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___________________________________________________________________________ PROCESSOS INDUSTRIAIS EVARISTO,Marcos 1 DOMINGOS, Daniele da Silva 2 RESUMO Este artigo apresenta um estudo sobre algumas áreas do Processo Industrial. Seu objetivo geral é mostrar as principais definições, características, processos utilizados e produtos obtidos das Indústrias Têxtil, Farmacêutica, Petroquímica, Automobilística, Papel e Eletroeletrônica. O trabalho expõe o conceito relacionado a cada área destes processos industriais, seguido por suas características particulares. Os tipos de processos utilizados em cada um deles, assim como seus produtos finais também são abordados neste artigo. Palavras-chave: Processos Industriais. Características dos Processos. Produtos Obtidos. This article presents a study on some areas of the Industrial Process. Its general objective is to show the main definitions, characteristics, processes used and products obtained from the Textile, Pharmaceutical, Petrochemical, Automobile, Paper and Electrical and Electronic Industries. The work exposes the concept related to each area of these industrial processes, followed by their particular characteristics. The types of processes used in each one, as well as their final products are also covered in this article. Keywords: Industrial Processes. Process characteristics. Obtained Products. 1 INTRODUÇÃO Os processos industriais converteram-se em procedimentos muito importantes para a elaboração de um grande número de produtos que, a partir de diferentes matérias-primas, são desenvolvidos para satisfazer as necessidades dos consumidores. Em qualquer área, é importante saber seus distintos conceitos, fases e características para proporcionar um benefícios ao negócio (INFAIMON, 2018). Segundo Gonçalves (2009), os processos industriais são identificados como procedimentos que fazem parte da manufatura de um ou vários ítens, em fabricação 1Graduando do Curso de Engenharia de Produção do Centro Universitário UNISOCIESC, marcosevaristo8080@gmail.com; 2Professora orientadora do Centro Universitário UNISOCIESC, eng.daniele.silva@gmail.com; Joinville – SC, 23 de Junho de 2020. mailto:email@email.com 2 de grande escala. Surgem para que a qualidade, otimização de tempo, o custo e outras variáveis possam ser aperfeiçoados. O grande objetivo dos processos industriais é obter o maior número de benefícios. No entanto, esses benefícios não podem ser alcançados sem antes produzir produtos de qualidade que possam ser lançados no mercado, sempre tendo em mente que a fabricação será realizada a partir de matérias-primas que tenham um melhor custo. A meta é transformar essas matérias-primas o máximo possível, adaptar-se e criar produtos que atendem às demandas e todas as necessidades do público-alvo (INFAIMON, 2018). O objetivo geral deste trabalho é abordar separadamente as particularidades de alguns processos industriais. Esta pesquisa está dividida em cinco seções. Na primeira seção apresentou-se, a introdução, que visa abordar a contextualização da automatização nas organizações, além da justificativa e objetivo da pesquisa. Na segunda seção é apresentada uma fundamentação teórica sobre o assunto. Na terceira seção é descrita a metodologia. Na quarta seção encontram-se os conclusão do assunto abordado e, por fim, na quinta seção encontra-se as referências utilizadas. 2 REFERENCIAL TEÓRICO Este capítulo trata da definição, principais características, processos utilizados e produtos obtidos das indústrias Têxtil, Farmacêutica, Petroquímica, Automobilística, Papel e Eletroeletrônica. 2.1 INDÚSTRIA TÊXTIL A Indústria Têxtil tem como objetivo a transformação de fibras em fios, de fios em tecidos e de tecidos em peças de vestuário, artigos têxteis para o lar e uso doméstico, como por exemplo roupa de cama e mesa, tapetes, cortinas, entre outros. Também são fabricados artigos para aplicações técnicas, como produtos geotêxteis, https://pt.wikipedia.org/wiki/Fibra https://pt.wikipedia.org/wiki/Fio_t%C3%AAxtil https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_t%C3%AAxtil https://pt.wikipedia.org/wiki/Roupa https://pt.wikipedia.org/wiki/Roupa_de_cama https://pt.wikipedia.org/wiki/Tapete https://pt.wikipedia.org/wiki/Cortina https://pt.wikipedia.org/wiki/Geot%C3%AAxteis 3 airbags, cintos de segurança etc (WIKIPEDIA, 2020). A Figura 1 mostra uma Indústria Têxtil com teares modernos. Figura 1 - Indústria Têxtil com teares industriais Fonte: O que aprendi na engenharia (2017) Conforme mostra a Figura 1, a evolução dos teares proporcionou uma maior velocidade no processo de produção. Segundo Bellis (2019), a Indústria Têxtil é uma das atividades mais antigas da humanidade. Define-se como sendo a confecção de fibra em fio e de fio em tecido. Existem quatro etapas principais na fabricação de tecidos que permaneceram as mesmas. O primeiro passo é a colheita e limpeza da fibra ou lã. Em seguida vem o processo de cardar e girar em threads. Logo após vem a etapa de tecer os fios em tecido. O último passo é modelar e costurar o pano em tecidos. 2.1.1 Principais características da Indústria Têxtil De acordo com Bellis (2019), assim com a comida e o abrigo, a roupa é um requisito humano básico para a sobrevivência do ser humano. Quando as culturas neolíticas estabelecidas descobriram as vantagens das fibras tecidas sobre os couros dos animais, a confecção de tecidos surgiu como uma das tecnologias https://pt.wikipedia.org/wiki/Airbag https://pt.wikipedia.org/wiki/Cinto_de_seguran%C3%A7a https://www.thoughtco.com/history-of-clothing-1991476 https://www.thoughtco.com/manufacturing-cloth-from-wool-1788611 4 básicas da humanidade, recorrendo às técnicas de cestaria existentes. Desde o surgimento dos primeiros fusos manuais, roldanas e teares manuais básicos até as máquinas de fiar e teares altamente automatizados de hoje, os princípios de transformar fibra vegetal em tecido permaneceram constantes, sendo eles: a) As plantas são cultivadas e a fibra é colhida; b) As fibras são limpas e é realizado o alinhamento; c) As fibras são fiadas e se transformam em fios. d) Os fios são entrelaçados para produzir o tecido. Atualmente também são giradas fibras sintéticas complexas , mas elas ainda são tecidas juntas utilizando o mesmo processo que o algodão e o linho sofriam há milênios atrás. 2.1.2 Processos utilizados na Indústria Têxtil Segundo o que afirma Bellis (2019) existem cinco passos no processo de tecelagem, que serão apresentados a seguir. 2.1.2.1 Picking Após a colheita da fibra escolhida, é feita a remoção de matérias estranhas, como sujeira, insetos, folhas e sementes. Os primeiros apanhadores batem nas fibras para soltá-las e remover os detritos manualmente. Eventualmente, as máquinas usam dentes rotativos para fazer o trabalho, produzindo um "colo" fino pronto para ser cardado. 2.1.2.2 Cardagem Cardar é o processo pelo qual as fibras são penteadas para alinhar e uni-las em uma corda solta chamada de tira. Os cardadores manuais puxavam as fibras entre os dentes de arame colocados nas tábuas. Máquinas foram desenvolvidashttps://www.thoughtco.com/power-loom-edmund-cartwright-1991499 https://www.thoughtco.com/history-of-fabrics-4072209 5 para fazer a mesma coisa com cilindros rotativos. Rimas com mergulhadores foram então combinadas, torcidas e arrastadas para "vaguear". 2.1.2.3 Fiação Após o cardado criar lascas e mechas, a fiação é o processo que torce e puxa a mecha e enrola o fio resultante em uma bobina. Um operador de roda girando puxou o algodão manualmente. Uma série de rolos agora fazem isso em máquinas chamadas "mancais" e "mulas giratórias". 2.1.2.4 Entortamento O entortamento reúne os fios de várias bobinas e os enrola juntos em um carretel ou carretel. De lá, eles são transferidos para uma viga de dobra, que foi montada em um tear. Os fios da urdidura são aqueles que correm longitudinalmente no tear. 2.1.2.5 Tecelagem A tecelagem é a etapa final na fabricação de tecidos. As linhas transversais do woof são entrelaçadas com fios de urdidura em um tear. Um tear elétrico do século XIX funcionava essencialmente como um tear manual, exceto que suas ações eram mecanizadas e, sendo assim, muito mais rápidas. 2.1.3 Produtos obtidos na Indústria Têxtil Na etapa final, os produtos podem tomar a forma de vestuário, de artigos para o lar (cama, mesa, banho, decoração e limpeza), ou para a indústria (filtros de algodão, componentes para o interior de automóveis, embalagens etc.). O produto final de cada uma das fases de fabricação é a matéria-prima da fase seguinte, o que denota à cadeia têxtil e de confecção um caráter bastante diversificado, sendo cada 6 setor composto por grande número de segmentos diferenciados, com dinâmicas, estruturas físicas e players próprios. (UNICAMP, 2008). 2.2 INDÚSTRIA FARMACÊUTICA A Indústria Farmacêutica é a responsável por produzir todos os tipos de medicamentos. É uma atividade licenciada para pesquisa, desenvolvimento, comercialização e distribuição de drogas farmacêuticas. Várias companhias farmacêuticas surgiram entre o final do século XIX e o início do século XX. As principais descobertas aconteceram em torno das décadas de 1920 e 1960. Já nos últimos anos surgiram os medicamentos genéricos, com a mesma fórmula dos medicamentos de marcas registradas. Essa empresas fazem lobby incluso em países totalitários (WIKIZERO, 2018). A Figura 2 mostra um moderno laboratório fabricante de medicamentos. Figura 2 - Fabricação de medicamentos Fonte: Tecnotri, 2019 Para acompanhar o crescimento desse campo, investir em tecnologia se tornou fundamental, conforme é visto na Figura 2. A tecnologia é aplicada nas mais diversas etapas da indústria farmacêutica, principalmente em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos (TECNOTRI, 2019). 7 2.2.1 Principais características da Indústria Farmacêutica No cenário internacional, a Indústria Farmacêutica se caracteriza como um oligopólio diferenciado, baseado na inovação e nas ciências, de acordo com Cooter (2018). A criação de novos produtos é prioritária em relação às economias de escala e aos custos de produção. As organizações que lideram o setor são multinacionais de grande porte e que atuam de forma global no mercado. A principal fonte de diferenciação de produtos são a pesquisa e desenvolvimento e o marketing. A Indústria Farmacêutica caracteriza-se por uma forte dinâmica centrada em pesquisa e desenvolvimento, produção industrial e comercialização com altos investimentos e estratégia de competição focada na diferenciação de produtos. O Brasil é o 8º maior mercado do mundo em faturamento, entretanto, representa apenas 2% da fatia de mercado mundial. Os Estados Unidos são o principal mercado, com aproximadamente 50% do volume de negócios. O segmento no Brasil depende quase totalmente de importações e utiliza a proteção de patentes como uma forma de segurança de retorno dos investimentos praticados (COOTER, 2018). 2.2.2 Processos utilizados na Indústria Farmacêutica De acordo com Lutebark (2010), os itens a seguir ressaltam todo o processo de produção da indústria farmacêutica, fluxo do processo produtivo, como por exemplo, produção de sólidos orais, desde a divisão do setor internamente e equipamentos utilizados até a necessidade de interligação entre os sistemas em questão, e todo o fluxo entre os setores. 2.2.2.1 Produção de sólidos orais A produção de sólidos orais seguem as seguintes etapas de processamento de medicamentos: 8 a) Saída do almoxarifado: o setor de produção emite uma requisição de produção de um medicamento para o almoxarifado, que separa e transfere as matérias-primas para a central de pesagem; b) Pesagem: o setor de pesagem recebe as matérias-primas, todas identificadas com caracteres alfabéticos e código de barras. As matérias-primas são pesadas, lacradas e depositadas em gaiolas lacradas, separadamente, para evitar assim a contaminação cruzada. Um sistema automatizado somente emite a etiqueta do material pesado se o código de barras corresponder ao da matéria-prima correta, aprovado e no peso solicitado na formulação. Os recipientes com os materiais pesados são mantidos em gaiolas lacradas, que contém apenas um lote de produto em cada gaiola. O material já pesado nas gaiolas é transferido para o inter depósito e/ou diretamente aos setores produtivos, sempre lacradas; c) Granulação: o setor de granulação recebe suas matérias-primas específicas devidamente pesadas por lote, confere a pesagem de cada uma está correta e anexa as etiquetas de pesagem ao dossiê de fabricação, seguindo a Folha Roteiro (processo de fabricação). A Folha Roteiro mostra a ordem de entrada dos ingredientes da fórmula e o método de fabricação de cada produto; d) Compressão: o granulado obtido é comprimido em equipamento adequado e montado com punções próprios, de acordo com a especificação de cada produto. O setor de compressão e o controle de qualidade, faz o acompanhamento e solicitam os ajustes necessários ao processo em termos de dureza, friabilidade e peso do comprimido. Os comprimidos são armazenados no inter depósito em barricas azuis de polipropileno, com a identificação correta; e) Drageamento: é realizada a conferência do peso e das etiquetas das barricas contendo os núcleos. As condições de umidade relativa do ar e temperatura ambiente requeridas são controladas durante o processo para que a produção alcance padrões homogêneos de drageamento. A primeira parte do isolamento com aspiração de pó ocorre na drageadeira, sempre em rotação. Logo após é adicionada a pasta de drageamento, que é preparada no setor de líquidos orais e suspensão. Na etapa de acabamento, é diluída parte da pasta em xarope de água e sacarose, dando brilho à superfície da drágea para finalizar com o polimento; 9 f) Embalagem: no final, as drágeas prontas são armazenadas em sacos de polietileno dentro de barricas no inter depósito. No final do processo, é feita a seleção de drágeas onde selecionam-se as que estão fora de especificação no que diz respeito a tamanho e formato. Finalmente,tem-se a aprovação do controle de qualidade e o granel está liberado para seguir o processo de embalagem. 2.2.2.2 Líquidos orais, suspensões e semi-sólidos De acordo com Lutebark (2010), a produção de medicamentos líquidos orais, suspensões e semi-sólidos seguem os seguintes processos diferenciados: a) Líquidos orais e suspensões: a área de líquidos orais e suspensões recebe suas matérias-primas específicas, corretamente pesadas por lote, confere a pesagem de cada uma e anexa as etiquetas ao dossiê de fabricação, seguindo a Folha Roteiro. Esta folha indica a ordem de entrada dos ingredientes da fórmula e a metodologia de produção durante cada fase do processo de fabricação. O processo se baseia na solubilização dos diversos ingredientes nos reatores com água purificada, seguindo-se várias etapas de homogeneização, aquecimento, acerto de pH e filtração, até a obtenção de xaropes conforme pedem as especificações internas. Após este processo, os produtos são armazenados na área de estocagem de líquidos, aguardando o envase; b) Semi-sólidos: A área de semi-sólidos recebe suas matérias-primas específicas devidamente pesadas por lote, confere o peso de cada uma e anexa as etiquetas ao dossiê de fabricação, seguindo a Folha Roteiro. Esta folha indica a ordem de entrada dos componentes da fórmula dos produtos e a metodologia de fabricação para cada fase do processo. O processo ocorre através da fusão das bases oleosas em reatores e a posterior transferência para o homogeneizador em linha, podendo utilizar água purificada, no caso de géis, e os demais componentes da fórmula. Na sequência, existem várias várias etapas de homogeneização, aquecimento, moagem e resfriamento até a obtenção das pomadas conforme as especificações internas. No final deste processo, as pomadas são transferidas para recipientes de aço inox e armazenadas na sala de estocagem. 10 2.2.3 Produtos obtidos na Indústria farmacêutica Segundo a Revista Saúde Brasil (2016), a Indústria Farmacêutica produz diversos tipos de medicamentos, entre eles: sistêmicos específicos, agentes hematológicos, medicamentos dermatológicos, hormônios, medicamentos anti infecciosos, soluções hospitalares, soros e vacinas, contraceptivos, medicamentos fitoterápicos, a transformação do sangue e a fabricação de seus derivados, preparações farmacêuticas e intermediárias para a produção de farmoquímicos, fabricação de kits e preparações para diagnósticos médicos. 2.3 INDÚSTRIA PETROQUÍMICA Segundo Torres (1997), a Indústria Petroquímica é uma área que emprega como matérias-primas o gás natural, gases liquefeitos de petróleo, gases residuais de refinaria, naftas, querosene, parafinas, resíduos de refinação de petróleo e alguns tipos de petróleo cru. Mesmo com as inúmeras possibilidades de diferentes matérias primas, o Brasil usa principalmente a nafta, sendo que apenas a Central de Matérias Primas do Nordeste (COPENE) está capacitada para operar com frações mais pesadas. A Figura 3 mostra um exemplo de refinaria de petróleo. Figura 3 - Refinaria da Petrobrás Fonte: O Globo, 2019 11 O ramo da Indústria Petroquímica é o setor industrial de mais alto poder germinativo e mais alto relacionamento com os demais setores da vida econômica, tendo como exemplo a empresa brasileira Petrobrás (Figura 3 ). Ela produz insumos para as mais diferentes áreas, como fertilizantes, plásticos, fibras químicas, tintas, corantes, elastômeros, adesivos, solventes, tensoativos, gases industriais, detergentes, inseticidas, fungicidas, herbicidas, bernicidas, pesticidas, explosivos, produtos farmacêuticos, entre outros. Os produtos deste ramo de atividade substituem com vantagem a madeira, as fibras naturais, o aço, o papel, a borracha natural, entre outras (TORRES, 1997). 2.3.1 Principais características da Indústria Petroquímica Na Indústria Petroquímica, o craqueamento do petróleo é um processo químico que transforma frações de cadeias carbônicas maiores em frações com cadeias carbônicas. Esse produto orgânico geralmente não é usado na forma bruta. Como é constituído de uma mistura complexa de hidrocarbonetos, o petróleo passa por um processo de refinamento em que são obtidas as frações de petróleo, ou seja, grupos de misturas que contêm menos compostos e que possuem massa molar semelhante em cada fração (FOGAÇA, 2020). 2.3.2 Processos utilizados na Indústria Petroquímica Segundo Barcza (2013), os processos em uma refinaria podem ser classificados em quatro grandes grupos: processos de separação, conversão, tratamento e auxiliares. 2.3.2.1 Processos de separação Os processos de separação são sempre de natureza física e têm por objetivo desdobrar o petróleo em suas frações básicas, ou processar uma fração previamente produzida, no sentido de retirar dela um grupo específico de 12 compostos. Os agentes responsáveis por estas operações são físicos, por ação de energia (sob a forma de alterações de temperatura e/ou pressão) ou de massa (na forma de relações de solubilidade a solventes) sobre o petróleo ou suas frações. 2.3.2.2 Processos de conversão Estes processos são sempre de natureza química, visando transformar uma fração em outra(s), ou alterar profundamente a constituição molecular de uma dada fração, de forma a melhorar a sua qualidade. Isto ocorre através de reações de quebra, reagrupamento ou reestruturação molecular. As reações específicas de cada processo são obtidas por ação conjugada de temperatura e pressão sobre os cortes, sendo bastante frequente também a presença de um agente promotor de reação, denominado catalisador. Dependendo da presença ou ausência deste agente, podem-se classificar os processos de conversão em dois subgrupos: catalíticos ou não catalíticos. 2.3.2.3 Processos de tratamento Os processos de tratamento têm por objetivo principal eliminar as impurezas presentes nas frações, que possam comprometer suas qualidades finais. Garante, assim, estabilidade química ao produto acabado. Dentre as impurezas, os compostos de enxofre e nitrogênio, por exemplo, possibilitam às frações propriedades indesejáveis como corrosividade, acidez, odor desagradável, formação de compostos poluentes, alteração de cor, entre outros. 2.3.2.4 Processos auxiliares São processos que se destinam a fornecer insumos para a operação dos outros anteriormente citados, ou para tratar rejeitos daqueles processos. Estão 13 incluídos neste grupo, a geração de hidrogênio (fornecimento deste gás às unidades de hidroprocessamento), a recuperação de enxofre (produção desse elemento a partir da queima do gás ácido rico em H2S) e as utilidades (vapor, água, energia elétrica, ar comprimido, distribuição de gás e óleo combustível, tratamento de efluentes e tocha), que, mesmo não sendo de fato unidades de processo, são indispensáveis a eles. 2.3.3 Produtos obtidos na Indústria Petroquímica A Indústria Petroquímica gera produtos como gasolina, gasóleo, querosene, propano, metano e butano, além da produção de fertilizantes, pesticidas eherbicidas, a fabricação de asfalto e de fibras sintéticas e a obtenção de diversos plásticos. Fazem parte também da produção petroquímica as luvas, as borrachas e as tintas, entre muitos outros artigos de uso diário (CONCEITO DE, 2013). 2.4 INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA A Indústria Automobilística é a área do ramo industrial envolvida com o projeto, desenvolvimento, fabricação, publicidade e a venda de veículos automóveis. No ano de 2006, mais de 69 milhões de veículos, incluindo automóveis e veículos comerciais, foram produzidos no mundo. Neste mesmo ano, mais de 16 milhões de automóveis foram vendidos nos Estados Unidos, mais de 15 milhões na Europa Ocidental e cerca de 7 milhões na China. Em 2007 vem sendo observada uma estagnação nos mercados da América do Norte, da Europa e do Japão. Em contrapartida, ocorre um crescimento nos mercados da América do Sul, especialmente do Brasil, e da Ásia, na Coreia do Sul e na Índia (WIKIPEDIA, 2020). A Figura 4 mostra um exemplo de montadora de automóveis. Figura 4 - Montadora da Toyota https://conceito.de/propano https://conceito.de/asfalto https://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%BAstria https://pt.wikipedia.org/wiki/Autom%C3%B3veis https://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos https://pt.wikipedia.org/wiki/Europa_Ocidental https://pt.wikipedia.org/wiki/Europa_Ocidental https://pt.wikipedia.org/wiki/China https://pt.wikipedia.org/wiki/2007 https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Norte https://pt.wikipedia.org/wiki/Europa https://pt.wikipedia.org/wiki/Jap%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sul https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81sia https://pt.wikipedia.org/wiki/Coreia_do_Sul https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndia 14 Fonte: Fiorio, 2014 Segundo Fiorio (2014), o mercado automobilístico aumentou significativamente nos últimos dez anos, porém isso não foi suficiente para tirar alguns gigantes do topo da lista das maiores montadoras (Figura 4). Importantes mudanças ocorreram recentemente no setor automobilístico em escala mundial. A década de 1980 foi marcada pela reestruturação nos principais países ocidentais, devido ao baixo dinamismo nas vendas e a intensificação da concorrência. Isso ocorreu por meio de avanços tecnológicos, tanto em produto como em processo. Já no decorrer dos anos 1990, os países emergentes demonstraram certo dinamismo, enquanto os países desenvolvidos encontravam-se em uma tendência de estagnação tanto na produção como nas vendas. Sendo assim, surge o enorme fluxo de difusão e expansão das operações das grandes corporações nos territórios emergentes americanos e asiáticos (DEVIENNE, 2016). 2.4.1 Principais características da Indústria Automobilística Segundo Devienne (2016), as montadoras de veículos são o principal agente nesse segmento. Elas atuam como um oligopólio representado por grandes transnacionais, principalmente norte-americanas (General Motors e Ford), europeias (Fiat e Volkswagen) e japonesas (Toyota e Honda). Já as empresas que trabalham com autopeças têm características bastante diversas entre si, dependendo do grau 15 de integração com a montadora ou com o mercado de reposição e do tipo de matéria-prima ou componente a ser fornecido. Em geral, a cadeia possui uma hierarquia bem definida. O setor automobilístico deve ser classificado com base nos seus atributos tecnológicos como uma indústria de média-alta intensidade tecnológica, à semelhança dos setores de maquinaria elétrica, de química (exclusive farmacêutica), de máquinas e equipamentos mecânicos, de equipamentos ferroviário e de equipamentos de transporte não classificados em outras indústrias Muito embora seja verdade que a indústria automobilística e os automóveis se utilizem de várias tecnologias difundidas e de muitos sistemas e componentes familiares, é igualmente verdade que ambos também fazem amplo uso de um grande número de produtos e tecnologias avançadas, desenvolvidos através de intensas atividades de P&D (OECD, 2001; UNCTAD, 2005). 2.4.2 Processos utilizados na Indústria Automobilística De acordo com Carvalho (2017), o processo de fabricação dentro das montadoras de veículos seguem as etapas seguintes. 2.4.2.1 Estamparia O início do processo começa com as chapas de aço chegando em bobinas ou “blanks”, com etiquetas que apontam para quais modelos se destinam. Depois de passarem por um controle de qualidade, elas são “recortadas” em prensas de até 3.000 toneladas, programadas com as dimensões específicas das peças que formarão o veículo. Ao final desse processo, as partes passam por uma inspeção visual, que já separa aquelas que devem seguir para o “retrabalho”. Diariamente, são fabricados 4.500 componentes, cerca de 250 por hora, que são acumulados em lotes e encaminhados para a estruturação. 16 2.4.2.2 Estruturação Também conhecida como “body shop”, a etapa responsável pela montagem da carroceria só começa quando a parte dianteira recebe sua etiqueta de identificação, que já o credencia como um novo automóvel. A parte lateral do veículo é transportada por um robô e une-se à parte dianteira e ao assoalho. A maioria das soldas são feitas por robôs, (cerca de 70%), em locais que são de difícil acesso para o homem. No total, são 5.000 pontos de solda. Após a carroceria ser soldada, os operários executam os ajustes finais e uma inspeção visual. Essa etapa leva cerca de 8 horas, o que equivale a 1/3 do tempo necessário para o carro ficar pronto (24 horas). A cada minuto uma carroceria é fabricada. 2.4.2.3 Funilaria Após a fabricação, a carroceria recebe o número do chassi. A partir daí o automóvel começa a existir legalmente. Cada operário tem um tempo determinado para executar o serviço: cerca de 80 segundos. Quando a carroceria é estruturada, ela passa por um acabamento de funilaria, em que pequenos defeitos são corrigidos. São testadas as aberturas de portas, capôs e porta-malas e as junções são conferidas visualmente uma a uma pelos técnicos responsáveis. 2.4.2.4 Pintura O processo de pintura começa com um pré-tratamento, quando as impurezas do processo de montagem são retiradas. Depois disso, o carro é mergulhado no Elpo, um líquido anticorrosivo que tem a função de nivelar a superfície da carroceria. Esta unidade passa pela calafetação, para evitar a infiltração de impurezas, e por uma aplicação robotizada de primer, que deixa a carroceria com uma coloração bem próxima da final. Ela protege a pintura de raios ultravioleta e a prepara para a cor definitiva. 17 Depois do lixamento, é aplicada a base por spray, que confere a cor final ao veículo. Finalmente, é aplicado o verniz que protege e dá o brilho na lataria. Uma nova inspeção visual é feita, a fim de corrigir possíveis defeitos. 2.4.2.5 Portas Após a carroceria ser pintada, ela segue para a linha de montagem final sem as portas. Elas seguem um caminho diferente para receber o acabamento com vidro, maçaneta, fiação elétrica, retrovisor e revestimento. As portas voltam a ser reinstaladas após a colocaçãodos itens de maior volume no carro, como assentos, painel de instrumentos, vidros laterais e dianteiros e acabamento do teto e do interior. Só então elas são parafusadas, num processo manual realizado pelos operários. 2.4.2.6 Motor O teste do motor é feito antes de ser colocado de forma manual na carroceria e já é o específico (1.0, 1.4, 2.0 etc.) para o modelo. Os que serão montados com ar-condicionado recebem o dispositivo nessa fase da operação. As maiores montadoras compartilham um mesmo sistema na produção de motores, que são fabricados dentro da própria unidade. Nos carros maiores, cerca de 80% dos componentes usados no motor e no veículo são fabricados no Brasil. 2.4.2.7 Montagem Nesta etapa final, são colocados todos os equipamentos internos e externos, que somam cerca de 3.000 peças. Também são instalados os quadros de instrumentos, carpetes, estofamentos laterais, bancos, para-brisas e elementos elétricos. Os funcionários posicionam o motor e o escapamento. 2.4.2.8 Teste final 18 O carro pronto sai da linha de montagem, é abastecido e o motor é ligado. Ele então percorre alguns metros até chegar a uma cabine equipada com um dinamômetro. è feito o teste da parte elétrica e mecânica. São conferidas todas as junções da carroceria e a abertura e o fechamento de portas. O carro percorre cerca de 20 km. Cada unidade já tem um destino definido e fica pouco tempo no pátio até ser transportada para a concessionária. A montadora funciona 18 horas diárias. Todos os indicadores são checados, assim como os freios e a aceleração. O veículo é submetido a um teste de ruído. Ele roda por mais alguns metros para avaliação. Os técnicos ainda realizam um pente-fino, no qual conferem se a montagem ocorreu de forma adequada. 2.4.3 Produtos obtidos na Indústria Automobilística Os produtos fabricados pela Indústria Automobilística são responsáveis pelo transporte de pessoas e mercadorias, como carros, motos, ônibus e caminhões, por exemplo. Também pela produtividade no campo, como as máquinas agrícolas, e as máquinas de construção, que pavimentam ruas e estradas e auxiliam nas grandes obras de infraestrutura e engenharia civil (CNI, 2017). 2.5 INDÚSTRIA DO PAPEL De acordo com Montebello e Bacha (2011), a Indústria do Papel e Celulose é o conjunto formado pelas áreas de celulose, de papéis e de artefatos de papéis. Essas áreas em conjunto e mais as florestas, a indústria de editoração e gráfica e ainda os segmentos distribuidores vinculados àquelas indústrias, constituem a cadeia produtiva da celulose e papel. A Figura 5 mostra um exemplo de fábrica de celulose. Figura 5 - Fábrica de celulose 19 Fonte: Lindenberg, 2019 O papel é feito a partir da madeira, da qual são extraídas fibras de celulose, convertidas em papel após uma série de processos industriais (Figura 5). Foi inventado na China no século II, mas durante mais de 1500 anos a matéria-prima mais comum para fazê-lo não era madeira, mas sim fibras de algodão extraídas de roupas velhas, panos e trapos (MUNDO ESTRANHO, 2011). 2.5.1 Principais características da Indústria do Papel A Indústria do Papel e Celulose é composta das empresas que produzem celulose e pasta de alto rendimento. Essa polpa pode ser vendida nos mercados doméstico e externo (também conhecida como celulose de mercado) ou ser usada na produção de papel pela própria empresa que a produz (aqui, a polpa é chamada de celulose de integração). Já a indústria de papéis compreende as empresas produtoras de papéis assim classificados: papéis de imprensa, de imprimir e escrever, de embalagem, sanitários, cartão e para outros fins (BRACELPA, 2000-2010). Segundo Montebello e Bacha (2011), os papéis são vendidos tanto no mercado externo quanto no interno, sendo destinados à indústria de artefatos de papéis (nas quais se inserem os fabricantes de embalagens de papéis e de outros artefatos de papéis) ou à indústria de editoração e gráfica. Algumas empresas líderes são totalmente verticalizadas, desde a etapa de reflorestamento até a de fabricação de papéis e seus artefatos. As empresas de pequena escala de operação 20 compram a celulose no mercado para produzir papéis ou compram papéis para produzir artefatos. As empresas integradas para trás e para a frente contam com as vantagens competitivas na produção de celulose, produzida no Brasil apenas com madeira de florestas plantadas, em especial do eucalipto. 2.5.2 Processos utilizados na Indústria do Papel Segundo Souza (2020), o tipo de matéria-prima, o processo e os diferentes aditivos permitem fabricar os mais diferentes tipos de papel. A fabricação do papel conta com as etapas a seguir. 2.5.2.1 Colheita da matéria-prima A árvore é cortada e transportada para o local de fabricação. Lá é feito um processo de limpeza (lavagem e retirada das cascas) e só então é dividida em cavacos de tamanhos pré-estabelecidos. Uma atitude ecologicamente correta é usar áreas reflorestadas, local onde são plantadas espécies mais apropriadas para o tipo de celulose ou papel a ser produzido, e que posteriormente são renovadas com o replantio de novas árvores. 2.5.2.2 Preparo da polpa Os cavacos são cozidos em um digestor à temperatura de 160° C. Nessa fase, já se tem acesso a uma pasta marrom que pode ser usada para fabricar papéis não branqueados. 2.5.2.3 Branqueamento 21 Produtos químicos branqueadores, conhecidos como alvejantes, são adicionados à pasta marrom transformando-a em polpa branqueada. 2.5.2.4 Secagem e prensagem A polpa de celulose é espalhada em uma tela de metal que roda entre diversos cilindros, a matéria é então seca e prensada até atingir a gramatura desejada para o papel a ser produzido. 2.5.2.5 Aditivos O papel já pronto pode passar ainda por tratamentos com aditivos para adquirir outras características. Nestes tratamentos, adiciona-se cola ao papel (usado para impressão) ou adição de argila, tornando a superfície do papel mais lisa e macia (usado para escrita). 2.5.3 Produtos obtidos na Indústria do Papel Segundo Montebello e Bacha (2011), a indústria do Papel é responsável pela fabricação de celulose, de papéis e de artefatos de papéis em geral. São obtidos variedades como sulfite, jornal, offset, supremo, couchê, reciclato, cartolina, papelão, entre outros. 2.6 INDÚSTRIA ELETROELETRÔNICA A Indústria Eletroeletrônica é um conjunto de segmentos e setores industriais caracterizados por uma base técnica similar, conhecida como microeletrônica. (Nassif, 2002; Gutierrez e Alexandre, 2003; Hauser et al., 2007). Esta área é dividida em quatro segmentos: informática, telecomunicações, automação e bens eletrônicos de consumo (Gonçalves, 1997). A Figura 6 mostra um exemplo de fábrica de produtos eletroeletrônicos. 22 Figura 6 - Fábrica de produtos eletroeletrônicos Fonte: Narcizo, 2020 Segundo Gutierrez e Alexandre (2003), a Indústria Eletroeletrônica possui uma grandeimportância, pois os produtos eletrônicos fazem-se presente em quase todas as atividades econômicas, como por exemplo produção de bens de capital, bens de consumo, energia, entre outros. A qualidade e a magnitude da oferta de produtos elétricos e eletrônicos condicionam as operações e a eficiência de outros segmentos da economia e, por isso, a referida indústria é estratégica para o desenvolvimento nacional (CNMCUT e DIEESE, 2010). 2.6.1 Principais características da Indústria Eletroeletrônica A trajetória do setor eletroeletrônico aos longos dos últimos 50 anos enumeram algumas de suas características: a).O processo de produção básico restringe-se à montagem de produtos, iniciando um conjunto total de componentes que são importados. Há uma quase inexistência de produção de componentes eletrônicos. Não existe, assim, o ciclo completo de produção de circuitos integrados (componentes que concentram, de forma crescente, as funcionalidades do bem final) (HAUSER, et al., 2007). b) Os produtos que são fabricados no Brasil são projetados no exterior. Sendo assim, as atividades de engenharia de projetos dos componentes já 23 foram realizadas antes. O que resta ao Brasil é adaptar produtos e serviços das multinacionais, customizar e nacionalizá-los para o mercado local (KRONMEYER FILHO et al., 2004). c) O complexo eletrônico é dinâmico, prendendo-se aos sucessivos ciclos de vida de produto, sejam eles radicais ou incrementais. No Brasil predominam inovações incrementais, relacionadas à funcionalidade e à qualidade do produto (GONÇALVES, 1997). 2.6.2 Processos utilizados na Indústria Eletroeletrônica Segundo Golvêa (2018), na Indústria Eletroeletrônica é necessário realizar determinadas etapas de maneira padrão. A boa execução de qualquer projeto depende de processos, que são listados a seguir: 2.6.2.1 Antes da produção Inicialmente é feito o recebimento da documentação do cliente. Através das informações obtidas, é feito um cadastro da estrutura de produto e um documento com as instruções de montagem e folhas de processo. Com isso, são orientados os funcionários e realizada a programação das máquinas de forma correta. Após a documentação estar pronta, há o recebimento dos materiais. Então é realizado um rigoroso processo de contagem, etiquetação, entrada no sistema e inspeção de qualidade. Os componentes e demais materiais seguem para o estoque, onde é feito o armazenamento adequado para cada tipo de produto. Antes de serem levados para a linha de produção em si, é realizada a separação do kit, para só depois ser feita a montagem do Setup Offline (abastecimento do material nas ferramentas de montagem). 2.6.2.2 Produção 24 Os documentos feitos na etapa anterior conduzirá os processos posteriores. Nesse momento, as placas são produzidas em duas modalidades, que são as linhas SMD e PTH. Na linha SMD o passo inicial é a gravação do código de cada placa no equipamento de gravação a laser, em seguida é feita a aplicação de pasta de solda, a inspeção automática de pasta de solda, inserção automática dos componentes, soldagem dos componentes no forno de refusão e inspeção automática dos componentes. Já na linha PTH, a primeira tarefa é a pré-forma dos componentes. Depois, é feita a montagem dos componentes e soldagem dos componentes no equipamento de soldagem por onda. 2.6.2.3 Pós-produção Nas duas modalidades de montagem é feita a inspeção final. Aqui, elas são enviadas para o setor de qualidade da fábrica de placas eletrônicas. Nele, são estabelecidos alguns critérios, os quais são inspecionados um a um em cada uma das peças, onde são realizados testes funcionais e reforço do isolamento elétrico quando necessário. 2.6.2.4 Entrega para o cliente É feita uma auditoria de qualidade antes da placa ou produto integrado sair da fábrica de placas eletrônicas. Mais uma vez, o setor de qualidade faz uma inspeção. Após essa certeza, é feita a expedição do pedido. Todos os produtos são embalados e identificados de acordo com o padrão pré-estabelecido na documentação e entregues ao destinatário. 2.6.3 Produtos obtidos na Indústria Eletroeletrônica 25 Segundo Cunha (2006), as Indústrias Eletroeletrônicas estão distribuídas em dez áreas de negócio, em função da grande diversidade de linhas de produto: Automação Industrial; Componentes Elétricos e Eletrônicos; Equipamentos Industriais; Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica; Informática; Material Elétrico de Instalação; Telecomunicações; Serviço de Manufatura em Eletrônica; Sistemas Eletroeletrônicos Prediais e Utilidades Domésticas. Entre os produtos fabricados por essas indústrias estão os aparelhos telefônicos (celulares e fixos), compressores herméticos, computadores, componentes elétricos e eletrônicos, motores elétricos, auto-rádios, transformadores, equipamentos para automação comercial e industrial, disjuntores, plugues, tomadas, alarmes, câmeras de segurança, entre outros. 3 METODOLOGIA O artigo do ponto de vista de seus objetivos baseia-se em uma pesquisa descritiva, sendo o meio utilizado a pesquisa bibliográfica. Segundo Gil (2012), um estudo é caracterizado como descritivo quando o pesquisador levanta dados de forma padronizada e sistemática e tem como objetivo analisar características e costumes como forma de descrever o objeto de estudo e mostrar sua influência no contexto da pesquisa A pesquisa bibliográfica é a coleta de informações por meio de materiais já elaborados, usadas para explorar os temas do estudo sem a necessidade de pesquisa de campo. As informações podem ser extraídas de várias fontes, como de livros, enciclopédias e almanaques, publicações periódicas como jornais e revistas, dentre outras (GIL, 2012). 4 CONCLUSÃO 26 Ao longo deste trabalho foram apresentados os principais conceitos, características, processos utilizados e produtos obtidos das Indústrias Têxtil, Farmacêutica, Petroquímica, Automobilística, Papel e Eletroeletrônica. O trabalho expôs o conceito relacionado a cada área destes processos industriais, seguido por suas características particulares. Os tipos de processos utilizados em cada um deles, assim como seus produtos finais também foram abordados neste artigo. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CELULOSE E PAPEL - BRACELPA. Relatório estatístico da BRACELPA. São Paulo, 2000-2010. BARCZA, M. V. Refino do Petróleo. 2013. Disponível em: <<http://sistemas.eel.usp.br/docentes/arquivos/1285870/313/Refino%20do%20Petrol eo.pdf>>. Acesso em: 30 de março de 2020. BELLIS, M. 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