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Posicionamentos Radiográficos "Para ser proficiente no campo da diagnose radiológica temos que estar familiarizados com a anatomia radiográfica." Schebitz e Wilkens O posicionamento apropriado do paciente é de grande importância para o radiologista veterinário, a fim de se obter a melhor radiografia possível. Se uma excelente radiografia é difícil de ser interpretada imagine uma com mau posicionamento, é praticamente impossível. Desta forma, para se obter uma ótima radiografia para fins diagnósticos o paciente deve estar adequadamente posicionado. A aquisição de conhecimentos anatômicos tridimensionais é, portanto, necessária para que sejamos científicos ao invés de dependermos da sorte para a obtenção da melhor radiografia. O objetivo do posicionamento é a idéia de posturas mais adequadas, nas quais o paciente possa ser colocado para facilitar: o seu maior conforto, a sua imobilização, a sua contenção e a reprodução mais exata da parte sob exame. Nomenclatura: Usada para descrever aspectos de partes individuais e denota a direção na qual o feixe de raios x atravessa a parte que está sob exame. Assim o nome ao posicionamento leva em conta a face do corpo do animal onde incide e a face do corpo onde emerge a radiação. Existe a nomenclatura Européia e a estabelecida pelo Colégio Americano de Radiologia. No nosso curso adotaremos a nomenclatura americana. 1- Ventrodorsal (VD) 2- Dorsoventral (DV) 3- Lateromedial (LM) 4- Mediolateral (ML) 5- Dorsopalmar (Dpa) ou Dorsoplantar (Dpr)* 6- Craniocaudal (CrCd)* 7- Rostrocaudal (RoCd) 8- Oblíquas dorsolateral-pálmaromedial oblíqua (DLPMO) dorsomedial-pálmarolateral oblíqua (DMPLO) O45(LPMO indica o grau aproximado de obliqüidade 9- Projeções Especiais pálmaroproximal-pálmarodistal dorsoproximal-dorsodistal horizontal 10- Flexionadas * Crâniocaudal (acima do carpo) ( dorsopalmar (abaixo do carpo) ( dorsoplantar (abaixo do tarso) Direcionamentos Radiográficos: Indicam a direção dos raios (Fig. 1). Figura 01: Desenho esquemático com os direcionamentos radiográficos Decúbito: Para facilitar o posicionamento muitas vezes o animal é colocado em decúbito. Pode ser dorsal, ventral e lateral. Por convenção utiliza-se o decúbito lateral direito. O animal também pode ficar em pé. Auxílios ao posicionamento: Compreendem objetos como almofadas não radiopacas, bolsas de areia, blocos de madeira, faixa compressiva, calhas... que são empregados para sustentar o paciente, de tal modo que o movimento seja reprimido e a parte sob exame fique o mais próximo possível do filme. Número necessário de radiografias: Uma vez que a radiografia é uma impressão bidimensional de uma estrutura tridimensional, é usualmente necessário radiografar a parte que está sob exame em 02 planos perpendiculares entre si. Contenção: Um cão consciente pode ser satisfatoriamente contido em posições particulares, com raras exceções; desde que tenha um temperamento calmo e que 02 pessoas estejam em condições de segurá-lo. No caso de animal nervoso ou temperamental, ou ainda ausência de assistência para contenção, a sedação ou anestesia pode ser considerada. Identificação de radiografias: Toda radiografia deve ser identificada com o número da ficha do animal, nome, idade, raça, sexo, espécie e data do exame. A identificação é realizada do lado direito da radiografia. Tabela 1 - Posicionamentos radiográficos para pequenos animais. Projeções de rotina e projeções especiais: Área Projeção de Rotina Projeção Especial Membro Anterior Falange e Metacarpo Dorsopalmar e Mediolateral Isolamento de Dígito Carpo Dorsopalmar e Mediolateral Lateral Oblíqua e Flexionada Rádio e Ulna Craniocaudal e Mediolateral Art. úmero-rádio-ulnar Craniocaudal e Mediolateral Lateral Oblíqua e Flexionada Úmero Caudocranial e Mediolateral Craniocaudal Art. Escápulo-umeral Caudocranial e Mediolateral Escápula Caudocranial e Mediolateral Oblíqua VD Membro Posterior Falange e Metatarso Dorsoplantar e Mediolateral Isolamento de Dígito Tarso Dorsoplantar e Mediolateral Lateral e Medial Oblíqua Tíbia e Fíbula Craniocaudal e Mediolateral Art. Fêmur-tíbio-patelar Craniocaudal e Mediolateral Sky Line Fêmur Craniocaudal e Mediolateral Crânio, Coluna e Pelve Crânio VD e Lateral Frontal Seios VD, Lateral e Rostrocaudal Oblíqua D e E Osso Nasal VD, Lat. de Boca Aberta Oclusal (IO) / Oblíqua D e E Mandíbula VD e Oblíqua D e E Oclusal (filme IO) Dentes Ob. D e E / Ob.Boca Aberta e Lat. Bula Timpânica VD, Ob. D e E e Rostrocaudal de Boca Aberta Art. Têmporo-mandibular VD, Lat. e Obl. D e E Coluna Cervical VD e Lateral (C3-C4) Flexionada e Estendida Coluna Torácica VD e Lateral (T6) Coluna Lombar VD e Lateral (L4) Coluna Toráco-lombar VD e Lat.(T11-12 e L1-2) Art. Sacro-ilíaca VD e Lateral Cauda VD e Lateral Pelve VD e Lateral Frog Leg Tórax e Abdômen Pulmões VD ou DV e Laterais VD/DV/Laterais Feixe Horizontal Coração DV e Lateral Esterno Lateral Pescoço VD e Lateral Esôfago VD oblíqua e Lateral Abdômen VD e Lateral Tabela 2 - Posicionamentos radiográficos para o crânio de pequenos animais: Área do Crânio Projeção Radiográfica Rotina Lateral VD Mandíbula Lateral DV Lateral Oblíqua de Boca Aberta Arco Zigomático e Órbita Lateral DV Frontal Lateral Oblíqua VD de Boca Aberta ATM DV Lateral Oblíqua Frontal de Boca Aberta Bula Timpânica DV Lateral Oblíqua Frontal de Boca Aberta Foramen Magno Frontal para forâmen Seios Lateral DV Oclusal DV VD de Boca Aberta Lateral Oblíqua Frontal Dentes Maxilares Lateral Oblíqua de Boca Aberta VD de Boca Aberta Dentes Mandibulares Lateral Oblíqua de Boca Aberta Dentes Incisivos Oclusal DV pré-maxila Oclusal VD mandíbula POSICIONAMENTOS RADIOGRÁFICOS – PEQUENOS ANIMAIS Figura 01 – Projeção lateral com o animal em decúbito lateral da região abdominal (Centrar o raio na região de interesse – Epigástrica / Mesogástrica / Hipogástrica) Fonte: Schebitz & Wilkens, 1986. Figura 02 – Projeção VD com o animal em decúbito dorsal da região abdominal (Centrar o raio na região de interesse – Epigástrica / Mesogástrica / Hipogástrica) Fonte: Schebitz & Wilkens, 1986. Figura 03 – Projeção lateral com o animal em decúbito lateral do tórax (Raio centrado no bordo caudal da escápula) Fonte: Schebitz & Wilkens, 1986. Figura 04 – Projeção lateral da cavidade torácica com o animal em estação (Raio centrado no bordo caudal da escápula). Suspeita de efusão pleural. Fonte: Schebitz & Wilkens, 1986. Figura 05 – Projeção DV com o animal em decúbito ventral para avaliação cardíaca (Raio centrado no bordo caudal da escápula). Fonte: Schebitz & Wilkens, 1986. Figura 06 – Projeção VD com o animal em decúbito dorsal para avaliação da cavidade torácica (Raio centrado no bordo caudal da escápula – Coluna e esterno sobrepostos). Fonte: Schebitz & Wilkens, 1986. Figura 07 – Projeção médio-lateral com o animal em decúbito lateral para avaliação da escápula. Membro contralateral tracionado caudalmente. Fonte: Lavin, L.M., 1999. Figura 08 – Projeção caudo-cranial com o animal em decúbito dorsal para avaliação da escápula. Membros anteriores tracionados cranialmente. Fonte: Lavin, L.M., 1999. Figura 09 – Projeção médio-lateral com o animal em decúbito lateral para avaliação da articulação escápulo-umeral Fonte: Lavin, L.M., 1999. Figura 10– Projeção caudo-cranial com o animal em decúbito dorsal para avaliação da articulação escápulo-umeral. Membros anteriores tracionados cranialmente. Fonte: Lavin, L.M., 1999. Figura 11 – Projeção médio-lateral com o animal em decúbito lateral para avaliação do úmero. Fonte: Lavin, L.M., 1999. Figura 12 – Projeção caudo-cranial com o animal em decúbito dorsal para avaliação do úmero. Membros anteriores tracionados cranialmente. Fonte: Lavin, L.M.,1999. Figura 13 – Projeção médio-lateral com o animal em decúbito lateral para avaliação da articulação úmero-rádio-ulnar. Fonte: Lavin, L.M., 1999. Figura 14 – Projeção crânio-caudal com o animal em decúbito ventral para avaliação da articulação úmero-rádio-ulnar. Membro sob suspeita tracionado cranialmente. Fonte: Lavin, L.M., 1999. Figura 15– Projeção médio-lateral flexionada com o animal em decúbito lateral para avaliação da articulação úmero-rádio-ulnar. Suspeita de não união do processo ancôneo. Fonte: Lavin, L.M., 1999. Figura 16– Projeção médio-lateral com o animal em decúbito lateral para avaliação de rádio e ulna. Fonte: Lavin, L.M., 1999. Figura 17 – Projeção crânio-caudal com o animal em decúbito ventral para avaliação de rádio e ulna. Membro sob suspeita tracionado cranialmente. Fonte: Lavin, L.M., 1999. Figura 18 – Projeção médio-lateral com o animal em decúbito lateral para avaliação do carpo. Membro sob suspeita tracionado cranialmente. Fonte: Lavin, L.M., 1999. Figura 19 – Projeção dorso-palmar com o animal em decúbito ventral para avaliação do carpo. Membro sob suspeita tracionado cranialmente. Fonte: Lavin, L.M., 1999. Figura 20 – Projeção dorso-palmar para avaliação de metacarpo e falanges. Projeção dorso-plantar para avaliação de metatarso e falanges. Divisão de chassi. Fonte: Lavin, L.M., 1999. Figura 21 - Projeção médio-lateral com o animal em decúbito lateral para metacarpo / metatarso e falanges com isolamento de dígito. Divisão de chassi. Fonte: Lavin, L.M., 1999. Figura 22– Projeção VD com o animal em decúbito dorsal para avaliação da pelve – “Frog Legg”. Animal com muita dor. Fonte: Lavin, L.M., 1999. Figura 23 – Projeção VD com o animal em decúbito dorsal, fêmures tracionados caudalmente e paralelos, para avaliação da pelve. Suspeita de displasia coxo-femoral. Fonte: Lavin, L.M., 1999. Figura 24 - Projeção médio-lateral com o animal em decúbito lateral, membro contralateral abduzido, para avaliação do fêmur. Fonte: Lavin, L.M., 1999. Figura 25 – Projeção médio-lateral em decúbito lateral e membro contralateral abduzido para avaliação de luxação coxo-femoral. Raio centrado na articulação coxo-femoral. Fonte: Schebitz & Wilkens, 1986. Figura 26 – Projeção lateral com o animal em decúbito lateral para avaliação geral do crânio. Fonte: Lavin, L.M., 1999. Figura 27 – Projeção dorso-ventral com o animal em decúbito ventral para avaliação do crânio (mandíbula). Fonte: Lavin, L.M., 1999. Figura 28 - Projeção ventro-dorsal com o animal em decúbito dorsal para avaliação do crânio (maxila). Fonte: Lavin, L.M., 1999. Figura 29 – Projeção oblíqua do crânio com o animal em decúbito dorsal para avaliação da cavidade nasal. Fonte: Lavin, L.M., 1999. Figura 30 – Projeção lateral com o animal em decúbito lateral para avaliação da coluna cervical. Fonte: Tudury, 1997. Figura 31 – Projeção ventro-dorsal com o animal em decúbito dorsal para avaliação de coluna cervical. Tracionar os membros anteriores caudalmente. Fonte: Tudury, 1997. Figura 32 – Projeção frontal com a boca aberta em decúbito dorsal para avaliação de atlas, áxis e processo odontóide. Fonte: Tudury, 1997. Figura 33 – Projeção lateral com o animal em decúbito lateral com flexão em C1-C2 para avaliação de subluxação atlanto axial. Fonte: Tudury, 1997 Figura 34– Projeção lateral com o animal em decúbito lateral com flexão em C5-C6 para pesquisa de Síndrome de “Wobbler”. Fonte: Tudury, 1997. Figura 35 – Projeção lateral com o animal em decúbito lateral com extensão em C5-C6 para suspeita de síndrome de “Wobbler”. Fonte: Tudury, 1997. Figura 36 – Para avaliação lateral da coluna vertebral nas regiões: torácica, tóracolombar, lombar, lombosacra e coccígeas colocar almofadas, observar elevação dos membros e distância entre o xifóide e os processos espinhosos com a mesa. Fonte: Lavin, L.M., 1999. Figura 37 – Posição das almofadas para alinhar a coluna vertebral. Fonte: Lavin, L.M., 1999. Figura 38 – Projeção lateral com o animal em decúbito lateral direito para avaliação de coluna torácica. Fonte: Lavin, L.M., 1999. Figura 39 – Projeção VD com o animal em decúbito dorsal para avaliação de coluna torácica. Fonte: Lavin, L.M., 1999. Figura 40 – Projeção lateral com o animal em decúbito lateral direito para avaliação de coluna toracolombar. Fonte: Lavin, L.M., 1999. Figura 41 – Projeção VD com o animal em decúbito dorsal para avaliação de coluna toracolombar. Fonte: Lavin, L.M., 1999. Figura 42 – Projeção lateral com o animal em decúbito lateral direito para avaliação de coluna lombar. Fonte: Lavin, L.M., 1999. Figura 43 – Projeção VD com o animal em decúbito dorsal para avaliação de coluna lombar. Fonte: Lavin, L.M., 1999.
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