Buscar

Equilibrio acido basico, eletrolitico e disturbios associado

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 59 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 59 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 59 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Jéssica Bomfim de Almeida
Farmacêutica
Universidade Federal da Bahia
Campus Anísio Teixeira
Instituto Multidisciplinar em Saúde
EQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO
ELETRÓLITOS
Os principais eletrólitos (Na+, K+, Cl e HCO3- ) 
ocorrem primariamente como íons livres, enquanto 
quantidades significativas (>40%) de Ca, Mg estão 
ligados a proteínas como a albumina.
SÓDIO
 Corresponde a 90% dos cátions inorgânicos extracelulares
 VR- 136 a 145 mEq/L
Mecanismo renal
Sistema renina-angiotensina aldosterona
Peptideo natriuretico atrial 
Dopamina
Regulação do 
sódio 
plasmático
EXCREÇÃO DE NA+
REABSORÇÃO DE NA+
EXCREÇÃO DE NA+
HIPONATREMIA
Neuromuscular: fraqueza, lassidão, câimbras, 
dores musculares e hiporreflexia; 
Cardiocirculatório: hipotensão e taquicardia
Renal: oligúria, estados edematosos e até 
insuficiência renal aguda 
Sistema nervoso central: cefaléia, anorexia, 
letargia, desorientação, convulsões e coma. 
Sódio < 135 mEq/l.
HIPONATREMIA
Causas
Tratamento:
Restrição hídrica
Furosemida
Soro fisiológico 0,9% 
(hipovolêmico)
Perda corpórea do sódio
• Diurese osmótica (presença, de solutos osmoticamente ativos, 
como manitol e glicose)
• Diuréticos tiazídicos (bloqueiam a reabsorção de Na+)
• Insuficiência adrenal (ausência de aldosterona e cortisol evita 
a reabsorção de Na+)
• Perda TGI e pele
Diluição por excesso de água
• ICC, cirrose, síndrome nefrótica, DPOC (expansão da água 
corporal total maior do que o sódio corporal total - edema)
• SIADH (Aumento na produção de ADH)
*** A hiponatremia quase sempre é 
dilucional e não pela perda de sódio. 
Sódio < 135 mEq/l.
HIPERNATREMIA
 Dosagem de Na maior que 145 mEq/L. 
Língua seca e edemaciada, mucosas pegajosas, pele ruborizada, edema.
Mal-estar, confusão, letargia, convulsão e coma;
Tremor, hiperreflexia,alucinações;
Sede e oligúria;
Fraqueza muscular e cãibras.
HIPERNATREMIA
 Causas
Perda excessiva de água ou não reposição de 
perda de água
• Febre e hiperventilação; 
• Diabetes insipidus; 
• Uso de diuréticos osmótico; 
Ganho excessivo de sal: 
• hidratação VO c/excesso de sal (crianças); 
• administração excessiva de soluções salinas hipertônicas 
(cloreto de sódio ou bicarbonato de sódio). 
Tratamento:
Reposição hídrica 
Tratar doença de 
base;
Infusão de solução 
eletrolítica hipertônica 
(cloreto de sódio a 
0,3%);
-Solução não salina 
isotônica (SG5%);
-Diuréticos.
POTÁSSIO
 Principal cátion inorgânico intracelular. VR: 3,5 a 5 mEq/l.
 Maior parte é excretada pelos rins, e em menor qtd TGI e suor.
 Regula a excitabilidade neuromuscular e contratilidade muscular;
Mecanismo renal
Aldosterona
Regulação do 
potássio
plasmático
excreção urinária do K e H++
HIPOCALEMIA
Causas:
Aumento da excreção
• Perda GI, (vômitos, diarreia) diuréticos 
tiazidicos e de alça
• Poliuria, hiperaldosteronismo, anorexia
Influxo celular de potássio
• Alcalose metabólica, Insulina, adrenalina 
(estresse), alfa 2 adrenergicos
Tratamento:
• Tratar a causa
• Diureticos poupadores de K+ 
(amilorida, espironalactona)
• Reposição de KCl via oral ou 
venosa
Potássio < 3,5 mEq/l.
HIPOCALEMIA Potássio < 3,5 mEq/l.
Neuromusculares (fraqueza muscular, 
parestesias);
Respiratória (depressão respiratória)
Gastrintestinais (náuseas, constipação); 
SNC (irritabilidade, letargia, coma); 
Cardíacos (arritmias e parada cardíaca)
HIPERCALEMIA
 Causas
Diminuição da excreção de K+
• Insuficiência Renal aguda
• Infusão aumentada (intravenoso)
• Hipoaldosteronismos (insuficiência adrenal)
• Drogas (Diureticos poupadores de potássio, inibisores de 
renina, inbidoress da ECA, antagonistas de angiotensina II, 
inibidores seletivos de aldosterona)
Efluxo de K+ (fora da célula)
•Acidose metabólica grave
•Deficiência de insulina
•Beta bloqueadores, agonistas alfa adrenergicos
•Lise celular (hemólise, rabdomiolise, lise tumoral)
•Hiperosmolaridade (Saída de H2O e K+ da celula) 
Tratamento:
- Restrição de potássio na dieta
-Gliconato ou cloreto de cálcio IV 
(monitorar PA);
- Bicarbonato de sódio IV
(alcalinizar o plasma);
-Insulina regular e solução de
glicose hipertônica IV;
- Diuréticos tiazidicos e de alça;
-Diálise peritoneal, hemodiálise.
Potássio > 5,5 mEq/l.
HIPERCALEMIA Potássio > 5,5 mEq/l.
Arritmias ventriculares à parada cardiaca;
Fraqueza na musculatura esquelética, 
paralisia (bloqueio de despolarização no 
músculo),
Paralisia da musculatura respiratória e da fala;
Condução ventricular lentificada;
Manifestações GI: náuseas, cólica intestinal e 
diarréia.
REGULAÇÃO DO K+ CORPÓREO
EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO
Célula
H+
K+K
+
H+
acidose
Plasma
alcalose
Fraqueza, demencia, confusão 
mental,  FCR, e PCR, 
Espasmos, tetania, convulsões, PCR 
EQUILÍBRIO ACIDO-BÁSICO
EQUILÍBRIO ÁCIDO-‐BASE
A relação principal do equilíbrio ácido-base é esta:
Equação de Henderson-
Hasselbach
SISTEMAS TAMPÕES
Pulmões Eritrócitos Rins
CO2 H+
Hemoglobina + H+
Hemoglobina
H+
HCO3-‐
H2CO3CO2 + H2O
Ar expirado
Tecidos
H+H+
-‐
HCO3
Reabsorção
Excreção urinária
PAPEL DOS ERITRÓCITOS
• H+ entra na hemácia e se liga a Hb reduzida
• No paciente com acidose o H+ vai se ligar à Hb, 
que vai diminuir sua capacidade de transportar o 
O2.
SISTEMAS TAMPÕES
PAPEL DOS PULMÕES
• Sistema Pulmonar 
elimina ou retém CO2 
(Hiperventilação ou 
Hipoventilação)
• Atuação em minutos a 
horas
SISTEMAS TAMPÕES
Controle das trocas gasosas
PAPEL DOS RINS
• Os rins controlam o equilíbrio ácido-básico 
ao excretarem urina ácida ou básica
• Leva horas a dias para agir e é o mais 
duradouro mecanismo regulatório
SISTEMAS TAMPÕES
H+H+
-‐
HCO3
Reabsorção
Excreção
urinária
Alcalose
Acidose
NH4+
DISTÚRBIOS ACIDO-BASE
Identificar a natureza do distúrbio a partir do pH: 
Acidose ou Alcalose
pH = Alcalemia
pH = Acidemia
pH 7,8 7,7 7,6 7,5 7,4 7,3 7,2 7,1 6,9 6,8
H+ 16 20 26 32 40 50 63 80 125 160
mortecomamorte coma
-
[HCO3 ]
-
[HCO3 ]
pCO2
pCO2
ACIDOSE
ALCALOSE
DISTÚRBIOS ACIDO-BASE
Classificação de acordo com o componente metabólico ou respiratório
AVALIAÇÃO LABORATORIAL DOS DISTÚRBIOS 
ÁCIDO-BASE
Os distúrbios ácido-base são facilmente suspeitos através:
 Histórico do paciente e exame físico
 Hemogasometria
 Cálculo do anion-gap
HEMOGASOMETRIA
 Exame invasivo que mede as concentrações dos gases sanguíneos e o estado ácido-
básico do sangue.
HEMOGASOMETRIA
HEMOGASOMETRIA
 A avaliação da gasometria deve ser feita em 3 etapas:
HEMOGASOMETRIA
1° passo: Identificar o pH
2° passo: definir o distúrbio ácido –
básico avaliando pCO2 e HCO3-
3° Passo: Observar sinais de 
compensação e a causa
CASO CLINICO 1
Mulher, 58 anos, tem uma história de 4 dias de letargia, anorexia, dor
abdominal e náuseas. Possui DM tipo 2, está fazendo uso de metformina 500
mg 2x ao dia. Os dados laboratoriais de sua admissão são:
pH=6,8 (7,35-7,45)
pCO2 = 45mmHg (35 - 45mmHg)
pO2 =77mmHg (70 - 90mmHg)
HCO3- = 5mEq/l (22 - 28mEq/l)
Na =140mEq/l (136 - 145mEq/l),
K =4,4mEq/l (3,5 -5,0mEq/L)
Cl = 100mEq/l (98 - 106mEq/l)
Creatinina = 9mg/dl (0,6 - 1,2mg/dl);
Glicose = 112 mg/dl (70 - 110 mg/l);
Ácido láctico = 178 mg/dl (5 - 20mg/dl)
Acidose
Metabólica
O uso de metformina no DM pode 
produzir acidose láctica, 
principalmente em presença de 
disfunção renal, hepática ou etilismo
ACIDOSE METABÓLICA
• A acidose metabólica é definida por um HCO3 < 22mEq/L e um pH <7,35;
• DO pH
PULMÃO: Alcalose Respiratória 
Elimina CO2 – Hiperventilação
PCO2 esperada: 1,5 x [HCO3-] + 8
ACIDOSE METABÓLICA
ACIDOSE METABÓLICA
• DO pH
Produção ácida aumentada:
• Acidose lática, cetoacidose e ingestão de 
salicilatos
Perda excessiva de bicarbonato
• Perda GI (diarreia), acidose tubular renal
As causas mais comuns de acidose metabólica divide-se em:
ÂNION GAP
ACIDOSE METABÓLICA
Além dos dados da história clínica, uma medida que auxilia no 
diagnóstico causal da acidose metabólicaé o cálculo do anion gap 
Anion gap = 140 (100 + 5) = 35 mEq/l
Faixa normal de valores de 
Ânion GAP: 8-12mEq/L
ÂNION GAP
ACIDOSE METABÓLICA
Normoclorêmica Hiperclorêmica
As acidoses metabólicas são classificadas em:
- Acidose metabólica hiperclorêmica (anion gap normal): devido à perda de bicarbonato.
- Acidose metabólica normoclorêmica (anion gap aumentado): devido ao acréscimo de ácido.
Acidose metabólica normocloremica (anion gap alto) 
CAUSAS DE ACIDOSE METABÓLICA NORMOCLORÊMICAS
GRUPO I – Ânion Gap Alto (Normoclorêmicas)
Acidose Lática • Sepse
• Choque
• Hipoxemia grave
• Insuficiência 
hepática
• HIV
• Cianeto
• Monóxido de
carbono
• Crise convulsiva
• Neoplasia
maligna
• Biguanidas
Cetoacidose diabética
Cetoacidose alcoólica e de jejum prolongado
Insuficiência renal
Intoxicações (salicilatos - AAS, metanol, etilenoglicol)
Rabdomiólise
ACIDOSE METABÓLICA
CAUSAS DE ACIDOSE METABÓLICA HIPERCLORÊMICAS
GRUPO II – Ânion Gap Normal (Hiperclorêmicas)
Diarreia Insuficiência renal crônica
Fístula biliar, entérica ou pancreática Insuficiência suprarrenal
Ureterossigmoidostomia Hipoaldosteronismo hiporreninêmico
Acetazolamida Pseudo-hipoaldosteronismo
Diuréticos poupadores de potássio Acidose Tubular Renal tipo I
Nutrição parenteral total ATR tipo II
ACIDOSE METABÓLICA
• Tratamento da doença de base (causa da acidose metabólica);
• Hiperventilação;
• Infusão de bicarbonato de sódio
• Acidemia leve ou moderada (pH > 7,2) - não é necessária.
• Acidose grave (pH < 7,20; bicarbonato < 8) - depressão
miocárdica e as disfunções enzimáticas são significativas e a
administração de bicarbonato de sódio pode ser benéfica
ACIDOSES METABÓLICAS
TRATAMENTO
CASO CLINICO 2
Adolescente de 14 anos do sexo feminino, com antecedente de transtorno
alimentar, é levada ao serviço de saúde porque se encontra apática há 1 dia.
Os exames laboratoriais mostram:
pH=7,48 (7,35-7,45)
pO2 =120 mmHg (70 - 90mmHg)
pCO2 =45mmHg (35 - 45mmHg)
HCO3- = 32mEq/l (22 - 28mEq/l)
BE = 7 (-3,5 a +4,5)
Na+ plasmatico =130mEq/l (136 - 145mEq/l),
K+ plasmatico =2,5 mEq/l (3,5 -5,0mEq/L)
Cl – plasmatico = 90 mEq/l (98 - 106mEq/l)
Na+ urinario = 50 mEq/l (variável) mmol/L
Cl- urinário = 0 (variável) mmol/L
pH urinário = 8 (5,5 a 7)
Alcalose
Metabólica
Alcalose metabólica 
secundária a vômitos de 
início recente
• A alcalose metabólica “pura” é definida por HCO3 > 26mEq/L e um pH > 7,45;
• A alcalose metabólica é sinônimo de retenção de bicarbonato;
• Causas mais comuns de alcalose metabólica:
ALCALOSES METABÓLICAS
Perdas de H+: vômitos, perdas gastrintestinais, uso de diuréticos
Adição de bicarbonato: ingestão crônica ou infusão excessiva de bicarbonatos 
o seus precursores, DPOC
ALCALOSES METABÓLICAS
• Alcalose responsiva ao Cl-
• Baseia-se principalmente na reposição de potássio e cloro:
– Solução salina a 0,9%;
– Solução salina com KCl.
• Alcalose não responsivos ao Cl-
• Reposição de potássio: reverte o desvio intracelular dos H+ e
aumenta a excreção de HCO3-
• Espironolactona e a amilorida - reduzem a atividade da
aldosterona
ALCALOSE METABÓLICA
CASO CLINICO 3
Homem, 65 anos apresentou, após dois meses, quadro de tosse
produtiva, secreção amarelada e febre. A dispnéia piorou, fazendo
com que fosse levado à Emergência. Os exames laboratoriais
mostram:
pH=7,20 (7,35-7,45)
pCO2 =75mmHg (35 - 45mmHg)
HCO3- = 30mEq/l (22 - 28mEq/l)
BE = +5 (-3,5 a +4,5)
Acidose
Respiratória
O distúrbio é acidose respiratória com tentativa de 
compensação metabólica. A causa provável é 
pneumonia descompensando a insuficiência 
respiratória crônica deste paciente.
• A acidose respiratória “pura” é definida por PCO2 > 45mmHg e um pH < 7,35;
• Em situações crônicas, por ser lento e progressivo, o aumento do PCO2 é eficazmente
compensada pela retenção renal de HCO3, uma espécie de alcalose metabólica
compensatória, que provoca um aumento do excesso de base (BE) na gasometria;
ACIDOSE RESPIRATÓRIA
ACIDOSE RESPIRATÓRIA
CAUSAS
ACIDOSE RESPIRATÓRIA
PULMÕES NORMAIS
• Depressão do SNC
• Doenças neuromusculares
• Trauma SNC
• Distúrbios restritivos da caixa torácica (Obesidade e Cifoescoliose)
PULMÕES ANORMAIS
• DPOC
• Obstrução aguda das vias aéreas
• Asma grave
 Tratamento:
 Dirigido à causa da hipoventilação alveolar
 Manter uma oxigenação e ventilação adequadas: manutenção das vias aéreas
livres, correção da hipóxia, remoção de secreções e tratamento das infecções
respiratórias quando presentes.
 A administração de O2 deve ser cuidadosamente ajustada para os pacientes
com doença pulmonar obstrutiva grave e retenção crônica de CO2 que estão
respirando espontaneamente.
 Um erro frequente é a administração de bicarbonato de sódio com base
apenas no valor do pH.
ACIDOSE RESPIRATÓRIA
CASO CLINICO 4
Homem, 72 anos, internado em Unidade de Terapia Intensiva
(UTI), por AVC hemorrágico há cinco dias. O paciente encontra-
se em estado comatoso e é assistido por ventilação
mecânica.Apresenta a seguinte gasometria arterial:
pH=7,63 (7,35-7,45)
pO2 =100 mmHg (70 - 90mmHg)
pCO2 =22 mmHg (35 - 45mmHg)
HCO3- = 22,3 mEq/l (22 - 28mEq/l)
BE = +4,5 (-3,5 a +4,5)
Alcalose
Respiratória
Alcalose respiratória é decorrente de uma 
ventilação mecânica inadequada, causando uma 
hiperventilação alveolar com consequente 
diminuição da pCO2.
• A alcalose respiratória “pura” é definida por uma PCO2 < 35mmHg e um Ph > 7,45;
• O mecanismo: HIPERVENTILAÇÃO PULMONAR;
• Na alcalose respiratória crônica, o rim elimina mais bicarbonato, na tentativa de 
compensar o pH, levando a um excesso de base (BE) mais negativo;
• O tratamento é voltado para a causa básica.
ALCALOSE RESPIRATÓRIA
ALCALOSE RESPIRATÓRIA
CAUSAS
ALCALOSE RESPIRATÓRIA
PULMÕES NORMAIS
• Ansiedade
• Febre
• Dor
• Drogas estimulantes
• Lesão do SNC 
• Hiperventilação iatrogenica
PULMÕES ANORMAIS
• Asma aguda
• Pneumonia
• Edema pulmonar
 Tratamento:
 Dirigido ao distúrbio que originou a hiperventilação alveolar
 Regular adequadamente a assistência por ventilação mecânica.
 Os pacientes com síndrome de hiperventilação podem
beneficiar-se com a tranquilização, a respiração dentro de
um saco de papel durante os episódios sintomáticos e a
atenção para o estresse psicológico subjacente.
ALCALOSE RESPIRATÓRIA
EXERCÍCIOS
 Paciente de 30 anos chega à Emergência do HU em estado de 
coma, apenas respondendo aos estímulos dolorosos. Sua 
respiração é superficial e com frequência normal. Familiares 
encontraram próximo a ela diversas caixas de tranquilizantes 
vazias. Gasometria arterial: pH= 7,20; PaCO2= 80mmHg; HCO3-
= 23 mM/L; BE= -1,2. Qual(is) o(s) distúrbio(s) ácido-básico(s) 
apresentado(s), seu(s) mecanismo(s), causa mais provável?
Distúrbios simples
Acidose respiratória 
• Não há compensação metabólica.
• O mecanismo do distúrbio é a 
diminuição da eliminação de CO2 por 
redução da ventilação alveolar
• Causa provável, em função da história, é 
depressão do centro respiratório por 
excesso de tranquilizantes. 
 Após 24 horas de tratamento no CTI, a paciente do caso 1 ainda 
se encontra torporosa e submetida a ventilação artificial. 
Gasometria arterial: pH= 7,52; PaCO2= 26 mmHg; HCO3-= 25,6 
mM/L; BE= +1,2. Qual(is) o(s) distúrbio(s) ácido-básico(s) 
apresentado(s), seu mecanismo, e a causa mais provável?
Alcalose respiratória 
• Sem tentativa de compensação
• O mecanismo mais provável neste caso é 
ventilação alveolar excessiva, que aumenta a 
eliminação de CO2.
• A causa mais provável é a regulagem 
inadequada do ventilador mecânico, gerando 
ventilação alveolar muito elevada.
EXERCÍCIOS
 JOS, 45 anos, sexo feminino, procedente de Vitória da Conquista, foi trazida ao pronto socorro 
com baixo nível de consciência, Familiar relata uso contínuo de metformina e glibenclamida, além 
de hidroclorotiazida e enalapril. Encaminhada para a estabilização.
Acidose metabólica 
• Houve tentativade compensação .
• O mecanismo do distúrbio é a o acúmulo 
de cetoácidos responsáveis pelo enorme 
consumo de bicarbonato (AG alto)
• Causa provável, diabetes 
descompensada que evoluiu para 
cetoacidose diabética
• Hipercalemia - Aumento de K devido à 
troca com H+
• Hiponatremia - devido a diurese 
osmótica.
Exames 
complementares
Referência
Na+ 130 mEq/L 136 – 145 mEq/L
K+ 6,1 mEq/L 3,5 – 5 mEq/L
Cl- 102 mEq/L 96 – 107 mEq/L
pH 7,1 7,35 – 7,45
pO2 95 80 - 100
pCO2 17 35 - 45
SatO2 98% 95 - 99
HCO3 8,8 22 -26
Anion Gap 25,3 10 – 12
Glicemia 485 mg/dL 60 – 99 mg/dL
Ureia 85 mg/dL 15 – 55 mg/dL
Creatinina 1,3 mg/dL 0,6 – 1,1 mg/dL
Sumário de Urina: Cetonas: +++, Glicose: +++, Proteínas: +, Cilindros hialinos 02/cpo
Distúrbios com tentativa de compensação
 L.G.B. 3 meses, sexo feminino, branca. Dá entrada no Pronto socorro com
vômitos incoersíveis e desidratação e distúrbio metabólico grave. Nascida a
termo com peso de 3.320g e estatura de 50cm, de parto cesariana indicado por
trabalho prolongado com sofrimento fetal em decorrência de circular de cordão.
 pH: 7,73
 pCO2: 51 mmHg
 Excesso de base: +22
 HCO3: 60 mEq/l
 Na: 120 mEq/l
 K: 1,3 mEq/l
Alcalose metabólica 
• Houve tentativa de compensação .
• O mecanismo do distúrbio é a perda de 
ácido levando ao acúmulo de 
bicarbonato 
• Causa provável vômitos e desidratação
• Hipocalemia - Diminuição de K devido à 
troca com H+
• Hiponatremia – por perda 
EXERCÍCIOS Distúrbios com tentativa de compensação
 Paciente de 65 anos, fumante, procura o ambulatório queixando-se de dispnéia, 
cansaço e tosse acompanhada por secreção clara. Gasometria arterial: pH= 7,40; 
PaCO2= 58 mmHg; HCO3-= 34 mM/L; BE= +7,2. Qual(is) o(s) distúrbio(s) 
ácido-básico(s) apresentado(s), mecanismo, causa e conduta?
Acidose respiratória com 
compensação metabólica 
completa.
• Neste caso o distúrbio inicial foi a retenção 
de CO2 pela doença pulmonar. Face à sua 
cronicidade, os rins baixaram seu limiar de 
reabsorção de bicarbonato a fim de 
normalizar o pH, conseguindo com uma 
alteração secundária compensar totalmente 
a primária.
• A causa dos distúrbios é a doença pulmonar 
obstrutiva crônica que inclui enfisema e 
bronquite crônica.
EXERCÍCIOS Distúrbios compensado
EXERCÍCIOS
 Paciente de 23 anos está no CTI com quadro de
choque séptico consequente a peritonite e
insuficiência respiratória grave, tipo síndrome de
angústia respiratória aguda (SARA) em fase avançada.
Suporte circulatório, reposição de volume e suporte
respiratório com ventilador mecânico estão sendo
empregados. Gasometria arterial: pH= 7,21; PaCO2=
54 mmHg; HCO3-= 19 mM/L; BE= -6,5. Qual(is) o(s)
distúrbio(s) ácido-básico(s) apresentado(s)?
Distúrbios misto
Acidose mista 
• Nos casos de choque circulatório, as 
células do organismo não recebem a 
quantidade de oxigênio necessária 
ao seu metabolismo, transformando-
o em anaeróbico, o que causa 
acúmulo de ácido láctico (ácido fixo). 
Este é o mecanismo do componente 
metabólico desta acidose. 
• Na SARA costuma ser observada 
retenção de CO2, responsável pelo 
componente respiratório nas fases 
mais avançadas, quando a 
complacência pulmonar está muito 
diminuida ou quando se usa a 
técnica de hipercapnia permissiva.

Continue navegando