Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Profa: Dra Jéssica Bomfim de Almeida Farmacêutica Angina IAM Processo de necrose do miocárdio causado pelo bloqueio de sangue nas artérias coronárias devido à uma trombose (coágulo). Os eventos isquêmicos no coração, variam entre angina (sem morte celular) e IAM (com morte celular), sendo conhecidos como síndromes coronarianas agudas (ACS). Bloqueio parcial das artérias coronárias na passagem de sangue. Não chega a comprometer o abastecimento de nutrientes e/ou O2. Infarto agudo do Miocárdio Segundo a OMS, o diagnóstico do IAM requer pelo menos dois dos seguintes critérios: ◦ História característica de dor precordial; ◦ Alteração eletrocardiográfica típica; ◦ Elevação enzimática seriada. Em 50% dos pacientes que são admitidos em pronto-socorro; a historia clinica não é característica ou não apresenta eletrocardiografias típicas. Infarto agudo do Miocárdio Manifestações clinicas Dor fixa no peito, que pode variar de fraca a muito forte, ou sensação de compressão no peito que geralmente dura cerca de trinta minutos; Ardor no peito, muitas vezes confundido com azia, que pode ocorrer associado ou não à ingestão de alimentos; Dor no peito que se irradia pela mandíbula e/ou pelos ombros, braços ou costas (mais freqüentemente do lado esquerdo do corpo); Ocorrência de suor, náuseas, vômito, tontura e desfalecimento; Ansiedade, agitação e sensação de morte iminente. Infarto agudo do Miocárdio Alterações eletrocardiográficas Apenas 41% a 56% dos pacientes com IAM apresentam supradesnivelamento do segmento ST, sendo possível nesses casos estabelecer o diagnóstico de imediato . Nos demais pacientes ocorrem alterações não diagnósticas, como bloqueio de ramo esquerdo, inversão de onda T, infra- desnivelamento de segmento ST ou mesmo eletrocardiograma (ECG) normal. Diagnóstico: Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) Necrose irreversível do miocárdio MARCADORES CARDÍACOS Para um marcador ser clinicamente útil para detectar um AMI, ele deve ser liberado rapidamente do coração para a circulação e fornecer informação sensível e especifica para o diagnóstico. Além disso, os exames analíticos devem ser rápidos e capazes de medir as baixas concentrações dos marcadores nas amostras de soro ou de plasma. * Transaminase Oxalacética (TGO ou AST) * Lactato Desidrogenase (LDH) * Creatino Quinase (CK ou CPK) * Creatino Quinase fração MB (CK-MB) * Mioglobina * Troponinas Massa Enzimático cTnT cTnI MARCADORES CARDÍACOS Não é específica do miocárdio, presente em outros órgãos (Fígado, músculo esquelético, rins e cérebro) Enzima catalisadora Síntese e Degradação de aminoácidos ASPARTATO AMINOTRANSFERASE (AST) Valores de referência: Até 40 U/mL 87 a 97% dos pacientes com IAM apresentam TGO/AST elevada após início da dor. Possuindo alta sensibilidade e baixa especificidade Não é mais usada na prática clínica para avaliação cardíaca Começa a elevar–se em 8- 10 hs, atinge o pico em 24-48 hs, normalizando até o 5º dia após a IAM Enzima que faz a catálise da Oxidação Reversível do Lactato a Piruvato Existente nos tecidos: miocárdio, eritrócitos, pulmão, linfócito, baço, pâncreas, fígado e músculos LDH é formada por 5 isoenzimas – LDH 1 a 5 LD1 e LD2 ricas no miocárdio DESIDROGENASE LÁCTICA (LDH) Aumenta 12-24hs Pico em 2-4 dias (tardio) Retorna em 8-14 dias (lenta); Valores de referência: Até 480 UI/mL Não é mais usada na prática clínica para avaliação cardíaca hemeproteína de ligação do O2 presente nos músculos esquelético e cardíaco Lesões celulares durante o IAM Liberam Mioglobina no sangue Mioglobina 1º marcador a se elevar após dor peitoral (1-3 hs), pico máximo com 4-6 hs, retornando ao normal após 24 hs Não cardíaco específico - Uma lesão, ainda que pequena ao músculo esquelético, pode resultar em concentrações aumentadas de mioglobina sérica. Valor de Referência: * Até 70 ng/ml Isoenzima que impede que haja uma rápida depleção de ATP e abastece os músculos com fosfato de alta energia Além do IAM, valores aumentados são encontrados em: distrofia muscular, após traumas, cirurgias, exercício intenso e injeções musculares. CREATINOQUINASE (CK) Picos 12 a 24 horas Eleva-se 4 a 8 horas Normal em 3 a 4 dias Valor de Referência: 0 a 200 IU/ml Isoenzima presente nos tecidos muscular e cerebral Apresenta 3 isoenzimas, separadas por eletroforese: CK-MM (CK-3)CK-MB (CK-2)CK-BB (CK-1) Encontradas no citossol ou associadas à estruturas miofibrilares CREATINOQUINASE (CK ou CPK) CK-MB Especificidade para doenças do miocárdio Especificidade quando há lesões no miocárdio E no m. esquelético Dosagem de CK-MB: * Verificação da extensão do IAM e avaliação do prognóstico CREATINOQUINASE FRAÇÃO MB (CK-MB) Era o marcador mais amplamente usado para diagnóstico do IAM Eleva-se 3-6 hs após o IAM, atinge o máximo em 12-24 hs e retorna ao normal após 2 dias Dosada por métodos bioquímicos (cinético-UV) ou imunológicos (ELISA, fluorimetria, quimioluminescência) CREATINOQUINASE FRAÇÃO MB (CK-MB) ÍNDICE RELATIVO (CK-MB INDEX) = 100% x CK-MB CK Total < 4% Músculo esquelético >4% < 25% Músculo cardíaco > 25% Macro-CK Aquecer por 45°C durante 20min inativa a forma comum de CK-Mb , mas não inativa macro CK [ ]CKMB = CKMB inicial – CKMB pós aquecimento Análise CK-MB sérico CK-MB Enzimático: CK-MB Massa: resultados mais confiáveis Enzima Substrato Complexo Enzima- Substrato AcMo CK-MB Complexo “antígeno- anticorpo” melhor sensibilidade analítica Detecta enzimas ativas e inativas Método Colorimétrico Método Imunométrico CK-MB Vantagem CK-MB Massa X CK-MB Enzimático: • Teste de Massa detecta lesões no miocárdio 1 a 2 horas antes que a CK-MB Enzimático • Possuem pouca ou nenhuma interferência com macro-moléculas (CK-MB > CK-T) e hemólise. Valor de Referência: * CK-MB Enzimático: até 25 UI à 37°C * CK-MB Massa: até 5,1 ng/ml CREATINOQUINASE FRAÇÃO MB (CK-MB) Proteínas que atuam na regulação da contração cardíaca 3 tipos distintos : TROPONINA I Subunidade inibidora de Actina Formando um complexo que regula a interação Actina (filamento fino) Miosina (filamento grosso) TROPONINA C Subunidade ligada ao Ca2+ e reguladora da contração TROPONINA T Subunidade ligada à miosina Troponina cTnT cTnI Troponina Isoformas mais utilizadas no diagnóstico de IAM são: *A troponina C é coexpressa nas fibras musculares esqueléticas de contração lenta e não é considerada como um marcador específico cardíaco. TnTc ou TnIc são atualmente os marcadores bioquímicos de escolha para detecção de necrose miocárdica em pacientes com suspeita de SCA, por sua alta sensibilidade e quase completa especificidade. Sensibilidade semelhante a CK-MB: eleva-se após 4-6 hs do infarto, pico com 12-24 hs, voltando ao normal após 4-7 dias Determinação de risco em pacientes com angina estável Troponina Vantagem das Troponinas em relação à CK-MB: maior especificidade para lesão do miocárdio CK-MB é encontrada em tecidos não cardíacos permitem detectar pequenas lesões miocárdicas Pequenas lesões miocárdicas não são detectadas na mensuração de CK-MB Valor de Referência: * Até 1,0 ng/ml Quadro comparativo da vida média dos marcadores de IAM InícioInício PicoPico NormalizaçãoNormalização Mioglobina 1 a 3 horas 6 a 9 horas 24 horas Troponina T 2 a 4 horas 12 horas 7 a 10 dias Troponina I 4 a 6 horas 12 horas 7 a 10 dias CK-MB 3 a 5 horas 24 horas 2 a 4 dias CK-T 4 a 8 horas 12 a 24 horas 3 a 4 dias Troponina de alta sensibilidade – high sensivity troponin Com a introdução das troponinas de alta sensibilidade (Trop-US) passou a ser possível a detecção de níveis mais baixos de troponina e em menor tempo após início do quadro isquêmico e consequente menor tempo para detecção do IAM. É Importante ainda ressaltar que na utilização do teste cTn-US, os valores são expressos em pg/mL, diferente dos testes de cTn tradicionais, expressados em ng/mL (diferença de 1.000 vezes). Valores de referência: < 13,5 pg/mL Troponina de alta sensibilidade – high sensivity troponin Troponina é órgão específico mas não doença específica Atualmente, com testes de alta sensibilidade, podem descartar o diagnóstico, em até uma hora após o início dos sintomas. Este alto valor preditivo negativo (VPN) é altamente custo-efetivo. MANEJO DO IAM Sintomas •Cansaço aos esforços, edema dos membros inferiores, intolerância a ficar muito tempo deitado, e uma auscultação pulmonar que revela líquido nos alvéolos são achados muito sugestivos de insuficiência cardíaca. DIagnóstico •História clínica e um exame físico, um ecocardiograma, radiografia torácica e exames radioisotópicos ou TAC (Tomografia Axial Computorizada). Exames laboratoriais : hemograma, equilíbrio eletrolítico, função renal. BNP e pro-BNP O coração não consegue bombear o sangue eficazmente, por isso o sangue fica acumulado – particularmente no fígado, pulmões, membros inferiores e superiores. Condição grave e progressiva , pode afetar o lado direito ou esquerdo, ou ambos, e resulta na redução de oxigénio e nutrientes entregues ao organismo, o que pode resultar em lesão e em perda de função. Dosagem do BNP (peptídeo natriurético do grupo B): polipeptídeo liberado da parede das células dos ventrículos, quando ocorre sobrecarga de pressão ou volume valores > 100pg/ml: altamente específicos para diagnóstico ICC correlaciona-se com a PA diastólica e com o prognóstico. Estudos mostram que a adição da dosagem de BNP ao exame clínico aumentou a acurácia diagnóstica. Portanto, nas situações de dúvida, o BNP pode ser utilizado, somado ao exame clínico. Dia Hora CK (normal 0-200 IU/L) CK-MB (normal <25 IU/L) Troponina I (normal < 1,5 ng/mL) Dia 1 00:15 1494 104 66.6 Dia 1 10:40 1544 140 83.1 Dia 1 17:24 2286 250 125.7 Dia 2 23:40 2536 460 141.7 TFV, 65 anos, sexo masculino, negro, aposentado apresentou um quadro de dor no peito mal caracterizada, de forte intensidade, não-irradiada, associada a dispneia e inchaço nas pernas após quadro de stress emocional. PA 180/120 mm Hg. Familiar relata que paciente usa diariamente, Glibenclamida, captopril, puran, AAS e apraz de 0,5. Glicemia: 184 mg/dL, Ureia: 96,4 mg/dL, Creatinina: 2,0, Na: 130meq/dL, K: 3,3meq/dL, Mg: 1,8meq/dL, HbA1C – 8,4%, Perfil Lipídico Colesterol total= 310 mg/dl, HDL = 32 mg/dl, e Triglicérides= 190 mg/dl. URINÁLISE: Sangue: (+) Dens: 1.030 Proteínas: 1+, Leucócitos: (-) Glicose: 1+, Cetonas: Traços. Caso Clinico Caso Clinico Paciente feminina, 51 anos desconforto torácico e ECG normal. Paciente masculino 48 anos, transplantado renal com dor epigástrica e ECG normal. Hora CK-MB massa (< 5 ng/ml) Troponina T US ( < 13,5 pg/mL) 2:31 2,5 39 5:38 3,2 88 9:57 7,5 180 14:27 8,5 350 Hora CK-MB massa (< 5 ng/ml) Troponina T US ( < 13,5 pg/mL) 15:36 2,1 64 18:50 2,5 62 22:01 2,2 64
Compartilhar