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Resumo - Exame Clínico Periodontal

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Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
 
OBJETIVOS 
• Estabelecer diagnóstico 
• Prever a extensão 
• Prever prognóstico 
PLANO DE TRATAMENTO 
PERIODONTAL 
EXAME E AVALIAÇÃO 
Objetivos: 
• Estabelecer diagnóstico: reconhecer 
alterações periodontais a partir de infor-
mações contidas na anamnese, exame fí-
sico e radiográfico. 
• Estabelecer prognóstico: previsão 
de evolução da doença. O prognóstico é 
multitemporal, pois pode sofrer modifi-
cações em algumas fases da doença. É 
baseado no diagnóstico. 
Anamnese 
• Queixa principal do paciente; 
• Histórico médico (parte sistêmica); 
• Histórico dental; 
• Condições sistêmicas: 
1. Que alteram os procedimentos 
clínicos: problemas cardíacos, en-
dócrinos, hematológicos, alergias, 
doenças contagiosas, etc... 
 
 
 
2. Fatores de risco: 
a) Fumo, diabetes e medicamentos (mais 
prevalentes na clínica); 
b) Genética; 
c) Estresse; 
d) Osteoporose, deficiências imunológicas 
e obesidade (esses fatores têm sido estu-
dados); 
 
 
 
 
No caso de fumantes, pode-se orientar o paciente 
a abandonar esse vício, já que pode agravar diver-
sos problemas bucais e sistêmicos. Porém, sabe-
se que é necessária uma equipe multidisciplinar 
para acompanha-lo, além da sua própria vontade 
e motivação. 
Exame extrabucal 
• ATM: saber se apresenta alguma sinto-
matologia dolorosa; 
• Palpação ganglionar: algumas infec-
ções de origem dentária podem levar a 
aumento de volume linfonoidal; 
• Doenças dermatológicas: algumas 
doenças de pele estão relacionadas a 
estresse, e auxiliam a traçar o perfil psi-
cológico do paciente; 
• Presença de assimetrias; 
• Doenças recidivantes, como a her-
pes. 
Exame intrabucal 
• Dentes: deve-se observar: 
a) Restaurações: quando apresentam ex-
cesso, podem interferir na saúde perio-
dontal; 
 
b) Prótese e tratamento ortodôntico: 
checar se estão bem posicionados. 
 
c) Diastemas: a doença periodontal pode 
causar diastemas devido à mobilidade 
dentária. 
d) Pontos de contato: acúmulo de restos 
de alimento e biofilme (impacção ali-
mentar). 
 
Exame clínico e avaliação do paciente 
Periodontia 
 
 
Essas condições não impedem o tratamento, 
porém o profissional deve estar muito ciente 
para lidar com essas situações. 
Por exemplo: a periodontite agressiva tem 
tendência a ser genética. 
Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
e) Mal posicionamento: pode interferir 
na higienização da cavidade oral. 
f) Cáries: nichos para retenção de 
biofilme. 
 
• Tecidos moles: deve-se analisar sem-
pre a boca como um todo, não impor-
tando a especialidade neste momento. 
Muitos tumores malignos se disseminam 
pois não foi feito um correto exame 
intrabucal: 
a) Língua 
b) Lábios 
c) Região de orofaringe 
d) Assoalho bucal 
e) Mucosa jugal (bochecha) 
f) Palatos 
No exame intrabucal, avalia-se também os fatores 
etiológicos, os quais podem ser: 
a) Determinantes 
b) Predisponentes: acúmulo de biofilme 
e cálculo... 
c) Modificadores: modificam a resposta 
do organismo (fumo, diabetes...). 
Exame clínico periodontal 
Reconhecer: 
• Periodonto clinicamente saudável; 
• Sinais clínicos de inflamação: alteração 
de cor, aumento de volume, presença de 
exsudato, sangramento à sondagem ou 
espontâneo; 
 
• Controle de biofilme; 
• Problemas mucogengivais; 
• Extensão dos danos às estruturas perio-
dontais, principalmente ao periodonto 
de sustentação (irreversível): Exame clí-
nico + Exame radiográfico. 
Os possíveis diagnósticos, genericamente, são: 
saúde periodontal, gengivite e periodontite. 
O exame clínico periodontal é realizado dente a 
dente, face a face. Os principais instrumentais 
utilizados são: sonda Nabers, Sonda Carolina do 
Norte, espelho e pinça clínica. 
Parâmetros clínicos: 
Índice de placa: com uma solução evidenciadora, 
verifica-se presença ou ausência de biofilme. 
 
Índice de sangramento à sondagem: sinal mais 
precoce que alterações visuais, e representa maior 
sinal de inflamação tecidual. Percorre-se com a 
sonda ao longo do sulco gengival. 
 
Cálculo de índice de placa ou sangramento: 
 
 
Presença de supuração: quadro inflamatório de 
crônico para agudo. É detectada por pressão 
digital ou durante a sondagem, e é um indicativo 
de perda de inserção. 
 
Profundidade de sondagem (PS): profundidade da 
bolsa. É a distância entre a margem gengival e a 
ponta da sonda durante a sondagem periodontal. 
 
Nº de dentes presentes x 4 (faces) – 100% 
Nº de superfícies afetadas – X% 
Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
Medidas de sondagem: 
É feito em 6 pontos: Vestibular, lingual, mesial 
(vestibular e lingual) e distal (vestibular e lingual). 
 
Posicionamento correto da sonda 
 
Erros inerentes à técnica 
• Espessura da sonda: pode provocar dor 
ao paciente também; 
• Pressão aplicada; 
• Grau de inflamação tecidual: quando o 
tecido está muito inflamado, é mais fácil 
sondar mais do que o necessário; 
• Angulação da sonda; 
• Tipo de sonda; 
• Fatores anatômicos; 
Hiperplasia gengival: a gengiva reveste parte da 
coroa dentária (Situação A). 
Recessão gengival (RG): gengiva localizada abaixo 
da junção cemento-esmalte - JCE (Situação C); 
Nível de Inserção Clínico (NIC): é a distância 
entre a JCE e a porção mais apical da bolsa, duran-
te a sondagem periodontal. 
A perda clínica de sondagem se dá pela somatória 
da PS e da RG. 
Periodonto saudável: até 3mm de NIC. 
Periograma: 
 
Mobilidade dentária: apresenta graus variáveis. 
1. Grau 1: mobilidade maior do que o nor-
mal. 
2. Grau 2: mobilidade horizontal de 1mm. 
3. Grau 3: mobilidade horizontal e/ou 
vertical maior que 1mm. 
 
O exame pode ser feito polpa digital ou com 
instrumentos, como o cabo de um espelho 
clínico, por exemplo. 
Envolvimento de furca: utiliza-se a sonda de 
Nabers, e penetra-a em sentido vestíbulo-lingual 
ou línguo-vestibular, e mensura a quantidade de 
perda óssea horizontal. 
 
Classificação de Hamp (1975): 
1. Grau I: perda horizontal menor que 
1/3 da largura do dente. 
2. Grau II: perda horizontal maior que 
1/3 da largura do dente, sem envolvi-
mento total. 
3. Grau III: destruição horizontal de “lado 
a lado”. 
 
 
 
Grau I Grau II 
Grau III 
Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
Problemas mucogengivais: 
• Identificação da junção mucogengival; 
• Largura da gengiva inserida; 
• Inserção de freios e bridas; 
• Retrações gengivais localizadas. 
Problemas oclusais: 
• Contatos prematuros, onde é uma ques-
tão mais crítica, principalmente em 
dentes acometidos de mobilidade por 
doença periodontal. 
 
 
 
Métodos auxiliares de diagnóstico 
• Avaliação microbiológica 
• Exame médico laboratorial 
Exame radiográfico em Periodontia 
Radiografias panorâmicas e periapicais. 
Nenhum diagnóstico pode ser considerado defi-
nitivo somente com análise radiográfica. 
É utilizado para: 
• Estimar severidade e padrão de perda 
óssea; 
• Determinar comprimento forma e posi-
ção das raízes; 
• Detectar lesões patológicas; 
• Observar efeitos de oclusão; 
• Parâmetro inicial para monitorar altera-
ções ósseas. 
Características radiográficas: 
• Radiografias de boa qualidade, onde é 
possível observar o nível ósseo e deter-
minar o tipo de perda óssea (vertical ou 
horizontal). 
Condição óssea: 
1. Perda óssea: 
• Tipo horizontal ou vertical. 
• Proporção coroa/raiz: 
2. Condição da crista óssea 
3. Lâmina dura: 
• Espaço do ligamento: largo (força oclu-
sal excessiva) ou estreito (atrofia ou hi-
pofunção); 
• Descontinuidade: lesão periapical. 
Anatomia radicular: 
• Número de raízes; 
• Posição das raízes: fusionadas ou diver-
gentes; 
• Posição das raízes em relação aos dentes 
vizinhos;• Forma: dilacerações, reabsorções... 
 
 
referências 
Lindhe, J.: Tratado de Periodontia Clínica e Im-
plantodontia Oral, 5ª edição, Parte 10, Capítulo 
31. 
Carranza: Periodontia Clínica, 11ª edição, Parte 
6, Seção I, Capítulos 30 ao 34. 
Obs.: somente o trauma de oclusão não é sufi-
ciente para causar problemas periodontais, mas 
pode agravar uma condição pré-existente. 
 
Todas essas características ajudam na 
determinação do plano de tratamento.

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