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Escola Superior da Amazônia Curso de Bacharelado em Farmácia José Henrique Pantoja Barbosa Junior Lilian Batista dos Santos ATENÇÃO FARMACÊUTICA CLÍNICA AOS PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA NO USO DE ANTIEMÉTICOS: Uma revisão integrativa da literatura Belém-PA 2021 Escola Superior da Amazônia Curso de Bacharelado em Farmácia José Henrique Pantoja Barbosa Junior Lilian Batista dos Santos ATENÇÃO FARMACÊUTICA CLÍNICA AOS PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA NO USO DE ANTIEMÉTICOS: uma revisão integrativa da literatura Trabalho de Conclusão de Curso – TCC apresentado ao Curso de Bacharelado em Farmácia da Escola Superior da Amazônia – ESAMAZ, como requisito para obtenção do grau de Bacharelado em Farmácia Orientador (a): Prof. Drª Márcia Cristina Monteiro Guimarães Belém-PA 2021 Ficha Catalográfica Serviços De Processamento Técnico Da Biblioteca Esamaz Campus Municipalidade – Belém – Pa – Brasil __________________________________________________________________________ B238a BARBOSA JUNIOR, José Henrique Pantoja Atenção Farmacêutica Clínica aos Pacientes com Câncer de Mama no Uso de Antieméticos: Uma revisão integrativa da literatura / José Henrique Pantoja Barbosa Junior; Lilian Batista dos Santos - Belém, 2021. 54 f. : in. Orientador (a): Profª. Drª. Márcia Cristina Monteiro Guimarães. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Escola Superior da Amazônia, Curso de Farmácia, 2021. 1. ATENÇÃO FARMACÊUTICA. 2. ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA. 3. CÂNCER DE MAMA. 4. ANTIEMÉTICOS. I. BARBOSA JUNIOR, José Henrique Pantoja; SANTOS, Lilian Batista dos. II. Profª. Drª. GUIMARÃES, Márcia Cristina Monteiro. (Oriente.). III. Título. Cdd. 615 23.Ed. __________________________________________________________________________________ JOSÉ HENRIQUE PANTOJA BARBOSA JUNIOR LILIAN BATISTA DOS SANTOS ATENÇÃO FARMACÊUTICA CLÍNICA AOS PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA NO USO DE ANTIEMÉTICOS: uma revisão integrativa da literatura Prof.ª. Drª Márcia Cristina Monteiro Guimarães (Orientadora) Prof.ª Mestra Ana Laura Gadelha Castro Prof.ª Drº Juan Gonzalo Barález Rivera Belém-Pa,09 de maio de 2021 A Deus por nos conceder a vida e nos proporcionar esta grande conquista e aos nossos pais e familiares que sempre nos ajudaram a concretizar nossos sonhos, e em especial a nossos amigos que nos incentivaram a continuar nesta jornada. AGRADECIMENTOS Cada passo dado em busca de um objetivo, é dado na companhia de outras pessoas que incentivam em meio a dificuldades, que orientam quando aparecem dúvidas, direcionam quando questionamentos são levantados e aconselham em meio a diversos caminhos a serem seguidos. Por estes motivos diversas são as pessoas que estão inseridas no agradecimento por esta trabalho, pois estiveram dando forças e apoio em cada momento, não nos deixando perder o foco. Destes primeiramente agradeço a Deus por permitir que essa graduação fosse cumprida passados quase 10 anos de seu início, por isso vi sua providência em cada momento vivido e cada turma por onde passei, momentos difíceis, alegres, em cada um deles a mão poderosa de Deus foi sentida. Aos meus pais Carolina e José Henrique, que de diversas formas me incentivaram a permanecer na batalha e pela educação dada desde a infância, que me permitiu ter resiliência para os momentos difíceis. A minha esposa Ana Lamêgo por estar ao meu lado desde o início da graduação, incentivando a cada momento e apoiando nas dificuldades que apareceram no caminho e está até hoje me apoiando juntamente com nossa filha Ana Beatriz que é um incentivo a mais para finalizar esta graduação, e não parar de buscar conhecimento para ajudar a outros. Agradeço a cada um dos professores que passaram seu conhecimento, mas acima de tudo, incentivaram a crescer cada vez mais. A minha orientadora, Professora Doutora, Márcia Cristina Monteiro Guimarães, que aceitou o desafio de nos orientar em meio ao caos causado pela pandemia. Obrigado, desejo que seus caminhos sejam sempre abençoados. A minha colega de classe, amiga de longa data e colega de profissão Lilian Batista que aceitou o desafio de fazer esse TCC, mesmo trabalhando em hospital, em meio a pandemia e viradas de plantão. A cada um que faz parte de minha vida e me ajudou a seguir em frente sempre, inclusive os gerentes que tive: Luís Fernando, Ursula, Shirley, Jedivaldo, Hirlene, dentre outros. muito obrigado. José Henrique Pantoja Barbosa Junior AGRADECIMENTOS A DEUS toda honra e louvor seja dada. A minha eterna gratidão à minha mãe Maria do Carmo dos Santos, que mais uma vez doou todo o seu Amor, o seu carinho, o seu apoio e o seu tempo para acreditar em mais um sonho e em mais uma graduação a ser realizada. Aos meus 5 irmãos e a minha única irmã Lislene Batista. E em memória ao meu irmão mais velho Laércio Batista, o qual fez parte do início desse sonho. A nossa querida professora e Orientadora Dra. Márcia Cristina Monteiro Guimaraes, que não hesitou em aceitar nossa proposta de trabalho, contribuindo da melhor forma possível, com o seu conhecimento e sua paciência. Aos nossos Examinadores da Banca professora Mestra Ana Laura Gadelha e professor Doutor Juan Gonzalo Barález Rivera. Às farmacêuticas Úrsula Araújo minha ex-gestora que compreendeu meus inúmeros atrasos no trabalho, me concedendo sempre seu total apoio e Elissandra Trindade, sua ajuda perante meus cansaços físicos e emocionais, foram fundamentais, ambas ex-funcionárias do Hospital Amazônia. À minha amada amiga farmacêutica Shirley Araújo, do hospital Adventista de Belém, a esta pessoa devo minha gratidão. A todas as pessoas que de uma forma ou de outra me deram apoio, compreensão e carinho nos momentos difíceis em que eu precisei passar. Ao meu amigo José Henrique Pantoja Barbosa Júnior, esse é um guerreiro, já nos conhecíamos a anos de trabalharmos em farmácia hospitalar, mas tudo que Deus faz é bom, nos separamos e tempos depois nos encontramos na Faculdade ESAMAZ para realizarmos este sonho, de sermos Farmacêuticos por excelência. Obrigada meu amigo, por ser esse rapaz com uma paciência, responsabilidade e calmaria imensurável, o que me ajudou a concluir este TCC. Lilian Batista dos Santos “Sem sonhos, a vida não tem brilho. Sem metas, os sonhos não têm alicerces. Sem prioridades, os sonhos não se tornam reais. Sonhe, trace metas, estabeleça prioridades e corra riscos para executar seus sonhos. Melhor é errar por tentar do que errar por se omitir!” Augusto Cury RESUMO O câncer tem sido um problema de saúde pública de crescente preocupação e que se manifesta de diferentes maneiras em mulheres. O câncer não é uma doença única, e sim, vários outros tipos desse, tendo em comum o crescimento desordenado de células, as quais invadem tanto tecidos como órgãos geralmente, e o que o diferencia por meio de tumores malignos por ele manifestado é que, se eles são mais, ou menos agressivos, o fato é que quanto mais cedo a procura para um tratamento adequado, melhor será a chance para a cura dessa doença no que se diz respeito em relação aos estágios iniciais. O câncer de mama HER2 negativo, é classificado de acordo com a ausência da quantidade de receptores de estrogênio e de progesterona e se há produção da proteína HER2 negativo, os quais são também conhecidos como triplos negativos, conhecido como fator decrescimento epidérmico humano, que através do teste chamado de imuno- histoquímica, teremos uma resposta mais precisa e rápida, pois ele é considerado um tipo de câncer mais agressivo que os demais subtipos existentes como ocasionando assim, uma certa resistência a uma resposta ao tratamento. Sendo assim, o farmacêutico, está inserido no cuidado multiprofissional através da assistência e atenção farmacêutica, desse modo, o trabalho propôs demonstrar a importância deste profissional e suas intervenções clínicas no tratamento de pacientes com câncer de mama e os antieméticos utilizados, sendo isso feito através de uma revisão da literatura, de documentos produzidos nos últimos 10 anos e publicados em sítios de relevância científica. Onde os resultados encontrados mostraram a relevância do farmacêutico na equipe multiprofissional no tratamento do câncer de mama para melhoria da qualidade de vida do paciente, desta forma buscamos incentivar novos estudos que sirvam de suporte ao tratamento de pacientes oncológicos. Palavras-chave: Atenção Farmacêutica, assistência farmacêutica, câncer de mama, antieméticos. ABSTRACT Cancer has been a public health problem of increasing concern and it manifests iselft in different ways in women. Cancer is not a single disease, but several other types of this, having in common the disorderly growth of cells, which invade both tissues and organs generally, and what differentiates it by means of malignant tumors it manifest it that, if they are more or less agressive, the fact is that the sooner the search for and appropriate treatment, the better the chance for the cure of this disease in what concerns in relation to the initial stages HER2 negative breast cancer is classified according to the absence of the amount of estrogen and progesterone receptors and if there is production of the HER2 negative protein, wich are also known as triple negative, knowm as human epidermal growth factor, which through the test called immunohistochemistry, we will have a more accurate and quick response, because it is considered a more aggressive type of câncer than the other subtypes existing causes, thus using a certain resistance to a response to treatment. Ttherefore, the pharmacist is inserted in multiprofessional care through phamaceutical assistance and attention, thus, the work proposes to demonstrate the importance of this professional and his clinical interventions in the treatment of breast cancer patients and the antiemetics used, this being done through a review, docments produced in the last 10 years and published on sites of scientific relevance. Where the results found showed the relevance of the pharmacist in the multidisciplinary team in the treatment of breast cancer to improve the patient's quality of life, in this way we seek to encourage new studies that support the treatment of cancer patients. Keywords: pharmaceutical care, pharmaceutical assistance, breast cancer, antiemetics. LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - Gráfico da taxa de incidência de câncer de mama 2020, mundial 20 FIGURA 2 - Taxa de incidência e mortalidade no mundo do câncer de mama, 2020 21 FIGURA 3 - Gráfico de incidência de canceres no brasil,2020 22 FIGURA 4 - Financiamento de ações em saúde do PNM 27 FIGURA 5 - Etapas da assistência farmacêutica 28 FIGURA 6 - Fluxograma de seleção de artigos 36 LISTA DE QUADROS QUADRO 1 - Principais efeitos observados e notificações 31 QUADRO 2 - Quadro sináptico de artigos escolhidos 37 QUADRO 3 - Autores por tema abordado da assistência farmacêutica 41 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 5 – TH3 5-hidroxitriptamina ou serotonina ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária CNS Conselho Nacional em Saúde CFF Conselho Federal de Farmácia HER2 Human Epidermal growth factor Receptor-type 2 INCA Instituto Nacional de Cancer MS Ministério da Saúde NBR Normas Brasileiras NOTIVISA Sistema Nacional de Notificações para a Vigilância Sanitária OMS Organização Mundial de Saúde PNAF Política Nacional de Assistência Farmacêutica PNAO Política Nacional de Atenção Oncológica RAM Reações Adversas Medicamentosas SUS Sistema Único de Saúde SUMARIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 16 1.1 Tema em estudo .................................................................................................... 16 2 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................ 19 2.1 Câncer de mama ................................................................................................... 19 2.1.1 Números no mundo .............................................................................................. 19 2.1.2 Números no brasil ................................................................................................ 21 2.2 Fármacos utilizados no câncer de mama ............................................................ 22 2.2.1 Protocolo utilizado no câncer de mama her2- ...................................................... 23 2.2.2 Antieméticos utilizados durante o tratamento de câncer de mama ....................... 24 2.3 Assistência e atenção farmacêutica ao paciente com câncer de mama ........... 26 2.3.1 Farmacovigilância nas reações adversas medicamentosas do paciente oncológico de mama............... ........................................................................................................ 29 2.4 Justificativa ........................................................................................................... 32 2.5 Problemática e questões norteadoras ................................................................. 32 2.6 Objetivos ................................................................................................................ 33 2.6.1 Objetivo geral ....................................................................................................... 33 2.6.2 Objetivos específicos ........................................................................................... 33 3 METODOLOGIA ........................................................................................................ 34 3.1 Aspectos éticos ..................................................................................................... 34 3.2 Tipo de estudo....................................................................................................... 34 3.3 Critérios de inclusão ............................................................................................. 34 3.4 Critérios de exclusão ............................................................................................ 35 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................. 36 4.1 farmacêutico e o tratamento do paciente com câncer de mama ....................... 41 4.2 antieméticos mais utilizados ................................................................................ 44 4.3 atenção farmacêutica aos pacientes com câncer de mama ............................... 44 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 46 REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 47 16 1 INTRODUÇÃO 1.1 Tema em estudo O câncer de mama é uma das principais causas de mortalidade, no mundo,com elevada incidência em mulheres brasileiras, os dados apresentados pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer mostram que a incidência de câncer de mama no mundo é de 43.6 por 100.000 habitantes. Já no Brasil e no estado do Pará esses números apresentam-se respectivamente 43,74 e 35,85 por 100.000 habitantes. Ele pode ser detectado por meios de exames, realizados em hospitais, como a mamografia, o qual deve ser realizado por mulheres com 40 anos em diante ou com menor faixa etária, se houver caso detectado da doença na família e por meio de toques nas mamas, os quais podem ajudar a encontrar algo fora do normal no local examinado, e então, procurar ajuda médica, quanto mais cedo a procura por tratamento, melhores e mais rápidos serão os resultados com o início de um possível tratamento (RODRIGUES, CRUZ E PAIXÃO,2015; OMS,2018; BRASIL,2019; INCA,2020). O número de pessoas diagnosticadas com câncer nos últimos anos tem aumentado e, na busca por cura, é adotado um tratamento com abordagem multiprofissional para o paciente, tendo uma equipe composta por médicos, farmacêuticos, enfermeiros, nutricionistas e psicólogos e outros, demonstrando ser uma prática bem aceita é de suma importância para a recuperação do paciente. Da mesma forma a relação multiprofissional é muito importante para a continuidade do tratamento e a quebra dessa relação, caracteriza-se como uma construção defeituosa da humanização necessária nos serviços de saúde, devendo ela ser revista e sanada (SCANNAVINO et al, 2013; LEITE et al,2014). O processo de orientação ao paciente tornou-se conhecido como Atenção Farmacêutica no qual este profissional torna-se fundamental no processo, orientando o uso correto dos fármacos, mas também realizando o acompanhamento de possíveis reações, buscando desta forma reduzir erros e evitar descontinuidade no tratamento oferecido ao paciente (FALCAI et al,2017). 17 A Política Nacional de Assistência Farmacêutica foi aprovada em 20 de maio de 2004, pelo CNS - Conselho Nacional em Saúde, surgindo a definição de Assistência farmacêutica, como um conjunto de ações voltadas à promoção, à proteção e à recuperação da saúde, tanto individual quanto coletiva, tendo o fármaco como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional, conjunto este, de ações, que envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população (BARBERATO, SCHERER e LACOURT,2019). A assistência farmacêutica tornou-se um diferencial referente ao cuidado com o uso racional de medicamentos e deve ser conceituado de maneira distinta em relação a Atenção Farmacêutica (BARROS, SILVA e LEITE,2020). A atenção farmacêutica ao paciente oncológico de forma legal, amparada por uma legislação, teve seu início com a resolução 288/96, que foi alterada pela 565/12, a segunda deu nova redação a anterior buscando ratificar, o profissional farmacêutico, como parte importante do cuidado dispensado aos pacientes com neoplasias. A função do farmacêutico já foi tida como bem diferente da apresentada atualmente, eles não apresentavam um papel definido na assistência à saúde, além de ser o profissional do remédio, mas novos desafios surgiram e tem o tornado qualificado para a assistência farmacêutica, atuando além de um simples dispensador de medicamentos (SOUZA et al,2016; SOARES, BRITO e GALATO,2020). Sua atividade na assistência farmacêutica, na oncologia, envolve seleção e padronização, aquisição, armazenamento e conservação dos antineoplásicos, no qual é verificado a qualidade e legalidade da aquisição feita (SILVA e OSÓRIO-DE-CASTRO,2019). Além de ser visto, também, como um orientador que direciona o paciente sobre o uso correto das medicações, possíveis interações e evolução do tratamento, também pode orientar sobre horários de uso, buscando a melhor adesão possível aos tratamentos propostos (SANTOS,2020). Dentre os papeis do farmacêutico no tratamento do câncer de mama, podemos destacar a avaliação de possíveis interações entre os medicamentos oncológicos 18 utilizados e os antieméticos (EUGÊNIO e PINHEIRO,2018). Além da estimulação ao uso racional dos mesmos (FRANÇA et al,2015), sempre considerando o protocolo mais utilizado para tratamentos de câncer de mama, HER2-, desta forma demonstrando importância do farmacêutico na adesão do paciente ao tratamento e na melhoria da qualidade de vida durante e após o tratamento oncológico (OLINTO et al, 2013). O tratamento do câncer de mama envolve diversos protocolos medicamentosos com antineoplásicos, que dependerão de diversos fatores para serem utilizados, um deles é o protocolo utilizado para câncer de mama tipo HER2- formado pelos antracíclicos doxorrubicina e ciclofosfamida, podendo ser utilizado antes um taxano, o de escolha foi o paclitaxel, estes fármacos são utilizados em pacientes que possuem grande risco de recorrência da doença (VIEIRA et al,2017). Em relação aos tratamentos oncológicos tidos como prolongados e poli medicamentosos, as chances de interações e necessidade e utilização de antieméticos torna-se uma realidade, na maioria dos tratamentos, e neste caso, a intervenção do farmacêutico para prevenção de erros de medicação e promoção ao uso racional de medicamentos torna-se relevante (ALMEIDA et al, 2015). Buscaremos reforçar e colaborar para que o entendimento sobre a importância da prática do farmacêutico clínico, seja, cada vez mais evidenciado e disseminado o conhecimento necessário para uma boa atenção farmacêutica ao paciente oncológico com câncer de mama, desta forma, ajudando a diminuir as reações adversas e a adesão ao tratamento farmacológico (ALBERTI et al,2018). 19 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Câncer de mama O câncer de mama é uma realidade que leva à morte de muitas mulheres todos os anos, pois novos casos surgem, mas que na maioria, pode ser tratado satisfatoriamente se diagnosticado precocemente, com a realização de tratamento adequado e aliados a uma prevenção (LEMOS et al,2019). É necessário que a população feminina seja conscientizada o quanto antes, em relação ao câncer de mama, a fim de se evitar danos maiores futuramente. A prevenção evita certas complicações quando se existe uma causa única. Quando a pessoa é diagnosticada com a doença, seu psicossocial já fica totalmente abalado e desta forma, não afeta somente a parte física como também envolve todo o emocional da pessoa e daquelas que vivem ao seu redor (SCANNAVINO et al 2013). Poucos são os sintomas notórios e o autoexame de mama é o exame utilizado para detecção de caroços na região dos seios, ou seja, nódulos no seio que, muitas vezes, não apresentam o desconforto da dor, o que leva muitas mulheres a não se preocuparem e a hesitar algumas vezes em buscar ajuda médica, outro sintoma, diríamos que é raro, mas requer atenção, são secreções expelidas pelo bico do seio acompanhadas ou não com sangue. Vários são os fatores de risco que podem estar relacionados ao câncer de mama como: histórico familiar, sedentarismo, obesidade, consumo de álcool, tabagismo e idade acima de 50 anos (SIEGEL et al,2017). O exame para se diagnosticar algo incomum nas mamas pode ser realizado através do toque nos seios, mas também pode ser realizado o exame de mamografia, o qual deve ser realizado uma vez por ano por mulheres a partir dos 40 anos, além de ultrassonografia (SANTOS e CHUBACI,2011). Números no mundo Mundialmente pode-se afirmar que o câncer de mama é o mais incidente entre as mulheres e que só não ganha em estatísticas para o câncer de pulmão, pois esse é 20prevalente assim como o câncer de colo retal. Todos os anos novos diagnósticos são relatados, por exemplo em 2018, cerca de 2,1 milhões, o equivalente a 11,6% do total de todos os demais canceres. O câncer de mama é o que mais afeta a população feminina, causando algumas vezes grande número de vítimas fatais (BRAY et al, 2018). A figura 1 mostra a elevada taxa de incidência em 2020, que foi de 47.8 por 100000 habitantes, e a figura 2 a taxa de mortalidade de 13.6 por 100000 habitantes (OMS,2020). Figura 1 - Gráfico da taxa de incidência de câncer de mama 2020, mundial Fonte: gráfico da taxa de incidência de câncer em 2020.adaptado da OMS,2021 21 Figura 2 - taxa de incidência e mortalidade no mundo do câncer de mama, 2020 Fonte: gráfico de comparação incidência mortalidade em 2020. adaptado da OMS,2021. Números no Brasil No Brasil, segundo informações, do Instituto Nacional do Câncer (INCA), fornecidas sobre dados importantes de 2019, referentes a neoplasia maligna câncer; Um número alarmante de pessoas, tem sido acometida pela doença, 66.280 mil novos casos de câncer de mama feminina, surgiriam em 2020, nos Estados e nas capitais, cerca de 19.820 (INCA, 2019). Para o Brasil, a estimativa para cada ano do triênio 2020-2022 aponta que ocorrerão 625 mil casos novos de câncer (450 mil, excluindo os casos de câncer de pele não melanoma). O câncer de pele não melanoma será o mais incidente (177 mil), seguido pelos cânceres de mama e próstata (66 mil cada), cólon e reto (41 mil), pulmão (30 mil) e estômago (21 mil). O cálculo global corrigido para o sub-registro, aponta a ocorrência de 685 mil casos novos (INCA,2020). Esses dados de incidência são apresentados em forma de gráfico na figura 3. 22 Figura 3 - Gráfico de incidência de canceres no Brasil,2020 Fonte: INCA,2020. O aumento dos casos deve-se a maior exposição que as mulheres estão tendo aos fatores de risco, causado pela urbanização, assim como a consequente mudança no estilo de vida, intensificado pelo envelhecimento da população, busca-se desta forma uma detecção precoce na busca por tratamentos mais eficazes e redução da mortalidade causada pela patologia (MIGOWSKI et al,2018). Outro fato a ser levado em consideração, quando se relaciona diagnostico e taxa de mortalidade, é o nível econômico, estudos realizados demonstraram que algumas regiões onde havia mais homogeneidade econômica e investimento das esferas do governo, para diagnóstico e tratamento, a taxa de diagnóstico precoce era maior e a de mortalidade menor, sugerindo que diagnóstico precoce associado a métodos de prevenção deve ser utilizado tanto em âmbito público quanto particular para reduzir as taxas de mortalidade independentemente do nível econômico da paciente(GUERRA et al, 2015). 2.2 Fármacos utilizados no câncer de mama Logo após diagnósticos com resultados bem definidos, temos várias opções para o tratamento como: a cirurgia, a quimioterapia, a radioterapia e os tratamentos não 23 farmacológicos. Há um custo elevado para se realizar tratamento oncológicos, já que todos os anos a tendência é aumentar novos casos e com isto, elevar os investimentos necessários principalmente pelo setor público (KALIKS,2013). Para o tratamento terapêutico medicamentoso oncológico pode ser realizada apenas monoterapia, mas comumente utiliza-se uma combinação de mais de um tratamento, desde que haja esquemas antineoplásicos entre si, exemplificando temos os seguintes medicamentos: CMF – Ciclofosfamida, Metotrexato, Fluorouracil; ACT – Doxorrubicina, Ciclofosfamida e Paclitaxel; FEC - Fluoruracila, Epirrubicina e Ciclofosfamida, e FAC – Fluoruracila, Doxorrubicina e Ciclofosfamida. O SUS também oferece o quimioterápico Trastuzumabe, um anticorpo monoclonal que bloqueia o HER2 e o Docetaxel (BRASIL,2017). Protocolo utilizado no câncer de mama HER2- São vários os tipos de câncer de mama, pelo menos 4 afetam mulheres em todo o mundo. Ele não escolhe idade, cor ou raça para aparecer e se instalar no corpo, e é sabido que existem aqueles que são mais agressivos e os menos agressivos, pois leva bastante tempo para evoluir, e se detectado o quanto antes, melhores serão as chances de encontrar um tratamento eficaz ou a paciente ter uma sobrevida com qualidade (PANOBIANCO et al, 2012). No caso do câncer de mama metastático, o qual ultrapassou a camada basal e se disseminou para outras partes do corpo, também tem a possibilidade de se realizar tratamento com medicamentos, que é menos invasivo que o tratamento cirúrgico, porém a cura é menor (GOBBI, 2012), tendo como intenção estabilizar a doença em si, sejam com quimioterápicos, bloqueadores ou imunoterapias objetivando uma melhoria na qualidade vida e aumento da sobrevida da paciente (LÔBO et al,2014). O tipo de câncer metastático HER2 (Receptor de fator de crescimento epidérmico humano tipo 2), recebe este nome porque é uma proteína que está localizada no exterior da célula, o HER2, que tem como função participar na divisão e multiplicação da célula, mas, se de repente, ela começar a se multiplicar desordenadamente ou em excesso, é bem provável que seja sinal de câncer. O câncer tipo HER2 negativo é o tipo de câncer que não possui hormônio receptivo positivo metastático e são os mais agressivos e 24 prevalentes, já que não possuem os receptores estrogênio e ou progesterona e não produzem a proteína HER2, e a ausência dessas proteínas acabam por ocasionar a paciente a um tratamento limitado e acometer órgãos mais distantes da mama, pois a multiplicação de células malignas ocorrem de forma desordenada e incontrolável, levando a formação de tumores, e caso não haja um tratamento prévio ou adequado, pode levar a morte da paciente. E para tratamento quimioterápico pode ser usado o medicamento trastuzumabe em concomitância com o tratamento de radioterápico. O quimioterápico docetaxel também é uma opção a mais no arsenal terapêutico que pode trazer uma sobrevida para a paciente com câncer metastático, requerendo cuidados com a questão pulmonar por conta da toxicidade. (SANTOS, SANTOS e VIEIRA, 2014; RAYMUNDO,2020). Antieméticos utilizados durante o tratamento de câncer de mama Os antineoplásicos da mesma forma possuem a capacidade de interação tanto com células tumorais quanto com células normais apresentando efeitos citotóxicos que apresentam maior efeitos sobre as células do trato gastrointestinal por serem células que possuem uma elevada taxa de divisão celular (GOZZO et al,2013). A incidência de náuseas durante o tratamento oncológico é regida por uma série de fatores intrínsecos ao paciente, mas também a droga utilizada por este no tratamento que está sendo realizado, desta forma é necessária avaliar uma melhor abordagem e utilização de antieméticos que tragam alívio aos sintomas sem prejudicar o tratamento (MOYSÉS et al, 2017). No protocolo terapêutico analisado contém os medicamentos paclitaxel, doxorrubicina e ciclofosfamida e todos apresentam potencial emetogênico relevante para que haja intervenção com antieméticos pré ou pós administração (NETO et al, 2013). Dentre os antieméticos endovenosos mais utilizados temos: ondansetrona, palonosetrona, metoclopramida, granisetrona. Estes são utilizados tanto para êmese aguda quanto a tardia e refretária, dependendo da interação da quimioterapia com o organismo do paciente, podem ser utilizados de forma individual e/ou associada (SANTOS, BARROS E PRADO, 2015). 25 A ondansetrona é um potente antagonista dos receptores 5–TH3, serotoninérgico, receptor que quando ativado provocam náuseas e vômitos, a ondansetrona age bloqueando o início do reflexo do vomito do organismo quando, devido a agentes quimioterápico e radioterápicos há a liberação de 5-TH no intestino delgado, o que provocaas náuseas e vômitos. Possui ligação com as proteínas plasmáticas de 70% a 76%, sofre metabolismo hepático, possui meia vida de 3 horas, mostrou-se que sua eficácia pode ser aumentada, em tratamento de êmese provocada por quimioterápicos, associando a 20 mg de fosfato de dexametasona. Reação adversa mais evidenciado é cefaleia. Uma interação significante é a diminuição do efeito do cloridrato de tramadol, medicamento usado de forma recorrente no tratamento de dores oncológicas (BULA DO NAUSEDRON®). A palonosetrona pertence a mesma classe de antagonistas do 5-TH3, tendo o mesmo mecanismo de ação sobre o bloqueio do reflexo do organismo sobre organismo sobre os efeitos da quimioterapia, porém difere na meia-vida que é prolongada (cerca de 40 horas) e possui mais afinidade pelos receptores do 5-TH3, por ter mais afinidade com o receptor seu potencial para interações medicamentosas é baixo. Efeitos adversos mais relatados foram cefaleia e constipação (BULA DA PALONOSETRONA). O cloridrato de granisetrona é antiemético antagonista do 5-TH3, e age nos receptores inibindo sua ação reflexo causada pelos quimioterápicos administrados, apresentando afinidade insignificante por outros receptores inclusive pelo 5-TH, ela possui meia-vida de 9 horas, e suas interações são insignificantes com outras drogas devido sua afinidade pelo receptor específico. Seus efeitos a adversos incluem cefaleia e constipação (BULA KYTRIL®). O Cloridrato de Metoclopramida é um antagonista da dopamina, estimula a motilidade muscular lisa do trato gastrointestinal sem estimulação das secreções gástricas, desta forma acelera o esvaziamento gástrico pelo aumento do trânsito intestinal, possui meia vida de 3 horas, é metabolizada pelo fígado e seu pico plasmático é de 30 a 60 minutos sendo excretada pela urina, principalmente. Possui mais interação que os outros antieméticos citados, apresenta interação com levodopa e outros dopaminérgicos, anticolinérgicos e derivados da morfina, depressores do sistema 26 nervoso central, neurolépticos, dentre outros. Seus efeitos adversos mais comuns são sonolência e diarreias (BULA DO NOPROSIL). A maioria das notificações realizadas no NOTIVISA no período de 01/01/2020 a 28/02/2021, estão distribuídas como: por medicamentos suspeitos a metoclopramida e ondansetrona como princípio ativo suspeito, sendo prurido o principal efeito adverso relatados (ANVISA,2021). Dos antieméticos pesquisados nenhum apresentou interação com os quimioterápicos estudados, devendo ser escolhido de forma a minimizar efeitos adversos e redução de custos para o tratamento oncológico levando em consideração os demais medicamentos que podem interagir durante aplicação (BECKER, NARDIN,2011). 2.3 Assistência e atenção farmacêutica ao paciente com câncer de mama O tratamento de câncer de mama, assim como diversas enfermidades é de alto custo e demanda o acompanhamento de diversos profissionais para que o tratamento seja completo e ofereça a qualidade de vida para o paciente (CARDOSO et al, 2013). Cada profissional desempenha um papel importante e diferenciado, levando a um cuidado integral através da combinação de conhecimentos e métodos a serem adotados para superação de desafios e auxílio a uma melhor condução do tratamento (PICHELI, MONTEIRO e HORA, 2019). Neste contexto multiprofissional temos o farmacêutico inserido em praticamente todas as instâncias sendo através da assistência ou da atenção farmacêutica. Ao abordar a assistência farmacêutica é preciso ter uma contextualização histórica, que tem início com o a implantação de políticas públicas de saúde, mais evidenciada com a aprovação da lei nº 8080/90, que atendia de forma ampla toda a população brasileira (RABELO e BORELLA, 2013). A assistência farmacêutica sofreu diversas reestruturações ao longo dos anos, baseadas em modificações ocorridas desde 1996, através de resoluções e portarias do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Ministério da Saúde (MS) e outros órgãos reguladores, pois foram criados programas e políticas como Política Nacional de Medicamentos (PNM) em 1998 assim como a Portaria GS/MS n º 3.916/1998 que 27 aumentava a participação das esferas do governo descentralizando do governo federal e aumentando também o acesso do usuário e a promoção do uso racional do medicamento; a resolução 288/96 alterada pela 565/12, no que se trata da logística e manipulação de medicamentos oncológicos; ainda em 1998, através da portaria 3.535 foi estabelecido critérios para cadastramento de centros de atendimento em oncologia e reforçando a participação do farmacêutico (CFF 1996,2012; BRASIL,1998; VASCONCELOS,2017). Desta forma podemos ver a crescente participação do profissional farmacêutico no tratamento de pacientes oncológicos, seja na parte logística ou na atenção prestada durante e após o uso de medicamentos oncológico visto que com a implementação da PNM criou-se três esferas da assistência farmacêutica a municipal, conhecida como componente básico; estadual conhecida como componente especializado e a federal chamado de componente especializado e de distribuição estratégica (VIEIRA e ZUCCHI,2013), as esferas são apresentadas na figura 4, mostrando destinação e âmbito estratégico. Figura 4 - Financiamento de ações em saúde do PNM Fonte: CCATES -SUS. 28 A farmácia em oncologia no SUS está inserida no componente especializado no qual o financiamento de tratamentos é realizado tendo o maior valor sobre responsabilidade do Governo Federal, mas participações das outras esferas do poder, objetiva-se a necessidade de protocolos para solicitação de tratamentos, levando em conta cada paciente, estágio da doença, tipo de doença a ser tratada etc. Todas as diretrizes foram direcionadas pelo governo federal e demais conselhos envolvidos na prevenção e tratamento (SILVA et al,2017). Baseada, na 1ª Conferência Nacional de medicamento e Assistência Farmacêutica, ocorrida em 2003, em 2004 foi promulgada através da resolução 338/2004, a Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF), conhecida como política norteadora das políticas setoriais relacionadas a medicamentos, ciência e tecnologia desenvolvimento industrial e relacionadas a saúde, possuindo eixos estratégicos apresentados no artigo 2º, atualmente toda a PNAF é baseada em leis como a nº 13.021/2014, e resoluções do CFF como 555/2011 e 578/2013 estando inserida na política nacional de prevenção e controle do câncer segundo a portaria 874/2013 (MENDES e VASCONCELLOS,2015; BARBOSA e NERILO, 2017; BRASIL,2018). A figura 5 mostra as etapas realizadas durante a assistência farmacêutica, seguindo etapas logísticas. Figura 5 - Etapas da assistência farmacêutica Fonte: CCATES-SUS. 29 Por se tratar, diretamente, de um tratamento farmacológico o farmacêutico está inserido na equipe multiprofissional atuando como interventor ou assessorando os demais profissionais quanto aos procedimentos que podem ser adotados para melhorar a qualidade de vida do paciente (CORREIA,2017). A atenção farmacêutica está contida no âmbito da assistência farmacêutica a partir do momento que visa o bem-estar do paciente e o uso racional de medicamentos, sendo desta forma a atenção farmacêutica tida como uma prática clínica centralizada no paciente e que busca compartilhar conhecimentos e responsabilidades com os demais profissionais de saúde envolvidos no processo de tratamento. (CORRER e OTUKI,2011). Assim sendo a atenção farmacêutica torna-se uma importante ferramenta durante o tratamento do câncer de mama por orientar o paciente e demais profissionais sobre o uso racional dos medicamentos, alertar sobre efeitos colaterais e interações além de ser um suporte a mais para reduzir o abandono do tratamento proposto. O processo de atenção farmacêutica visa a abordagem direta com o paciente buscando prevenir,identificar ou resolver possíveis problemas relacionados a medicamentos e, caso necessário, é realizada a intervenção farmacêutica que pode ser diretamente com o paciente ou profissionais envolvidos no tratamento (BRAZIL, 2011; SOARES, BRITO e GALATO,2020). Desta forma podemos definir o papel do farmacêutico clínico em seis aspectos: orientador ao uso racional de medicamentos; acompanhamento de perfil farmacoterapêutico; aconselhamento farmacológico e não farmacológico; educação continuada e avaliador de prescrições e preparação de terapias antineoplásicas através de avaliação desde o produto até a prescrição e protocolos definidos junto a equipe multidisciplinar de oncologia (EDUARDO, DIAS e SANTOS,2012). Farmacovigilância nas Reações Adversas Medicamentosas do paciente oncológico de mama A farmacovigilância é a ciência responsável pela detecção, avaliação entendimento e prevenção de efeitos adversos e demais problemas relacionados a 30 medicamentos sendo estes relacionados a questões de queixas técnicas, erros, interações ou demais problemas apresentados (ALBUQUERQUE et al, 2012). Ao surgimento de quaisquer problemas, relacionados a medicamentos, cabe ao profissional de saúde seja ele o prescritor ou os demais, inclusive pacientes, quando possível, realizar a notificação a ANVISA através do Sistema Nacional de Notificações para a Vigilância Sanitária (NOTIVISA), a importância da notificação pode ser disseminada pelo profissional farmacêutico, incentivando os demais profissionais da saúde a usarem o sistema na busca de redução de problemas a saúde do paciente (CFF, 2015). A farmacovigilância, desta forma, consiste na rastreabilidade dos efeitos adversos e outras complicações relacionadas a medicamentos para que através delas, caso necessário, possam ser acrescentadas novas informações a bula, publicações de alertas e investigação do fabricante (BRAÚNA e FREITAS,2014). Na oncologia a farmacovigilância torna-se necessária por conta a agressividade que os medicamentos antineoplásicos apresentam devido, assim como outros fármacos não possuir seletividade, agindo em diversas locais do organismo e não em um especifico sitio de ação, essa ação caba por causar efeitos indesejados ao paciente (TAVARES et al,2020), alguns em menor grau de preocupação outros de difícil controle ou reversão, sendo classificados em grau de 1 a 5, e determinados pelo algoritmos de Naranjo et al, que calcula o grau de casualidade do evento adverso através de uma tabela com 10 perguntas direcionadas ao evento ocorrido (ANVISA,2012). O site da NOTIVISA apresenta de 1 de janeiro de 2020 a 28 de fevereiro de 2021, 643 notificações de reações adversas pelas medicações quimioterápicas Carboplatina; Paclitaxel; Epirrubicina; Cloridrato de doxorrubicina; Fluoruracila, trastuzumabe; tendo predominância nas mulheres de 45 a 74 anos (399 casos); das principais reações observadas a maior é a dispneia (164 notificações), a maioria das notificações foram realizadas por farmacêuticos (301 notificações); sendo o paclitaxel o mais notificado como suspeita das reações (551 notificações). Dados esses que mostram a importância das notificações de efeitos mesmo que por suspeita, pois medidas podem ser tomadas ao buscar esses dados (ANVISA, 2021). Esses dados são mostrados de forma mais sucinta no quadro 1. 31 Quadro 1 - Principais efeitos observados e notificações Fonte: adaptado pelo autor da VIGIMED/ANVISA, 2021. O quadro acima é uma amostra, mas reflete apenas a notificações realizadas no site do órgão específico, o que não descarta a possibilidade de RAM não notificadas ou queixas técnicas, em vista disso faz-se necessário a conscientização de todos os envolvidos no tratamento de pacientes oncológicos buscando melhorias na qualidade de vida e, sempre que possível a minimização desses efeitos não apenas pelo farmacêutico, mas por toda a equipe envolvida (DUARTE et al,2014). A farmacovigilância em oncologia é importante pois, problemas relacionados a medicamentos ou insumos, são responsáveis por prolongamento ou necessidade de internações por período prolongado, visto que há a necessidade da supressão do efeito ocasionado pelo sinistro, antes da liberação do paciente, além de ser um risco a mais devido a imunossupressão causada pela doença e tratamento realizado com os medicamentos quimioterápicos (LIMA et al, 2013). Medicamentos Antineoplásicos Principais Reações Idade dos pacientes Notificador Sexo mais acometido Quantidade de notificações Cloridrato de Doxorrubicina Neutropenia 45-74 anos Farmacêutico Feminino 16 Ciclofosfamida Neutropenia 45-74 anos Farmacêutico Feminino 110 Plaquitaxel Dispneia 45-74 anos Farmacêutico Feminino 551 Cloridrato de Epirrubicina Diarreia 45-74 anos Farmacêutico Feminino 6 Fluoruracila Neutropenia 45-74 anos Farmacêutico Feminino 35 Trastuzumabe Tremor/calafrios 45-74 anos Outros profissionais Feminino 73 32 2.4 Justificativa Ao longo dos anos a quantidade de mulheres diagnosticadas com câncer de mama tem aumentado, segundo os dados do INCA, o que torna uma doença preocupante nos termos de saúde pública. Este grande número de pacientes dá-se de maneira, mundial e não discrimina status social, idade, escolaridade, todas a mulheres estão sujeitas a adquirir e o estilo de vida, além da condição financeira acaba sendo um fator primordial para diagnóstico e tratamento. Assim sendo durante observações realizadas em período de trabalhos acadêmicos e estágios além de vivência em hospitais e comunidade em geral, verificamos considerável quantidade de pacientes sendo tratados, e muitas vezes sofrendo com reações, causadas pelas drogas utilizadas, principalmente náuseas e êmese. Diante disso o estudo objetiva oferecer subsídios para os profissionais entenderem qual o papel do farmacêutico junto ao paciente com câncer de mama, quais os antieméticos mais utilizados e qual a importância da atenção farmacêutica para os pacientes com câncer de mama. 2.5 Problemática e questões norteadoras Falta de atenção farmacêutica para alguns pacientes oncológicos em tratamento do câncer de mama, podem levar ao abandono ou terapia incorreta durante o tratamento por efeitos colaterais, interações medicamentosas e outros possíveis agravos que dificultam ou impedem o tratamento correto. Diante do exposto acima, levantamos a seguinte problemática: Atenção farmacêutica clínica aos pacientes com câncer de mama no uso de antieméticos. Com base nesta problemática surgem as seguintes questões: a) Qual o papel do farmacêutico clínico junto às pacientes com câncer de mama? 33 b) Quais os antieméticos mais utilizados e sua interação dentro do protocolo escolhido? c) Qual a importância da atenção farmacêutica aos pacientes com câncer de mama? 2.6 Objetivos Objetivo geral Demonstrar a importância do farmacêutico clínico no acompanhamento de possíveis intervenções farmacêuticas necessárias para a boa adesão dos pacientes com câncer de mama. Objetivos específicos - Avaliar o papel do farmacêutico clínico junto às pacientes com câncer de mama; - Fazer uma abordagem dos antieméticos mais utilizados e sua interação dentro do protocolo escolhido; - Demonstrar a importância da atenção farmacêutica aos pacientes com câncer de mama. 34 3 METODOLOGIA 3.1 Aspectos éticos O presente estudo por ser de revisão de literatura, não será submetido à avaliação do Comitê de Ética em Pesquisa de acordo com a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), pois não são oferecidos riscos. Porém todos os preceitos éticos estabelecidos pela (ABNT, NBR 14724, 2011), serão respeitados no que se refere a zelar pela legitimidade das informações transcritas, na medidaem que, se não forem de própria autoria, serão citados e referenciados de acordo com a norma da instituição. 3.2 Tipo de estudo Para realizarmos nossa pesquisa foi utilizada uma revisão bibliográfica integrativa da literatura, a qual nos impulsionou consultas em artigos científicos, cujas bases de dados eram voltadas a assuntos relacionados a atenção farmacêutica clínica e ao paciente oncológico de mama no uso de antieméticos, e nos proporcionassem embasamentos teóricos para conclusão do estudo em foco. Sendo utilizadas para pesquisa sites especializados como do Instituto Nacional do Câncer (INCA), Ministério da Saúde (MS) e Organização Mundial da Saúde (OMS) , assim como o uso de livros físicos e bancos de dados como Scielo, PubMed, Lilacs além do google acadêmico, os quais nos direcionaram a inúmeros artigos de faculdades nacionais e internacionais. De forma a completar a pesquisa direcionada foram utilizados os descritores como: “câncer de mama”, “atenção farmacêutica”, “assistência farmacêutica” e “antieméticos”. Os artigos selecionados servirão como base para discussão e resultados de nossa pesquisa. 3.3 Critérios de inclusão Foram incluídos documentos que obedeciam aos parâmetros definidos como ano de publicação entre 2011 e 2021, disponíveis na língua portuguesa, inglesa e espanhola, 35 assim como artigos que possuíssem textos completos e com autores definidos, exceto os de site especializado. 3.4 Critérios de exclusão Foram excluídos da pesquisa documentos anteriores a 2011, que não possuíssem textos nos três idiomas selecionados e que estivessem resumidos ou com duplicidade com outros trabalhos publicados. 36 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO A partir da pesquisa realizada nas bases de dados utilizando os descritores foram encontrados 1069 artigos científicos sendo que estavam disponíveis em 127 no Lilacs, 7 no INCA, 786 no google acadêmico e 149 no Scielo. Destes foram excluídos 1014, sendo 28 por estarem duplicados, 971 após leitura do resumo e verificação de desvio do tema proposto ou indisponibilidade gratuita de acesso e 15 após leitura na integra e identificação de estarem em linguagem diferente da proposta (português, inglês e espanhol) e por possuírem dados de pesquisa anteriores a 2011, exceto legislações. Figura abaixo Figura 6 - Fluxograma de seleção de artigos 37 Os resultados foram organizados no quadro 2, a seguir, demonstrando de maneira sinóptica os estudos utilizados para o trabalho, buscando informações que sejam relativas à abordagem realizada pelo farmacêutico junto a pacientes tratadas para câncer de mama e que devido a reações adversas dos medicamentos quimioterápicos utilizam antieméticos, assim sendo os artigos selecionados tratam de temas referentes a câncer de mama, atenção e cuidado farmacêutico e utilização de antieméticos. Quadro 2 - Quadro Sináptico de artigos escolhidos NÚMERO AUTOR/ANO METODOLOGIA RESULTADOS 1. BRAZIL,2011 Revisão da literatura A partir do levantamento bibliográfico apresentado ampliamos a compreensão da complexidade dos mecanismos da doença, a importância da Terapia Nutricional e o Papel que o profissional farmacêutico pode desempenhar nesse campo. 2. BECKER E NARDIN,2011. Revisão da literatura Avaliação dos antieméticos deve ser realizada para prevenção de êmese pós quimioterapia 3. ALBUQUERQUE et al,2012. Estudo transversal prospectivo com coleta de dados em todas as prescrições que atenderam aos critérios de inclusão do estudo Foram encontrados 551 erros de dispensação de acordo com o sistema de classificação Adotado. 4. EDUARDO, DIAS E SANTOS,2012. Estudo qualitativo e descritivo O farmacêutico, com caráter humanístico, é capaz de tornar mais leve a vida de quem sofre de uma doença tão dura como o câncer. 5. GOBBI,2012. Revisão de literatura para atualização de classificação Foram estabelecidas novas terminologias para câncer de mama e propostas novos métodos de classificação. 6. PANOBIANCO et al,2012. Estudo de campo, descritivo, com abordagem de análise qualitativa. As estratégias de enfrentamento desenvolvidas por mulheres com câncer estão diretamente 38 relacionadas à prevenção e ao sucesso do tratamento 7. GOZZO et al,2013. Estudo quantitativo e prospectivo Náuseas e vômitos são um fator presente na maioria significante de pacientes oncológicas necessitando de avaliação da equipe multiprofissional para melhoria da qualidade de vida. 8. KALIKS et al, 2013. Descritiva quantitativa, retrospectiva através de análise de dados documentais. Valor de gastos entra diagnósticos e tratamento são altos na rede privada e estratégias são necessárias para permitir parcerias público-privadas. 9. LIMA et al,2013. Estudo descritivo a parti de banco de dados da gerência de risco de um hospital. Foram evidenciados grande volume de notificações o que mostra a relevância da farmacovigilância e a recomendação de investigação para evitar subnotificações. 10. RABELO E BORELLA, 2013. Revisão de literatura O profissional farmacêutico, além de cumprir com sua atividade corrente, está ca- pacitado para interagir nas equipes multidisciplinares, auxiliando no tratamento álgico de pacientes oncológicos, avaliando o comprimento desse protocolo estabelecido pela OMS no controle da dor. 11. VIEIRA E ZUCCHI,2013. Análise exploratória dos dados Assistência farmacêutica está inserida na aquisição de medicamentos, algo que se encontra em todas as esferas do governo em diversos programas. 12. BRAÚNA E FREITAS,2014. Revisão integrativa A atenção farmacêutica é de suma importância para evitar ou minimizar problemas relacionados a medicamentos e quando auxiliada por um software pode potencializar os cuidados dispensados. 39 13. DUARTE, BATISTA E ALBUQUERQUE,2014. Estudo de caráter documental, transversal e retrospectivo Notificações em farmacovigilância foram realizadas em sua maioria por profissionais farmacêuticos 73,5% e o quimioterápico Carboplatina foi o mais notificado por RAM’s 14. LÔBO et al,2014. Estudo transversal realizado em instituição especializada Os esquemas mais utilizados foram TAC (docetaxel + doxorrubicina + ciclofosfamida), em 54 mulheres (37,2%), e AC (adriblastina + ciclofosfamida), em 18 mulheres (12,4%) 15. SANTOS, SANTOS E VIEIRA,2014. Revisão sistemática da literatura do tipo qualitativo. A sexualidade da paciente com câncer de mama é afetada durante o tratamento e necessita de acompanhamento da equipe multiprofissional para orientá- la devido a diversos tratamentos alternativos. 16. GUERRA et al, 2015. Pesquisa qualitativa com coleta de dados com busca ativa em registros médicos e sistema de informação. O diagnóstico tardio e o local de atendimento são decisivos para que a mulher tenha um tratamento adequado do câncer de mama. 17. MENDES E VASCONCELLOS,2015. Revisão bibliográfica, Evidenciou-se a necessidade de melhoria na rede de atenção para o cuidado paliativo dos pacientes com câncer e a necessidade de capacitação profissional. 18. SANTOS, BARROS E PRADO,2015. Revisão sistemática Constatou-se que os medicamentos antineoplásicos apresentam os níveis de emetogenicidade estabelecidos e podem ser adequados ao tratamento proposto. 19. BARBOSA E NERILO,2017. Revisão Bibliográfica retrospectiva A atenção farmacêutica é a principal forma de promoção ao uso racional de medicamentos e adesão ao tratamento. 40 20. CORREIA,2017. Revisão da literatura sistemática é importante que o farmacêutico esteja presente, colocandoem prática a atenção farmacêutica no câncer de mama para minimizar riscos e ter uma terapia muito mais efetiva. 21. MOYSÉS et al, 2017. Revisão integrativa A presença de náuseas pode reduzir a qualidade de vida; adiar alterar, reduzir ou interromper a quimioterapia e ainda diminuir a nutrição. 22. SILVA et al,2017. Estudo descritivo sobre políticas de atenção ao câncer implementadas no Brasil. Há uma diversificada estruturação de normas referentes a políticas de atenção ao câncer, porém o volume de normas dificulta o conhecimento de gestores e profissionais, porém indica que há preocupação das autoridades com o assunto. 23. VASCONCELOS et al,2017. Revisões sistemáticas da literatura Caso ocorra constantes subfinaciamentos como verificado historicamente no SUS, o congelamento do orçamento pode trazer agravos e acabar com políticas de prevenção, proteção e recuperação da saúde. 24. MIGOWSKI et al,2018. Revisões sistemáticas da literatura Diretrizes para detecção precoce do câncer podem apresentar controvérsias quando aplicadas de forma indistinta a locais diferentes. 25. LEMOS et al, 2019. Revisão bibliográfica Mostrou-se uma relação direta entre exposição aos fatores de risco e o desenvolvimento do câncer de mama, e o agravo devido a políticas públicas de prevenção ineficaz pois falta detecção precoce. 26. PICHELLI, MONTEIRO E HORA,2019 Pesquisa qualitativa com coleta de dados a partir de entrevistas. Evidencia-se a necessidade da inserção de outros profissionais para 41 crescimento da equipe e melhoria do atendimento. 27. RAYMUNDO et al,2020. Ensaio clínico O estudo demostrou um bom desempenho e proposta de ser utilizado em pacientes no uso de docetaxel para câncer de mama. 28. SOARES, BRITO E GALATO, 2020. Estudo exploratório com abordagem qualitativa realizado por meio da análise documental de sites oficiais Durante os últimos 30 anos, muitos acontecimentos contribuíram para o desenvolvimento da Assistência Farmacêutica na atenção primária. 29. TAVARES et al,2020 Estudo descritivo de caráter transversal-retrospectivo Grande quantidade de RAM’s relatadas afetando principalmente mulheres. Fonte: Quadro elaborado pelos autores, 2021. O quadro acima de demonstra um epítome dos artigos que abordaram o tema proposto para a presente monografia, indicando a importância, alcançada nos últimos anos, do farmacêutico como um promotor e protetor da saúde. Apesar da variedade de temas encontrados durante a pesquisa foram escolhidos os que propuseram de maneira direta ou indireta o objeto proposto pelo presente estudo. O quadro pode ser classificado por abordagens da seguinte maneira papel do farmacêutico clínico no tratamento de pacientes com câncer de mama 48,3% (14); abordagem de antieméticos usos durante o tratamento 13,8% (4); importância da atenção farmacêutica ao paciente com neoplasia mamaria 37,9% (11), como apresentado no gráfico. 4.1 Farmacêutico e o tratamento do paciente com câncer de mama Quadro 3 - Autores por tema abordado da assistência Farmacêutica Número Tema da assistência farmacêutica Autor/Ano 1 Seleção de medicamentos Brazil,2011; Gobbi,2012; Lôbo et al,2014; Guerra et al,2015; Mendes e Vasconcellos, 2015; Silva et al, 2017; 42 Migowisk et al,2017; Raymundo et al, 2020 e Soares, Brito e Galato,2020. 2 Programação Kaliks et al,2013; Vieira e Zucchi,2013; Guerra et al,2015; Silva et al,2017; Migowisk et al,2018; Raymundo et al, 2020 e Soares, Brito e Galato,2020. 3 Financiamento e aquisição Kaliks et al,2013; Vieira e Zucchi,2013; Guerra et al,2015; Silva et al,2017; Vasconcelos et al,2017; Migowisk et al,2018; Raymundo et al, 2020 e Soares, Brito e Galato,2020. 4 Armazenamento Guerra et al,2015; Silva et al,2017; Raymundo et al, 2020 e Soares, Brito e Galato,2020. 5 Transporte e distribuição Silva et al, 2017; Soares, Brito e galato,2020. 6 Dispensação ao paciente Brazil,2011; Lôbo et al,2014; Silva et al, 2017; Soares, Brito e Galato,2020. Fonte: Quadro elaborado pelos autores,2021. Segundo os autores Brazil,2011; Gobbi,2012; Mendes e Vasconcellos,2015; Migowisk et al,2017 e Raymundo et al,2020 as atribuições do farmacêutico no tratamento do paciente com câncer de mama, abordado de forma ampla e conhecido como assistência farmacêutica, envolve etapas que vão desde a escolha de medicamentos para o rol de terapia, tema reforçado por Guerra et al,2015 e Soares, Brito e Galato,2020. passando pela programação de compras, importante para que não haja desabastecimento durante o tratamento proposto e possível prejuízo à saúde como apresentado por Kaliks et al,2013; Vieira e Zuchi,2013 e Silva et al,2017. De acordo com Guerra et al,2015; Migowisk et al,2017 o financiamento de tratamentos oncológicos que, quando não realizado de forma particular, é financiado pelas esferas do governo, o qual busca maneiras de reduzir burocracias para conseguir o tratamento necessário, que é um dos ideais propostos pela aprovação do PNAF e PNAO (SILVA et al,2017). 43 Desta forma Vieira e Zuchi,2013 nos diz sobre a assistência farmacêutica inserida na aquisição de medicamentos nas diversas esferas de governo e diversos programas criados e até mesmo na esfera particular de tratamento. Kaliks et al mostrou em seu artigo que o diagnóstico e tratamento proposto por diversas vezes apresenta-se custoso principalmente nas redes privadas o que acaba dificultando parcerias público-privadas, e isso incorre, segundo Guerra et al,2014 em possível aumento da mortalidade pois o diagnostico tardio e o local de atendimento são importantes para o tratamento adequado dispensado a paciente, outro receio constante é o sub financiamento que pode ocorrer devido esquemas políticos levando a perda de programas e políticas de saúde (VASCONCELOS et al,2017). Conforme apresentado por Guerra et al,2015; Silva et al,2017 Raymundo et al,2020 e Soares Brito E Galato,2020, o profissional farmacêutico está inserido no armazenamento, transporte e distribuição do medicamento que são atribuições importantes, desempenhada pela equipe farmacêutica, para manutenção da qualidade do produto durante o tratamento, visto que os medicamentos exigem diferentes temperaturas, além de manutenção de humidade, controle de validade e lotes, para rastreabilidade (RECH, FRANCELLINO E COLACITE,2019). A dispensação de quimioterápicos é uma atividade privativa do farmacêutico desde a aprovação da resolução 288/96 com nova redação na resolução 565/2012; e que direciona para uma completa assistência através da atenção dada ao paciente mesmo depois da medicação ter sido manipulada e dispensada tema tratado por Brazil,2011; Lôbo et al,2014; Silva et al,2017, Soares, Brito e Galato,2020. Desta maneira podemos verificar que tanto na esfera pública quanto a particular a participação do farmacêutico torna-se relevante durante o tratamento proposto para a paciente com câncer de mama em tratamento medicamentoso e até mesmo no diagnostico relacionado a insumos dispensados para exames de diagnostico, mas também no estudo de novos protocolos para melhor tratamento (LÔBO et al e RAYMUNDO et al, 2020). 44 4.2 Antieméticos mais utilizados Becker e Nardin, 2011 falam sobre a avaliação do uso dos antieméticos para melhor prevenção da êmese pós quimioterapia, chegando a apresentar alguns esquemas de prevenção da êmese, combate necessário para evitar abandono de tratamento, como apresentado também por Moysés et al, 2017 que a presença de náuseas e vômitos além de reduzir a qualidade de vida do paciente pode ter como consequência adiar, alterar reduzir ou interromper a quimioterapia e ainda diminuir a nutrição debilitando ainda mais o organismo. Santos, Barros e Prado,2015através de seu estudo constataram o alto poder emetogênico dos quimioterápicos e pela liberação que causam do 5-TH3, que desencadeia o mecanismo de náuseas e vômitos e a necessidade de utilização de antagonistas destes receptores, papel evidenciado ao farmacêutico presente na equipe multiprofissional para melhorar a qualidade de vida o paciente oncológico (GOZZO et al,2013). Sendo assim a presença do farmacêutico no processo de escolha de protocolos e adequação destes a realidade de cada paciente é imprescindível, pois alguns antieméticos sofrem interação não com os quimioterápicos como verificado nas bulas e outros estudos, mas com medicamentos adjuvantes ao tratamento que torna necessário acompanhamento próximo do profissional farmacêutico para ajudar a equipe multiprofissional nas decisões a serem tomadas. 4.3 Atenção Farmacêutica aos pacientes com câncer de mama Segundo Eduardo, Dias e Santos,2012; Rabelo E Borella,2013; Braúna e Freitas,2014 E Pichelli, Monteiro e Hora,2019 a atenção farmacêutica envolve diversas etapas relacionadas ao cuidado direto que o farmacêutico no cuidado do paciente, ele envolve orientação sobre os medicamentos utilizados tanto ao paciente quanto a equipe multiprofissional, desta forma ajudando na adesão ao tratamento como explanado por Barbosa e Nerilo,2017; Correia,2017. 45 Da mesma forma o farmacêutico atua ajudando no acompanhamento farmacoterapêutico dos pacientes, verificando a eficácia do tratamento proposto e possíveis efeitos colaterais que se apresentam durante o tratamento, buscando dar qualidade de vida ao paciente e suporte para decisões da equipe multiprofissional, como abordado por Braúna e Freitas,2014; Correia,2017. Seguindo o acompanhamento farmacoterapêutico algumas vezes há a necessidade de notificações de RAM’s e queixas técnicas o que, é necessário ser realizado por todos envolvidos no cuidado e até pelo próprio paciente, as notificações em sua maioria são realizadas pelos profissionais farmacêuticos como nos mostra Albuquerque et Al,2012; Duarte, Batista e Albuquerque,2014. Segundo Pichelli, Monteiro e Hora, mesmo com o grande avanço de equipes multiprofissionais ainda há a necessidade de mais profissionais, principalmente farmacêuticos, inseridos nestas equipes buscando melhores resoluções problemáticas encontradas durante tratamentos. Assim sendo Santos, Santos e Vieira,2014 abordam a intervenção que muitas vezes é necessária para melhoria da qualidade de vida o que é reforçado por Eduardo, Dias Santos,2012; promovendo desta forma a promoção do uso racional e melhor adesão ao tratamento, Barbosa e Nerilo,2017. Correia, 2017 desenvolve seu tema mostrando as necessárias intervenções que o farmacêutico pode realizar ao paciente com câncer de mama, envolvendo todas as ideias relacionadas a atenção farmacêutica, desta forma insere o farmacêutico como um profissional relevante durante o tratamento do câncer de mama. 46 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A análise realizada dos diversos artigos coletados no período de 10 anos no qual os temas referentes a assistência e atenção farmacêutica, uso de antieméticos são abordados levou-se a conclusões iniciais de que o assunto ainda pode ser muito explorado, pois é um tema extenso para ser abordado. Desta forma foi constatado que o profissional farmacêutico é de grande importância para o processo de tratamento do câncer de mama, sendo inserido na equipe multiprofissional na busca de resultados no tratamento farmacológico. Os antieméticos possuem interações, significativas com outros medicamentos utilizados no tratamento do câncer e que são utilizados nos para melhoria da qualidade de vida, como os analgésicos opioides. Devendo ser avaliado de forma individual para buscar a melhor abordagem farmacoterapêutica. O profissional farmacêutico por estudar de forma mais profunda os mecanismos de ação (farmacodinâmica e farmacocinética) dos medicamentos é capaz de intervir nos protocolos medicamentosos e sugerir junto a equipe multiprofissional diferentes abordagens, durante o tratamento, essa intervenção deve ser realizada com propriedade e constante estudo. Ao orientar o paciente sobre o uso racional de medicamentos e sobre questões de reações e como reduzi-las o farmacêutico contribui para uma melhor qualidade de vida do paciente e redução do abandono de terapia. Desta maneira conseguimos verificar que o farmacêutico se apresenta como um profissional necessário nas diversas áreas do tratamento oncológico, hoje com suporte de legislações que ajudam a desenvolver suas funções de maneira mais pontual. Vemos o quanto a profissão pode crescer e destacar-se ao desenvolver nossas competências de maneira a ajudar não somente o paciente, mas também os demais profissionais. Nesse contexto o profissional farmacêutico atua não só nas bases de tratamento, mas na promoção e prevenção, participando de campanhas que ajudem a população de maneira geral a minimizar fatores de risco melhorando o estilo de vida, mostrando desta maneira que nosso foco não são os medicamentos, mas o paciente. 47 6 REFERÊNCIAS ALBERTI F. F., CARDOSO M.B.S., CANTERLE L.P., DONINI E. K. Cuidado farmacêutico aplicado a mulheres com câncer de mama na atenção primária à saúde. Revista Saúde. Stª. Maria; vol. 44, nº1, pág.1-8. 2018. ALBUQUERQUE P. M. S., DANTAS J. G., VASCONCELOS L. 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