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1. RITUXIMABE Classificação: quimérico (humano-murino) anti-CD20 modificado geneticamente Nomenclatura: “Ri” – prefixo; “Tu” – alvo: tumor; “Xi” – quimérico; “Mab” – monoclonal antibody Nome comercial: MabThera, Rituxan Mecanismo de ação: · Citotoxicidade mediada pelo complemento (CDC): ligação do rituximabe à CD 20 forma imunocomplexo e atrai as proteinas do SC. · Citotoxicidade celular dependente do anticorpo (ADCC): ligação a CD20 recruta NKs e macrófagos que se ligam a porção FC do anticorpo. · Lise direta: mecanismo desconhecido. Efeitos colaterais: · Infusionais: reações locais – rash cutâneo, coceira, vermelhidão. · Inchaços facial e oral. · Dificuldades ao inspirar. · Reativação do vírus da hepatite B: Contra-indicação para indivíduos que tenham com VHB ativo, pois a reativação adicional pode levar à piora do quadro e até a óbito. · Ligado ao desenvolvimento de leucoencefalopatia multifocal progressiva. Indicação de uso: · linfoma não Hodgkin: · Pacientes com linfoma não Hodgkin de células B, baixo grau ou folicular, CD20 positivo, recidivado ou resistente à quimioterapia; · Pacientes com linfoma não Hodgkin difuso de grandes células B, CD20 positivo, em combinação à quimioterapia CHOP; · Pacientes com linfoma não Hodgkin de células B, folicular, CD20 positivo, não tratados previamente, em combinação com quimioterapia; · Pacientes com linfoma folicular, como tratamento de manutenção, após resposta à terapia de indução. · Artrite reumatoide · Leucemia linfoide crônica · Granulomatose com poliangiite (Granulomatose de Wegener) · Poliangiite microscópica (PAM) Esquema terapêutico: Adm por fusão intravenosa (IV) por meio de acesso exclusivo. Disponibilidade do SUS: Disponível por meio do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) 2. EMICIZUMAB Classificação: · Humanizado · Necessidade de minimizar a resposta imune indesejada; · Pequena porção variável - 5% = Murino; · Região constante - 95% = humano (IgG1); Nome comercial: HEMLIBRA · Forma farmacêutica: solução injetável, incolor e ligeiramente amarelada; · Modo e vias de administração: via subcutânea, não agitar; · Condições especiais de conservação: conservar na geladeira, não congelar, proteger da luz; Mecanismo de ação: Uso: · Hemofilia A: deficiência de fator VIII de coagulação; · Indicado para prevenir ou reduzir a frequência de episódios de sangramento em pacientes com Hemofilia A; Efeito terapêutico · A terapêutica profilática com o medicamento diminui a aPTT e aumenta a atividade de fator VII; · Esses marcadores não refletem o verdadeiro efeito homeostático do emicizumab in vivo, mas fornece uma indicação relativa do efeito pró-coagulante do medicamento. · Dose depende do peso; · Da primeira a quarta semana a dose indicada é de 3 mg para casa 1 kg, é injetada 1 vez por semana; · Da quinta semana em diante a dose é de 1,5 mg para cada 1 Kg de peso também injetada 1 vez por semana; · A quantidade de solução administrada não deve passar de 2ml; 3. MUROMONAB Classificação: MUROMONAB/ OKT 3 -> mAb IgG2 murino -> Complexo CD3 · Foi o primeiro mAb aprovado para uso em humanos · Introduzido pela primeira vez como terapia de indução em receptores de transplante renal na década de 1980 -> Transplante de Fígado · Foi retirado do mercado em 2010 devido a seus efeitos colaterais Nome comercial: ORTHOCLONE, OKT3, MUROMONABE Mecanismo de ação: · O anticorpo medeia a lise celular dependente do complemento e a ADCC: Elimina rapidamente os LT da circulação periférica · Células T que não são removidas são vazias de TCR de superfície: Incapazes de receber sinal de antígeno e são imunologicamente inertes Efeitos Adversos: · Inicialmente, OKT3 pode ativar células T e liberar citocinas ○ IL-2, IL-6, IFN-Gama e TNF -> · Síndrome da Liberação de Citocinas: Febre, Calafrios, Cefaleia, Queixas Gastrointestinais, Hipotensão, SDRA, Meningite asséptica, Encefalopatia · OKT3 é imunogênico em humanos: Aproximadamente 50% dos pacientes - Anticorpos de alto título que impedem o tratamento · Infecções Bacterianas por inativação dos LT: Listeriose, Nocardiose, Aspergilose, Candidiase, Toxoplasmose, Adenovírus, Enterovírus · O Muromonab (OKT3) foi comparado ao basiliximab em um estudo randomizado multicêntrico em 99 pacientes no período inicial após o transplante cardíaco. Não houve eventos adversos relacionados ao basiliximab, mas houve 23 eventos adversos entre os pacientes que receberam muromonab Uso: · Utilizado para induzir imunossupressão · Tratamento: Rejeição aguda no transplante renal, hepático e pancreático · Terapia em episódios de rejeição refratária · Transplante de medula óssea resistente ao tratamento convencional · Atualmente, o OKT3 é raramente usado devido ao seus efeitos colaterais SUS: disponível 4. USTEQUINUMABE Classificação: AcMo IgG1kappa completamente humano que se liga com especificidade à subunidade compartilhada proteica p40 das citocinas humanas: interleucina (IL)-12 e IL-23. AcMo humanos são gerados através da engenharia genética em ratos, de onde são obtidas sequências específicas de anticorpos. Nomenclatura: umabe = anticorpo monoclonal humano. AcMo mais comumente se ligam as citocinas (infliximabe, adalimumabe, ustequinumabe). Esses anticorpos se ligam tanto ao TNF-α (fator de necrose tumoral alfa) circulante, quanto ao transmembrana (adalimumabe e infliximabe) ou à subunidade p40 da IL12/IL23 (ustequinumabe) Nome comercial: STELARA Mecanismo de ação: · Ustequinumabe se liga a subunidade proteica p40 (a porção p40 é uma das partes que se liga ao receptor na célula do sistema imune) de citocinas humanas, estrutura essa presentes na IL-12 e na IL-23. · Ustequinumabe NÃO possua efeito sobre interleucinas que já se conectaram ao receptor. · As IL-12 e IL-23 são secretadas por APC’s quando essas células são ativadas · Participam na ativação de células “natural killers” (NK) e no direcionamento da diferenciação dos linfócitos Tauxiliares em TH1 e TH17 · Células Natural Killers: são células do sistema imune inato presentes no sangue periférico e possuem uma ação citotóxica precoce contra células tumorais e contra células infectadas por vírus. · TH1: produzem citocinas relacionadas principalmente com a defesa mediada por fagocitose contra agentes infecciosos INTRACELULARES, como Interferon-gama (INF-γ), IL-2 e Fator de Necrose Tumoral alfa (TNF-α). · TH17: atua na produção de outras interleucinas, estando ligada ao combate de fungos e de outros agentes extracelulares Uso: · Doença de Crohn, psoríase em placa (moderada a grave) e de artrite psoriática · Em adultos que não responderam ou que possuem contraindicações às outras medicamentações · Sem estudos indicando interações medicamentosas · Contraindicado: pacientes com hipersensibilidade grave ao ustequinumabe ou aos outros excipientes, imunossuprimidos, imunizados, portadores de infecções e malignidades. Esquema terapêutico: · Se o paciente respondeu ao tratamento: corticoides podem ser reduzidos · Se o tratamento for interrompido: retomada com a dose subcutânea a cada 8 semanas · Dose Intravenosa -> Dose Subcutânea (8 semanas após): Injetável Disponibilidade do SUS: fornecido a partir de ação e liminar judicial. Ao ser recomendado pelo médico, o Estado é obrigado a oferecer, já que o medicamento mostra-se indispensável à preservação da vida do autor. 5. BLINATIMOMAB PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS · Grupo farmacoterapêutico dos medicamentos antineoplásicos · Anticorpo biespecífico → se liga especificamente ao receptor CD19 expresso na superfície das células de linhagem B e ao receptor CD3 expresso na superfície das células T USO: Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) · Distúrbio clonal de células precursoras das séries linfoides e mieloides da medula óssea · Existem diferentes marcadores, estando o CD19+ presente em 10% dos casos · L1, L2 ou L3 → morfologia do blasto · primeiro sintoma costuma ser um quadro anêmico decorrente da supressão da medula óssea. · Outras alterações hematológicas - trombocitopenia, granulocitopenia. · Dor óssea infiltraçãode blastos ou expansão da cavidade medular. · Infiltração em outros órgãos - fígado, baço e linfonodos. · diagnóstico é feito por um aspirado de medula óssea. RESPOSTA FARMACODINÂMICA: Ativação e redistribuição de células T Rápida depleção de células B periféricas Elevação temporária de citocinas IL-6, IL-10, IL-2, IFN γ, TNF HISTÓRIA · Origem do nome B lineage-specific anti-tumor mouse monoclonal antibody. · Primeiramente descrito em 2000 em um artigo sobre as características básicas dos anticorpos bi-especificos. · 2001 primeiro estudo em humanos. · 2014 Aprovação para uso terapêutico pelo FDA ESTRUTURA · Fusão de duas cadeias de anticorpos DNA recombinante · Biespecificidade: porção n-terminal do anticorpo anti-CD19 murino e porção c-terminal do anti-CD3 murino. COMPOSIÇÃO · BLINCYTO 38,5 microgramas. Pó para concentrado e solução para perfusão. · Um frasco para injetáveis com pó contém 38,5 microgramas de blinatumomab. · A reconstituição com água para injetáveis resulta numa concentração final de blinatumomab de 12,5 microgramas/ml. · Anticorpo monoclonal murino. · Biespecífico para - CD19 e CD3. · Classe dos “bispecific T cell engager” (BiTE). · Lonza Biologics plc 228 Bath Road Slough Berkshire, SL1 4DX Reino Unido · Produção: Células ovarianas de Hamster chinês (CHO) MECANISMO DE AÇÃO: · Ativa células T endógenas ao ligar o CD3 (componente do TCR) com o CD19 de células B · Medeia a formação de uma sinapse citolítica entre a célula T e a célula tumoral por meio de granzimas e perforinas · Causam eliminação de células CD19+ · Independente de TCR específico, antígenos (peptídicos) apresentados pelas células cancerígenas ou MHC · Resposta policlonal → células T inespecíficas · Não exerce resposta em ligações monovalentes
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