Pedagogia Hospitalar

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP 
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE PEDAGOGIA
RENATA LAÍS FLUCK BRUM 
 
pedagogia hospitalar:
A importância da leitura no âmbito hospitalar.
Santo Ângelo/RS
2020
RENATA LAÍS FLUCK BRUM
 Pedagogia hoSPITALAR:
A importância da leitura no âmbito hospitalar.
Trabalho apresentado ao Curso de Licenciatura em Pedagogia para as disciplinas, Didática da História e Geografia; Didática do ensino de Ciências; Educação em ambientes não escolares, Fundamentos da gestão em educação; Prática Pedagógica: Infância e suas Linguagens.
Tutor (a) EAD: Janilce Meire Gomes Muniz.
Santo Ângelo/RS
2020
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 4
2.PEDAGOGIA HOSPITALAR – A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NO ÂMBITO HOSPITALAR......................................................................................................................... 5
2.1 Particularidades do acompanhamento pedagógico em ambientes escolares e não escolares..................................................................................................................................... 6
2.2 Como articular a temática e os conteúdos pertencentes aos diferentes componentes curriculares em um projeto de leitura....................................................................................... 7 
2.3 A importância da leitura em ambiente escolar, não escolar e na classe hospitalar............. 8
2.4 Os cuidados e as particularidades presentes da pedagogia hospitalar................................. 9
2.5 Como desenvolver um trabalho em parceria com a família............................................... 10
3 PROJETO DE LEITURA.................................................................................................. 11
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................. 14
REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 15
INTRODUÇÃO
 	Durante muitos anos as crianças e os adolescentes foram tratados como indiferentes pelos adultos em relação às necessidades infantis, eles eram internados juntos com os adultos nos hospitais, e recebiam o mesmo tratamento; Ao decorrer da história, a criança foi ganhando seu espaço, a sociedade passou a compreendê-la e respeita-la, sendo considerada como um indivíduo pertencente a um determinado grupo social, que possui um comportamento, sua linguagem própria, suas atitudes e desejos.
 	Estar em um ambiente hospitalar não é fácil, principalmente para crianças que estão em um ambiente desconhecido, estando debilitadas e sendo submetidas a procedimentos que na maioria das vezes causam dor. Estão privadas de brincar e afastadas de seu ambiente social e familiar, das atividades cotidianas e da escola que são tão importantes nesta fase da vida.
 	Esse projeto tem como objetivo conhecer e apreender as questões o ensino em uma classe hospitalar, das particularidades desse ensino, e da inserção do pedagogo nesse ambiente, ao decorrer do estudo podemos também compreender como a literatura pode ajudar no processo de recuperação das crianças hospitalizadas, pois, através de histórias, elas podem trocar experiências, se divertir, encontrar conforto, ter senso crítico, sentir novas emoções, imaginar, sonhar, se emocionar, aprender valores essenciais à vida como: amizade, perdoar, além de ajudar a ler e escrever e a melhorar o relacionamento social.
 	As histórias infantis, quando bem contadas, tem um grande poder de encanto nas crianças, permite que elas sejam transportadas para um mundo imaginário onde tudo pode acontecer, esse processo permite com que eles trabalhem sua criatividade e possam desenvolver o gosto pela leitura, além de fugir da rotina hospitalar, das angustias, dos medos, e do desconforto que muitas vezes os cercam nesse ambiente.
PEDAGOGIA HOSPITALAR – A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NO ÂMBITO HOSPITALAR
 	Até pouco tempo atrás a pedagogia era vista inserida principalmente no ambiente escolar, com a ideia de que o profissional da educação fosse capacitado exclusivamente para o espaço escolar, sendo responsável pela formação intelectual das crianças. Hoje em dia com todos os avanços, compreende-se a importância do pedagogo em espaços não escolares, como em ONG’s, sindicatos, e em ambientes hospitalares o qual iremos conhecer melhor ao decorrer do estudo, surgindo assim um novo espaço para o ensino, oferecendo uma estrutura de educação não formal. Toda essa mudança em questão do pedagogo parte de que vivemos um processo de evolução de valores e pensamentos, voltada para uma sociedade com valores mais específicos como a cultura do seu povo, o que antes se primava pelo valor econômico.
 	A educação formal e não formal caminham juntas, sendo essencial agregar ao ensino os conteúdos não formais, como conhecimentos relativos á motivação, situação social, a origem, a cultura, entre outros, construindo uma cultura educacional que forneça ao educando instrumentos para que saibam interpretar o mundo.
 	Entramos então na questão da relevância do Pedagogo no espaço não escolar, é difícil ver profissionais da educação desenvolvendo trabalhos em hospitais, por exemplo, mas já é uma realidade; Como resultado de todos esses avanços o profissional também passa por um processo de transformação, necessitando atender a essa nova realidade, pois o mundo atual exige cada vez mais profissionais capacitados para atuar nas diferentes áreas existentes no mercado de trabalho.
 	Segundo Henri Sellier (administrador e politico), a primeira escola para crianças inadaptadas foi criada em 1935 em Paris, tempo depois seu exemplo foi seguido por outros países europeus; No Brasil essa prática educacional iniciou-se em 1950, no hospital Jesus, no Rio de Janeiro, mas essa modalidade de ensino só foi reconhecida em 1994 pelo Ministério de Educação (MEC), e normalizada entre os anos de 2001 e 2002. A pedagogia hospitalar é um modo de ensino da educação especial que visa a ação do educador no ambiente hospitalar, no qual atende crianças com necessidades educativas especiais transitórias, ou seja, crianças que por motivo de doença precisam de atendimento escolar diferenciado especializado. 
O ambiente hospitalar é um local de cuidado e assistência aos pacientes, com objetivo de trata-los e curá-los na medida do possível, mas muitas vezes esse ambiente se torna cansativo, tenso, desmotivador e agoniante, muitos conflitos mentais são gerados pela falta de um ambiente alegre e saudável, tanto os adultos quanto as crianças aprendem mais facilmente em ambientes descontraídos, motivados e alegres, pois tendem a aprender só o que querem e gostam, sem ser avaliados ou criticados. Por isso o ler e brincar são essenciais na vida da criança, é com eles que o sujeito constrói a relação com o mundo ao seu redor, sendo um lugar onde elas podem usufruir da sua imaginação, viajar para outros lugares e viver outros momentos sem sair de onde esta, a leitura e a brincadeira causam duvidas, curiosidades, que fazem com que essas crianças/alunos tenham vontade de resolver e solucionar os problemas que encontram, estabelecendo também o contato e a amizade com outras crianças.
 	Para isso o educador faz o uso de técnicas, diálogos, recursos audiovisuais e materiais para estimular os educandos a expandir a sua criatividade, favorecendo o pensamento sistemático e abrangente, criando assim a troca de conhecimentos, dai se dá a importância de profissionais que trabalham com a criatividade e tranquilidade para atingir os objetivos de uma educação não formal. 
2.1 Particularidades do acompanhamento pedagógico em ambientes escolares e não escolares
 	Observa-se que muitos membros da escola e comunidade, e às vezes até o próprio pedagogo não tem seu papel claro, o que faz com que o profissional exerça funções que vão além de seu papel principal,que acaba em certos casos não sendo prioridade. Para o acompanhamento a ser desenvolvido, o pedagogo deve entender e questionar quais os desafios que a equipe encontra nas atividades, além de oferecer um momento de estudo sobre essa relação didático-pedagógica, e ações que tornem esse trabalho mais efetivo entre docentes e pedagogos, ou seja, o pedagogo é o articulador e organizador do fazer pedagógico da, e na escola, sendo que sua função tem como objetivo o processo educativo, agindo em todos os espaços para a garantia na efetivação de um projeto de escola que cumpra suas funções.
 	Por muitos anos essa pratica pedagógica se restringiu apenas ao âmbito escolar, contudo, à medida que a revolução tecnológica modificou a sociedade e sua forma de trabalho, surgiu a necessidade de um mediador que fosse capaz de lidar com a prática de ensino, sem deixar de lado seu caráter humano, a preocupação com o individuo, e esse profissional não poderia ser ninguém mais que o pedagogo.
 	A Pedagogia tem como objetivo a prática educativa, a qual acontece em outros lugares, não apenas na escola. Nesse espaço o pedagogo está interligado diretamente ás atividades que envolvem trabalho em equipe, planejamento, formação pessoal, orientação, direcionando os sujeitos as praticas pedagógicas. Devido às mudanças constantes na sociedade ao nosso redor, as competências do profissional também devem se reconstruir, para que suas práticas consigam seguir os passos da sociedade, direcionando seu trabalho para alcançar os objetivos.
2.2 Como articular a temática e os conteúdos pertencentes aos diferentes componentes curriculares em um projeto de leitura 
 	A leitura não é somente a apropriação do ato de ler e escrever; ela envolve o domínio de um conjunto de práticas culturais que exigem uma compreensão de mundo diferente daquela dos que não têm acesso à mesma. Na área de linguagens, trabalhar obras literárias é muito fácil; Mas existem vários livros que possuem temáticas que podem ser facilmente integrados a outros componentes curriculares.
 	Uma variedade de textos pode ser utilizada no trabalho com a leitura, como: livros, história em quadrinhos, convite, conto, notícia, manual de instruções, boletins meteorológicos, poesia, slogan, oração, provérbio, informativo, jornalístico, carta, bilhete, crônica, panfleto, manchete, lista telefônica, dicionário, enciclopédia, receitas, instruções, regras de funcionamento, resumo, literatura, propagandas, charadas, e etc... A leitura não deve se resumir apenas em livros ou textos, mas também das diferentes formas verbais e não verbais. Assim podemos inserir as diferentes matérias no ato da leitura, podendo trabalhar com uma enorme variedade de conteúdos.
 	Para isso, o professor deve proporcionar atividades motivadoras de leitura, que criem expectativas em relação ao que vai ser lido, que façam com que o leitor relacione com conteúdos e vivências, o que torna a leitura mais significativa; Segundo Paulo Freire (2003, p.40): “a leitura do mundo precede sempre à leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquele”.
 	Para isso é essencial trazer questões que explorem a realidade do texto ou história, como nome e característica dos personagens, data e tempo, local, lugares, números, animais, objetivos, entre outros, isso tudo relacionado ao conteúdo ou área a ser trabalhada. Toda atividade de leitura deve ser iniciada de forma que o aluno encontre sentido no que deve fazer. O aluno tem que conhecer os objetivos que se pretende alcançar, pensar e sentir, reconhecer que tem os meios necessários e a possibilidade de pedir e receber a ajuda precisa e achar interessante no que se propõe que ele faça. 
 	O diálogo entre as disciplinas faz com que os alunos percebam o conteúdo com outro olhar, dando mais significado a cada conhecimento. Assim, em vez de seguir um planejamento rígido e tradicional, a ideia é romper os limites entre as matérias, a fim de tornar o ensino mais autêntico, com isso, o aluno enxerga o aprendizado como algo mais próximo à sua realidade.
2.3 A importância da leitura em ambiente escolar, não escolar e na classe hospitalar
 	A leitura tem grande importância na vida das pessoas, principalmente na fase infantil, pois é desde o inicio que a criança desenvolve o habito e o gosto pelo ler, com ela trabalhamos a imaginação, aumentamos a capacidade de raciocínio e conhecimento, além de aprimorar e ampliar o vocabulário e a escrita. Hoje em dia com tanta tecnologia presente, infelizmente as pessoas tem cada vez menos interesse pela leitura, é por isso que um dos principais papéis do educador, seja ele o professor de sala, o pedagogo ou os próprios pais, é de estimular, criar o hábito de ler, inserir essa prática no dia a dia, de maneira com que o sujeito veja aquilo como algo divertido e interessante.
 	Mas para a leitura ser significativa, as informações que o aluno encontra na leitura ou texto precisam contribuir para ampliar seus conhecimentos, eles devem perceber que os textos são uma forma de comunicação e interação social, assim, torna-se necessário que o educador crie condições para que os alunos desenvolvam o aprendizado, relacionando as conexões entre textos e a realidade, conhecimento de mundo, conhecimento prévio, intertextualidade e ideologias, ou seja, a leitura não deve ser praticada apenas nas aulas de língua portuguesa, mas sim abranger todas as disciplinas.
 	O professor precisa descobrir quais assuntos, e diversidades seus alunos têm interesse para que a leitura se torne significativa, mostrando os diversos assuntos e conteúdos que podem ser explorados em variadas ou em uma única leitura. Existem diversas formas de explorar a leitura, em atividades onde o professor lê em voz alta e os alunos escutam, leitura coletiva onde cada aluno lê um pouco, atividades de pesquisa em jornais e revistas, leitura e relato de como era sua historia ou assunto, enfim, a intenção é inserir a leitura na vida dos educandos, desenvolvendo o interesse e gosto pelo ato de ler.
 	Na educação fora da escola esse papel também deve ser executado, apesar de encontrarmos uma maior dificuldade, onde muitas vezes o sujeito não tem incentivo, fazendo com que ele não desenvolva o gosto pela leitura, e não compreenda a importância dessa prática. No âmbito hospitalar a leitura tem como objetivo (além do aprender) o bem estar físico e mental, explorando a imaginação e fantasia da criança, aliviando a tensão causada pelo ambiente, pelo desejo de estar em casa. Através das leituras e histórias elas podem trocar experiências, se divertir, sentir novas emoções, aprendendo novos valores essenciais à vida, assim como a amizade e o perdão, auxiliando também no relacionamento social.
2.4 Os cuidados e as particularidades presentes da pedagogia hospitalar
 	Para atuar na classe hospitalar se faz necessário que o professor/pedagogo esteja atualizado sobre o caso de cada estudante, tendo uma relação direta com a equipe de saúde, principalmente com os médicos, para entender como deve proceder com cada indivíduo, segundo o MEC (2002), cabe ao sistema educacional e de saúde:
 Oferecer assessoramento permanente ao professor, bem como inseri-lo na equipe de saúde que coordena o projeto terapêutico individual. O professor deve ter acesso aos prontuários dos usuários, das ações e serviços de saúde sob atendimento pedagógico, seja para obter informações, seja para prestá-las do posto de vista de sua intenção e avaliação educacional. 
 	O educador precisa criar formas para que o aluno consiga desafiar a própria doença, dando continuidade aos trabalhos escolares mantendo a esperança na cura, então se deve trabalhar o mundo da imaginação ao mesmo tempo em que se desenvolve e adquire novos conhecimentos e descobertas, que torne o tempo nesse ambiente o mais agradável possível, deve ser a ponte entre o conhecimento e o aluno, pois cabe a ele levar o aprendizado onde se faz necessário.
 	Dentro dos desafios do pedagogo na classe hospitalar encontramos os critérios de avaliação, já que os métodosavaliativos se diferem das provas escolares tradicionais; Um dos métodos que podemos utilizar é a avaliação formativa, a qual o importante é avaliar o processo de ensino-aprendizagem, por meio de diálogos, observações, experiências cotidianas e relatórios. Há também a necessidade de observar as exigências de um ambiente em que os sentimentos estão tão expostos como o hospitalar, em um momento de tanta fragilidade física e emocional é importante manter o foco para que os sentimentos não sejam maiores que a vontade de ensinar, mesmo porque a maior propriedade dos seres vivos, que é a vida, possa estar em risco.
 	Devemos também levar em consideração as limitações e condições clínicas de cada aluno-paciente, com o objetivo de para quando puderem retornar a escola não esteja em desvantagem a turma, além de conhecer a realidade e o contexto que os cerca. É preciso despertar em seus alunos as habilidades necessárias para elevar a autoestima, a comunicação escrita e oral, o pensamento lógico e racional para solucionar problemas e tomar decisões, além do exercício da cidadania, como os deveres sociais e éticos, desenvolvendo o senso de responsabilidade nos alunos para transmitir os valores de formação humana.
2.5 Como desenvolver um trabalho em parceria com a família 
 	Quando falamos em educação de crianças, podemos ressaltar duas partes de extrema importância nesse processo, a família e a escola, com um objetivo único de conduzir a criança corretamente para que se torne um adulto responsável que compreenda seus direitos e deveres sobre si e sobre a sociedade. A família é a primeira educadora da criança, é onde ela dá seus primeiros passos, e aprende os modos de existir, seu mundo adquire significado e ela começa constituir-se como sujeito. Isso não que dizer que os profissionais da educação e a escola não ensinem os valores morais e sociais, além disso, tem a obrigação de ensinar conteúdos específicos das áreas do saber.
 	Assim como na escola, para a educação no ambiente não escolar devemos deixar claro que a educação se dá em um papel conjunto, onde a família precisa participar, nas experiências e descobertas que a criança adquire a cada vivência, diminuindo seus medos e angustias, desenvolvendo práticas que venham a melhorar o ânimo, a autoconfiança e o dia a dia desses educandos, facilitando a aprendizagem e os hábitos coerentes com os exigidos pela escola ou pelo pedagogo em acompanhamento, ou seja, com pequenas intervenções no processo educacional da criança, que gera grandes mudanças no seu comportamento e aprendizado.
 	Tanto para escola quanto para o trabalho do pedagogo inserido no ambiente fora da escola, o papel dos pais é observar e ajudar a identificar os conhecimentos e as dificuldades que a criança encontra, dentro e fora do ambiente escolar, sugerir propostas pra complementar o ensino, para dessa maneira construir uma educação de qualidade e com resultados, por isso a necessidade da relação com a família no processo de ensino-aprendizagem.
Projeto de Leitura
Tema: Viagem pela leitura.
Justificativa: Esse projeto se justifica pela importância e necessidade de promover a leitura no ambiente não escolar, ler significa viajar sem sair do lugar, permitindo que sejam experimentadas sensações, cheiros, sentimentos, como se o leitor estivesse realmente vivenciando tudo que ocorre no texto, ou seja, com objetivo de fugir da rotina hospitalar, da monotonia, das angustias, em um momento onde as crianças possam usar a imaginação e se sentir livres. Vamos realizar uma viagem pelo mundo da leitura? Com essa pergunta, o estudante é convidado a entrar em uma esfera lúdica de busca de informações e conhecimentos, partindo da ideia de que a leitura fornece meios para adquirir novas experiências. 
Objetivo geral: Esta é uma proposta de projeto para se trabalhar a interdisciplinaridade de conteúdos, matérias, e saberes, através da roda de leitura, com objetivo de enfatizar atividades que elucidem a circulação da leitura na vida social, de maneira a se compreender a importância do ler através da aprendizagem e da relação da leitura com a realidade, de uma forma mais prazerosa e interessante.
Objetivos específicos: Integrar a família no processo de valorização da leitura, proporcionando aos mesmos a função social do texto, com a finalidade de obter informações, recriar, observar, comparar, compreender e relacionar a outras histórias do cotidiano social e familiar. Articular os diferentes gêneros, finalidades, estilos sobre um mesmo tema com o contexto sociocultural expandindo os pensamentos criativos, ampliando as ideias e conceitos em relação ao mundo que o cerca; Compreender a unidade temática do texto lido e suas diferentes interpretações, os recursos expressivos e o ponto de vista do autor, e a reflexão sobre a linguagem; Despertar o prazer da leitura e ampliar o potencial cognitivo e criativo do aluno; Desenvolver o ouvir; Promover o desenvolvimento do vocabulário; Possibilitar o acesso aos diversos tipos e gêneros de leitura, buscando efetivar enquanto processo a leitura e a escrita; Estimular o desejo de novas leituras; Possibilitar a interação social, a vivência de emoções, o exercício da fantasia e da imaginação; Proporcionar ao indivíduo através da leitura, a oportunidade de aumentar seus horizontes pessoais e culturais, garantindo a sua formação crítica; Apreciar a leitura e trabalhar o desenvolvimento das competências, habilidades e criatividade.
Metodologia: O projeto será realizado duas vezes na semana (os pais poderão participar), na brinquedoteca ou em algum espaço disponibilizado pelo hospital que seja possível a locomoção de todas as crianças até o local, o qual será organizado com tapetes, cadeirinhas e almofadas, com diversas cores para a sensação de um ambiente diferente e alegre, onde será trabalhada a aprendizagem e a imaginação das crianças, como o nome fala sobre a viagem pela leitura, o pedagogo utilizará uma mala, a qual irá carregar os diversos livros, revistas cientificas, jornais, contos de fadas, histórias em quadrinhos, fábulas, entre outros. Cada dia da semana será trabalhado de maneira diferente, um dia será lido uma história, podendo ser conto de fadas ou não, e no outro uma noticia ou texto diretamente relacionados com a realidade ao nosso redor (números, mundo animal, frutas, ambiente, espaço), as quais serão escolhidas de acordo com o gosto das crianças; em Ciências, por exemplo poderíamos abordar a importância de alimentação saudável para prevenir males, como anemia e colesterol alto. Além disso, falar sobre a importância de cada nutriente e como ele é trabalhado no organismo, podendo incluir a língua portuguesa ao trabalhar as palavras, e a divisão em matemática ao preparar uma salada de frutas. As leituras serão coletivas, e cada leitura interpretada de uma maneira, (sendo com gestos e movimentos, sons, fantoches, objetos, dramatização, tom de voz, cheiros, imagens, formas, cores) com o que se declarar necessário, de acordo com cada história ou noticia. No fim de cada leitura iniciaremos uma roda de conversa, questionando-lhes sobre a relação do que foi lido com a realidade, explorando as informações que contém: O que foi lido? O que acontece ao decorrer do que se lê? Quem são os sujeitos? Eles têm nome? Como eles são fisicamente? O que eles comem? Onde vivem? Onde acontece a história? O que ela tem em comum com o mundo ao nosso redor? Que tipo de leitura era? Que peculiaridades encontramos? Tivemos dificuldade em entender algo que foi lido? Qual parte vocês mais gostaram? O que aprendemos com o que foi lido?. No inicio de cada semana o pedagogo também deverá retomar o estudo da aula passada, quem lembra o que vimos na semana passada? Sobre o que falavam as leituras que trabalhamos? Quais as diferenças entre os textos que foram lidos?
Recursos didáticos: Artigos de decoração do ambiente (tapete, almofadas, ursos de pelúcia), mala com os livros (livros, histórias em quadrinho, revistas, jornais, textos impressos), imagens, fantoches, objetos relacionados ao que vaiser lido (frutas, texturas para interpretar pelos de animais, formas, cores, numerais e letras para manuseio), também poderá ser utilizado o Datashow. 
Avaliação: A avaliação será feita através de um processo contínuo e semanalmente, retomando os conteúdos para diagnosticar os avanços e as possíveis dificuldades, levando em consideração a participação, a interação, a oralidade e escrita, o desenvolvimento lógico e intelectual, o desenvolvimento social e o relacionamento nas atividades desenvolvidas. Com objetivo de resultados satisfatórios no sentido de constatar educandos mais participativos, com senso crítico e inseridos no mundo fantástico da leitura, capazes de ampliar seu vocabulário e ortografia.
Referências: Associação viva e deixe viver. Disponível em http://www.vivaedeixeviver.org.br/projetos. Acesso em 01 de Maio de 2020.
Projetos de Leitura. Disponível em http://www.projetosdeleitura.com.br/. Acesso em 01 de Maio de 2020.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 	O estudo se justifica pela necessidade de compreender a dinâmica que levou a sociedade a chegar onde estamos hoje, voltada à inclusão social, para educação formal e não formal, observando o processo que acontece em todo e qualquer ambiente da sociedade, não apenas na escola. E como o ser Pedagogo se insere nessa nova realidade, tornando o assunto relevante na medida em que surgem as enormes possibilidades de pesquisa durante o estudo realizado, apresentando a ideia de uma educação sem fronteiras.
 	E é por todo o bem que a Literatura pode fazer ao ser humano, que ela está sendo inserida nos hospitais do Brasil, ganhando um espaço muito importante na recuperação das crianças e adolescentes hospitalizados, tornando o ambiente mais humanizado, promovendo o relaxamento das crianças, a alegria e a descontração, ajudando assim em sua recuperação.
 	Através deste estudo é possível afirmar que a Literatura quando usada de forma adequada dentro dos ambientes hospitalares é uma grande aliada no processo de ensino-aprendizagem das crianças, enriquecendo a alma, a criatividade e o imaginário e até mesmo ser um elemento de continuidade ou em alguns casos o início da escolarização de crianças e adolescentes.
 	O professor, por sua vez, poderá vivenciar a cada dia no hospital uma nova experiência de sentimentos, sensibilidade e humanidade, deixando claro que a sua área de atuação vai muito além dos quadros negros dentro da escola. Assim, podemos afirmar a essencialidade de uma formação diversificada para o profissional de pedagogia, onde possa coloca-lo em frente ao mundo, diante todas as diversidades de trabalhado, de acordo com as necessidades que os novos tempos exigem.
REFERÊNCIAS
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LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e Pedagogos, para quê? Disponível em https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-15742007000200014. Acesso em 03 de Março de 2020.
MATOS, L.P.K; PAULA, E.M.A.T. O papel da literatura infantil para crianças e adolescentes hospitalizados no enfrentamento dos medos infantis. Disponível em https://educere.bruc.com.br/cd2011/pdf/5380_3364.pdf. Acesso em 21 de Fevereiro de 2020.
MUSTIFAGA, M.B; GOETTMS, J. Leitura Significativa – Prática em todas as disciplinas do currículo escolar. Disponível em Visão Global, Joaçaba, v. 11, n. 2, p. 195-216, jul./dez. 2008. Acesso em 21 de Fevereiro de 2020.
OLIVEIRA, É. F.; SILVA, V. M.; FANTACINI, R. A. F. Pedagogia hospitalar: a brinquedoteca em ambientes hospitalares. Disponível em https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=560658988006. Acesso em 03 de Marco de 2020.
PEREIRA, L.F.P. Pedagogia Hospitalar: ‘’A Leitura Nutrindo a Alma’’. Disponível em https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/pedagogia-hospitalar-leitura-nutrindo-alma.htm. Acesso em 15 Abril de 2020.
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