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Projeto de vida | 1º ano EXPLORAR Identidade Caderno do estudante 2º semestre Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 1 Introdução Caro jovem, Este Caderno do Estudante é um instrumento fundamental para a sua participação nos encontros de Projeto de Vida do 2º semestre do 1º ano. Nele estão dispostas fichas de atividades quem complementam a mediação do professor orientador. Elas apresentam textos de referências, orientações para as atividades e sugerem dicas e estratégias para você fortalecer a sua formação como estudante protagonista. Para utilizá-lo, siga sempre as indicações do professor ao longo do semestre. Uma das competências socioemocionais mais importantes para o século 21 é a responsabilidade, ou seja, a capacidade de agir de forma organizada e eficiente. Para os encontros de Projeto de Vida ser responsável é fundamental, a começar pela importância de gerir bem seus materiais para participar ativamente da aula. Por isso, tenha sempre com você este Caderno, para estar a postos sempre que o orientador solicitá-lo. Bom trabalho! Uma parceria entre a SEEDUC/RJ e o Instituto Ayrton Senna 1º ano/2º semestre Caderno do Estudante Projeto de Vida Sonhos e identidade na construção de um projeto de vida Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 2 Projeto de Vida Ficha 1 – Combinados das orientações do semestre Alunas e alunos, A cada dia que passa, vocês compreendem melhor o percurso que estão vivendo na escola. Trata-se de uma trajetória que pede muito empenho e compromisso, de vocês e dos professores, pois o que se espera alcançar não é mesmo simples. Mas todo esse esforço é essencial para que vocês aprendam muito e criem as oportunidades que desejam no presente e no futuro. Vocês estão experimentando um novo jeito de serem alunos. Já devem ter percebido que ser aluno nesta escola é: 1. Ser parte da solução e não do problema. 2. Apoiar-se primeiro nas forças que tem e não naquilo que ainda não sabe. 3. Estar disposto a aprender sempre. 4. Buscar entender o sentido de tudo o que faz e aprende na escola. 5. Saber o que sabe e pensar como buscar aprender o que não sabe. 6. Expor seus pontos de vista e argumentar. 7. Ouvir os pontos de vista dos colegas, professores, funcionários e gestores. 8. Gostar de desafios. 9. Saber resolver problemas. 10. Dar o máximo de si nas atividades das disciplinas e do núcleo. 11. Querer superar as dificuldades que surgirem no caminho. 12. Contar com os colegas e professores e colaborar com eles, sempre. O que mais vocês colocariam nessa lista que conta o que é ser aluno numa escola como esta? Bem, indo direto ao ponto: a ideia desta ficha é ajudar vocês a fazerem um monitoramento bem detalhado daquilo que estão vivenciando em duas disciplinas da escola – uma de que gostam muito e cujos conteúdos trabalhados vocês têm mais facilidade em aprender; e outra de que gostam menos, não se identificam tanto, e cujos conteúdos vocês consideram mais difíceis de aprender. Mas, afinal, em que esse monitoramento pode ser importante para vocês? Resposta simples e direta: para que tomem consciência daquilo que estão vivendo, identificando o que contribui para que aprendam mais e o que não ajuda, não os favorece na compreensão do que estudam. Ao fazer isso, com certeza, vocês descobrirão maneiras de melhorar a aprendizagem nessas disciplinas e nas demais. É bom vocês saberem: a ficha pede informações detalhadas. Tudo o que acontecer nessas duas disciplinas, no 3º bimestre, deve ser registrado. Cada aula, atividade em times, prova, exercício, texto lido etc. precisa ser mencionado na ficha. Só assim Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 3 vocês terão as pistas necessárias para tirarem conclusões em relação ao que os ajuda a aprenderem mais e melhor. Como preencher a ficha? É simples: Toda atividade que acontecer em cada aula da disciplina deve ser registrada em uma linha da ficha, descrevendo o que aconteceu. Coloque, antes da atividade, a data da aula. Use os seguintes termos (se houver outras atividades, insira novos termos): aula expositiva (sobre o tema “x”); leitura de um texto (sobre o tema “y”); exercícios; tarefa para casa (sobre o tema “z”); debate (sobre o tema “w”); atividade em duplas, trios ou times; prova; saerjinho. Na linha abaixo, comente se foi possível entender o conteúdo, se conseguiu estudar, se aprendeu o que esperava, se foi bem na prova. Ou seja, se a atividade foi importante ou não ajudou muito na sua aprendizagem. Não precisa dar muito detalhe. Ah, tem uma coisa: a cada semana, você, o orientador e os seus colegas de orientação vão conversar sobre o que vocês registrarem na ficha. Então, fiquem ligados: tenham a ficha sempre em mãos e, claro, comecem a preencher já na próxima aula de cada uma das disciplinas escolhidas. Se preferirem, vocês podem reproduzir o modelo de ficha em suas agendas, organizando as informações no material a que já estão habituados. Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 4 Nome: Disciplina: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 5 Nome: Disciplina: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 6 Projeto de Vida Ficha 2 – Perfis dos times DESCREVENDO NOSSAS CARACTERÍSTICAS A proposta da atividade de hoje é traçar os perfis de vocês. Perfil, se procurarem no dicionário, é a “descrição das características de alguém”. Mas, se forem buscar por perfis nas revistas de celebridades (pode admitir... quem nunca leu uma – ou várias – dessas?), vão encontrar aquelas entrevistas em que os famosos contam seu signo, quem consideram uma pessoa chique, o lugar que conheceram nas últimas férias... É futilidade que não acaba mais! Vamos usar um pouco desse formato dos perfis que estão nas revistas – mas sem as futilidades! – para levantar um pouquinho das suas características? A ideia é que vocês se entrevistem, em duplas. A entrevista será do tipo pingue-pongue, com perguntas diretas e respostas curtas. O entrevistador anota as respostas e depois cria uma página com o perfil do seu entrevistado. A página deve ter as perguntas e respostas e imagens (fotos ou desenhos) que tenham a ver com as características do perfilado (palavra estranha, não é? Significa “aquele que teve o seu perfil traçado”). Todos vocês vão entrevistar e ser entrevistados. Portanto, na dupla, assim que acabar a elaboração do primeiro perfil, vocês devem trocar de papel, ok? Importante! O jeito de fazer é leve e queremos que seja divertido, mas o objetivo da nossa atividade é bem sério: identificarmos, em nós e nos colegas, a percepção da vida na escola, com os amigos, na família e na comunidade. Isso é fundamental para pensarmos como aprimorar nossos relacionamentos e atitudes, projetarmos nossos sonhos e traçarmos estratégias para alcançá-los (esses serão os próximos passos dos encontros de Projeto de Vida). Vem a seguir a sugestão de roteiro para a entrevista de perfil. É um roteiro básico – portanto, sintam-se à vontade para acrescentarem mais questões, caso achem necessário! Mãos à obra! Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 7 Perfil– Roteiro Básico Nome: Idade: Nasceu em: Duas coisas que você ama: Duas coisas que odeia: O que mais gosta de fazer para se divertir: O que mais admira numa pessoa (explique a sua resposta): O que considera o maior defeito que uma pessoa pode ter (explique a sua resposta): Motivo de orgulho: Motivo de arrependimento: Sonho de consumo: Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 8 Time do coração: Uma música: Um livro: Um site: Uma frase marcante: Estudar nessa escola significa... Use duas frases para definir cada uma das expressões abaixo: Família... Participação política... Vida de estudante... Realização profissional... Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 9 Projeto de Vida Ficha 3 – Um sonho com degraus DE SONHO A REALIDADE Você nem era nascido quando, em 1992, a Mocidade Independente de Padre Miguel encantou o público da Marquês de Sapucaí com o samba-enredo “Sonhar não custa nada! Ou quase nada...”. Os primeiros versos dizem: “Sonhar não custa nada/ o meu sonho é tão real”, fazendo rima com outros tantos versos: “Deixe a sua mente vagar/ não custa nada sonhar/ viajar nos braços do infinito/ onde tudo é mais bonito/ nesse mundo de ilusão/ transformar o sonho em realidade...”. Transformar o sonho em realidade, como propõem os compositores do samba-enredo, requer, antes de tudo, que as pessoas conheçam seus sonhos. A agitação e as infinitas tarefas do cotidiano, somadas às desilusões que muitas vezes sofremos ao longo da vida, podem dificultar esse necessário exercício ao ser humano: sonhar! Vamos sonhar acordados por alguns minutos? Para isso, abaixo, eis um jogo de completar frases: Meu grande sonho é... Mas tenho, também, outros sonhos mais imediatos. São eles: ... Eu gostaria de realizar um deles ainda esse ano. É o sonho de... E aí, o exercício foi moleza ou difícil? Afinal, você acha que seus sonhos são possíveis de serem realizados? Calma, não responda. Isso você só vai saber, com certeza, ao longo do semestre. Como? Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 10 Vamos lá: Você fará uma aposta. Sim, apostar que um dos seus sonhos pode tornar-se realidade, ainda nesse ano. Qual deles? Claro que não pode ser o sonho de casar, comprar uma casa e ter dois filhos. É que não vai dar tempo de isso tudo acontecer em poucos meses. Mas existem sonhos que podem, sim, se realizar. Conseguir aprender em todas as disciplinas, para passar de ano, é um exemplo que tem a ver com a sua relação com a escola. Criar um novo hábito de alimentação, mais saudável, seria outro bom exemplo. Que tal pensar em exemplos de sonhos que podem virar realidade até o último dia do ano? Levante três possibilidades e anote em sua agenda. Converse sobre os seus sonhos e os dos seus colegas de orientação. Em conjunto, analisem se esses sonhos podem ser possíveis de se realizar. Lembrando que sonho é sonho, não dá para ficar podando só porque eles parecem desafiadores. É preciso acreditar na força de cada um para fazer acontecer (sem ingenuidade, claro!). Depois de conversar com os colegas, é hora de tomar uma decisão. Qual dos sonhos você gostaria de tentar realizar ainda esse ano? Qual deles parece mais urgente ou importante? Qual o motiva a lutar, se esforçar, superar limites? Anote em sua agenda. É hora de pensar, com muito foco, em como alcançar esse sonho, identificar os degraus que você precisará vencer para chegar lá. Ou seja, dar objetividade a algo que, aparentemente, é inatingível e distante (afinal, se fosse simples, esse sonho já teria se realizado, né?). Para começar, preencha o quadro a seguir. Se preferir, reproduza o quadro no seu Álbum de Cartografia Pessoal, inserindo quantas linhas quiser. Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 11 MEU SONHO PARA O 2º SEMESTRE É: Degraus (como vou chegar lá?) Parceiros (com quem posso contar?) Prazos (quando cada degrau vai acontecer?) Agora é iniciar a escalada dos degraus. Afixe o quadro em um local visível para você. Pode ser na agenda, na cabeceira da sua cama, ao lado do espelho do banheiro, ou, até, ao lado da televisão... O importante é você estar sempre atento ao degrau da vez. E, se tropeçar em algum, não desanime. É só redobrar a energia, ganhar coragem e tentar novamente! A cada encontro de orientação, conte aos colegas e professores se você conseguiu se mover, um pouquinho que seja, na direção do seu sonho. E, claro, comemore cada pequena conquista, mesmo sabendo que a grande comemoração será no final do ano! Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 12 Projeto de Vida Ficha 4 - “Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima” Resiliência. Você conhece essa palavra? Dois brasileiros importantes podem ajudá-lo nesta compreensão. O primeiro é o pedagogo Antonio Carlos Gomes da Costa, estudioso da Educação, para quem resiliência é: A qualidade que explica o fato de as pessoas serem capazes de resistir e de, em certos casos, até mesmo crescer na adversidade. (...) A resiliência pode ser aprendida. (...) E, em vez de nos fixarmos nos danos, fixamo-nos naquilo que nos restou de força, de capacidade de crescimento, de energia para levantar-se da queda e de disposição para seguir em frente.1 O segundo, Paulo Vanzolini, foi um zoólogo e compositor brasileiro. Embora pedagogia não fosse a sua praia, se lhe pedíssemos que explicasse o que é ser resiliente, talvez ele fizesse menção a um conhecido refrão de “Volta por cima”, uma de suas canções: Reconhece a queda e não desanima/ Levanta, sacode a poeira/ E dá a volta por cima. Na prática, vocês devem saber bem o que é isso. Já devem ter vivido alguma situação difícil em que precisaram tirar força lá de dentro, bem no fundo, para seguir a vida. E, provavelmente, aprenderam alguma coisa com essa circunstância. Mas e na escola, é preciso ser resiliente? É bem possível que vocês tenham respondido que sim. Afinal, a essa altura da vida, vocês já viveram um longo percurso na escola. E, durante esse tempo, devem ter enfrentado algum tipo de dificuldade. E se estão aí, firmes e fortes, é porque foram resilientes. Se lhe perguntassem quais foram os momentos da sua vida escolar em que você precisou superar seus limites, o que responderia? Em que séries esses momentos ocorreram? O que dessas circunstâncias você levou para a sua vida como um todo? Pensando na sua experiência, convide um colega de orientação para participar com você do desafio a seguir: 1 Trecho retirado da p. 59 do livro Encontros e Travessias, de autoria de Antonio Carlos Gomes da Costa, publicado pelo Instituto Ayrton Senna em 2001. Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 13 Suas experiências e as do seu colega podem inspirar outros jovens, e, até, os professores da escola. Converse com o seu colega sobre as situações em que você precisou ser resiliente na escola (vale qualquer época, incluindo outras escolas). Transformem as experiências de vocês em uma História em Quadrinhos (HQ). Pode ser uma tirinha. Vocês já estudaram sobre esse gênero nas aulas de Língua Portuguesa, não é? Se puderem, pesquisem um pouco mais sobre ele na Internet. A Wikipédiapode ser uma fonte interessante. Vejam o seguinte link: http://bit.ly/hq- no-brasil. Na hora de botar a mão na massa, é importante que vocês: criem a história que será contada, elaborando um roteiro; inventem um ou mais personagens; pensem na diagramação da tirinha; façam os desenhos; insiram as falas ou pensamentos dos personagens (pode ser em balões ou de outra maneira que acharem mais interessante). Dica: é possível encontrar, na Internet, diversos tutoriais bem simples sobre como fazer uma HQ, incluindo tirinhas. Eles podem ser bastante úteis para vocês! Quando a tirinha estiver pronta, mostrem para os colegas e o orientador. Se quiserem, pensem em um lugar da escola para expor as histórias de todos os orientandos Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 14 Projeto de Vida Ficha 5 – Rolé Temático CIDADE E IDENTIDADE Vocês conversaram há pouco sobre como a identidade está relacionada a diversos aspectos do cotidiano de vocês, incluindo aí os encontros de Projeto de Vida. Mas como será que a questão da identidade pode ser relacionada à cidade em que vocês vivem? Revezem-se na leitura do texto abaixo, grifem as partes que julgarem mais importantes e, logo depois, realizem as etapas seguintes de acordo com as orientações deste material. Elas são essenciais para que vocês realizem o Rolé Temático desse semestre! SÃO PAULO É UMA CIDADE DE COISAS DESPERCEBIDAS2 São Paulo é uma cidade sem crianças. É uma cidade onde não se pode olhar para os lados senão pelo reflexo das janelas ou dos óculos escuros; onde não é permitido obter ou prestar atenção. São Paulo é uma cidade sem muito amor nem muito ódio, onde os que choram no ônibus são ignorados, os que pedem informações ganham um olhar desconfiado e os que cantam – pobres dos que cantam – são advertidos por um funcionário de cinza, com o estatuto interno do Metrô. Na rampa da estação Santana, é proibido brincar de escorregador. São Paulo é uma cidade em que ninguém tem o direito de surpreender, a não ser os loucos, as crianças e os velhos. Todas as terças e quintas de manhã, dezenas de velhinhos dançam bolero, tango e rumba no Sesc Ipiranga. Enquanto isso, um outro senhor opta pela corrida de resistência: Tuplet Vasconcelos, um magro cidadão de 85 anos, já participou de 114 maratonas nos últimos quinze anos, tendo completado a Corrida Internacional paulista de 1999 em cinco horas e quarenta e cinco minutos. Deixou pra trás centenas de competidores. Há velhinhos que jogam dominó; outros tomam aulas especiais de saúde na Universidade Federal de São Paulo. A maioria anda devagar pelas ruas, em total contradição com o ritmo da cidade. Há, ainda, os que vagam pelos metrôs a esmo, como um certo senhor sentado no banco cinza, a quem uma mulher perguntou: “Este trem vai pro Jabaquara?”, e ele suspirou: “não sei”. A réplica não demorou: “mas para onde é que ele está indo?”; novamente um suspiro e a resposta: “Olha… não sei”. Nas ruas de São Paulo, todos sabem para onde vão; programam-se para caminhar em linha reta, rumo ao horizonte, e vão atropelando hidrantes, cachorros quietos e criancinhas perdidas. Próximo à entrada dos fundos da USP, junto à Marginal Pinheiros, uma mulher sem-teto gritava, de longe, para o filho de uns 9 anos: “Onde é que tá o Caio?” – e o menino dava de ombros, fazendo um “sei lá” engraçado com o corpo todo. Tinha um olhar meio sapeca, e escondia atrás dele uma caixa enorme de papelão (que se limitava a ficar de pé, impassível). A moça já estava virando as costas, conformada, quando a caixa caiu no chão de repente, em meio a um barulho 2 Texto de autoria de Vanessa Bárbara e publicado na Revista Piseagrama. Disponível em http://bit.ly/coisasdespercebidas. Acessado em: 03/02/2016. http://bit.ly/coisasdespercebidas Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 15 enorme. E, de dentro, após um penoso esforço para empurrar as abas, saiu engatinhando um menino pequeníssimo, minúsculo mesmo, nem ligando para essas coisas da vida; queria apenas saracotear o mais rápido que podia, de uma ponta à outra do gramado. Caminhando pelo asfalto, as pessoas veem guris saindo de dentro de grandes caixas, a engatinhar, e não dão a mínima. Nada atinge os que passam na rua; nem mesmo um martelo, que certo dia escapou, lenta e inexplicavelmente da mochila de um rapaz, e foi aterrissar na calçada da Avenida Paulista, causando quase nada de transtorno aos que por ali andavam. Apenas deram a volta, sem oferecer ajuda ou achar minimamente estranho. Que tivesse um martelo dentro da mochila, oras. Não é da minha conta. Há mães que também não acham ser da sua alçada um certo garoto que cutucava a saia e a paciência dos passageiros do metrô, tentando convencer a referida progenitora a correr com ele para fora do vagão. Queria porque queria sair de lá e entrar no trem oposto, que ia para o Jabaquara e estava vazio; só para depois sair correndo de novo quando a porta abrisse e tomar, mais uma vez, o metrô para o Tucuruvi. Movido por nenhum motivo coerente, é claro. Apenas porque parecia algo bacana à beça – para a criança, não para os demais paulistanos irritados ou para sua mãe, que suspirava fundo e pedia para que ele falasse mais baixo, por favor, os moços ali estão reparando. Em São Paulo, as pessoas morrem no meio do caminho, atravessam a rua nas horas que não deveriam e os prédios desabam, atrapalhando o tráfego. Na opinião dos taxistas, a esquina da Alameda Campinas com a Paulista é o lugar mais fácil para se atropelar transeuntes. Já no cruzamento entre as Ruas Humberto I e Conselheiro Rodrigues Alves, na Vila Mariana, os carros têm 3 minutos para circular – e as pessoas, pouco mais do que 2 segundos. Em São Paulo, os pedestres não existem; bem como as cadeiras de rodas, os mendigos (meu nome é Francis e estou vendendo drops), as árvores e as bicicletas. Os poucos que transitam pelas ruas estão indo de um lugar a outro, preocupados com a hora do estacionamento. Nas calçadas da avenida Paulista, não se pode andar em paz sem trombar com um guardinha bravo, que normalmente apita na orelha dos que passam e os obrigam a parar. Tudo para que os carros de vidros fumê possam atravessar a calçada, rumo aos estacionamentos. Alguns ainda resistem: todos os últimos sábados do mês, um grupo de jovens promove uma Bicicletada pelas avenidas de São Paulo e questionam a utilização das vias públicas. Vestem uma máscara branca de enfermagem e saem por aí, com seus veículos alternativos (sejam patinetes, pogobóis, skates, monociclos, bigas ou pula- saco). “Não estamos atrapalhando o tráfego, nós SOMOS o tráfego”, diz o slogan do Reclame As Ruas, movimento internacional no qual se baseou a Bicicletada paulista. A favor das aglomerações e das festas, sempre no meio da avenida. A cada ano, cerca de 180 mil pessoas tiram a carteira de habilitação do Detran (Departamento de Trânsito). Quinhentos mil novos automóveis entram em circulação na cidade. Toda esta multidão, atordoada, decide dispor de seu direito de ir e vir geralmente ao mesmo tempo, provocando congestionamentos que já chegaram a somar 240 quilômetros, em um feriado de 1996. A distância, para se ter uma idéia, equivaleria a 3 milhões de potinhos de Yakult, empilhados um a um, embora a comparação não faça qualquer sentido. No ano 2000 houve, em São Paulo, um acidente a cada 2,9 minutos; um atropelamento a cada 44,4 minutos; um morto a cada 5,9 horas. Todos devidamente contabilizados, etiquetados e despachados – em Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 16 2002, uma das vítimas foi um pacato cavalo, atropelado no meio de uma rua do Morumbi pela cantora Sula Miranda. A balbúrdiada cidade encontra seu buraco negro todas as sextas-feiras à noite na praça de alimentação do Shopping Metrô Tatuapé – onde reina o silêncio quase absoluto. Desde que foi inaugurado, o shopping virou ponto de encontro de deficientes auditivos, que passam a noite se comunicando em silêncio, através da linguagem de sinais. Em algumas ocasiões já chegou a haver mais de 200 deficientes auditivos no local. São Paulo é uma cidade em que ninguém tem o direito de se surpreender, a não ser os loucos, as crianças e os velhos. Mesmo que haja tanto a ser descoberto. Mesmo que existam tantas cidades nas sombras da São Paulo que sai nos jornais. Identidades da Cidade No texto, a autora Vanessa Bárbara escreve sobre a cidade de São Paulo a partir de uma perspectiva um tanto interessante: ela fala sobre as coisas despercebidas, não sobre seus personagens e cartões postais mais óbvios e conhecidos. Essa é uma maneira, dentre outras, de observar uma cidade, de buscar nela traços de sua identidade. E vocês, se tivessem que descrever sua cidade, apontar seus personagens, os lugares que a representam, suas relações cotidianas, falariam sobre o quê? Para ajudar a responder essa pergunta, o trio deverá refletir a partir do conjunto de frases elaboradas na etapa anterior dessa atividades. Juntos, vocês formularam um conjunto de passagens iniciadas com “Identidade é...”. Agora, vocês deverão pensar na identidade de sua cidade a partir dessas frases, buscando identificar seus traços identitários. Durante a discussão do trio, busquem relembrar lugares ou instituições que sejam importantes na vida de quem mora nesse lugar, ou seja, que façam parte da experiência coletiva e dos modos de vida de seus moradores. Ao mesmo tempo, busquem se lembrar de lugares que sejam únicos – que não existam da mesma forma em outro lugar. Aliás! Não é necessário ser um lugar, pode ser um modo de relação das pessoas com a cidade típica de seus moradores: como eles transitam pela avenida principal; os personagens recorrentes no dia a dia da cidade; aquelas pessoas mais antigas, cheias de história para contar; praças, prédios ou monumentos que tenham história ... deixem a imaginação correr solta. Para realizar esta etapa, elejam um líder, que deverá cuidar do tempo da discussão, anotar as principais sugestões do trios e, na próxima etapa, apresentá-las para o restante da turma. Para guiar a discussão, utilizem a seguinte fórmula: Se identidade é..................................... a identidade da nossa cidade se reflete em tais personagens e tais lugares: ............................................................................................... Busquem abranger todas as frases criadas pela turma sobre identidade, mas vocês também podem criar novas formulações. Não se esqueçam também de explicar o motivo da relação entre cidade e identidade estabelecida por vocês em cada exemplo. Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 17 A escolha do trio Vocês já têm um bom leque de personagens e lugares da cidade que a caracterizam, que a tornam única. Está na hora do trio escolher um deles para apresentar a toda a turma como sugestão de visita para o Rolé Temático! Registrem a escolha no quadro a seguir: O Rolé Temático será uma visita a: _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________. Porquê: _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________. Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 18 Projeto de Vida Ficha 6 – Nossos sonhos! NOSSOS SONHOS! Vocês se lembram de que, na atividade do semestre anterior “Mapa e bússola para navegar neste ano!”, cada um fez um “mapa de sonhos”, pensando nos desejos e possíveis ações para que eles não ficassem só no sonho? Foram planos para as relações pessoais, a aprendizagem na escola, para a família, para o bem comum e para a vida como um todo. Relembrem as questões: O que gostaria de alcançar no que se refere aos relacionamentos pessoais? O que posso fazer para que isto aconteça? O que espero conquistar, em termos de aprendizagem na escola? O que posso fazer para que isto aconteça? O que sonho para minha vida como um todo? O que posso fazer para que esse sonho se transforme em realidade? O que desejo para minha família? O que está a meu alcance de ser feito para que esse desejo aconteça? O que pretendo fazer, pensando no bem comum? Escolham um líder para conduzir a discussão e cuidar do tempo. Conversem sobre o que já conseguiram conquistar daquilo que planejaram para este ano e o que ainda esperam alcançar no ano. É importante que todos possam falar e ouvir com respeito as experiências uns dos outros! Fiquem atentos a esses planos, para que não existam apenas no papel. Mas, claro, estejam livres para alterá-los, pois a vida mostra a necessidade de mudanças de rumo! Sem medo de sonhar: o que desejo para a minha vida? O poeta inglês William Shakespeare disse que “nós somos do mesmo tecido de que são feitos os sonhos”. É próprio do ser humano sonhar, projetar-se no futuro e planejar-se para alcançar suas metas. Sem sonhos e aspirações, não encontramos um sentido real para nossas vidas. Por isso, a pergunta é: Vocês sonham com o que para suas vidas? O líder comanda a discussão no trio, a partir das questões a seguir. O líder lê cada questão e cada um anota suas respostas em seus Álbuns de Cartografia Pessoal. Esse registro é muito importante para o próximo encontro de Projeto de Vida. Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 19 Sonhar, para começar! Quais são os sonhos que tenho para minha vida? Discutam sobre todos os sonhos que possuem, mesmo aqueles que pareçam impossíveis ou até bobos... Quais são os meus sonhos em relação a cursar um curso superior? Vocês já pensaram em continuar os estudos, graduando-se em uma universidade? O que gostariam de estudar? Se nunca pensaram nessa possibilidade, quais são os motivos que os fazem não considerar essa ideia? Quais são os meus sonhos em relação ao trabalho? Discutam sobre suas aspirações profissionais: o que vocês gostariam de fazer? Que tipo de profissão lhes interessam? Quais são os meus sonhos em relação à família? Vocês têm vontade de formar uma família? Como gostariam que ela fosse? O que acham que é preciso fazer para formar uma família? E sobre a família da qual fazem parte: o que gostariam de fazer por ela e o que gostariam que ela fizesse por vocês? Quais são os meus sonhos em relação ao uso do meu tempo livre? Quais são as atividades de lazer e os hobbies que querem praticar ou continuar praticando em suas vidas? O que pretendo fazer, pensando no bem comum? Quais são os sonhos que possuem para sua comunidade/bairro, para sua cidade e para o país? Algum desses sonhos poderia ser transformado em uma profissão, por exemplo? Depois que todos terminarem de registrar por escrito suas respostas, o líder promove uma rodada de conversa no trio, para compartilhar os desejos, sonhos e interesses que cada um possui. E nada de tirar onda dos sonhos alheios! O primeiro passo para construir um projeto de vida é simplesmente... reconhecer os próprios sonhos! Será que vocês possuem sonhos parecidos? “Um sonho que você sonha só é somente um sonho. Um sonho que você sonha junto é realidade. ” John Lennon Fonte: bit.ly/dreamlennon http://bit.ly/dreamlennon Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre20 Projeto de Vida Ficha 7 – O meu projeto de vida! Transformar sonhos em projeto de vida! Para realizar sonhos, é preciso fazer um exercício de autoanálise. É necessário identificar o que realmente é importante para suas vidas, em que realmente vale a pena colocar foco e determinação. Os sonhos acontecem em nossas cabeças. O projeto de vida acontece no dia a dia, com pequenas atitudes que se somam, um passo de cada vez. Então, construir um projeto de vida significa colocar degraus para alcançar os sonhos? É isso mesmo! Nenhum sonho se realiza ao acaso... Toda conquista é feita de persistência, de metas a seguir e de muita, mas muita troca de experiências com outras pessoas. Nessa jornada de construção do projeto de vida de cada um de vocês, não vale ficar sozinho(a), isolado(a) do mundo, remoendo ideias e desejos e se sentindo sem força para começar. Por isso, vocês estarão trabalhando juntos, com o apoio do(a) professor(a) de Projeto de Vida e de outras pessoas que aparecerão no meio do caminho... Planejando o projeto de vida Agora é com vocês! Cada um se concentra e reflete seriamente sobre o que quer para sua vida. A tabela a seguir os ajudará a traçar metas e colocar degraus para os seus sonhos. E lembrem-se: nos próximos anos, nas aulas de Projeto de Vida, vocês continuarão a aperfeiçoar seus projetos pessoais. Para transformar sonhos em projeto de vida... Compartilhe inspirações, palavras e experiências! Coragem e força para correr atrás dos sonhos! Cair e levantar! Se é importante, não vale desistir! Dá medo mesmo! O frio na barriga faz parte! Busque quebrar limites! Cerque-se de pessoas que o impulsionem! Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 21 Nome: Minhas principais qualidades que vão me ajudar a realizar meu projeto de vida são... Meus principais desafios que preciso superar para realizar meu projeto de vida são... Meus objetivos como estudante são... O que preciso fazer para conquistar esses objetivos? (Escreva aqui os passos que precisa fazer para alcançá-los). Meus objetivos profissionais são... O que preciso fazer para conquistar esses objetivos? (Escreva aqui os passos que precisa fazer para alcançá-los). Meus objetivos como pessoa são... O que preciso fazer para conquistar esses objetivos? (Escreva aqui os passos que precisa fazer para alcançá-los). Quem são as pessoas que conheço que podem me ajudar a concretizar meu projeto de vida? Quando terminarem de preencher a tabela, compartilhem suas respostas com os colegas do trio. Cada um ajudará o colega a pensar se tem algo que pode ser feito para aperfeiçoar o planejamento de seus projetos de vida. Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 22 O que preciso fazer para conquistar esses objetivos? (Escreva aqui os passos que precisa fazer para alcançá-los). Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 23 Jogo do espelho Antes de compartilhar seus projetos de vida com o(a) professor(a), que tal avaliarem uns aos outros? O “Jogo do espelho” ajudará vocês a encontrarem mais respostas acerca de si mesmos! Para começar, escolham um líder para conduzir o jogo, de modo que todos participem. Leia cada questão abaixo e abra espaço para que cada um possa ser o “colega espelho” e dizer o que pensa. Então, cada jovem preenche em sua tabela a avaliação que recebeu! Bom jogo! Qual é a maior qualidade que eu vejo em meus colegas? (Cada um diz qual é a maior qualidade que vê em cada colega do trio e por quê). No que acho que meus colegas podem melhorar? (Cada um diz qual é o maior desafio que vê em cada colega do trio e por quê). Eu acredito que meus colegas realizarão seus projetos de vida porque... (Cada um diz por que confia na realização de cada colega). Do início do ano até agora, eu acho que meus colegas cresceram com relação a... (Cada um diz o que notou de crescimento em cada colega). Meu nome: Qual é a maior qualidade que meus colegas veem em mim? No que meus colegas acham que eu posso melhorar? Meus colegas acreditam que eu realizarei meus projetos de vida porque... Do início do ano até agora, meus colegas acham que eu cresci com relação a... Colega “espelho”: Colega “espelho”: Colega “espelho”: Colega “espelho”: Desafio! Daqui para frente, tenham em mente o projeto de vida que estruturaram. Façam cópia dele em seus Álbuns de Cartografia Pessoal e pesquisem na internet mais sobre cada objetivo que possuem. Dessa forma, vocês aprimorarão os degraus necessários para alcançá-los! Resiliência Você é uma pessoa resiliente? Sabe aqueles momentos da vida em que é necessário não se deixar abater frente aos obstáculos e assumir uma postura de força e luta? É isso! Como diz aquele samba: “Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”. Procure aprender com as adversidades! Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 24 Projeto de Vida Ficha 8 – Meu projeto de vida e minha família Minha família: o que ela me ensina? Família é bom, família é tudo, família atrapalha, família não ajuda em nada... Se vocês perguntarem para vários jovens, ouvirão as mais diferentes respostas sobre a importância da família na vida. E para vocês? Qual é a importância da família e o que elas ensinam para vocês? Que tal pensarem nos valores de suas famílias (ou aqueles que vocês consideram suas famílias, mesmo que não sejam “sangue do seu sangue”) e fazer um raio-x do que consideram de mais valioso que elas ensinaram para vocês? Escolham um líder para conduzir a atividade e cuidar do tempo. O papel do líder é garantir que a conversa no trio aconteça de modo que todos participem e registrar as respostas de cada um no quadro abaixo. Lembrem-se: todas as opiniões são válidas, afinal, é a experiência de vocês que está sendo relatada! Minha família! Nome: Nome: Nome: Nome: Quem são as pessoas de minha família que mais me apoiam: Quais são os valores que aprendi com minha família: O que aprendi com minha família que quero ensinar à minha futura família: Após a discussão e o preenchimento do quadro, vocês participarão de uma roda de conversa com o(a) professor(a) e os demais trios da sala. Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 25 Como vou apresentar meu projeto de vida para minha família? Vocês já começaram a planejar seus projetos de vida, certo? Mas, o que será que suas famílias pensam a respeito deles? Vocês já tiveram a oportunidade de conversar com elas a respeito? Como vocês já discutiram, ao longo da vida, muitas pessoas os(as) apoiarão na realização de seus projetos. Porém, é muito mais legal quando sabemos que podemos contar com quem amamos, seja a família na qual nascemos ou aquela que escolhemos. Por isso, o desafio agora é: cada um se reúne com sua família (ou com a pessoa que considera mais importante em sua vida) para conversar sobre o futuro, o seu futuro! Para começar, escolham um dia tranquilo, um momento no final de semana, por exemplo. Conte que vocês querem bater um papo para falar sobre algumas coisas que estão planejando para o futuro e que gostariam de compartilhar. Sentem-se com seus familiares (ou pessoa mais importante) e, para começar, convide-osa fazerem uma rodada do “Jogo do espelho em família”. Parte A: Jogo do espelho em família! Vocês já realizaram o “Jogo do espelho” entre vocês e puderam descobrir como seus colegas o(a) veem. Que tal fazer agora o jogo com seus familiares? Escolham quem são as pessoas que querem ouvir (podem ser quantas quiserem), façam as perguntas abaixo e preencham a tabela. Ah! Vocês também darão suas respostas para as pessoas que escolherem conversar, combinado? Afinal, o jogo é um espelho! Qual é a maior qualidade que você vê em mim? (Seu familiar diz qual é a maior qualidade que vê em você e vice-versa). Qual é o maior valor que você procura transmitir para mim? (Seu familiar diz qual é o maior valor que busca transmitir e vice-versa). Você acredita que eu conseguirei realizar meus projetos de vida porque... (Cada familiar diz por que confia na sua realização). Eu sou importante para você porque... (Cada familiar diz por que você é importante na vida dele e vice-versa). Meu nome: Qual é a maior qualidade que meu familiar vê em mim? Qual é o maior valor que meu familiar procura transmitir para mim? Meu familiar acredita que eu realizarei meus projetos de vida porque... Meu familiar diz que eu sou importante para ele porque... Familiar “espelho”: Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 26 Familiar “espelho”: Familiar “espelho”: Familiar “espelho”: Parte B: Meu projeto de vida! Depois de realizado o jogo (tomara que tenha sido muito legal!), apresente aos seus familiares (ou pessoa mais importante) o projeto de vida que começou a desenvolver. Conte um pouco sobre o que você está aprendendo nas aulas de Projeto de Vida desde o começo do ano, sobre o seu(sua) professor(a), sobre seus colegas, como trabalham juntos e tudo o mais que julgar importante de compartilhar. Conte o que você acha que já mudou, cresceu e aprendeu! Então, fale que o objetivo dessas aulas é fortalecer você como estudante, como pessoa e como futuro profissional. É maneiro se você contar também que está aprendendo uma série de competências que farão a diferença no mundo do trabalho, como a colaboração, a comunicação, a resolução de problemas, a fazer projetos, a liderança... Essas competências são importantes para qualquer profissão! Fale de seus planos de futuro, mostre o que você planejou durante a atividade “O meu projeto de vida!” e converse a respeito. Diga o quanto você precisa do apoio de seus familiares para perseguir esses objetivos! Fale também que, ao longo dos próximos anos do Ensino Médio, você aprenderá como fazer um projeto e sobre o mundo do trabalho do século 21. E que estará sempre desenvolvendo competências e aperfeiçoando o seu projeto de vida! Lembre-se! Se você não conseguir o voto de confiança de seus familiares logo de cara, não desista! Diga que você está amadurecendo seus ideais e que respeita as opiniões deles, procurando ouvir o que eles têm a dizer, pois você ainda tem um caminho de aprimoramento pela frente e sua família pode ajudá-lo em suas conquistas ! Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 27 Projeto de Vida Ficha 9 – Competências que fazem a diferença! Conhecimentos e competências! O que os jovens da atualidade precisam saber? Quem tentar responder essa pergunta vai fazer uma lista gigante de conhecimentos importantes, não é? É que para conhecer, compreender e agir no mundo, é mesmo necessário um conjunto de conhecimentos. A parte boa da história é que vocês estão tendo a oportunidade de acessar, analisar, selecionar e processar muuuuuitos conhecimentos, a cada dia, na escola. Mas ter conhecimentos é suficiente para que jovens como vocês alcancem seus sonhos? Basta saber muito bem Matemática, Língua Portuguesa, História, Biologia e tudo o que estão aprendendo nas demais disciplinas da escola para, por exemplo, conquistarem boas oportunidades de trabalho, construírem relações respeitosas na família e com os amigos, lidarem com os desafios e obstáculos do cotidiano e tornarem-se alguém que aprende ao longo da vida? O que é necessário, então? É importante unir os conhecimentos que vocês aprendem na escola e fora dela com um conjunto de competências que fazem toda a diferença! Competências que fazem a diferença! Saber fazer escolhas e tomar decisões importantes para a própria vida e para o coletivo. Trabalhar de maneira colaborativa, respeitando diferenças e compartilhando decisões. Ser curioso diante das coisas, explorando, aprendendo e reaprendendo sobre si, o outro e o mundo. Enfrentar os problemas com coragem, utilizando os conhecimentos que tem e adotando estratégias capazes de solucionar esses problemas. Compreender as mensagens que existem no mundo e conseguir comunicar suas ideias, conhecimentos, pontos de vista. Liderar colegas na direção de seus objetivos e metas e ser liderado por eles. E muitas outras... Vocês devem estar se perguntando: “Por que é preciso tudo isso?”. É que o mundo se complexificou nas últimas décadas. Os interesses e expectativas das sociedades mudaram. As relações entre as pessoas e delas com o trabalho sofreram diversas alterações. Os avanços tecnológicos interferem cada vez mais nas formas de ser, pensar e agir das pessoas. Novas possibilidades surgiram, mas, com elas, a necessidade de pessoas e profissionais mais bem preparados. Por isso, fiquem ligados! Vocês estão vivendo diversas oportunidades, na escola, que contribuem para que aprendam os conhecimentos e desenvolvam essas competências que fazem a diferença! E a proposta desta atividade é descobrir quais competências vocês estão desenvolvendo, no componente curricular Projeto de Vida. Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 28 Hora de reconhecer as competências! Dividam-se em trios. Em seguida, escolham um líder para conduzir a discussão e conversem sobre o que vocês já leram (em revistas, jornais e na internet) ou ouviram (na conversa com a família, professores, amigos) sobre “competências”. O próximo passo é conhecer mais a fundo algumas das competências importantes para que vocês cresçam e ampliem as possibilidades de realização pessoal e profissional. Para isso, propomos um jogo! Abaixo estão algumas “cartas” com nomes de competências. Ao lado delas, algumas “definições”. O desafio é relacionar as cartas com as definições corretas. Recortem as definições e colem no verso das cartinhas que julgarem correspondentes. Nesse processo, conversem entre si e busquem a ajuda do(a) professor(a) para tirar dúvidas. 1 2 Líder: cuide da gestão do trabalho! Capacidade de usar o conhecimento de si, a estabilidade emocional e a habilidade de interagir nas tomadas de decisão, especialmente em situações de estresse, críticas ou provocações. Disposição para novas experiências estéticas, culturais e intelectuais; atitude curiosa, inventiva e questionadora em relação à vida. Capacidade de identificar problemas, desenvolver e lançar mão de conhecimentos e estratégias diversas para resolvê-los, bem como de aprender com o processo, aplicando as soluções em outros contextos. Capacidade de fazer novas conexões a partir de conhecimentos prévios; de buscar soluções novas, gerenciando variáveis aparentemente desconexas; de dar saltos conceituais. Capacidade de compreender e fazer-se compreender em situações diversas, respeitando os valores e atitudes dos envolvidos nas interações. Capacidade de utilizar criticamente as habilidades de leitura e de produção textual. Capacidade de atuar emsinergia e responsabilidade compartilhada, respeitando diferenças e decisões comuns, adaptando-se a situações sociais variadas. Capacidade de analisar ideias e fatos em profundidade, investigando os elementos que os constituem e as conexões entre eles, utilizando conhecimentos prévios e formulando sínteses. Capacidade de agir de forma organizada, perseverante e eficiente na busca de objetivos, mesmo em situações adversas. AUTOCONHE- CIMENTO COLABORAÇÃO COMUNICAÇÃO ABERTURA PARA O NOVO RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS PENSAMENTO CRÍTICO RESPONSABILIDADE CRIATIVIDADE Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 29 Agora, cada um escolhe duas atividades de que participou nas aulas de Projeto de Vida que fizeram a diferença para o seu desenvolvimento. É uma escolha individual. O líder anota nos espaços abaixo o nome de cada jovem e uma breve descrição das atividades escolhidas: Atividades de Projeto de Vida que mais me marcaram este ano Nome: Atividade 1: Atividade 2: Nome: Atividade 1: Atividade 2: Nome: Atividade 1: Atividade 2: Nome: Atividade 1: Atividade 2: Agora, coloquem as “cartas das competências” sobre a mesa e pensem sobre as seguintes questões: Você considera que as atividades que escolheu e registrou no quadro acima possibilitaram que você desenvolvesse alguma(s) competência(s)? Se a sua resposta à pergunta anterior tiver sido “sim”, qual ou quais competências você considera ter desenvolvido nessas atividades? Marque com um “X”, no quadro a seguir, as que considere ter desenvolvido: Competência Nome: Nome: Nome: Nome: Autoconhecimento Colaboração Abertura para o novo Responsabilidade Comunicação Pensamento Crítico Resolução de problemas Criatividade Agora, pensando em tudo o que você viveu na escola (incluindo as disciplinas regulares e do ProEMI, eventos, reuniões com famílias etc.), qual foi a 3 4 Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 30 competência que você considera ter desenvolvido com maior ênfase ao longo do ano? Registre no espaço abaixo: Hora de compartilhar competências! Chegou a hora de contar aos demais colegas da turma o que vocês concluíram sobre o desenvolvimento de competências. Organizem as cadeiras da sala em um semicírculo, viradas para uma parede que tenha espaço para que vocês possam construir um quadro. Cada um de vocês receberá do(a) professor(a) algumas filipetas. O número de filipetas a serem recebidas variará de acordo com o número de competências que cada um avalia ter desenvolvido. ATENÇÂO O objetivo não é verificar quem desenvolveu mais competências, pois isso não é um jogo! O objetivo é que vocês possam ser sinceros nessa avaliação, de modo que consigam enxergar seus avanços e o que podem fazer para se aprimorarem nos próximos anos! Por isso, não “fiquem bolados” se algum colega marcou mais competências que vocês. O desenvolvimento de competências acontece no dia a dia, a partir de pequenas atitudes e ações, e cada jovem tem o seu tempo para desenvolvê-las! Ajude o(a) professor(a) a construir um grande painel das competências desenvolvidas na parede da sala de aula! Meu nome Escreva o seu nome nas filipetas, bem grande, ocupando todo o espaço. Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 31 Projeto de Vida Ficha 10 – Lá em casa... LÁ EM CASA... Você sabe o que faz um “agrimensor”? E um “concierge”? Enólogo, geólogo, sonoplasta, promotor, você tem alguma ideia sobre o que fazem esses profissionais? Vamos ver, então: médico, farmacêutico, operador de telemarketing, advogado, professor, técnico em enfermagem, marceneiro, motorista de táxi, vendedor, corretor de imóveis, jornalista, pintor... agora ficou moleza, né? Pois é! Existem centenas de profissões. E, ao longo da história, algumas delas deixam de existir. O “caneteiro”, por exemplo, não existe mais (pelo menos não é nada fácil encontrar um!). O que ele fazia? Consertava canetas-tinteiro, que eram muito comuns antigamente. Por outro lado, novas profissões vão surgindo: o web designer é um bom exemplo de profissão surgida recentemente; passou a existir depois que a Internet foi inventada. Afinal, esse cara trabalha criando layouts e desenvolvendo interfaces para a web, dentre várias outras atividades. Mas como as pessoas escolhem uma profissão? Essa escolha pode acontecer de várias maneiras. Vamos dar três exemplos: para muitas pessoas, essa escolha acontece em um momento de aperto financeiro: pega logo a primeira oportunidade de trabalho e, aos poucos, vai pensando sobre os rumos profissionais que deseja seguir; para outros, chega um momento na vida em que se deparam com uma pergunta importante: que profissão vou exercer? Tentando responder a essa pergunta, escolhem uma profissão e buscam formação para exercê-la, ao mesmo tempo em que correm atrás de oportunidades de inserção no mercado de trabalho; há também pessoas que são levadas pelo destino: começam ajudando a mãe ou o pai no trabalho e, quando percebem, seguiram as mesmas profissões deles. Você sabe dizer o que fazem os membros da sua família em termos profissionais? Como escolheram essas profissões? Quantos anos eles tinham quando iniciaram nessa profissão? Sempre trabalharam nisso ou mudaram ao longo do tempo? O que eles pensam sobre o que fazem? Eles se sentem realizados com a profissão? Por quê? Se pudessem, mudariam de profissão? Por quê? Ufa, quanta pergunta! Mas é perguntando que vamos compreendendo melhor as coisas... Nessa vibe de perguntar e responder, segure esta ideia: Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 32 1. Organize uma conversa em família sobre o tema “as profissões do pessoal aqui de casa”. Você decide se vai envolver todo mundo, ou se prefere fazer com uma parte da família; 2. Assuma o papel de mediador da conversa. Faça perguntas, ajude cada um a expressar os pensamentos e sentimentos, anote tudo o que achar importante. Ao final, fale sobre seus pensamentos e sentimentos em relação à conversa. Algumas dicas: faça uma lista de perguntas para cada um. Aquelas perguntas acima podem servir de inspiração. Mas, claro, pense em outras perguntas que julgar importantes; pondere sobre o melhor dia, horário e local para essa conversa. Pode ser, por exemplo, durante uma refeição, um passeio ou outro momento em que as pessoas puderem. Combine com todo mundo com antecedência e diga o quanto cada um é importante para que a atividade seja legal para toda a família. 3. No próximo encontro de Projeto de Vida, na escola, conte para seus colegas e o orientador como foi essa experiência. Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 33 Projeto de Vida Ficha 11 A CIDADANIA EM TEXTOS E IMAGENS CIDADANIA? Cidadania é uma dessas palavras que, de tanto serem repetidas sem reflexão, viram “lugar-comum”. Todo mundo fala nela, mas pouca gente para pra pensar sobre ela e – o mais importante – para tentar exercê-la de verdade. Nosso convite a vocês, alunos, é o seguinte: vamos mudar isso aqui na escola! Um jeito bacana de começarmos a pensar sobre esse tema é olhando para a etimologia (ou origem) da palavra. Confira lá na Wikipedia: cidadania vem do latim civitas, que significa cidade, tal como cidadão (ciudadano ou vecino no espanhol,citoyen em francês). A palavra-raiz é cidade, e isso diz muito sobre o sentido desse verbete. O cidadão, ou habitante da cidade, é um sujeito que tem direitos e, em contrapartida, tem de cumprir seus deveres3. Quais são os direitos do cidadão? Esse é um tema supercomplexo, mas vamos resumi-lo em uma frase: são os direitos necessários para viver com saúde, dignidade e em convivência harmônica e justa com o outro. E quanto aos deveres? Podemos chamar a atenção para dois deveres básicos. O primeiro é respeitar o direito do outro, da mesma forma que desejamos ter nossos direitos respeitados. O segundo é comungar com toda a humanidade o enfrentamento de um enorme desafio: fazer do mundo um lugar melhor, buscar relações mais justas e solidárias entre os seres humanos em todas as situações da vida. Por tudo isso, o cidadão é o sujeito da ação, em contraposição ao sujeito de contemplação, omisso e absorvido por si e para si mesmo. Ou seja: não basta estar na cidade, é preciso agir na cidade. A cidadania é, enfim, a qualidade de cidadão, do indivíduo que participa da vida da cidade, buscando melhorá-la. Por isso, a rigor, não combina com individualismo nem com omissões individuais ante os problemas coletivos. A cidade, os problemas da cidade e a busca pela qualidade de vida de seus habitantes dizem respeito a todos os cidadãos4. É por isso que Dalmo Dallari, conhecido estudioso desse tema, afirma que “os direitos não caem do céu, como se fossem presente dos deuses, a construção da cidadania exige esforços de todos que dela prescindem, pois são muitos os obstáculos a serem superados. Daí decorre a necessidade de conscientização, de organização e participação dos indivíduos”5. Entendeu a palavra? Então, está na hora de aplicá-la no seu cotidiano: na família, na escola, na rua, com os amigos... 3 A reflexão proposta neste parágrafo foi extraída da Wikipedia – http://bit.ly/cidadaniawiki. Acesso em 9 de agosto de 2014. 4 Idem. 5 DALLARI, Dalmo de Abreu. O que é participação política: São Paulo: Brasiliense. 2004, p. 36. http://bit.ly/cidadaniawiki Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 34 CARTAZES6 Brígida Campbell e Marcelo Terça-Nada! (dupla de artistas denominada Poro) 6 Disponíveis em: http://bit.ly/cartazesporo. Acesso em 15 de agosto de 2014. http://bit.ly/cartazesporo Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 35 MANIFESTO PORO7 (trechos) Por uma cidade lúdica e coletiva; por uma arte pública, crítica e poética Brígida Campbell e Marcelo Terça-Nada! (dupla de artistas denominada Poro) Uma cidade para todos A cidade não é o lugar do consenso. É o lugar do encontro com a diferença, onde as várias opiniões, jeitos de ser e opções convivem e criam um ambiente fértil e criativo. Um ambiente de encontro com situações e modos de viver inusitados que divergem do nosso próprio modo de viver. É nesse contato com a diferença que podemos crescer, respeitar e experienciar processos que nos deslocam e que nos tornam também sujeitos dos acontecimentos. Cidadãos ou consumidores? Vivemos em um momento em que podemos perceber a tentativa de mercantilizar todas as instâncias da vida. A mídia e a cultura capitalista formam consumidores no lugar de cidadãos. Incentiva-se o consumo de coisas supérfluas de tal forma que essas coisas passam a parecer imprescindíveis. Construiu-se a ideia de que só é possível ser feliz na medida em que você consome certos produtos. Esses desejos produzidos pela publicidade são valores que não correspondem aos reais desejos das pessoas. Contra os shoppings O shopping hoje é como um templo do consumo, com atmosfera controlada, onde aparentemente não existe pobreza ou tristeza. As vitrines das lojas se tornam lugares de adoração. Pais que levam seus filhos aos shoppings em vez de levá-los aos parques estão produzindo futuros consumistas, pois desde cedo as crianças já desenvolvem a ideia de que comprar é uma diversão. Contra a cultura do consumo e as praças de alimentação. Os shoppings fortalecem a cultura do medo, afastam as pessoas da esfera pública. Esvaziam as ruas e reduzem os momentos de sociabilidade a momentos de consumismo. Ar condicionado, ambientes condicionados, pessoas condicionadas? A experiência do tempo desconectada do ambiente natural. Agora é de dia ou de noite? Você está em Belo Horizonte, São Paulo, Miami ou Bombaim? Por uma educação do olhar Educar o olhar e os sentidos, para aprender a ler imagens e vivenciar os espaços criticamente. Ver e pensar sobre o que acontece ao nosso redor. Atravessar as aparências. Precisamos aprender a ver, imaginar. Ocupar de modo poético e inventivo o imaginário urbano. Construir outras possibilidades por meio da imaginação. Criar novas maneiras de pensar as cidades e agir em seus espaços. Trazer o campo simbólico e imaginário para o real. Precisamos criar lugares para o sonho. 7 Disponível em: http://bit.ly/manifestoporo. Acesso em 15 ago 2014. http://bit.ly/manifestoporo Caderno do Estudante Projeto de Vida – 1ºano/2º semestre 36 Por uma cidade-festa Feiras de rua, jardins comunitários, hortas urbanas, ruas arborizadas, piqueniques, conversas na calçada, intervenções poéticas, ruas para dançar. Sem atropelos, pessoas e bicicletas circulando pelos bairros. Por uma relação próxima entre as pessoas e a cidade. Pela redescoberta das praças, parques e praias. Pelo uso do espaço público como lugar de troca, festa, manifestação e encontro. Todos devem participar da construção da cidade. Por uma cidade lúdica e coletiva! Cátedra UNESCO de Educação e Desenvolvimento Humano Instituto Ayrton Senna, Brasil Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
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