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Aula 2 e 3 - Introdução à Literatura

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LITERATURA
AULA 2 – 25/03/2019
FUNÇÕES DE LINGUAGEM
· FUNÇÃO EMOTIVA – o emissor expõe sua opinião, seus sentimentos. Normalmente o texto está em primeira pessoa.
Ex.: um diário, uma postagem em rede social.
· FUNÇÃO CONATIVA OU APELATIVA – o objetivo é convencer o receptor para que ele mude de opinião, compre algo, vote em alguém, vá a algum lugar etc.
Ex.: propagandas.
· FUNÇÃO REFERENCIAL OU INFORMATIVA – tem como base o contexto, o assunto. O objetivo é apenas dar informação. Informar, notificar, referenciar, anunciar, indicar.
Ex.: uma notícia, uma reportagem, um anúncio nos classificados.
· FUNÇÃO POÉTICA – a língua vem apresentada de maneira especial. A conotação e as figura de linguagem são usadas para passar uma mensagem.
Ex.: um poema, um conto.
· FUNÇÃO FÁTICA – é a tentativa de se estabelecer contato, iniciar ou continuar uma comunicação. Privilegia a intenção entre emissor e receptor das mensagens. É utilizada na abertura, estabelecimento e interrupção da comunicação.
Ex.: cumprimentos, despedidas e nos diálogos.
· FUNÇÃO METALINGUÍSTICA – a língua explica em si mesmo. Essa função se vê clara nos dicionários ou na gramática, onde o idioma é usado para tirar dúvidas, esclarecer fatos sobre ele mesmo.
LITERATURA
AULA 3 – 25/03/2019
FUNÇÃO DE LINGUAGEM 
	São desvios de linguagem, um estranhamento quanto ao uso tido como “normal” das palavras ou construções. Formas particulares e tecnicamente elaboradas de expressão das ideias a fim de torna-las mais incisivas, ou mais comoventes, ou mais originais.
Figuras de palavras
	Relacionadas com a mudança ou extensão de sentido das palavras.
· METÁFORA: caracteriza-se pela substituição de um termo por outro. Essa troca só é possível se entre as duas realidades houver algum ponto de contato, uma área limítrofe, quanto ao significado. Trata-se, portanto, de uma comparação feita subjetivamente. O seu uso só valerá a pena se o exemplo for inusitado, original, o que garante o gosto da novidade no discurso em que foi inserido.
Ex.: “Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas. Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. ”
Rubem Alves
· METONÍMIA: substituição de uma palavra por outra, por haver alguma proximidade ou semelhança entre elas. Diferente da metáfora, a relação aqui, entre as palavras, é objetiva e não subjetiva. Existem várias modalidades de metonímia.
Ex.: “Eu uso sempre “Bombril””. (Aqui a palavra Bombril substitui palha de aço. O nome da marca substitui o produto.)
· SINESTESIA: troca ou aproximação entre sensações provocadas por sentidos diferentes. A aproximação por sentidos diferentes. A aproximação pode ocorrer também no plano psicológico ou físico.
Ex.: “ A reunião seguia tão tensa que dava para sentir a aspereza dos sentimentos e dos pensamentos de todos à volta da mesa. ”
- Aspereza é sensação tátil, mas mistura-se com o abstrato (sentimento, pensamentos).
· CATACRESE: empréstimo de um termo a algo que não tem nome, tornando-se, assim, uma metáfora que, desgastada, é assimilada pela língua
Ex.: dente de alho, braço do rio, céu da boca, batata da perna, braço do sofá, fio de óleo, maçãs do rosto, folhas do livro.
· PERÍFRASE: forma indireta de se referir a algo usando suas características.
Ex.: “ A pátria de Voltaire é um belo país. ” (França)
· ANTONOMÁSIA: perífrase referindo-se a pessoas.
E.: “o pai da aviação” (Santos Dummont)
· ALEGORIA: figura de linguagem de caráter moral, a qual deixa de lado seu caráter meramente denotativo, para pôr em prática o sentido figurado das palavras, ou seja, a duplicidade de sentidos, ou mesmo, sua plurissignificação. Para muitos estudiosos representa uma metáfora ampliada, sendo a alegoria mais ampla e a metáfora considera os elementos que compõem o texto de maneira mais independente.
Ex.: A cigarra e a formiga (La Fontaine)
· COMPARAÇÃO: comparação de elementos de modo que um assume a natureza do outro com base em determinado traço de semelhança – literal ou figurada – mediante uso de termo comparativo, como conjunção comparativa.
Ex.: “ Os seus olhos são estrelas do céu. “
Figuras de pensamento
	Estabelecem uma relação pouco usual com a imagem mental evocada pelos termos.
· ANTÍTESE: presença de ideias opostos num mesmo enunciado. É a figura de muito uso pelos autores do estilo Barroco.
 Ex.: “ ...sou teu céu e teu inferno, a tua calma.
 Sou teu tudo, sou teu nada
 … eu sou o teu mundo, sou teu poder... ”
· PARADOXO: presença de duas ideias que, aparentemente, estabelecem uma ilogicidade surpreendente, remetendo, às vezes, ao conceito de absurdo. Mas apenas aparentemente o paradoxo contraria o senso comum, porque na verdade, principalmente pelo contexto em que se encontram, essas ideias encerram uma lógica, atingida, digamos, por vias tortas.
Na tentativa frustrada de entender o amor, o poeta cria aparentes nonsenses. Como pode um fogo ardente não ser visto, uma ferida dolorida não causar dor; o contentamento conviver intimamente com o descontentamento.
Ex.: “ Amor é fogo que arde sem se ver
 É ferida que dói e não se sente
 É um contentamento descontente
 É dor que desatina sem doer. “
 
 Camões
Obs.: A Antítese utiliza palavras que são opostas quanto ao sentido, mas que apesar de serem contrárias, reforçam a mensagem que se deseja passar. O Paradoxo também utiliza a oposição entre dois termos contraditórios, mas estes referem-se a uma mesma ideia ou pensamento.
· GRADAÇÃO: consiste em se atingir uma situação por meios de etapas sucessivas crescentes ou decrescente. Costuma ser presente em discursos de convencimento como recurso de oratória.
 Ex.: Eu era pobre, era subalterno, era nada. (- Monteiro Lobato)
 O que é aquilo no céu? É um homem? É um avião? É o Superman!
 De repente o problema se tornou menos alarmante, quase nada!
· EUFEMISMO: figura de uso recorrente na linguagem popular, por servir para amenizar uma realidade ou uma comunicação que se apresenta forte, ruim ou difícil.
Ex.: “Ele passou dessa para a melhor. ”
 “Hoje estou naqueles dias. ”
 “Disse que os alunos tinham inteligência limitada. ”
· PROSOPOPEIA (Personificação): prática de dar capacidade de algum ser animado – racional ou não – a outro que não tenha essa capacidade.
 Ex.: A raposa disse algo que convenceu o corvo.
 “Hoje a cobiça assentou-se no lugar da equidade. ” (Alexandre Herculano)
 “La fora, no jardim que o luar acaricia, um repuxo apunhala a alma da solidão. ” (Olegário Mariano)
· APÓSTROFE: quando se invoca ou se chama alguém ou alguma coisa, presente ou ausente. Por ser aplicado como recurso de retórica, de convencimento, costuma ser feira enfaticamente, com eloquência.
 Ex.: “Oh! Deus, Perdoe este pobre coitado
 Que de joelhos rezou um bocado 
 […]
 Oh! Deus será que o senhor se zangou
 …o Sol se arretirou
 […]
 Senhor, eu pedi para o sol se esconder um tiquinho…” 
(Súplica Cearense – Luiz Gonzaga)
· OXIMORO: uso literário de palavras de significado oposto - que se anulam -, em relação ao mesmo referente, dentro do mesmo enunciado, criando-se uma imagem irreal ou absurda.
Ex.: Culpa inocente
 Silêncio ensurdecedor
 Morto-vivo
 Doce veneno
 Gentileza cruel
· IRONIA: emprego de palavras ou expressão suscitando o sentido contrário do que se pretendia dizer.
Ex.: “Muito engraçado. ” (em um contexto que não é engraçado)
· HIPÉRBOLE: emprego de termos que indicam exagero, usados para dar ênfase à mensagem.
Ex.: “Já te disse isso um milhão de vezes.”
Figuras de construção ou sintaxe
	São figuras relacionadas com algum afastamentodo modelo da estrutura gramatical padrão, com o objetivo de reforçar ou enfatizar algum elemento significativo.
· ELIPSE: supressão de algum termo na frase ou até mesmo de uma oração. Identifica-se a elipse pelo entendimento do sentido do discurso.
Ex.: “Márcia é professora de Geografia, Joana de Inglês. ”
 (Observe a omissão do verbo ser, que já foi colocado no texto.)
 
 
	Citação
	Autor
	Termo omitido
	Não sou alegre, nem triste…
	Cecília Meirelles
	Omissão do pronome “Eu”
	No mar, tanta tormenta …
	Luis de Camões
	Omissão do verbo “haver”
	Entraram na casa, as armas na mão…
	Jorge Amado
	Ausência da
Preposição “com”
· SILEPSE: recurso empregado para concordância, não com a palavra, mas com a ideia expressa por ela. Também é chamada de concordância ideológica. Pode ser:
- de gênero: Rio de Janeiro é linda. (A cidade do Rio de Janeiro é linda))
- de número: Os Maias é muito interessante. (O livro Os Maias é muito interessante.)
- de pessoa: Os moradores desse bairro somos conformados já. (Nós somos conformados)
· ASSÍNDETO: é a supressão de conjunção coordenativa (conectivos), para, em princípio, dar a ideia de aproximação entre as ações ou seres.
Ex.: “Tem que ser selado, registrado, carimbado, avaliado, rotulado, se quiser voar
 Pra lua, a taxa é alta
 Pro sol: identidade
 Mas para o seu foguete viajar pelo universo é preciso o meu carimbo dando o sim...”
(Carimbador Maluco – Raul Seixas)
· POLISSÍNDETO: repetição de conjunção coordenativa – geralmente “e” -, para um efeito sonoro ou sentido subjetivo.
Ex.: As ondas vão e vem, e vão, e são como o tempo. (Sereia – Lulu Santos)
 Ou você dá a festa, ou viaja, ou faz o curso.
 Sabe que não tem chances de entrar para a equipe, mas tenta, mas insiste, mas importuna o líder.
· ZEUGMA: omissão de um termo em sequência.
Ex.: Desembrulhe essa caixa enquanto eu desembrulho a outra. (omissão da palavra caixa)
Meus amigos adoram praia, e eu também. (omissão da palavra praia)
· PLEONASMO: repetição desnecessária de uma ideia, às vezes com a intenção de se dar ênfase à mensagem.
Ex.: Isso ocorreu a três anos atrás.
 Vi com meus próprios olhos.
· ANÁFORA: repetição de uma palavra no início de um verso ou uma frase.
Ex.: Se você gritasse,
 se você gemesse,
 se você tocasse
 a valsa vienense,
 se você dormisse,
 se você cansasse,
 se você morresse…
 Mas você não morre,
 você é duro, José!
 (E agora, José? – Carlos Drummond de Andrade)
· ANACOLUTO: quebra na estrutura lógica de uma frase.
Ex.: Esse chapéu que está na moda, você que gosta de chapéu devia comprar um.
(Note que a oração “você que gosta de chapéu devia comprar um” tem sentido completo. Enquanto isso, a oração “esse chapéu que está na moda” fica esperando um complemento que não chega, fica sintaticamente solta.)
· HIPÉRBATO: inversão da ordem canônica da língua portuguesa (sujeito+verbo+predicado)
Ex.: “Ouviram do Ipiranga às margens plácidas, de um povo heroico o brado retumbante …”
 Letra: Joaquim Osório Duque Estrada / Música: Francisco Manuel da Silva.
Notamos que houve troca na ordem de alguns dos elementos da oração. A sequência lógica seria:
“Ouviram o brado retumbante de um povo heroico, às margens plácidas do Ipiranga.”
“Do que a terra mais garrida, teus risonhos lindos campos têm mais flores.”
“Teus campos risonhos, lindos, têm mais flores do que a terra mais garrida.”
Figuras de som
	Se referem a desvios na sonoridade da frase com o objetivo de enfatizar alguns sons e dar mais expressividade à frase.
· ALITERAÇÃO: repetição intencional, para efeito sonoro, de fonema consonantal ou de um grupo deles. Tem uso na literatura em geral, na música e na brincadeira popular trava-língua: “O rato roeu a roupa do rei de Roma.”
Ex.: O pato pateta pintou o caneco
(Vinícius de Moraes – O pato)
Chove, chuva
Chove sem parar
(Chove Chuva – Jorge Ben Jor)
· ASSONÂNCIA: repetição de vogal ou grupo de vogais em sílabas idênticas ou parecidas.
Ex.: Na messe, que enlourece, estremece a quermesse…
 O sol, celestial girassol, esmorece…
 E as cantilenas de serenos sons amenos
 Fogem fluidas, fluindo a fina flor dos fenos…
 (Um Sonho – Eugênio de Castro)
Nessa estrofe do poema, notamos claramente a assonância combinada com a aliteração na repetição do som “esse” em palavras consecutivas no primeiro verso e novamente no fim do segundo verso. Um som diferente, “eno”, é usado para fazer rimar as últimas palavras do terceiro e quarto versos.
· ONOMATOPEIA: palavra ou expressão derivada de sons.
Ex.: Bem-te-vi
 Clique
 Tique-taque
 
· PARONOMÁSIA: semelhança sonora entre palavras.
 Ex.: Absolver (perdoar) e absorver (aspirar)
 Apóstrofe (figura de linguagem) e apóstrofo (sinal gráfico)
 Aprender (tomar conhecimento) e apreender (capturar)
 Cavaleiro (que cavalga) e cavalheiro (homem gentil)
 Delatar (denunciar) e dilatar (alargar)
 Docente (relativo a professores) e discente (relativo a alunos)
 Peão (aquele que anda a pé, domador de cavalos) e pião (brinquedo)

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