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Logística de Engenharia de Tráfego - final

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Prévia do material em texto

Brasília-DF. 
Logística de engenharia de tráfego
Elaboração
César Augusto Leitão
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Sumário
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................. 4
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA .................................................................... 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
FASE INTRODUTÓRIA CONCEITUAÇÃO BÁSICA ....................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
CONCEITUAÇÃO BÁSICA ......................................................................................................... 9
CAPÍTULO 2 
SISTEMA LOGÍSTICO INTEGRADO ............................................................................................ 14
CAPÍTULO 3
FASE ..................................................................................................................................... 15
CAPÍTULO 4 
ATIVIDADES LOGÍSTICAS.......................................................................................................... 22
UNIDADE II
A LOGÍSTICA COMO FERRAMENTA DE MARKETING .............................................................................. 25
CAPÍTULO 1 
SERVIÇO AO CLIENTE ............................................................................................................. 25
CAPÍTULO 2 
O CONCEITO DE VALOR AGREGADO ..................................................................................... 28
CAPÍTULO 3
FIDELIZAÇÃO POR MEIO DA LOGÍSTICA .................................................................................. 30
CAPÍTULO 4
GESTÃO DO PRODUTO ........................................................................................................... 32
UNIDADE III
A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA ................................................................................................. 34
CAPÍTULO 1
MODELOS E FERRAMENTAS DE APOIO .................................................................................... 34
CAPÍTULO 2 
DISTRIBUIÇÃO E DECISÕES ESTRATÉGICAS ............................................................................... 47
CAPÍTULO 3 
CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO ....................................................................................................... 56
CAPÍTULO 4 
TRANSPORTE, LOCALIZAÇÃO E ROTEIRIZAÇÃO ........................................................................ 59
CAPÍTULO 5 
ESTOQUES .............................................................................................................................. 71
CAPÍTULO 6
CUSTO LOGÍSTICO TOTAL ........................................................................................................ 81
UNIDADE IV
CONCEITUAÇÃO FINAL –ANÁLISE ESTRATÉGICA ................................................................................... 85
CAPÍTULO 1 
JUST-IN-TIME (JIT) .................................................................................................................... 85
CAPÍTULO 2 
BENCHMARKING .................................................................................................................... 86
CAPÍTULO 3 
PARCERIAS: OPERADORES LOGÍSTICOS .................................................................................. 87
CAPÍTULO 4
SISTEMAS LOGÍSTICOS DE INFORMAÇÃO ................................................................................ 89
PARA (NÃO) FINALIZAR ................................................................................................................... 106
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 107
5
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se 
entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. 
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela 
interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da 
Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos 
conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos 
da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém ao profissional 
que busca a formação continuada para vencer os desafios que a evolução científico-
tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo 
a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na 
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
6
Organização do Caderno 
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em 
capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos 
básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar 
sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para 
aprofundar os estudos com leituras e pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de 
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita 
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante 
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As 
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Praticando
Sugestão de atividades, no decorrer das leituras, com o objetivo didático de fortalecer 
o processo de aprendizagem do aluno.
7
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não 
há registro de menção).
Avaliação Final
Questionário com 10 questões objetivas, baseadas nos objetivos do curso, 
que visam verificar a aprendizagem do curso (há registro de menção). É a única 
atividade do curso que vale nota, ou seja, é a atividade que o aluno fará para saber 
se pode ou não receber a certificação.
Para (não) finalizar
Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem 
ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.
8
Introdução
O papel da Logística no mundo atual tem sido fundamental para a crescente 
competitividade entre as organizações. Existem componentes até então desprezados 
pelos administradores e que hoje são de fundamental importância para a sobrevivência 
no mercado. Novas ferramentas também têm impulsionado a Logística, fazendo com 
que sejamos obrigados a rever o assunto e repensá-lo constantemente. As nossas 
certezas de hoje não são duradouras, e o estudo conceitual favorece a formulação de 
um pragmatismo pautadoem resultados proeminentes, fundamentais para o mercado.
Concluímos que a Logística hoje tem um papel maior do que simplesmente o de estar 
ligada ao abastecimento de suprimentos, transcendendo esse ponto e tornando-se de 
fundamental importância. O seu processo dinâmico está ligado aos custos operacionais, 
ao marketing de serviços e aos demais departamentos das organizações, sendo que 
essa ligação exige muito de uma administração competente.
Olhando sobre esses aspectos é que formulamos este material, onde você terá a sua 
formação teórica, lembrando que essa matéria leva à praticidade do mercado. O 
conhecimento teórico será apenas um dos componentes que você como profissional, 
lançará mão. Você também terá que ter uma grande visão administrativa, o que requer a 
complementação do seu estudo com o de outras disciplinas já abordadas neste MBA, ou 
em outras fontes que você terá que buscar constantemente.
Quanto ao estudo desta disciplina em especial, será disponibilizada uma ferramenta de 
grande valor. Saiba utilizá-la, consultando sempre que necessário, mas lembre-se que 
todo esforço aqui empregado será proporcional ao seu interesse individual e é apenas 
um complemento de um grupo de outras ferramentas disponíveis.
Bom estudo!
Objetivos
 » Compreender os fundamentos básicos da Logística.
 » Ter uma visão clara de como a Logística influi nos resultados operacionais 
das organizações contemporâneas para colocá-la em prática.
 » Compreender a Logística como ferramenta do Marketing. 
 » Identificar a Logística como estratégia competitiva.
9
UNIDADE I
FASE INTRODUTÓRIA 
CONCEITUAÇÃO 
BÁSICA
CAPÍTULO 1
Conceituação básica
A Logística atual é muito diferente da sua concepção inicial agora nossa visão é 
mais abrangente.
Conceitos de logística
O termo Logística originou-se do meio militar e foi assim conceituado: “é o ramo da 
ciência militar que lida com a obtenção, a manutenção e o transporte de material, 
pessoal e instalações”.
Todavia, sem desconsiderar a importância da sua procedência, pretendemos, 
neste estudo, tratar da Logística Empresarial, que nos remete, segundo Council of 
Logistic Management – CLM (1998), à seguinte definição: Logística é o processo 
de planejamento, implementação e controle do fluxo eficiente e economicamente 
eficaz de matérias-primas, estoque em processo, produtos acabados, e informações 
relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de 
atender às exigências dos clientes.
Ronald Ballou (1995), um dos mais consagrados autores na área, assim a define:
Logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação 
e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos e serviços, desde 
o ponto de aquisição da matéria prima até o ponto de consumo final, 
assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos e 
serviços em movimento, com o propósito de providenciar níveis de 
serviço adequados aos clientes a um custo razoável.
10
UNIDADE I │FASE INTRODUTÓRIA CONCEITUAÇÃO BÁSICA
E ainda resume: “É colocar as mercadorias ou os serviços certos no lugar e no instante 
correto e na condição desejada, ao menor custo possível”.
Moeller (1984) nos traz um simples e prático conceito, baseado nos chamados 7Rs: 
Assure the Right Product, in the Right Quantity, in Right Condicion, in the Right 
Place, at the Right Time, with the Right Price, for the Right Consumer, ou assegurar 
a disponibilidade do produto certo, na quantidade certa, nas condições certas, no 
local certo, no momento certo, com o preço certo e para o cliente certo.
A logística empresarial estuda como a administração pode prover melhor o nível de 
rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, por meio de 
planejamento, organização e controles efetivos para as atividades de movimentação e 
armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos.
O principal objetivo da Logística é o de diminuir a distância entre a produção e a 
demanda, de modo que os consumidores tenham bens e serviços quando e onde 
quiserem e nas condições físicas que desejarem.
Ainda no campo da definição, importante destacar que podemos definir Logística 
como sendo a junção de quatro atividades básicas: aquisição, movimentação, 
armazenagem e entrega de produtos. Para que essas atividades funcionem, é imperativo 
que as atividades de planejamento logístico, quer sejam de materiais ou de processos, 
estejam intimamente relacionadas com as funções de manufatura e marketing.
Por fim, outra definição também originada do Council of Logistics Management:
Logística é a parte do gerenciamento da cadeia de abastecimento que 
planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e 
econômico de matérias-primas, materiais semiacabados e produtos 
acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto 
de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às 
exigências dos clientes.
Outras definições ligadas à logística empresarial serão apresentadas oportunamente 
neste nosso estudo. Isso ocorrerá quando os assuntos correlacionados forem 
apresentados.
A Logística nas organizações
A concepção de Logística de agrupar as atividades relacionadas com o fluxo de 
produtos e serviços para administrá-las de forma coletiva é uma evolução natural do 
pensamento administrativo.
11
FASE INTRODUTÓRIA CONCEITUAÇÃO BÁSICA│ UNIDADE I
Os ganhos potenciais resultantes de se rever a administração das atividades Logísticas 
estão transformando a disciplina em uma área de importância vital para uma grande 
variedade de empresas.
A Logística, ao mesmo tempo em que é uma atividade antiga, é um dos conceitos 
gerenciais mais modernos. O que vem modificando esse conceito de gestão de 
Logística, e o tornando mais moderno, são as mudanças, tanto da ordem econômica, 
quanto da tecnológica. Na área econômica, a Logística tem uma importância em escala 
global. Na economia mundial, os sistemas logísticos eficientes foram a base para o 
comércio e a manutenção de um alto padrão de vida nos países desenvolvidos. Um 
sistema logístico eficiente permite que uma região geográfica explore suas vantagens 
inerentes, e que os custos do país (logísticos e de produção) e a qualidade desses 
produtos sejam competitivos com os de qualquer outra região.
A fase mais moderna da Logística é a integração estratégica representada pelo conceito 
do Supply Chain Management – SCM, adotado no Fórum realizado na Ohio State 
University: “SCM é a integração dos processos industriais e comerciais, partindo do 
consumidor final e indo até aos fornecedores iniciais, gerando produtos, serviços e 
informações que agreguem valor para o cliente”.
Podemos perceber uma nítida evolução da Logística, desde um tratamento mais 
restrito representado pela distribuição física de materiais e bens, para um escopo mais 
abrangente de Logística Integrada, em que se considera a somatória dos segmentos da 
administração de materiais e da distribuição física, levando em consideração, desde 
o ponto de origem até o ponto de consumo, satisfazendo as necessidades do cliente.
No Brasil, a Logística apareceu nos anos 1970, quando empresas industriais e comerciais 
se viram diante da necessidade de abandonar o empirismo ao abastecer um país de 
dimensões continentais e partir para o estudo científico. Nessas empresas, antigamente, 
a Logística era utilizada apenas como uma ferramenta operacional para escoamento de 
produção. Não havia preocupação com prazos de suprimento e entregas ao cliente. Com 
o passar dos anos, as empresas perceberam que, para atender ao mercado consumidor, 
deveriam ter um diferencial para superar a concorrência.
12
UNIDADE I │FASE INTRODUTÓRIA CONCEITUAÇÃO BÁSICA
Quadro 1 – Desenvolvimento da Logística
Logística Informação
Anos 1970
Logística de distribuição física
Logística como sistema de atividades integradas
Anos 1980
Logística como área funcional
O material movimenta-se mais rápido do que a informação.
Logística como estratégia
Anos 1990
Logísticacomo serviço
O material movimentava-se na mesma velocidade que a 
informação.
Sistemas logísticos de informação
Logística no contexto do supply chain e efficient 
consumer response (ERC)
Anos 2000 E-commerce A informação move-se mais rápido do que o material.
Fonte: Adaptado de Council of Logistics Management (1991)
A Logística, pois, é a ferramenta fundamental para a concretização dos processos de 
abastecimento de matéria-prima e de venda do produto acabado com eficiência e 
eficácia, podendo atender aos pedidos com custos mais baixos, maximizando os lucros.
A vantagem competitiva deve ser a mais duradoura possível: é preciso que se produza 
a um custo menor, ou que se agregue mais valor, ou que se possa atender de maneira 
mais efetiva às necessidades de um determinado nicho de mercado. Necessita-se 
que se façam lançamentos mais frequentes de novos produtos, que, em geral, terão 
ciclos de vidas mais curtos. A mudança de perfil dos clientes, cada vez mais bem-
informados e exigentes, força as empresas a serem criativas, ágeis e flexíveis, além 
de elevar a sua qualidade e confiabilidade. Assim, nos últimos anos, elas buscam 
se estruturar internamente e investir em áreas e processos internos para atingir a 
vantagem competitiva.
A redução de custos se dará pela suavização e correta execução do fluxo de materiais que 
passará a ser feito de forma sincronizada com o fluxo de informações, possibilitando 
redução de inventários, maior utilização dos ativos envolvidos, dos desperdícios, uso 
eficaz dos sistemas de transporte e armazenagem, ocorrendo, portanto, o emprego 
racional e a otimização de todos os fatores utilizados.
As empresas que ainda aplicam suas atividades de forma segmentada podem ter como 
consequências: falta de foco no cliente, níveis de serviço abaixo do desejado, custo de 
13
FASE INTRODUTÓRIA CONCEITUAÇÃO BÁSICA│ UNIDADE I
Logística elevado, capital empregado em estoques e ciclos longos de produção e pouca 
flexibilidade.
Hoje as empresas já se deram conta do imenso potencial implícito nas atividades 
integradas a um sistema logístico, tratando-as como uma vantagem competitiva – um 
diferencial. As indústrias automobilísticas e as redes de supermercados possuem os 
sistemas mais bem estruturados do país.
A Logística, portanto, é responsável pelo planejamento, operação e controle de todo 
o fluxo de mercadorias e informações, desde a fonte fornecedora até o consumidor. 
Dentro do espírito da empresa moderna, o básico da atividade Logística é o 
atendimento do cliente. De fato, ela começa no instante em que o cliente resolve 
transformar um desejo em realidade.
Resumindo:
 » A Logística Empresarial associa estudo e administração dos fluxos de 
bens e serviços e da informação associada, que os põem em movimento.
 » Vencer tempo e distância na movimentação de bens ou na entrega de 
serviços de forma eficaz e eficiente é a tarefa do profissional de Logística.
 » A missão do profissional é colocar as mercadorias ou os serviços certos 
no lugar e no instante corretos e na condição desejada, ao menor custo 
possível.
 » Qual é o papel da Logística nas organizações contemporâneas?
 » Qual é a sua influência direta nos resultados operacionais dessas 
organizações?
14
CAPÍTULO 2 
Sistema logístico integrado
Como vimos, a Logística moderna tem uma visão não mais limitada a um departamento 
ou a uma ação da organização. Ela está presente em todas as atividades empresariais, 
e isso requer uma coordenação de ações e uma administração mais voltada para os 
resultados e os objetivos organizacionais.
Podemos definir Logística Integrada como sendo um instrumento de marketing, 
uma ferramenta gerencial capaz de agregar valor por meio de serviços prestados.
A força do marketing relacionada com a Logística leva em conta dois fatores 
importantíssimos: o primeiro refere-se aos quatro P’s do Marketing (Produto, Preço, 
Promoção e Praça) e o segundo, ao serviço prestado aos clientes (compra e venda, 
transporte, armazenagem, estoque e processamento de pedidos). 
Para que possa ser gerenciada de forma integrada, a Logística deve ser tratada como 
um sistema, ou seja, um conjunto de componentes interligados, trabalhando de forma 
coordenada, como maneira de se atingir um objetivo comum.
Um movimento em qualquer um dos componentes de um sistema tem, em princípio, 
efeito sobre os outros componentes do mesmo sistema.
Integração interna
O gerenciamento integrado dos diversos componentes do sistema logístico é uma 
condição necessária para que as empresas consigam atingir excelência operacional 
com baixo custo. Para atingir essa meta, as empresas necessitam conhecer muito bem 
os trade-offs inerentes à sua operação Logística, e possuir sistemas e organização 
adequados para tomar as decisões de forma integrada.
Como já vimos, a Logística é responsável pelo planejamento, operação e controle 
de todo o fluxo de mercadorias e informações, desde a fonte fornecedora até o 
consumidor.
Seu objetivo básico é o atendimento ao cliente. A atividade Logística se inicia no 
instante em que o cliente resolve transformar seu desejo em realidade.
15
CAPÍTULO 3
Fase 
 Supply Chain Management – Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento
A cadeia de suprimentos é uma extensão da Logística integrada. Tem representado 
uma nova e promissora fronteira para empresas interessadas na obtenção de vantagens 
competitivas de forma efetiva e pode ser considerada uma visão expandida, atualizada 
e, sobretudo, holística da administração de materiais tradicionais, abrangendo a 
gestão de toda a cadeia produtiva de uma forma estratégica e integrada.
Para suprir a necessidade do mercado, hoje as empresas desenvolvem uma gestão 
eficiente baseada na integração da Cadeia de Abastecimento. É importante 
salientar que na tradução literal “abastecimento” seria “suprimento”; no entanto, 
em português, suprimento significa a Logística de entrada, envolvendo estoques e 
compras; assim, no mercado, o termo gerenciamento da cadeia de abastecimento é 
mais simpático e utilizado quando há necessidade de tradução, uma vez que o termo 
Supply Chain já está inteiramente consagrado no jargão empresarial.
Cadeia de abastecimento para Ching (2001, p. 67) é “uma forma integrada de planejar 
e controlar o fluxo de mercadorias, informações e recursos, desde os fornecedores 
até o cliente final, procurando administrar as relações na cadeia Logística de forma 
cooperativa e para o benefício de todos os envolvidos”. Já, para Christopher (2001, 
p. 13) “A cadeia de suprimentos representa uma rede de organizações, através de 
ligações nos dois sentidos, dos diferentes processos e atividades que produzem valor 
na forma de produtos e serviços que são colocados nas mãos do consumidor final”.
Ou seja, Cadeia de Abastecimento é um conjunto de segmentos integrantes de um 
processo produtivo em que o objetivo é a obtenção de um ou mais produtos e/ou serviços 
a serem entregues a um cliente final.
Figura 1. Cadeia de Abastecimento
Fonte: Adaptado de Zancul (2004)
16
UNIDADE I │FASE INTRODUTÓRIA CONCEITUAÇÃO BÁSICA
Pressupõe, fundamentalmente, que as empresas devem definir suas estratégias 
competitivas e funcionais por meio de seus posicionamentos (tanto como fornecedores, 
quanto como clientes) dentro das cadeias produtivas nas quais se inserem.
Assim, é importante ressaltar que o escopo da Supply Chain Management – SCM 
abrange toda a cadeia produtiva, incluindo a relação da empresa com seus fornecedores 
e clientes, e não apenas a relação com os seus fornecedores.
A cadeia de suprimentos abrange todas as atividades relacionadas com o fluxo e 
transformação de mercadorias, desde o estágio da matéria-prima (extração) até o 
usuário final, bem como os respectivos fluxos de informação. Ela apresenta um conjunto 
de atividades funcionais inerentes a estratégias Logísticas, repetindo-se por várias vezes, 
ao longo do processo em que matérias-primas transformam-se em produtos acabados.
Supply chain é todo esforço envolvidonos diferentes processos e atividades 
empresariais que criam valor na forma de produtos e serviços para o consumidor 
final. A gestão do supply chain é uma forma integrada de planejar e controlar 
o fluxo de mercadorias, informações e recursos, desde os fornecedores até o 
cliente final, procurando administrar as relações na cadeia Logística de forma 
cooperativa e para o benefício de todos os envolvidos. (CHING, 1999, p.67).
A gestão de cadeia de suprimentos melhora as relações estratégicas entre empresas 
de manufatura e seus fornecedores, em que o relacionamento a longo prazo auxiliará 
no desempenho, tanto do fabricante quanto de seus fornecedores. Existe assim a 
necessidade do relacionamento, entre parceiros de negócios ser o melhor possível, 
pois contribuirá positivamente para a coordenação de ações entre ambos.
O conceito de Supply Chain Management surgiu face à necessidade dos fabricantes 
gerenciarem de forma eficiente o movimento de seus produtos, serviços e informações 
do ponto de início até o consumidor final. Sendo assim, o SCM é considerado pelas 
organizações uma estratégia que engloba toda a cadeia produtiva, com fatores que, 
além de gerarem vantagem competitiva, contribuem para agregar valor ao cliente e a 
sua satisfação.
Também introduz uma importante mudança no paradigma competitivo, na medida 
em que considera que a competição no mercado ocorre, de fato, no nível das cadeias 
produtivas e não apenas no nível das unidades de negócios (isoladas), como estabelece 
o tradicional trabalho de Porter (1980).
Essa mudança resulta num modelo competitivo baseado no fundamento de que 
atualmente a competição se dá, realmente, entre “virtuais unidades de negócios”, ou 
17
FASE INTRODUTÓRIA CONCEITUAÇÃO BÁSICA│ UNIDADE I
seja, entre cadeias produtivas. Atualmente, as mais efetivas práticas na SCM visam 
obter uma “virtual unidade de negócio”, providenciando assim muito dos benefícios 
da tradicional integração vertical, sem as comuns desvantagens em termos de custo e 
perda de flexibilidade inerente a ela.
O modelo a seguir demonstra uma cadeia de suprimentos bastante abrangente. Alguns 
pontos devem ser salientados para a sua observação, como o fluxo de informações, 
que faz parte dessa nova visão e é fundamental para o sucesso dos processos de 
fornecimento e desenvolvimento de produtos.
Figura 2. Modelo de gestão da cadeia de suprimentos
FONTE: Lambert e Cooper (2000, p. 1)
(Componentes para coordenação dos processos de negócios entre as empresas)
Planejamento e controle
Estrutura dos processos de trabalho
Estrutura para fluxo físico
Estrutura para fluxo de informações 
Estrutura de produtos
Estrutura interorganizacional
Métodos de gestão
Estrutura de poder e liderança 
 Estrutura de riscos e recompensas 
Cultura e atitude
18
UNIDADE I │FASE INTRODUTÓRIA CONCEITUAÇÃO BÁSICA
Na concepção de Fleury et al. (2000, p. 42), SCM “é uma abordagem sistêmica de 
razoável complexidade que implica alta interação entre os participantes, exigindo 
a consideração simultânea de diversos trade-offs.” A adoção do conceito de SCM 
incentiva, mediante o processo de coordenação e colaboração, a busca e identificação de 
oportunidades desse tipo e sua implementação conjunta.
As empresas que adotam esse sistema tendem a destacar-se em relação à redução dos 
custos operacionais alcançando uma melhoria na produtividade dos ativos e redução 
dos tempos de ciclo. Obtêm, ainda, a redução de custos de estoque, de transporte e 
de armazenagem, a melhoria dos serviços, em termos de entregas mais rápidas e 
produção personalizada, e um aumento na rentabilidade.
a. Existem alguns componentes do SCM que podem ser assim definidos:
Planejamento de demanda, (previsão de consumo, onde se inicia o processo de 
formulação de abastecimento). 
b. Colaboração de demanda, (processo e resolução colaborativa para 
determinar consensos de previsão).
c. Promessa de pedidos (quando alguém promete um produto para um 
cliente, levando em conta tempo dedicação e restrições).
d. Otimização de rede estratégica, (quais produtos, as plantas e os centros 
de distribuição devem servir ao mercado). – mensal ou anual.
e. Produção e planejamento de distribuição (coordenar os planos reais de 
produção e distribuição para todo o empreendimento) – diário. 
f. Calendário de produção – para uma locação única, criar um calendário 
de produção viável – minuto a minuto. 
g. Planejamento de redução de custos e gerência de desempenho – 
diagnóstico do potencial e de indicadores, estratégia e planificação da 
organização, resolução de problemas em real time, avaliação e relatórios 
contábeis, avaliação e relatórios de qualidade.
O SCM é também considerado metodologia e tem um processo a ser sugerido, cujos 
passos básicos são assim simplificados por Fleury et al, (2000, p. 45):
 » Relacionamento com o cliente.
 » Serviço aos clientes.
19
FASE INTRODUTÓRIA CONCEITUAÇÃO BÁSICA│ UNIDADE I
 » Administração de demanda.
 » Atendimento de pedidos.
 » Administração do fluxo de produção.
 » Compras/suprimento.
Desenvolvimento de novos produtos. Resumindo, os processos-chave do SCM são:
1. Desenvolver equipes focadas nos clientes estratégicos, que busquem um 
entendimento comum sobre características de produtos e serviços, a fim 
de torná-los atrativos para aquela classe de clientes.
2. Fornecer um ponto de contato único para todos os clientes, atendendo de 
forma eficiente as suas consultas e requisições.
3. Captar, compilar e, continuamente, atualizar dados de demanda com o 
objetivo de equilibrar a oferta com a demanda.
4. Atender ao pedido dos clientes sem erros dentro do prazo de entrega 
combinado.
5. Desenvolver sistemas flexíveis de produção que sejam capazes de 
responder rapidamente às mudanças nas condições do mercado.
6. Gerenciar relações de parceria com fornecedores para garantir respostas 
rápidas e a contínua melhoria de desempenho.
7. Buscar o mais cedo possível o envolvimento dos fornecedores no 
desenvolvimento de novos produtos.
Os objetivos e práticas do SCM são, na verdade, a busca da maximização dos 
potenciais da cadeia produtiva, e de se tornar realidade as potenciais sinergias entre 
as partes dessa cadeia produtiva, de forma a atender o consumidor final de forma 
mais eficiente, mediante a redução dos custos e a adição de mais valor aos produtos 
finais.
Redução de custos tem sido obtida por meio da diminuição do volume de transações 
de informações e papéis, dos custos de transporte e estocagem, e da diminuição da 
variabilidade da demanda de produtos e serviços, entre outros. Também tem sido 
adicionado mais valor aos produtos por intermédio da criação de bens e serviços 
customizados, do desenvolvimento de competências distintas por meio de uma cadeia 
20
UNIDADE I │FASE INTRODUTÓRIA CONCEITUAÇÃO BÁSICA
produtiva e dos esforços para que, tanto fornecedores como clientes, aumentem 
mutuamente a lucratividade.
Na prática, a SCM também traz a reestruturação e a consolidação do número de 
fornecedores e clientes; isso, na maioria das vezes, causa uma redução do número 
de fornecedores, pois as parcerias levam a um relacionamento colaborativo entre as 
partes, resultando em uma sinergia, onde o atendimento das necessidades se amplia, 
exigindo um número menor de fornecedores.
Porém, uma das características mais importantes da SCM é a divisão de informações 
e a integração da infraestrutura com clientes e fornecedores. A integração de 
sistemas de informações/computacionais e a utilização crescente de sistemas como 
o Electronic Data Interchange – EDI entre fornecedores, clientes e operadores 
logísticos tem permitido a prática, por exemplo, da reposição automática do 
produto na prateleira do cliente (Efficient Consumer Response). Tais práticas têm 
proporcionado, sobretudo, trabalhar com entregas just-in-time e diminuir os níveis 
gerais de estoques. Também, a utilização de representantes permanentes (In plant 
representatives) junto aos clientes tem facilitado,entre outras coisas, um melhor 
balanceamento entre as suas necessidades e a capacidade produtiva do fornecedor, 
bem como uma maior agilidade na resolução de problemas.
Outra prática adotada pelo SCM é o desenvolvimento conjunto de produtos. O 
envolvimento dos fornecedores, desde os estágios iniciais do desenvolvimento de 
novos produtos (Early Supplier Involvement), tem proporcionado, principalmente, 
uma redução no tempo e nos seus custos de desenvolvimento.
O SCM implica também em uma compatibilização da estratégia competitiva e das 
medidas de desempenho da empresa à realidade e objetivos da cadeia produtiva 
como um todo.
Frequentemente, a metodologia de gerenciamento de cadeia de suprimentos encoraja 
a modelagem de processos reais para análise e otimização. Uma metodologia famosa 
é a Supply Chain Oportunity Reference – SCOR, promovida pelo Supply Chain 
Council, que consiste em um modelo utilizado para analisar uma Cadeia Logística e 
identificar oportunidades no fluxo de trabalho e de uniformações.
O novo ambiente competitivo e a evolução comercial trazem notáveis oportunidades 
de trabalho para os executivos na área de Logística. Há ainda dezenas de barreiras a 
serem superadas no processo de integração e uma delas é a falta de mão de obra, tanto 
no nível operacional, quanto no gerencial, em Logística. À medida que as empresas 
aumentam suas bases operacionais passarão a demandar o desenvolvimento e a 
21
implementação de estratégias Logísticas baseadas no conceito de SCM e, obviamente, 
irão requerer profissionais capazes de implementá-las.
Assim, a formação em Logística desempenha um papel fundamental na criação desses 
novos dirigentes. Seu desenvolvimento deve ser potencializado.
Pense na Logística como uma ferramenta importante para a competitividade da 
organização. Agora você consegue imaginar a Logística como ação isolada? Pode 
se separar a atividade Logística de forma segmentada?
22
CAPÍTULO 4 
Atividades logísticas
Podemos separar a Logística em atividades, sendo que as atividades primárias seriam 
dividas em pelo menos três: transporte, manutenção de estoque e processamento 
de pedidos. As de apoio em: armazenagem, manuseio de materiais, embalagem de 
proteção, obtenção, programação de produtos, manutenção de informação.
Como o transporte é confundido como a Logística em si, há uma visão distorcida que 
seria essa a mais importante. Na verdade, com o conceito de Logística integrada, o 
transporte não perde a importância, mas divide as atenções com as demais funções 
Logísticas.
Referindo-se, ainda, ao transporte, podemos salientar que, para a maioria das 
empresas, ele é a atividade Logística mais importante, simplesmente porque ela 
absorve, em média, de um a dois terços dos custos logísticos. O transporte refere-se 
aos vários métodos para se movimentar produtos, sendo que as alternativas mais 
populares são os modos rodoviário, ferroviário e aeroviário. A administração da 
atividade de transporte geralmente envolve a decisão quanto ao método de transporte, 
aos roteiros, e à utilização da capacidade dos veículos.
Não podemos desprezar essa importante atividade, porém outras atividades primárias 
devem ser igualmente analisadas, como a manutenção de estoques, que envolve 
uma grande responsabilidade e compromete igualmente os recursos financeiros, 
impactando sobremaneira o processo logístico. Geralmente, não é viável providenciar 
produção ou entrega instantânea aos clientes. Para atingir um grau razoável de 
disponibilidade de produto é necessário manter estoques e por se tratar de um 
valor consideravelmente alto, a manutenção dos estoques é uma atividade-chave da 
Logística. A administração de estoques envolve manter seus níveis tão baixos quanto 
possível, ao mesmo tempo em que provê a possibilidade desejada pelos clientes.
A outra atividade básica da Logística está relacionada diretamente com os custos 
de processamento de pedidos, que tendem a ser pequenos quando comparados aos 
custos de transportes ou de manutenção de estoques. Sua importância deriva do 
fato de ser um elemento crítico em termos do tempo necessário para levar bens e 
serviços aos clientes. É a atividade primária que inicia a movimentação de produtos 
e a entrega de serviços.
23
FASE INTRODUTÓRIA CONCEITUAÇÃO BÁSICA│ UNIDADE I
Além dessas atividades relacionadas com a parte básica da Logística, ainda 
temos que analisar as atividades de apoio, que serão fundamentais para o melhor 
desenvolvimento da ação Logística.
A armazenagem é hoje tida como de fundamental importância, estando ligada ao 
plano estratégico das organizações, influindo no ganho de qualidade de serviços, 
aproximando o mercado consumidor do mercado produtor. Refere-se à administração 
do espaço necessário para manter estoques e envolver problemas como localização, 
dimensionamento de área, arranjo físico, recuperação do estoque, projeto de docas 
ou baías de atracação e configuração do armazém.
Outra atividade de apoio e que está diretamente envolvida com a armazenagem é o 
manuseio de estoques, que além de estar associada à armazenagem, também apoia a 
manutenção de estoque. É uma atividade que diz respeito à movimentação do produto 
no local de estocagem. O administrador deve estar atento a alguns detalhes como: 
seleção do equipamento de movimentação, procedimentos para a formação de pedidos, 
balanceamento da carga de trabalho. Essas atividades irão ter um impacto significativo 
nos custos e, principalmente, na qualidade de serviço apresentado.
Como forma de aperfeiçoamento da Logística, recentemente tem surgido uma prestação 
de serviço onde a preocupação com o que é transportado se demonstra por meio de 
embalagens de proteção dos produtos movimentados, sendo que um dos objetivos da 
Logística é movimentar bens sem danificá-los além do economicamente razoável. Bom 
projeto de embalagem do produto auxilia a garantir movimentação sem quebras. Além 
disso, dimensões adequadas de empacotamento encorajam manuseio e armazenagem 
eficientes. Dentro da filosofia de uma Logística Integrada podemos compreender 
a importância da obtenção dos produtos dentro dessa cadeia Logística, sendo que a 
obtenção
é a atividade que deixa o produto disponível para o sistema logístico. 
Trata da seleção das fontes de suprimento, das quantidades a serem 
adquiridas, da programação das compras e da forma pela qual o 
produto é comprado. É importante para a Logística, pois decisões 
de compra têm dimensões geográficas e temporais que afetam os 
custos logísticos. A obtenção não deve ser confundida com a função 
de compras. Compras incluem muitos detalhes de procedimento, não 
especificamente relacionados com a tarefa Logística, daí o uso do termo 
obtenção como substituto.
(...)
24
UNIDADE I │FASE INTRODUTÓRIA CONCEITUAÇÃO BÁSICA
Enquanto a obtenção trata do suprimento (fluxo de entrada) de empresas 
manufatureiras, a programação de produto é tida como a distribuição 
(fluxo de saída). Refere-se primariamente às qualidades agregadas que 
devem ser produzidas e quando e onde devem ser fabricadas. Não diz 
respeito à programação detalhada de produção, executada diariamente 
pelos programadores de produção.
Nenhuma função Logística dentro de uma empresa poderá operar 
eficientemente sem as necessárias informações de custo e desempenho. 
Tais informações são essenciais para e correto planejamento e controle 
logístico. Manter uma base de dados com informações importantes 
– por exemplo, localização dos clientes, volumes de vendas, padrões 
de entregas e níveis dos estoques – apoia a administração eficiente e 
efetiva das atividades primárias e de apoio. (BALLOU, 1997).
Todas essas atividades se interligarão dentro de um processo complexo e que farão da 
Logística algo de fundamental relevância para a competitividade, resultando em uma 
visão mais correta da administração, onde os conceitos teóricos são fundamentais 
para uma praticidade competente, onde a busca pela eficiência organizacional levaráa uma eficácia produtiva, não só reduzindo custos, mas, principalmente, aliando essa 
redução a uma melhoria na qualidade de prestação de serviços aos clientes.
Qual é o principal papel da Logística nas organizações contemporâneas e porque 
ela tem ganhado tanto espaço?
Esta unidade foi voltada para os conceitos básicos da Logística, que são 
fundamentais para você ter a visão global da disciplina. Agora estamos 
preparados apenas para iniciar a nossa jornada, use o seu conhecimento para 
aprofundar o seus estudos.
25
UNIDADE II
A LOGÍSTICA 
COMO 
FERRAMENTA DE 
MARKETING
CAPÍTULO 1 
Serviço ao cliente
A Logística hoje também tem como principal função o serviço ao cliente.
A Logística é hoje a grande arma e tem uma grande influência sobre o nível de 
serviço de uma organização.
O que é nível de serviço logístico?
Para alguns é o tempo necessário para entregar um pedido ao cliente, para outros, é 
a disponibilidade de estoque e temos alguns autores como Herbert (1971, p. 141-145) 
que o classificam, relacionando-o a indicadores que podem ser identificados como:
1. Tempo decorrido entre o recebimento de um pedido no depósito do 
fornecedor e o seu despacho a partir do depósito.
2. Lote mínimo de compra ou qualquer limitação no sortimento de uma 
ordem recebida pelo fornecedor.
3. Porcentagem de itens em falta no depósito do fornecedor a qualquer 
instante.
4. Proporção dos pedidos de clientes preenchidos com exatidão.
5. Porcentagem de clientes atendidos, ou volume de ordens entregues dentro 
de um intervalo de tempo desde a recepção do pedido.
6. Porcentagem de ordens dos clientes que podem ser preenchidas 
completamente assim que recebidas no depósito.
26
UNIDADE II │A LOGÍSTICA COMO FERRAMENTA DE MARKETING
7. Proporção de bens que chegam em condições adequadas para a venda.
8. Tempo despendido entre a colocação de um pedido pelo cliente e a entrega 
dos bens solicitados.
9. Facilidade e flexibilidade com que o cliente pode gerar um pedido.
O nível de Serviço Logístico é a soma de todos esses elementos, pois os clientes reagem 
a esse conjunto total. Evidentemente, alguns desses elementos são mais importantes 
que outros. O profissional de Logística também tem grande influência naqueles que 
estão sob sua autoridade organizacional.
O nível de serviço é importante porque repercute diretamente sobre alguns pontos da 
organização, como, por exemplo, sobre as vendas, que estão diretamente relacionadas 
com os níveis de serviços apresentados: quanto melhor for o nível de serviço, melhores 
serão as vendas.
Parece óbvio que quanto melhor for o nível de serviço logístico mais ele representará 
em forma de custos; o transporte mais rápido custa mais que o transporte mais lento. 
Quanto maior o nível de estoque maior será o seu custo de manutenção, em relação 
aos pequenos estoques.
O moderno enfoque integrado da administração Logística sugere que as necessidades 
de serviço dos clientes devem ser satisfeitas dentro de limites razoáveis de custo.
Todas as pessoas envolvidas com a Logística conhecem o potencial que os Serviços 
Logísticos possuem como instrumento de diferenciação de uma empresa. Os serviços 
“criam valor” para os clientes. O aumento de custos logísticos e a redução dos custos de 
fabricação fizeram com que, em termos percentuais, os primeiros passassem a ter uma 
participação muito maior nos custos totais. Em outras palavras, isso significa dizer 
que o produto tornou-se mais barato, mas o custo do serviço associado ao produto 
ficou mais caro.
Normalmente, a rentabilidade de um cliente é calculada considerando apenas a 
margem bruta, ou seja, o total da receita das vendas ao cliente menos o custo dos 
produtos vendidos àquele cliente. Entretanto, há uma série de outros custos que cada 
vez são mais significativos e que devem ser considerados para se avaliar corretamente 
a rentabilidade de um cliente – são os custos de servir aquele cliente.
O tempo de entrega, a diferença entre a quantidade pedida e a quantidade entregue, o 
número de reclamações dos clientes, as informações sobre os pedidos, a devolução de 
pedidos e a manutenção do nível de serviço desejado requerem algum esforço gerencial. 
27
A LOGÍSTICA COMO FERRAMENTA DE MARKETING │ UNIDADE II
Pressões normais advindas de mudanças nas condições de negócios tornam difícil 
estocar para manter níveis de serviço pré-planejado, a menos que sejam tomadas 
medidas para controlá-los. Apesar do nível de serviço ser estabelecido no projeto 
e na operação do sistema logístico, os administradores muitas vezes consideram 
necessário prover metas visíveis para avaliar o desempenho medido. Essas metas 
usualmente tomam duas formas: Padrões e Políticas de Serviço.
As medidas de desempenho indicam que o serviço está de acordo com o que foi pré-
estabelecido. O nível de serviço deve ser justo, nem abaixo do que foi acordado, 
nem muito acima, causando custos adicionais. Os padrões devem ser estabelecidos 
por clientes, pois os níveis de exigências são variáveis. Políticas sobre nível de serviço 
podem ser elaboradas ou simples, declaradas em separado ou dentro de colocações 
mais amplas da companhia sobre como os clientes são tratados. Políticas simples 
podem apenas definir como padrão de prazo de entrega; as mais elaboradas podem 
cobrir detalhes como confiabilidade, condições das mercadorias, conveniência de 
colocação de pedidos. Boa parte do tempo e do esforço logístico é dirigida para obter 
operação eficiente sobre circunstâncias normais. Ao mesmo tempo, o profissional 
deve estar preparado para atuar numa circunstância extraordinária que pode parar 
o sistema ou alterar drasticamente sua operação por curto período de tempo. Esses 
eventos podem ser greves, incêndios, inundações, ou defeitos perigosos de produtos. 
O nível de serviço está diretamente ligado à Logística, pois ele vai determinar o 
volume de serviço a ser utilizado.
Muitas são as variáveis a serem analisadas dentro de um nível de serviço, porém o 
resultado final pode facilmente ser mensurado pela satisfação do cliente.
Qual é a importância do nível de serviço para a Logística? É possível mensurar a 
perda de receita com um nível de serviço baixo? O que é mais importante: alto 
serviço ou baixos custos? É possível se ter bons serviços com baixos custos?
28
CAPÍTULO 2 
O conceito de valor agregado
Entende-se valor agregado como sendo algo que introduza um diferencial no produto 
ou serviço, e isso não significa que o produto terá necessariamente que custar mais 
caro, pois a agregação de valores nem sempre tem um custo direto sobre o produto 
final; alguém pode até pagar mais caro pelos produtos se eles forem mais apresentáveis.
A ideia é fazer com que a Logística venha agregar valores aos produtos ou fornecedores, 
fazendo com que esse diferencial competitivo seja um ponto de decisão.
Na maioria das vezes escolhemos determinado produto, baseados em uma percepção 
pré-conceituada diretamente influenciada pelo valor da marca e consequentemente 
pelo valor agregado que foi imposto pelo seu fabricante.
Fazer o transporte da mercadoria em tempo menor do que do concorrente, ter um 
armazém muito mais informatizado e organizado do que o do concorrente, sem 
custos adicionais para o consumidor, entregar produtos com embalagens de proteção, 
podem ser exemplos de valores agregados.
O mesmo pode ser aplicado aos serviços. Uma empresa de Logística Internacional, por 
exemplo, que tem um serviço de alfândega especializado, pode fazer muita diferença 
para o seu cliente, pois a mercadoria será despachada em um menor tempo, elevando 
o nível de satisfação dele.
Chega-se aqui em um ponto bastante interessante, onde se pode fazer uma conexão 
entre o valor agregado e o nível de serviço, resultando no nível de satisfação do cliente.
Portanto, todo o esforço empregado é para que o cliente observe algum valor na 
empresa e isso a torne competitiva, sendo que o valor está diretamente ligado ao 
diferencial apresentado, resultando no fatordeterminante da escolha do cliente.
O valor agregado tem seu fundamento no marketing, onde se busca apresentar 
pontos positivos de um produto como forma de diferenciá-lo da marca concorrente. 
Em Logística isso não se difere em nada desse conceito, porém o grande diferencial 
logístico está atrelado ao serviço, sendo também possível agrega-lo a produtos como 
embalagens protetoras, por exemplo.
Kotler, o mestre do marketing, representa o conceito de valor como a razão entre 
o que o cliente “recebe” e o que ele “fornece”, ou paga, e isso determina o seu grau 
29
A LOGÍSTICA COMO FERRAMENTA DE MARKETING │ UNIDADE II
de satisfação em relação ao bem ou serviço por ele recebido. De forma algébrica, 
representa-se “valor agregado“ da seguinte forma:
Valor=Benefício
Custo=Benefício
Funcional + Benefício Emocional (Custo Monetário + Custo de Tempo + Custo de 
Energia + Custos Psicológicos). É o custo x benefício, mas observe melhor:
1. No numerador, existem apenas duas parcelas referentes a benefícios. 
2. No denominador, existem quatro parcelas referentes a custos.
De início, percebemos, por esse pequeno comparativo, o esforço necessário para gerar 
valor aos clientes. Os benefícios devem ser realmente sensíveis para que aconteça a 
“diferença” – o valor agregado. É preciso, no mínimo, duas vezes mais benefícios para 
se igualar ao denominador de custos, para que haja “empate” na relação matemática.
“Uma empresa ganha dinheiro ao satisfazer as necessidades dos clientes melhor 
do que a concorrência faz.”
Essa afirmação não é diferente para serviços logísticos.
30
CAPÍTULO 3
Fidelização por meio da Logística
Como a Logística pode fidelizar clientes?
A importância da fidelização de clientes é notória, e muito mais estudada e comentada 
quando a relacionamos com outras disciplinas, como o Marketing ou estudos da área 
comercial.
Mas qual seria a relação entre fidelização e Logística? O ponto - chave para a questão 
é que a fidelização se obtém quando o nível de satisfação do cliente é tamanho que 
ele não aceita mudar de fornecedor tão facilmente. Hoje pode-se afirmar que para 
alcançar esse nível as empresas devem prestar um serviço muito acima do normal.
A Logística pode fidelizar clientes justamente quando consegue prestar um serviço de 
relevância, fazendo com que ele tenha ganhos significativos, passando assim a fazer 
parte da lucratividade desse cliente, sendo uma peça importante na sua formação de 
lucros.
No contexto empresarial, o termo fidelidade tem sido usado para descrever a disposição 
de um cliente de continuar prestigiando uma empresa, durante um prolongado 
período de tempo, comprando e utilizando os bens e/ou serviços de um fornecedor 
em uma base repetitiva e, preferivelmente, exclusiva, e, ainda, recomendando, 
voluntariamente, a outros, a marca daquele fornecedor.
E o que a Logística tem a ver com a fidelização? Os produtos dos grandes concorrentes 
estão cada vez mais similares em termos de qualidade e preço. Assim, a diferenciação 
da oferta pode ser feita pelo “revestimento” do produto (produto ampliado), para qual 
o sistema Logístico pode contribuir muito. Por isso, o Sistema Logístico deve ser 
projetado de tal modo a proporcionar níveis de serviço ajustados às necessidades de 
cada segmento de clientes que a empresa identifique como interessante.
Ao mesmo tempo, a prestação de serviços logísticos lida diretamente com empregados, 
fornecedores e clientes e, indiretamente, com os acionistas. Para prestar o serviço 
logístico, a empresa necessita que seus empregados e seus fornecedores estejam 
comprometidos com a missão de satisfazer e superar as expectativas dos clientes. 
31
A LOGÍSTICA COMO FERRAMENTA DE MARKETING │ UNIDADE II
Um bom sistema logístico pode gerar a fidelização do cliente, o que contribui para 
aumentar as vendas, a participação de mercado e, por fim, o lucro.
A fidelização, portanto, está diretamente relacionada com o nível de serviço, sendo que 
essa medida de eficácia deve ser levada em conta sempre como forma de prolongamento 
do sistema integrado de Logística, onde os ciclos acontecem de forma sequencial e 
interligada, sendo uma consequência da outra. Se a empresa oferece bons serviços há 
um aumento do uso dos seus serviços. Aumentando o uso de seus serviços, ela pode 
prestar um serviço cada vez melhor aos seus clientes. Embora a apresentação possa ser 
simplória, é importante ter consciência de que esses processos não são nada simples.
32
CAPÍTULO 4
Gestão do produto
A gestão do produto utiliza a Logística como uma ferramenta de apoio para a 
sua implementação e manutenção de mercado.
Quando se refere à Logística, a gestão do produto segue a necessidade de se manter e 
conquistar mercado. A avaliação de mercado, estudos aprofundados de quando, como 
e quanto deve ser produzido, transportado e armazenado, é, portanto, um estudo que 
envolve a vida útil dos produtos e que está diretamente ligado à Logística.
Embora a gestão de produtos esteja relacionada com a Engenharia de Produção e 
com todos os aspectos que envolvem esse segmento, está mais envolvida com:
 » Pesquisa de Mercado. 
 » Planejamento do Produto. 
 » Metodologia de Projeto do Produto. 
 » Engenharia de Produto. 
 » Marketing do Produto. 
Todos esses enfoques têm suas facetas ditadas e, principalmente, características 
próprias, mas estão ligadas aos aspectos logísticos por processos semelhantes de 
execução.
A pesquisa de mercado irá mostrar todos os dados relacionados com demanda, 
características e se o produto atende às necessidades do mercado. Esses pontos 
serão subsídios muito importantes para a formulação de uma estratégia de produção 
e distribuição do produto.
Os pontos colocados acima também servirão de análise e de base para a elaboração 
de um planejamento do produto, onde todos os aspectos relevantes, como o quando, 
o como e o quanto, serão colocados pelo administrador. Seus fluxos de produção e 
distribuição serão analisados sob o aspecto estratégico.
Esses pontos já abordados somados, à Metodologia de Projeto de Produto e, por 
fim, à Engenharia de Produto, só levam a um lugar – a ligação muito próxima entre 
33
A LOGÍSTICA COMO FERRAMENTA DE MARKETING │ UNIDADE II
o Marketing dos produtos e a Logística; enquanto o primeiro cuida da concepção do 
produto, o segundo está ligado às ações eminentemente práticas e funcionais para 
a materialização das concepções criadas pela teoria imaginativa do Marketing. São, 
portanto, complementares e, necessariamente, devem interagir de forma coordenada 
e, verdadeiramente buscando um objetivo claro e consistente.
Apesar deste material ser muito amplo e bem completo, você deve fazer uma 
pesquisa para complementar o seu estudo, observando os fatores que influem 
diretamente na relação entre a Logística e o Marketing.
Faça uma análise sobre o pensamento econômico, relacionado diretamente 
com os custos e o pensamento ligado a serviços, ligado ao marketing. É possível 
uma interação entre esses pontos.
34
UNIDADE III
A PARTE 
OPERACIONAL DA 
LOGÍSTICA
CAPÍTULO 1
Modelos e ferramentas de apoio
O sucesso de uma boa Logística está intimamente ligado a fatores humanos, mas 
a questão estrutural é muito importante: quanto melhores forem as ferramentas 
melhores poderão ser os resultados.
Voltamos aqui para um ponto crucial de nosso estudo as atividades de apoio da 
Logística. O sistema logístico tem suas funções primárias, já citadas, divididas em três 
pontos transportes, manutenção de estoques e processamento de pedidos. Essas ações 
principais requerem as seguintes atividades de apoio:
 » Armazenagem. 
 » Manuseio de materiais. 
 » Embalagem de proteção. 
 » Obtenção. 
 » Programação de produtos. 
 » Manutenção de informação. 
Essas funções são fundamentais para as ações Logísticas de execução e estão 
relacionadas com a parte prática propriamente dita.
A Logística tem uma nova concepção, muito mais abrangente, e não está mais 
relacionada apenas com transporte,estocagem ou distribuição. A Logística está 
relacionada praticamente com todos os pontos da organização, quer como atividade 
principal, quer como atividade de apoio.
35
A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA│ UNIDADE III
As atividades de apoio, que estão relacionadas acima, são fundamentais para a 
boa prestação de serviços e implicam diretamente no resultado operacional das 
organizações. Para tanto, devem ser administradas e coordenadas com o máximo 
de eficácia, pois caso apresentem problemas, irão comprometer a cadeia produtiva 
como um todo.
Armazenagem
Refere-se à administração do espaço necessário para manter estoques. Envolve 
problemas como localização, dimensionamento de área, arranjo físico, recuperação 
do estoque, projeto de docas ou baías de atracação e configuração do armazém. Esse 
princípio também tem sofrido modificações na era moderna, onde se tenta cada vez 
mais diminuir o nível de estoques, buscando a distribuição direta como forma de 
redução de custos, sendo que os armazéns também têm sofrido diretamente com essa 
nova filosofia, mudando as suas características originais.
A armazenagem e o manuseio de mercadorias são componentes essenciais do 
conjunto de atividades Logísticas. Seus custos podem chegar a absorver de 10% a 
40% das despesas Logísticas de uma empresa.
Ao contrário do sistema de transporte, que ocorre entre locais e tempos diferentes, 
a armazenagem e o manuseio de materiais acontecem, na maioria das vezes, em 
algumas localidades fixadas. Portanto, os custos dessas atividades estão intimamente 
associados à seleção desses locais.
Manuseio de materiais
Essa atividade está associada com a armazenagem e também apoia a manutenção de 
estoque. É uma atividade que diz respeito à movimentação do produto no local de 
estocagem. Deve-se estar atento a alguns detalhes como: seleção do equipamento de 
movimentação, procedimentos para a formação de pedidos, balanceamento da carga 
de trabalho.
O manuseio das cargas é relevante para o estudo logístico porque sua função 
de apoio nos locais de armazenagem e estocagem de produtos segue princípios 
rigorosos de proteção da carga, evitando danificar os produtos. Também formas mais 
econômicas de utilização de mão de obra que, embora representem uma pequena 
parcela do custo final, podem influir diretamente sobre o diferencial logístico.
36
UNIDADE III │A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA
Embalagem de proteção
Um dos objetivos da Logística é movimentar bens sem danificá-los além do 
economicamente razoável. Bom projeto de embalagem do produto auxilia a garantir 
movimentação sem quebras. Além disso, dimensões adequadas de empacotamento 
encorajam manuseio e armazenagem eficientes. Da mesma maneira que o manuseio 
de materiais está ligado à armazenagem a embalagem de proteção está ligada ao 
manuseio de materiais, formando, assim, uma ligação entre as ferramentas de apoio 
da Logística que são importantes para o seu pleno funcionamento.
Obtenção
É a atividade que deixa o produto disponível para o sistema logístico. Trata da seleção 
das fontes de suprimento, das quantidades a serem adquiridas, da programação das 
compras e da forma pela qual o produto é comprado. É importante para a Logística, 
pois decisões de compra têm dimensões geográficas e temporais que afetam os custos 
logísticos. A obtenção não deve ser confundida com a função de compras. Compras 
incluem muitos detalhes de procedimento que não são especificamente relacionados 
com a tarefa Logística, daí o uso do termo obtenção como substituto. Na Logística 
integrada, os departamentos interagem visando ao melhor aproveitamento logístico. 
Esse talvez seja o melhor exemplo que podemos ter, embora o departamento de 
compras seja “independente” do de Logística, a sua decisão de compra será fatalmente 
influenciada pelas condições apontadas pelo departamento de Logística.
Programação de produtos
Enquanto a obtenção trata do suprimento (fluxo de entrada) de empresas 
manufatureiras, a programação de produto é tida como a distribuição (fluxo de 
saída). Refere-se primariamente às qualidades agregadas que devem ser produzidas 
e também a quando e onde devem ser fabricadas. Não diz respeito à programação 
detalhada de produção, executada diariamente pelos seus programadores. Está 
diretamente ligada à obtenção, sendo que a soma da obtenção e da programação de 
produtos é fundamental para a função compras de uma organização; é nelas que a 
empresa deve apoiar suas decisões de compra, pois tem uma enorme formação de 
dados e informações substanciais e reais.
37
A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA│ UNIDADE III
Manutenção de informações
Nenhuma função Logística dentro de uma empresa poderá operar eficientemente sem 
as necessárias informações de custo e desempenho. Tais informações são essenciais 
para o correto planejamento e controle logístico. Manter uma base de dados com 
informações importantes – por exemplo, localização dos clientes, volumes de 
vendas, padrões de entregas e níveis dos estoques – apoia a administração eficiente e 
efetiva das atividades primárias e de apoio. A manutenção de informações está ligada 
também à Tecnologia de Informação, e serve como fundamentação para tomada de 
decisões, tanto na ordem conceitual, ou de planejamento, como na ordem operacional.
A relevância da manutenção de informações para as organizações é inquestionável. 
O seu Know How, o seu diferencial competitivo, a sua enorme capacidade de 
planejamento estão proporcionalmente comparados à sua capacidade de absorção e 
de tratamento das informações adquiridas e mantidas por elas.
Essas ferramentas de apoio logístico, isoladamente, talvez não tenham um peso tão 
significativo sobre os resultados operacionais, mas, sem qualquer uma delas, ou 
com uma delas operando de forma inconsistente, o resultado final será severamente 
comprometido, tornando a operação vulnerável tanto em competitividade, quanto 
em eficiência e rentabilidade. É necessário ter em mente que, sempre, o conjunto 
de ações fará com que nas opções Logísticas pela própria organização ou por outra 
todos os aspectos se tornam importantes.
Logística no trânsito
Para o Código de Trânsito Brasileiro (1998, p.9) considera-se trânsito a utilização das 
vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não para 
fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga. 
Trânsito é “o conjunto de deslocamentos de pessoas e veículos nas vias públicas, dentro 
de um sistema convencional de normas, que tem por fim assegurar a integridade de 
seus participantes” (ROZESTRATEN, 1988 apud TÉRAN, 2006, p. 13).
Na visão de Ferraz, Fortes e Simões (1999), sistema de trânsito é o conjunto de normas 
de operações do sistema viário (circulação, estacionamento, embarque, desembarque 
de passageiros e carga e descarga de produtos etc.), e para se fazer um planejamento 
eficiente, devemos ter: 
 » Segurança nos deslocamentos de veículos e pedestres. 
38
UNIDADE III │A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA
 » Fluidez nos movimentos. 
 » Comodidade aos usuários da via. 
 » Facilidade de estacionamento, propiciando embarque e desembarque de 
passageiros e carga e descarga de produtos. 
 » Comodidade aos usuários do transporte coletivo, com pontos de parada 
nos passeios públicos. 
Priorização do transporte público, cuja necessidade está na: 
 » Ampliação do sistema viário à medida que a cidade cresce. 
 » Definição da rede de vias principais (corredores), na hierarquização das 
vias e no sentido do fluxo. 
 » Na sinalização adequada do sistema viário. 
 » Na definição do tipo de operação nos cruzamentos entre vias (sinalização 
de parada obrigatória, semáforos, rotatórias, etc.). 
 » Na utilização dos dispositivos de controle de obediência das leis de 
trânsito. 
 » No estabelecimento das prioridades para o transporte público, quando 
necessário.
Trânsito inteligente 
O investimento em novas tecnologias é de suma importância para a adequação do 
sistema viáriono Brasil. No passado, priorizou-se a construção de vias, pontes e 
viadutos em detrimento do uso da tecnologia como forma de gestão de trânsito. 
Para que o uso da tecnologia reverta-se em mobilidade urbana, é essencial a formação 
do recurso humano qualificado e treinado a fim de que normas sejam criadas e 
projetos sejam adequados a sua realidade. 
Ferraz e Torres (2004, p.01) definem que a mobilidade é um dos principais 
elementos para o desenvolvimento urbano. Quando uma cidade disponibiliza uma 
adequada mobilidade para todos, constitui-se uma ação fundamental no processo de 
desenvolvimento econômico e social. 
39
A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA│ UNIDADE III
Para se ter uma ideia da mobilidade na cidade de São Paulo, foi elaborado uma 
pesquisa, realizado pelo Movimento Nossa São Paulo e publicado no Jornal O Estado 
de São Paulo em 18/09/09 (em um ano, número de paulistanos com carro sobe 
13%, 2009), na qual se verificou que os paulistanos desperdiçam em média 2h43 no 
trânsito todos os dias, enquanto o número de paulistanos com carro subiu 13% em 
um ano. Pela pesquisa, a quantidade de pessoas que tem carro representa 50% do 
total dos entrevistados, enquanto que em 2008, esse número representava 37%. 
Outra pesquisa, também realizada pelo “Movimento Nossa São Paulo” (Paulistanos 
avaliam o trânsito, 2009), verificou-se que, numa escala de 0 a 10, o trânsito de São 
Paulo foi qualificado com nota 3. 
A pesquisa revelou que aumentou o número de pessoas que usam o transporte público. 
Por outro lado também houve o aumento da quantidade de motoristas nas ruas. 
Tecnologia semafórica 
A partir da virada do século 20, o semáforo passou a ser mais do que necessário, pois 
o trânsito das cidades europeias e americanas começava e se tornar um verdadeiro 
caos. Com o crescimento da população e a modernização de vias, o trânsito das 
cidades começou a ficar perigoso.
As ruas tornaram-se indicadores de progresso, chegando a ter até 100 metros de 
largura (A origem do semáforo: Sinal de trânsito). Depois do surgimento do modelo 
Ford T, muitas pessoas já podiam ter um carro motorizado.
A frota de veículos nos Estados Unidos saltou de 8 mil, em 1900, para 2,5 milhões, 
em 1908. Nas ruas americanas e em cidades como Londres, na Inglaterra, carros e 
carruagens se misturavam a bicicletas e, principalmente, a pedestres, que sofriam 
cada vez mais. A partir de então começaram a surgir várias tentativas de controlar o 
trânsito. 
O primeiro semáforo surgiu em Londres em 1868. Foi instalado com luzes a gás para 
ser visto à noite, possuía dois braços, movimentados por policiais: quando estavam 
na horizontal, indicavam a parada dos veículos; em 45 graus, ordenava que eles 
seguissem adiante. Mesmo antes de um dia de utilização, explodiu, ferindo o policial 
que o manejava. 
Depois dessa experiência, foram construídas em Berlim, na Alemanha, torres no 
meio de cruzamentos com cabines para que policiais ficassem sentados trocando as 
luzes durante todo o dia. 
40
UNIDADE III │A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA
Somente a partir de 1912, foram criados nos Estados Unidos os semáforos que 
serviram como base e princípio para os semáforos que são usados até hoje. Em 1920, 
o policial William Potts, inventou e instalou o sinal de três cores, próprio para o 
cruzamento de vias. 
Sinalização semafórica 
A sinalização semafórica é um subsistema da sinalização viária, composta de luzes, 
acionadas alternada ou intermitente através de sistemas elétricos ou eletrônicos, 
tendo como função controlar os deslocamentos de veículos e pedestres. 
Ela pode ser classificada em: Sinalização Semafórica de Regulamentação e Sinalização 
Semafórica de Advertência. 
Sinalização semafórica de regulamentação
A sinalização semafórica de regulamentação tem a função de efetuar o controle 
de trânsito em um cruzamento ou seção da via, por meio de indicações luminosas 
coloridas, alternando o direito de passagem dos fluxos de veículos e pedestres. A 
sinalização semafórica de regulamentação pode ser para veículos como também para 
pedestres. 
Sinalização semafórica de advertência. A sinalização semafórica de advertência tem 
como função de advertir o usuário, quando da existência de obstáculo ou situação 
perigosa, através de indicação luminosa colorida, a fim de que sejam adotadas todas 
as medidas de precaução compatíveis com a segurança. 
Controlador 
Controlador é o elemento que executa a programação semafórica. Existem dois tipos 
de controladores: os eletromecânicos e os eletrônicos. 
O controlador eletromecânico tem como base a rotação de um motor acoplado a 
engrenagens e tem recursos extremamente limitados. 
O controlador eletrônico utiliza componentes eletrônicos que viabilizam suas 
temporizações, além de dispor de um número maior de recursos mais sofisticados 
em prol de uma maior mobilidade viária. 
41
A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA│ UNIDADE III
Semáforo 
Semáforo é o conjunto de grupos focais e respectivos suportes que executam a 
sinalização semafórica numa interseção ou seção da via. 
Semáforo LED
São semáforos com lâmpadas a diodo (Light Emitting Diodes) que possuem maior 
durabilidade que as lâmpadas incandescentes convencionais, com vida útil de 
aproximadamente 100 mil horas maior visibilidade e menor consumo de energia 
além de grande redução na manutenção e troca de lâmpadas, proporcionando maior 
segurança ao usuário da via. 
Semáforos com contagem regressiva para pedestres Semáforos providos de 
temporizador que exibe ao pedestre o tempo disponível para a travessia, tornando-a 
mais segura nos cruzamentos semaforizados.
Semáforos inteligentes - SEMIN 
Os semáforos inteligentes são controlados pelas (CTAs) Centrais de Tráfego em Área, 
cujo sistema de monitoramento de trânsito é realizado por meio de controladores 
eletrônicos com controle centralizado de todos os semáforos conectados a esse 
sistema. 
O sistema SEMCO (Semáforos Coordenados), é um sistema que possui vários 
detectores de veículos espalhados pelas ruas e avenidas mais movimentadas da 
cidade. Dentro de uma sala de controle, os dados de volume de tráfego, fornecidos 
por sensores chegam até os computadores, onde são analisados pelos engenheiros de 
tráfego e reprogramados com ciclos de operação, de acordo com o fluxo de veículos, 
otimizando o tempo de abertura dos semáforos.
Foco e Grupo Focal 
Foco é o elemento que emite a indicação luminosa, responsável pelas funções de 
regulamentação e advertência da sinalização semafórica. 
Grupo Focal é o conjunto de focos, composto de cores que são acionadas alternada 
ou intermitentemente. 
Os grupos focais podem ser: 
 » Veiculares: composto por três focos dispostos verticalmente nas cores 
vermelha, amarela e verde. 
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UNIDADE III │A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA
 » Pedestres: composto por dois focos dispostos verticalmente nas cores 
vermelha e verde com símbolo de boneco parado e boneco andando. 
As lâmpadas dos semáforos podem ser de três tipos: incandescente, halógenas e LED. 
Estágio 
Configuração de um ou mais movimentos compatíveis de passagem simultânea que 
pode ser entendida como o período em que as indicações luminosas da interseção 
como um todo não mudando de aspecto. Há estágios que ocorrem eventualmente 
a partir de acionamento de botoeira para pedestre ou laço detector de retenção de 
veículos que são conhecidos por estágio demandado. 
Ciclo 
É o tempo que demora a sequência completa de operações numa interseção 
semaforizada. Um ciclo se completa quando todas as fases do semáforo se completam: 
verde, vermelha e amarela, até iniciar-se um novo ciclo na fase verde. O cálculo de um 
ciclo se dá por meio da análise do parâmetro de fluxo e fluxo de saturação. 
Plano semafórico 
Plano semafórico é a definição do tempo de ciclo e defasagens ideais para o 
determinado horário através dos dados de fluxo e fluxo de saturação. 
Fluxo 
Fluxo é a quantidade de veículos que passam por uma determinada seção da via por 
intervalo de tempo. Aobtenção do fluxo se dá através de contagens de veículos que 
passam na via em um intervalo de tempo determinado. A contagem de tempo pode 
ser classificada em tempo simplificado, por amostragens de 15 a 30 minutos, ou 
completa, por exemplo, todo um período no horário de pico. 
Fluxo de saturação 
Fluxo de saturação é o número máximo de veículos que podem passar por uma 
via num determinado tempo. Normalmente é medido junto à faixa de retenção e 
a unidade de medida utilizada é veículos/hora, os fatores que influem no fluxo de 
saturação são classificados em permanentes e transitórios. 
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A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA│ UNIDADE III
Tabela horária 
É o instrumento do controlador semafórico na qual são programados em quais 
intervalos de horários, dias da semana e datas, devem vigorar os planos programados. 
Redes semafóricas 
Na existência de semáforos próximos de até 800 metros, é interessante a coordenação 
destes, pois assim podem-se reduzir atrasos, número de paradas, consumo de 
combustível e emissão de poluentes, além de um maior controle das velocidades 
desenvolvidas, reduzindo-se as filas de veículos e melhorando a capacidade dos 
cruzamentos. 
Onda verde 
A onda verde é um sistema progressivo de coordenação de semáforo que consiste em 
defasar os inícios dos tempos de verde consecutivos de um intervalo igual ao tempo 
de percurso entre os semáforos de tal forma que os veículos que estão à frente possam 
chegar ao cruzamento posterior quando o tempo de verde deste se iniciar e todos 
os veículos possam passar sem a necessidade de parada. Para que isso funcione, é 
necessário que todos os semáforos tenham o mesmo tempo de ciclo e os controladores 
estejam conectados por cabos com relógios aferidos periodicamente. 
Fiscalização 
A fiscalização do trânsito se faz necessária, a fim de se garantir condições seguras, que 
é direito de todos e dever dos órgãos de trânsito. Até 1997, a fiscalização de trânsito 
era feita apenas pela Polícia Militar, sendo parte do exercício da polícia ostensiva. A 
partir de 1998, quando entrou em vigor o atual Código de Trânsito Brasileiro, houve 
a municipalização do trânsito, transferindo, assim as atribuições do trânsito aos 
municípios. 
A fiscalização de trânsito pode ser entendida em seu Anexo I do Código de Trânsito 
Brasileiro (1997, p 119) como: ato de controlar o cumprimento das normas 
estabelecidas na legislação de trânsito, no âmbito de circunscrição dos órgãos e 
entidades executivos de trânsito e de acordo com as competências definidas neste 
Código. 
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UNIDADE III │A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA
Alguns dos principais tipos de equipamentos de fiscalização eletrônica de velocidade 
aplicados no Brasil são as lombadas eletrônicas, o “Caetano” e os radares, além do 
rodízio municipal (operação horário de pico). 
Dados publicados pela CET Companhia de Engenharia de Tráfego, (CET bate recorde 
no número de multas aplicadas, p. a-4), no primeiro semestre de 2009, foram 
flagrados 3,2 milhões de infrações, sendo a maioria o desrespeito ao rodízio e em 
segundo lugar o excesso de velocidade. Somente em maio foram aplicadas 673 mil 
multas.
Refis-“Caetano” 
São equipamentos de detecção fotográfica automática de infrações de semáforo 
vermelho. O “Caetano” recebeu esse nome devido à declarada aversão do cantor e 
compositor Caetano Veloso a tal comportamento de descumprimento às leis. O 
funcionamento do “Caetano” se dá através da recepção de sinais elétricos vindos 
de controladores semafóricos, de fotocélulas e de laços indutivos localizados sob o 
pavimento. 
Reifex 
Equipamento que registra fotograficamente os automóveis que infringem a 
sinalização de proibição de faixa exclusiva. Constituída por um módulo de controle, 
dois sensores veiculares baseado em laço indutivo posicionados estrategicamente na 
via conectados a uma máquina fotográfica. 
Refico 
Equipamento que registra fotograficamente o comprimento de veículos superior ao 
regulamentado em áreas de circulação restrita. É constituído por módulos de controle 
com um conjunto de sensores infravermelhos conectados a uma máquina fotográfica. 
A ativação do equipamento se dá quando o veículo aciona simultaneamente os 
sensores que instalados a altura e distâncias adequadas medem os espaço e altura 
previamente determinada. 
LAP – Sistema de Leitura Automática de Placas 
É um sistema utilizado para reconhecer as placas por meio de um software que 
faz a leitura dos caracteres alfanuméricos das placas dos veículos em circulação. 
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A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA│ UNIDADE III
Através da consulta do cadastro das placas dos veículos, é possível a fiscalização nas 
infrações cometidas no rodízio municipal, na restrição de circulação de caminhões, 
no uso indevido das faixas exclusivas de ônibus e caminhões, além da constatação da 
irregularidade do documento do licenciamento veicular.
Lombada eletrônica 
O redutor eletrônico de velocidade - REV, lombada eletrônica, é um equipamento de 
segurança viária, usado para garantir que os veículos trafeguem dentro do limite de 
velocidade regulamentado para o trecho da via onde está instalado. Pode ser aplicado 
em locais onde há variância da velocidade regulamentada, em pontos críticos (como 
curvas perigosas, locais com pouca visibilidade) e onde haja grande fluxo de veículos 
e pedestres. Seu funcionamento é automático e independe da presença de agentes 
de fiscalização de trânsito. O veículo, ao passar pelos sensores instalados na pista, 
calcula sua velocidade e a indica no visor. Quando o limite de velocidade estabelecido 
é excedido, a imagem do veículo é registrada e poderá ser usado como prova da 
infração. 
Radares estáticos 
São equipamentos que controlam e monitoram a velocidade dos veículos em pontos 
escolhidos das vias de rodagem, cuja velocidade é medida por meio de um sinal que é 
emitido por uma antena acoplada ao equipamento e refletido quando o veículo passa. 
Sempre que o limite de velocidade estabelecido é excedido, a imagem do veículo é 
registrada e pode ser usada como prova da infração. 
O uso de tecnologia dos radares estáticos oferece grande flexibilidade de aplicação, pois 
permite a instalação eventual do produto, atendendo as características especiais de 
tráfego, em períodos determinados. A montagem poderá ser feita em tripé, veículos, 
pontes e passarelas e a operação é automática. 
Radares fixos 
Equipamento de fiscalização eletrônica de instalação fixa em postes, pórticos, 
bandeiras, ou obras de arte, com operação automática que opera por sensores 
embutidos no pavimento que permite a detecção de veículos, efetuando a medição 
da velocidade, registrando fotograficamente os veículos que excedem a velocidade 
permitida. 
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UNIDADE III │A PARTE OPERACIONAL DA LOGÍSTICA
Rodízio - horário de pico 
O rodízio de veículos é uma restrição de circulação que ocorre de acordo com o final de 
placa e dia da semana, na qual os veículos não poderão circular em determinadas ruas 
e avenidas internas, nos horários e dias definidos pelo órgão responsável, normalmente 
pela prefeitura municipal. Novo. 
Ferraz e Torres (2004, p.22) enfatizam que, o crescimento do uso de automóveis 
trouxe diversos problemas gerados pela concentração de veículos no sistema viário, 
tais como: grandes congestionamentos; aumentando o tempo de viagem; aumento 
do número de acidentes, causando grande prejuízo financeiro e mortes de pessoas; 
poluição atmosférica; baixa eficiência econômica, devido à necessidade de grandes 
investimentos no sistema viário; e consumo desordenado de energia, principalmente 
dos derivados de petróleo.
Essa gigantesca frota de veículos, rodando nas grandes avenidas, faz com que seja 
necessária uma nova tecnologia semafórica, cada vez mais aperfeiçoada, visando uma 
maior fluidez viária, através de controladores com maior capacidade de programas, 
semáforos com sistemas computadorizados em tempo real, câmeras de monitoramento, 
além de uma fiscalização a fim de reprimir os abusos

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