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DIREITOS DA MULHER NO PERÍODO GESTACIONAL E PUERPERAL LEI Nº 11.634, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2007. 1. Quais sãos os direitos assegurados por lei à gestante? DIREITO A ATENDIMENTO MÉDICO Ser atendida com respeito e dignidade pelas equipes de saúde, sem discriminação de cor, raça, orientação sexual, religião, idade ou condição social. Aguardar o atendimento sentada, em lugar arejado, tendo à sua disposição água para beber e banheiros limpos. A gestante tem o direito, assegurado pela Lei nº 11.634 de 2007, de ser informada anteriormente, pela equipe do pré-natal, sobre qual a maternidade de referência para seu parto e de visitar o serviço antes do parto. DIREITO A ATENDIMENTO MÉDICO DIREITO A ATENDIMENTO MÉDICO Direito a vaga em hospitais: para o parto, a mulher gestante deve ser atendida no primeiro serviço de saúde que procurar. Em caso de necessidade de transferência para outro local, o transporte deverá ser garantido de maneira segura. Acompanhamento especializado durante a gravidez, o que inclui exames, consultas e orientações gratuitas. No Sistema Único de Saúde (SUS), a mulher grávida tem direito a um acompanhante (homem ou mulher), de sua indicação, durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto (Lei 11.108). DIREITO A ATENDIMENTO MÉDICO A mulher internada para dar à luz em qualquer estabelecimento hospitalar integrante do SUS tem o direito de realizar o teste rápido para detecção de sífilis e/ou HIV. A gestante tem direito a receber do pai do bebê valores suficientes para cobrir as despesas adicionais do período de gravidez, até o parto. A mãe que for portadora do vírus HIV ou HTLV não deve amamentar o bebê. Por conta disso, ela tem o direito de receber leite em pó, gratuitamente, pelo SUS, até o a criança completar seis meses ou mais. DIREITOS TRABALHISTAS Não ser demitida durante o período em que estiver grávida e até cinco meses após o parto, a não ser por justa causa. O artigo 392 da CLT assegura à empregada gestante o direito à licença-maternidade de 120 dias, sem prejuízo do emprego e do salário. As regras da licença-maternidade 1. Quanto à duração: A duração da licença-maternidade já veio prevista na Constituição Federal, que estabeleceu um prazo mínimo de 120 dias para o gozo do referido direito. Prazo que foi mantido pela Consolidação das Leis do Trabalho em seu artigo 392. 2. O prazo para requerimento: A empregada pode suspender o seu contrato de trabalho no dia do parto ou até 28 dias antes dele, sempre que o seu estado médico aconselhar essa providência. 3. O direito de estender a licença-maternidade: Em casos excepcionais, os períodos de repouso anterior e posterior ao parto podem ser aumentados de mais duas semanas, mediante atestado médico específico. As regras da licença-maternidade 4. O parto antecipado e aborto não criminoso: Em caso de parto antecipado, a empregada terá direito aos cento de vinte dias de licença contados do nascimento do bebê. Já no caso de aborto não criminoso — comprovado por atestado médico, a empregada terá direito a repouso remunerado de duas semanas, sem prejuízo do seu emprego. Tudo nos termos do artigo 395 da CLT. As regras da licença-maternidade 5. Quanto ao falecimento da genitora: A CLT traz mais uma regra importante sobre a licença-maternidade, que diz respeito à hipótese de a genitora da criança falecer. A licença-maternidade pode ser concedida ao cônjuge ou companheiro. As regras da licença-maternidade É importante NÃO confundir licença-maternidade, salário-maternidade e estabilidade da gestante. Licença maternidade: Salário maternidade: Estabilidade da gestante: DIREITOS TRABALHISTAS Receber uma declaração de comparecimento todas as vezes em que for às consultas de pré-natal ou fizer algum exame. Apresentando esta declaração à sua chefia, as faltas ao trabalho serão justificadas. Até o bebê completar seis meses, há o direito de ser dispensada do trabalho todos os dias, por dois períodos de meia hora ou um período de uma hora, para amamentação. O empregador não pode exigir atestados de gravidez ou quaisquer outros que tenham objetivo discriminatório para fins de admissão ou manutenção do emprego de mulheres. DIREITOS SOCIAIS DIREITOS SOCIAIS Acesso a guichês e caixas especiais ou prioridade nas filas para atendimento em instituições públicas e privadas. Assento prioritário para gestantes e mulheres com crianças de colo em ônibus e metrô. Se a família da mãe for beneficiária do Programa Bolsa Família, há direito ao benefício variável extra na gravidez e após o nascimento do bebê - para ter acesso ao auxílio, é preciso comparecer ao Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) do município. DIREITOS ESTUDANTIS DIREITOS ESTUDANTIS A Lei nº 6.202/1975 garante à estudante grávida o direito à licença-maternidade sem prejuízo do período escolar. O Decreto-Lei nº 1.044/1969 determina que a estudante que estiver grávida poderá cumprir, a partir do oitavo mês de gestação, os compromissos escolares em casa. O início e o fim do período de afastamento serão determinados por atestado médico, que deve ser apresentado à direção da escola. DIREITOS ESTUDANTIS Em qualquer caso, o direito à prestação dos exames finais é assegurado às estudantes grávidas. Se a mãe for adolescente, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) garante o direito ao atendimento com sigilo, privacidade e autonomia, além do recebimento de informações sobre saúde sexual e reprodutiva. A mãe adolescente também pode ser atendida sozinha, se preferir. ECA (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE) ECA Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência. ADOÇÃO ENTREGA EM ADOÇÃO: A Lei nº 12.010/2009 garante à mãe o direito de receber atendimento psicossocial gratuito se desejar, precisar ou decidir entregar a criança em adoção. Para isso é necessário procurar a vara da Infância e Juventude. CURIOSIDADES
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