Buscar

PAPER - A ESCOLA COMO CONSTRUTORA DA SOCIEDADE - REGINA DANTAS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1
9
A ESCOLA COMO RECONSTRUTORA DA SOCIEDADE
Um espaço de construção do conhecimento
Acadêmicos¹
Tutor Externo²
	
RESUMO
O presente trabalho tem como tema principal “A Escola Como Reconstrutora da Sociedade: um espaço de construção do conhecimento”, e tem como objetivo realizar uma reflexão acerca da informação, conhecimento e aprendizagem que a escola proporciona em relação à sociedade. Além disso, enfatizamos, do ponto de vista teórico, a escola e seu papel histórico de ensinar, o que a nosso ver, têm contribuído de modo eficaz para o sucesso daqueles que estão imbuídos no contexto da relação pedagógica. Para tanto, utilizamos a pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo, baseado em pesquisas de artigos e autores como: Libâneo (1986), Gadotti (2008), Machado (2002), Lima (2005), entre outros. Também utilizamos a pesquisa de campo para conhecer mais de perto a realidade de uma escola, através de entrevistas com professor local. A educação escolar em sua dimensão cognitiva busca transmitir conhecimentos acumulados historicamente pela humanidade; em sua dimensão socializadora permite que os sujeitos se integrem ao coletivo. Nesse sentido, este trabalho em termos conclusivos, entendemos ser de extrema relevância o papel da escola no tocante as aprendizagens múltiplas no contexto da educação contemporânea. Todos precisam ter voz; ter direito de expressar suas ideias e propostas, nesse contexto, e este trabalho procura mostrar ainda a escola como o espaço ideal para isso já que tem, como uma de suas funções, desconstruir e construir conceitos. 
Palavras-Chave: Escola. Sociedade. Relação Pedagógica. Aprendizagens Múltiplas. Educação Contemporânea. 
1. INTRODUÇÃO
Escola é uma importante ferramenta utilizada para educar, despertar e socializar o cidadão de forma que esse esteja apto a enfrentar algumas circunstâncias na vida, onde sua formação será de suma importância. Fazendo com que leve o cidadão aprender a desenvolver suas capacidades, à medida que é ensinado, a questionar, avaliar e opinar. A escola, em seus mais diversos aspectos, é fundamental para o desenvolvimento intelectual e emocional do sujeito.
Nesse sentido, Libâneo (1986) ressalta que:
A escola consiste na preparação intelectual e moral dos alunos para assumir sua posição na sociedade. É um ambiente de orientação aos indivíduos produzindo-os para o mercado de trabalho de forma eficiente apresentando informações precisas, rápidas e objetivas. Tem como função, designar educar e cuidar, que precisa prover de subsídios que promova o crescimento do indivíduo, tanto pessoal quanto profissional.
Com base neste questionamento, este trabalho busca caracterizar os principais pontos para apresentação desse trabalho. Tendo como tema: “A Escola como Reconstrutora da Sociedade: um espaço de construção do conhecimento.” Nesse sentido, este trabalho em termos conclusivos, entendemos ser de extrema relevância o papel da escola no tocante as aprendizagens múltiplas no contexto da educação contemporânea.
O trabalho foi norteado a partir do seguinte problema: Vivemos, nestas últimas décadas, épocas de transformações e mudanças nos mais variados aspectos. As relações entre os humanos vêm tornando-se muito mais complexas e problemáticas, e chega-se a questão: Como a escola pode contribuir de forma mais significativa para a construção do conhecimento?
Nesse contexto, elegemos como objetivo do presente trabalho, realizar uma análise a partir do que seja a escola do ponto de vista teórico e compreendê-la como um espaço de construção do conhecimento sistematizado, tendo como metodologia, a pesquisa bibliográfica de cunho exploratório, buscando fazer uma reflexão pedagógica, levando em conta a experiências de docentes nas diversas etapas da educação básica. A partir daí foi estabelecidos os seguintes objetivos específicos: Construir uma apreciação pedagógica, levando em conta a experiências de docentes nas diversas etapas da educação básica; Fazer uma reflexão acerca da informação, conhecimento e aprendizagem que a escola proporciona em relação à sociedade;
Sempre tendemos a responder exaustivamente a este conjunto de questões, iremos às raízes da palavra cidadania para melhor entender o que se pretende com ela.
Deste modo, falaremos do papel da escola e da família na construção da sociedade mais cidadã. Equacionaremos especificamente o os anos inicias da escolaridade como meio sistemático de proporcionar às crianças as suas primeiras experiências de vida democrática. Finalmente, chegaremos numa concepção alternativa de uma sociedade mais justa e perceptiva da infância como forma de entender a multiplicidade de cidadanias, apresentando um conjunto de propostas educativas para a construção de uma sociedade igualitária.
2. A ESCOLA COMO CONSTRUTORA DA SOCIEDADE
A educação constitui-se como “a prática mais humana, considerando-se a profundidade e amplitude de sua influência na existência dos homens” (Gadotti, 2008, p. 37). Por essa razão, acrescenta este autor, “a educação é mais vivenciada do que pensada”.
Nas afirmações de Boavida e Amado (2008, p. 122):
A educação é uma realidade complexa de práticas e processos, objetivos e subjetivos, mediante os quais o educando se transforma – a criança e o jovem em adulto, o adulto num ser completo e “melhor” – em ordem a um desenvolvimento que se pretenda integral. E este conjunto de elementos está inserido no contexto da educação escolar no qual a “escola” se configura como o espaço mais adequado para a produção do conhecimento sistematizado.
A escola, tal como a conhecemos hoje, é uma construção histórica recente. “Na América Latina, os sistemas escolares constituíram-se praticamente no século passado” (CANDAU, 2007, p. 42). E esta escola, no dizer de Gouveia-Pereira (2008, p. 23) “é uma das instituições extrafamiliares, a que a sociedade tem confiado à tarefa de socializar as crianças e os jovens, no sentido da sua inserção no mundo social”. 
Além da escola, ser um local de aprendizagem de diferentes saberes e de formas de socialização, é também um espaço de construção de normas e valores sociais Nesse sentido, a escola configura-se como o espaço institucional e se constitui o palco das diversas interações, sobretudo entre os intervenientes, professores e alunos e na relação entre eles, na qual aparecerão a autoridade e o poder, num primeiro momento, representados na figura do professor. Nesse contexto, “a escola permite o confronto diário com normas e regras de comportamento institucional, que vão para além das relações pessoais e informais” (GOUVEIA-PEREIRA, 2008, p. 51).
Reproduzir a relação de comunicação pedagógica a uma pura e simples relação de comunicação é impedir-se de compreender as condições sociais da sua eficácia propriamente pedagógica que residem precisamente na dissimulação do facto que não é uma simples relação de comunicação; é ao mesmo tempo obrigar-se a supor, entre os receptores, a existência duma “necessidade de informação” que seria, além disso, informada das notas dignas de satisfazê-la e que preexistiria às suas condições sociais e pedagógicas da produção. (BOURDIEU & PASSERRON, 1984 p. 45).
No entanto, pensar a escola, no momento atual e especialmente no mundo Ocidental, requer de nós, educadores, uma reflexão sobre a sua importância e seu papel na sociedade em que vivemos. Uma sociedade marcada pelas suas múltiplas complexidades que a vivencia e dentre elas, destaca-se, a avalanche de informações que são despejadas através das tecnologias mais diversas e que as tornam viver-se numa sociedade da informação e do conhecimento. 
Boa parte das tais complexidades, produzidas no contexto da vida social, certamente, reflete e influencia no contexto escolar, uma vez que a escola não pode ficar a margem dos meios técnicos e informacionais decorrentes dos avanços da ciência.
A maioria das escolas, sejam elas públicas ou privadas, adotam o método tradicional de ensino, onde o conteúdo é passado através de um professor ao aluno, havendo, posteriormente, avaliação para verificarse todo o conhecimento foi absorvido. É notório, que o conteúdo são disciplinas exigidas no vestibular, ou seja, forma-se um aluno para processos de avaliações tais como o acima citado, possibilitando o ingresso ao Ensino Superior. O papel da Escola poderia ter maior abrangência. A vida não é restringida apenas ao vestibular. Ao longo dela, nos deparamos mais com o convívio em sociedade do que um exame, feito em horas. A Escola deve ser construtora de cidadania.
2.1 A MODERNIZAÇÃO DA ESCOLA ATUAL: Breve Resumo
O modelo de escola atual difere do modo do passado. Pois a escola do passado era apenas pra atender uma família de classe alta e média de uma determinada sociedade, onde os alunos já tinha uma preparação familiar em casa conseguindo êxito na atividade escolar. Era uma escola onde proporcionava uma formação intelectual em geral aos filhos dos ricos. Enquanto as famílias menos favorecidas quando conseguia ter acesso à escola era apenas para preparar o indivíduo para um trabalho físico ou profissões manuais, com conhecimentos restritos e sem nenhuma preocupação com o desenvolvimento intelectual.
Uma das formas de levar aos estudantes noção do que é ser cidadão são atividades complementares como, por exemplo, música, teatro, filosofia, dentre outros. Desta maneira, haveria formação integral do aluno. De fato, nos tempos atuais, nenhuma caracterização das funções da educação parece mais adequada do que a associação da mesma à formação do cidadão, à construção da cidadania. Nos mais variados países e em diferentes contextos, educação para a cidadania tornou-se uma bandeira muito fácil de ser empunhado, um princípio cuja legitimidade não parece inspirar qualquer dúvida. A não ser a que se refere ao próprio significado da expressão “educar para a cidadania”. (MACHADO, 2002, p. 40).
A escola é hoje compreendida como um espaço para todas as crianças, onde cada uma tem direito a receber a educação, o que lhe permita desenvolver-se harmoniosamente, descobrindo e ampliando as suas potencialidades. Para que esse direito possa ser exercido é importante que existam as condições adequadas à aprendizagem. Mas há questionamentos ao modo de ensino da escola. Esta parece estar para atender as demandas da sociedade capitalista onde o indivíduo se torna alienado, ou seja, habilitados a serem comandados sem questionamentos. Assim ele se torna mais rápido produto do seu trabalho considerado normal.
Uma escola capaz de pensar criticamente o presente e de imaginar criativamente o futuro, contribuindo para a sua realização através do engajamento político em causas públicas e da ação educativa comprometida com o bem comum e o destino coletivo da humanidade, só pode ser uma escola deliberativa e autónoma, de sujeitos produtores de regras (LIMA, 2005, p. 28).
A escola, hoje, não é mais a principal detentora do saber. O papel do professor somente como transmissor do conhecimento não tem mais lugar nesse espaço. É mais importante indicar onde o aluno pode encontrar as informações de que necessita para a construção do seu saber e como poderá transformá-las em conhecimento do que ser um repassador dos conteúdos de sua área.
Noutra perspectiva, a escola pode ser vista enquanto espaço relacional e, por isso, uma organização onde vivem, convivem e trabalham professores, alunos e outros agentes em estreita ligação e interdependência com o meio exterior (AMADO, 2000, p. 92).
Por outro lado, o interesse que a investigação e, mais recentemente, a própria administração têm manifestado pela escola enquanto organização, comunidade, sistema social e unidade de gestão, “constitui uma das tendências mais sugestivas do estudo e desenvolvimento dos sistemas educativos, desde o inicio dos anos oitenta” (BARROSO, 1996, p. 62).
Portanto é preciso que os educadores, gestores, comunidade e governantes saiam do conformismo e passividade no quesito de pensar que a educação Pública sempre foi e sempre será ruim, é preciso ter coragem para produzir a mudança que se quer que aconteça. É necessário criar uma escola democrática, onde se rompam muros e preconceitos, unindo força sem busca de um mesmo ideal, ou seja, é imprescindível novo olhar sobre nossa aprendizagem, pois deve-se exaltar o bem comum, o convívio em sociedade e a cidadania de forma a possibilitar formação de maneira plena aos alunos, considerando que o convívio em sociedade não se extingue.
2.3 A ESCOLA COMO E A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO SISTEMATIZADO
A construção do conhecimento não pode ocorrer se utilizando apenas de práticas educativas tradicionais, conforme citada, em nossas salas de aula. A construção do conhecimento no tocante á relação professor-aluno se dá na sala de aula e, sobretudo nos diálogos entre ambos. Segundo Morales (2004, p. 23), “a relação professor-aluno abrange todas as dimensões do processo de ensino aprendizagem que se desenvolve na sala de aula”.
A escola nos tempos de hoje, tem uma suma importância. É uma instituição educacional e socializadora que promove o saber sistemático, com ação educativa voltada para o desenvolvimento de capacidades, proporcionando condições para a aprendizagem significativa, atualizada e eficaz, fornecendo condições para a produção.
Concebendo-se o conceito de ‘educação’ como processo sociocultural de construção do conhecimento, como argumenta Possari (2004, p. 34), o qual buscasse, em primeiro lugar, quando se fala do contexto escolar, não confundir os termos “informação” com “conhecimento”. Podemos dizer, à partida, que uma das principais funções do docente é fazer com que as informações sejam transformadas em conhecimento. 
Nesse sentido, entende-se que a produção do conhecimento se torne o principal objetivo da aprendizagem escolar cujo lugar mais adequado para isso seja o da sala de aula.
A partir desta perspectiva, o processo de aprendizagem em sala de aula é um discurso social e histórico no qual os resultados são obtidos a partir dos esforços comuns entre professor e aluno.
Nesse sentido, conforme Mercer (1998)
Tornar-se educador significa tornar-se capaz de compreender e participar das práticas de linguagem da escola. Nos níveis mais avançados, significa tornar-se capaz de participar ativamente dos discursos de disciplina ou tecnologias específicas, as quais são colocadas numa variedade de práticas de linguagem falada e escrita. (p. 14).
Como resultado dessas mudanças, nos dias atuais a escola, além de ter a função de ensinar o conhecimento sistematizado, passa a ser responsabilizada por desenvolver as habilidades sociais que tradicionalmente eram consideradas encargo das famílias, uma vez que, para aquelas das classes populares, a escola é importante dado seu caráter instrumental e, mais do que isso, de formador de sujeitos políticos os cidadãos.
Sendo assim podemos considerar que a escola é, como qualquer outra instituição social, uma semeadora de saberes e ideologias e o professor não é mais visto como um transmissor de conhecimento e sim como um gestor de conhecimento, alguém que dá a direção na aprendizagem e na relação da escola com esse aluno.
O sistema de disposição em relação à escola é o produto da interiorização do valor que o mercado escolar.
(...) confere aos produtos da educação familiar das diversas classes sociais (logo, de seu capital cultural) e do valor que, por suas sanções objetivas, os mercados econômico e simbólico conferem aos produtos da ação escolar segundo a classe social de que provêm. Nestas condições, o sistema de disposições em relação à escola enquanto propensão a consentir investimentos de tempo, esforço e dinheiro, necessários para conservar ou aumentar o capital cultural, tende a duplicar os efeitos simbólicos e econômicos da distribuição desigual do capital cultural ao mesmo tempo em que os dissimula e os legitima. (...) Ao fazer tudo isso, o sistema de ensino dissimula melhor e de maneira mais global do que qualquer outro mecanismo de legitimação (...), podendo assim impor de modo bem mais sutil a legitimidade de seus produtos e de suas hierarquias. (BOURDIEU, 1992, p. 48).Esta passagem significa uma crítica à transmissão-assimilação dos conteúdos e o conhecimento, mais uma vez, em nosso prisma está voltado para a produção do conhecimento e não para a transmissão de conteúdos, simplesmente. Este mesmo autor ainda diz que o objeto do trabalho escolar é fundamentalmente o conhecimento sistematizado, e seu objetivo, consiste na recriação deste.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Este trabalho se consolida como uma rica oportunidade de relacionamento entre teoria e prática, de vivência do cotidiano escolar, de convivência com as realidades de aprendizado.
A metodologia aplicada foi inicialmente de levantamento bibliográfico em livros e artigos científicos dos principais autores sobre o tema no Brasil. Foi realizada, também, uma pesquisa de campo, de forma virtual, tendo em vista que nesse período de pandemia não foi possível está in loco, dessa forma, foi realizada uma entrevista virtual com alguns professores e a equipe gestora da Escola Municipal de Ensino Fundamental “Elmo Balbinot”, que fica no meio rural de Portel-Pá. Através da utilização de questionário em uma rede social para entrevistas, assim como material para registros, tanto escritos como cadernos de anotação, como também o registro audiovisual como celular, com o objetivo de conhecer a realidade da referida escola, para acompanhar de que forma a escola trabalha nesse sentido da parceria com a sociedade e a família.
Por ser um trabalho qualitativo, no decorrer do mesmo foram realizados diálogos de forma virtual com os professores e a equipe gestora da escola, leituras e observações que permitiram a construção do trabalho. As conclusões que ora apresentamos se constituem das análises críticas e construtivas das vivências de aprendizagem e o convívio em sociedade. Portanto, fará com que de forma eficaz nossos conhecimentos, somados aos da equipe atuante, possa fortalecer os saberes e experiências para uma práxis voltada ao permanente: refletir, agir e refletir.
4. ANÁLISE E DISCUSSÕES
A escola é um espaço onde o professor é o grande agente do processo educacional, sendo sua formação continuada um fator fundamental para o sucesso da condução do processo ensino/aprendizagem, principalmente no que se refere a Escola e Sociedade. E, diante das observações nota-se que a escola está sempre atualizando seus conhecimentos como possibilidade de ampliá-los partindo das suas experiências em consonância a uma realidade cada vez mais exigente.
Assim, o decorrer do trabalho observou-se o cotidiano de professores que atuam em sala de aula, diante do que foi analisado, procuramos fazer uma breve reflexão a partir da escola e suas evoluções ao longo do tempo enquanto espaço de produção do conhecimento e de aprendizagem, entendendo ser de grande importância pensar as relações/interações neste tão problemático espaço que conhecemos, enquanto ser humano, cidadão, docente ou discente, que é a escola. Fazendo também uma ressalva da importância dos conhecimentos existentes e os adquiridos ao decorrer da nossa aprendizagem.
Discutir a temática da escola enquanto espaço social de produção do conhecimento e de aprendizagem nos dias atuais requer alguns conhecimentos e fundamentos epistemológicos da educação e suas problemáticas. Diante disso, procuramos fazer uma reflexão a partir da escola enquanto espaço de produção do conhecimento e de aprendizagem, entendendo ser de suma importância pensar as relações/interações neste tão problemático espaço que conhecemos, enquanto ser humano, cidadão, docente ou discente, que é a escola.
A escola tem como uma de suas atribuições desenvolverem ações e atividades que ensinem e aprimorem o respeito às diferenças entre todos. Para tanto, se faz necessário que a escola efetive ações em prol do desenvolvimento da cidadania. Conscientizando educadores, discentes e família para assumir uma parceria na busca de qualidade pelo conhecimento.
Sendo a escola um espaço onde une diversidade de pessoas com raça, etnia, cultura, religião, gêneros, entre outros, já se encontra um conhecimento a adquirir, a partir das relações e do respeito. Cabendo ao educador conduzir da melhor forma possível uma aprendizagem, construindo e desconstruindo conceitos pré-estabelecidos. Ensinando e aprendendo com as diferenças e fazendo novas visões a respeito do mundo, aproveitando a bagagem de cada um, a partir de diferentes pontos de vista, fazendo assim da escola um local de aprendizagem mutua onde o conhecimento do senso comum tenha um valor inestimável.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMADO, J. A construção da disciplina na escola: suportes teórico-práticos. Lisboa: Edições ASA, 2000.
BARROSO, J. O estudo da escola. Porto: Porto Editora, 1996.
BOAVIDA, J.; AMADO, J. Ciências da Educação – Epistemologia, Identidade e Perspectivas. 2. ed. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2008.
BOURDIEU, Pierre; PASSERRON, Jean-Claude. A reprodução: elementos para uma teoria do sistema de ensino. Trad. de Maria Tereza da Costa Albuquerque e José Augusto Guilhon Albuquerque. Lisboa: Vega, 1984.
BOURDIEU, Pierre. A Economia das Trocas Simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 1992.
CANDAU, V. M. Interculturalidade e educação escolar. In. CANDAU, M. V. (org.). Reinventar a escola. 5.ed. . Petrópolis, RJ: Vozes, 2007. p. 47-60.
GADOTTI, Moacir. Escola cidadã. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1993.
__________. A escola na cidade que educa. 2008.
GOUVEIA-PEREIRA, M. Percepções de justiça na adolescência: a escola e a legitimação das autoridades institucionais. Coimbra: Fundação Calouste Gulbenkian, 2008.
LIBANEO, José Carlos. "Tendências pedagógicas na prática escolar". Democratização da escola pública. São Paulo, Loyola, 1986.
LIMA, L. C. Escolarização para uma educação crítica: a reinvenção das escolas como organizações democráticas. In. TEODORO, A. ; TORRES, C. A. (Orgs.). Educação Crítica e Utopia: Perspectivas para o século XXI. Porto: Afrontamento, 2005. p. 19-32. 
MACHADO, Nilson José. Anotações para  a elaboração de uma ideia de cidadania. 2002.
MERCER, Neill. As perspectivas socioculturais e o estudo do discurso em sala de aula. In Coll, César e Edwards, Derek, in Ensino, aprendizagem e discurso em sala de aula, 1998. Edit. Artes Médicas.
MORALES, P. A relação professor-aluno: o que é, como se faz. 5. ed. São Paulo: Loyola, 2004.
POSSARI, L. H. V. Fundamentos e métodos da comunicação. Curitiba; IBPEX, 2004.
¹ Jaciara Valente da Silva. Raiane Barbalho Teixeira. Regina da Silva Dantas. Acadêmicas do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Uniasselvi.
2 Pedro Cabral de Souza. Pedagogo.
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Pedagogia (PED-3635) Prática do Módulo II - 20/06/2020.

Continue navegando