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Gabriela Sensi Santhiago TXIX Medicina Universidade Positivo Anticorpos Monoclonais Introdução o MABs o altamente específicos o monoclonais: anticorpos produzidos em laboratório muito específicos para uma única região do antígeno (epítopo) o policlonais: coletados do soro de animais inoculados e que reconhecem múltiplos sítios antigênicos o anticorpos monoclonais são importantes ferramentas de diagnóstico em diversos exames laboratoriais o os monoclonais também tem sido aplicados de forma promissora na terapia de diversas doenças, sendo utilizados para o tratamento de diversos tipos de câncer Produção e Estrutura dos Monoclonais o a origem dos anticorpos monoclonais se deu a partir da descoberta de dois pesquisadores de como produzir um anticorpo funcional o a técnica consistia na inoculação do antígeno a cum camundongo, que formará resposta imunológica o as células B formadas são separadas para que sejam fundidas com células tumorais humanas o os hibridomas, então, são capazes de produzir anticorpos altamente específicos ao antígeno em grande escala o são homodímeros de duas cadeias leves e duas cadeias pesadas o a maioria dos anticorpos são da classe IgG o possuem regiões Fab e Fc Uso dos Anticorpos Monoclonais no Laboratório o amplo uso em diversas técnicas – ELISA, quimiluminescência, imunofluorescência, imuno- histoquímica, citometria o seu uso faz a marcação de proteínas, aumentando a especificidade e a sensibilidade dos testes laboratoriais Marcação de Células o em laboratório, é possível com o uso de anticorpos monoclonais, definir os marcadores presentes na membra na membrana celular e assim identificar qual é a célula presente o essa técnica pode ser utilizada para a identificação de células imunes infiltradas no tecido e para a identificação dos tipos de leucemia, por exemplo Monoclonais ajudam definir qual o tipo de população celular presente nos tecidos – muito útil na definição de doenças. Exemplo: células maduras expressam um tipo de CD, células imaturas outros tipos de CD e células tumorais podem ter CD específico. Monoclonais e Laboratório o amplo uso o alta sensibilidade e especificidade o aumento da confiabilidade o desenvolvimento de novos biomarcadores das doenças o infecções, doenças autoimunes, oncologia, etc o aumento dos custos Monoclonais e o Tratamento do Câncer (Monoclonais Como Medicamentos) o apesar de serem células modificadas, as células tumorais não são combatidas pelo sistema imune – já que ainda são células próprias e possuem mecanismos de evasão o a célula tumoral apresente diversos antígenos na membrana celular e deve ser feito um trabalho de pesquisa para que se saiba qual é o principal – o marcador “exclusivo” dessa linhagem celular o a partir disso, podem ser desenvolvidos anticorpos monoclonais para o tratamento do câncer Gabriela Sensi Santhiago TXIX Medicina Universidade Positivo Qual o primeiro passo para o desenvolvimento de um monoclonal que pode vir a ser eficiente para tratar um câncer? 1. descobrir o principal antígeno tumoral na membrana celular da célula neoplásica 2. esse antígeno tumoral na membrana celular da célula neoplásica não pode estar presente em células não tumorais – os MABs causarão a morte celular ao se ligar ao antígeno e possivelmente um efeito colateral agressivo ao paciente o as células NK do paciente são as responsáveis por reconhecer a porção Fc do anticorpo ligado à célula tumoral e realizar a citotoxicidade Em caso de linfoma de célula B, o Rituximab é o monoclonal que se liga ao CD20 (anti CD20) presente na membrana citoplasmática dos linfócitos B para controlar o câncer. Além dos cânceres localizados, os monoclonais são bastante significantes para o tratamento e prevenção de metástases, já que as células metastáticas serão da mesma linhagem do tumor original e responderão da mesma forma aos MABs. Naked Monoclonal o monoclonais que não carregam nenhuma substância o podem destruir as células tumorais por vários mecanismos o sua ligação aos antígenos e a exposição da porção Fc é suficiente para fazer com que as células NK realizem a citotoxicidade das células neoplásicas – citotoxicidade dependente de anticorpos Monoclonais Associadas A região de dobradiça dos monoclonais permite o acoplamento de substâncias, como toxinas, substancias citotóxicas, quimioterápicos e partículas radioativas para melhorar a imunoterapia. A quimioterapia dirigida por monoclonais tem como grande vantagem a redução de danos aos demais tecidos e de efeitos adversos. Vantagem do Uso de Monoclonais o atuação pontual sobre as células tumorais o menores efeitos colaterais o não atua sobre a medula óssea – não vai gerar anemia, plaquetopenia e leucopenia Monoclonais em Uso Clínico o utilizados para o tratamento de doenças autoimunes, doenças crônicas, cânceres, etc 1. Infliximab – se liga ao TNF-alfa 2. Adalimumab – se liga ao TNF-alfa 3. Rituximab – inibe a proliferação de linfócitos B (anti CD20) 4. Trastuzomab – anti-HER-2 5. Certolizumabe – anti TNF-alfa Nomenclaturas o a composição dos anticorpos monoclonais influencia na sua nomenclatura 1. Murino: -omab (0% humano) 2. Quimérico: ximab (65% humano) 3. Humanizado: -zumab (>90% humano) 4. Humano: -umab (100% humano) Quanto maior for a porcentagem de origem humana, menor seu potencial de imunogenicidade. Dessa forma, anticorpos murínicos podem perder seu efeito após administrados já que o corpo pode desenvolver anticorpos. Uso de Monoclonais em Exames de Imagem Exame Immuno Pet Scan o o exame Immuno Pet Scan é feito com o uso de monoclonais associadas a substância que emite radioisótopos o os anticorpos são aplicados no paciente com câncer de pulmão, por exemplo, e o exame demonstra a presença de metástases A proteína HER-2 é importante desde o diagnóstico laboratorial do câncer de mama, já que quanto maior a sua expressão nas células tumorais, maior será o crescimento do tumor. O transtuzumabe é o monoclonal responsável por se ligar ao receptor, inibindo sua proliferação e induzindo à apoptose. Monoclonal Bevacizumab o proteína VEGF é a responsável pela formação de novos vasos o o monoclonal tem como alvo a proteína VEGF que afeta o crescimento dos vasos sanguíneos tumorais o é indicado para tratamento de primeira linha de pacientes com câncer de pulmão – de não pequenas células, não escamoso, irresecável, avançado, metastático ou recorrente o câncer colorretal o doença macular relacionada com a idade (DMRI) – doença regenerativa de retina Gabriela Sensi Santhiago TXIX Medicina Universidade Positivo Efeitos Colaterais do Uso de Monoclonais o sintomas similares a gripe – dor no corpo, fadiga e febre o náuseas e vômitos o falta de apetite o erupções cutâneas o dores de cabeça Criação de Anticorpos Monoclonais 1. doenças autoimunes: o estudar e entender a imunopatogênese da doença o conhecer a molécula que deve ser bloqueada Uso de imunossupressores como Metotrexato e Azatioprina, que diminuem a proliferação de linfócitos B e T, são muito usados em doenças autoimunes. Em casos de psoríase, artrite reumatoide, doença de Crohn são muto frequentemente tratadas com Infliximab. Monoclonais Para Tratamento de Doenças questões sobre câncer 1. Qual a maior dificuldade e o primeiro passo para se criar um anticorpo monoclonal R: Em casos de câncer: Identificar o antígeno tumoral específico da célula neoplásica 2. Explique como esse mecanismo imunológico funciona em conjunto com o uso das monoclonais no combate a focos de metástase tumorais: R: Aplicação dos monoclonais na circulação atinge todos os possíveis focos de metástase mesmo que não se saiba onde estão. A porção Fc humana se liga a célula tumoral e as célulasNK se ligam a ela, induzindo à morte por citotoxicidade. 3. Quais são as principais vantagens do uso de monoclonais no câncer: R: Atuação pontual sobre as células tumorais, menos efeitos colaterais e não atua sobre a medula óssea 4. Monoclonais podem ter efeitos colaterais graves: R: Quando outras células apresentam estrutura proteica similar, o monoclonal se liga em locais não esperados e leva à morte células não tumorais. questões sobre doenças autoimunes 1. Qual a maior dificuldade e o primeiro passo para se criar um anticorpo monoclonal? R: Em casos de doenças autoimunes: Estudar e entender a imunopatogênese da doença – conhecer, descobrir qual molécula deve ser bloqueada Doenças Autoimunes o cerca de 5% da população tem doença autoimune (tendência de crescimento relacionada a hábitos de vida – tabagismo aumenta 20x; sexo feminino mais acometido). - psoríase: autoagressão por linfócitos T no estrato córneo da pele em 1-1,5% da população; - artrite reumatoide: doença reumática mais frequente (1% das pessoas >30 anos); - doença de Crohn: DII/IBD – bactérias da flora intestinal tem grande potencial patogênico; - espondiloartrite. O principal responsável pela mediação dessas doenças autoimunes é o TNF. A partir disso, foram criados medicamentos, como Infliximab, para bloqueá-lo (quimérico de infusão venosa a cada 4/8 semanas). A causa mais comum de perda de eficácia do Infliximab no tratamento é o desenvolvimento de anticorpos para a porção murínica do monoclonal. Adalimumab é a versão humanizada do Infliximab, de aplicação intradérmica a cada 2/4 semanas (pode ser realizada autoaplicação). Outros Medicamentos Imunossupressores o Metotrexato: 1ª escolha para artrite reumatoide; o Tacrolimus: imunossupressor para todos os pacientes transplantados; o Ciclosporina: Precursor do Tacrolimus; o Azatioprina: monoclonal utilizada em DII; o Etanercept: proteína de infusão que o simula o receptor de TNF-alfa (imunobiológico, mas não monoclonal); Tocilizumabe foi criado para tratamento de artrite reumatoide e age se ligando ao receptor de IL-6 (via endovenosa e subcutânea). Para COVID, age bloqueando a tempestade de citocinas. O uso de Tocilizumabe na COVID aumenta o risco de infecções hospitalares graves em pacientes em ventilação mecânica, principalmente por bactérias como Acinetobacter baumannii. Monoclonais anti SARS-Cov2: Casirivimab e Imdevimab 2. Qual a diferença entre o uso de monoclonais e o uso de vacinas: R: Os monoclonais impedem a proliferação dos vírus nas células, enquanto as vacinas promovem a memória imune e a produção de anticorpos. Outros Usos de MABs Aducanumab (Aduhelm) é um monoclonal desenvolvido e aprovado para o uso contra a doença de Alzheimer. Existem monoclonais utilizados para tratar vícios em metanfetamina, cocaína e heroína, bloqueando os receptores das drogas tanto para tratamento como em casos de overdose.
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