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FACULDADE ESTÁCIO DE TERESINA CURSO DE ENFERMAGEM TIPOS DE INFECÇÕES POR PICC EM PACIENTES ONCOLÓGICOS PEDIÁTRICOS BEATRIZ DA SILVA BATISTA DANIELLE DE SOARES DE ARAÚJO FREDSON MONTEIRO RODRIGUES ORIENTADORA: ME. LIDYANE RODRIGUES OLIVEIRA SANTOS TERESINA 2020 1 INTRODUÇÃO •1.1 Contextualização do problema de pesquisa • O Tumor maligno, é considerado um grande problema de saúde pública, preocupante em todos os aspectos no mundo. O câncer é uma doença com mais de 100 tipos, que tem em comum o crescimento desordenado de células, que pode invadir tecidos epiteliais, como a pele ou mucosas, tecidos conjuntivos, como o osso, músculo ou cartilagem. Também, pode acontecer a metástase que é a multiplicação desordenadas de células que destroem o tecido do corpo (INCA, 2019). • Os principais tipos de cânceres pediátricos são leucemia, sistema nervoso central (SNC) e linfoma. Estima-se que na região Nordeste para o ano de 2020 haverá 2.190 casos novos e no Piauí será de 130 (INCA, 2019). • Diante desse cenário, o processo que envolve o tratamento do câncer infantil, é necessário que haja uma equipe de saúde multiprofissional e interdisciplinar, percebendo a criança de forma holística, além de ter hospitais especializados em oncologia pediátrica, o uso de terapias adequadas e menos agressiva para amenizar os impactos sofridos no tratamento contra o câncer (MUTTI; CRUZ; SANTOS, et. al., 2018). • Atualmente, os cateteres venosos centrais, são um dos tipos de terapia que é menos dolorida para a criança em tratamento, além de ser essencial para constantes aplicações que ocorrem diariamente como: as quimioterapias, especialmente as que ocorrem por 24 horas, administração de medicamentos, dentre outros (BERGAMI, MONJARDIM, MACEDO, 2012). • O Peripherally Inserted Central Venous Catheter, também chamado de PICC, é um cateter venoso central de inserção periférica, utilizado para terapia intravenosa. Este cateter é indicado para tratamento quimioterápico, de até um ano de duração, auxiliando na qualidade de vida dos pacientes, evitando novos acessos, minimizando as dores, e causando menos cicatrizes nos membros do corpo (INCA, 2008). • No Brasil, o profissional que tem competência técnica habilitada para colocação e manutenção do PICC, é o enfermeiro, essa prática foi regulamentada em 2001, pela resolução nº 258/2001 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), e é importante salientar que o profissional faça cursos, treinamentos e capacitações constantes • Contudo, com o crescente número de crianças usando o PICC, por ser mais seguro, eficaz e ter benefícios, os profissionais devem estar atentos quando poderá ser utilizado, devido as grandes incidências de infecções. • Por fim, em um estudo norte-americano dos autores Chopra; Ratz; Kuhn et. al. (2014), de 438 pacientes participantes de uma pesquisa, 61,4% relataram complicações relacionadas ao uso, além de ter sido detectado infecções sanguíneas. No Brasil, em um estudo dos autores Santana e Dias (2018) que analisaram 51 prontuários de crianças com câncer que estavam usando PICC, 17,6% tiveram que retirar devido a infecções. 1.1 Objetivos: • 1.1.1 Objetivo Geral: Analisar os tipos de infecções provocadas pelo PICC e as contribuições da enfermagem. • 1.1.2 Objetivos Específicos: • Descrever as infecções associada pelo uso PICC em crianças oncológicas. • Identificar as práticas executadas pelo enfermeiro para a prevenção de infecções ocasionadas pelo uso do PICC em crianças oncológicas. • 1.2 Justificativa • A partir do meu trabalho em uma Organização não Governamental (ONG) em Teresina, percebo que algumas crianças com câncer que colocam o PICC, em menos de dois meses, o PICC é retirado, segundo os médicos devido a infecções. Posto isso, o estudo pretende contribuir descrevendo os tipos de contaminações e suas prevenções. • 1.3 Relevância • O Cateter Central de inserção periférica (PICC) vem sendo utilizado como alternativa segura na Oncologia Pediátrica. Entretanto, algumas crianças precisam retirar o PICC precocemente devido a complicações. Uma dessas é a contaminação, que acontece, pelo uso da técnica asséptica inadequada, contaminação microbiana do cateter, sendo a forma mais comum de infecções locais. Nota-se também que rolos de fitas adesivas não estéreis podem ser facilmente contaminados com micro-organismos patogênicos, além de não proteger o local com material impermeável durante o banho, escolher o número de vias do cateter adequado para a necessidade terapêutica, dentre outros que serão explanados durante este estudo. • Portanto, este trabalho pode contribuir para a comunidade acadêmica, possibilitando discussão acerca da prevenção de contaminações. 2 REFERENCIAL TEÓRICO • 2.1 Particularidades do Câncer Infanto-juvenil • Desde a criação do Sistema Único de Saúde, há normativas de atenção as ações e estratégias para o combate ao cancro, sendo a mais recente a portaria nº 874 de 2013, que institui a Política Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer na Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do SUS e a Lei nº 12.732/12 que estabelece a obrigatoriedade de iniciar o tratamento oncológico em no máximo 60 dias após o diagnóstico (DA SILVA, et al. 2017). • A assistência as neoplasias iniciou em 1957, pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) e o órgão tornou-se referência no tratamento contra o tumor maligno, auxiliando o Ministério da Saúde, através de estudos científicos na criação de ações de combate e controle da problemática do carcinoma no Brasil, além disso elaborou um manual com as práticas de inserção e manejo do Cateter venoso central de inserção periférica, e ainda possui uma comissão Interdisciplinar de Cateteres (KARAM, 2015; DE BORTOLI, 2019). • Um marco importante na luta contra as neoplasias infanto-juvenil, foi em 1981, com a criação da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) que agregam esforços para sistematização, qualificação, inovação e divulgação de informação a respeito do câncer (INCA, 2008). • Apesar de todos os esforços o cancro entre crianças e adolescentes está sendo responsável pela segunda causa de morte entre as idades de 5 a 19 anos. Atualmente representa 3% de todos os tumores malignos. No entanto, diagnosticado precocemente e sendo tratado devidamente apresenta 70% de cura (CONTE, 2019). • Apresentam características clínicas, biológicas, histológicas e prognósticos variados, o que diferencia do adulto, uma vez que é prevalecente mente de natureza embrionária e atinge as células sanguíneas e os tecidos de sustentação do corpo, tem menores períodos de latência, assim como o estilo de vida não influencia no seu surgimento (INCA, 2019; SILVA, et al. 2012). • Diante disso, as neoplasias malignas não podem ser caracterizadas como uma mera doença. A criança ou adolescente precisa ser visto em sua totalidade, pois há uma gama de particularidades que devem ser consideradas para que possa haver um bom prognóstico (HAHN, DA SILVA, 2012). • 2.2 Cateter Venoso Central de Inserção Periférica e o papel da equipe de Enfermagem • De acordo com os dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) no triênio 2020-2022, haverá aproximadamente 8.460 novos casos de câncer infanto-juvenil no Brasil. Diante disso, o tratamento deve ser feito em um Hospital da forma mais adequada (INCA, 2019; LEANDRO, et al. 2018). • As etapas para o tratamento incluem quimioterapia, radioterapia e cirurgia e as tecnologias cada vez mais vem ajudando a reduzir as dores do tratamento. Atualmente o dispositivo chamado Peripherally Inserted Central Venous Catheter (PICC) está sendo muito utilizado. Segundo da Silva (2018, p. 676), “é inserido, geralmente, em veia da região antecubital, por meio de punção periférica, sendo que a ponta ficalocalizada no terço médio da veia cava superior.” • Com isso, minimiza o desconforto de receber diversos procedimentos invasivos no mesmo dia, como: infusões de medicamentos, testes laboratoriais, bem como a possibilidade de manter o dispositivo fora do ambiente hospitalar (CUSTÓDIO, GOULART, DOS REIS, 2018). 3 METODOLOGIA • Trata-se de uma revisão integrativa (RI), em que se reúne estudos científicos, sobre determinado assunto, com o objetivo de sintetizá-lo para responder a pergunta que o trabalho pretende resolver. Com isso será analisado os dados, para então desenvolver uma ampla gama de resultados, organizados de maneira sistemática e ordenada, para que o pesquisador possa adquirir conhecimento do tema que está sendo estudado (WHITTERMORE, et al. 2014). • Esse tipo de estudo é desenvolvido em cinco passos: formulação do problema, coleta de dados, avaliação dos dados, análise e interpretação dos dados coletados e apresentação dos resultados (COOPER, 1982). • A questão de pesquisa foi estruturada no acrônimo PICO, em que P- população; I- Fenômeno de interesse; CO- desfecho (MENDES, SILVEIRA, GALVÃO, 2019). Diante disso, considerou-se para este trabalho P- pacientes oncológicos pediátricos; I- tipos de infecção por PICC; CO- comparação entre o Mundo e Brasil. Diante disso foi elaborado o problema de pesquisa: Quais as evidências na literatura, acerca dos tipos de contaminação por PICC e as medidas de prevenção que estão sendo adotadas pela equipe de enfermagem? • A revisão integrativa foi realizada através da consulta de quatro bases de dados: Medline (PUBMED), Web of Science, Literatura Latino-america (LILACS), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Para a pesquisa na primeira e segunda base de dados os descritores foram encontrados no Medical Subject Heading (MESH), apenas no idioma inglês, sendo eles: Catheterization, Peripheral, children, infection, neoplsm. • Com relação a terceira e quarta base de dados os descritores foram encontrados nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) nos idiomas português, inglês, e espanhol, sendo eles: infecções relacionadas a cateter, educação em enfermagem, neoplasias; cateter-related infections, education, nursing, neoplasms; infecciones relacionadas con catéteres, educacion em enfermería, neoplasias. • Simultaneamente foram empregadas expressões booleanas “AND” e “OR” a fim de localizar os registros onde ocorressem simultaneamente os descritores referidos. Para melhor organização foi feito um quadro com os descritores utilizados para cada base de dados (Quadro 1 e 2). • O recorte temporal será de 2014 a 2019. Foram critérios de inclusão: artigos publicados na integra e disponíveis, nos idiomas português, espanhol e inglês e que abordasse a população infanto-juvenil. Foram excluídas desta revisão: teses, dissertações, livros, capítulos de livros, jornais não indexados, manuais e anais. • A primeira coleta de dados teve início em fevereiro de 2020, foram utilizadas quatro bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Literatura Latino-americana (LILACS). No mês seguinte foi utilizado o Web of Science e PubMed/ MEDLINE. 4 CRONOGRAMA ATIVIDADES MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Pesquisa do tema X Formulação dos objetivos X Escolha do método de pesquisa X Apresentação do Projeto X Coleta de dados X X X Preparação da projeto X X X finalização X 5 ORÇAMENTO FINANCEIRO MATERIAL PERMANENTE E EQUIPAMENTOS ESPECIFICAÇÕES QUANTIDADE VALOR TOTAL (R$) Computador 03 unidades Impressora 01 Kit de tinta Epson l455 68,00 SUBTOTAL DE CUSTEIO: R$ 68,00 MATERIAL DE CONSUMO E OUTROS ESPECIFICAÇÕES QUANTIDADE VALOR TOTAL (R$) Papel A4 01 Resma 22,90 Encadernação 03 Unidades 7,50 SUBTOTAL DE CUSTEIO: R$ 30,40 SUBTOTAL DE CUSTEIO: R$ 30,40 SUBTOTAL DE CUSTEIO: R$ 30,40 CUSTO TOTAL DO PROJETO: R$ 98,40 REFERENCIAS • ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR. Um compêndio de estratégias para prevenção de infecção relacionada a assistência a saúde em hospitais de cuidados agudos. São Paulo, 2008. • BRASIL. 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