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Química Experimental: Noções Básicas de Segurança e Técnicas Utilizadas em Laboratório

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Prévia do material em texto

Química Geral e 
Experimental I
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Marina Garcia Resende Braga
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Química Experimental: Noções Básicas de Segurança 
e Técnicas Utilizadas em Laboratório
• Introdução;
• Noções Básicas de Segurança em Laboratório;
• Simbologia de Risco de Produtos Químicos;
• Incêndios – Classes e como Combatê-los;
• Equipamentos de Laboratório;
• Exemplos de Experimentos;
• Relatório de um Experimento.
 · Apresentar conceitos importantes de química experimental, como 
práticas de segurança em laboratórios de química.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Química Experimental: Noções Básicas 
de Segurança e Técnicas Utilizadas
em Laboratório
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você 
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Química Experimental: Noções Básicas de Segurança 
e Técnicas Utilizadas em Laboratório
Introdução
Um dos melhores lugares para aprender e realizar vários experimentos de 
Química é o laboratório. No entanto, para fazer bom uso dele, é necessário que você 
tenha vários conceitos importantes em mente, desde os principais equipamentos 
utilizados até questões de segurança. Nesta unidade, você terá a oportunidade 
de entrar em contato com estes conceitos e conhecer um pouco melhor como 
funciona um laboratório de Química. Vamos lá?
Noções Básicas de Segurança 
em Laboratório
Ao entrar em um laboratório de química, você deve seguir as seguintes regras 
principais:
1. Não faça brincadeiras dentro de um laboratório de química. Todos os 
experimentos devem ser feitos com muita seriedade, pois qualquer 
negligência pode levar à ocorrência de acidentes perigosos;
2. Tome cuidado ao manusear os equipamentos e compostos em geral, 
principalmente substâncias tóxicas e corrosivas. É preciso realizar cursos 
especiais para manusear estas substâncias;
3. Sempre que tiver qualquer dúvida, peça auxílio ao professor ou técnico 
responsável;
4. Cuidado ao manusear equipamentos quentes. Sempre use luvas específicas 
e, caso tenha que mantê-los aquecidos, deixe um recado para que outras 
pessoas não os peguem e se queimem sem querer;
5. Sempre use uma roupa específica para trabalhar em laboratório. 
Geralmente, é necessário um jaleco. Dependendo do experimento, óculos 
e luvas também podem ser necessários;
6. Jamais fume dentro de um laboratório;
7. Evite fazer refeições no laboratório;
8. Nunca prove nenhuma solução que vir no laboratório. Para saber o que há 
nela, faça outro tipo de experimento;
9. Também não cheire diretamente nenhuma substância ou solução. Com a 
mão, leve um pouco de vapor da substância até o nariz.
10. Toque sem luvas apenas as substâncias que forem autorizadas pelo 
professor ou técnico;
11. Observe como ocorre o descarte de substâncias no laboratório. Respeite 
as regras. Nunca jogue nada diretamente na pia ou em lixo comum;
8
9
12. Caso haja algum acidente, comunique imediatamente ao técnico ou 
professor responsável;
13. Cuidado ao aquecer líquidos, pois podem haver explosões;
14. Lave todo o material que utilizar e separe bem os materiais sujos dos 
limpos, de acordo com as regras de cada laboratório;
15. Mantenha por perto telefones e contatos de emergência.
Importante!
Acima de tudo, atente-se sempre às regras de segurança fornecidas em cada laboratório 
e tenham sempre muito cuidado nestes ambientes.
Importante!
Simbologia de Risco de Produtos Químicos
Caso observe algum dos símbolos a seguir em frascos ou em outros lugares 
dentro do laboratório, tenha cuidado. Veja o que cada um significa. 
Tóxico ou altamente tóxico – caso veja este símbolo, tome muito 
cuidado, pois a substância pode causar séria intoxicação. Caso haja 
algum acidente com esse tipo de substância, vá direto ao médico.
Inflamável – neste caso, o símbolo indica que a substância se 
inflama (popularmente, pega fogo) facilmente, o que pode levar a 
incêndios. Muito cuidado ao manusear estas substâncias.
Explosivo – estes tipos de substâncias facilitam a ocorrência de 
combustão e devem ser guardadas longe de substâncias inflamá-
veis, pois o contato das duas pode levar a explosões e incêndios.
Corrosivo – são substâncias que apresentam riscos de corrosão, 
tanto a materiais quanto à própria pele humana. Devem ser ma-
nuseadas adequadamente e com muito cuidado.
Figuras 1 a 4
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
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UNIDADE Química Experimental: Noções Básicas de Segurança 
e Técnicas Utilizadas em Laboratório
O diagrama de Hommel (também chamado de diamante de segurança, perigo ou 
risco) exprime graus de periculosidade relacionados à riscos à saúde, inflamabilidade, 
reatividade e outros riscos específicos. É representado por um losango dividido em 
quatro quadrados de diferentes cores, cada qual representando um risco diferente. 
Está representado na Figura 6.
Figura 6 – Diagrama de Hommel
Fonte: Acervo do Conteudista
Cada quadrado pode ser preenchido com um número de 0 a 4, dependendo 
do produto químico. As cores e números seguem a seguinte classificação (VAL 
et al., 2008):
• Azul – riscos à saúde
0 = Não apresenta risco à saúde ou apresenta um risco mínimo.
1 = Perigo leve.
2 = Perigo moderado.
3 = Muito perigoso.
4 = Letal.
• Vermelho – Inflamabilidade
0 = Substâncias não-inflamáveis.
1 = Se aquecidos, tornam-se combustíveis.
2 = Ponto de fulgor entre 38°C e 98°C.
Radioatividade – símbolo que indica materiais radioativos ou de-
pósito dos mesmos. Não fique muito tempo perto de substâncias 
que apresentem essa simbologia.
Figura 5
Fonte: iStock/Getty Images
10
11
3 = Ponto de fulgor menor que 38°C.
4 = Produto muito inflamável.
• Amarelo – Reatividade
0 = Material estável, não reage à temperatura ambiente.
1 = Em contato com a água pode reagir, mas de forma moderada.
2 = Reage com a água de forma violenta.
3 = Reage ao contato com água, choques ou calor.
4 = À temperatura ambiente, é explosivo.
• Branco – Riscos específicos
Air = reage em contato com o ar.
OXY = produto oxidante.
P = produto polimerizável.
PO = peroxidável.
Importante!
Segundo Dufrayer e Carrim (2014, p. 2), “o ponto de fulgor (...) estabelece a temperatura 
mínima das substâncias que emitem vapores infl amáveis. O Ponto de Fulgoré o 
parâmetro mais importante utilizado para determinar o potencial dos perigos de fogo 
ou explosão de um líquido.”
Trocando ideias...
Incêndios – Classes e como Combatê-los
O perigo de ocorrência de incêndios é relativamente alto em laboratórios de 
química, principalmente devido à quantidade de substâncias que podem provocá-
los. De acordo com o Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, existem quatro 
classes de incêndios:
• Classe A: combustíveis sólidos – madeira, papel, pano, borracha;
• Classe B: líquidos inflamáveis – gasolina, álcool, óleos, entre outros;
• Classe C: equipamentos elétricos – motores, computadores, etc.;
• Classe D: metais combustíveis – metais combustíveis pirofóricos como zinco 
e sódio, por exemplo.
Para cada classe, existe um extintor correspondente, conforme a Tabela 1.
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UNIDADE Química Experimental: Noções Básicas de Segurança 
e Técnicas Utilizadas em Laboratório
Tabela 1 – Classes de incêndio e tipo de extintor específico
Classe de incêndio Tipo de extintor
Classe A Extintor de água
Classe B Extintor de pó químico seco
Classe C Extintor que contém CO2
Classe D Extintor específico para cada material
Fonte: Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo
Para saber mais sobre como combater e o que fazer no caso de incêndios, acesse o seguinte 
link: https://goo.gl/jXRsJP, desenvolvido pelo Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo.Ex
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or
Equipamentos de Laboratório
Nesta unidade, conheceremos alguns dos principais equipamentos utilizados em 
um laboratório de química. Vamos lá?
Tubo de ensaio
Uma das vidrarias mais utilizadas em laboratório é o tubo de ensaio (Figura 7). 
Muito usado, principalmente, quando são realizados testes de reações químicas 
com reagentes em pequenas quantidades. São guardados, geralmente, em estantes 
específicas, que permitem aos equipamentos permanecerem na posição vertical. 
Se o equipamento estiver quente, pode ser utilizada uma pinça de madeira para 
movimentá-lo, assim evita-se a ocorrência de queimaduras nas mãos. 
Figura 7 – Diversos tubos de ensaio
Fonte: pixabay.com
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Balões
Existem diversos tipos deste equipamento em um laboratório de química. A 
Figura 8 mostra vários balões do tipo volumétricos. Este balão é utilizado quando é 
necessária uma maior precisão no volume da solução. Muito utilizado em diluições 
e na preparação de soluções diversas.
Outros tipos de balões presentes em laboratório são os seguintes (TRINDADE 
et al., 2013, p. 17):
• Balão de fundo chato: utilizado para preparação de soluções, aquecimento e 
armazenamento de substâncias líquidas; 
• Balão de destilação: como o próprio nome já diz, é utilizado quando há pro-
cessos de destilação, possuindo uma saída lateral; 
• Balão de fundo redondo: usos semelhantes aos do balão de fundo chato, 
inclusive utilizado em reações nas quais há desprendimento de gases.
Figura 8 – Balões volumétricos com volumes diversos
Fonte: Wikimedia Commons
Béquer
O béquer (Figura 9), assim como o tubo de ensaio, é bastante utilizado em 
laboratórios de química. Pode ser utilizado para o preparo de soluções, dissoluções, 
reações em pequena escala, misturas etc. Também pode ser utilizado para realizar 
medições, no entanto, a precisão é muito pequena. Para misturar soluções, 
geralmente utiliza-se um bastão de vidro.
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UNIDADE Química Experimental: Noções Básicas de Segurança 
e Técnicas Utilizadas em Laboratório
Figura 9 – Béquer
Fonte: Wikimedia Commons
Erlenmeyer
Assim como o béquer, o erlenmeyer (Figura 10) também é utilizado no preparo 
de soluções. Além disso, também é usado em titulações e armazenamento de 
soluções e misturas.
Figura 10 – Béquer
Fonte: Wikimedia Commons
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Placa de Petri
A placa de Petri (Figura 11) é um equipamento muito utilizado, principalmente, 
em laboratórios de bioquímica, para a cultura de microorganismos. É um recipiente 
achatado, podendo ser de vidro, plástico ou metal.
Figura 11 – Placa de Petri de vidro
Fonte: Wikimedia Commons
Proveta
Também chamada de cilindro graduado, a proveta (Figura 12) pode ser usada 
para medidas aproximadas de líquidos e também transferência de soluções. Sua 
precisão é menor que a das pipetas. Logo, para medir volumes de líquidos com 
maior precisão, é preferível o uso das pipetas.
Figura 12 – Proveta ou cilindro graduado
Fonte: Wikimedia Commons
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UNIDADE Química Experimental: Noções Básicas de Segurança 
e Técnicas Utilizadas em Laboratório
Bureta
Este equipamento possibilita o escoamento e a medição de líquidos. Muito utiliza-
da em titulações. A Figura 13 mostra uma bureta colocada na vertical e seu suporte.
Figura 13 – Bureta e seu suporte
Fonte: Wikimedia Commons
Kitasato
O Kitasato (Figura 14) é uma vidraria muito utilizada em filtrações à vácuo ou 
sob pressão reduzida, juntamente com o funil de Büchner. Possui também uma 
saída lateral.
Figura 14 – Kitasato
Fonte: Wikimedia Commons
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Pipeta
É um instrumento utilizado para medir volumes de líquidos e também os transferir 
de um recipiente a outro. Existem vários tipos de pipetas: volumétricas (Figura 15), 
graduadas, automáticas, eletrônicas, entre outras. Pipetas volumétricas são mais 
precisas que pipetas graduadas. 
Figura 15 – Pipeta volumétrica
Fonte: pixabay.com
Funil de Büchner
Juntamente com o kitasato, o funil de Büchner (Figura 16) é utilizado em filtra-
ções à vácuo ou sob pressões reduzidas. 
Figura 16 – Funil de Büchner sobre um kitasato
Fonte: pixabay.com
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UNIDADE Química Experimental: Noções Básicas de Segurança 
e Técnicas Utilizadas em Laboratório
Bico de Bunsen
O bico de Bunsen (Figura 17) é utilizado para aquecimento em laboratórios de 
química (TRINDADE et al., 2013, p 17). Para que a chama não atinja diretamente 
a vidraria e haja perigo de quebrá-la, geralmente utiliza-se um tripé de ferro com 
uma tela de amianto acima da chama. Esta tela permite que o calor se distribua 
uniformemente ao longo da mesma. 
Figura 17 – Bico de Bunsen
Fonte: pixabay.com
Pisseta
A pisseta (Figura 18) é um utensílio utilizado para lavar recipientes, vidrarias 
e filtros, através de um jato d’água. Geralmente armazena água destilada, mas 
também pode armazenar outros líquidos como álcool etílico, por exemplo. 
Figura 18 – Pissetas contendo álcool etílico e água destilada, respectivamente
Fonte: Wikimedia Commons
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Agora, observe o rótulo da pisseta que contém álcool etílico, na Figura 18. Nele, 
há um diagrama de Hommel. Através dele, podemos concluir que o conteúdo da 
pisseta (álcool etílico, no caso):
• Não apresenta riscos significativos à saúde (número 0 na cor azul);
• É uma substância relativamente estável (número 0 na cor amarela);
• É um líquido inflamável e possui ponto de fulgor menor que 38°C (número 3 
na cor amarela). O caráter inflamável do álcool também é indicado pela figura 
de fogo, logo abaixo do diagrama de Hommel, simbologia que você aprendeu 
também anteriormente nesta unidade;
• Não apresenta nenhuma outra informação especial significativa (sem 
informações na cor branca).
Agora que já conhecemos algumas noções básicas de segurança e os principais 
equipamentos utilizados em um laboratório de química, vejamos alguns experimentos 
que podem ser realizados no laboratório ou até mesmo em casa e em sala de aula.
Exemplos de Experimentos 
 Geralmente, um roteiro de um experimento a ser realizado em um laboratório 
de química possui as seguintes etapas principais (TRINDADE et al., 2013):
• Objetivos: nesta parte, são apresentados os principais objetivos do experi-
mento, a razão pela qual ele está sendo feito;
• Introdução teórica: etapa na qual é inserida uma breve introdução sobre o 
tema principal do experimento;
• Materiais e reagentes: são apresentados todos os materiais que serão ne-
cessários para realização do experimento, bem como todas as quantidades: 
volumes, massas etc., de cada um; 
• Procedimento experimental: nesta parte, são descritas, detalhadamente, to-
das as etapas a serem seguidas durante o experimento;• Referências: contém todas as referências bibliográficas utilizadas para o de-
senvolvimento do roteiro.
Ao final do roteiro, pode ser que também haja um questionário, que você 
deverá responder. Não se esqueça de anotar tudo o que ocorre em cada etapa do 
procedimento experimental. Veja, a seguir, dois exemplos de experimentos simples. 
Exemplo 1:
Título: Densidade
Objetivos: Verificar quais materiais são mais ou menos densos que a água.
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UNIDADE Química Experimental: Noções Básicas de Segurança 
e Técnicas Utilizadas em Laboratório
Introdução teórica: A densidade é uma propriedade específica de qualquer 
substância e se refere à massa da substância sobre o volume que ela ocupa. 
Geralmente é medida em g/cm3.
A introdução teórica pode ser bem maior do que a descrita. Aqui, ela foi resumida 
apenas para facilitar o entendimento. O mesmo ocorrerá no Exemplo 2.
Materiais e reagentes:
• 1 béquer de 500 ml;
• 300 ml de água;
• 3 cubos de gelo;
• 1 barra de ferro de 30 g.
Procedimento experimental:
1. Coloque os 300 ml de água no béquer.
2. Coloque os 3 cubos de gelo no béquer com a água. Observe e anote o que 
acontecer.
3. Retire os cubos de gelo da água.
4. Coloque a barra de ferro no béquer com a água. Observe e anote o que 
acontecer.
5. Retire a barra de ferro da água.
6. Descarte a água na pia e higienize o béquer.
Exemplo 2:
Título: Fenômenos físicos e fenômenos químicos
Objetivos: Verificar se os fenômenos que ocorrem durante o experimento são 
físicos ou químicos.
Introdução teórica: Quando temos um fenômeno físico, não há alteração na 
composição química da matéria. Quando temos um fenômeno químico, há alteração 
na composição química da matéria e, geralmente, formação de novas substâncias.
Materiais e reagentes:
• 2 béqueres de 500 ml
• 1 L de água 
• 100 g de cloreto de sódio (sal de cozinha)
• 1 bastão de vidro
• 3 comprimidos efervescentes 
20
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Procedimento experimental:
1. Adicione 500 ml de água em cada béquer.
2. Em um dos béqueres, adicione os 100 g de cloreto de sódio e agite a 
solução com o bastão de vidro. Observe e anote o que acontece.
3. No outro béquer, adicione os 3 comprimidos efervescentes. Observe e 
anote o que acontece.
Questionário:
a) Tendo em vista o que ocorreu no béquer com a solução de cloreto de 
sódio e água, você consideraria este um fenômeno físico ou um fenômeno 
químico? Justifi que.
b) E o que ocorreu com os comprimidos efervescentes na água? Você 
consideraria um fenômeno físico ou químico? Justifi que.
A seguir, veremos as partes principais que devem estar contidas em um bom 
relatório de um experimento de química.
Relatório de um Experimento
Para fazer um bom relatório de química, antes de qualquer coisa, você deverá 
prestar muita atenção em seu experimento. Faça o máximo de anotações e rascu-
nhos possíveis, pois isso lhe ajudará muito no momento de desenvolver seu relatório.
Um relatório de química deve conter, principalmente:
• Capa;
• Resumo;
• Introdução;
• Objetivos;
• Materiais e reagentes;
• Procedimento experimental;
• Resultados e discussão;
• Conclusões;
• Referências.
Geralmente, em artigos científi cos, as etapas “Materiais e reagentes” e “Procedimento ex-
perimental” constituem apenas um tópico, denominado “Materiais e Métodos”. Você tam-
bém pode juntar as duas etapas e nomear o tópico dessa maneira em seus futuros relatórios.
Ex
pl
or
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UNIDADE Química Experimental: Noções Básicas de Segurança 
e Técnicas Utilizadas em Laboratório
Você também pode adicionar elementos estruturais opcionais em seu relatório, 
como: folha de rosto, sumário ou índice, anexos, entre outros. 
Algumas dicas para escrever um bom relatório de química:
• Seja sempre direto, claro e objetivo;
• Não expresse opiniões pessoais no relatório;
• Sempre baseie suas conclusões e observações em fatos e teorias científicas;
• Não se esqueça de fazer as devidas citações (diretas ou indiretas) de acordo 
com as regras da ABNT. Nunca copie diretamente de uma fonte sem dar os 
devidos créditos, pois isso pode ser considerado plágio;
• Às vezes, você pode obter resultados inesperados, mesmo depois de repetir o 
experimento várias vezes. Lembre-se que procedimentos experimentais estão 
sempre sujeitos a erros.
Não se esqueça que esta unidade é apenas uma breve introdução à Química 
Experimental. Para trabalhar em um laboratório é necessário que você faça cursos 
específicos ou, em casos acadêmicos, esteja sempre sob supervisão de um professor 
ou técnico responsável. Tenha sempre muita atenção e cuidado! Bons estudos!
22
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Leitura
Apostila de Química Geral Experimental
https://goo.gl/Vdd5Pk
Experimentos de Química Geral
https://goo.gl/Sn34Rn
Manual de Produtos Perigosos
http://bit.ly/1VyYd4h
Segurança em Laboratório Químico
https://goo.gl/xFY4nG
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UNIDADE Química Experimental: Noções Básicas de Segurança 
e Técnicas Utilizadas em Laboratório
Referências
DUFRAYER, C. R.; CARRIM, A. J. I. Modelo teórico para determinação do ponto 
de fulgor de misturas binárias de solventes orgânicos em água. Revista eletrôni-
ca de educação da faculdade Araguaia, Goiânia - GO, v. 6, p. 1-10, 2014. 
Disponível em: <https://www.fara.edu.br/sipe/index.php/renefara/article/view-
File/206/188>. Acesso em: 06 nov. 2017.
TRINDADE, Diamantino Fernandes et al. Química básica experimental. 5. ed. 
São Paulo - SP: Ícone, 2013. 175 p.
VAL, A. M. G. do; NASCENTES, C. C.; MACHADO, J. C. Segurança e técnicas 
de laboratório I. [S.l.: s.n.], 2008. 154 p. Disponível em: <http://www.ufjf.br/
quimicaead/files/2013/09/TecnicasBasicasSegLab_I_final_editora-_130409.
pdf>. Acesso em: 12 nov. 2017.
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