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Resumo Belo e feio

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____________ O Belo e o Feio ____________
			 Prof Maira
O que é feio
O feio sempre existiu em cada cultura, ao lado da idéia do belo.
Feio é definido em relação ao belo.
Os conceitos de “belo” e “feio” são relativos a períodos históricos ou cultura, em cada tempo, um valor diferente.
É mais fácil contar a história da beleza olhando para a arte. Na Antiguidade, o simétrico: o infinito e o caos causavam terror. Então para ser bonito, tinha que ser certinho e bem proporcionado.
Na Idade Média, Deus era visto com luz. A presença de luz e cor era associada à beleza. O belo renascentista ganhou a mesma dignidade atribuída ao bem e à sabedoria.
Vem a ruptura. É na Idade Moderna que a beleza ganha contornos mais perturbadores. Soturna, sim, e ao mesmo tempo alegre. Alegre e perigosa. Chegava a hora da desforra contra aquela harmonia clássica. Era um passo para o feio.
Mas o que é o feio? O contrário do belo? Aquilo que nos causa repulsa ou desprazer? Não é tão simples assim. Assim como a beleza, a idéia do feio encantou o famoso historiador e romancista italiano Umberto Eco.
“Existe uma relação entre feiúra e erotismo. Uma relação misteriosa, mas existe. A gente costuma achar que o desejo sexual é sempre o desejo da beleza, mas nem sempre. Às vezes, a feiúra contribui ou ela fortalece o nosso desejo
O feio é repelente, repugnante, odioso e espantoso, mas não há quem resista a dar uma olhadinha
Muitas vezes, as atribuições de beleza ou de feiura eram devidas não a critérios estéticos, mas a critérios políticos ou sociais.
O feio sempre existiu em cada cultura, ao lado da idéia do belo.
Antigamente, a feiúra funcionava como uma espécie de aviso. Era sempre a evocação de uma coisa má, que as pessoas deveriam evitar. Hoje, ela não funciona mais assim. O feio provoca uma sensação de repulsa e de desprazer que nos mobiliza. A beleza ela só provoca tédio
Ódio, amor, claro, escuro, beleza, feiúra – no livro, Umberto Eco diz que um não existiria sem o outro.
“Lembrando ‘A bela e a fera’, a mesma figura da fera como uma criatura bizarra e malévola se transforma em uma figura atraente no final, pela sua transformação interna”
Se a harmonia está no equilíbrio de contrastes, o belo que nos desculpe, mas o feio é fundamental.
Charles Feitosa: Existe uma relação entre o modo em que a feiúra e beleza foi trabalhada na arte e o modo como as pessoas no dia-a-dia lidam com esses valores. Da mesma maneira que existiu certa preocupação na arte de expor o belo e esconder o feio, existe também na vida cotidiana, certo preconceito com relação às pessoas que não se adequam ao padrão vigente atual do que é considerado belo. 
Posso dizer que, na tradição, a beleza sempre foi associada com poder, saúde, juventude, e a feiúra sempre estiveram associadas com algo que é ruim, perigoso e às vezes até mau.
O que é belo?
“O conceito do belo depende de fatores sociais, culturais, ideológicos, políticos, históricos e principalmente temporais. Logo, não é um dado absoluto”
Modelo clássico (Antiguidade: O belo é aquilo que se expressa sob formas harmônicas e proporcionais. O feio, por sua vez, é aquilo que não é o belo. E aquilo que não é o belo torna-se o intolerável, pois não possui nenhum valor que seja intrinsecamente seu.
Feio na natureza, feio espiritual, feio na arte, a ausência de forma, a assimetria, a desarmonia, o desfiguramento e a deformação (o mesquinho, o débil, o vil, o banal, o casual e o arbitrário, o tosco), as várias formas de repugnante (o desajeitado, o morto e o vazio, o horrendo, o insosso, o nauseabundo, o criminoso, o espectral, o demoníaco, o feiticeresco, o satânico). O feio continua sendo simples oposto do belo?
Belo - harmonia, proporção ou integridade
Ex: Homem Vitruviano (1/10 do comprimento total, a cabeça 1/8, o comprimento do tórax, 1,4, e assim por diante.)
 
• Aristóteles (Poética: a feiúra pode ser redimida por uma representação artística fiel e eficaz.
Homero-Ilíada ‘’Tersites: “Era o homem mais feio que veio para Tróia tinha as pernas tortas e era coxo; os ombros eram curvados, dobrando-se sobre o peito. A cabeça era pontiaguda, quase careca.”
 
Cristianismo
O universo todo é belo, pois foi construído segundo a imagem e semelhança de seu criador-arquiteto. Beleza = Bondade
Ao mesmo tempo, há um mundo dominado pelo mal e povoado por criaturas assustadoras e híbridas, que violam as leis da natureza, como as Sereias, da Odisseia, o Cérbero e as Harpias, da Ilíada.
Santo Agostinho: preocupou-se com a existência e em justificar o feio e o mal em um mundo criado por Deus. Esse “erro” erro faz parte da ordem geral. 
 
Na Idade Média, a literatura apocalíptica veiculou a feiúra através da agonia dos mortos, do dia do Juízo Final e do inferno. No Apocalipse de João, último livro da Bíblia, nenhum detalhe é poupado quando o assunto é o diabo, o inferno e as penas insuportáveis destinadas aos pecadores. 
No inferno reina Lúcifer, que já estava presente no mundo como o anjo caído dos céus, renegado por Deus. Sobretudo nessa época, foram divulgadas as várias feições atemorizantes que o mal pode assumir para provar os homens de fé e, sendo assim, o diabo ficou também conhecido por sua indiscutível feiúra. 
Movimentos de Vanguarda: vitória do feio!
É o momento da negação total. Nega-se o lógico, defende-se o absurdo; combate-se a ordem e luta-se pelo caos; rejeita-se a pureza da harmonia, celebra-se a sujeira da desordem. Assim, as vanguardas não tinham a intenção da realização da harmonia e, portanto, do belo. Ao contrário, seus idealizadores ansiavam a ruptura da ordem estabelecida, a desmistificação da arte e sua aproximação com o seu receptor. 
A Vanguarda usada na arte para designar os movimentos artísticos que romperam com os modelos clássicos que eram empregados nas escolas conservadoras
O tempo passa e o feio das deformidades, das sombras, da falta de harmonia vai sendo visto como o curioso, o exótico e o diferente dos dias de hoje.
A criatura disforme é símbolo da tendência que tem o homem de representar aquilo que deve temer e combater, o desconhecido e perigoso inimigo, que, independentemente da forma que possui, é a encarnação do diabo.
Revolução Industrial
A impressão dos jornais em larga escala e, principalmente, a publicação diária dos capítulos das novelas populares, massificou a produção cultural e artística. Diante disso, muitos artistas sentem que seus ideais estão ameaçados e isolam-se em suas torres de marfim, onde a arte somente tem valor pela arte. Para estes pensadores e artistas, a Beleza é o grande valor que deve ser expresso pela arte e seu objetivo maior deve ser a manifestação da essência dos seres, que só é alcançada através da linguagem poética.
Charles Baudelaire: tudo o que existe na natureza permite uma revelação simbólica. Assim sendo, a simbologia deve ser procurada, também, nas coisas feias, como se vê no poema Spleen e ideal (1857), em que Baudelaire contempla o modelo repulsivo que é uma carniça.
Representação da mulher
A misoginia ganha largo espaço e o desprezo pela fealdade feminina, reflete a idéia de que em sua desgostosa aparência habita uma malícia nefasta e sedutora. A velhice é uma forma que serve para evidenciar as horripilantes formas que uma mulher pode assumir. Em oposição ao culto à beleza da juventude, a mulher envelhecida e enrugada além de simbolizar a decadência moral, expressa a maldade que carrega em seu interior deprimente. No Renascimento, o feio feminino passa a ser objeto de divertimento.
 
A miséria, a violência, o morador da lata de lixo, o lixo, a guerra, a fome são apenas alguns exemplos da feiúra que nos cerca cotidianamente.
 
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