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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ GRADUAÇÃO EM DIREITO CAMPUS NITERÓI III Resenha Crítica Tatiana de Freitas Coelho Matrícula: 201608276481 Trabalho da disciplina: Direito Constitucional II Professora: Maria Aparecida Alves Niterói 2020 TEMA: Federalismo, STF e a pandemia de covid-19 Referência: Disponível em: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=441075 Acesso em: 15/05/2020 INTRODUÇÃO: Será abordado aqui o Tema Título: Federalismo, STF e a pandemia de Covid-19. Tema que tem norteado nossos dias com isolamento social, mudanças na rotina do mundo, medidas de exceção no enfrentamento da pandemia e a ´´liberdade´´ dos Estados, Municípios e distrito nas ações de enfrentamento. DESENVOLVIMENTO: Por conta de atos do Poder Executivo Federal, praticados desde o início da pandemia dificultando as ações locais de Prefeitos e Governadores, a OAB provocou o judiciário, tendo retorno parcial do seu pedido atendido pelo Ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal. O Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, assegurou aos Governos: Estaduais, Distrital e Municipal o direito a manutenção das medidas restritivas durante a pandemia de covid 19. O Governo Federal vem editando medidas para o enfrentamento da pandemia, mas a visão predominante por parte do executivo federal é a manutenção da economia em primeiro plano, o que agride parte da sociedade que está em busca do socorro principal a população. A AGU ressaltou que para o enfrentamento da pandemia, até o momento, o governo editou 13 medidas provisórias, 17 decretos e 2 leis, além de projetos e ações a cargo de órgãos governamentais. O governo editou a Medida Provisória 961/2020, que flexibiliza as regras de licitações e contratos, para toda a administração pública, até 31 de dezembro deste ano, prazo do estado de calamidade pública relativo à pandemia do coronavírus. As regras mais flexíveis valerão tanto para o governo federal, quanto para os estaduais e as prefeituras. ´´A MP 961 autoriza, por exemplo, que qualquer órgão da administração pública pague antecipadamente por algum bem ou serviço, desde que o ato seja caracterizado como "indispensável", visando a assegurar os respectivos bens ou serviços. O pagamento antecipado também poderá ser feito caso leve a uma significativa economia de recursos. Segundo o Ministério da Economia, só as compras realizadas pelo governo federal movimentam hoje montantes da ordem de R$ 48 bilhões.``Fonte: Agência Senado Os governos estaduais e municipais estão apoiados pela decisão do Ministro Alexandre de Morais para agilizar processos e determinar ações de combate ao vírus. O próprio Ministro Alexandre de Moraes concedeu ao Estado de Alagoas o direito a não pagamento de dívidas do Estado a União para investimento no combate a pandemia. Os recursos foram obtidos após uma ação movida pela Procuradoria Geral do Estado no STF solicitando a suspensão do pagamento da dívida estadual com a União e apontando que os valores seriam empregados na Saúde com iniciativas de planejamento e enfrentamento da pandemia. Ficou determinado que o estado deverá, impreterivelmente, prestar referidas informações a cada 15 dias . A dispensa de licitação, não irá dispensar a prestação de contas, fazendo com que a corrupção fique livre e impune. Federalismo: Se a República é formada pela união indissolúvel entre seus entes federativos (artigo 1°) e juntos devem atuar em prol do desenvolvimento nacional (artigo 3°, II), com competências comuns relevantes, tais como políticas de saúde, acesso à educação, proteção do meio ambiente e do patrimônio público, saneamento básico, dentre outras (artigo 23), o caráter cooperativo se torna importante vetor interpretativo que deve reger as relações federativas no Brasil. Ainda que se reconheça o papel central e de coordenação por parte da União, ele não pode servir de pretexto para ações predatórias em franco desfavor dos estados-membros/Distrito Federal e municípios (e vice-versa). Tampouco se admite deslealdade e predação no relacionamento horizontal entre os entes. Tais tipos de ação são antijurídicas e devem ser repreendidas judicialmente. Estados de exceção e o covid-19: Estado de sítio, estado de defesa, calamidade pública e estado de emergência Tipos que neste momento já foram usados: Estado de emergência: se relaciona à possibilidade iminente de surgirem danos à saúde, à população e aos serviços públicos Estado de calamidade pública: Há a efetiva ocorrência de tais danos, os quais deixam de ser uma hipótese, passando à realidade concreta posta. Por exemplo: antes de haver confirmação do primeiro caso de Corona Vírus no Brasil, o Ministério da Saúde publicou uma portaria declarando emergência na saúde pública, por se tratar de perigo iminente de contágio e disseminação do vírus. Após diversas confirmações de casos de COVID-19 no país, inclusive casos fatais, aí sim foi declarado, pelo Presidente da República com aprovação do Congresso Nacional, o estado de calamidade pública. Conclusão: Diante do que foi exposto, estamos caminhando rumo ao desconhecido todos os dias, lamentando vidas perdidas e diariamente nos surpreendendo com atitudes políticas relativizando nossas perdas em prol do econômico. O apoio jurídico será fundamental e muito discutido por bastante tempo. A busca por entendimento pautada na democracia e legalidade é a nossa maior força e poder. Que a República Federativa do Brasil, vença esta pandemia e consiga se fortalecer mantendo suas leis valendo para todos os cidadãos comuns e suas autoridades políticas.
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