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• Telencéfalo: O Telencéfalo forma a maior porção do encéfalo. Juntamente com o Diencéfalo, constitui o Prosencéfalo durante o desenvolvimento embrionário. O telencéfalo compreende os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo, incompletamente separados pela fissura longitudinal do cérebro. • Diencéfalo: O Diencéfalo, situada abaixo do tálamo, com importantes funções, relacionadas principalmente com o controle da atividade visceral. Possui estruturas situadas nas paredes do III ventrículo, abaixo do sulco hipotalâmico, além das seguintes formações do assoalho do II ventrículo, visíveis na base do cérebro. • Mesencéfalo: O mesencéfalo é uma estrutura do sistema nervoso central, mais especificamente do tronco cerebral. Tem uma direcção oblíqua para cima e para a frente e localiza-se superiormente à protuberância e inferiormente ao diencéfalo. É responsável por algumas funções como a visão, audição, movimento dos olhos e movimento do corpo. • Ponte: Ela é a porção central do tronco cerebral interposta entre o bulbo e o mesencéfalo. As funções da ponte (protuberância) são variadas e envolvem sono, respiração, deglutição, audição, controle da bexiga, equilíbrio e gustação, entre tantas outras funções motoras. • Bulbo: O bulbo é a porção mais inferior do tronco cerebral, que fica na fossa posterior do crânio. Ela se continua com a medula espinhal abaixo e com a ponte cerebral acima. Da sua face anterior emergem vários nervos cranianos e ali existem áreas elevadas, chamadas de protuberâncias, formadas por vários tratos e núcleos que atravessam o bulbo. Elas são a fissura mediana anterior, pirâmides (trato corticoespinhal), decussação das pirâmides, olivas (núcleo olivar inferior) e os nervos hipoglosso (NC XII), glossofaríngeo (NC XII) e vago (NV X). O bulbo também tem muitas estruturas anatômicas na sua face posterior. Isto inclui o sulco medial posterior, fascículos grácil e cuneiforme, tubérculos grácil e cuneiforme (núcleos respetivos), tubérculo trigeminal (núcleo espinhal do nervo trigêmeo), funículo lateral (fibras de substância branca lateral), metade inferior da fossa romboide (assoalho do quarto ventrículo), e o óbex. O suprimento arterial do bulbo é feito pelas artérias cerebelares anterior e posterior, juntamente com a artéria espinhal anterior. A função do bulbo é conduzir os impulsos nervosos do cérebro para a medula espinhal e vice-versa. Também produz os estímulos nervosos que controlam a circulação, a respiração, a digestão e a excreção. A região do bulbo que controla os movimentos respiratórios e os cardíacos chama-se nó vital. • Cerebelo: O cerebelo está situado na fossa posterior do crânio, atrás da ponte e do bulbo, separado deles pelo quarto ventrículo. Ele tem um importante papel na coordenação e precisão das funções motoras, bem como no aprendizado motor. Graças à função do seu cerebelo, você consegue caminhar sem ter que pensar em cada passo. Infelizmente, a https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/cranio https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/medula-espinhal https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/os-12-nervos-cranianos https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/os-12-nervos-cranianos https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/nervo-hipoglosso-xii https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/nervo-hipoglosso-xii https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/nervo-glossofaringeo-ix https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/nervo-vago https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/nervo-trigemeo-v https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/nervo-trigemeo-v degeneração cerebelar pode levar a uma variedade de desordens como dificuldades na marcha, tremores corporais e desequilíbrio. Aves e répteis não possuem giros cerebrais, sua organização é diferenciada. • Lobo frontal: Localizado bem na frente do cérebro, na região da testa, o lobo frontal é a área responsável pelo planejamento de ações e pelo movimento. A região também é responsável pela fala, pela escrita e pela linguagem articulada. Dos quatro lobos, o frontal é aquele que possui a maior importância cognitiva de todos. É nele que estão localizados o córtex motor e o córtex pré-frontal. O primeiro controla as atividades motoras voluntárias e o segundo é o responsável pela aprendizagem motora e também pelos movimentos de precisão. Lesões no córtex motor podem causar fraqueza muscular e até paralisia, enquanto danos no córtex pré-frontal podem prejudicar o planejamento e a velocidade de movimentos automáticos, como a fala e os gestos. • Lobo parietal: Possui duas subdivisões: a anterior e a posterior. No geral, é responsável por coordenar as sensações da pele. A primeira, que também é conhecida como córtex somatossensorial, tem a função de viabilizar a recepção de sensações que vem do ambiente, sensações exteriores ao corpo, como o tato, a dor e a temperatura. Essas informações são recebidas por órgãos táteis, como os lábios, a língua e a garganta para posteriormente serem enviadas ao lobo pariental. Já a zona posterior é uma área secundária. Ela é a responsável pela análise, pela interpretação e pela integração das sensações que foram recebidas pela zona anterior, que é uma zona primária. É ela que permite a localização no espaço e o reconhecimento de objetos por meio do tato. • Lobo occipital: Na parte inferior do cérebro, o lobo occipital fica coberto pelo córtex cerebral. Ele é responsável essencialmente pela visão, por isso também é conhecido como córtex visual. Entre suas funções também estão o processamento e a percepção da visão. • Ele possui diversas subáreas que processam os dados visuais recebidos do exterior e identificam as diversas características que uma determinada informação pode ter. Cada zona é especializada em um detalhe em particular. Como, por exemplo, a percepção de cor, movimento, profundidade e distância, entre outras características. A curiosidade é que o significado daquilo que enxergamos não é enviado para nós pela área visual. Ele é, na verdade, transmitido por meio de outras áreas do cérebro, que se comunicam com a área visual. • Lesões no lobo occipital causam uma deficiência conhecida como agnosia, a impossibilidade de reconhecer objetos, palavras e até rostos de pessoas conhecidas. • • Lobo temporal: Reúne as funções da audição e principalmente da memória. Também é responsável pelos sons, pela compreensão da linguagem e pela atenção. Disparos de potenciais de ação podem envolver a comunicação de múltiplos neurônios mesmo quando se fala de SNP. O Sistema Nervoso é dividido em Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico. SISTEMA NERVOSO CENTRAL É constituído pelo cérebro e medula espinhal. • O dano em alguma parte da medula espinhal ou dos nervos na extremidade do canal espinhal podem causar consequências. A lesão medular traumática pode ocorrer devido a um golpe súbito ou corte na coluna vertebral. Uma lesão na medula espinhal costuma causar perda permanente de força, sensibilidade e funções abaixo do local da lesão. Aparelhos de reabilitação e de apoio permitem que muitas pessoas com lesões na medula espinhal tenham uma vida independente e produtiva. Os tratamentos incluem medicamentos para reduzir os sintomas e cirurgia para estabilização da coluna vertebral. Particularidades: - Axônios das raízes dorsais (sensoriais) conduzem potenciais de ação para pele, músculo, tendão, órgãos viscerais e articulações. - Axônios das raízes ventrais (motores) musculatura esquelética e lisa. - Tratos para comunicação com o cérebro. - A medula responde de forma reflexa. • Quando se diz reflexo, se refere a um estimulo sensorial carregado pela via aferente para a medula (isso é integrado na medula mesmo) e sai pela via eferente, induzindo uma contração muscular. Ou seja, é involuntário. Não vão até o cérebro, o estímulo ocorre na medula mesmo. Ex. Quandose põe o dedo no fogo, isso leva a um disparo de um potencial de ação pela sensibilização dos receptores cutâneos, fazendo com que isso leve um impulso para a medula por via aferente, entrando em raiz dorsal, integrando-se na medula com neurônio eferente (motor), que vai levar à contração muscular no sentido de retirar o dedo (percebe-se que nesse caso não houve um disparo do potencial de ação do meio da medula para o cérebro, por isso, é um reflexo, é como se fosse uma continuidade de um disparo de um potencial de ação). TODO o resto (que não seja reflexo) é enviado até o cérebro. Ex. Dei um soco na sua cara, FOI PENSADO. Neurônio associativo: faz a associação (comunicação) do neurônio motor com o neurônio sensitivo (dentro da substância cinzenta) - Medula oblonga: Região superior da medula, próxima ao tronco encefálico. Apresenta corpos celulares de neurônios – núcleos de nervos cranianos sensoriais e motores. - Faz a manutenção da função de sistema cardiovascular e alimentar, com particularidades quanto à neurofisiologia. Independente de um estímulo simpático ou parassimpático ele vai levar a despolarização e repolarização dentro de intervalos de tempos regulares para que ocorra a contração da musculatura cardíaca. Em relação ao trato digestório, o linear da musculatura lisa, relacionada ao peristaltismo é diferenciada, ocorre muitas vezes com despolarizações constantes. - Ponte: Faz a retransmissão de informação do córtex para o cerebelo. Coordenação de movimentos. - Mesencéfalo: Possui colículos, se relaciona com informações visuais e auditivas para o cérebro. Coordenação de funções oculares. - Diencéfalo: Junção do tálamo e hipotálamo. Tálamo: modulação das informações corticais (uma lesão no tálamo gera uma incoordenação motora). Hipotálamo: Regulação de sistema nervoso autônomo e função hormonal (regulação de funções endócrinas). Neurônios aferentes saem dorsalmente da substância cinzenta e Neurônios eferentes saem ventralmente. - Telencéfalo: hemisférios cerebrais – integrações sensoriais complexas. Memória, aprendizado. • Quando se mexe em saco de ração e o animal reconhece que é comida. Quando se diz “papa” e ele aprende o significado da palavra. Estimula a salivação, por isso muitas vezes sentem o cheiro e salivam (lambem a boquinha). Funções - Reunião de informações sensoriais internas e externas. - Integração das informações recebidas. - Produz resultado motor externo ou interno. SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO Constituído por nervos espinhais e cranianos. Faz a condução de um potencial de ação para o SNC para o SNP ou a condução de um potencial de ação do SNP para o SNC. • Aferente: Conduz sinais do SNP para o SNC. • Eferente: Conduz sinais do SNC para o SNP. O Sistema Nervoso Periférico é dividido em subsistemas, dentre eles, tem- se os neurônios motores e sensoriais. E dentro destes, se tem as subdivisões aferentes e eferentes (neurônios motores aferentes; neurônios motores eferentes; neurônios sensoriais aferentes; neurônios sensoriais eferentes). Neurônios de função motora São divididos em: - Axônios dos neurônios eferentes somáticos (responsáveis pela regulação da musculatura esquelética). - Axônios dos neurônios eferentes viscerais (responsáveis pela regulação da musculatura lisa, cardíaca e algumas glândulas). Neurônios de função sensorial São divididos em: - Axônios de neurônios aferentes - trazem potencial de ação para o SNC pela sensibilização de sensores periféricos. Ou seja: Eferente (motor): - Somático – musculatura esquelética. - Visceral: - Musculatura cardíaca. - Musculatura lisa. - Glândulas exócrinas. Aferente (sensorial): - Somático (sensibilidade ao meio externo): - Pele. - A partir da retina. - A partir do labirinto. - Visceral (sensibilidade ao meio interno): - A partir dos órgãos torácicos e abdominais (dor). - A partir do epitélio olfativo (olfação). - A partir dos botões gustativos (gustação). A parte aferente se refere à somestasia, que significa sensibilidade. Axônios de nervos periféricos convergem para formar um nervo espinhal em cada forame intervertebral. No canal espinhal os axônios sensoriais aferentes (raízes dorsais) e motores eferentes (raízes ventrais) se separam. • Ou seja, há o predomínio de axônios sensoriais aferentes em raízes dorsais e o predomínio de axônios motores eferentes em raízes ventrais. REGENERAÇÃO Cada fibra (região) do sistema nervoso apresenta potencial regenerativo distinto, que confere especificidades funcionais daquele sistema nervoso. BARREIRA HEMATOENCÉFALICA Essa barreira protege todo nosso sistema nervoso central, desde o cérebro, passando pelo cerebelo até a medula espinhal contra invasores externos e do próprio corpo. É formada por dois componentes, como o próprio nome indica, células de capilares sanguíneos (que são pequenos vasos) e pela membrana basal de células da meninge, uma membrana abaixo destas células. Então, essa barreira também se confunde com as meninges cerebrais. Como a barreira hematoencefálica (BHE) é impermeável, ou seja, não permite a passagem de invasores e nem mesmo de moléculas estranhas do sangue para o cérebro, dizemos que ela possui uma permeabilidade seletiva, isto é, ela seleciona o que pode atravessa-la. E isto se deve principalmente à estrutura e disposição das células dos capilares sanguíneos e da meninge que ficam muito, mas muito juntas formando as chamadas junções oclusivas, o que dificulta a passagem de substâncias através desse espaço intercelular. A BHE permite a passagem de compostos necessários para o bom funcionamento do cérebro, como nutrientes e hormônios, mas evita que toxinas, antibióticos e outros medicamentos cheguem até ele. Ou seja, é uma estrutura de permeabilidade altamente seletiva que protege o Sistema Nervoso Central (SNC) de substâncias potencialmente neurotóxicas presentes no sangue e sendo essencial para função metabólica normal do cérebro. BARREIRA HEMATOLIQUÓRICA É um mecanismo fisiológico regulador que impede ou dificulta a passagem de substâncias do sangue para o líquor (É um fluido aquoso e incolor que ocupa o espaço subaracnóideo e as cavidades ventriculares. A são função primordial é proteção mecânica do sistema nervoso central). PLEXO CORÓIDE É uma formação ramificada com a forma de cordão, constituída por eixos vasculares envoltos em um epitélio cúbico. Situa-se no interior dos ventrículos cerebrais e é o principal responsável pela formação do líquido cefalorraquidiano (Líquor). • Células epiteliais do plexo coroide: Desempenham um papel essencial na regulação das moléculas que podem entrar e sair do tecido do SNC, mantendo um ambiente ideal para os neurônios e a neuróglia. COMUNICAÇÃO COM SNC E SISTEMA VASCULAR - O epitélio coroide do plexo coroide, atua como barreira hematoliquórica - Os capilares do tecido nervoso, atuam como barreira hematencefálica. NEURÔNIOS Neurônios Sistema Nervoso Central - Oligodendrócitos: São células responsáveis pela produção da bainha de mielina em neurônios presentes no sistema nervoso central. Essas células enrolam-se em volta do axônio, formando a bainha, que funciona como um isolante elétrico. Os oligodendrócitos são capazes de envolver até 60 axônios de neurônios. - Astrócitos: São as células mais abundantes do SNC e são as que possuem as maiores dimensões. Levam esse nome pelo seu formato (astro=estrela). Os astrócitos, desempenham funções muito importantes, como a sustentação e a nutrição dos neurônios. - Células ependimárias: Essas células revestem cavidades no cérebro (ventrículos) e o canal central da medula espinhal. Sua função é garantir a movimentação do líquido cefalorraquidiano (líquor). Neurônios Sistema Nervoso Periférico - Células de Schwann: Assim como osoligodendrócitos, as células de Schwann também são responsáveis por formar a bainha de mielina. Entretanto, esse tipo celular envolve neurônios que estão presentes no sistema nervoso periférico. Diferentemente dos oligodendrócitos, as células de Schwann formam mielina em apenas um neurônio. - Células Satélites: As células satélites promovem um isolamento elétrico em torno do neurônio e constituem uma via para trocas metabólicas. Nem todas as fibras nervosas são mielinizadas (na sensibilidade cutânea por exemplo, existem fibras que não são mielinizadas, para que se espalhe o potencial de ação quando houver um estímulo doloroso). - Corpo celular: É a região onde se situa a maioria das organelas dessa célula. Nessa região, a célula também pode receber impulsos nervosos provenientes de outra célula nervosa. - Bainha de mielina: A Bainha de Mielina é uma capa de tecido adiposo que protege suas células nervosas. Estas células são parte do seu sistema nervoso central, que transporta mensagens entre o seu cérebro e o resto do seu corpo (Enviam e recebem mensagens). - Dentritos: Dendritos são projeções de um neurônio (célula nervosa) que recebe sinais (informações) de outros neurônios. Conduzem os estímulos captados do ambiente ou de outras células em direção ao corpo celular. - Terminal Axonal: É o local onde o axônio entra em contato com outros neurônios e/ou outras células e passa a informação (impulso nervoso) para eles. A região de passagem do impulso nervoso de um neurônio para a célula adjacente chama-se sinapse. - Nodos de Ranvier: Entre as células gliais que envolvem o axônio existem pequenos espaços, os nódulos de Ranvier, onde a membrana do neurônio fica exposta (bainha de mielina não é contínua). Nas fibras nervosas mielinizadas, o impulso nervoso, em vez de se propagar continuamente pela membrana do neurônio, pula diretamente de um nódulo de Ranvier para outro (estímulos saltatórios). Classificação dos Neurônios Segundo o número de dentritos, os neurônios podem dividir-se em: - Neurônio unipolar: Um só axônio, nenhum dendrito. Presente nos órgãos dos sentidos (visão, olfato, tato, paladar, audição). - Neurônio bipolar: Um só axônio, um dendrito. Estão presentes nas estruturas sensoriais, como na mucosa olfatória e na retina. - Neurônio pseudounipolar: Dendrito e axônio se fusionam perto do corpo neuronal. São encontrados em diversas áreas sensitivas da medula espinhal, tendo a função de transmitir diversos impulsos nervosos, como por exemplo, sensações de frio, calor, tato, entre outros. - Neurônio multipolar: Vários dendritos, um axônio. Esses neurônios são encontrados predominantemente no sistema nervoso central. Como ocorre o disparo do potencial de ação no Sistema Nervoso Central? Se houver um neurônio amielínico (não-amilienizado), inicialmente o potencial de repouso é negativo na face interna e positivo na face externa, ou seja, existe uma diferença de potencial de ação na fase de repouso. Quando há uma despolarização (que consiste basicamente no influxo de sódio e efluxo de potássio) pode ocorrer uma inversão de polaridade, sendo então a face interna positiva e a face externa negativa, isso significa então, que a membrana foi despolarizada. Isso vai seguindo em um sentido unidirecional, na medida que se despolariza um seguimento posterior, após um período refratório inicia-se um processo de repolarização (logo atrás), isso vai acontecendo de forma progressiva. Quando a mielina está presente, esse isolamento elétrico produzido pela mielina faz com que o estímulo seja saltatório, despolarizando a membrana entre os nódulos de Ranvier, aumentando a velocidade da propagação do impulso nervoso. A diminuição da capacitância diminui o retardo da variação de potencial da membrana. • Capacitância é a condição de armazenar uma carga elétrica, quando um neurônio não consegue armazenar essa carga elétrica ele transmite um impulso (como uma descarga) na fase seguinte. Marca-se a presença das células de Schawann e dos Oligodentrócitos. Nodo de Ranvier – A resistência transversal da membrana é baixa, por isso a corrente tende a fluir através desses segumentos. Despolariza um Nodo de Ranvier (que tem baixa capacitância, ou seja, não consegue armazenar a carga), então despolariza um ponto seguinte, e o outro ponto seguinte, e vai fazendo isso em toda a região mielínica, aumentando a velocidade da propagação do impulso. Logo em seguida da despolarização, atrás acontece a fase de repolarização. • Na fase de despolarização ocorre a abertura de um canal de Na+ e consequentemente a modulação dos canais de K+, ou seja, ocorre um influxo de sódio e efluxo de potássio. • Na fase de repolarização ocorre a abertura de um canal de K+ (de forma ativa, com gasto de energia) e consequentemente a modulação dos canais de Na+, ou seja, ocorre um influxo de potássio e efluxo de sódio. Os canais de sódio levam a um potencial de ação, porque tem influxo de sódio, modificando esse potencial de membrana. Inicialmente há a abertura desses canais levando a uma modulação da carga interna desse potencial de membrana, quando atinge o linear se tem a abertura dos canais dependentes de voltagem e isso leva a um processo de despolarização completo, e uma vez despolarizado, posteriormente haverá um processo de hiperpolarização. A variação de condutância para o íon seleto depende do campo elétrico aplicado ao complexo proteico que forma o canal (faz-se uma passagem seletiva de uma molécula pelo poro, pois é limitado e regrado). Após uma abertura provocada pela despolarização, cada canal para sódio passa a um estado inativado (Torna-se insensível à despolarização). • Existem 3 formas que um canal pode se manter: aberto, fechado e inativo (período refratário). Ou seja, mesmo que module a carga elétrica da célula, o canal não sofrerá nenhuma modificação em sua estrutura, pois está inativado) Aberto: Passa a modificar o ambiente dele, possibilitando o influxo de sódio (despolarização). Inativo: Depois que despolarizou, a mudança da carga interna da célula faz com que o poro entre no estado inativado, impossibilitando a passagem de mais sódio, impedindo que ocorra uma nova despolarização. SINAPSES São zonas de comunicação entre uma célula nervosa e a célula seguinte em uma cadeia funcional. Tipos de sinapses: I. Sinapses Elétricas As sinapses elétricas fazem a propagação elétrica entre as células através de canais que interligam as mesmas (junções comunicantes GAP), com um retardo nulo na transmissão. Fisiologicamente, essas sinapses atuam na atividade sincronizada de grupos de neurônios, células musculares lisas ou cardíacas. Esses canais têm uma condutância que varia de acordo com o tipo de proteína constitutiva, por onde passam solutos de baixo peso molecular que irão levar os sinais de uma célula à outra. Por terem este contato íntimo entre as células através de junções abertas, a sinapse elétrica permite o fluxo livre de íons em uma transmissão muito mais rápida do que a que ocorre na sinapse química, além de não poder ser bloqueada. O retardo nulo, uma bidirecionalidade, efeito excitatório e uma curta duração fazem com que uma sinapse elétrica transmita o impulso nervoso de uma célula à outra quase que instantaneamente. Enquanto que nas sinapses químicas, esse impulso terá de atingir as extremidades do axônio da célula pré-sináptica, para então ocorrer a liberação de substâncias químicas nos espaços sinápticos, e assim os neurotransmissores se combinem com receptores presentes na membrana das células pós-sinápticas para então transmitir o impulso nervoso. As sinapses elétricas ocorrem em músculos lisos e cardíacos, onde a contração ocorre por um todo e em todos os sentidos. II. Sinapses Químicas As sinapses químicas sempre transmitem sinais em uma direção,ou seja, possuem uma condução unidirecional. Essa é uma característica importante desse tipo de sinapse, permitindo que os sinais atinjam alvos específicos. Esse evento se inicia com a secreção de uma substância química chamada neurotransmissor, que irá atuar em proteínas receptoras presentes na membrana do neurônio subsequente, promovendo a excitação ou inibição. • As substâncias neurotransmissoras mais conhecidas são: acetilcolina, norepinefrina, epinefrina, histamina, ácido gama- aminobutírico, glicina, serotomina e glutamato. Na sinapse química o terminal pré-sinático é separado do corpo celular do neurônio pós-sinático pela fenda sináptica. O terminal pré-sináptico possui vesículas transmissoras que contém substâncias transmissoras que serão liberadas na fenda sináptica, essa liberação é controlada por canais de cálcio dependentes de voltagem. O potencial de ação despolariza a membrana pré- sináptica, os canais de cálcio se abrem e íons de cálcio entram no terminal pré- sináptico, que se ligam a proteínas especiais, chamadas de sítio de liberação, que se encontram na superfície interna da membrana pré-sináptica, fazendo com que esses sítios se abram liberando as vesículas transmissoras, que podem ter função inibitória ou exitatória. As vesículas transmissoras, liberadas na fenda sináptica, passam para o terminal pós-sináptico. A membrana do neurônio pós-sináptico possui um grande número de proteínas receptoras, cujas moléculas podem possuir componentes de ligação onde o neurotransmissor, que está na fenda sináptica, se liga a um componente ionóforo, que atravessa toda a membrana pós-sináptica até alcançar o interior do neurônio pós-sináptico. O componente ionóforo pode ser de canal iônico, que permite a passagem de tipos específicos de íons. Os canais iônicos podem ser do tipo catiônios, que conduzem íons de sódio, ou do tipo aniônico, que passam íons cloreto. • Os canais catiônicos permitem a entrada de cargas positivas, promovendo a excitação do neurônio. Portanto as substâncias transmissoras que abrem esses canais são chamadas de transmissores excitatórios. • Os canais aniônicos permitem a entrada de cargas negativas, promovendo a inibição do neurônio, desse modo as substâncias transmissoras que abrem esses canais são chamadas de transmissores inibitórios. NÃO SERIA MELHOR SOMENTE SINAPSES ELÉTRICAS? Não! - O tamanho das células precisariam ser semelhantes para produzir uma boa transmissão. Pensem no caso de uma célula neural e uma muscular. - O processo químico não é prejudicado por diferenças nas dimensões dos elementos pré e pós-sinápticos. - A ação de segundos mensageiros intracelulares produzem amplificação dos sinais transmitidos ao longo da cadeia neural. - A transmissão química apresenta múltiplos estágios passíveis de regulação, tornando este modo de neurotransmissão mais versátil e plástico. Neurônios PEPS - Potencial excitatório pós-sináptico, que orienta o potencial de membrana em direção ao limiar (pois se chegar no limiar, despolariza). - Estimulam a despolarização. Neurônios PIPS - Potencial inibitório pós-sináptico, que dirige o potencial de membrana para longe do limiar (pois se chegar no limiar, despolariza). - Evitam a despolarização. PPSE Um potencial graduado despolarizante é denominado potencial pós-sináptico excitatório (PPSE) – Leva no sentido da despolarização. Sinapses excitatórias (levam a liberação de neurotransmissores relacionados com alterações pós-sinápticas, induzindo o processo de despolarização) • Neurotransmissores: acetilcolina e glutamato (induzem potenciais despolarizantes). PPSI Potencial graduado hiperpolarizante é denominado potencial pós- sináptico inibitório (PPSI). Sinapses inibitórias (inibem o processo de despolarização, inibem a excitação do sistema nervoso) • Ácido γ-aminobutírico (GABA) e a glicina (induzem potenciais polarizantes). Durante a somatória de PIPS e PEPS atinge-se o limiar, e uma vez atingido, gera uma despolarização -> ultrapassagem (virada na carga da membrana) -> repolarização -> hiperpolarização. IMPULSO NERVOSO O impulso nervoso corresponde a uma corrente elétrica que se propaga pelos neurônios, graças a um processo de despolarização da membrana. Esse processo de despolarização ocorre mediante a estímulos e tem como função transmitir a outras células (nervosas, musculares ou glandulares) uma determinada informação. O que é impulso nervoso? Impulso nervoso é uma corrente elétrica que percorre o axônio (parte do neurônio responsável pela transmissão do impulso nervoso) com o objetivo de transmitir uma informação. Esse processo ocorre em consequência da despolarização que ocorre ao longo da membrana do neurônio. Em virtude da manutenção de uma grande concentração de íons sódio fora dos neurônios por meio de um processo de transporte ativo (bombas de sódio e potássio), a face externa da membrana apresenta uma carga elétrica positiva, e a interna, uma carga elétrica negativa, quando o axônio do neurônio encontra- se em repouso. Quando esse axônio é estimulado em qualquer ponto, ocorre uma mudança na permeabilidade da membrana, alterando, assim, sua polaridade. Essa mudança afeta também a região vizinha, assim, o impulso nervoso percorre a membrana como uma onda de mudança de polaridade. Transmissão do impulso nervoso A transmissão do impulso nervoso ocorre como uma onda de mudança de polarização da membrana do axônio. No meio extracelular, encontra-se uma maior concentração de íons sódio (Na+), o que faz com que a membrana, em sua face externa, apresente carga positiva e, em sua face interna, carga negativa. Isso se deve a um processo denominado de bomba de sódio e potássio, no qual três íons Na+ são bombeados para fora da célula a cada dois íons K+ que são bombeados para dentro dela. Os dois íons podem mover-se de volta, seguindo seu gradiente de concentração, no entanto, a membrana é menos permeável ao Na+ e, assim, apenas uma pequena quantidade de Na+ retorna para a célula. Com isso, uma maior quantidade de cargas positivas é mantida fora da membrana, fazendo com que sua face externa seja positiva. A face interna apresenta uma carga negativa em razão da presença de proteínas carregadas negativamente e outras grandes moléculas. Após a aplicação de um estímulo em qualquer região do axônio, a membrana torna-se permeável aos íons Na+ mantidos fora da célula. Esses íons passam a entrar na célula em maior quantidade do que o íon potássio, mudando, assim, a polarização da membrana, que se torna mais negativa em sua face externa e mais positiva na face interna. A mudança da polarização que ocorre com a entrada do sódio é denominada despolarização. No entanto, esse íon é rapidamente expulso, mediante a ação da bomba de sódio, e a membrana retorna à sua polarização inicial, positiva na face externa e negativa na face interna. Cada ponto estimulado modifica a permeabilidade da região vizinha, expulsando os íons sódio. Esse processo cria uma onde de alternância de polarização da membrana, fazendo com que o impulso nervoso percorra todo o axônio até uma região denominada de terminais sinápticos.
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