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ALUNA: JAQUELINE PAES DA COSTA EBRENZ 
MAT. 201512763446 
PROVA DE 16/06/2020. PROVA A 
 
 
RESPOSTAS: 
 
Q1) Caberia razão à João quanto a impugnação do edital, pois de acordo com o artigo 
37, II, da CF/88, os concursos, bem como suas aprovações e investiduras devem 
preencher os requisitos estabelecidos em lei. No caso, a Lei que rege o concurso de 
procurador apenas estipula a necessidade de o candidato ser Bacharel em Direito, 
não falando sobre a especialização. Caso fosse válido o decreto do Prefeito, este 
feriria o Princípio da Isonomia, haja vista que nos outros Municípios não seria aplicado 
o Decreto dado pelo Prefeito do Município X, e com isso os concorrentes não teriam 
que cumprir a determinação de serem também especializados em Direito 
Administrativo. 
 
Q2) Quando após a desapropriação ocorrer a mudança na destinação ou motivo 
inicialmente dados ao bem, se tem a Tredestinação. Tal instituto que tem por 
fundamento o interesse público, a necessidade pública, o interesse social, se dá de 
duas formas distintas. Na primeira temos a Tredestinação na forma lícita que acontece 
nos casos onde no ato da mudança de finalidade o bem continua atendendo aos 
interesses da Administração Pública. 
Já na Tredestinação de forma ilícita, tem-se a retrocessão. Na forma ilícita acontece 
a reversão expropriação por desvio de finalidade, ou seja, quando após efetuada a 
desapropriação o bem deixa de ser utilizado para atender aos interesses da 
Administração Pública, passando, por exemplo, a atender interesses de uma Empresa 
Privada. 
Quando constatada a Tredestinação ilícita, a forma cabível para fazer com que o bem 
expropriado regresse ao patrimônio de quem foi retirado, é a Retrocessão. Para que 
se tenha direito à Retrocessão, é necessário comprovar que o bem expropriado não 
atendeu ao destino que culminou na intervenção estatal. 
No caso relatado, por ter havido mudança na finalidade do bem, ocorreu a 
Tredestinação, contudo, a modalidade deste caso foi a de Tredestinação em sua 
forma lícita por ainda que a finalidade na utilização do bem tenha sido alterada, este 
continuou a servir aos interesses da Administração Pública, não cabendo, portanto, à 
Paulo e Maria a Retrocessão do bem expropriado. 
 
Q3) 
a) Não era possível a prática do nepotismo antes da Lei XYZ, haja vista que o 
impedimento para que tal ato ocorra se encontra na Carta Magna, no Artigo 37, caput, 
que trata da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade dos atos da 
Administração, devendo portanto cumprir o estabelecido nos incisos do referido 
Artigo, que engloba o concurso público. 
b) Não é válida a conduta adotada pelo Governador, pois João tendo sido aprovado 
em concurso público regularmente realizado, cumpre o estabelecido no Artigo 37, II 
da CF/88, não se aplicando a vedação ao nepotismo aos casos de investidura de 
servidores aprovados por concurso público. Caso insista o Governador em recusar a 
nomeação, estará este violando o disposto no supracitado artigo. 
 
Q4) Devido aos fatos narrados, o ato cometido se trata do instituto da ocupação 
temporários de bens privados, conforme está previsto no artigo 5º, inciso XXV da 
Constituição Federal de 88. Tal instituto consiste no apossamento de um bem privado 
para uso público temporário para casos de iminente perigo público que se dá por meio 
de ato administrativo unilateral e com o dever de restituição no mais breve espaço de 
tempo possível, devendo também ser pago por meio de indenização os danos 
produzidos ao bem privado por meio da ocupação. Neste caso, por se tratar de 
situação de emergência, não necessita da concordância do particular. 
 
 
Q5) 
a) Sim, por neste caso ter sido levantada uma questão de possível fraude contra 
a Administração Pública, segundo estabelece a Lei 9.787/99, artigo 51, §2º, a 
desistência ou a renúncia do interessado não prejudica o prosseguimento do 
processo se a Administração Pública exigir mantê-lo. 
b) Seria procedente o pedido de nulidade com base no arguido, pois de acordo 
com a Lei 9.784/99, artigo 18, inciso II, estaria impedido de atuar em processo 
administrativo o servidor ou autoridade que tenha participado ou venha 
participar como perito, o que ocorreu no caso em tela.

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