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Ciência x Ignorância

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Disciplina: Ciências e Sociedade
PROBLEMA 1
Nomes: Amanda Silva de Souza, Daiana Knobloch, Eduarda Rodrigues Fagundes, Helen Victoria Azevedo, João Victor Cruz da Silva, Juliana Reinke Rodrigues, Renata Ferraz Ceretta, Martina O’Meagher Allgayer
Santa Cruz do Sul, 16 de março de 2020
Objetivos
· Contrastar a ciência e a ignorância como divergentes complementares;
· Entender e Questionar a ação da ciência empírica na mente e no corpo humano.
O que é a ciência, afinal?
	A ciência é uma forma de conhecimento que, compreendida num sentido mais específico, surge historicamente no século XVI, dentro do processo da Modernidade de ruptura com o mundo feudal e eclesiástico, embasada filosoficamente pelo Iluminismo e originada com o Renascimento. "O discurso científico tem a intenção confessada de produzir conhecimento, numa busca sem fim da verdade" (Alves, 1987: 170). Para conseguir alcançar esse conhecimento mais adequado, mais fiel à realidade, a ciência busca o desejado equilíbrio entre as duas dinâmicas do conhecimento, isto é, a constante renovação e a consolidação dos conhecimentos já construídos.
	Lakatos e Marconi (1986: 20) identificam como características do conhecimento científico: ser factual (lidar com ocorrências e fatos reais), contingente (a veracidade ou falsidade do conhecimento produzido pode ser conhecida através da experiência), sistemático (ordenado logicamente num sistema de idéias), verificável (o que não pode ser comprovado não é do âmbito da ciência), falível (não é definitivo, absoluto) e aproximadamente exato (novas descobertas podem reformular o acervo de ideias existentes).
	“A ciência tem as suas origens nas necessidades de conhecer e compreender (ou explicar), isto é, nas necessidades cognitivas" (Maslow, 1979: 206). De um conhecimento difuso, espalhado, assistemático e desorganizado, passa-se a um trabalho de arranjo segundo certas relações, de disposição metódica. Esse processo é fundamental para a composição de campos específicos do conhecimento.
O que é ignorância e qual o seu papel na construção do conhecimento?
	Para Stuart Firestein, (2012), neurocientista e professor da universidade de Columbia, nos Estados Unidos, há dois tipos de definição da ignorância: um tipo de ignorância é a idiotice intencional- expõe- se como uma teimosa devoção a opiniões não fundamentadas, ignorando conceitos, opiniões ou dados opostos. O outro significado de ignorância é o que se faz fundamental ao fazer ciência, e, segundo Firestein é aquele que descreve a ausência de um fato ou entendimento quanto a algo. Se caracterizando como uma lacuna comunitária no saber. Firestein descreve, ainda, esta segunda definição como uma ignorância inteligente e perceptiva, plena do momento que uma pessoa consegue encontrar uma solução (insight). Ela se configura como o primeiro passo para obter as respostas, conforme James Clerk Maxwell, renomado físico, pontua: “uma ignorância totalmente consciente é o prelúdio a todo avanço real da ciência”
	Dessa forma, para Firestein, a ignorância é o início do processo da descoberta. Mas não apenas é ela que move a ciência: a ignorância também resulta do conhecimento. A cada novo resultado científico, novos questionamentos são formulados, demonstrando, na verdade, que a ciência é um universo tomado por incertezas.
Ciência X ignorância
 	A propagação de boatos, a princípio fáceis de desmentir, alastra-se com mais rapidez e alcance do que qualquer desmentido; políticas públicas são por vezes formuladas e postas em prática sem levar em conta o conhecimento científico relevante sobre o tema; e mesmo as mais exóticas teorias da conspiração conseguem hoje atrair um número impressionante de adeptos.
As pessoas acreditam em qualquer fonte de informação em qualquer rede social, não sabem se são verídicas ou inverídicas, acreditam em alguma verdade que na maioria das vezes é falsa; políticas públicas são por vezes formuladas e postas em prática sem levar em conta o conhecimento científico relevante sobre o tema, assim, as opiniões costumam ser formuladas várias vezes de achismos, sem qualquer pesquisa aprofundada sobre algum tema; e mesma as mais exóticas teorias da conspiração conseguem hoje atrair um número impressionante de adeptos, como está acontecendo em relação aos tempos de hoje. Um vírus com várias teorias, algumas realmente com nenhum fundamento, que são compartilhada através de conversas, que na maioria das vezes passadas adiante, assim vai se formando teorias que fazem as pessoas duvidar realmente do que é verdade, do que é fato, do que a ciência comprova, ou está em busca de comprovar. 
Para Firesten “A ciência trafega na ignorância, a cultiva e é impulsionada por ela. Ficar flanando no desconhecido é uma aventura; fazer isso como meio de vida é algo que a maioria dos cientistas considera um privilégio”, 
As incertezas e os riscos são inerentes a uma ciência com potencial para grandes transformações, então ao invés de acreditar em achismos ou duvidar da ciência de uma forma muito ampla, precisamos ver que tudo que é comprovado é ciência, é um fato, com fontes reais, com artigos científicos. Quem somos nós para duvidar de algo que vai muito além dos nossos achismos? Ignorantes. 
Quais fatores corroboram para que a ciência e a ignorância ainda se enfrentem?
O homo sapiens contemporâneo é resultado de milhares de anos de evolução física e intelectual. Mesmo assim, percebe-se hoje uma insistência obscurantista em negar o pensamento científico, uma vez que há uma ascensão de movimentos que negam os fatos e a ciência. O obscurantismo vai das teorias conspiratórias sobre as vacinas ao ataque aos direitos civis, passando pela crença no terraplanismo. O que explica a revolta contra a razão?
· A trivialidade do cotidiano
Segundo o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, os tempos são “líquidos” porque tudo muda rapidamente, nada é feito para durar, para ser “sólido”. Assim, o pensamento científico torna-se obsoleto quando confrontado com a necessidade de renovação que a contemporaneidade exige, já que demanda tempo, pesquisa e confronto de ideias para comprovar fatos e torna-los leis. Desta forma, a trivialidade e comodidade do cotidiano faz com que o obscurantismo tome o lugar do pensamento racional quando este último não atende à velocidade da vida moderna.
· A ascensão de líderes messiânicos ou populistas
Dos Estados Unidos ao Brasil nota-se, atualmente, a valorização cega de líderes tidos como messiânicos, ou seja, aqueles que lideram grandes massas com discursos populares e nem sempre embasados em fatos científicos. Um claro e familiar exemplo disso foi a eleição do Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, o qual baseou sua campanha política na perseguição da ciência, negação de fatos e crença em teorias da conspiração e conceitos religiosos retrógrados. Assim, a ignorância apoia-se em discursos populares mentirosos e convincentes e conquista cada vez mais pessoas por todo o mundo, contribuindo tristemente para a quebra da ciência e dos fatos.
· Ideais baseados em teorias conspiratórias
Do terraplanismo à crença de que vacinas causam autismo, as teorias da conspiração ganham cada vez mais força nas mentes humanas, fator que contribui para a negação do pensamento científico e ascensão da ignorância. Mas por que, após anos de evolução intelectual, isso ocorre? Faz sentido, de uma perspectiva evolucionista, que tenhamos suspeitas de um grupo ou de pessoas que não compreendemos, para que assim possamos garantir nossa própria segurança. Por outro lado, a criação de teorias conspiratórias tem base também em traços narcisistas da humanidade, uma vez que a necessidade intrínseca de sentir-se “dono do mundo” é alimentada pela possibilidade de possuir um conhecimento escasso e desconhecido, que contesta todas as crenças populares e científicas, que torna o ser que a tem especial e especialista, apenas para amaciamento do próprio ego. Alguns estudos revelam, também, que as teorias da conspiração ajudam as pessoas a entendero mundo quando elas sentem que perderam o controle da realidade em que vivem. Um bom exemplo disso são as epidemias e pandemias mundiais, a quais são sempre rodeadas por teorias conspiratórias de domínio mundial, extermínio em massa, guerras biológicas ou controle populacional quando, na verdade, tais doenças são cientificamente inevitáveis e cíclicas na história da humanidade.
· Globalização
Por último, mas não menos importante, a globalização mostra-se um fator ímpar no embate contemporâneo entre ciência e ignorância. O mundo tornou-se líquido pois tudo o que vemos parece comum e trivial, afinal qualquer coisa pode ser estudada, contestada e contemplada através de uma tela, tornando tudo semelhante e maçante. Os líderes messiânicos utilizam-se, constantemente, da facilidade de acesso proporcionada pela globalização para disseminar notícias falsas e teorias da conspiração, ganhando fãs e adeptos do obscurantismo por todo o mundo. E todas as pessoas, por fim, com seus gigantescos e irreais ciclos de amizade compostos de centenas de outros seres humanos sedentos pela sensação de controle, compram ideias e ideais narcisistas para sentirem-se melhores diante das mazelas do mundo, do cotidiano aborrecido, da dificuldade de compreensão científica e do impulso cego pela razão. Desta forma, a sensação que permanece é a de que nenhuma teoria evolucionista é capaz de desvendar por inteiro o ego, a teimosia e a ignorância humanas.
Significado de Conhecimento empírico
	Conhecimento empírico é uma expressão cujo significado reporta ao conhecimento adquirido através da observação. É uma forma de conhecimento resultante do senso comum, por vezes baseado na experiência, sem necessidade de comprovação científica.
	Com base no conhecimento empírico pode-se saber que uma determinada ação provoca uma reação, sem que, contudo, se saiba qual o mecanismo que leva da ação à reação. Exemplo disso foi, durante séculos, o conhecimento de que largado um objeto, ele entra em queda livre até que encontre algo que o sustenha, mesmo antes de ser conhecida a teoria da gravitação.
	Sendo o conhecimento empírico adquirido de forma ingênua, através da mera observação e com base em deduções simples, é por vezes passível de erro. Por exemplo, durante muito séculos, aceitou-se como fruto do conhecimento empírico que o Sol girava em torno da Terra, tendo a ciência mais tarde vindo a demostrar que, contrariamente ao que possa indicar a nossa percepção é, na realidade, a Terra que gira em torno do Sol.
	Outros tipos de conhecimento são: conhecimento científico, conhecimento teológico, conhecimento filosófico etc.
O que é a experiência dentro da ciência e como ela afeta o nosso cotidiano?
	Comprovar significa confirmar/evidenciar/demonstrar algo. A comprovação científica é, então, o ato de comprovar através de experimentos (evidências e demonstrações), ou ainda por métodos probabilísticos (demonstrações matemáticas) a veracidade de alguma hipótese ou teoria com base no “método científico”.
	O método científico por sua vez, pode ser classificado como o conjunto de quesitos que uma teoria deve apresentar para ser aceitável como modelo físico do fenômeno. Ou seja, ele engloba algumas etapas como: a observação, a formulação de uma hipótese, a experimentação, a interpretação dos resultados e, por fim, a conclusão. Porém, vale ressaltar que para ser considerado "método científico" não é necessário seguir como regra tais etapas.
	Sabemos que nosso atual método científico é derivado da obra de inúmeros pensadores que culminaram no método proposto por René Descartes, método esse que ficou conhecido como reducionista e traz uma visão mecaniza do homem e da natureza. Ele baseia-se na concepção de que tudo e todos podem ser divididos em partes cada vez menores que podem ser analisadas e estudadas separadamente.
	Em contraponto ao pensamento reducionista de Descartes e dos antigos pensadores que acreditavam no conhecimento sendo apenas empírico, temos a visão holística, também chamada de visão não-reducionista. "A tendência da natureza, através de evolução criativa, é a de formar qualquer “todo” como sendo maior que a soma de suas partes.”( Jan Smuts - Holism and Evolution).
	O pensamento holístico vem ganhando adeptos no mundo todo ao longo dos anos. Através do holísmo, outras correntes ganharam um grande espaço no mundo contemporâneo, principalmente no que se refere à cura e tratamento de doenças. A metafísica e a física quântica podem explicar as causas e motivos pelos quais aquela enfermidade esta presente, já as terapias manuais como Reiki e as presentes na medicina oriental chinesa podem trazer a cura.
	Já é evidenciado que o Reiki possui o poder de cura e está sendo usado em diversos hospitais para a cura de pacientes com graves doenças. Acontece que, em decorrência de um histórico prolongado de crenças em uma ciência mecaniza, existe uma dificuldade enorme de crença neste tipo de método, pois a cura não pode ser "vista" nem "tocada" como os remédios. E o questionamento permeia-se: é necessário ver para crer?
Referencias
FIRESTEIN, Stuart. Ignorância: como ela impulsiona a ciência. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2019. Disponível em: https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=B62XDwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT2&dq=stuart+firestein+ignorancia&ots=FTvq8vgP4n&sig=-Av5ecMtjToHTKDrBWaqC2lP1QQ#v=onepage&q&f=true
FIRESTEN,S. Ignorância – como ela impulsiona a ciência.1ed.2019
https://www.significados.com.br/conhecimento-empirico/
https://veja.abril.com.br/brasil/entrevista-yuval-noah-harari-evitar-pior/ 
https://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-43320993 
FARIA, Caroline. Comprovação Científica. [S. l.], 23 mar. 2020. Disponível em: https://www.infoescola.com/ciencias/comprovacao-cientifica/. Acesso em: 23 mar. 2020.
FARIA, Caroline. Método Científico. [S. l.], 23 mar. 2020. Disponível em: https://www.infoescola.com/ciencias/metodo-cientifico/. Acesso em: 23 mar. 2020.
CIÊNCIAS Holísticas. [S. l.], 4 maio 2016. Disponível em: https://www.cienciasholisticas.com.br/blog/9-ciencias-holisticas. Acesso em: 23 mar. 2020.

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