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REVISÃO DE FILOSOFIA - 3 SÉRIE -FILOSOFIA MODERNA

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REVISÃO DE FILOSOFIA MODERNA 
3 SÉRIE 
JOSINELMA MIRANDA 
René Descartes
(1596 – 1650)
Jefferson Baptista Macedo / 2013
“Penso, logo existo.”
Modernidade é o período que se esboçou no Renascimento e desenvolveu-se na Idade Moderna, atingindo seu auge na Ilustração, no século XVIII.
A modernidade caracteriza-se pela valorização da razão, responsável pelo crescente interesse pelo método.
A preocupação dos filósofos em não se enganar levou à revisão da metafísica tradicional. Duas respostas surgiram para essa nova questão: o racionalismo e o empirismo.
Racionalismo: valorização da razão no processo de aquisição do conhecimento (Descartes, Espinosa, Leibniz).
Empirismo: valorização da experiência sensível no processo de aquisição do conhecimento (Bacon, Locke, Berkeley, Hume).
Descartes (1596-1650) buscava encontrar um método seguro que o conduzisse à verdade indubitável.
A dúvida metódica não admite certezas que não estejam imunes à dúvida.
Descartes duvida do testemunho dos sentidos e do senso comum.
Ele interrompe a cadeia de dúvidas diante de uma primeira intuição: “Penso, logo existo” (Cogito, ergo sum). Essa intuição primeira leva à afirmação da existência de Deus e do mundo.
Retrato de Descartes, pintura de Frans Hals, 1649
Filósofo, físico e
matemático francês.
Principais ideias:
Geometria Analítica	- fusão da álgebra com a geometria.
Plano Cartesiano - Sistema de coordenadas que leva o seu nome.
Método Cartesiano ou Ceticismo Metodológico - só se deve considerar algo verdadeiro, caso sua existência possa ser comprovada com clareza e distinção.
O Momento Histórico
Rompimento
com a
tradição
Crise
Transição
Cogito, ergo sum
Ceticismo
...no que diz respeito às más doutrinas, julgava já conhecer suficientemente o que valiam, para não mais correr o risco de ser enganado, nem pelas promessas de um alquimista, nem pelas predições de um astrólogo... ou arrogâncias dos que manifestam saber mais do que realmente sabem.
(Discurso do Método, p.5)
Crítica à falta de critérios
Valoriza- ção da Raciona- lidade
Ênfase na Interiori- dade
A dúvida como princípio
...o melhor a fazer seria dispor-me, de uma vez para sempre, a retirar-lhes essa confiança, para substitui-las em seguida ou por outras melhores, ou então pelas mesmas, após havê-las ajustado ao nível da razão.
(Discurso do Método, p.8)
O método
Dúvida radical
x certeza absoluta
Razão e subjetividade
Rigor intelectual
Clareza e Distinção
Sujeito Científico
Pensar por si mesmo: Igualdade
Raciocínio Analítico
A dúvida é:
» Metódica (faz parte de um método que procura o conhecimento verdadeiro);
» Provisória (é temporária, isto é, pretende-se ultrapassá-la e chegar à verdade);
» Hiperbólica (exagerada propositadamente, para que nada lhe escape);
» Universal (aplica-se a todo o conhecimento em geral);
» Radical (incide sobre os fundamentos, as bases de todo o conhecimento);
» Uma suspensão do juízo (ao duvidar evitam-se os erros e os enganos);
» Catártica (purifica e liberta a mente de falsos conhecimentos);
» Um exercício voluntário e autónomo (não é imposta, é uma iniciativa pessoal);
»	Uma	prova	rigorosa	(nada	será	aceito	como	verdadeiro	sem	ser	posto	em dúvida);
» Um exame rigoroso (que afasta tudo que possa ser minimamente duvidoso).
1
2
3
4
Nunca aceitar
algo como verdadeiro que não se conheça claramente como tal.
Repartir cada
uma das
dificuldades a fim de analisar em tantas parcelas quanto possível.
Conduzir o pensamento iniciando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer.
Efetuar em toda parte relações metódicas e revisões completas a fim de se nada omitir.
E acreditei com firmeza em que, por este meio, conseguiria conduzir minha vida muito melhor do que se a construísse apenas sobre velhos alicerces.
(Discurso do Método, p.8)
O método
Posso confiar nos meus
 sentidos?
Argumento: não posso confiar nos sentidos quando investigo coisas que estão longe de mim.
Posso saber se estou acordado ou sonhando?
Argumento: todo conhecimento que vem dos sentidos pode ser apenas o conteúdo de um sonho.
Posso confiar nas verdades matemáticas?
Argumento: Alguém poderoso pode ter me enganado colocando em mim falsas noções matemáticas.
Jefferson Baptista Macedo / 2013
Ceticismo
...porém, logo em seguida, percebi que, ao mesmo tempo que eu queria pensar que tudo era falso, fazia-se necessário que eu, que pensava, fosse alguma coisa.
E, ao notar que esta verdade: eu penso, logo existo, era tão sólida e tão correta que as mais extravagantes suposições dos céticos não seriam capazes
de lhe causar abalo... (Discurso do Método, p.19)
Cogito,
ergo sum

...julguei que poderia considera-la, sem escrú.pulo algum, o
primeiro princípio da filosofia.
(Discurso do Método, p.19)
(UEL-2005)
“E quando considero que duvido, isto é, que sou uma coisa incompleta e dependente, a idéia de um ser completo e independente, ou seja, de Deus, apresenta-se a meu espírito com igual distinção e clareza; e do simples fato de que essa idéia se encontra em mim, ou que sou ou existo, eu que possuo esta idéia, concluo tão evidentemente a existência de Deus e que a minha depende inteiramente dele em todos os momentos da minha vida, que não penso que o espírito humano possa conhecer algo com maior evidência e certeza”. (DESCARTES, René. Meditações. Trad. de Jacó Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 297-298.)
Com base no texto, é correto afirmar:
O espírito possui uma idéia obscura e confusa de Deus, o que impede que esta idéia possa ser
conhecida com evidência.
A única certeza que o espírito humano é capaz de provar é a existência de si mesmo, enquanto um ser que pensa.
O conhecimento que o espírito humano possui de si mesmo é superior ao conhecimento de Deus.
A idéia da existência de Deus, como um ser completo e independente, é uma conseqüência dos limites do espírito humano.
A existência de Deus, como uma idéia clara e distinta, é impossível de ser provada.
(Enem 2016) Nunca nos tornaremos matemáticos, por exemplo, embora nossa memória possua todas as demonstrações feitas por outros, se nosso espírito não for capaz de resolver toda espécie de problemas; não nos tornaríamos filósofos, por ter lido todos os raciocínios de Platão e Aristóteles, sem poder formular um juízo sólido sobre o que nos é proposto. Assim, de fato, pareceríamos ter aprendido, não ciências, mas histórias. 
DESCARTES. R. Regras para a orientação do espírito. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
Em sua busca pelo saber verdadeiro, o autor considera o conhecimento, de modo crítico, como resultado da
a) investigação de natureza empírica. 
b) retomada da tradição intelectual. 
c) imposição de valores ortodoxos. 
d) autonomia do sujeito pensante. 
e) liberdade do agente moral. 
 
. (Unesp 2018) De um lado, dizem os materialistas, a mente é um processo material ou físico, um produto do funcionamento cerebral. De outro lado, de acordo com as visões não materialistas, a mente é algo diferente do cérebro, podendo existir além dele. Ambas as posições estão enraizadas em uma longa tradição filosófica, que remonta pelo menos à Grécia Antiga. Assim, enquanto Demócrito defendia a ideia de que tudo é composto de átomos e todo pensamento é causado por seus movimentos físicos, Platão insistia que o intelecto humano é imaterial e que a alma sobrevive à morte do corpo. 
(Alexander Moreira-Almeida e Saulo de F. Araujo. “O cérebro produz a mente?: um levantamento da opinião de psiquiatras”. www.archivespsy.com, 2015.)
A partir das informações e das relações presentes no texto, conclui-se que
a) a hipótese da independência da mente em relação ao cérebro teve origem no método científico. 
b) a dualidade entremente e cérebro foi conceituada por Descartes como separação entre pensamento e extensão. 
c) o pensamento de Santo Agostinho se baseou em hipóteses empiristas análogas às do materialismo.
d) os argumentos materialistas resgatam a metafísica platônica, favorecendo hipóteses de natureza espiritualista. 
e) o progresso da neurociência estabeleceu provas objetivas para resolver um debate originalmente filosófico. 
Em princípio, procurei encontrar
os princípios, ou causas primeiras, de tudo que existe, ou pode existir, no mundo, sem nada considerar, para tal efeito, senão Deus, que o criou, nem tirá-las de outra parte, salvo de certas sementes de verdades que existem
naturalmente em nossas almas.
(Discurso do Método, p.36)
Jefferson Baptista Macedo / 2013
Cogito,
ergo sum
...compreendi, então, que eu era uma substância cuja essência ou natureza consiste apenas no pensar... de maneira que eu, ou seja, a alma, é completamente distinta do corpo.
(Discurso do Método, p.20)
Alma/Mente
Res Cogitans
Corpo
Res Extensa
Deus
Res Infinitas
Factícias
Adventícias	 	
Inatas
Ideias
3
Substâncias
Fazem parte da natureza do indivíduo (ex.: infinito e perfeição)
Têm origem na imaginação (ex.: unicórnio)
Têm origem na experiência sensível.
É empírica.
(ex.: objetos, animais)
Argumento Gnoseológico (da perfeição) Argumento Ontológico (da própria Ideia) Argumento Cosmológico (da causalidade)
O mundo regido por leis mecânicas:
Figura, tamanho, posição Princípio da Inércia Movimento Retilíneo
Dualismo
“Tomemos [...] este pedaço de cera que acaba de ser tirado da colméia: ele não perdeu ainda a doçura do mel que continha, retém ainda algo do odor das flores de que foi recolhido; sua cor, sua figura, sua grandeza, são patentes; é duro, é frio, tocamo-lo e, se nele batermos, produzirá algum som. Enfim, todas as coisas que podem distintamente fazer conhecer um corpo encontram-se neste. Mas eis que, enquanto falo, é aproximado do fogo: o que nele restava de sabor exala-se, o odor se esvai, sua cor se modifica, sua figura se altera, sua grandeza aumenta, ele torna-se líquido, esquenta-se, mal o podemos tocar e, embora nele batamos, nenhum som produzirá. A mesma cera permanece após essa modificação? Cumpre confessar que permanece: e ninguém o pode negar. O que é, pois, que se conhecia deste pedaço de cera com tanta distinção? Certamente não pode ser nada de tudo o que notei nela por intermédio dos sentidos, visto que todas as coisas que se apresentavam ao paladar, ao olfato, ou à visão, ou ao tato, ou à audição, encontravam-se mudadas e, no entanto, a mesma cera permanece.” (DESCARTES, René. Meditações. Trad. De Jacó Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 272.)
Com base no texto, é correto afirmar que para Descartes:
Os sentidos nos garantem o conhecimento dos objetos, mesmo considerando as alterações em sua aparência.
A causa da alteração dos corpos se encontra nos sentidos, o que impossibilita o conhecimento dos mesmos.
A variação no modo como os corpos se apresentam aos sentidos revela que o conhecimento destes excede o conhecimento sensitivo.
A constante variação no modo como os corpos se apresentam aos sentidos comprova a inexistência dos mesmos.
A existência e o conseqüente conhecimento dos corpos têm como causa os sentidos.
(Unicamp 2014) A dúvida é uma atitude que contribui para o surgimento do pensamento filosófico moderno. Neste comportamento, a verdade é atingida através da supressão provisória de todo conhecimento, que passa a ser considerado como mera opinião. A dúvida metódica aguça o espírito crítico próprio da Filosofia. 
(Adaptado de Gerd A. Bornheim, Introdução ao filosofar. Porto Alegre: Editora Globo, 1970, p. 11.) 
A partir do texto, é correto afirmar que: 
a) A Filosofia estabelece que opinião, conhecimento e verdade são conceitos equivalentes. 
b) A dúvida é necessária para o pensamento filosófico, por ser espontânea e dispensar o rigor metodológico. 
c) O espírito crítico é uma característica da Filosofia e surge quando opiniões e verdades são coincidentes.
d) A dúvida, o questionamento rigoroso e o espírito crítico são fundamentos do pensamento filosófico moderno.
Empiristas
Retrato do filósofo inglês David Hume, do gravurista e pintor
W. Holl, século XVIII
PAUL D STEWART/SCIENCE PHOTO LIBRARY/LATINSTOCK
Para Hume (1711-1776) o conhecimento tem início com as
percepções individuais, que podem ser impressões ou ideias.
As impressões são as percepções originárias que se apresentam à consciência com maior vivacidade, tais como as sensações (ouvir, ver, sentir dor ou prazer etc.).
As ideias são cópias pálidas das impressões e, portanto, mais fracas.
Hume criticou a noção de causalidade, porque, para ele, as relações de causa e efeito resultam do hábito, criado pela associação de casos semelhantes.
 Hume admite seu ceticismo ao reconhecer os limites muito estreitos do entendimento humano.
 (Enem 2015) Todo o poder criativo da mente se reduz a nada mais do que a faculdade de compor, transpor, aumentar ou diminuir os materiais que nos fornecem os sentidos e a experiência. Quando pensamos em uma montanha de ouro, não fazemos mais do que juntar duas ideias consistentes, ouro e montanha, que já conhecíamos. Podemos conceber um cavalo virtuoso, porque somos capazes de conceber a virtude a partir de nossos próprios sentimentos, e podemos unir a isso a figura e a forma de um cavalo, animal que nos é familiar. 
HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1995.
Hume estabelece um vínculo entre pensamento e impressão ao considerar que
a) os conteúdos das ideias no intelecto têm origem na sensação. 
b) o espírito é capaz de classificar os dados da percepção sensível. 
c) as ideias fracas resultam de experiências sensoriais determinadas pelo acaso. 
d) os sentimentos ordenam como os pensamentos devem ser processados na memória. 
e) as ideias têm como fonte específica o sentimento cujos dados são colhidos na empiria. 
. (Unicamp 2015) A maneira pela qual adquirimos qualquer conhecimento constitui suficiente prova de que não é inato.
LOCKE, John. Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p.13.
O empirismo, corrente filosófica da qual Locke fazia parte,
a) afirma que o conhecimento não é inato, pois sua aquisição deriva da experiência. 
b) é uma forma de ceticismo, pois nega que os conhecimentos possam ser obtidos. 
c) aproxima-se do modelo científico cartesiano, ao negar a existência de ideias inatas. 
d) defende que as ideias estão presentes na razão desde o nascimento. 
 
...suplico a todos aqueles que tiverem quaisquer objeções a fazer-lhes que se dêem ao trabalho de enviá-las ao meu editor...
(Discurso do Método, p.41)
Jefferson Baptista Macedo / 2013
 (Ufsj 2012) “Algumas criaturas vivas, como as abelhas e as formigas, que vivem socialmente umas com as outras [...] tendem para o benefício comum”. 
Para Thomas Hobbes, essa tendência não ocorre entre os homens porque 
a) esses insetos, dentro da sua irracionalidade natural, dão lições de conduta aos seres humanos; seja na tarefa diária, seja na politização paradoxal do modelo comunista difundido por Joseph Stalin e Karl Marx. 
b) as abelhas e as formigas têm a peculiaridade de construir suas sociedades dentro de uma unidade dinâmica e circular, que poderia ser bem definida como um contrato social se elas fossem humanas. Os seres humanos não atingiram tal estágio ainda. 
c) estes estão constantemente envolvidos numa competição pela honra e pela dignidade e se julgam uns mais sábios que outros para exercer o poder público, reformam e inovam, o que muitas vezes leva o país à desordem e à guerra civil. 
d) o motivo maior que guia a vida de tais criaturas é a engrenagem da soberania da vontade de criar, da vontade de poder, retomada por Nietzsche e pelo existencialismo.(Ufu 2012) Para bem compreender o poder político e derivá-lo de sua origem, devemos considerar em que estado todos os homens se acham naturalmente, sendo este um estado de perfeita liberdade para ordenar-lhes as ações e regular-lhes as posses e as pessoas conforme acharem conveniente, dentro dos limites da lei de natureza, sem pedir permissão ou depender da vontade de qualquer outro homem. 
LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o Governo. São Paulo: Abril Cultural, 1978. 
A partir da leitura do texto acima e de acordo com o pensamento político do autor, assinale a alternativa correta. 
a) Segundo Locke, o estado de natureza se confunde com o estado de servidão. 
b) Para Locke, o direito dos homens a todas as coisas independe da conveniência de cada um. 
c) Segundo Locke, a origem do poder político depende do estado de natureza. 
d) Segundo Locke, a existência de permissão para agir é compatível com o estado de natureza. 
 (Pucpr 2015) Leia o fragmento a seguir, extraído do Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, de Rousseau:
“É do homem que devo falar, e a questão que examino me indica que vou falar a homens, pois não se propõem questões semelhantes quando se teme honrar a verdade. Defenderei, pois, com confiança a causa da humanidade perante os sábios que a isso me convidam e não ficarei descontente comigo mesmo se me tornar digno de meu assunto e de meus juízes”.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. São Paulo: Martins Fontes, 1999, p.159.
A partir da teoria contratualista de Rousseau, assinale a alternativa que representa aquilo que o filósofo de Genebra pretende defender na obra.
a) Que a desigualdade social é permitida pela lei natural e, portanto, o Estado não é responsável pelo conflito social. 
b) Que a desigualdade social é autorizada pela lei natural, ou seja, que a natureza não se encontra submetida à lei. 
c) Que no estado natural existe apenas o direito de propriedade. 
d) Que a desigualdade moral ou política é uma continuidade daquilo que já está presente no estado natural. 
34
O ILUMINISMO – corrente de pensamento que defendia que o homem iluminado pela razão atingiria a Felicidade e o Progresso.
Defendia os seguintes princípios:
Crença no valor da razão A ideia do progresso
O direito à felicidade
O espírito de tolerância A divisão dos poderes
0s ideais Iluministas difundiram-se através de Clubes, cafés, salões, academias, jornais, livros (como a enciclopédia) e ainda por ação da maçonaria.
(Unesp 2012) Encontrar uma forma de associação que defenda e proteja a pessoa e os bens de cada associado com toda a força comum, e pela qual cada um, unindo-se a todos, só obedece contudo a si mesmo, permanecendo assim tão livre quanto antes. Esse, o problema fundamental cuja solução o contrato social oferece. 
[...] 
Cada um de nós põe em comum sua pessoa e todo o seu poder sob a direção suprema da vontade geral, e recebemos, enquanto corpo, cada membro como parte indivisível do todo. 
(Jean-Jacques Rousseau. Do contrato social, 1983.) 
O texto apresenta características 
a) iluministas e defende a liberdade e a igualdade social plenas entre todos os membros de uma sociedade. 
b) socialistas e propõe a prevalência dos interesses coletivos sobre os interesses individuais. 
c) iluministas e defende a liberdade individual e a necessidade de uma convenção entre os membros de uma sociedade. 
d) socialistas e propõe a criação de mecanismos de união e defesa de todos os trabalhadores. 
e) iluministas e defende o estabelecimento de um poder rigidamente concentrado nas mãos do Estado. 
(ENEM/2012) É verdade que nas democracias o povo parece fazer o que quer; mas a liberdade política não consiste nisso. Deve-se ter sempre presente em mente o que é independência e o que é liberdade. A liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem; se um cidadão pudesse fazer tudo o que elas proíbem, não teria mais liberdade, porque os outros também teriam tal poder.
MONTESQUIEU. Do Espírito das Leis. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1997 (adaptado).
A característica de democracia ressaltada por Montesquieu diz respeito
a) ao status de cidadania que o indivíduo adquire ao tomar as decisões por si mesmo.
b) ao condicionamento da liberdade dos cidadãos à conformidade às leis.
c) à possibilidade de o cidadão participar no poder e, nesse caso, livre da submissão às leis.
d) ao livre-arbítrio do cidadão em relação àquilo que é proibido, desde que ciente das consequências.
e) ao direito do cidadão exercer sua vontade de acordo com seus valores pessoais.
ENEM/2003) Observe as duas afirmações de Montesquieu (1689-1755) a respeito da escravidão: A escravidão não é boa por natureza; não é útil nem ao senhor, nem ao escravo: a este porque nada pode fazer por virtude; àquele, porque contrai com seus escravos toda sorte de maus hábitos e se acostuma insensivelmente a faltar contra todas as virtudes morais: torna-se orgulhoso, brusco, duro, colérico, voluptuoso, cruel. Se eu tivesse que defender o direito que tivemos de tornar escravos os negros, eis o que eu diria: tendo os povos da Europa exterminado os da América, tiveram que escravizar os da África para utilizá-los para abrir tantas terras. O açúcar seria muito caro se não fizéssemos que escravos cultivassem a planta que o produz.
(Montesquieu, “O espírito das leis”).
Com base nos textos, podemos afirmar que, para Montesquieu,
a) o preconceito racial foi contido pela moral religiosa.
b) a política econômica e a moral justificaram a escravidão.
c) a escravidão era indefensável de um ponto de vista econômico.
d) o convívio com os europeus foi benéfico para os escravos africanos.
e) o fundamento moral do direito pode submeter-se às razões econômicas.
(ENEM/2013) Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder. Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo, exercesse esses três poderes: o de fazer leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes ou as divergências dos indivíduos. Assim, criam-se os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, atuando de forma independente para a efetivação da liberdade, sendo que esta não existe se uma mesma pessoa ou grupo exercer os referidos poderes concomitantemente.
MONTESQUIEU, B. Do espírito das leis. São Paulo Abril Cultural, 1979 (adaptado).
A divisão e a independência entre os poderes são condições necessárias para que possa haver liberdade em um Estado. Isso pode ocorrer apenas sob um modelo político em que haja
a) exercício de tutela sobre atividades jurídicas e políticas.
b) consagração do poder político pela autoridade religiosa.
c) concentração do poder nas mãos de elites técnico-científicas.
d) estabelecimento de limites aos atores públicos e às instituições do governo.
e) reunião das funções de legislar, julgar e executar nas mãos de um governante eleito.
 Leia o texto a seguir.
O príncipe não precisa ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso, bastando que aparente possuir tais qualidades. [...] Um príncipe não pode observar todas as coisas a que são obrigados os homens considerados bons, sendo frequentemente forçado, para manter o governo, a agir contra a caridade, a fé, a humanidade, a religião [...]. O príncipe não deve se desviar do bem, se possível, mas deve estar pronto a fazer o mal, se necessário.
MAQUIAVEL, N. O príncipe. São Paulo: Nova Cultural, 1986.
Sobre o pensamento político de Maquiavel e o contexto histórico em que se insere, assinale a alternativa correta.
a) Os reis precisavam de autonomia e não poderiam estar submetidos a nenhuma instituição para alcançar a plenitude política.
b) Os princípios da representação popular e dos ideais democráticos eram amplamente defendidos.
c) A ação violenta por parte dos governantes contra os seus súditos era censurada.
d) A política estava desvinculada dos princípios cristãos, mantendo-sea legitimidade dos reis pelos princípios da representatividade.
(Enem/2013) Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado que temido ou temido que amado. Responde-se que ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito mais seguro ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. Porque dos homens se pode dizer, duma maneira geral, que são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ávidos de lucro, e enquanto lhes fazes bem são inteiramente teus, oferecem-te o sangue, os bens, a vida e os filhos, quando, como acima disse, o perigo está longe; mas quando ele chega, revoltam-se.
MAQUIAVEL, N. O príncipe. Rio de Janeiro: Bertrand, 1991.
 
A partir da análise histórica do comportamento humano em suas relações sociais e políticas, Maquiavel define o homem como um ser
A) munido de virtude, com disposição nata a praticar o bem a si e aos outros.
B) possuidor de fortuna, valendo-se de riquezas para alcançar êxito na política.
C) guiado por interesses, de modo que suas ações são imprevisíveis e inconstantes.
D) naturalmente racional, vivendo em um estado pré-social e portando seus direitos naturais.
E) sociável por natureza, mantendo relações pacíficas com seus pares.
...Algumas Reflexões...
“...certos espíritos imaginam aprender em um dia tudo o que um outro pensou durante vinte anos.”
(Discurso do Método, p.42)
Jefferson Baptista Macedo / 2013
Monumento na Cidade
“...os que só andam muito devagar podem avançar bem mais, se continuarem sempre pelo caminho reto, do que aqueles que correm e dele se afastam.”
(Discurso do Método, p.1)
de Tours, França
Jefferson Baptista Macedo / 2013

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