 
social de alguém que me era familiar, mas não 
estava recordando bem quem era. A garota do 
vestiário mandou um maior textão dizendo 
que estava apaixonada por mim, que queria 
um relacionando sério. Se eu dava bom dia, as 
pessoas se apaixonavam por mim, imagina me 
vendo nua. Será que ela se apaixonou pelo meu 
“Bom dia” ou por alguma fantasia sexual?
Ainda na escola, cheguei a fazer uma amizade 
nova na escola, dentro dos meus padrões. Minha 
amiga era hétero convicta. Prometeu-me que 
nunca teve interesse em ficar com mulher e 
aí eu me senti mais tranquila para seguir a 
amizade. Por fim, achei que poderia confiar 
nela, mas acabei me surpreendendo. 
18
O D E S E J O
Do nada ela veio com uma história de que 
queria me beijar e que não sabia mais se 
gostava do namorado. Aff, eu já não tinha mais 
paciência. 
Não contei nem 5% das histórias. Se eu fosse 
contar tudo, o livro seria só sobre isso.
A antilei da atração é real, é a mesma coisa que 
a lei da atração, só que pior. 
A LEI DA ATRAÇÃO
Poucas pessoas entendem como conseguir aquilo que deseja, mas sempre foi fácil 
conseguir o que quer. O problema não está no 
que a pessoa deseja e sim como a pessoa deseja.
Para conseguir o que deseja é preciso 
aprofundar-se em seus próprios sentimentos, é 
preciso buscar o real motivo do desejo. Quando 
queremos algo com pouca energia a tendência 
é não conseguir. Só conseguimos aquilo que 
focamos 100% da nossa energia. 
Quando você quer muito algo ou o detesta, você 
acaba por se conectar com toda essa energia.
Certa vez, vi uma entrevista do Will Smith e ele 
comentava o fato que se você estivesse disposto 
a morrer por aquilo que você quer, aí sim você 
estaria verdadeiramente disposto a conseguir 
aquele objetivo.
Nasci em uma cidade do interior do Tocantins 
19
O D E S E J O
e, comparada com a população local, apesar 
de ter acesso a muitas coisas, tudo era muito 
limitado. A sensação era de morar longe de 
tudo. Logo cedo, alimentei um grande desejo de 
morar fora do país e conhecer outros lugares. 
Tive a oportunidade de morar fora do Brasil e 
conhecer muitas coisas que estavam fora do meu 
mundo até então. Isso foi algo que abriu a minha 
mente para querer outras coisas, inclusive, em 
um certo momento da minha vida, decidi que 
seria uma pessoa muito rica.
Ao começar a ter contato com pessoas mais 
ricas que eu, desejei ter novas experiências.
20
O D E S E J O
C a p í t u l o 2 : O C O M E Ç O
A LOBA
“Quantas vezes a gente sobrevive à hora da verdade? Na 
falta de algo melhor nunca me faltou coragem”
Era inverno, eu tinha 17 anos, sempre amei lugares desertos. O topo da montanha, a 
praia deserta, lugares paradisíacos... tudo isso 
me encantava e ainda me encanta. Estava em 
busca de me isolar um pouco da sociedade e 
ficar mais tranquila.
Era dezembro de inverno em Portugal, -3°C, fui 
para uma praia deserta e tirei toda a roupa para 
sentir o frio. Descobri que o frio, na verdade, faz 
o corpo ficar quente. 
Acho que fiquei uns 10 minutos lá, nua ou 
talvez menos, não sei, mas a sensação é de 
ter ficado uma eternidade. Sempre gostei de 
situações intensas.
Por algum motivo esse choque de temperatura 
fazia com que eu me sentisse mais viva. Talvez 
seja isso que as pessoas sintam quando vão 
escalar o Everest, não sei, ainda não fui. Eu sei 
que a sensação extrema dá mais foco e clareza 
mental.
Fiz isso o inverno inteiro. Sozinha. Não tinha 
ninguém na praia. Era só eu e Deus.
21
O D E S E J O
Em um desses dias, certa vez, entrei no mar. 
Percebi que mesmo no frio a água estava quente.
OS CLÁSSICOS
“Aonde leva essa loucura? Qual é a lógica do sistema? Onde 
estavam as armas químicas? O que diziam os poemas? ”
Eu sabia bem que meu nível intelectual era bem baixo pela média do Brasil. Quando 
descobri que os franceses liam 21 livros por ano, 
entrei em pânico, vi que eu precisava correr 
atrás do prejuízo. 
Eu tinha lido no máximo 50 livros até meus 
17 anos, sendo muitos sobre astrologia. Eu 
precisavacolocar combustível na minha mente 
ou minha vida seria um fracasso, isso estava 
bem claro para mim.
Aprendi a ler muitos livros e peguei a prática 
de lê-los de forma rápida. Comecei lendo 
os clássicos de filosofia, depois fui para a 
psicologia, li alguns clássicos de literatura, 
alguns livros mais técnicos e também estudei 
matemática e física, mas o que me conectou foi 
a sessão de ocultismo, óbvio. Metade dos livros 
que li na época era sobre o mundo sutil.
Comecei a estudar magia e me aprofundar 
nisso, entendendo a energia do universo. 
Também conheci todos os oráculos. Enfim, foi 
um ano dedicado a aprender o que os antigos 
22
O D E S E J O
tinham para me ensinar sobre o mundo.
Também cheguei a ler muitas biografias de 
pessoas que marcaram a humanidade, tais como 
Einstein, Steve Jobs, Winston Churchill, Hitler... 
entre muitos outros. Ao todo fechei o ano tendo 
lido 200 livros.
Os escritores se tornaram meus melhores 
amigos. Meu livro favorito é “Capitães de areia”, 
pois foi o único livro que eu chorei ao ler; acho 
que nada me comove mais do que crianças 
passando fome.
A ASTROLOGIA
Ao estudar sobre ocultismo, me dediquei muito mais a aprofundar nos conhecimentos 
milenares da Astrologia. 
Algumas pessoas não entendem o poder da 
astrologia. No século XVIII com o boom da mídia 
impressa, a astrologia começou a ter uma nova 
roupagem. Houve uma releitura, no sentido 
popular e uma banalização dos conhecimentos 
ocultos, trazendo para o público algo ridículo e 
superficial. 
Porém, a Astrologia continuou existindo nos 
meios de poder. Qual é a verdadeira astrologia?
A Astrologia foi a primeira ciência, a mãe de 
todos os conhecimentos. Onde era estudado o 
tempo, espaço, o comportamento humano, as 
eras, gerações, estações do ano, plantações, 
23
O D E S E J O
medidas de tempo, combinações amorosas, 
ataques de guerras, criação de estados, etc...
Sempre foi do conhecimento da elite o poder 
da astrologia. Dos antigos reis aos atuais 
presidentes.
Ao me aprofundar na astrologia, rapidamente 
comecei a conhecer pessoas poderosas que 
vinham me pedir conselhos baseados nos 
trânsitos astrológicos e mapas astrais. Até hoje, 
todas as leituras de trânsitos que eu fiz geraram 
estratégias de sucesso.
A astrologia foi o início do meu sucesso 
profissional, fiz mais de 5 mil mapas 
astrológicos para todos os tipos de pessoas. 
Pessoas populares, poderosas, governadores, 
deputados, juízes, senadores, pessoas famosas, 
políticos menores, atletas, atores, cantores, 
empresários de sucesso, pessoas de altos cargos 
e até um presidente.
Saber astrologia é entender o mecanismo das 
energias, como a vida funciona no seu ciclo 
natural, é o início do conhecimento da magia. 
Você pode conhecer um astrólogo que não saiba 
magia, mas nunca irá conhecer um mago que 
não sabe astrologia.
24
O D E S E J O
ATUAR TAMBÉM É VIVER
Aos 18 anos entrei em um curso de teatro em Portugal, eu não imaginava que isso iria 
mudar todo o destino da minha vida.
Eu nunca fui uma pessoa tímida, ou retraída, 
nada disso. Sempre fui comunicativa e 
sinceramente subestimei o poder do teatro na 
minha vida. 
Nesse período, pensei seriamente em ser 
atriz e até fiz algumas peças. Apesar do meu 
desinteresse visível, sempre tive uma boa 
crítica, elogios e todos viam um certo futuro nas 
minhas atuações. 
Então achei que tinha talento e que poderia 
esse ser o meu grande destino, mas logo percebi 
que o estilo de vida de viagens com peças de 
teatro e o trabalho estressante da TV e do 
cinema não eram bem o que eu queria para a 
minha vida. 
Eu não criei expectativas com o teatro, era 
meu refúgio, aquele momento de paz e de 
concentração na minha vida. Eu pensava, talvez, 
em fazer uma série ou filmes, algo bem fora do 
normal, como um personagem caricaturado 
parecido com os trabalhos do Jim Carrey ou 
Johnny Depp. Eu seria perfeita para fazer um 
personagem de um robô programado para 
destruir o mundo ou cumprir uma missão 
impossível. Eu adoraria pular de um helicóptero 
25
O D E S E J O
para o mar, sem dublê. Era esse tipo de coisa 
que passava pela minha cabeça na época.
Quando eu ia para as aulas de teatro, 
tinha o hábito de chegar antes e ler revistas 
internacionais, então comecei a acompanhar 
a FORBES. Eu lia os artigos dos empresários, 
sobre suas vidas e seus negócios. Tudo isso 
sempre me fascinava, mas eu não entendia 
nada, já que parecia algo muito distante do meu 
mundo. 
Nesse período eu já havia trabalhado em 
uma grande empresa nacional e feito alguns 
trabalhos no comércio da minha família, que 
tinha relevância na cidade e chegava a girar 1 
milhão de reais em faturamento por mês, mas 
obviamente isso só respingava em mim. Eu 
estudava em boas escolas e morava em uma casa 
boa, mas não vivia uma vida de luxo. Tinha meia 
dúzia de coisas que eram presentes de natal e 
aniversário, mas nada além disso.
Lembro de uma colega do teatro que falava 
que o sonho dela era ser famosa, e eu disse “Já 
eu odiaria”. Então ela me perguntou “Por que 
você faz teatro? ”. Eu não tive uma resposta, 
apenas fazia porque gostava, era um hobbie para 
mim, algo para me distrair, algo que me dava 
um grande sentimento de liberdade, de sair da 
sociedade, de poder enlouquecer um pouco sem 
julgamentos.
Aquele mês eu vi um artigo sobre as pessoas 
famosas mais bem pagas e tive uma ideia: se eu 
26
O D E S E J O
já fazia teatro, já tinha aquela habilidade, por 
que não ser famosa?
Hoje eu vejo que foi tolice, porque uma pessoa 
low profile consegue fazer muito mais dinheiro 
do que uma pessoa famosa, mas era a única 
coisa que eu via na frente.
OS SONHOS QUE NUNCA TIVE
Além do teatro eu sempre tive um outro hobbie que mudou a minha a minha vida: 
as artes marciais. Karatê Shotokan, Karatê 
Kyokushin, Taekwondo, Capoeira, Judô, 
Kickboxing, Box e Muay Thai foram as artes 
maciais que eu mais pratiquei durante várias 
fases da minha vida.
A luta também é outra coisa em que eu me 
solto e vivo intensamente. Eu sei que se eu 
tivesse focado, certamente eu estaria hoje no 
UFC, mas como eu não tinha essa perspectiva na 
época, não levei a sério como trabalho. 
Posso estar errada, mas percebo que quem fez 
alguma arte marcial tem um comportamento 
mais reservado.
Como sempre gostei de arte marcial, pensava 
em fazer filmes sem dublê como Jackie Chan, 
só que filmes de ação eram totalmente 
distantes do meu mundo. Como eu não tive 
essa perspectiva, nunca cheguei a ir atrás deste 
desejo. O fato de ser algo tão distante fez com 
27
O D E S E J O
que isso nem chegasse a ser um sonho, porque 
eu não acreditei que fosse possível. A primeira 
coisa que é necessário para conquistar algo é 
acreditar que é possível. 
Uma coisa bem louca que eu sempre pensei em 
fazer foi uma luta de gladiadores. Lutar até o 
fim, viva quem puder, e claro, eu nunca consegui 
essa luta. Talvez a grande luta seja a própria 
vida. Lutamos contra nossas falhas e nossos 
medos, até a morte. 
Na arte marcial nunca tive muito interesse em 
faixas, reconhecimento... nada disso. Queria 
apenas viver aquela emoção. É o sentimento de 
saber que você determina o rumo das coisas. 
Sentimento de “estar no poder, eu quero estar 
perto do fogo”.
Eu amo lutar porque a luta me desperta o 
instinto de sobrevivência. A cada vez que levo 
um golpe, vou ficando mais forte até o momento 
que eu explodo, como se tivesse uma bomba 
atômica dentro de mim. Quando ligo isso sou 
capaz de tudo.
Quero que você preste muita atenção aqui. Hoje 
eu sei que eu poderia ter tido muito sucesso no 
UFC ou com filmes de ação, mas por que eu não 
fiz isso? Não existia UFC, estava fora do meu 
radar. E sobre filmes de ação, também estava 
fora do meu mundo.
“O que você pode sonhar, você pode realizar”, 
mas nunca se realiza aquilo que não se pode 
28
O D E S E J O
sonhar. Nós só podemos ir até onde nossa visão 
chega.
Hoje o que mais me dói emocionalmente não é 
o que eu não consegui conquistar, me dói pensar 
nos sonhosque nunca tive, no que existia, mas 
estava fora do meu mundo, as oportunidades 
que não pude ver. Me dói ter jogado meu talento 
fora por acreditar nos outros, em “amigos”, em 
familiares que subestimavam aquilo que eu 
gostava de fazer. 
Sei que infelizmente acreditar quando falaram 
que algo não teria futuro, mesmo que eu 
tivesse muito talento e gostasse, fez com que 
eu não realizasse esses sonhos que nunca tive. 
A sensação de que eu sei que seria campeã, 
percebi que foi por pouco, eu só precisava do 
sonho. 
Sinto uma profunda tristeza ao pensar nos 
sonhos que não tive por não ter tido visão. E se 
eu puder te falar apenas uma coisa, é: NUNCA 
DEIXE NINGUÉM FALAR A VOCÊ O QUE VOCÊ 
PODE OU NÃO FAZER. Ninguém além de você 
determina sua vida. Você não precisa de apoio, 
nem financeiro nem emocional. Você só precisa 
sonhar para realizar.
Nunca tenha medo do que os outros vão pensar, 
nem do que você vai viver e das dificuldades que 
possa passar, absolutamente NINGUÉM vai viver 
a sua vida além de você!
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O D E S E J O
C a p í t u l o 3 – O P R E Ç O DA 
V I T Ó R I A
DECIDI PAGAR O PREÇO
Eu decidi ser famosa, pensei que iria ganhar milhões por isso. Decisão tomada. 
Sinceramente eu tomei poucas decisões 
na minha vida, mas depois que as tomei, 
dificilmente voltei atrás.
Pensei bem: eu iria odiar a fama e talvez 
quisesse me suicidar só de pensar que pessoas 
que nunca vi na vida vão me reconhecer na rua. 
Nesse momento lembrei do Will Smith na minha 
cabeça me perguntando “Carol, você morreria 
por isso? ”, minha resposta foi sim.
A fama não me assustava, mas me fazia pensar 
“Quando eu ficar famosa compro uma ilha, 
uma casa no topo da montanha que só se chega 
de helicóptero”. Detalhe, as últimas casas que 
morei foram casas mansões de difícil acesso. 
Continuo pensando igual.
Enquanto eu fazia teatro eu também criava 
animações em 2D. Após aprender animação, 
me apaixonei por um programa de DJ chamado 
Fruit Loops e eu passava o dia inteiro nesse 
programa criando sons. Sério, é possível 
passar a vida inteira nesse programa, use 
com moderação. Depois disso aprendi a editar 
vídeos. Eu criava animações, músicas, editava 
30
O D E S E J O
vídeos e fazia teatro. Eu era uma miniprodutora 
audiovisual e não sabia.
VÁ À LUTA
“Eu li teu nome num cartaz com letras de neon e tudo, ano 
passado diriam que eu tava maluco”
Comecei a estudar sobre negócios e a criar sites. Eu nunca fui muito boa em design, 
até porque nunca aprendi a desenhar direito, 
mas eu arriscava mesmo assim. O ano era 2011 
e o mercado digital estava muito imaturo. Por 
incrível que pareça, meu trabalho de sites era 
acima da média para aquela época. 
Certo dia, saí de casa e pedi os cartões de 
visita de todas as lojas do centro da cidade onde 
eu morava na época. A cidade era pequena, mas 
com muito movimento, pois era uma cidade 
turística. 
Quando cheguei em casa, liguei para essas lojas 
e pedi para falar com o gerente, perguntando 
o porquê de eles não terem site e se tinham 
interesse em fazer um site profissional. 
Resultado: acabei fazendo poucas ligações 
porque metade das lojas queriam fazer o site.
Eu cobrei 200 Euros, ou seja, comecei a ganhar 
muito dinheiro para uma jovem atriz de 18 
anos. As pessoas começavam a me recomendar, 
e como eu era a garota da TI descolada, bem 
31
O D E S E J O
diferente dos nerds típicos, começou a chover 
clientes. 
Eu sempre gostei de coisas caras, de produtos 
de grife e de objetos de coleção. Assim como eu 
ganhava dinheiro, eu o gastava. E uma hora a 
conta não fechou. 
Eu ainda tinha muito a aprender: precisava 
aprender a economizar, a gerenciar equipes, a 
ter produtividade, a ter disciplina. Eu só estava 
começando, mas achava que estava no topo. Meu 
pequeno sucesso fez minha autoestima crescer 
tanto que acreditei que se eu fosse para São 
Paulo, iria criar um negócio de sites e que iria 
bombar.
Eu não tinha percebido que era sorte de 
principiante.
32
O D E S E J O
NÃO EXISTE AMOR EM SP
“ Devolva minha vida e morra afogada em seu próprio mar 
de fel. Aqui ninguém vai pro céu.”
Olha só, eu acreditei nos jornais. Grande erro! Era governo Dilma e o governo mentia 
descaradamente para os países da Europa. 
Faziam de tudo para que o Brasil parecesse que 
estava bombando. Eu acreditei nisso e ainda 
bem que arrependimento não mata.
Como diria o Raul Seixas “Eu não preciso ler 
jornais/Mentir sozinho eu sou capaz/Não quero 
ir de encontro ao azar”, mas eu, Carol, fui de 
encontro ao azar, e põe azar nisso.
Decidi vir para o Brasil e só Deus sabe o que eu 
passei na cidade de São Paulo. Primeiramente 
cheguei na cidade e descobri que o meu CPF 
estava cancelado. Eu não tinha conta de banco 
porque saí do país menor de idade e sem CPF 
não poderia abrir uma conta bancária aqui. 
Se isso fosse pouco, ainda tinha a situação 
econômica e política do Brasil, que estava em 
colapso. Eu vim de um lugar paradisíaco e com 
a minha decisão e agora estava no caos de São 
Paulo. Eu me arrependi por ter me mudado, 
óbvio, mas mantive a minha decisão.
Foi realmente algo muito triste. Nesses dias eu 
me senti perdida, sofrendo muito e com vontade 
de suicidar todos os dias. 
33
O D E S E J O
O TEMPO NÃO PARA
“Nas noites de frio é melhor nem nascer, nas de calor se 
escolhe é matar ou morrer, assim nos tornamos brasileiros”
Era agosto de 2013 e o sentimento de voltar para o Brasil se resumia em “que merda que 
eu fiz da minha vida”.
Voltei para o Brasil contra a vontade da minha 
família e jamais teria a cara de pau de me 
arrepender e voltar com o rabinho entre as 
pernas. Seria mais fácil me matar do que passar 
por essa humilhação. 
Como eu já estava na merda mesmo, pensei: o 
que eu poderia fazer no Brasil? Pensei e pensei 
várias vezes. Enquanto isso, eu morava sozinha 
em um apartamento no largo do Arouche, 
pagando uma fortuna em um lugar tenebroso e 
estranho. 
O som do minhocão, um viaduto 
movimentadíssimo, era insuportável. Levei 
mais de um mês para conseguir dormir direito 
e me acostumar com aquele barulho infernal. 
Todo lugar que eu ia em São Paulo era lotado, 
não existia nada de natureza ali perto e o mais 
próximo era o parque do Ibirapuera, que é longe. 
Eu vivia um pesadelo e quando acordava ainda 
estava lá. Todo dia que eu saía de casa, me 
roubavam algo, o que aumentou ainda mais 
minha desesperança.
34
O D E S E J O
Era realmente insuportável, mas nesse período 
eu entrei em cursos na “SP escola de teatro”. Era 
um lugar super legal e fiz vários cursos lá, como 
o curso de videomaping, o curso de cenografia, 
entre outros. Comecei a conhecer pessoas e a ter 
oportunidades de trabalho.
TEORIA DA EVOLUÇÃO DAS 
ESPÉCIES 
“Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, 
mas o que melhor se adapta às mudanças. ”
Eu me inscrevi nos cursos antes de chegar ao Brasil, então assim que cheguei já 
comecei a fazer esses cursos. Eu sentia medo 
e angústia em relação ao futuro todos os dias, 
mas algo começou a acontecer, eu comecei a me 
acostumar e a me relacionar com as pessoas. 
Sabe aquela frase “se me jogar aos lobos volto 
dominando a matilha”? Então, comecei a me 
acostumar.
Percebi que eu era muito ingênua. Roubavam 
algo meu na rua todo dia. As pessoas me 
passavam para trás, mas isso durou pouco 
tempo. Comecei então a observar melhor e 
tentar perceber antes esse tipo de situação.
Não demorou muito para eu ter trabalhos 
e viajar para o Rio de Janeiro com muita 
frequência. 
35
O D E S E J O
O meu trabalho era “qualquer coisa no teatro 
e audiovisual”. Lembra que eu sabia usar todos 
os programas de áudio, vídeo, imagem, etc? 
Consegui um emprego em uma companhia de 
teatro e fazia vários freelancers, criando sites.
Nada foi como eu planejei, até porque eu não 
planejei. Apenas quis fazer algo e fiz. Nesse 
momento percebi que precisava aprender 
estratégia. Meu dinheiro acabou e tive que 
economizar cada centavo. Virei a pessoa mais 
“mão de vaca” desse mundo.
Eu nãoestava agindo por um sonho, desejo ou 
ambição, eu estava agindo pela minha própria 
sobrevivência e essa é a maior arma do ser 
humano.
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O D E S E J O
SANGUE NOS OLHOS
Eu decidi que “a porra ficou séria”! Eu já não tinha paciência para conversa fiada. Decidi 
focar no meu trabalho e fim.
Era final de 2013, estava com 20 anos há 6 
meses no Brasil. As coisas estavam até fluindo, 
mas eu queria avançar a minha vida. Nesse 
período eu saí do centro de São Paulo e fui 
morar em uma república na Vila da Pompeia, e 
sim, fui feliz lá. 
Minha vida na Pompeia foi muito boa, é 
minha casa em São Paulo. Morei 3 anos lá e 
me acostumei com o dia a dia de estar em São 
Paulo, sem estar em São Paulo. 
Eu nasci em cidade pequena; acho que nunca 
me acostumaria com o centro de uma cidade 
grande ou um lugar muito agitado. Para mim 
a Pompeia já era agitada, o que nos padrões de 
São Paulo é uma paz. Seguimos...
Com mais calma, foquei nos meus projetos, 
trabalhando insanamente de 15 a 18 horas 
por dia e eu estava feliz. Eu tinha um canal 
no YouTube chamado Papo Astral, no qual eu 
falava de astrologia, um tema que eu sempre 
amei e por sorte acabei sendo pioneira em criar 
conteúdo em vídeo de forma humorada sobre 
signos e mapa astral. 
Percebi que o sucesso é uma mistura de 
conhecimento, ação e sorte (oportunidade). Eu 
tive sorte! Meu canal bombou e o público me 
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O D E S E J O
implorava para fazer consultas. Eu ainda tinha 
um emprego e bicos, mas quando percebi que 
estava tendo sucesso, decidi focar 100%. 
Eu lancei minha primeira oferta de fazer mapas 
astrais, na qual cobrei 100 reais por mapa. Fiz 74 
em um mês e fiquei exausta, mas ganhei o dobro 
do que eu ganhava. Antes, recebia por volta de 
3 mil reais com os freelancers e o meu trabalho 
fixo. No primeiro mês de consultas, ganhei mais 
de 10 mil reais juntando tudo.
As coisas começaram a melhorar, mas eu 
continuava gastando tudo. Na verdade, as coisas 
só melhoravam e cada mês eu ganhava mais. 
Minha vida ficou ótima. Um ano depois, início 
de 2015, eu tinha 50 mil reais guardados e já 
ganhava mais de 20 mil por mês. E detalhe, meu 
canal só tinha 5 mil inscritos.
Eu sabia que tinha youtubers com 1 milhão de 
seguidores, que ganhavam igual ou menos do 
que eu. Na comparação, eu estava ótima. Então 
tomei a decisão de chegar a 100 mil inscritos no 
canal.
O Youtube Space chegou ao Brasil e eu fiz todos 
os cursos da época, passando mais ou menos 2 
meses indo para a sede do YouTube.
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O D E S E J O
C a p í t u l o 4 – C O I S A S D O 
C O R AÇ ÃO
A RUSSA
“Eu protegi o teu nome por amor. Em um codinome, Beija-
flor. Não responda nunca, meu amor. Pra qualquer um na 
rua, Beija-flor”
Conheci uma carioca Russa. Ela era Top model, viajava o mundo devido à sua 
carreira. Era ariana com ascendente em 
Sagitário e Lua em escorpião. A gente se 
conheceu por causa de um grupo numa rede 
social na qual fazíamos parte. Eu não falava 
com ela e nem ela falava comigo. Tinha uma 
personalidade forte, dominadora e extrovertida. 
Todo mundo amava ela nesse grupo e ela se 
denominava “rainha da porra toda”. 
A russa se expressava bem, falava 4 línguas. 
Muita gente do grupo vinha falar dela, que ela 
era incrível, maravilhosa, linda... O grupo todo 
estava afim dela, menos eu. Parecia que ela não 
tinha interesse em ninguém.
Fiquei na minha, até porque na verdade, eu 
nem era a fim dela, mas ela começou a me olhar 
de forma diferente. Começou a se aproximar e 
arrumou um pretexto para falar comigo.
Eu percebi que o motivo do contato era 
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O D E S E J O
puramente “se conhecer melhor”, mas o motivo 
inventado por ela era “moderação do grupo”. 
Conversamos nesse dia e no outro, e depois não 
conseguia mais dormir, pois queria falar com 
ela todo dia e toda noite. A gente se conectou 
de uma forma que parecia que eu tinha entrado 
em outra dimensão cósmica. Eu já comecei 
admirando ela pela garra de fazer as coisas 
acontecerem e pelo fato dela me apoiar muito 
nos meus projetos.
Ela: Quando você vai admitir?
Eu: O quê?
Ela: Que você está apaixonada por mim. O que 
mais seria?
Eu: Mês que vem eu te falo.
Ela: O que é que você mais quer na vida? Uma 
coisa que seja grande, não sei... você entendeu.
Eu: Quero você!
A gente se divertia muito, era como um vício, 
uma loucura, algo que não dá para explicar com 
palavras.
Eu me apaixonei perdidamente, estava louca 
por essa mulher, mas tinha um problema: ela 
tinha um grande descontrole pessoal e isso me 
deixava insegura com o futuro da nossa relação.
Eu sempre gostei de prever o futuro, de ter 
visão. Naquele momento a minha visão me 
mostrava que em pouco tempo as coisas não 
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O D E S E J O
iriam ser muito boas.
Parecia que eu estava em uma roleta russa e eu 
desisti antes de levar o tiro na cabeça.
Eu não queria me envolver emocionalmente, 
mas já estava envolvida. Hoje eu entendo que 
não gostava dos pequenos conflitos e de lidar 
com alguém que sempre buscava criar um 
problema, mesmo que nada tivesse acontecido. 
Imagine você gostar de alguém, vocês 
combinam e concordam em quase tudo, uma 
sincronia perfeita, vocês gostam das mesmas 
coisas e se agradam com o jeito do outro. 
Eu sabia que tinha que me afastar porque 
existe uma coisa que a inteligência, a paixão, a 
habilidade e a beleza não compram: a relação.
Eu estava apaixonada, sentia-me feliz em sentir 
essa energia, mas seguia só, pois eu tinha medo 
de me envolver mais com aquela pessoa. Às 
vezes ela encontrava um motivo para brigar e 
isso acabava com meu dia, até mesmo acabava 
minha semana, meu mês. Eu pensei em ter um 
relacionamento, mas sabia que isso poderia 
atrapalhar minha vida e meus planos.
Minha vida virou uma montanha russa: em 
um dia eu estava extremamente feliz, no outro 
estava em colapso. Eu não conseguia trabalhar 
todo dia, o meu desempenho foi caindo, a 
instabilidade emocional começou a me deixar 
com baixa autoestima e eu comecei a ficar triste 
todo dia. Não fiz um diagnóstico, mas acho que 
41
O D E S E J O
eu estava entrando em depressão por causa 
desse relacionamento.
Não compensava mais, me sentia como alguém 
que tem uma ferida sangrando e que se não 
tapasse aquilo, iria morrer em pouco tempo. 
Eu: Sabe, eu te amo, mas eu me amo mais. 
Desisto.
Ela: Você vai ter coragem de me deixar mesmo? 
Carol, e o nosso amor?
Eu: Não existe nosso amor. Você não me ama. 
Ela: Você está sendo egoísta Carol.
Eu: Pode ser, mas eu não vou acabar com 
minha vida por sua causa. 
Ela: Eu não esperava isso de você. 
Eu: Nem eu.
Então decidi focar no meu trabalho, ignorar os 
meus sentimentos e seguir em frente. 
Ela: O que você quer? Eu não te entendo. Eu 
sei que você gosta de mim, mas você se afasta. 
Parece que não quer...
Eu: Quero paz!
Ela: Isso eu não posso te dar. Você sabe como 
eu sou, eu posso te dar o mundo.
Algumas vezes na vida nos deparamos com 
situações complexas: fazer o que é melhor para 
si mesmo ou fazer o que você realmente deseja? 
42
O D E S E J O
Eu queria ficar com ela, mas eu sei que esse 
relacionamento iria puxar o meu pior lado. Ela 
queria que eu mergulhasse de forma passional 
e eu queria um amor que me ajudasse a ter paz, 
não instabilidade. Entrei em guerra com meus 
sentimentos para ter paz na minha cabeça.
O CONTROLE
Eu sempre faço uma conta na minha cabeça, uma conta subjetiva. O quão bem e mal algo 
vai me fazer? O que essa decisão vai me gerar no 
curto e longo prazo?
Toda decisão tem vários lados. Só podemos 
tomar boas decisões tendo o máximo de 
informações sobre o motivo da decisão. E tudo 
vai de alguma forma, gerar algo positivo e algo 
negativo.
Não que eu seja uma pessoa extremamente 
racional, na verdade meu coração é uma bomba 
atômica pronta para explodir. É por saber o 
meu nível de intensidade que eu evito situações 
que vão me gerar sentimentos negativos e 
profundos. 
Eu sempre soube que perder o controle poderia 
me custar muito caro, porque eu sou capaz de 
tudo!
Eu poderia fazer qualquer sacrifíciopor amor, 
mas o amor não é o suficiente para ter uma boa 
relação no geral. A relação pode tanto destruir, 
43
O D E S E J O
como ela pode construir o amor.
Do que adianta gostar de alguém, se a 
personalidade difícil é como lâminas de aço 
atiradas diariamente em pequenos conflitos? 
Situações como essa matam os bons sentimentos 
e alimentam os maus.
O PEIXE DOURADO
Certo dia, como de costume, dois pescadores foram para o mar, mas algo muito diferente 
aconteceu. 
Algo que vinha do fundo do mar começou a 
brilhar como ouro; um brilho resplandecente 
vindo das profundezas. 
Os pescadores pensaram em capturar aquilo. 
De repente, o brilho veio à tona e deu um salto, 
era um gigante peixe dourado. Eles ficaram com 
medo, saíram do mar e fugiram depressa para 
casa.
No dia seguinte tiveram coragem de voltar para 
o mar e, determinados, decidiram capturar o 
peixe, só que ele nunca mais apareceu.
Todos os dias os pescadores iam para o mar 
em busca do peixe dourado, mas uma grande 
oportunidade nunca aparece duas vezes.
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O D E S E J O
RUMO A GOIÂNIA 
“Uberaba e Uberlândia já deixei pra trás e Itumbiara 
entrando em Goiás, quase que eu decolo feito um avião. 
Eiii...Goiânia avisa aqueles olhos lindos que eu já cheguei”
Como uma boa tocantinense conheço Goiânia desde sempre. Meu sócio na época me 
convenceu a mudar de São Paulo para Goiânia 
para reduzir os custos da empresa. Como São 
Paulo não era de forma alguma o meu lugar 
preferido no mundo, foi bem fácil escolher me 
mudar.
GRATIDÃO
“O amor é maior que tudo. Do que todos, até a dor se vai 
quando o olhar é natural”.
Final de 2016, Goiânia. Fui convidada para uma festa de faculdade. Era aquela bagunça, 
bebidas que vocês já sabem. Fui com alguns 
amigos e comecei a conhecer pessoas novas. 
Sentamos em uma mesa grande, com várias 
pessoas na mesa. Todo mundo falava ao mesmo 
tempo, era aquele caos insuportável.
Um detalhe: meu amigo queria me empurrar 
uma comunista convicta, e eu apenas querendo 
morrer com aquela situação. A comunista 
tentava me conquistar com seus discursos e 
45
O D E S E J O
eu queria enfiar a cabeça em um buraco. Não 
estava suportando aquela garota até que de 
repente chegou uma gata, meu Deus do céu, que 
mulher linda. 
Ela era morena, com traços finos e parecia ter 
vindo daqueles filmes de guerreiras amazonas, 
como uma princesa guerreira. Aquela energia, 
aquela força, aquela sensualidade natural. Ela 
veio andando na minha direção, como se fosse 
me atacar e se sentou bem na minha frente. 
Frente a frente. Em algum momento, nossos 
olhares se cruzaram e entraram em sintonia. 
Meu coração começou a bater muito forte, como 
se fosse sair pela boca e a realidade ao redor 
desapareceu. O mundo parou, só existia ela 
no meu mundo. As vozes das pessoas gritando 
desapareceram, tudo estava em silêncio. O 
mundo tinha parado, sem trocar uma palavra, 
só pelo olhar. O coração a mil, o mundo 
calado, os olhos brilhando e aquela sensação 
intensa, extasiante, arrebatadora, incrível, sem 
explicação.
Olhando profundamente nos olhos dela, com 
meu coração saindo pela boca, perguntei:
Eu: Qual seu nome?
Ela: Karol e o seu?
Eu: Carol. Qual seu signo?
Ela: Aquário e o seu?
Eu: Gêmeos, sou seu paraíso astral. 
46
O D E S E J O
Ela: Opa, gostei disso. E aí, a gente daria certo?
De repente alguém puxou assunto e cortou 
nossa breve conversa, mas a conexão estava a 
mil. Enquanto as pessoas falavam eu começava 
a imaginar coisas.... Como a mesa era grande, 
não tinha como roubar um beijo dela, mesmo 
estando frente a frente. Comecei então a me 
imaginar subindo na mesa e beijando ela, sem 
falar nada, sem motivo algum. Que loucura, eu 
só pensava em beijar ela!
Eu olhava nos olhos dela, ela olhava nos meus 
olhos, meu corpo estava pegando fogo. Tudo era 
intenso. Cada pequeno movimento dela mexia 
com todo o meu corpo. Ela mexia no cabelo e eu 
parava de respirar. Comecei a ficar ofegante e 
meu coração começou a bater tão forte que era o 
único som que eu ouvia.
Ela me olhava com desejo, mordia os lábios sem 
querer, a boca dela estava vermelha, mas ela não 
estava usando batom. Dava para sentir o desejo. 
Comecei a pensar em transar com ela ali 
mesmo, no meio do povo, rasgando a roupa e 
se beijando loucamente com agressividade. Eu 
queria atacar ela, meu Deus, como eu queria 
atacar ela.
A imaginação começou a tomar conta da minha 
cabeça e eu já não sabia o que era realidade e 
o que era imaginação. Foi muito intenso! Um 
impulso, não sei como isso aconteceu! Quando 
eu vi, já estava beijando ela. 
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O D E S E J O
Depois disso, ela levantou, me puxou pelo braço 
e me levou para um lugar mais “discreto”.
Com o tempo começamos a nos conhecer mais. 
Ela era realmente uma pessoa sensacional!
Indescritível, quanto mais eu conhecia ela mais 
eu me apaixonava. Ela não morava em Goiânia, 
no momento estava fazendo um programa de 
faculdade, onde o aluno passa um semestre em 
outro estado. Ela morava no Amapá e faltava 
pouco tempo para ir embora.
Foi uma relação leve. Ela era compreensiva e 
inteligente, tinha muita maturidade, além de ser 
linda e sensual. Como falar disso? Difícil. 
Ela tinha uma energia de guerreira. Era uma 
pessoa correta, boa, amiga, alegre, viva e 
passava uma energia incrível. Uma pessoa que 
realmente valeu a pena viver para conhecer.
Eu estava realmente amando ela, pois tudo 
era leve. Eu queria realmente ficar com ela. 
Fazia perguntas sobre a vida dela para ver se a 
gente daria certo. Ela respondeu que gostava 
do curso e estava determinada a concluí-lo. Eu, 
por outro lado, tinha um escritório e não podia 
viajar atrás dela. Claro que não comentei isso, 
simplesmente aceitei o fato dela precisar ir 
embora, mas no fundo minha vontade era pedir 
para ela ficar comigo ou eu ir junto. 
Antes dela ir embora, combinamos de fazer 
uma tatuagem sobre o sentimento da nossa 
relação. Tatuamos “gratidão” em tinta roxa, a 
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O D E S E J O
cor da espiritualidade, porque nosso encontro 
não foi só de corpo, foi de alma.
Não sei se foi certo deixar ela partir e não ir 
atrás, mas me sinto como os pescadores do 
conto que perderam a oportunidade do peixe 
dourado. Depois desse relacionamento eu segui 
procurando alguém como ela: inteligente, 
sensual, compreensiva, madura, ouvinte, forte e 
delicada.
Eu continuei acompanhando a vida dela nos 
meses seguintes. Ela tinha voltado com a ex-
namorada. Fiquei com ciúmes e tranquila ao 
mesmo tempo, porque pensei que ela estaria 
bem. 
Na época eu não tinha percebido, mas hoje 
eu sei como ter conhecido essa mulher mudou 
minha vida. Percebi que eu estava errada na 
minha forma de lidar com as minhas relações. 
E eu que sempre gostei de mudanças, naquele 
momento só queria que o tempo parasse e que 
nada mudasse, para passar o máximo de tempo 
com ela.
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O D E S E J O
C a p í t u l o 5 – t r a n s m u t a ç ã o
VAMOS FALAR DE NEGÓCIOS 
Em Palmas, a cidade que cresci do Tocantins, usávamos o termo raposa para denominar 
aquelas pessoas rápidas, sorrateiras que 
sabem enganar os outros sem que isso gere 
desconfiança. E eu fui enganada por uma 
maldita raposa.
Em um dia aleatório, no início de 2016, um 
antigo amigo me mandou mensagem, falando 
que tinha muitas ideias e que poderia ajudar 
meu projeto de diversas formas. Como meu 
foco era o trabalho, dei atenção a ele e viramos 
sócios. Foi ele quem me fez mudar para Goiânia. 
Não sabia na época, mas essa decisão trouxe 
consequências graves para minha vida. 
Nunca faça o que vou falar a seguir. Eu deixei 
toda a administração e o financeiro na mão 
dele. O dinheiro do projeto simplesmente sumia, 
ele inventava mentiras e desculpas. No início 
eu não entendia e não percebia o que estava 
acontecendo. Como estávamos investindo 
em estruturas eu acreditava nas mentiras 
dele. O projeto estava bombando e o dinheiro 
desaparecia, eu trabalhava muito e cada vez 
recebia menos. Apenas um ano depois eu 
percebi que ele estava me roubando. 
Nesse momentotínhamos uma pequena 
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O D E S E J O
equipe de 7 pessoas e eu via que nada ia para 
frente, muito pelo contrário, quanto mais eu 
trabalhava, pior ficava.
Eu entrei em colapso por causa disso. Levei 
1 ano para me recuperar financeiramente e 
emocionalmente.
O principal problema de uma situação como 
essa é que você para totalmente de confiar nos 
outros e também perde a autoconfiança para 
fazer novos projetos. Perde a energia vital. Ficar 
frustrado ou triste é algo que não gera nada de 
positivo. 
Um por um. Quem me passa a perna ou ofende 
minha honra paga na minha lei. Qual lei? O 
código.
Uma pessoa tem todo direito de agir como 
quer, tem a opção de ser leal ou falso. Mas esta 
não pode controlar as consequências negativas 
das suas ações. Quem escolhe as consequências 
é o traído e não o traidor. O que eu fiz? Vou 
deixar por conta da sua imaginação.
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O D E S E J O
A TRANSCENDÊNCIA - 1000 HZ
Certo dia aconteceu um evento que marcou a minha vida que denominei de 
transcendência. Eu abri os olhos.
Antes eu passava todos os dias buscando abrir 
o terceiro olho, compreender o mundo espiritual 
e de repente tudo estava na minha cara. Tive 
inúmeras conexões e experiências espirituais.
Hoje vejo que foi aquele momento onde 
realmente comecei a minha jornada. Eu não 
tinha mais medo de nada.
Eu me conectei de uma forma com a vida 
espiritual, que aos poucos comecei a entender 
tudo ao meu redor. Comecei a entender os 
fenômenos da vida, a profundidade do espirito 
e da matéria e a experiência de viver, o que 
realmente eu sou como ser espiritual.
52
O D E S E J O
FAROESTE CABOCLO 
Em março de 2017 minhas contas foram bloqueadas por conta de uma empresa que 
minha mãe abriu no meu nome quando eu tinha 
12 anos. Sim, eu passei 3 meses sem conta, foi 
complicado. Nesse período, por alguma intuição, 
eu sacava todo o meu dinheiro e graças a Deus 
tinha dinheiro vivo, o que amenizou minha 
situação. 
Diante dessa situação, sem contas físicas e com 
o fim da empresa de Goiânia, não tinha nada 
que eu pudesse fazer nessa cidade, eu precisava 
sair de lá. Pensei bem pouco para onde iria; 
decidi ir para “’Brasiliaaaaaaaa’, nesse país 
lugar melhor não há...”
53
O D E S E J O
ESTOY AQUÍ
Depois de chorar um dia inteiro, liguei para o Felipe. O Felipe é meu braço direito, ele é 
do signo de aquário. Penso que o tempo máximo 
para sofrer por algo é um único dia. Pesquisas 
nos dizem que o tempo de luto é 1 mês, mas eu 
não tinha esse tempo para perder.
O Felipe fazia parte da minha equipe, era o 
melhor. Ele sempre foi genial, dava boas ideias; 
era discreto e confiável.
Um dia um garoto super fofo me enviou um 
desenho e eu fiquei impressionada com o talento 
dele. Decidi entrar em contato e disse: “Não sei 
o que vamos fazer, mas vamos fazer algo”. De lá 
para cá, fizemos muitas coisas juntos. Nossos 
pensamentos são complementares, temos uma 
conexão telepática, eu penso algo e ele fala e faz 
e vice-versa. Algo impressionante e inexplicável!
Na ligação, o Felipe disse que já estava ciente 
do que tinha acontecido e do rompimento da 
empresa. Conversamos e decidimos seguir 
juntos. Então a minha equipe era eu e o Felipe. 
Brincamos que trabalhávamos por 30 pessoas, 
rendíamos mais do que a equipe antiga inteira.
Logo, eu estava em Brasília, morando em um 
prédio de alto padrão. Aproveitei esse tempo 
para fazer contatos com políticos, assessores 
e pessoas relacionadas a órgãos públicos de 
relevância. 
Foi um momento de reconstrução e expansão. 
54
O D E S E J O
Fizemos aliados e contatos fortes.
A ADVOGADA
Em 2017, conheci uma mulher linda, imponente, falava firme e tinha uma 
presença forte. Uma pessoa bem resolvida que 
sabia o que queria. Libriana. Ela era 5 anos mais 
velha que eu.
Imagina um vendedor que usa PNL, hipnose, 
gatilhos mentais, persuasão pesada, técnicas 
mirabolantes de venda... imaginou? Não chega 
perto do poder de convencimento de uma 
advogada. Um dia ainda vou descobrir que 
magia tem nessa retórica. 
Ela me convenceu a firmar um relacionamento 
sério.
Tínhamos uma coisa em comum muito forte, a 
ambição. 
Ela ambicionava ter muito dinheiro e 
segurança, eu ambicionava a riqueza e posses. 
Se você ler rápido pode parecer algo próximo, 
mas é oposto. Dinheiro e Segurança x Riqueza e 
posses.
O dinheiro e a segurança falam sobre a 
autoproteção, necessidade de se sentir em 
segurança. Já a riqueza e posses resumem sobre 
conquista e poder. Conquistar ou preservar?
Uma pessoa normal diria que os dois são 
55
O D E S E J O
importantes obviamente, mas nesse momento, 
pensávamos profundamente cada uma em uma 
coisa. 
Ela queria guardar 100 mil (em investimentos 
conservadores), já eu queria investir 100 mil (em 
empresas). Pode parecer algo parecido, mas não 
é.
Eu queria ganhar e gastar, ela queria guardar 
para ganhar.
Parece até um detalhe, uma vírgula na 
reflexão, mas não. Ela queria controlar o meu 
dinheiro e isso começou a me incomodar muito.
No fim, cada uma teve o que queria: ela saiu 
com mais dinheiro e eu mais rica. Dinheiro X 
Riqueza. Qual a diferença entre os dois?
O dinheiro é uma face da riqueza e a riqueza 
financeira é possuir bens materiais.
Eu queria investir em uma empresa, ela dizia 
que eu ia perder dinheiro. Ela queria guardar 
dinheiro e eu dizia que ela ia perder riqueza. É 
quase um detalhe, mas que faz toda a diferença.
Ela me mostrou o caminho que eu não queria 
seguir, eu mostrei o caminho que ela não queria 
e não foi difícil decidir seguir cada uma com o 
seu próprio caminho.
56
O D E S E J O
JESSICA
“Eu consigo planejar todo um futuro, do teu lado e parece 
tão seguro: me envolver, e sentir, e querer.”
No final de 2017 conheci a Jessica, estoniana, linda, loira dos olhos azuis. Parecia um 
anjo, signo: áries. Ela tinha feito uma consulta 
comigo e teve excelentes resultados. Seguimos 
conversando como uma amizade e tínhamos 
muita coisa em comum. Nesse momento ela 
morava em Berlim na Alemanha. 
Seguimos sendo amigas e nos aproximamos 
cada vez mais. Começamos a ter uma grande 
conexão. Ela me mandava mensagem enquanto 
eu estava dormindo, devido à diferença de fuso 
horário, e eu acordava na hora ou sonhava com 
ela me chamando.
Ela viria de visita para o Brasil no fim do ano, 
me perguntou se eu queria algo da Alemanha, 
eu falei que sim. Enviei um PDF chamado “lista 
de produtos.pdf”, mas nele só estava escrito 
“quero tomar um café com você” em letras bem 
grandes.
Nossa conexão foi tão forte que ela decidiu 
abandonar sua vida na Alemanha e vir morar 
comigo no Brasil. Iríamos recomeçar nossas 
vidas juntas. Ela acabou vindo para o Brasil em 
dezembro de 2017.
57
O D E S E J O
C a p í t u l o 6 – A A r t e da 
G u e r r a : a e s t r a t é g i a d o 
a t a q u e s u r p r e s a
NEM TUDO SÃO FLORES
“Os fãs de hoje são os linchadores de amanhã”
Em 2018 eu já tinha pegado raiva do público, dos haters e do YouTube. Acho que 2017 foi o 
ano mais insuportável da internet, as pessoas 
eram mal-educadas e sinceramente eu queria 
encontrá-las na rua e brigar fisicamente. 
Comecei a odiar ser uma pessoa pública. 
Percebi que eu não poderia ter apenas uma 
fonte de renda. Comecei a pesquisar sobre ouro, 
pedras preciosas e outros itens de alto valor.
Aos poucos comecei a colecionar ouro, 
diamantes, pedras preciosas e isso virou um 
vício.
Eu não sabia, mas foi nesse momento que 
começou a CrownJoias, que só veio a existir de 
fato no ano seguinte.
Quando a Jessica veio para o Brasil, parei tudo 
e decidi viver uma vida a dois. Inicialmente foi 
muito conturbado pela adaptação dela no Brasil 
(acredite, é um parto voltar para o Brasil). Viver 
no Brasil não é para iniciantes.
58
O D E S E J O
A ARTE DA GUERRA
“O conflito, a guerra, tem um único objetivo, a paz”
Quando um inimigo invade seu território, por honra você deve cortar a cabeça de todos os 
soldados em praça pública. Caso contrário, você 
perde respeito até mesmo dos seus aliados. Alémdisso, novos oponentes começam a aparecer, 
tendo vista a sua fragilidade territorial. 
Ao ser atacado, você deve contra-atacar. 
Para isso é necessário estudar seu oponente, 
calcular cada passo do opositor. Entender suas 
estratégias e ferramentas. Caso seu oponente 
seja mais forte, é necessário se preparar para 
um ataque surpresa.
Quando atacar? O melhor momento para atacar 
seu inimigo é quando ele acredita que está por 
cima, quando ele está autoconfiante e satisfeito 
com seus resultados. Se puder, ajude ele 
ocultamente a chegar ao topo, usando aliados 
em comum, até mesmo facilitando recursos 
materiais. Quanto mais rápido ele achar que 
está no poder, mais fácil derrotá-lo.
“A arrogância precede a queda”, apenas os 
humildes não ficam arrogantes ao chegar em 
algum nível de poder. Porém, é raro encontrar 
um humilde que tenha interesse no poder. 
Praticamente todos que chegam ao poder se 
tornam arrogantes e esse é o melhor momento 
para um ataque surpresa.
59
O D E S E J O
O ataque surpresa é uma estratégia muito 
comum usada em praticamente todas as 
guerras. Você ataca seu inimigo no auge dele 
e como você o ajudou a chegar ao “topo”, você 
sabe todas as fraquezas e suas estratégias. 
É tão fácil pegar o inimigo no ataque surpresa, 
como pegar um rato usando uma ratoeira, é só 
dar a isca certa que ele mesmo vem correndo 
para a armadilha. 
DE VOLTA AO DESERTO DAS 
RAPOSAS
“Vejo o futuro no horizonte, do teu povo vem à fonte no 
coração de quem quer vencer. Te amo, Palmas, e no seio de 
tuas serras recebeste todos e os fizeste filhos da terra”.
Chamávamos Palmas de “o deserto das raposas”, com sua clássica temperatura 
amena de 40 graus quase todos os dias. No 
deserto das raposas também tinham cobras, 
escorpiões, leões e lobos. Sabe, era difícil saber 
em quem confiar, já que todo mundo parecia ser 
perigoso de alguma forma.
O ano era 2004 e um dia saí do meu mundo 
encantado dos novos ricos e fui estudar em uma 
escola pública no fim do plano diretor da cidade. 
Cheguei na escola com minha bike que custava 
alguns milhares de reais, roupa nova passada 
e tênis novo brilhando. Eu era uma anomalia 
60
O D E S E J O
naquele ambiente e iria sofrer as consequências. 
Chegando na escola um índio criança me 
morde, uma mordida desgraçada que sangrou 
muito e deixou meu braço roxo por vários dias. 
Depois disso, tomou o meu lanche da minha 
mão. 
Com o tempo entendi que a maioria das 
pessoas daquela escola passavam sérias 
dificuldades financeiras e esse garoto 
simplesmente não tinha comida em casa. Eu 
estava em outro mundo mesmo. 
Vamos avançar alguns anos. Naquela época o 
índio tinha uns 8 anos, seu signo era escorpião. 
Quando cresceu seu apelido virou “Cobra”; ele 
era calado, se aproximava e atacava de forma 
imprevisível. A verdade é que ele acabou se 
tornando uma das pessoas mais perigosas da 
cidade. Ele ateava fogo no comércio dos outros 
porque os concorrentes pagavam. O rapaz era 
um verdadeiro terrorista.
Voltando para o tempo da escola, comecei 
a levar comida da minha casa todo dia para 
o Índio e para outros colegas que também 
passavam dificuldades. O Índio era terrível, 
mas comigo ele virou um amor, sempre que ele 
me via corria para me abraçar; eu chamava ele 
de “meu amiguinho”. Ele era engraçado, fingia 
que não falava português, sempre calado, mas 
entendia mais que eu.
Um dia alguém colocou pó de mico no 
61
O D E S E J O
ventilador da minha sala e ficamos com coceira 
durante uma semana. A escola não tinha aulas 
de história, só se ganhava notas nessa matéria 
quem capinava o lote atrás da escola. 
Como sempre, me adaptei. A escola também 
tinha algumas coisas maravilhosas. Tinha 
muito foco nos esportes e lá aprendi capoeira. 
Nessa época era ótimo lutar porque ninguém 
tinha frescura, diferente das aulinhas que eu 
tinha nas escolas de rico, onde qualquer coisa 
os alunos já choravam. Teoricamente o esporte 
era capoeira, mas na verdade era o antigo “vale 
tudo”.
Na minha sala tinha um aluno repetente, eu 
tinha 10 anos e ele 15 anos. Certo dia, um outro 
colega mais velho tomou meu lanche que eu 
comprei no recreio e eu joguei a minha mesa 
nele, era assim que as coisas funcionavam por 
ali. Claro que o “coleguinha” se machucou feio, 
já o meu colega repetente ficou impressionado. 
“Puta que pariu, de onde veio isso?”. E a partir 
daí, começamos uma longa amizade. Vou 
chamar ele pelo signo, Leão, que virou meu 
melhor amigo. 
A história do Leão era complicada. O pai dele 
tinha sido morto pela polícia, estava em uma 
situação financeira bem ruim e também tinha 
vários irmãos. Enfim... você já entendeu.
O Leão certamente foi meu primeiro melhor 
amigo, ajudei ele a passar de ano finalmente, 
estava a séculos na quinta série. Conversávamos 
62
O D E S E J O
sobre o mundo e sobre o futuro. 
Mas algo trágico aconteceu, antes de falar 
sobre isso, você precisa entender o “terreno”, 
onde tudo acontecia. O “terreno” é uma lição 
da Arte da Guerra: você precisa entender o 
seu terreno, ou seja, o local onde sua batalha 
acontece.
A escola era no fim do plano diretor, se 
você saísse do plano diretor coisas terríveis 
aconteciam, como assassinatos e estupros, todo 
dia alguém levava uma facada na rua. Era crime 
por tudo, se uma pessoa olhava feio para outra 
levava uma facada na rua. Nunca vi uma pessoa 
xingar a outra ali. Todo dia alguém comentava 
sobre alguém que morreu ou estava no hospital 
por causa de facada. Na falta do estado a 
peixeira, um facão grande, era a lei.
O Tocantins antigamente era o norte do Goiás, 
a região mais pobre do estado, que não tinha 
nada, era só pobreza e miséria. Em 2004, ano 
da nossa história, Palmas já tinha alguma 
estrutura, mas essas coisas ainda aconteciam 
com muita frequência. Detalhe, 90% das 
crianças dessa escola moravam fora do plano 
diretor. Era uma área considerada fora da 
cidade, ou seja, fora da lei, como um faroeste.
Certo dia houve um estupro e a menina quase 
morreu, todo mundo ficou sabendo porque a 
polícia encontrou a garota quase morta. Essa 
garota era irmã do meu amigo Leão. 
63
O D E S E J O
Depois desse dia ele só falava em vingança e 
matar quem fez isso. Ele foi ficando estranho, 
cada dia mais estranho e calado. O Leão já 
tinha 16 e eu 11. Eu saí da escola e continuamos 
amigos. 
Anos depois alguns colegas em comum falaram 
que ele tinha matado um cara e fugido para o 
Pará ou Maranhão... na verdade ninguém sabia 
para onde ele tinha ido. 
Dois anos depois vi o Leão na rua e falei, “Não 
acredito cara! Que saudade! ”. Ele me chamava 
de “meu amor” e falou “Meu amor, que bom 
te ver. Acho que você já sabe o que houve. ” 
Falei “Não sei, falaram muita coisa, decidi não 
acreditar em nada.” Então ele me contou. 
Já fazia um tempo que ele começou a matar 
os estupradores. Tinham vários naquela época, 
que ficavam esperando as mulheres passarem 
fora do plano diretor da cidade. A polícia sabia 
e gostava disso porque não precisava sujar as 
mãos. 
Meu amigo Leão já era matador, mas não 
profissional. Naquela região é uma profissão 
comum.
Ele queria colocar medo. Um dia um cara sem 
amor pela vida xingou o meu amigo, falta de 
juízo. Morreu com 17 facadas no meio de todo 
mundo, em uma tarde, em dia de semana. Foi 
um crime de honra.
Como era menor de idade não aconteceu muita 
64
O D E S E J O
coisa. Ele foi para aquelas prisões de menores e 
depois foi solto, ou seja, os boatos eram falsos 
e ele não tinha fugido nem viajado para lugar 
nenhum. 
Vi meu amigo, fiquei super feliz. Perguntei 
para ele qual foi a sensação de se vingar. Ele 
disse que era de boa, mas tinha pesadelos todas 
as noites. 
Conversamos por muitas horas, do início da 
tarde até meia noite, algo assim. Eu fiquei feliz 
de ver meu amigo e ele se impressionou com o 
fato de eu não ligar muito para o que ele fez. 
Anos depois, recebi uma mensagem nas redes 
sociais, era o advogado do Leão. A conversa:
Advogado: Olá, você conhece o Leão?
Eu: Sim, porque?
Advogado:Ele pediu que você o ajudasse a 
pagar os honorários advocatícios. 
Eu: Quanto é?
Advogado: R$ 5.000,00
Eu: Me passa a conta.
Advogado: Você não quer saber o que houve? 
Eu: Não, quando ele quiser, ele me conta.
Ele acabou saindo da cadeia pela milésima vez 
poucos meses depois e me ligou.
Leão: Oi meu amor!
65
O D E S E J O
Eu: Quem é?
Leão: Não lembra mais de mim?
Eu: Quer me matar de susto seu louco?
Leão: Não consigo falar muito, meus créditos 
vão acabar. Estou ligando para agradecer. Não 
é bom você ficar falando comigo. Não quero 
que você saiba muito de mim para não te 
prejudicar. Só queria saber se você precisa de 
dinheiro, estou com 100 mil na mão.
Eu: Não preciso, obrigada! Fica com Deus! 
Manda notícias!
Certo dia conversei com o amigo do amigo de 
um amigo. “Você já conheceu esse cara?” Falei 
que precisava falar com o Leão, por causa de 
uma situação pessoal que eu precisava resolver.
Um detalhe: a maioria dos meus amigos 
daquela época viraram policiais, bandidos e 
advogados. Todos continuaram tomando cerveja 
juntos, como velhos amigos.
No ano de 2017 recebi uma visita pedindo para 
eu encontrar meu velho amigo em Goiânia. 
Tinha um encontro às 15:00 com o Leão. Era o 
início da minha estratégia, ataque surpresa. 
Leão: Carol? Como você está linda!
Eu: Quase não te conheci, tá bem, hein!
Leão: Tô livre, Carol, um homem livre. 
Totalmente livre!
66
O D E S E J O
Eu: Pode conversar de boa?
Leão: Posso, estou livre mesmo. Sem dívidas 
com a justiça.
Eu: Como está a sua vida? 
Leão: Estou bem, no Pará, sabe como é. Ganhei 
um garimpo de ouro em troca de um serviço.
Eu: Tá rico né, safado!? Você tá indo para a 
academia?
Leão: Que nada, é cadeia, só tem isso para 
fazer. 
Eu: Tô com um problema, por isso mandei te 
chamar.
Leão: O que aconteceu?
Eu: Um cara da internet fez uns vídeos me 
ofendendo.
Leão: A honra, eu sei. Quer que eu mate ele?
Eu: Não sei, na verdade queria saber sua 
opinião.
Leão: Explica isso ai!
Eu: Eu sinto muita raiva, o cara sempre ofende 
os outros e nada acontece com esse filho da 
puta. Quero fazer com as minhas próprias 
mãos.
Leão: Não precisa se sujar com isso, deixa que 
eu faço, vai ser um prazer. 
67
O D E S E J O
Eu: Na verdade, eu quero saber outra coisa. Se 
sua raiva passou depois que você se vingou.
Leão: Sim e não. Sinto que a raiva saiu de mim, 
mas vem outra coisa no lugar.
Eu: Sinceramente eu quero acabar com ele em 
público, na frente de todo mundo. 
Leão: Em público? Na rua?
Eu: Não, ao vivo, em vídeo.
Leão: Por que isso? Não entendi...
Eu: Me ofendeu em público, vai pagar em 
público. Um por um. A falta de juízo mata o 
homem.
Leão: Agora eu entendi, de boa, tá certa. Faria 
o mesmo. Tocantins, né.
Eu: Só tenho medo da lei.
Leão: Carol não entendo de lei, só de matar 
mesmo. Não sei o que dizer.
Eu: Sem problemas. Eu vou resolver.
Leão: Você não precisa fazer isso. Se você 
quiser eu mato ele ou coloco um camarada 
para resolver isso, não se suja com essa merda. 
Esse filho da puta vai acabar destruindo sua 
vida. 
Eu: Quero que todos saibam que fui eu.
Leão: Isso é loucura! Vai virar matadora agora?
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O D E S E J O
Eu: Ainda não sei.
O CÓDIGO CROWN: A Lealdade
Entenda o código e sempre terá aliados. O código da lealdade é a lealdade. Uma vez que 
as pessoas reconhecem você como leal, sua vida 
fica bem mais fácil. No fundo, todos querem 
confiar em alguém, mas a maioria das pessoas 
são falsas e superficiais.
É do nosso instinto animal precisar confiar, 
ter parceiros, pessoas que nos protegem e que 
são protegidas por nós. Queremos confiar, isso é 
natural. 
Uma vez que você é leal, a pior pessoa do 
mundo e a melhor pessoa do mundo vão confiar 
em você. Não é sobre o outro, é sobre você. 
A lealdade conquista os bons e os maus. De 
tudo que eu vi na vida, acredito que a lealdade 
seja uma das poucas coisas que agrada a gregos 
e troianos. 
Até uma cobra é amável quando se sente em 
segurança, o leão é dócil e o escorpião confiável. 
Todos querem confiar, poucos são confiáveis. 
The Crown Code 
69
O D E S E J O
O ALPHA
“Nós dois temos os mesmos defeitos. Sabemos tudo a nosso 
respeito. Somos suspeitos de um crime perfeito, mas crimes 
perfeitos não deixam suspeitos.”
Eu tinha 16 anos. Um amigo me apresentou um rapaz. Vou chamá-lo de Tigre pelas 
características desse animal. É bonito, 
inteligente, rápido, predador e principalmente 
acima de tudo, o tigre é estratégico. Tem até um 
ótimo livro chamado “A estratégia do olho do 
Tigre”, vale a pena ler. 
Eu estava no ponto de encontro onde sempre 
via meus amigos e chegou o Tigre. Um cara 
muito bonito, parecia aqueles bad boys de 
filme americano, um cara alto, forte, loiro dos 
olhos azuis. Ele começou fazendo mil e uma 
perguntas, e eu, um pouco desconfiada, só 
queria saber “Quem é esse intrometido que 
pergunta mais que a boca?”. Nunca gostei de 
responder muitas perguntas. 
Diante daquele bombardeio de perguntas, 
respondi “Estou em um interrogatório e não fui 
informada?”. Por algum motivo ele achou isso 
muito divertido e continuou puxando assunto. 
Como não dei muita moral, ele começou a 
querer aparecer para os outros. 
Comecei a analisar esse cara que nunca tinha 
visto antes: ele estava com camisa e calça social, 
cabelo arrumado e tênis de skatista. 
70
O D E S E J O
Não precisei fazer perguntas, os meus amigos 
que se interessaram por ele fizeram esse 
trabalho por mim. Ele começou a falar da vida 
dele, comentando que estava saindo da aula, era 
por volta de 20h, ele estudava direito e estava no 
último ano. Visivelmente um cara extremamente 
forte fisicamente, alto e inteligente. 
Ele tinha uma retórica perfeita e amava 
chamar atenção. Meus amigos ficaram muito 
impressionados com ele por ser muito bonito. 
Até hoje nunca mais vi um homem tão bonito 
quanto o Tigre. 
Então os dias seguintes ele aparecia no nosso 
grupo de amigos, todos os dias. Começou a me 
levar presentes e falava que ia casar comigo, 
mesmo sem eu ter dado nenhuma moral para 
ele. 
Todas as garotas davam em cima dele e os 
viados também. Ele era o Alpha. Incomodava os 
outros caras, era visível uma mistura de inveja e 
admiração dos outros rapazes. 
O vocabulário dele era impecável, era animado 
e tinha uma energia bem solar, um aquariano 
com ascendente em leão. Começamos a ficar 
amigos, cada vez mais amigos. 
Ele afirmava com toda certeza que iria casar 
comigo. Eu não entendi que palhaçada era 
aquela, já que eu não tinha o menor interesse 
em ter uma relação com ele. 
Começamos a estreitar nossa relação, ao 
71
O D E S E J O
ponto que saíamos juntos, só eu e ele, mas não 
ficávamos e nem nada.
Passou os meses e ele não ficava com ninguém. 
Eu seguia minha vida normalmente, até que um 
dia ele insistiu muito para ficar comigo, disse 
que merecia uma chance, passou horas dando 
vários argumentos. Se um dia algum advogado 
quiser te convencer de algo, saia de perto, 
porque esses malditos sempre conseguem.
Certo dia estávamos correndo de carro a quase 
200 km por hora e ele começou a falar que se 
eu ficasse com ele faria tudo que eu quisesse, 
que iria ser meu escravo e iria fazer tudo que eu 
mandasse. Enfim, eu caí na conversa. Advogados 
são piores que vendedores.
Começamos a ter uma amizade colorida, mas 
já no início não estava muito legal para mim. 
Sinceramente não conseguia ver futuro, pois 
nunca me imaginei com um cara, casada e dona 
de casa. Essa proposta realmente era frustrante 
para mim. Ele falava que queria casar comigo 
e ter filhos e isso me deixava cada vez mais 
estranha sobre essa relação. 
A verdade é que ele era perfeito para mim, 
o único problema era que eu nunca gostei de 
homem e por isso, infelizmente, não consegui 
corresponder o sentimento que ele tinha por 
mim.
Mas nossa amizade ficava cada vez mais forte. 
Segundo ele éramos ricos amaldiçoados, falava 
72
O D E S E J O
que éramos iguais, e ele estava certo. Isso virou 
uma piada interna. 
O Tigre iria se formar em direito naquele 
ano eme chamou para começarmos uma vida 
juntos. Eu morava sozinha e ele também, não 
suportávamos nossa família. Nossa vida parecia 
um conto de fadas para quem estava de fora, 
mas a realidade era diferente.
Conversávamos sobre sonhos e sobre o futuro. 
Ele perguntou qual era meu sonho, eu falei que 
queria ter uma empresa, mas eu não sabia bem 
do que. Quando perguntei sobre o sonho dele, 
ele disse que queria ser juiz.
Pouco tempo depois terminamos. Na verdade, 
eu terminei com ele. Não daria certo aquela 
relação. Só esperei ele se formar na faculdade 
porque sabia que isso poderia gerar muita 
instabilidade emocional, fazendo com que ele 
desistisse do curso. Ele já estava por um fio da 
faculdade, então esperei a hora certa. Quando 
ele se formou, terminamos. 
Ele não falou nada e se mudou para o Rio de 
Janeiro, fiquei sabendo disso por um amigo.
Os anos passaram e em 2015 se tornou Juiz. 
Fiquei sabendo por pessoas distantes. Enviei 
uma mensagem dando os parabéns pela 
conquista e voltamos a nos falar com conversas 
breves e a mesma intimidade.
Ficamos distantes por anos, e em 2017 pedi a 
ele um conselho. Ele me convidou para ir ao Rio 
73
O D E S E J O
de Janeiro passar um fim de semana. Fui, fiquei 
em Copacabana na casa dele, saímos, tudo era 
como antes, como se o tempo tivesse parado, 
nada mudou.
Conheci um grupo de amigos dele em um 
jantar privado, entre promotores e juízes. Todo 
mundo queria saber do seu mapa astral, todos 
fizeram consulta astrológica comigo nos dias 
seguintes.
De volta à casa dele, conversamos sobre o tema 
e falei da minha situação. Obviamente, que para 
criar a estratégia do ataque surpresa, é preciso 
ter um planejamento de gestão de riscos, para 
que ao executar a estratégia, tenhamos o 
mínimo possível de danos.
Eu: Tem um rato me atacando na internet, eu 
quero em me vingar. À moda Tocantins. Sabe 
como é né?
Tigre: Sei quem é esse cara. Se for fazer, faz 
“direito”. Não cai na casca de banana. Tá cheio 
de processos nas costas. Já li alguns contra ele. 
Esse aí não vale nada.
Eu: Como eu consigo fazer em público, ao vivo, 
sem ter problemas?
Tigre: Vai ser algo prejudicial de qualquer 
forma, mas tem um jeito de resolver, pelo 
menos dentro da lei.
Eu: Como?
74
O D E S E J O
Tigre: Faça um contrato, inventa uma 
historinha, uma luta, rivalidade, qualquer 
firula e cria um acidente. Por exemplo, um 
mata-leão, um golpe na cabeça. Segura o golpe 
mais tempo, ataca um ponto vital, tem várias 
formas “sem querer”.
Eu: Deixa eu ver se entendi. Tipo, fazer ele 
assinar um contrato para lutar comigo e 
acabar com ele no “acidente”?
Tigre: Isso. Faça ele assinar o contrato. Não faz 
nada sem o contrato. Se fizer como eu estou 
falando, pode ficar tranquila, no máximo vai 
gerar uma polêmica na mídia. “O Cara morreu 
numa luta, por acidente”. Aí você fala que não 
era sua intenção, inventa uma desculpinha. 
Aquela velha conversa fiada.
Eu: E na justiça? Isso que me preocupa.
Tigre: Ela está do seu lado. Só faça “direito”.
Eu: Entendi. E se algo acontecer? E se o juiz 
entender que eu fiz de propósito?
Tigre: Você recorre eternamente. Como juiz, 
garanto que você pode dormir tranquila. 
Obrigada meu amor.
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O QUE É A JUSTIÇA?
Entre meus melhores amigos há um juiz e um justiceiro. Quem é mais certo? Quem é 
mais errado? Quem pode julgar? É errado fazer 
justiça com as próprias mãos? A justiça dentro 
da lei é mesmo justa?
E seu eu o processasse, o que eu ganharia com 
isso? Nada. 
Quem determina o que é justo? Só quem viveu 
a injustiça tem o direito de julgar.
O MOTIVO
No ano de 2018 desacelerei.Durante a minha história na internet eu 
nunca havia ofendido ninguém ou falado mal 
de alguém, mas como eu decidi resolver as 
pendências, ainda tinha algo que me perturbava 
que deveria ser resolvido. 
Certa vez o rato, Felipe Neto, atacando e 
ofendendo os astrólogos, revidei, fiz um vídeo 
falando algumas verdades sobre “um vagabundo 
que ganha dinheiro falando mal dos outros”. 
Ele postou um print do meu vídeo em sua 
página de rede social borrando o nome do meu 
canal. Criando uma falsa narrativa de que eu 
estava atacando ele, quando na verdade ele que 
mexeu com quem estava quieto. E ainda fez lives 
atacando diretamente a mim.
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Isso aconteceu em 2016, porém no momento, eu 
não tinha tempo de dar atenção a essa ratazana, 
mas em 2018 eu tirei “férias”. 
Então, decidi responder. Minha resposta: A 
VINGANÇA!
Em vídeo, chamei ele para uma briga em um 
octógono, onde caso ele participasse da luta 
ganharia o prêmio de R$ 1.000.000,00. Bastava 
assinar o contrato. Você assinaria?
Resultado: Felipe Neto, fugiu da luta, como 
um rato covarde que ele é! Ficou com medo, 
com razão, eu teria finalizado o assunto com as 
minhas próprias mãos.
Depois do contra-ataque, a ratazana começou a 
andar com guardas armados e carros blindados. 
(Risos)! Quem não deve, não teme.
É, 2018 foi um ano intenso.
A HONRA
O nosso código de conduta deve ser forte o suficiente para se defender de injustiças. 
Evite fazer o mal aos outros e principalmente 
que os outros façam o mal a você. Caso a 
situação tenha saído do controle, só a guerra irá 
equilibrar. 
A guerra é um instrumento da paz. 
Ter honra é respeitar a si mesmo.
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A MÍDIA
“Eles querem te vender. Eles querem te comprar. Querem 
te matar (a sede). Eles querem te sedar”
Eu não queria viver uma vida sendo atacada pelos ratos da mídia. 
Onde já se viu um rato querer brigar com um 
lobo? Percebi que eu estava errada. A mídia é 
para os ratos, os negócios são para os lobos.
A partir desse momento houve um grande 
rompimento para mim sobre a mídia e a 
internet. Quando entrei, não esperava que 
existisse tanta gente mau-caráter que usava 
essa estratégia suja de atacar os outros como 
conteúdo do seu canal, coisa que não é exclusiva 
da internet. A TV sempre fez isso e acredite, 
muitos famosos e canais no Brasil cresceram 
fazendo isso e hoje pagam de bons moços.
Decidi voltar àquele sonho lá atrás, de quando 
eu olhava a revista da FORBES e sonhava em ser 
empresária.
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C a p í t u l o 7 – O S S E G R E D O S 
D E D E U S
Se você me perguntar o que eu tenho, diria que não tenho nada. Apenas sou guardiã das 
coisas de Deus. Tudo o que para os olhos dos 
homens são meus bens materiais, nada mais é, 
do que eu cuidando das posses de Deus. 
Tudo é de Deus, sua vida, minha vida, os 
animais, a Terra, os mares, o ar, tudo o que se 
encontra debaixo do sol e acima do sol pertence 
ao Senhor. Tudo está nas mãos de Deus. 
Nenhuma folha de uma árvore pode cair sem a 
Sua permissão.
Deus dá sabedoria e riqueza a quem O procura. 
O Senhor faz de nós, filhos e filhas do Grande 
Rei, verdadeiros Reis e Rainhas na Terra. 
Quem nos dá a coroa se não o próprio Senhor? 
O Rei dos Reis, Rei do universo, Rei da criação.
Quem melhor do que o Senhor dos Exércitos 
para conceder a nós a vitória sobre nossos 
inimigos? Ele mesmo os destrói com suas 
próprias mãos.
O Senhor é tão bom que nos protege do mal, 
nos dá força nos momentos difíceis. E nos dá 
certeza em momentos de dúvida. 
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Deus é tão justo que dá a cada um aquilo que 
merece. 
O Senhor é bom, nos perdoa, mesmo quando 
somos maus. Deus é bom o tempo todo.
“Filho, sem intimidade comigo não há como tu vencer! 
Sem dobrar os seus joelhos e na madrugada me buscar, sem 
examinar as escrituras não há como descobrir os segredos 
que tenho para você (...) Mas sondei seu coração e vi desejo 
de adorar. Foi pensando então que decidi me revelar. E lhe 
mostrar alguns segredos para uma vida de vitória e de 
conquista” -Prioridades, Midian Lima
CROWNJOIAS
Eu não sabia por onde começar, então comecei comprando 50 mil reais de pedras 
preciosas. Entrei com a Jessica para um curso de 
ourivesaria e minha vida começou a mudar de 
rumo. Tudo voltava a fazer sentido.
Trabalhamos todo o restante do ano de 2018 
estruturando os detalhes da marca e nossos 
objetivos.

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